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Carteira Eleven de Renda Fixa. Cautela e seletividade à espera do prêmio na curva! Objetivos Gerais da Carteira Eleven.

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Academic year: 2021

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ELEVEN FINANCIAL RESEARCH 1 11/01/2021

“Cautela e seletividade à espera do prêmio na curva!”

Objetivos Gerais da Carteira Eleven

✓ Gerar retornos de médio prazo (12 meses) superiores ao CDI.

✓ Utilizar apenas investimentos com baixo risco de crédito e excelente liquidez, notadamente títulos emitidos pelo Governo Federal (Títulos Públicos) e Fundos de Renda Fixa (FIRF) com liquidez máxima de 45 dias (D+45).

✓ Gestão ativa com revisão periódica da carteira.

Mercado de Juros

Em 2020, o mercado de renda fixa (tanto para alocações em títulos soberanos quanto títulos de crédito), ficou marcado como um dos melhores anos da história quando avaliamos a quantidade de “janelas de oportunidades” (março, abril após a saída de Moro, outubro e novembro), com movimentos significativos de aberturas e fechamentos dos prêmios de riscos, que acabam prejudicando e muito a retomada da economia em grande parte pela falta de previsibilidade e confiança. Porém, sob a ótica de investimentos em juros, esta volatilidade pode ser muito bem aproveitada para quem tem um perfil mais ativo na gestão do portfólio e profundo conhecimento do mercado de renda fixa – e que fique claro: a renda fixa não é o CDI!

O mercado de renda fixa seguirá apresentando oportunidades ao longo de 2021 e, por enquanto, ainda temos um mercado concentrado em ativos ultrapassados, com remunerações pífias, como a poupança ou o clássico CDB pós-fixado dos “bancões” que remuneram algo próximo de 101% do CDI – mas tudo isto por falta de conhecimento da população. Ao mesmo tempo que é interessante o aumento de CPFs na bolsa de valores, preocupa o fato destes mesmos investidores “pularem etapas”, saindo diretamente de ativos extremamente conservadores para o mercado de maior risco que existe, sem antes se autoconhecer, buscar alternativas dentro da renda fixa, como debêntures, CRAs/CRIs, letras financeiras, FIDCs, entre outros. Hoje, é possível comprar um papel perpétuo dos bancos de 1ª linha com uma remuneração superior a 160% do CDI, com liquidez para compra e venda no mercado secundário e com perspectivas de aumentos juros a partir do 2º semestre deste ano.

A curva de juros local apresentou fechamento ao longo de todos os vértices no último mês do ano, especialmente nos vértices intermediários e longos, onde os prêmios de riscos chegaram a precificar, no início do mês de novembro, aumentos dos juros até 9,25% no início de 2024. O mês de dezembro foi marcado por forte demanda por papéis longos do Tesouro Nacional nos tradicionais leilões semanais, algo que já vínhamos alertando desde o mês de outubro. Como resultado da forte liquidez para os mercados emergentes somado às taxas atrativas dos papéis soberanos tanto para vencimentos curtos quanto longos (apesar da deterioração das contas públicas), os ativos de renda fixa voltaram a se valorizar após uma sequência negativa de “abertura” da curva de juros que causou pressão até mesmo no título considerado mais seguro em nosso mercado, como, as Letras Financeiras do Tesouro (LFT). Ao longo da carteira, pontuamos os principais destaques do último mês de 2020 e nossas perspectivas para a renda fixa neste ano de 2021!

Estratégia: janeiro 2021

Classe Título / Fundo %

FIRF ARX Vinson Fc RF CP 35

FIRF SPX Seahawk Fc RF

CP LP 35

FIRF AZ Quest Luce Fc RF

CP LP 15

TP LTN janeiro 2024 15

Nota(s): Título Público (TP) e Fundo de Investimento em Renda Fixa (FIRF).

Performance: dezembro 2020

Classe Mês Ano Início

ELEVEN 2,00% 9,00% 23,03% CDI 0,16% 2,76% 9,42% % CDI 1.215% 326% 244% Raul Grego Analista, CNPI Felipe Beckel Analista Isadora Hernandes Analista Thomaz Sarquis Economista Adeodato Netto Estrategista-Chefe

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ELEVEN FINANCIAL RESEARCH 2 Cenário global: as medidas de restrição à mobilidade tomadas nos países desenvolvidos para

conter o avanço da segunda onda da pandemia mostraram efeitos reducionistas sobre o número de casos mortes no final de novembro até metade de dezembro. Contudo, uma nova cepa do coronavírus encontrada no Reino Unido, com maior transmissibilidade, já apresenta sinais de disseminação ao redor do mundo e forçou extensão das medidas de isolamento social possivelmente até meados de fevereiro. Este fenômeno deve ser acentuado pelas comemorações de final de ano, contribuindo para o aumento significativo no número de casos e mortes por Covid-19 no mundo.

Simultaneamente, diversos países já iniciaram processos de vacinação que podem levar a uma redução gradual do contágio pelo coronavírus ao longo de 2021. Até o momento, já foram aplicadas 13 milhões de doses de vacina no mundo, número ainda tímido comparado ao desafio que a doença traz para os primeiros meses do ano. Vale reforçar que, dados os diferentes regimes de vacinação, uma pessoa pode receber mais de uma dose, portanto, o número de pessoas efetivamente vacinadas é menor do que o valor acima.

Em termos relativos, o país com o maior número de doses aplicadas é Israel, com 14,1 doses por milhão de habitantes. Em seguida, Bahrein (3,6 por milhão de habitantes), em função de sua população reduzida; Reino Unido (1,4/mm), pioneiro no processo de vacinação; e Estados Unidos (1,4/mm), país com o maior número de casos e mortes pelo vírus.

Para os emergentes, os sinais seguem mistos. Na Ásia, há aceleração na contaminação na Turquia e na Indonésia, enquanto há evidente trajetória de queda na Índia e no Irã. Enquanto isso, a África do Sul, a nova cepa do vírus também foi identificada e acelerou de forma significativa o número de casos e mortes. É importante ressaltar o baixo conhecimento sobre a situação real da pandemia em todo o continente africano, dada a baixa capacidade de execução de testes em massa. Na América Latina, há aceleração recente nos casos e óbitos no Brasil, México e Colômbia, com estabilidade no Peru e queda na Argentina. Em termos de vacinação na América Latina, apenas Argentina, Chile e México deram início, com apenas 32 mil, 9 mil e 25 mil doses aplicadas, respectivamente.

Além das questões regulatórias, o maior desafio para um amplo processo de vacinação é a logística de transporte e armazenamento. Desde itens básicos, como seringas, até questões mais complexas, como refrigeração, a falta de infraestrutura ou planejamento em diversos países pode ser amplamente custosa em termos de vidas ao longo de 2021.

De forma meramente ilustrativa, desde que o processo de vacinação foi iniciado nos EUA, no dia 20 de dezembro, cerca de 4,6 milhões de doses foram aplicadas, uma média de 300 mil doses por dia. Mantido este ritmo e assumido de forma otimista que a vacina consista em apenas 1 dose por pessoa, a população inteira dos EUA seria integralmente vacinada em cerca de 1100 dias, ou 3 anos. Sendo necessárias duas doses, o processo duraria 6 anos.

Naturalmente, esperamos que o número de vacinados crescerá de forma exponencial, elevando a média diária de doses e criando imunidade suficiente para aliviar os leitos emergenciais nos hospitais do mundo. Para isso, no entanto, serão necessárias amplas campanhas de vacinação, superação de obstáculos logísticos, e, por mais alguns meses, isolamentos sociais e elevação nos gastos públicos de acordo com o grau de urgência em cada país.

Sob a ótica econômica, após meses de embates políticos, o Congresso americano aprovou um segundo pacote de estímulos, que distribuirá US$ 600,00 para a maioria dos cidadãos dos EUA, com custo aproximado de US$ 900 bilhões. Este pacote é de menor magnitude do que o aprovado em março. Além da base de cálculo ser reduzida pela metade, os critérios de elegibilidade ficaram mais rígidos, como idade máxima para consideração de dependente em 16 anos e redução do benefício em caso de cônjuge imigrante não naturalizado americano. Os estímulos seguiram robustos pelo lado monetário. Na última reunião, o Fed manteve a taxa básica de juros no intervalo entre 0,00% - 0,25%, além do comprometimento em seguir no atual ritmo de compra de ativos em US$ 120 bilhões por mês. Seguindo a comunicação do Comitê, a política monetária se manterá neste grau de expansionismo pelo menos até o

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desemprego retornar aos níveis pré-crise e até a inflação ultrapassar de forma consistente a meta de 2,0%. Segundo as projeções divulgadas pelo próprio Fomc, este forward-guidance não será alcançado pelo menos até 2023, horizonte máximo das estimativas dos membros do Comitê.

Brasil: atividade econômica

A atividade econômica, medida pelo IBC-Br, avançou 0,86% em outubro, ante alta revisada de 1,7% em setembro. Na medida interanual, o indicador ficou 2,6% abaixo do observado no mesmo mês do ano anterior, no entanto, a comparação do trimestre móvel mostrou alta de 6,5%, com ajuste sazonal. Com este resultado, a atividade econômica acumulada em 12 meses foi de -3,5% para -3,9%, sétimo mês consecutivo de desaceleração, e se encontra 2,3% abaixo do nível de fevereiro, mês anterior ao início das medidas de isolamento social no país. Entre setores, o comércio ampliado apresentou alta de 1,1% em outubro, encontrando-se 4,9% acima do nível de fevereiro, beneficiado pelas medidas de auxílio federal e mudanças de hábitos dos consumidores. No mesmo mês, a produção industrial apresentou alta de 1,1%, e está 1,4% acima do patamar pré pandemia. Já o setor de serviços, que possui maior participação no PIB e o foi mais prejudicado pela pandemia, cresceu 1,7% em outubro, mas ainda se encontra 6,1% inferior ao nível de fevereiro.

Brasil: Copom

Na reunião encerrada em 09/12/2020, o Copom manteve em Selic 2,00%. No início do comunicado, avalia que a ressurgência da pandemia nas principais economias reverteu os ganhos de mobilidade e deve afetar negativamente a atividade econômica. No entanto, potenciais ganhos advindos dos testes promissores com vacinas e permanência de juros baixos por bastante tempo caracterizam um cenário favorável para economias emergentes. Sobre o cenário doméstico, a partir dos dados de atividade, o Copom reconhece que seguimos diante de uma recuperação desigual entre setores da economia. Para o futuro, as incertezas sobre o ritmo do crescimento da economia ainda permanecem acima do usual, com destaque para o ano de 2021 em função do arrefecimento dos programas de auxílio emergencial.

Sobre os dados de inflação, notou que as últimas divulgações foram reportadas com variação acima do esperado, atribuindo esta dinâmica principalmente à alta dos alimentos. Apesar de projetar que a inflação se manterá alta nos próximos meses, segue caracterizando o choque como temporário, mas monitorará sua evolução com atenção, principalmente as medidas de inflação subjacente.

Segundo o Comitê, as medidas subjacentes de inflação (núcleos, serviços, etc.) se encontram níveis compatíveis com o cumprimento da meta de inflação. Pelas projeções de mercado, coletadas do boletim Focus, as expectativas para 2020 e 2021 subiram para 4,2% (ante 3,0%) e 3,3% (ante 3,1%), respectivamente, sendo mantida em 3,5% para 2022.

As projeções condicionais apresentaram algumas mudanças relevantes. No cenário básico, considera que a Selic seguirá as expectativas do Focus (2,0% em 2020, 3,0% em 2021, ante 2,75%, e 4,5% em 2022) e que a taxa de câmbio evoluirá conforme a Paridade do Poder de Compra (PPC) a partir da média da cotação da semana anterior à reunião (R$ 5,25, ante R$ 5,60). Além disso, considera outro cenário, com Selic constante e câmbio ajustado por PPC.

No primeiro cenário, com Selic do Focus e câmbio PPC, as projeções condicionais subiram a 4,3% para 2020 (ante 3,1%), 3,4% para 2021 (ante 3,1%) e 3,4% para 2020 (ante 3,3%). No segundo cenário, as projeções subiram a 4,3% para 2020 (ante 3,1%), 3,5% para 2021 (ante 3,2%) e 4,0% para 2022 (ante 3,8%).

O balanço de riscos não apresentou mudanças nos seus componentes. Por um lado, a ociosidade ainda pode manter a inflação abaixo da meta, principalmente devido à concentração da ociosidade no setor de serviços. Ademais, este risco pode ser intensificado por uma reversão mais lenta dos efeitos da pandemia que prolongue o ambiente incerto e do aumento da poupança precaucional. Pelo lado altista, reforçou que a deterioração das contas

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públicas, decorrente dos estímulos fiscais em resposta à pandemia ou frustrações na agenda de reformas, podem elevar os prêmios de risco e gerar uma pressão de alta na inflação prospectiva. Além disso, segue indicando que o risco fiscal coloca uma assimetria altista no balanço de riscos, ou seja, com trajetória inflacionária acima do esperado para o horizonte relevante.

Além disso, o Comitê reiterou o pedido de perseverança no processo de reformas, dada a sua essencialidade para a retomada sustentável da economia. Ainda, alertou que descontinuidades nos avanços dessas pautas podem resultar em alterações permanentes na contenção dos gastos públicos e elevar a taxa estrutural de juros.

O Copom entende que o contexto atual continua a prescrever estímulo monetário extraordinariamente elevado, mas retirou o trecho que considerava uso adicional de estímulos (i.e., reduções adicionais na Selic). O Comitê considera que o nível de estímulo atual é adequado, dado pela manutenção da Selic em 2,00% e pela presença do forward guidance, avaliando que suas condicionantes seguem satisfeitas: expectativas para o horizonte relevante estão abaixo da meta, que expectativas para o longo prazo estão na meta e que regime fiscal não foi alterado.

Por último, notou que desde adoção do forward guidance, houve reversão na queda das

expectativas para 2021. No entanto, justifica que o ano-calendário de 2021 perderá relevância no horizonte relevante em detrimento ao ano-calendário de 2022, que possui expectativas ancoradas no centro da meta de 3,50%. Alerta, no entanto, que se este cenário for mantido, o

forward guidance deveria ser retirado, dada a não satisfação de seus componentes. Ainda, aponta

que a retirada destas condicionantes não implica em uma elevação na taxa de juros, considerando a elevada ociosidade, apenas seguiria o receituário do regime de meta de inflação, que se baseia no balanço de riscos e nas expectativas de inflação. Projetamos que o Copom manterá a Selic em 2% na próxima reunião, com aumentos graduais na taxa básica a partir da segunda reunião do ano (março) e fechamento em 2021 em 3,50%.

Brasil: Focus

O boletim Focus apresentou poucas mudanças relevantes no último mês. Ainda respondendo ao contínuo choque dos alimentos, mudança na bandeira tarifária de dezembro e dados inflacionários acima do esperado, as expectativas para o IPCA de 2020 subiram de 4,21% no último mês para os atuais 4,39%. Contudo, para 2021, após ficar maior parte do mês em 3,34%, na última semana houve recuo para 3,32%. Na mesma direção, na esteira de dados de atividade mais favoráveis do que o esperado pelo consenso, as projeções para o PIB de 2020 seguiram em alta mais gradual do que no mês anterior, indo de -4,40% há quatro semanas para os atuais -4,36%.

Por outro lado, no mês houve queda nas projeções de crescimento em 2021, de 3,50% para 3,40%, condizente com a acentuação do risco fiscal e permanência da onda de contaminações de Covid-19 ao longo do ano. O câmbio fechou o ano em R$ 5,19, relativamente próximo do patamar de R$ 5,22 projetado há quatro semanas. Vale lembrar que a queda nas expectativas tende a seguir o próprio movimento de apreciação da moeda. Este movimento também pode ser visto nas expectativas para 2021, cujas projeções apresentaram queda de R$ 5,10 para R$ 5,00. Para a Selic, o comunicado da última reunião do ano trouxe poucas surpresas para o mercado, já sendo esperado o fechamento em 2,00% desde a metade de 2020. Para 2021, após ensaiar uma trajetória de alta ao longo de dezembro, as projeções voltaram para o patamar de 3,00%.

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ELEVEN FINANCIAL RESEARCH 5 Fonte(s): Anbima, elaborado pela Eleven Financial.

Figura 2 – Curva de juro real (taxa % e meses)

Fonte(s): Anbima, elaborado pela Eleven Financial.

Figura 3 – Curva de inflação implícita (taxa % e meses)

Fonte(s): Anbima, elaborado pela Eleven Financial.

0,00% 1,00% 2,00% 3,00% 4,00% 5,00% 6,00% 7,00% 8,00% 9,00% 10,00% 12 24 36 48 60 72 84 96 108 120 Pré (31/12/2020) Pré (30/11/2020) Pré (30/09/2020) -4,00% -3,00% -2,00% -1,00% 0,00% 1,00% 2,00% 3,00% 4,00% 5,00% 12 24 36 48 60 72 84 96 108 120

Juro real (31/12/2020) Juro real (30/11/2020) Juro real (30/09/2020)

0,00% 0,50% 1,00% 1,50% 2,00% 2,50% 3,00% 3,50% 4,00% 4,50% 5,00% 5,50% 6,00% 12 24 36 48 60 72 84 96 108 120

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Neste momento de elevada incerteza quanto à manutenção do teto de gastos e da agenda de reformas estruturais, reforçamos a importância da diversificação e da gestão ativa no portfólio de renda fixa, ainda mais no atual cenário que vivemos com juros excessivamente baixos e com o relevante vencimento do estoque da dívida pública mobiliária federal interna (DPMFi) entre os meses de janeiro e abril de 2021 que, somados, ultrapassam o volume de R$ 615 bilhões.

Para os próximos 12 meses, o volume a vencer da dívida pública ultrapassa a marca de R$ 1,3 trilhão, acima de 27% do estoque total da DPMFi. Dado atuais preocupações quanto ao futuro das contas públicas, indefinições políticas quanto à volatilidade nos juros futuros e aumento da exigência do prêmio de risco por parte do mercado, a estratégia do Tesouro Nacional de encurtamento da dívida aumenta ainda mais a necessidade da aprovação da agenda de reformas estruturais para redução da máquina pública e consequente retorno dos investidores estrangeiros para o país.

Figura 4 – Estoque da dívida pública mobiliária federal interna (DPMFi) nos próximos 12 meses

Fonte(s): Tesouro Nacional, elaborado pela Eleven Financial.

Estratégia de Alocação

Seguimos com nosso posicionamento de cautela e constante monitoramento do portfólio, buscando maximizar os retornos da carteira de Renda Fixa com tomada de risco nos momentos em que enxergamos assimetria justificável na nossa percepção de prêmio na curva de juros, seja para alocações em títulos indexados à inflação ou em pré-fixados.

Entendemos que existe um prêmio significativo na LTN 2024 (taxa pré-fixada em 6,40% ao ano), reforçando nosso posicionamento de que a Selic chegará em 3,50% ao final de 2021, enquanto o a curva de juros futura precifica aumentos relevantes para os próximos meses, iniciando no 1º trimestre de 2021 e fechando o ano acima de 5,50%. Quando incluímos este ativo na carteira, escrevemos:

“Mantido o nosso cenário-base, a curva intermediária terá um ajuste significativo nos próximos meses, fazendo com que esta taxa volte a negociar abaixo de 5,25% neste período,

R$ 183,9B R$ 328,7B R$ 0,00 R$ 50.000.000.000,00 R$ 100.000.000.000,00 R$ 150.000.000.000,00 R$ 200.000.000.000,00 R$ 250.000.000.000,00 R$ 300.000.000.000,00 R$ 350.000.000.000,00

jan-21 fev-21 mar-21 abr-21 mai-21 jun-21 jul-21 ago-21 set-21 out-21 nov-21 dez-21 jan-22

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ELEVEN FINANCIAL RESEARCH 7 justificando esta alocação. Além disto, o atual vértice está precificando uma inflação implícita acima de 4,50%, muito acima das metas estabelecidas pelo CMN e da nossa projeção. Em cenários de volatilidade, é fundamental ter controle de risco, diversificando o portfólio e aproveitando a volatilidade para efetuar entradas pontuais nos momentos de estresse, reduzindo a posição quando o carrego das posições estiver baixo, aguardando novas oportunidades. A gestão ativa em renda fixa nunca fez tanto sentido quanto neste cenário, devido à baixa atratividade dos ativos pós-fixados e forte volatilidade.”

O movimento de dezembro foi tão intenso que o ativo encerrou o ano de 2020 muito próximo deste patamar (5,30%), apesar do movimento de ajuste para cima na primeira semana de janeiro. Por ora, entendemos que o carrego desta posição compensa o risco de novas aberturas da curva intermediária e, dificilmente, a correção chegará próxima da nossa entrada em 6,40% e, desta forma, seguimos confortáveis com a manutenção da LTN com vencimento em janeiro de 2024 no portfólio.

Conforme a alteração extraordinária de dezembro, incluímos ao portfólio o Fundo de crédito privado AZ Quest Luce FIRF CP LP, com liquidez em D+1, carrego estimado de DI+ 1,30%,

duration da carteira de 2 anos e forte posição de caixa (acima de 35%), justamente por

entendermos que o cenário atual requer cautela e menor exposição ao risco da curva de juros e à elevada necessidade do Tesouro para os próximos meses na gestão da DPMFi.

Para alocações em crédito bancário, buscamos oportunidades em ativos isentos de imposto de renda para prazos curtos e indexados ao CDI, como as LCAs e as LCIs de bancos de 1ª e 2ª linha, de acordo com a classificação de risco do RiskBank, optando por bancos sólidos e com liquidez no mercado secundário.

Após reforçamos a oportunidade de compra em papéis pré-fixados, indexados à inflação e, novamente, em debêntures incentivadas nos meses de outubro e novembro, optamos pela revisão nas recomendações neste momento e retiramos os papéis pré-fixados e indexados pela inflação em janeiro. Portanto, colocamos *sob revisão* as recomendações para ativos mais

longos neste início de 2021. Não custa salientar que a seletividade, o controle de risco e a gestão ativa da carteira de renda fixa seguirão presentes para maximizarmos o retorno da nossa carteira neste ano que se inicia!

Figura 5 – Resumo da Estratégia de Alocação

Janeiro de 2021

Dezembro de 2020*

Fonte(s): Eleven Financial. *A carteira foi alterada durante o mês de dezembro com a saída do Tesouro IPCA+ 2035 e a realocação no fundo AZ Quest Luce

35% 35% 15% 15% 0% 25% 50% 75% 100% SPX Seahawk Arx Vinson AZ Quest Luce LTN janeiro 2024 35% 35% 15% 15% 0% 25% 50% 75% 100% Arx Vinson SPX Seahawk Tesouro IPCA+ 2035 -Principal LTN janeiro 2024

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Performance da carteira

Pelo nono mês consecutivo, mantivemos uma robusta valorização da nossa carteira frente ao CDI, com grande destaque para os títulos públicos. Ao final de dezembro, a carteira ELEVEN de renda fixa encerrou o ano com valorização de 9%, muito acima do benchmark (CDI), que apresentou remuneração de 2,76%. Sendo assim, obtivemos um retorno de 326% em 2020, fazendo com que o resultado acumulado da carteira atingisse 23,03% ou 244% do CDI desde o seu início.

Dentre os destaques do mês, tivemos um retorno consistente dos títulos públicos com reduções dos prêmios de riscos ao longo do mês que nos fizeram a desmontar a alocação no Tesouro IPCA+ 2035 por entendermos que a assimetria para posições longas em títulos soberanas não apresenta, neste momento, atratividade.

No fechamento do mês de dezembro, o Tesouro IPCA+ 2035 incorporou +1,18% na rentabilidade total do portfólio e a LTN com vencimento em janeiro 2024 foi responsável por +0,53% a carteira. Os fundos de crédito foram responsáveis por ganhos em menores escalas muito por conta dos atuais níveis de spreads de crédito que já não apresentam tanto espaço para fechamentos. O ARX Vinson entregou +0,18% para a carteira, o SPX Seahawk foi responsável por +0,09% no resultado mensal e o AZ Quest Luce (que voltou para a carteira no final do mês) contribuiu com +0,02%.

Na parte de crédito, os fundos seguiram entregando resultados consistentes conforme alertamos desde o início de abril, quando divulgamos três relatórios com oportunidades pontuais nas empresas mais sólidas do país, em ativos de extrema qualidade de crédito, isentos de IR para pessoas físicas e com retornos que já ultrapassam os 15% em apenas 9 meses, justamente por entendermos, naquele momento, que o mercado estava passando por um ajuste técnico e por falta de liquidez, e não, por risco de default das companhias recomendadas. Sendo assim, os fundos de crédito presentes em nossa carteira apresentaram mais um mês de valorizações, com uma consolidação do mercado encontrando seu ponto de equilíbrio nos últimos meses, finalmente separando os spreads com os riscos condizentes dos emissores, com menores prêmios nas empresas “high grade” e prêmios mais atrativos e, consequentemente, maiores riscos de crédito (default) nas empresas “high yield”!

Figura 6 – Composição do retorno no mês – dezembro 2020

Descrição jan-20 fev-20 mar-20 abr-20 mai-20 jun-20 jul-20 ago-20 set-20 out-20 nov-20 dez-20

ARX Vinson 0,09 0,06 -0,37 -0,52 0,21 0,41 0,64 0,35 0,14 0,15 0,12 0,18 Az Quest Luce 0,12 0,11 0,07 0,02 Butia Top 0,06 0,05 -0,38 -0,03 LTN janeiro 2024 0,00 0,07 0,53 Spx Seahawk 0,35 0,18 0,13 0,12 0,09 Tesouro IPCA+ 2024 0,56 0,20 Tesouro IPCA+ 2026 0,00 -2,65 0,37 1,00 -0,05 Tesouro IPCA+ 2035 0,17 0,01 -2,07 1,69 0,14 1,30 3,54 0,01 0,00 0,10 0,53 1,18 Total 0,88 0,31 -5,47 1,50 1,35 1,66 4,29 0,81 0,39 0,38 0,84 2,00

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Figura 7 – Resumo da performance acumulada versus CDI

Fonte(s): Eleven Financial.

Figura 8 – Resumo da performance anual versus CDI

Fonte(s): Eleven Financial.

Remodelagem de Carteira

Desde a apresentação feita no relatório de Estratégia Geral (Abr-20), explicamos o funcionamento do nosso produto de renda fixa. A Carteira Eleven de Renda Fixa passou a considerar apenas títulos emitidos pelo Governo Federal (Títulos públicos) e fundos de renda fixa (FIRF) que invistam 100% do patrimônio em renda fixa. Dessa forma, é possível acompanhar de perto os ativos com liquidez de até 45 dias (D+45) e replicar nossas recomendações mensalmente. O intuito dessa mudança é zelar pela liquidez no curto prazo e mitigar o risco de crédito por meio da diversificação indireta (via fundos). Por isso, nossas recomendações serão dadas conforme janela de oportunidade dos títulos disponíveis no mercado. Consulte os relatórios nas abas “Emissões de Instituições Financeiras” e “Relatórios Pontuais” para acompanhar nossas recomendações.

23,03% 9,42% 0,00% 2,50% 5,00% 7,50% 10,00% 12,50% 15,00% 17,50% 20,00% 22,50% 25,00%

dez-18 fev-19 abr-19 jun-19 ago-19 out-19 dez-19 fev-20 abr-20 jun-20 ago-20 out-20 dez-20

Carteira Eleven RF CDI

9,00% 2,75% -10,00% -7,50% -5,00% -2,50% 0,00% 2,50% 5,00% 7,50% 10,00%

dez-19 jan-20 fev-20 mar-20 abr-20 mai-20 jun-20 jul-20 ago-20 set-20 out-20 nov-20 dez-20

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Figura 9 – Carteira Eleven de renda fixa versus CDI em 2020 e desempenho consolidado

2020 Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Ano Desde o

início Eleven RF 0,88% 0,31% -5,47% 1,50% 1,35% 1,66% 4,29% 0,81% 0,39% 0,38% 0,84% 2,00% 9,00% 23,03%

CDI 0,38% 0,29% 0,34% 0,28% 0,24% 0,21% 0,19% 0,16% 0,16% 0,16% 0,15% 0,16% 2,76% 9,42% % CDI 233% 105% - 526% 572% 782% 2209% 507% 247% 239% 562% 1215% 326% 244% Fonte: Eleven Financial.

DISCLAIMER

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