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Objetivos. Orientação geral

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Academic year: 2021

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Universidade de Brasília Instituto de Ciências Sociais Departamento de Antropologia Antropologia da Religião Rosa Virgínia Melo 2o. 2013

2a. e 4a. 10/12. Ementa

O curso pretende abordar a religião como sistema simbólico e ideológico, visando discutir seus fundamentos a partir do debate antropológico.

Analisaremos o sagrado e o profano, a magia e a religião, abordando desde sua concepção como centro de organização da vida social até suas manifestações contemporâneas com o intuito de analisar a relação entre tradição e contemporaneidade. Objetivos

1) Epistemologia e perspectivas clássicas da religião – abrindo o leque do debate sobre religião na contemporaneidade 2) Questões postas ao contexto brasileiro da Antropologia da Religião. O transe e a cura - breve trajetória do “curandeirismo” de recorte afro brasileiro. 3) Tendo em vista a tensão medicina/religiosidade, problematizar o religioso na modernidade, com ênfase no debate do trânsito religioso entre as esferas pública e privada.

Orientação geral

• A presença a 75% das aulas é condição para que @ alun@ seja avaliad@ na disciplina. A leitura prévia dos textos, bem como o envolvimento no debate, são essenciais à compreensão do conteúdo. 20 minutos é o tempo máximo de tolerância para o registro de presença, após o início da aula.

• A bibliografia do curso pode ser alterada, expandida ou condensada, conforme o andamento das aulas.

O critério para arredondamento de nota prevê assiduidade, pontualidade e participação nas discussões dos textos em sala de aula.

Avaliação –

Obs. não serão aceitas avaliações entregues após a data estipulada, sem justificativa formal.

1a. avaliação – após a primeira unidade, entrega de trabalho acerca de um dos temas

dessa seção: aspectos da teoria clássica ou da discussão da secularização ou contexto religioso brasileiro. A bibliografia complementar deve ser consultada. Limite de 5 a 10 páginas. Valor: 4 pontos.

2a. avaliação – ao final do curso o aluno deverá entregar um ensaio temático da relação

entre religiosidade e saúde ou religiosidade/saúde/teorias da secularização previamente discutido com a professora. A bibliografia complementar deve ser consultada.

Limite de 7 a 15 páginas (biblig. não contabilizada). Valor: 6 pontos. Percurso

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Iniciaremos o curso objetivando a discussão contemporânea da pertença religiosa dos cientistas sociais da religião sobretudo no que diz respeito à formulação da noção de sagrado e a epistemologia das ciências sociais. O estudante deve, em seu envolvimento com o processo de aprendizado etnográfico, observar o contexto contemporâneo da religiosidade, seja na esfera social macro ou micro.

Imersão em bibliografia acerca das modalidades de espiritismo e suas características históricas; a relação com a medicina e o conceito de saúde.

Devir do tema: debate acerca do conceito de secularização e suas implicações na tensão ciência e medicinas paralelas.

Provocação – BOURDIEU, P. “Sociólogos da crença e crenças de sociólogos.

Coisas Ditas. São Paulo: Brasiliense, 1990. SILVA, Vagner G. “E quando as ilhas

são terreiros” e “Antropólogos na Encruzilhada” O antropólogo e sua magia: trabalho de campo e texto etnográfico nas pesquisas antropológicas sobre religiões afro-brasileiras. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 2006. 1a. parte –

DURKHEIM, Emile. Introdução e Conclusão. Formas elementares da vida religiosa. São Paulo: Martins Fontes, 1996. [1912]

HERTZ, Robert. [1909] A preeminência da mão direita: um estudo sobre a polaridade religiosa. Religião e Sociedade n. 06, 1980. Pp. 99-128. (disponível na rede).

TURNER, Victor. Os símbolos no ritual Ndembu. Floresta de Símbolos. Aspectos do Ritual Ndembu. Rio de Janeiro, EdUFF, 2005.

WEBER, Max. O rechaço religioso do mundo e A psicologia social das religiões mundiais. In Ensaios de Sociologia (Gerth, H. e Wright-Mills, C. orgs.). Rio de Janeiro: Zahar Editores, 1974.

PIERUCCI, Antônio F. Secularização em Max Weber. Da contemporânea serventia de voltarmos a acessar aquele velho sentido. Revista brasileira de Ciências Sociais, v. 13 n. 37. São Paulo, jun. 1998 pp.43-73.

SANCHIS, Pierre. O campo religioso contemporâneo no Brasil. In ORO e STEIL (orgs) Globalização e Religião. Petrópoliz: Vozes, 1997.

MONTERO, Paula. Religiões e dilemas da sociedade brasileira. In MICELI (org) O

que ler na ciência social brasileira. São Paulo: Editora Sumaré: ANPOCS; Brasília,

DF: CAPES, 1999.

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MAUSS, Marcel. Efeito físico no indivíduo da ideia de morte sugerida pela coletividade. Sociologia e Antropologia. São Paulo, Cosac & Naify, 2003.

GABRIEL, Chester. Cap. 2) Umbanda – Brasil; cap 3) Cultos espíritas mediúnicos – Brasil; cap. 7) Sistemas religiosos em transformação: resumo histórico; 8) Sistemas religiosos em transformação: situação contemporânea; Conclusão: consequências públicas e privadas. Comunicações dos espíritos: umbanda, cultos regionais em Manaus e a dinâmica do transe mediúnico. São Paulo: ed. Loyola, 1985.

LOYOLA, Maria Andréa. Parte 1 – Os especialistas da cura. Cap. 1 – Os especialistas da cura do corpo. Cap. 2 – Os especialistas da cura do espírito. São Paulo: Difel, 1984.

LAPLANTINE, F. e RABEYRON, P. Cap. 8 - Ciência e medicinas paralelas. Cap. 9 – A relação terapêutica. São Paulo: Brasiliense, 1984.

MAUSS, Marcel. Uma categoria do espírito humano: a noção de pessoa, a de “eu”.

Sociologia e Antropologia. São Paulo, Cosac & Naify, 2003.

RODRIGUES, N. & CAROSO, C. A ideia de sofrimento e representação cultural da doença na construção da pessoa. In DIAS-DUARTE, L. F. e LEAL, O. F. Doença,

sofrimento, perturbação: perspectivas etnográficas. Coleção Antropologia e Saúde.

Rio de Janeiro: Fiocruz, 2001.

GUEDES, Simone, L. Umbanda e loucura. In VELHO, G. (org) Desvio e Divergência. Uma crítica da patologia social. Rio de Janeiro: Zahar ed. , 1985.

MAUSS, Marcel. Uma categoria do espírito humano: a noção de pessoa, a de “eu”.

Sociologia e Antropologia. São Paulo, Cosac & Naify, 2003.

RODRIGUES, N. & CAROSO, C. A ideia de sofrimento e representação cultural da doença na construção da pessoa. In DIAS-DUARTE, L. F. e LEAL, O. F. Doença,

sofrimento, perturbação: perspectivas etnográficas. Coleção Antropologia e Saúde.

Rio de Janeiro: Fiocruz, 2001.

LECLERC, Rama. Terapias francesas y curandeirismo shipibo. In LABATE, B. & Bouso, J. C. Ayahuasca e Salud. Barcelona: La liebre de marzo, 2013.

SZTUTMAN, Renato. Prefácio: La ayahuasca en la encrucijada de los saberes. In LABATE, B. & Bouso, J. C. Ayahuasca e Salud. Barcelona: La liebre de marzo, 2013. MARRAS, Stelio. Postfácio: Impactos antropológicos de los invisibles modernos. In LABATE, B. & Bouso, J. C. Ayahuasca e Salud. Barcelona: La liebre de marzo, 2013.

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ORTIZ, Renato. A morte branca do feiticeiro negro. Petrópolis: Vozes, 1978.

GIUMBELLI, Emerson. Heresia, doença, crime ou religião: o Espiritismo no discurso de médicos e cientistas sociais. Rev. Antropol., São Paulo, v. 40, n. 2, 1997 pp.31-82.

MONTERO, Paula. Da doença à desordem: a magia na umbanda. Rio de Janeiro: Graal, 1985 ( online).

PRANDI, Reginaldo. Modernidade com feitiçaria: Candomblé e Umbanda no Brasil do séc. XX. Tempo Social; Rev. Social USP, 2 (1), 1990 pp. 49-74.

FURUYA, Yoshiaki. Umbandização dos cultos populares na Amazônia: Integração ao Brasil? Ethnological Reports 1, 1994.

MELO, Rosa. A união do vegetal e o transe mediúnico no Brasil. Relig. soc., Rio de Janeiro, v. 31, n. 2, 2011 pp.130-153.

CARVALHO, J. J. O encontro de velhas e novas religiões. Esboço de uma teoria dos estilos de espiritualidade. Série Antropologia, 131 DAN/UnB, 1992.

ORO, STEIL, CIPRIANI e GIUMBELLI (orgs) A religião no espaço público. Atores e objetos. São Paulo, Terceiro Nome, 2012.

GIUMBELLI, Emerson. O “chute na santa”: blasfêmia e pluralismo religioso no Brasil. IN BIRMAN, Patrícia (org.) Religião e Espaço Público. São Paulo: Attar ed., s/d.

MALUF, Sônia W. Mitos coletivos, narrativas pessoais: cura ritual, trabalho terapêutico e emergência do sujeito nas culturas da “Nova Era”. Mana 11(2), 2005 pp. 499-528. (online)

D'ANDREA, Anthony. O self perfeito e a Nova Era. Individualismo e reflexividade em religiosidades pós-tradicionais. São Paulo, Ed. Loyola, 2000.

TAVARES, Fátima. O circuito “Nova Era: heterogeneidade, fronteiras e ressignificações locais. X Jornada Sobre Alternativas Religiosas na América Latina.

BASTIDE, Roger – O sagrado selvagem. O sagrado selvagem e outros ensaios. São Paulo: Companhia das Letras, 2006. (online)

BASTIDE, Roger – El sueño, el trance y la locura. Buenos Aires: Amorrortu ed., 2001. CAMARGO, Cândido Procópio Ferreira. 1961. Kardecismo e Umbanda. São Paulo: Ed.

Pioneira.

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GIUMBELLI, E.O cuidado dos mortos: acusação e legitimação do espiritismo. Rio de Janeiro: Arquivo Nacional, 1997.

HERVIEU-LÉGER, Danièle. Representam os surtos emocionais contemporâneos o fim da secularização ou o fim da religião? Religião e Sociedade 18: 31 – 48, 1997. MAGGIE, I. O medo do feitiço – Religião e Sociedade. 13 (1): 73:86, 1986, março.

MAGNANI, José G. C. Mystica urbe. São Paulo: Nobel, 1999.

NEGRÃO, Lísias. Nem “jardim encantado” nem “clube dos intelectuais desencantados”. Revista Brasileira de Ciências Sociais, v. 20, n. 59. São Paulo, out. 2005.

NOBRE, Renarde Freire. O desencantamento do mundo: todos os passos de um conceito. Rev. bras. Ci. Soc., São Paulo, v.19, n. 54, Feb. 2004. (resenha)

+

RIVERA, Paulo B. Desencantamento do mundo e declínio dos compromissos religiosos. A transformação religiosa antes da pós-modernidade. Ciências Sociais

e Religião, Porto Alegre, ano 4, n. 4, out. 2002 pp.87-104. (online).

PIERUCCI, A. F. “O interesse religioso dos sociólogos da religião”. In ORO e STEIL (orgs) Globalização e Religião. Petrópoliz: Vozes, 1997.

PIERUCCI, A. F. Religião como solvente: uma aula. Novos Estudos. CEBRAP. N. 75 São Paulo. July, 2006. Online.

WEBER, Max. Os caminhos da salvação e sua influência sobre a condução da vida

Referências

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