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ADUBAÇÃO FOLIAR NA CULTURA DO FEIJOEIRO E SEUS EFEITOS SOBRE A QUALIDADE DE GRÃO

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO

CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE SINOP

INSTITUTO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E AMBIENTAIS

CURSO DE AGRONOMIA

ADUBAÇÃO FOLIAR NA CULTURA DO FEIJOEIRO E

SEUS EFEITOS SOBRE A QUALIDADE DE GRÃO

BRUNO DE CARVALHO NASCIMENTO

SINOP – MT OUTUBRO – 2016

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO

CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE SINOP

INSTITUTO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E AMBIENTAIS

CURSO DE AGRONOMIA

ADUBAÇÃO FOLIAR NA CULTURA DO FEIJOEIRO E SEUS EFEITOS

SOBRE A QUALIDADE DE GRÃO

BRUNO DE CARVALHO NASCIMENTO

ORIENTADORA: Profa. Dra. SOLENIR RUFFATO

Trabalho de Conclusão de Curso (TCC)

apresentado ao curso de Agronomia do

ICAA/CUS/UFMT, como parte das exigências

para a obtenção do grau de Bacharel em

Agronomia.

SINOP - MT OUTUBRO – 2016

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(4)

Coordenador: Prof. Dr. Rogério de A. Coimbra

(5)

AGRADECIMENTOS

Primeiramente gostaria de agradecer a Deus que tem me acompanhado nesta jornada.

Aos meus pais, Ernandes C. do Nascimento e Paulina A. de C. Nascimento e meu irmão, Thiago de C. Nascimento, que sempre acreditaram em mim e me incentivaram na busca de conhecimento, sem eles nada disso seria possível.

Gostaria de agradecer a minha companheira, mulher da minha vida, Géssica de Carvalho que esteve sempre ao meu lado, em todos os momentos, me ajudando e aconselhando nas horas difíceis.

Aos meus amigos, Bruno Pelloso, Mateus Moraes e Willian Cavalcante, que sempre estiveram presentes.

Aos membros da banca examinadora, Marcelo Pastorello e Fernanda S. Gregolin, que dispuseram de tempo para avaliação da defesa do meu trabalho de conclusão de curso.

E em especial a minha orientadora, Dra. Solenir Ruffato, que me mostrou o caminho a ser percorrido, que nos momentos complicados sempre teve um conselho, uma orientação, um puxão de orelha. A esta grande educadora, profissional em excelência, amiga, mãe. Que nossa amizade perdure por vários anos.

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SUMÁRIO

RESUMO

7

ABSTRACT

8

INTRODUCÃO

9

1. REFERENCIAL TEORICO

11

1.1 Generalidades sobre a cultura do feijoeiro. 11

1.2 Aspectos de cultivo do feijoeiro 12

1.3 Exigência nutricional da cultura do feijoeiro. 13

1.3.1 Deficiência por Micronutrientes 17

1.4 Qualidade de grãos do feijoeiro. 19

2. MATERIAL E MÉTODOS

21

2.1 Condução do experimento 21

2.2 Rendimento da cultura 22

2.3 Avaliações qualitativas de grãos 22

2.4 Dados Climáticos 24

2.5 Análise estatística 25

3. RESULTADOS E DISCUSSÃO

26

3.1 Condições climáticas 26

3.2 Resumo da análise de variância 27

3.4 Qualidade física de grãos 29

3.5 Qualidade fisiológica 33

3.6 Qualidade química do feijão 35

4. CONCLUSÕES

36

(7)

7

RESUMO

Com o avanço da implantação de sistemas de irrigação, o cultivo do feijão vem se difundindo cada vez mais no estado do Mato Grosso. É uma cultura que pode ser produzida em três épocas diferentes, porém o cultivo irrigado é o que vem apresentando melhores resultados de produtividade. Teve-se por objetivo com este trabalho avaliar o rendimento e a qualidade (física, fisiológica e química) de grãos de feijão submetidos a adubação foliar com micronutrientes. O delineamento experimental foi em blocos casualizados, com 6 (seis) tratamentos, sendo 5 tratamentos com formulação diferenciada, composta por macro e micronutrientes e, 1 tratamento controle, em 3 (três) repetições. As aplicações foram realizadas em diferentes épocas. O cultivo foi na 3ª safra, coincidente com o período de seca, porém sob sistema de irrigação por pivô central. Após colheita manual e debulha mecânica, as amostras de grãos foram encaminhadas para o laboratório para análise qualitativa e de rendimento da cultura. A qualidade física dos grãos foi quantificada por meio da massa de mil grãos, massa específica aparente, massa específica unitária, massa e volume do grão, e tamanho e forma. A qualidade fisiológica do grão foi determinada pelo percentual de germinação e envelhecimento acelerado. Em relação a composição química, foi avaliado o teor de proteína, matéria seca e quantidade de nitrogênio presente nos grãos. Os dados foram submetidos a análise de variância (teste F a 5%) e as médias comparadas pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade. Verificou-se que a qualidade física de grãos apresentou melhores resultados quando realizados os tratamentos T6 e T5, com garantias compostas de Fert. Mineral (Cu, P2O5, S) e deste associado Fert. Mineral (N, Fe, Mn, Mg, Ca, Si, Zn). A qualidade fisiológica foi melhor preservada quando realizado o T4 (Fert. Foliar (Bo; Cu; Mg; Zn; S; N), Complex. Nutritivo (B; Co; Cu; Mn; Zn; N; S) + Fert. Foliar (Mn; S), Complex. Nutritivo (B; Co; Cu; Mn; Zn; N; S), Fert. Foliar (N; K2O)). Não houve incrementos de proteína nos grãos em função dos tratamentos realizados.

Palavras-chave: feijão carioca branquinho, propriedades físicas, qualidade fisiológica,

(8)

8

ABSTRACT

The bean cultivation is spreading increasingly in the state of Mato Grosso because of the advance of implementation of irrigation systems. It is a culture that can be produced in three different times, but irrigated farming is what is showing the best productivity results. The purpose with this study was to evaluate the yield and quality (physical, physiological and chemical) of beans subjected to foliar fertilizer with micronutrients. The experimental design was randomized blocks, consisting of six (6) treatments: 5 treatments with different formulation, composed of macro and micronutrients, and one control treatment, in three (3) repetitions. The applications were conducted at different times. The cultivation was in the 3rd harvest coinciding with the dry season, but under center pivot irrigation system. After manual and mechanical threshing harvest, samples of grain were sent to the laboratory for qualitative analysis and crop yield. The physical quality of the grain was quantified by the thousand grain weight, bulk density, true density, mass and grain volume, and size and shape. The physiological quality of the grain was determined by the percentage of germination and accelerated aging. Regarding the chemical composition, it was evaluated the protein content, dry matter and the amount of nitrogen present in the grains. The data were subjected to analysis of variance (F test 5%) and the averages compared by Tukey test at 5% probability. It was found that the physical quality of the grain showed better results when conducted treatments T6 and T5, with compound guarantees of Fert. Mineral (Cu, P2O5, S) and of the associated Fert. Mineral (N, Fe, Mn, Mg, Ca, Si, Zn). The physiological quality was better preserved when performed T4 (Fert Foliar (Bo;. Cu, Mg, Zn, S, N), Complex. Nutritivo (B;. Co, Cu, Mn, Zn, N;. S) + Fert Foliar (Mn, S), Complex. Nutritivo (B, Co, Cu, Mn, Zn, N, S)., Fert. Foliar (N, K2O).). There were no increases in grain protein due to the treatments.

KEY-WORDS: carioca branquinho beans, physical properties, physiological quality,

(9)

9

INTRODUCÃO

O feijão-comum (Phaseolus vulgaris L.) é um dos alimentos mais importantes no cardapio do brasileiro, reconhecidamente como uma extraordinária fonte proteica, possui boa quantidade de carboidratos e é rico em ferro (TOMAZ, 2013). No Brasil tem-se três épocas distintas para o plantio do feijão, dando a estem-se produto três safras anuais.

De acordo com dados publicados pela CONAB (2016) a área de feijão 1a safra

foi de 978,6 mil hectares, redução de 7,1% em relação a de 2015. A produtividade média nacional obtida foi de 1.057 kg ha-1, com produção de 1.034,3 mil toneladas, decréscimo

de 8,6% em relação à safra de 2014/15. A contribuição do estado de Mato Grosso foi de 3,5 mil toneladas.

Em junho de 2015 o Mato Grosso teve a segunda maior área de feijão 2ª safra, devido, principalmente, ao avanço do cultivo do feijão caupi no estado. A área de feijão segunda safra no estado neste ano foi de 185,9 mil hectares, o que configura decréscimo na ordem de 6,7% em relação à safra anterior (2013/14). Com isso a produção total no estado foi de 142,4 mil toneladas (CONAB 2015).

O cultivo do feijoeiro tem-se expandido no estado de Mato Grosso, principalmente na 3ª safra, sob sistema de irrigação, coincidindo com o período de seca na região, tornando o sistema de cultivo mais complexo. Neste caso, os tratos culturais, principalmente no que se refere a fertilização, passam a ser de grande relevância.

De acordo com Prado (2004) o estudo das funções dos nutrientes na planta torna-se importante, por estabelecer a relação da taxa fotossintética com a transformação de compostos orgânicos, evidenciando assim seu ciclo fisiológico e determinando qual a participação de cada nutriente, auxiliando na avaliação do estado nutricional e as suas implicações nas características agronômicas da cultura, pois elementos macro e micronutrientes, desempenham funções exclusivas na planta, e estas podem ser qualificadas em: estrutural, constituinte de enzima e ativador enzimático. Portanto cada nutriente cumpre funções determinadas dentro da planta e não pode ser inteiramente substituído por outro. Fageria (1984) ressalta que o efeito de cada nutriente, no desenvolvimento da planta é dependente da reserva de outros nutrientes essenciais (Lei do Mínimo de Liebig), e nenhum resultado de cada elemento pode ser explicado independentemente.

(10)

10 Os micronutrientes têm suas funções especificas dentro da planta, mesmo que em poucas quantidades, eles podem interferir na qualidade do grão, como no acúmulo de matéria seca, tamanho do grão, massa e outros atributos qualitativos, que irão refletir no produto que chega ao consumidor (PRADO, 2004).

Desta maneira, tem-se como objetivo com este estudo, quantificar o rendimento e a qualidade pós-colheita de grãos de feijão carioca, em função da fertilização foliar com micronutrientes.

(11)

11

1. REFERENCIAL TEORICO

1.1 Generalidades sobre a cultura do feijoeiro.

O feijão é cultivado a milhares de anos e sua origem é fonte de divergência entre diversos pesquisadores. Evidências levam à hipótese de que o centro de origem e a sua domesticação teriam ocorrido na região Mesoamericana, por volta de 7000 anos a.C., mais especificamente no México. Há, porém uma corrente que, baseada em achados arqueológicos, sustentam a hipótese de que a origem da planta seria a América do Sul, mais especificamente no Peru. Pesquisas baseadas em padrões eletroforéticos de faseolina, sugerem a existência de três centros primários de diversidade genética: 1) o mesoamericano, tendo como zonas principais o México e a Guatemala, onde teriam surgido as variedades de grãos pequenos como o feijão “Carioca”; 2) da região sul dos Andes, até o Noroeste da Argentina, onde teriam origem as variedades de sementes maiores, como por exemplo o feijão-jalo; e 3) o Norte dos Andes, que abrange desde a Colômbia e Venezuela até o Norte do Peru, ali teriam sido originados cultivares com características intermediárias. Não há consonância sobre essas origens. Mas há um senso comum entre os pesquisadores, de que a origem do feijoeiro é o Continente Americano, porém em outros continentes como a Ásia, África e Europa, existem variedades consideradas secundárias (CIF, 2016).

O feijão-comum (Phaseolus vulgaris L.) é um dos alimentos mais importantes na dieta dos brasileiros. Reconhecidamente como uma extraordinária fonte proteica, possui boa quantidade de carboidratos e é rico em ferro. Vale enfatizar que além do feijão-comum, cultivado em maior ou menor grau, em todo território brasileiro é plantado também o caupi (Vigna unguiculata L. Walp.), denominado como de-corda, feijão-macassar e feijão-fradinho (TOMAZ, 2013).

De acordo com Silva et al. (2002) o feijão é uma leguminosa de importante fonte energética, proteínas, vitaminas e minerais. Possui um teor proteico da ordem de 20% a 30%, rico em lisina e outros aminoácidos essenciais, contudo, pobre nos aminoácidos sulfurados, metionina e cisteína. É ainda, fonte de tiamina e niacina e contém razoáveis quantidades de outras vitaminas hidrossolúveis, como riboflavina, piridoxina e folacina, minerais de ferro, zinco e fósforo. Tomaz (2013), relata que as cultivares de feijão semeadas nacionalmente exibem de 20 a 25% de proteína; entretanto, há outras com mais de 30%, essa proteína é rica no aminoácido essencial lisina e pobre nos aminoácidos sulfurados metionina e cisteína.

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1.2 Aspectos de cultivo do feijoeiro

Tradicionalmente no Brasil, o feijão é plantado no Nordeste brasileiro e vem se ampliando para outras regiões, sobretudo para o Centro-Oeste, de acordo com sua ampla adequabilidade às condições climáticas e ao baixo valor de produção, devido ao resultado do trabalho em melhoramento nos últimos 20 anos (FREIRE FILHO, 1988).

A escala de desenvolvimento da planta de feijão abrange dez estádios, cinco vegetativos e cinco reprodutivos. O primeiro estádio vegetativo (V0) é a germinação, emissão de radícula e do caulículo e sua transformação em raiz primária. Nos estádios vegetativos seguintes (V1 – V4) ocorre a emergência e abertura de folhas. Após a abertura das folhas, inicia-se os estádios reprodutivos (R5) que coincidem o início da floração, aparição do primeiro botão floral e do racemo primário. Do segundo estádio reprodutivo (R6) até o ultimo (R9) ocorre o processo de desenvolvimento do grão, que vai da floração até a maturação, onde as vagens perdem sua pigmentação, começam a secar, e as sementes desenvolvem a coloração típica da cultivar (COMISSÃO TÉCNICA SUL-BRASILEIRA DE FEIJÃO, 2012).

O fornecimento adequado de água é fundamental na produção. De acordo com Arf et al., (2004) a precisão hídrica do feijoeiro com período de 60 a 120 dias alterna entre 300 a 500 mm para aquisição de alta produtividade. Lopes et al. (2011) constatam como sendo ideal cerca de 90 a 114 mm de água na fase vegetativa, e de 296 a 378 mm nos estádios reprodutivos, o estudo foi realizado em cultivo irrigado sob plantio direto.

De acordo com Silveira et al. (2001), o cultivo de feijão irrigado permite aumento de produtividade de três a cinco vezes mais do que em épocas convencionais.

Por outro lado, é importante salientar, que o feijoeiro também é relativamente sensível ao excesso de água. É necessário que as áreas irrigadas tenham um bom sistema de drenagem superficial e subsuperficial. Em solos maus drenados ocorre deficiência de oxigênio, o que provoca concentração inadequada na planta reduzindo a atividade microbiana (AZEVEDO; CAIXETA, 1986; MOREIRA et al., 1988). De acordo com Stone e Silveira (1999), a semeadura sob sistema de cultivo direto do feijoeiro irrigado vem tendo aceitação cada vez maior na região central do Brasil, sendo uma alternativa de manejo correto e sustentável de sistemas agrícolas intensivos.

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13

1.3 Exigência nutricional da cultura do feijoeiro.

A cultura do feijoeiro, necessita de fertilização que pode variar de 60 a 150 kg ha-1 de nitrogênio (N), parcelado em duas vezes; 60 a 120 kg ha-1 de P2O5, dependendo

do teor de fósforo (P) no solo, de 30 a 90 kg ha-1 de K2O. A adubação fosfatada corretiva

é aconselhada para solos com muita argila e com teores de fósforo (P) abaixo de 1,0 a 2,0 mg dm-3 e, solos arenosos com teores abaixo de 6 a 10 mg dm-3. A precisão para

aplicação a lanço, pode variar de 120 a 240 kg ha-1 de P2O5, no 1º ano de cultivo,

dependendo do teor inicial de fósforo e da textura do solo (BARBOSA FILHO et al., 2003).

Os nutrientes podem ser qualificados em essenciais e benéficos. Confrome Malavolta (2008), 19 elementos podem ser classificados como essenciais entre eles estão o nitrogênio (N), fósforo (P), potássio (K) e ferro (Fe). Os benéficos, são os que compensam ou extinguem os efeitos tóxicos de outros, suprem um elemento essencial em alguma de suas funções menos exclusivas, e são determinados por alguns grupos de plantas ou ainda por plantas em ocasiões alegóricas, como o sódio (Na), silício (Si) e cobalto (Co) (SANTOS, 2004).

De acordo com Lacerda (2004), os elementos minerais essenciais são comumente qualificados como macro ou micronutrientes, conforme a sua concentração no tecido ou de acordo com a concentração solicitada para o crescimento apropriado da planta. Em geral, as concentrações dos macronutrientes (N, P, K, Si, Ca, Mg e S) são mais exigidas do que as dos micronutrientes (Fe, Cu, Zn, Mn, Mo, B, Cl, Ni e Na).

Segundo Prado (2004), os elementos macro e micronutrientes, exercem funções específicas na planta, e estas podem ser rotuladas em: (a) estrutural – fazendo parte da molécula de um ou mais compostos orgânicos, (b) constituinte de enzima – fazem parte do grupo prostético de enzimas e (c) ativador enzimático – sem fazer parte da fração proteica da enzima, é imperativo à atividade da mesma.

Os micronutrientes têm funções especificas na planta, podendo estes interferirem na qualidade do grão, dessa forma alguns dos mais importantes são descritos a seguir.

a) Boro (B): a principal fonte de boro (B) no solo é a matéria orgânica (M.O). Solos intemperizados e com baixos teores de matéria orgânica, obviamente são deficientes em B. Este nutriente é o único que não acata ao critério direto de

(14)

14 essencialidade, mas satisfaz o critério indireto. A maior prova da sua essencialidade consiste em que, nos solos das regiões tropicais, ao lado do Zinco (Zn), é o micronutriente que mais repetidamente promove deficiência na planta. Uma importante função atribuída ao boro é a de promover o transporte de açúcares pelas membranas. Neste fato, o borato desenvolveria complexos açúcar-borato que passariam mais prontamente as membranas celulares do que as moléculas de açúcares altamente polares. A exigência em boro é normalmente maior para a produção de sementes e grãos do que para o desenvolvimento vegetativo. Isto é devido à sua participação no processo de fertilização; o B está entrelaçado na germinação do pólen e no desenvolvimento do tubo polínico (BONATO, 1998).

O contato entre B e a raiz se faz predominantemente por fluxo de massa, possivelmente devido ao fato do elemento estar em forma não ionizada na solução do solo e, quando na forma iônica, em função do pH, apresenta baixa afinidade pelo complexo de troca (LAVRES JUNIOR; BEHLING, 2003).

Um indício típico da deficiência de boro é a necrose preta de folhas mais jovens e gemas terminais, ocorrendo principalmente na base da lâmina foliar. Os caules ficam rígidos e quebradiços. Não há dominância apical, tornando-a altamente ramificada, fazendo com que os ápices terminais fiquem necróticos devido a inibição da divisão celular. Podem comparecer anomalias pertinentes à desintegração de tecidos internos (KIRKBY; RÖMHELD, 2007).

A quantidade de boro requerida para a formação da semente, comumente, é maior do que a imprescindível para o desenvolvimento vegetativo. Dessa maneira, mesmo em casos nas quais a cultura se localiza em solo com boas propriedades físicas e químicas, podem ser adquiridos ganhos na produtividade com a adubação foliar (ROSOLEM, 1994).

b) Cloro (Cl): embora determinados minerais do solo tenham cloro, sua ajuda para a nutrição da planta é muito pequena. Maiores são as devidas ao “sal cíclico”, o NaCl vindo do mar e que caí no solo como a água da chuva, e ao KCl usado como adubo e que representa uns 90-95% do K2O adicionado para nutrir as culturas. A contribuição da chuva vai de 1 kg ha-1 por ano em áreas longe do oceano, até 175 kg

ha-1 por ano em áreas perto da costa. Em média uns 20 kg são depositados anualmente.

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15 Recentemente algumas evidencias mostram que a ATPase da membrana do tonoplasto é incitada especificamente pelo Cl-, indicando que o efeito do KCl na

atividade de ATPase nas raízes de alguma forma é resultado de duas reações separadas, onde na primeira o K+ estimula a ATPase ligada à plasmalema e na segunda o Cl- ativa a ATPase ligada ao tonoplasto. Ultimamente também está sendo conferido ao Cl- a função de regulação osmótica, o que afetaria indiretamente a fotossíntese via

controle da abertura e fechamento dos estômatos (FAQUIN, 1994).

Plantas com deficiência em cloro demonstram murcha dos ápices foliares, acompanhada por clorose e necrose. As folhas podem exibir desenvolvimento diminuído, eventualmente admitindo uma coloração “bronzeada” e engrossamento radicular (BERGMANN, 1992).

c) Cobre (Cu): a ocorrência mais comum do cobre (Cu) nos solos é Cu2+.

Ele é fixado à fração mineral dos solos e complexado pela matéria orgânica. Na planta é um componente das metaloenzimas e receptor intermediário de elétrons, age na fotossíntese, respiração, redução e fixação de nitrogênio (UNIFERTIL, 2012).

O primeiro sintoma de deficiência é o desenvolvimento de folhas verdes escuras, podendo aparecer manchas necróticas. Os borrões necróticos surgem primeiramente nos ápices das folhas mais jovens estendendo-se em direção a base da folha, ao longo das margens. Os limbos foliares podem ficar retorcidos ou malformados. Sob deficiência extrema, as folhas podem cair prematuramente (LONERAGAN, 1981).

A falta de Cu afeta o desenvolvimento reprodutivo (gênese de grãos e sementes) muito mais do que o crescimento vegetativo. Em flores adequadamente providas com Cu, as anteras (contendo pólen) e os ovários têm o maior quantidade e demanda deste nutriente. Dessa forma, o pólen originário de plantas deficientes em Cu não é viável (AGARWALA et al., 1980).

d) Ferro (Fe): este é o nutriente mais comum nos solos e ocorre principalmente como óxidos e hidróxidos. Os teores totais em solo estão comumente entre 0,5 a 5%, mas em alguns solos brasileiros, os teores podem ultrapassar 10%. Na planta ele age como catalisador na formação da clorofila e como carregador de oxigênio. É essencial à síntese de proteínas e na formação de alguns sistemas respiratórios enzimáticos. Na fotossíntese imprescindível para a síntese da clorofila; os cloroplastos contêm 75% do ferro das células das folhas; além disso participa do transporte

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16 eletrônico nos processos de redução via citocromos e ferredoxina; e tem participação na assimilação do N2 atmosférico da FBN (LAVRES JUNIOR; BEHLING, 2003).

e) Manganês (Mn): este micronutriente faz parte de diversos minerais, ligado principalmente ao oxigênio e silício. Ocorre mais comumente nos solos na forma de óxidos e sulfetos de manganês. A disponibilidade é muito variável, provocando deficiência ou toxicidade às plantas, de acordo com a solubilidade dos compostos presentes no solo. A forma iônica absorvida pelas plantas é Mn2+. Atua na síntese da

clorofila, e no metabolismo energético (GIRACCA; NUNES, 2015).

Os sintomas associados a deficiência de Mn são a clorose internervural associada ao incremento de pequenos borrões necróticos, ocorrendo tanto em folhas jovens como em folhas maduras, de acordo com as espécies vegetais e a taxa de desenvolvimento. A quantidade de sementes e o percentual de germinação diminuem de acordo com a deficiência de manganês (SHARMA et al., 1991).

Molibdênio (Mo): o Molibdênio acontece como sulfeto ou na forma de óxidos. A maior parte do molibdênio presente no solo está em formas oclusas, dentro de minerais primários e secundários. O intemperismo desses minerais desprende íons molibdato, cuja solubilidade acresce em condições alcalinas, ao contrário do observado em outros micronutrientes metálicos (Cu, Fe, Mn e Zn). O Mo é de menor ocorrência no solo e o menos exigido pelas culturas, ele aparece no solo na forma aniônica (HMoO4- e MoO4

2-) e pode ser fixado ao solo, principalmente a óxidos, similarmente ao que acontece com sulfato e fosfatos, ele atua na síntese e acionamento da redutase do nitrato. É exigido na fixação simbiótica do N por bactérias que existentes nos nódulos das raízes das leguminosas (BONATO, 1998).

Zinco (Zn): é um importante nutriente de vários sistemas enzimáticos que regulam diversas atividades no metabolismo da planta. É elemento de enzimas que fazem parte no metabolismo de proteínas, além de ser indispensável na formação de auxinas (CARVALHO et al., 2005).

Sob deficiência de Zn, a geração de O2- é acrescida e há um aumento típico da

permeabilidade da membrana plasmática conforme os radicais livres de O2 tóxicos destroem as ligações duplas dos ácidos graxos poli insaturados e dos fosfolipídios das membranas, levando a um detrimento de açúcares, aminoácidos e potássio (K). O acréscimo da oxidação de lipídeos leva a desnaturação de clorofila, necrose e

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17 crescimento atrofiado via oxidação de AIA, particularmente sob alta intensidade luminosa (MARSCHNER; CAKMAK, 1989; CAKMAK, 2000).

A deficiência de zinco é assinalada pela redução do desenvolvimento internodal e, como resultado, o crescimento apresentado pela planta, no qual as folhas têm um agrupamento circular que se irradia do substrato ou adjunto do mesmo. As folhas podem ficar pequenas e retorcidas, com margens de aspecto enrugada. Em alguns casos as folhas velhas podem demonstrar clorose internervurais e consequentemente desenvolver manchas necróticas brancas (ROSOLEM, 1994).

1.3.1 Deficiência por Micronutrientes

Mascarenhas et al. (1988), com o objetivo de verificar os sintomas em folhas, de plantas com deficientes em boro constatou que a formação de folhas primarias não ocorreu e a plântula apresentou somente as folhas cotiledonárias. Em condições menos rigorosas, observou-se a presença de folhas primárias com morte da gema apical. Na deficiência menos intensa, mesmo com morte da gema apical, a plântula formou novas gemas laterais onde estas se desenvolveram até a formação de pequenas folhas, e o seu desenvolvimento posterior foi paralisado, caracterizando uma situação de superbrotamento.

Rosolem et al., (1997), verificaram que a primeira deficiência a manifestar-se nas plantas de algodão foi a de boro. Embora as folhas mais velhas apresentassem aspecto normal, as mais novas tinham um ângulo diminutos com o pecíolo, eram menores, com área foliar enrugada e ligeiramente cloróticas. Os botões florais apresentaram necrose e caíram antes do início da abertura das flores. O acumulo de matéria seca da parte aérea e da raiz foi expressivamente danificada pela ausência de B.

Segundo Oliveira et al. (2009) as primeiras alterações morfológicas resultantes da deficiência de zinco em plantas de tomate começaram a surgir 15 após a omissão do nutriente. Os sinais apareceram primeiramente nas folhas novas, as quais apresentavam clorose leve, porém, sem alteração no desenvolvimento das plantas. Com a deficiência, a planta toda foi atingida, aparecendo folhas cloróticas, encarquilhadas e coreáceas, diminuição das nervuras e engrossamento do pecíolo. Conforme Marschner (1995) a deficiência de zinco leva a uma diminuição na velocidade da enzima Cu/Zn superóxido desmutase (Cu/ZnSOD) beneficiando o incremento das lesões oxidativas, acarretando na redução do teor de clorofila.

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18 A omissão de zinco ocasionou efeitos depressivos na altura das plantas de feijão e no acúmulo de massa seca do caule, em relação ao tratamento completo, segundo Leal e Prado (2008). O efeito da deficiência de zinco é mais evidente na altura das plantas por causa do efeito do nutriente, pois, segundo Malavolta et al. (1997) ele está envolvido na síntese de auxina, que estimula o desenvolvimento e alongamento das partes jovens das plantas.

O cloro afeta o desenvolvimento das plantas indiretamente por intermédio da regulação estomática, como um contra-íon móvel para o K+. Esta compensação por

cloro embora traga malefícios é de ampla magnitude para plantas onde os cloroplastos das células-guarda estão ausentes ou apenas pouco desenvolvidos, como em cebola ou nas palmeiras como o coqueiro. Nelas, a inibição do desenvolvimento por deficiência de cloro semelha ser causada por uma redução do controle do fechamento dos estômatos durante estresse pela seca (BUWALDA; SMITH, 1991).

Alguns aspectos do papel do molibdênio nas plantas ainda não são completamente entendidos. Em várias culturas, a deficiência de molibdênio parece afetar menos a fase de crescimento vegetativo e mais a fase reprodutiva. Em milho apresentando deficiência de molibdênio, o estádio de pendoamento é atrasado, uma boa proporção das flores não se abre e o desenvolvimento de pólen é grandemente reduzido (AGARWALA et al., 1979). Da mesma maneira, o pobre e tardio florescimento e a viabilidade reduzida dos grãos de pólen também podem explicar a redução do desenvolvimento dos frutos em plantas de melão com ausência de molibdênio cultivadas em solos ácidos (GUBLER et al., 1982 apud RÖMHELD; MARSCHNER, 1991).

Sharma et al., (1991) verificaram que a deficiência de manganês no milho afeta a viabilidade do pólen, e que plantas deficientes em manganês desenvolvem sintomas visíveis, como pendoamento pobre e atraso no desenvolvimento das anteras em comparação com as plantas suficientes em molibdênio. Plantas deficientes em molibdênio produzem menos, e apresentam grãos de pólen menores com reduzidos conteúdos citoplasmáticos. O indício mais evidente da ausência foi clorose de áreas internervais das folhas jovens, mais tarde, desenvolveram manchas necróticas.

Em um estudo conduzido por Ferreira (2012), as plantas de milho com sintomas de deficiência de ferro inicialmente reduziram o porte e apresentaram uma clorose internerval das folhas mais novas, essa clorose evoluiu para um arroxeamento internerval tomando conta de toda a lâmina foliar. As folhas mais velhas adquiriram uma tonalidade mais verde. Tanto nas margens da lâmina foliar quanto em pontos dispersos,

(19)

19 houve necrose dos tecidos, que posteriormente tomou conta de toda a folha. Como é um elemento relativamente imóvel os seus sintomas de deficiência são sentidos primeiramente nas folhas novas. Plantas de milho com sintomas de deficiência de cobre também apresentaram uma diminuição no porte, as folhas mais novas apresentaram uma clorose internerval que evoluiu para um amarelecimento no fundo, ficando uma listagem verde (as nervuras) formando um “V” no terço médio da lâmina. Em outras, se viam ‘encarquilhamentos’ que começavam nas margens da lâmina e progrediam em direção à nervura central.

Deficiência de cobre em plantas de pinhão-manso ficam evidentes nas folhas mais novas. As plantas deficientes em cobre apresentaram engrossamento das nervuras, clorose internerval, manchas avermelhadas e encarquilhamento das folhas (SILVA et al., 2009).

1.4 Qualidade de grãos do feijoeiro.

O feijoeiro é uma cultura sujeita a diversos ataques, vários patógenos são causas de doenças transmissíveis ao grão. A baixa qualidade do grão é uma das causas da baixa produtividade das lavouras no Brasil, pois a maioria dos agricultores utilizam “sementes” próprias, onde, geralmente, exibem graus variáveis de mistura, com alto grau de umidade, baixa germinação e vigor (REY et al., 2009).

A qualidade fisiológica está relacionada com a capacidade da semente em desempenhar suas funções vitais e acumular reservas, caracterizando-se pela longevidade, germinação e vigor. Portanto, os efeitos sobre a qualidade geralmente são traduzidos pela baixa porcentagem de germinação, acréscimo de plântulas anormais e redução do vigor das plântulas (TOLEDO et al., 2009).

A qualidade de sementes pode ser avaliada pela qualidade fisiológica, a qual fornece informações para a detecção e solução de problemas durante o processo produtivo (MARCOS FILHO, 2001). Plantas vigorosas, dependem da utilização de sementes de boa qualidade, as quais podem ser promulgas pela influência mútua de quatro elementos: genético, físico, sanitário e fisiológico (AMBROSANO et al., 1996). Deve-se observar a germinação e o vigor, para distinguir lotes com maior potencialidade fisiológica, e razão dos tratos culturais realizados, como no caso da adubação mineral (ANDRADE et al., 1999).

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20 Os principais atributos físicos e químicos relacionados à propriedade tecnológica dos grãos do feijoeiro são: absorção de água antes e após o cozimento, tempo de cozimento, absorção de água antes e após a cocção, percentual de sólidos solúveis no caldo, cor do tegumento e do caldo, teor de fibra dietética, minerais, proteínas e vitaminas e cor do tegumento e do caldo (BASSINELLO, 2004).

A qualidade física abrange textura e cor da película exterior do grão, a forma e a massa do grão. Já a qualidade química é de grande importância. São vários os componentes químicos presentes nos grãos os de maior importância são as proteínas, carboidratos vitaminas, minerais e as fibras. Os grãos também apresentam componentes indesejáveis ou antinutricionais que diminuem a disgetibilidade sendo os inibidores de tripsina, lectinas, hemaglutininas, ácido fítico e taninos os mais importantes (ROCHA, 2006).

(21)

21

2. MATERIAL E MÉTODOS

2.1 Condução do experimento

O experimento foi conduzido na Fazenda Luiz Eduardo, em área agrícola localizada no município de Sorriso, na região Norte do estado de Mato Grosso.

Conforme dados do IBGE (2016), a altitude do local é em torno de 386 m; o tipo de solo da região é latossolo vermelho escuro, são solos profundos, bem discriminados, com diferentes classes texturais, distróficos plínticos de textura argilosa. Exibe ampla habilidade de infiltração de água superficial e média susceptibilidade a erosão. De acordo com a classificação climática de Köppen a região é caracterizada como tropical (grupo A) clima megatérmico com forte precipitação anual. Tipo climático Aw, clima tropical com estação seca de inverno e chuvas de verão. A precipitação média anual está em torno 2.000 mm, sendo que 85% desse total concentra-se entre outubro a março. A temperatura média anual é de 28 °C. A umidade relativa do ar na época de chuvas é de 80%, porém entre junho ao final de agosto esta umidade declina mantendo em média 22%.

Para avalição qualitativa de grãos foi utilizada a cultivar de feijão carioca branquinho, uma seleção da variedade pérola, com semeadura feita no dia 13/06/2015, em sistema de cultivo mínimo. A colheita foi realizada no dia 20/09/2015 de forma manual. E debulha do material foi realizada em trilhadora mecânica.

O delineamento experimental foi em blocos casualizados, sendo realizados 6 (seis) tratamentos em 3 (três) repetições, totalizando 18 unidades amostrais. As parcelas foram esquematizadas em 6 x 3 m (18 m²).

As intervenções com micronutrientes foram realizadas com pulverizador costal pressurizado por CO2, com bico cone de 0,4 mm e volume de calda de 140 L ha-1, em

diferentes estágios de desenvolvimento da planta. As sementes foram tratadas com fungicidas e inseticidas antes do plantio. A adubação foi realiza com 200 Kg MAP 09-43-00, 100 Kg de ureia e 100 Kg de KCl.

(22)

22 Tabela 1. Produtos, dosagens e época de aplicação dos tratamentos realizados.

Tratamento Produto Dosagem Estádio

T1 Tratamento controle - -

T2

Complex. Nutritivo (B; Co; Cu; Mn; Zn; N; S) + Fert. Foliar (S; Mg; Mn; Zn)

Complex. Nutritivo (B; Co; Cu; Mn; Zn; N; S) + Suplem. (N; B; Mn) + Suplem. (N; P)

Fert. Foliar (N; K2O)

0,25 + 1,0 0,25 + 0,5 + 2,0 2,0 V4 – V5 V8 – R1 R5 T3

Complex. Nutritivo (B; Co; Cu; Mn; Zn; N; S) + Fert. Foliar (S; Mg; Mn; Zn)

Complex. Nutritivo (B; Co; Cu; Mn; Zn; N; S) + Suplem. (N; B; Mn) + Suplem. (N; P)

Fert. Foliar (N; K2O)

0,25 + 1,0 0,25 + 0,5 + 2,0 3,0 V4 – V5 V8 – R1 R5 T4

Fert. Foliar (Bo; Cu; Mg; Zn; S; N) Complex. Nutritivo (B; Co; Cu; Mn; Zn; N; S) +

Fert. Foliar (Mn; S)

Complex. Nutritivo (B; Co; Cu; Mn; Zn; N; S) Fert. Foliar (N; K2O)

5,0 0,25 + 1,0 0,25 2,0 PRÉ V4 – V5 V8 – R1 R5 T5

Fert. Mineral (Cu, P2O5, S) Fert. Mineral (Cu, P2O5, S)

0,4

0,4

V4 – V5 V8 – R1 T6

Fert. Mineral (Cu, P2O5, S) + Fert. Mineral (N, Fe, Mn, Mg, Ca, Si, Zn)

Fert. Mineral (Cu, P2O5, S) + Fert. Mineral (N, Fe, Mn, Mg, Ca, Si, Zn)

0,4 + 0,6

0,4 + 0,6

V4 – V5 V8 – R1

2.2 Rendimento da cultura

O rendimento da cultura foi obtido por meio da massa de grãos de parte da área útil da parcela (6 m2) extrapolando para saca por hectare (sc ha-1).

Após determinação do teor de água de colheita os valores de produtividade foram corrigidos para a umidade comercial de 14% b.u.

2.3 Avaliações qualitativas de grãos

As amostras foram acondicionadas em sacos plásticos e transportadas para o laboratório de Pós-colheita da UFMT/Sinop, para quantificação do teor de água, massa de 1.000 grãos, massa específica aparente, massa específica unitária, tamanho e forma do grão, germinação, envelhecimento acelerado e composição dos grãos, conforme metodologias descritas a seguir:

(23)

23 a) Teor de Água (%b.u): foi determinada por método direto, representado pela perda água contida nos grãos. As amostras de grãos foram submetidas à secagem em estufa com circulação forçada de ar, à temperatura de 105 ºC por 24 horas. Foram realizadas três repetições por amostra, conforme recomendações descritas nas regras de análise de sementes (RAS) (BRASIL, 2009).

b) Massa de 1.000 grãos (g): realizada de acordo com metodologia descrita por Brasil (2009), sendo obtida a massa de 8 (oito) repetições de 100 (cem), posteriormente calculado a média e multiplicado este valor por 10 (dez). Este processo foi repetido três vezes para cada amostra.

c) Massa Específica Aparente: foi determinada por meio da massa de grãos, isenta de impurezas e quebrados, coletada em um cilindro de volume de 1 L. A altura de queda de grãos foi mantida em 15 cm, de forma a propiciar acomodação uniforme dos grãos no cilindro. Foram realizadas 3 (três) repetições por amostra. Esta propriedade física é apresentada em kg m-3.

d) Massa Específica Unitária (kg m-3) e Volume do Grão (mm-3): procedeu-se

com a determinação da massa unitária dos grãos, em uma balança de precisão (0,001 g), e do volume, por meio do diâmetro médio (Eq. 01) calculado a partir da média aritmética da medida das 3 (três) dimensões características do grão, obtida com o auxílio de um paquímetro digital. Foram coletados ao acaso 20 (vinte) grãos por amostra.

Ø =( x+y+z 10 ) 3 (Eq. 01) Em que: Ø - diâmetro do grão (cm);

x - eixo transversal ao cotilédone do grão (mm); y - eixo paralelo ao cotilédone do grão (mm). z - eixo longitudinal ao cotilédone do grão (mm);

Para obtenção do volume do grão (cm³) foi considerado que o mesmo aproxima-se da forma geométrica de uma esfera, sendo calculado a partir da Equação 02.

V =4 3π R

(24)

24 Em que:

V - volume do grão (cm); R – raio do grão (cm).

Pela relação entre a massa do grão e o volume obteve-se a massa específica unitária em kg m-3.

Com os dados das três dimensões características obteve-se ainda: circularidade, esfericidade, e área superficial, caracterizando o formato e tamanho dos grãos.

e) Germinação (%): o teste padrão de germinação é utilizado para determinar a qualidade fisiológica do grão colocados para germinar sob condições controladas, seguindo a metodologia descrita em Brasil (2009). Foram avaliados 200 (duzentos) grãos dispostos em quatro repetições de 50 (cinquenta) grãos enrolados em papel germitest umedecidos com água destilada e colocados em câmara de germinação sem iluminação e com temperatura de 25 oC, posteriormente fazendo a contagem de grãos

germinados normais após 9 (nove) dias (BRASIL 2009).

f) Envelhecimento acelerado: foram avaliados 200 (duzentos) grãos, divididos em quatro sub-amotras com 50 (cinquenta), distribuídos uniformemente em uma tela de alumínio, fixada numa caixa gerbox contendo 40 mL de água destilada, e mantidas a 42 °C por 72 h (ROSSETTO et al., 2004). Após esse tempo procedeu-se com o teste padrão de germinação, conforme descrito acima, sendo contado ao final de 6 (seis) dias o percentual de grãos germinados normais.

g) Teor de proteína, matéria seca e nitrogênio: para determinação do teor de proteínas foi utilizada a técnica de avaliação do nitrogênio total, pelo método de Kjeldahl e bloco digestor. Primeiramente obteve-se o valor de nitrogênio total, e para a determinação do valor de proteína bruta foi utilizado o fator 6,25 x %N (ZENEBON et al., 2008).

2.4 Dados Climáticos

Os dados climáticos foram monitorados pela estação meteorológica da Universidade Federal de Mato Grosso, Campus Sinop.

(25)

25

2.5 Análise estatística

Os dados obtidos neste experimento foram submetidos à análise de variância pelo teste F a 5% de probabilidade, e as médias comparadas pelo teste de Tukey a 5%.

(26)

26

3. RESULTADOS E DISCUSSÃO

3.1 Condições climáticas

Não houve precipitação durante o cultivo (do plantio a colheita) do feijão, fato aguardado por se tratar de cultivo de 3a safra, que ocorre no período de seca. Diante

disso, o cultivo foi realizado sob sistema de irrigação por pivô central.

A temperatura média ideal para o cultivo de feijão na América Latina vária de 17,5 a 25 ºC, buscando-se continuamente o planejamento da semeadura de modo que a momento de floração coincida com temperaturas próximas a 21 ºC (VIEIRA et al., 2006).

O período de prefloração a abertura de todos os botões florais se dá entre 35 e 53 dias após o plantio, observando as ondulações de temperatura na Figura 1 nota-se que entre os dias 18/07 a 05/08, conforme dados da estação climática da UFMT-Sinop, as temperaturas foram superiores a 21 °C, o que pode interferir na abertura de botões florais e consequentemente na produtividade.

Figura 1. Temperatura e umidade relativa do ar durante o cultivo do feijão.

Em relação a umidade relativa, Malavolta (1980) afirma que a absorção foliar é influenciada por dois fatores, a umidade atmosférica e a umidade do solo. Com a baixa umidade do ar haverá uma alta taxa de transpiração, desde que o solo esteja úmido e por consequência a aplicação foliar secará. Porém as películas de umidade formadas na superfície da folha podem ser mais importantes do que a água de aplicação. Kirkwood (1999) relata que a hidratação da cutícula foliar melhora a penetração de compostos hidrofílicos.

(27)

27 A alta umidade relativa do ar pode provocar neblinas ou orvalho, podendo auxiliar na dessorção de nutrientes. Conforme demonstrado na Figura 1, a umidade relativa do ar alcançou picos elevados, por outro lado as altas temperatura não favoreceram a formação de orvalho. Por se tratar de cultivo irrigado a umidade favorável do solo foi fator importante para proporcionar melhor desempenho da fertilização foliar.

3.2 Resumo da análise de variância

Para observância do efeito dos tratamentos com fertilizante foliar durante o desenvolvimento da cultura, os dados de rendimento e qualidade de grãos foram submetidos a análise de variância pelo teste F (Tabela 2).

Tabela 2. Valores de F calculado e coeficiente de variação obtidos na análise de variância para os dados de produtividade e qualidade de grãos de feijão submetido a fertilização foliar. Propriedades físicas Fonte de variação Massa de mil grãos Massa específica aparente Massa específica unitária Volume do grão Massa do grão Tratamento 1,471n.s. 9,064* 40,079* 88,844* 46,511* CV (%) 1,88 0,56 2,10 2,91 2,27

Tamanho e forma dos grãos Fonte de

variação

Diâmetro

Geométrico Área superficial Esfericidade Circularidade

Tratamento 97,938* 100,921* 16,020* 27,777*

CV (%) 0,90 0,91 1,19 1,89

Produtividade e propriedades fisiológicas Fonte de

variação Produtividade Germinação

Envelhecimento acelerado

Tratamento 4,343*. 2,201 n.s. 5,376*

CV (%) 4,89 15,67 11,90

n.s. Não significativo; * significativo a 5% de probabilidade pelo teste F.

Pelo resumo da análise apresentado na Tabela 2 observa-se que, com exceção da massa de mil grãos, as variáveis qualitativas apresentaram diferença significativa entre tratamentos, demonstrando efeito da fertilização foliar sobre a qualidade de grãos de feijão.

As condições climáticas foram favoráveis para a cultura do feijão, principalmente a disponibilidade hídrica, pelo fato de ter sido sob cultivo irrigado. Apenas a temperatura no momento a floração é que pode ter apresentado interferência, no que se refere a

(28)

28 abortamento de flores, por estar acima de 21 oC (Figura 1), conforme afirmação

apresentada por VIEIRA et al., 2006.

O período de cultivo coincidiu com o de estiagem na região, com umidade relativa baixa na maior parte do dia, o que poderia interferir na adsorção do produto, entretanto, em virtude da irrigação acredita-se que este fator não exerceu influência sobre a eficácia dos produtos aplicados.

3.3. Produtividade da cultura do feijão

A produtividade (Tabela 3) em virtude dos tratamentos foi calculada por meio da massa de grãos da amostra da parcela. Após análise da umidade, foi observado que a quantidade de água presente nos grãos (8% b.u.) estava abaixo da umidade de comercialização (14% b.u.), dessa forma os valores foram corrigidos para 14%b.u. Tabela 3. Valores médios de produtividade do feijão em função da fertilização foliar.

Tratamentos Produtividade Média kg ha-1(sc ha-1)

T1 3.000,46 (50,00) a T2 3.219,35 (53,65) ab T3 3.175,00 (52,91) ab T4 3.320,62 (55,34) ab T5 3.443,07 (57,38) b T6 3.535,87 (58,93) b

Em que: T1: Tratamento controle; T2: Complex. Nutritivo (B; Co; Cu; Mn; Zn; N; S) + Fert. Foliar (S; Mg; Mn; Zn), Complex. Nutritivo (B; Co; Cu; Mn; Zn; N; S) + Suplem. (N; B; Mn) + Suplem. (N; P), Fert. Foliar (N; K2O); T3: Complex. Nutritivo (B; Co; Cu; Mn; Zn; N; S) + Fert. Foliar (S; Mg; Mn; Zn), Complex. Nutritivo (B; Co; Cu; Mn; Zn; N; S) + Suplem. (N; B; Mn) + Suplem. (N; P), Fert. Foliar (N; K2O); T4: Fert. Foliar (Bo; Cu; Mg; Zn; S; N), Complex. Nutritivo (B; Co; Cu; Mn; Zn; N; S) + Fert. Foliar (Mn; S), Complex. Nutritivo (B; Co; Cu; Mn; Zn; N; S), Fert. Foliar (N; K2O); T5: Fert. Mineral (Cu, P2O5, S), Fert. Mineral (Cu, P2O5, S); T6: Fert. Mineral (Cu, P2O5, S) + Fert. Mineral (N, Fe, Mn, Mg, Ca, Si, Zn), Fert. Mineral (Cu, P2O5, S) + Fert. Mineral (N, Fe, Mn, Mg, Ca, Si, Zn).

Verifica-se da Tabela 3 que houve influência importante da fertilização foliar sobre o rendimento da cultura do feijão. A diferença entre os valores extremos (mínimo em T1, e máximo em T6) foi de 11,9 sc ha-1, o que pode influenciar diretamente sobre o

lucro do produtor. Em todos os tratamentos em que foi utilizada fertilização foliar conseguiu-se elevação da produtividade, sendo no mínimo 5,1 sc ha-1, e no máximo

11,9 sc ha-1, superior ao tratamento controle.

O tratamento que apresentou melhores ganhos de produtividade foi o T6. Este ganho de produtividade pode ser associado a melhor translocação dos micronutrientes, sendo cobre encontrado no Fert. Mineral (Cu, P2O5, S) associado ao ferro presente no Fert. Mineral (N, Fe, Mn, Mg, Ca, Si, Zn). O que condiz com Scaramuzza et al. (1999)

(29)

29 que em trabalho realizado com aplicação de sulfato de cobre neutralizado obtiveram ganhos de produtividade de 9,18% em relação a testemunha.

Segundo Lavres Junior e Behling (2003) a deficiência de cobre pode afetar o crescimento reprodutivo muito mais do que o crescimento vegetativo, e o ferro atua como catalisador na formação clorofila, além de ser essencial na síntese de proteínas. Para Agarwala et al. (1980) pólens deficientes em cobre não são viáveis, a deficiência afeta o crescimento reprodutivo. De acordo com dados publicados pela Unifertil (2012) o cobre desempenha função importante na respiração, redução e fixação de nitrogênio, e na fotossíntese.

O produto, presente no Tratamento T6 (Fert. Mineral (N, Fe, Mn, Mg, Ca, Si, Zn)), apresenta em sua composição cálcio, macro nutriente importante no desenvolvimento da parede celular e indiretamente auxilia na disponibilidade de molibdênio à planta. Bonato (1998) descreve que o molibdênio é demandado para fixar o nitrogênio pelas bactérias nos nódulos das raízes de leguminosas. O nitrogênio é elemento essencial aos fundamentais processos fisiológicos no interior da planta, como, respiração desenvolvimento e atividade das raízes, absorção iônica, crescimento e diferenciação celular e genética.

Outro nutriente importante ao desenvolvimento da planta, e que faz parte da garantia dos Tratamentos 2, 3, 4 e 6 é o zinco. De acordo com Carvalho et al. (2005) o zinco faz parte do metabolismo de proteínas e é indispensável na formação de auxinas. Em trabalho realizado por Lana et al. (2008) foi verificado que o tratamento realizado com zinco foi o que apresentou melhor produtividade, com incremento de 41,5% sobre a produtividade.

Estes resultados mostram que a utilização de adubação foliar em sistema irrigado favorece o ganho em produtividade. Neste estudo foi quantificado incremento de até 11,9 sc ha-1 pelo T6, comparado com o tratamento controle. Com o feijão 3° safra

atingindo preços de até R$180,00 a saca, segundo dados da Conab (2015), isso resultaria em um ganho de R$ 2.141,64 por hectare.

3.4 Qualidade física de grãos

Por ser importante parâmetro a ser utilizado em transações comerciais a qualidade física de grãos tem sido amplamente discutida. Apenas para alguns produtos (arroz, trigo, outros) é exigido determinados padrões relacionados a estas propriedades,

(30)

30 porém, acredita-se que em futuro próximo, visto a tendência pela busca de alimentos de melhor qualidade, isso passe a ser uma exigência.

Neste estudo foram quantificadas variáveis relacionadas a massa de mil grãos, massas específicas, tamanho e forma de grãos de feijão que foram submetidos a fertilização foliar durante o desenvolvimento da cultura. Para a maioria das variáveis foram observadas diferenças significativas (Tabela 4) entre os tratamentos realizados, denotando a importância do investimento em tecnologia para produção de grãos de melhor qualidade.

Tabela 4. Valores médios observados de propriedades físicas de grãos de feijão em função da fertilização foliar com micronutrientes.

Médias seguidas pela mesma letra na coluna não diferem entre si pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade. Em que: T1: Tratamento controle; T2: Complex. Nutritivo (B; Co; Cu; Mn; Zn; N; S) + Fert. Foliar (S; Mg; Mn; Zn), Complex. Nutritivo (B; Co; Cu; Mn; Zn; N; S) + Suplem. (N; B; Mn) + Suplem. (N; P), Fert. Foliar (N; K2O); T3: Complex. Nutritivo (B; Co; Cu; Mn; Zn; N; S) + Fert. Foliar (S; Mg; Mn; Zn), Complex. Nutritivo (B; Co; Cu; Mn; Zn; N; S) + Suplem. (N; B; Mn) + Suplem. (N; P), Fert. Foliar (N; K2O); T4: Fert. Foliar (Bo; Cu; Mg; Zn; S; N), Complex. Nutritivo (B; Co; Cu; Mn; Zn; N; S) + Fert. Foliar (Mn; S), Complex. Nutritivo (B; Co; Cu; Mn; Zn; N; S), Fert. Foliar (N; K2O); T5: Fert. Mineral (Cu, P2O5, S), Fert. Mineral (Cu, P2O5, S); T6: Fert. Mineral (Cu, P2O5, S) + Fert. Mineral (N, Fe, Mn, Mg, Ca, Si, Zn), Fert. Mineral (Cu, P2O5, S) + Fert. Mineral (N, Fe, Mn, Mg, Ca, Si, Zn).

A massa de mil grãos é uma variável muito importante pois de acordo com BRASIL (2009) geralmente é utilizada como base de cálculo para densidade de semeadura, demonstrar o estado de maturação e sanidade do grão e para presumir a qualidade das sementes. Verifica-se da Tabela 4 que houve tendência de aumentos de massa de mil grãos em função da utilização de micronutrientes foliares, porém, não sendo significativo. A média geral foi de 221,45 g, inferior ao resultado obtido por Ruffato et al. (2013) os quais observaram que a massa de mil grãos da cultivar Tangará (carioca) variou entre 248 a 265 g. Essa diferença pode ser decorrente de diferenças varietais,

Tratamento Massa de mil grãos, g Massa específica aparente, kg m-3 Massa específica unitária, kg m-3 Volume do grão, mm3 Massa do grão, g T1 218,75 a 846,43 bc 1.545,67 b 118,83 a 0,184 a T2 222,72 a 840,55 abc 1.619,47 bc 125,67 a 0,204 bc T3 218,02 a 840,24 ab 1.591,69 bc 121,89 a 0,194 ab T4 221,70 a 832,58 a 1.661,19 c 128,83 a 0,214 c T5 221,42 a 832,30 a 1.424,41 a 160,33 b 0,229 d T6 226,09 a 853,37 c 1.359,02 a 169,75 b 0,231 d CV (%) 1,88 0,56 12,53 2,89 2,52 Média 221,45 840,91 1.624,41 137,74 0,21

(31)

31 clima durante o cultivo, ou ainda em função da umidade dos grãos. Neste estudo os grãos foram avaliados a 8%b.u., ao passo que no trabalho citado, a avaliação foi realizada a 14%b.u.

Para as massas específicas aparente e unitária foram observadas diferenças significativas entre tratamentos. A massa específica aparente apresentou melhores resultados em função da fertilização foliar pelo tratamento T6, entretanto o ganho foi em torno de apenas 1% em relação ao tratamento controle. O valor médio obtido no T6 foi de 853,37 kg m-3, expressivamente superior ao obtido por Ruffato et al. (2013) que

obtiveram variação desta propriedade para o feijão carioca, variedade Tangará, entre 725 a 757 kg m-3. Há de se considerar que esta propriedade é inversamente proporcional

ao teor de água, e neste estudo os grãos foram avaliados com umidade em torno de 8%b.u., já no trabalho realizado por Ruffato et al. (2013) a umidade encontrava-se a 14%b.u.

A massa especifica aparente representa a quantidade de massa de grão em um dado volume. Serve para a realização do cálculo da capacidade de unidades armazenadoras e maquinários utilizados no pré-processamento, além de ser importante fator qualitativo. Caso o produto apresente valor elevado de massa específica aparente significa que para um mesmo volume, tomando-se como exemplo um silo armazenador, ter-se-á maior massa de produto.

A massa específica unitária apresentou melhores resultados quando realizado o T4 (1.661,19 kg m-3). Para esta propriedade foi constatado valores aleatórios, sem

tendência em função dos tratamentos, haja vista o tratamento controle (T1) ter sido superior ao T5 e T6 que continham suplemento nutricional.

Importante comparação relativa à essa propriedade é com relação aos dados dos tratamentos T5 e T6. Verifica-se dos dados da Tabela 4 que a massa do grão em ambos os tratamentos é praticamente a mesma, porém obteve-se variação de 4,6% entre valores de massa específica unitária, com melhor valor médio para o T5. Observa-se ainda que o volume em T5 foi em torno de 5,5% inferior ao volume do grão em T6, o que permite inferir que a massa específica unitária, pela metodologia utilizada, onde o grão foi considerado uma esfera, e o resultado foi obtido pela relação da massa pelo volume calculado, que incrementos de massa do grão são mais relevantes que de volume.

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32 Para o volume e massa do grão os melhores resultados foram obtidos quando realizados os tratamentos T6 e T5, respectivamente, comprovando que a adubação foliar com Fert. Mineral (Cu, P2O5, S) e deste associado Fert. Mineral (N, Fe, Mn, Mg, Ca, Si, Zn), foram os que apresentaram melhor eficiência na formação e enchimento do grão. O acúmulo de matéria seca no grão torna-se bastante relevante, principalmente no caso de sementes, ou no caso de grãos que serão armazenados por longo período de tempo.

Variáveis físicas relativas ao tamanho e forma dos grãos de feijão também foram analisadas (Tabela 5) com diferenças significativas entre dados, demonstrando a influência dos tratamentos realizados

Tabela 5. Valores médios observados para variáveis de tamanho e forma de grãos de feijão em função da fertilização foliar com micronutrientes.

Médias seguidas pela mesma letra na coluna não diferem entre si pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade. Em que: T1: Tratamento controle; T2: Complex. Nutritivo (B; Co; Cu; Mn; Zn; N; S) + Fert. Foliar (S; Mg; Mn; Zn), Complex. Nutritivo (B; Co; Cu; Mn; Zn; N; S) + Suplem. (N; B; Mn) + Suplem. (N; P), Fert. Foliar (N; K2O); T3: Complex. Nutritivo (B; Co; Cu; Mn; Zn; N; S) + Fert. Foliar (S; Mg; Mn; Zn), Complex. Nutritivo (B; Co; Cu; Mn; Zn; N; S) + Suplem. (N; B; Mn) + Suplem. (N; P), Fert. Foliar (N; K2O); T4: Fert. Foliar (Bo; Cu; Mg; Zn; S; N), Complex. Nutritivo (B; Co; Cu; Mn; Zn; N; S) + Fert. Foliar (Mn; S), Complex. Nutritivo (B; Co; Cu; Mn; Zn; N; S), Fert. Foliar (N; K2O); T5: Fert. Mineral (Cu, P2O5, S), Fert. Mineral (Cu, P2O5, S); T6: Fert. Mineral (Cu, P2O5, S) + Fert. Mineral (N, Fe, Mn, Mg, Ca, Si, Zn), Fert. Mineral (Cu, P2O5, S) + Fert. Mineral (N, Fe, Mn, Mg, Ca, Si, Zn).

No que se refere ao tamanho do grão, avaliado pelo diâmetro geométrico e área superficial na posição de repouso, tem-se que, os tratamentos T5 e T6 apresentaram os maiores valores (Tabela 5), similarmente aos resultados de massa e volume do grão (Tabela 4).

Quanto ao formato do grão (circularidade e esfericidade), os tratamentos T5 e T6 também apresentaram os melhores resultados. No que se refere as estas variáveis, pode-se dizer que grãos mais uniformes, que se aproximem de uma esfera podem ser

Tratamento Diâmetro, mm Área Superficial,

mm2 Esfericidade, % Circularidade, % T1 6,10 a 19,16 a 69,63 a 65,58 a T2 6,21 ab 19,52 ab 70,40 a 66,15 a T3 6,15 ab 19,32 ab 69,82 a 65,78 a T4 6,26 b 19,69 b 70,59 a 66,34 a T5 6,74 c 21,17 c 84,87 b 72,99 b T6 6,87 c 21,58 c 73,40 b 74,12 b CV (%) 1,19 1,17 6,10 16,11 Média 6,38 20,03 73,12 73,72

(33)

33 mais facilmente tratados nos processos de pré-processamento, principalmente em relação a limpeza dos grãos, facilitando a escolha de peneiras para realização do processo. Pode-se considerar também que grãos com menos arestas possuem menor susceptibilidade a danos mecânicos, visto a uniformidade em seu formato.

Trabalhos relativos a caracterização física de grãos, são bastante escassos, porém importantes.

Diante dos dados sobre qualidade física de grãos apresentados, pode-se inferir que os tratos culturais são bastante relevantes no caso do feijão a fertilização com micronutrientes aplicados via foliar proporcionou resultados satisfatórios em vários sentidos, tanto no que se refere ao lucro do produtor, pelo aumento no rendimento e ganhos em massa, quanto pelo aumento de qualidade, permitindo a conservação dos grãos por um tempo maior.

3.5 Qualidade fisiológica

A qualidade fisiológica dos grãos avaliada pela germinação e envelhecimento acelerado permite identificar a qualidade inicial do grão e o potencial para que este seja armazenado. Embora a germinação tenha variado entre tratamentos, não foi constatada diferença significativa, por outro lado, pelos resultados da germinação após os grãos terem sido submetidos a estresse térmico e hídrico, foi constatada diferença em função da fertilização foliar realizada.

Tabela 6. Valores médios observados de propriedades fisiológicas de grãos de feijão em função da fertilização foliar com micronutrientes.

Médias seguidas pela mesma letra na coluna não diferem entre si pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade. Em que: T1: Tratamento controle; T2: Complex. Nutritivo (B; Co; Cu; Mn; Zn; N; S) + Fert. Foliar (S; Mg; Mn; Zn), Complex. Nutritivo (B; Co; Cu; Mn; Zn; N; S) + Suplem. (N; B; Mn) + Suplem. (N; P), Fert. Foliar (N; K2O); T3: Complex. Nutritivo (B; Co; Cu; Mn; Zn; N; S) + Fert. Foliar (S; Mg; Mn; Zn), Complex. Nutritivo (B; Co; Cu; Mn; Zn; N; S) + Suplem. (N; B; Mn) + Suplem. (N; P), Fert. Foliar (N; K2O); T4: Fert. Foliar (Bo; Cu; Mg; Zn; S; N), Complex. Nutritivo (B; Co; Cu; Mn; Zn; N; S) + Fert. Foliar (Mn; S), Complex. Nutritivo (B; Co; Cu; Mn; Zn; N; S), Fert. Foliar (N; K2O); T5: Fert. Mineral (Cu, P2O5, S), Fert. Mineral (Cu, P2O5, S); T6: Fert. Mineral (Cu, P2O5, S) + Fert. Mineral (N, Fe, Mn, Mg, Ca, Si, Zn), Fert. Mineral (Cu, P2O5, S) + Fert. Mineral (N, Fe, Mn, Mg, Ca, Si, Zn).

Tratamento Germinação (%) Envelhecimento Acelerado (%)

T1 63,17 a 61,17 ab T2 64,11 a 52,00 a T3 83,05 a 59,33 ab T4 77,33 a 78,17 b T5 67,28 a 67,67 ab T6 58,95 a 52,83 a CV (%) 15,67 11,90 Média 68,98 61,86

(34)

34 Pelos dados de germinação apresentados da Tabela 6 verifica-se não houve diferença significativa entre os tratamentos, entretanto tem-se que o T3 proporcionou melhor potencial de germinação inicial, dos grãos, com valor médio de 83,05%, porém não se pode afirmar que este foi o melhor tratamento. O alto valor do coeficiente de variação indica grande dispersão dos dados. Após envelhecimento acelerado, com diferenças significativas, em T3 obteve-se uma redução importante, em torno de 24%, significando que se armazenado por longo período o produto poderia perder qualidade de forma expressiva.

O feijão submetido ao T4 apresentou elevado percentual de germinação inicial (77,33%), não sendo detectado decréscimo após envelhecimento acelerado. No caso houve pequeno acréscimo (0,84%) podendo ser decorrente da diferença fisiológica entre grãos, visto que ambos os testes não foram realizados com os mesmos grãos. Desta forma, pode-se considerar que os grãos oriundos do T4 apresentaram qualidade fisiológica superior aos demais tratamentos.

Segundo, Sharma et al. (1991) a taxa de germinação pode diminuir com a deficiência de manganês. A adubação foliar com maiores quantidades de manganês pode explicar o desempenho favorável destes tratamentos. O T4 obteve uma dosagem a mais de composto com manganês, o que pode ter dado a este tratamento uma melhor resposta ao envelhecimento acelerado, mantendo o produto com uma melhor qualidade no armazenamento prolongado.

De acordo com as determinações descritas em BRASIL (2009), são considerados aptos à semeadura lotes com germinações superiores a 80%, desta maneira apenas os grãos do T3 poderiam ser materiais propícios a serem considerados como sementes, mas há de se considerar a vulnerabilidade se forem armazenados por longo período.

Importante destacar que os testes fisiológicos foram realizados a 8%b.u. Marcos Filho (2005) descreve que sementes com teores de água inferiores à 11%b.u. são mais susceptíveis a problemas em seu processo de germinação. Desta forma o baixo teor de água pode ter influenciado o baixo poder de germinação.

(35)

35

3.6 Qualidade química do feijão

A qualidade química do feijão foi avaliada por meio do teor de proteína bruta, matéria seca e nitrogênio presente nos grãos (Tabela 7). Os dados foram discutidos de forma descritiva.

Tabela 7. Valores observados de constituintes de grãos de feijão em função da fertilização foliar com micronutrientes.

Em que: T1: Tratamento controle; T2: Complex. Nutritivo (B; Co; Cu; Mn; Zn; N; S) + Fert. Foliar (S; Mg; Mn; Zn), Complex. Nutritivo (B; Co; Cu; Mn; Zn; N; S) + Suplem. (N; B; Mn) + Suplem. (N; P), Fert. Foliar (N; K2O); T3: Complex. Nutritivo (B; Co; Cu; Mn; Zn; N; S) + Fert. Foliar (S; Mg; Mn; Zn), Complex. Nutritivo (B; Co; Cu; Mn; Zn; N; S) + Suplem. (N; B; Mn) + Suplem. (N; P), Fert. Foliar (N; K2O); T4: Fert. Foliar (Bo; Cu; Mg; Zn; S; N), Complex. Nutritivo (B; Co; Cu; Mn; Zn; N; S) + Fert. Foliar (Mn; S), Complex. Nutritivo (B; Co; Cu; Mn; Zn; N; S), Fert. Foliar (N; K2O); T5: Fert. Mineral (Cu, P2O5, S), Fert. Mineral (Cu, P2O5, S); T6: Fert. Mineral (Cu, P2O5, S) + Fert. Mineral (N, Fe, Mn, Mg, Ca, Si, Zn), Fert. Mineral (Cu, P2O5, S) + Fert. Mineral (N, Fe, Mn, Mg, Ca, Si, Zn).

Por se tratar de um grão que faz parte da dieta diária dos brasileiros, a composição nutricional torna-se de grande relevância, principalmente no que se refere ao teor de proteínas. Pelos dados apresentados na Tabela 7 pode-se verificar que o tratamento T2 proporcionou melhor acúmulo de proteína nos grãos, entretanto com uma dispersão entre dados de 0,32, verificado pelo desvio padrão desta variável. Diante disso, não se pode afirmar que os tratamentos realizados mostraram potencial de incrementos no teor de proteínas nos grãos. Mesma análise pode ser feita com relação ao percentual de matéria seca, com desvio padrão entre tratamentos de 0,37. O melhor resultado foi obtido pelo T3 (92,26%) e o menor pelo tratamento controle (91,24%).

Em relação ao nitrogênio, similarmente ao teor de proteína, foi constatado melhores valores para os tratamentos T2 e T3. Patroni et al. (2002) descreve que o nitrogênio desempenha um efeito direto no teor de proteínas dos grãos e observa que há um maior teor de proteína nos grãos que recebem adubações nitrogenadas. Nos tratamentos T2 e T3 há nitrogênio presente na formulação dos fertilizantes, provavelmente em quantidade superior aos tratamentos T2 e T6 que também possuem N em sua composição.

Tratamento Proteína Bruta (%) Matéria Seca (%) Nitrogênio (g Kg-1)

T1 21,55 91,24 34,41 T2 21,99 91,90 35,12 T3 21,32 92,26 35,12 T4 21,29 91,72 34,07 T5 21,06 91,40 33,70 T6 21,37 91,85 34,26 Média 21,43 91,73 34,45

0,32 0,37 0,57

(36)

36

4. CONCLUSÕES

- A qualidade física de grãos apresentou melhores resultados quando realizados os tratamentos T6 e T5, com garantias compostas de Fert. Mineral (Cu, P2O5, S) e deste associado Fert. Mineral (N, Fe, Mn, Mg, Ca, Si, Zn).

- A qualidade fisiológica foi melhor preservada quando realizado o T4 (Fert. Foliar (Bo; Cu; Mg; Zn; S; N), Complex. Nutritivo (B; Co; Cu; Mn; Zn; N; S) + Fert. Foliar (Mn; S), Complex. Nutritivo (B; Co; Cu; Mn; Zn; N; S), Fert. Foliar (N; K2O)).

- Não houve incrementos de proteína nos grãos em função dos tratamentos realizados.

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5. REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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