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A RELAÇÃO ENTRE A MOTIVAÇÃO E A ROTATIVIDADE DE FUNCIONÁRIOS EM UMA EMPRESA

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Academic year: 2021

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A RELAÇÃO ENTRE A MOTIVAÇÃO E

A ROTATIVIDADE DE FUNCIONÁRIOS EM UMA EMPRESA

Elaine Schweitzer

Graduanda do Curso de Hotelaria Faculdades Integradas ASSESC

RESUMO

Em tempos de globalização, a troca de informações e conhecimentos proporciona a todos grandes possibilidades. Esse “caminho aberto” provoca uma verdadeira corrida por melhores oportunidades e causa uma grande taxa de rotatividade nas empresas. Mas, esses índices não crescem somente por este motivo. Há uma série de fatores que influenciam no agravamento deste problema. Por um lado, vemos as pessoas, que em busca de uma vida melhor, buscam novos conhecimentos e oportunidades. Por outro lado, está a empresa, que procura buscar sempre o melhor qualificado e muitas vezes acaba por demitir alguns de seus funcionários, substituindo-os por outros mais bem preparados. A motivação de um funcionário está diretamente ligada às taxas de rotatividade de cada empresa entre outros fatores. Uma grande rotatividade gera insegurança e desmotiva o pessoal, que passa a exercer suas tarefas com menos dedicação.

Palavras Chave: Rotatividade, Motivação, Fidelização, Funcionário.

1. INTRODUÇÃO

A rotatividade dos funcionários é freqüentemente citada como um dos fatores que contribuem para o fracasso das taxas de produtividade dos funcionários de uma empresa em relação à seus concorrentes.

É também um dos fatores principais do aumento ou diminuição das ofertas de trabalho. Mesmo numa empresa onde os demais fatores permaneçam inalterados, à medida em que os funcionários saem, a disponibilidade interna de pessoal cai. Isso envolve custos diretos e indiretos para a organização.

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A motivação de um funcionário está diretamente ligada à sua permanência na empresa. Se sente-se motivado é porque sente-se seguro. Um é conseqüência do outro e um contribui para o sucesso do outro.

Nos últimos anos, muitas empresas começaram a se preocupar com o seu capital intelectual, voltando suas atenções também para seu cliente interno, tornando-se “empresas centradas nas pessoas”. Esta aproximação interna proporciona um compartilhamento de todos os valores da empresa dos funcionários.

As empresas centradas nas pessoas contratam de acordo com a cultura de cada indivíduo, reconhecendo que para contribuir de fato, devem sentir-se à vontade no que fazem, motivados a executar suas tarefas. É essencial que líderes estejam inseridos nesse contexto, para que possam atuar a fim de proporcionar uma maior interação e motivação entre os funcionários.

Líderes pró-ativos têm o papel de assegurar o clima positivo em uma organização. Ao desenvolverem programas baseados em pessoas, conseqüentemente desenvolvem habilidades entre as pessoas envolvidas. O líder deve saber identificar as características de cada um de seus colaboradores e trabalhar a motivação individualmente para alcançar os objetivos da empresa.

É importante que cada indivíduo saiba o seu papel, sinta-se responsável e principalmente seja reconhecido no que faz. Ninguém pode sentir-se motivado se não acreditar na utilidade do seu trabalho.

Os investimentos em pessoal são investimentos a longo prazo. Treinamento e capacitação são fatores que contribuem para a permanência de um funcionário na empresa.

As empresas que conseguem manter uma força de trabalho qualificada têm mais chances de reter seus clientes.

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2. ROTATIVIDADE

A rotatividade nas empresas vem sendo um ponto bastante delicado de ser trabalhado. Uma empresa onde a troca de funcionários é muito grande só tem a perder com isso. Há sempre aquele novo funcionário que precisa de uma atenção maior e acaba por atrapalhar o rendimento dos outros. Além disso, perde-se todo o trabalho desenvolvido com ele, no case da demissão. E mais tempo e dinheiro são gastos com a entrada de um substituto.

Tempos atrás, a Marriott, uma das maiores cadeias mundiais de hotelaria, avaliou a relação entre a rotatividade de funcionários e a retenção de clientes. Calculou o impacto da redução de 10% da rotatividade em duas de suas divisões. Descobriu que a economia de custos decorrente da manutenção de funcionários, somada ao aumento da receita gerada pela retenção de clientes geraria lucros superiores nas duas divisões analisadas. (Fonte: Revista Exame)

Esta pesquisa mostra a importância da manutenção de um funcionário. Ela reflete nos resultados. A rotatividade nas empresas gera uma perda em vários aspectos. De um lado, a empresa perde todo o treinamento e investimento feito na contratação de um colaborador. De outro lado, perde de proporcionar ao seu cliente um atendimento mais qualificado, baixando a possibilidade de retorno do mesmo ao hotel.

Para um funcionário, trabalhar em uma empresa com alta rotatividade gera certa insegurança no mesmo, fazendo com que este, trabalhe desmotivado e não proporcione ao hóspede tudo o que poderia ser apresentado.

Um fator importante não é somente selecionar boas pessoas, treiná-las e capacitá-las freqüentemente, é também organizar a empresa de modo que elas sejam motivadas e possam colocar suas idéias em prática. Este é o maior problema na implantação de uma gestão baseada em pessoas. Muitas empresas implementam uma declaração de missão e valores ou experimentam ações mais coletivas de remuneração, como a participação nos lucros, ou

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compartilham informações e objetivos, com vistas à interação cultural dos funcionários. Mas, no entanto, esses elementos só funcionam em conjunto. Além disso, pessoas motivadas e talentosas precisam ter a oportunidade de tomar decisões reais, participar efetivamente das decisões do hotel. De nada adianta dispor de funcionários inteligentes, treinados, informados e comprometidos se não podem participar de uma tomada de decisão.

Também é fundamental que as contribuições feitas pelos colaboradores sejam colocadas em prática. Se nada mudar, é provável que o funcionário sinta-se frustrado e desmotivado.

Para que tudo isso funcione realmente é fundamental a presença de setor de Recursos Humanos bem organizado. O R.H. é base de tudo, sua função é encontrar meios de ajudar os gerentes a atrair, reter e motivar o talento e a capacitação de cada funcionário.

As organizações de sucesso caracterizam-se pelo envolvimento dos funcionários, pela fidelidade, pelo prazer e pela rotatividade abaixo da média, o que causa conseqüentemente, um bom desempenho financeiro.

Em um mundo em que todo trabalho depende de conhecimento e o capital intelectual é indispensável para o sucesso econômico, é lógico que a capacidade de atrair, reter e utilizar os talentos das pessoas proporciona uma vantagem competitiva. (BOHLANDER, 2003)

Outro fator considerável para o aumento da rotatividade dos funcionários em uma empresa é o próprio mercado externo. Há uma grande disputa pelos mais qualificados e estes profissionais receberão muitas ofertas de emprego.

Um funcionário que se destaca, não é destaque somente no seu local de trabalho. Ele chama a atenção também do mercado. Se é destaque é porque tem algo diferente, que pode ser atrativo para a concorrência.

O trabalho do setor de Recursos Humanos é importante nesta hora. É preciso saber manter o seu cliente interno para não perdê-lo para seu concorrente.

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O recrutamento e seleção em uma empresa podem garantir o sucesso de uma contratação. Várias são as formas de “escolher” um novo colaborador. Segundo Lúcia Menezes, gerente de desenvolvimento de R.H. da Método Engenharia, “a indicação de um outro funcionário na hora da contratação é muito mais eficaz do ponto de vista de integração, o indicado já virá ciente dos valores da empresa”.(Fonte: Jornal Valor Econômico) Isso contribui para a permanência do mesmo na empresa.

O sucesso de uma empresa atualmente está ligado a diversos fatores que geram um círculo de atividades para um todo.

As empresas já se deram conta de que quanto melhor for a relação entre o trabalho, a família, esporte e saúde, menor será o desgaste do indivíduo ao longo do tempo, maior será sua produtividade e sua permanência na mesma. Tudo isso está ligado a um perfil menos operacional e mais ligado às estratégias.

3. MOTIVAÇÃO

Motivar um funcionário não é só apenas recompensá-lo financeiramente. Proporcionar recompensas intrínsecas do prazer, do crescimento, do trabalho em equipe, do desafio e da realização facilitam as oportunidades e os funcionários se sentirem bem com suas conquistas e contarem com o reconhecimento das pessoas com quem se importam.

Tudo isso faz parte de um grande círculo de atividades voltadas para a satisfação dos clientes internos, para alcançar o que deve ser um dos maiores objetivos, satisfazer e manter o cliente externo.

A estabilidade no emprego também tem sua importância. Ao sentir-se seguro em seu local de trabalho, o colaborador fará suas atividades de forma leve e precisa.

Um grande índice de rotatividade em uma empresa deixa-a sem identidade. Todo o trabalho empregado em um novo funcionário como o recrutamento e o treinamento do

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mesmo, torna-se em vão. Até que o novo funcionário adapte-se completamente à cultura da empresa leva tempo e custa dinheiro. Se num período curto de tempo houver uma grande rotatividade entre os funcionários da empresa, sempre haverá uma parcela dos mesmos, em fase de adaptação. Nesta fase inicial, é menos provável que este consiga expressar todo o seu conhecimento e capacidade, podendo a empresa perder uma grande chance de conquistar definitivamente um cliente.

A permanência de um funcionário por um longo tempo na empresa faz com que este adquira conhecimentos que só se tem com o passar do tempo e com a experiência. A rotatividade quebra esse vínculo entre a empresa e o funcionário, quebrando também a possibilidade de fidelização de um hóspede.

A fidelização da clientela tem um dos seus pontos mais delicados o atendimento recebido pelo cliente. Um funcionário motivado proporciona um atendimento muito mais qualificado e muito mais individualizado, capaz de encantar o cliente e fazer com que o mesmo, volte ao hotel.

A capacidade e motivação interna são a “alma do negócio”, pois quem faz a organização não são somente as máquinas e estratégias, mas principalmente as pessoas que a integram. Elas precisam sentir-se integrantes daquele lugar. (GIL, 2001)

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Numa era marcada pela reestruturação, cortes de pessoal e rotatividade tendem a ser vistos como uma atividade natural ou até essencial para a sobrevivência de uma empresa.

A grande oferta de mão-de-obra contribui significativamente para que as empresas dispensem empregados sempre que julgarem necessário.

Em decorrência disto, os empregados temem por suas vagas, gerando uma insegurança, e, por conseqüência, uma desmotivação do funcionário.

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Um funcionário desmotivado não produz bem e causa prejuízos para a empresa. A motivação é fundamental para uma boa produtividade e por conseqüência um incremento nos lucros.

É necessário criar condições para que os colaboradores desejem permanecer na empresa, sintam a contribuição significativa para o seu desenvolvimento profissional e pessoal.

REFERÊNCIAS

BECHER, Nelson. Proteja quem serve – Quer manter seus clientes? Cuide bem de quem lida com eles. Revista Exame – 31/07/2002;

VALIM, Carlos Eduardo. Secção Eu & Carreira. Jornal Valor Econômico – 09/04/2003; BOHLANDER, George W. Administração de Recursos Humanos. São Paulo: Pioneira Thonson Learning, 2003.

- GIL, Antônio Carlos. Gestão de Pessoas: Enfoque nos Papéis Profissionais. São Paulo. Atlas 2001.

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