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Gestão da Qualidade: Gerenciamento por Processos

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Academic year: 2021

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Gestão da Qualidade:

Gerenciamento por Processos

Curso de Especialização em Gestão da Produção Prof. MSc. Artur Henrique Moellmann

UNESP – Universidade Estadual Paulista

FEG – Faculdade de Engenharia do Campus de Guaratinguetá DPD – Departamento de Produção

(2)

Gestão da Qualidade: Gerenciamento por Processos

MODELO GERAL DE GESTÃO DA QUALIDADE

(3)

Objetivos

 Apresentar e estudar a gestão do processo como uma

metodologia para avaliação contínua, análise e melhoria dos processos que mais impactam a satisfação dos clientes e dos acionistas de uma empresa

 A metodologia discute:

 as equipes de análise do processo

 como definir e priorizar os processos-chave do negócio  o estudo dos métodos para a melhoria dos processos

(4)

Introdução

 Administração Científica Clássica:

 Estrutura hierárquicas (pirâmides) de poder, divididas em departamentos estanques, cada qual cuidando de tarefas específicas

 Lógica: o ótimo de cada parte levaria ao ótimo do todo

 Fácil atribuição, localização e cobrança de responsabilidades (divisão de tarefas claras)

 Bem definido “quem tem que fazer o que”

 Favorece a especialização e competências específicas  Decisões obedecem a hierarquia

(5)

Introdução

 Administração Científica Clássica:  Esgotamento: anos 70

 Concorrência e globalização

 Consumidores exigentes exigem aumento da cooperação  Necessidade de rapidez nas mudanças

 Visão da informática sobre as atividades das empresas como processos

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Introdução

 Administração Científica Clássica:

 Estrutura funcional departamentalizada

 Eficiência dos setores geralmente obtida à custa da eficiência da empresa como um todo (ex.: atender os problemas da

produção, advindos do planejamento e controle inadequados, a qualquer custo)

 Problema: trabalhos que requerem a cooperação e

coordenação de diferentes departamentos dentro da empresa  Dificuldades em liderança (se houver um responsável) sobre um trabalho com impacto no resultado global, posto que a

hierarquia deve ser obedecida

 Mesmo que todos façam suas tarefas com qualidade, ainda assim haverá muitas tarefas a serem feitas, um fluxo complexo, lento e propício ao erro.

(7)

Introdução

 Necessidade para a sobrevivência das empresas:

 Visão das atividades empresariais não em termos de funções, departamentos ou produtos, mas de processos-chave

 Geração de um produto ou serviço para o cliente final através a interconexão colaborativa de atividades, interligadas através de clientes e fornecedores internos, focalizando o desempenho e o resultado global da empresa

 Toda análise e decisão dos problemas entre os elos internos devem ser resolvidas com a visão sobre o cliente final

 O foco em gestão por processos significa que o ótimo de todos prevalecerá sobre o ótimo da parte, uma vez que o mais importante é o resultado do processo global, e não apenas da tarefa individual. É a união de propósitos na busca da “meta”

comum

 Os processos devem ser analisados sob a óptica de “gerar valor ao cliente”

(8)

Introdução

 O paradoxo da melhoria:

 Melhorias impressionantes nos métodos e procedimentos, mas nenhum valor é gerado para a empresa

 Empresas que ganharam o prêmio Baldrige da Qualidade

após melhorias da ordem de 40% a 80% nos custos, tempos de ciclo e confiabilidade nos seus procedimentos verificaram que não obtiveram as mesmas melhorias nos negócios

 Isto porque a sua liderança, lançamento de produtos,

marketing e serviços ao consumidor estavam com problemas

 Isto é o Paradoxo da Melhoria – grandes benefícios, mas pouco valor agregado

 RESOLVER O PARADOXO DA MELHORIA É UMA TAREFA DE

FOCAR NO PROCESSO CERTO:

 Qual é o processo mais sensível para o sucesso ou fracasso da empresa?

(9)

Definindo Processo

 Uma seqüência de atividades organizadas que transformam as entradas dos fornecedores em saídas para os clientes, com um valor agregado gerado pela unidade

 Um conjunto de causas que geram um ou mais efeitos  Uma atividade repetitiva ou uma série de atividades que transformam um conjunto definido de entradas em saídas

mensuráveis, o qual a empresa tem a necessidade de gerenciar e medir sua execução

Mão de obra Energia Informação Fornecedor Produto Serviços Ruído Cliente Atividade

(10)

Processo: abordagem do ponto de vista da Reengenharia

 Reengenharia: “reprojeto radical do processos de negócios em

busca de melhorias drásticas” (Hammer)

 Processo é um conjunto de atividades do início ao fim que, juntas, criam valor para o cliente.

 Principais conceitos relacionados à gestão por processos:  O foco deve ser o cliente

 A empresa deve ser orientada para processos, e não para tarefas

 O trabalho deve agregar valor

 Uso intensivo de tecnologia da informação

 Valorização de ambas MDOs especializada e generalista, e o trabalho em equipe

 Gerenciamento mais holístico

(11)

Processo: abordagem do ponto de vista da Reengenharia

 O trabalho pode ser categorizado como:

 O que agrega valor, ou o trabalho pelo qual o cliente está disposto a pagar

 O que não agrega valor para o cliente, mas é necessário para a realização do trabalho que agrega valor

(12)

Processo: abordagem do ponto de vista da ISO 9000:2000

 Dentre os requisitos estabelecidos, há ênfase especial na gestão por processos:

 Abordagem de processo: um resultado desejado é alcançado mais eficientemente quando as atividades e os recursos

relacionados são gerenciados como um processo

 Abordagem sistêmica para a gestão: identificar, entender e gerenciar os processos inter-relacionados e interativos, como um sistema, são fatores que contribuem para a eficácia e

eficiência da organização no cumprimento de seus objetivos  Freqüentemente, a saída de um processo resultará

diretamente na entrada do processo seguinte

 A implantação da ISO 9000 implica organizar as atividades em processos (mapear os processos) e as interações entre estes de forma a construir um sistema da qualidade focalizado nas necessidades dos clientes e promovendo a melhoria contínua

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Gestão por Processos

 É uma metodologia para avaliação contínua, análise e melhoria do desempenho dos processos que exercem maior impacto na satisfação dos clientes e dos acionistas (processos-chave)

 Uma vez implementada, os processos apresentarão as seguintes características:

 Requisitos e indicadores de desempenho para clientes internos e externos claramente definidos e acordados

 Procedimentos simplificados e burocracia reduzida

 Altos níveis de desempenho no fornecimento de serviços e produtos que alimentam o processo

 Consenso na visão, direcionamento e prioridades dos processos

 Rompimento de barreiras e rgularidade no fluxo de informações

(14)

Os 5 Princípios do Lean Thinking

VALOR: O que realmente agrega valor para o cliente?

O cliente que define o que é valor. Qualidade, escopo, prazos e custos. Manter a empresa no negócio.

FLUXO DE VALOR: Conhecemos detalhadamente nossos fluxos de valor?

Olhar para todo o processo: Processos que efetivamente geram valor. Processos importantes para a manutenção do negócio.

FLUXO CONTÍNUO: Existem momentos em que o material ou informação param? Por quê?

Identificar e priorizar melhorias no ponto do processo que impedem o sistema de aumentar os ganhos (represamento). Estabilidade.

SISTEMA PUXADO: Os produtos são produzidos somente quando necessários?

O estratégico/cliente passam a "puxar" as necessidades.

BUSCA DA PERFEIÇÃO: Assumimos os desperdícios com naturalidade ou indignação?

Atacar a inércia, superando e alinhando as expectativas, criando e incrementando valor.

(15)

Gestão por Processos  Equipe:

 Cada processo estudado normalmente exige a participação de pessoas de diversos departamentos, unidades ou setores dentro da organização, com diferentes graus de contribuição para o

projeto

 Núcleo base: responsáveis pelo planejamento, organização, execução e direção do projeto (composição fixa)

 conhecimento e domínio dos processos

 competências e experiências adequadas, principalmente pela dimensão do que se espera do projeto

 representatividade frente aos setores envolvidos e níveis hierárquicos da organização

 envolvimento, interesse e disposição dos membros

 Equipe ampliada: participam somente em determinadas fases do projeto, temporariamente, enquanto seu trabalho for mais

necessário

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Identificando os Processos Críticos

 Etapa 1: identificação, avaliação e seleção dos processos prioritários

 Etapa 2: aperfeiçoamento dos processos selecionados

SELEÇÃO DOS OBJETIVOS ESTRATÉGICOS DE REFERÊNCIA

SELEÇÃO DOS FATORES-CHAVE

SELEÇÃO DOS PROCESSOS RELACIONADOS AOS FATORES-CHAVE

(17)

Identificando os Processos Críticos

 Seleção dos objetivos estratégicos de referência

 Correspondem ao estabelecimento dos resultados desejados para o negócio, derivados de uma análise da missão da

empresa, do plano estratégico e do cenário do mercado,

capazes de proporcionar vantagens competitivas mediante a criação e entrega de valor aos acionistas, proprietários e

clientes

 Exemplos:

 Aumentar o market-share

 Aumentar o retorno sobre os investimentos  Aumentar o valor unitário das ações

 Aumentar receitas com exportações  Reduzir os custos industriais

 Reduzir os custos de compra

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Identificando os Processos Críticos

 Seleção dos fatores-chave

 Correspondem ao conjunto de condições e/ou variáveis

críticas de sucesso necessárias e suficientes que propiciem à organização perseguir e realizar os objetivos estratégicos de referência

 Exemplos:

 Satisfação dos clientes

 Qualidade e confiabilidades dos produtos  Time to market

 Inovação

 Flexibilidade e agilidade

 Custos de projeto e produção  Logística integrada

(19)

Identificando os Processos Críticos

 Seleção dos processos relacionados aos fatores-chave

 Para cada um dos fatores-chave é preciso relacionar todos os processos de negócio necessários para sua satisfação

 O conjunto deste processos deve ser suficiente para atingir os objetivos estratégicos do negócio

 Para cumprir esta fase, utiliza-se a matriz “fatores-chave versus processos” (matriz FC-P)

Correlação Forte: xxx Correlação Média: xx Correlação Fraca: x

(20)

Identificando os Processos Críticos  Seleção dos processos prioritários

 Para cada um dos processos devem ser conduzidas avaliações de duas naturezas:

 avaliação de seu impacto sobre os negócios (B), por meio da atribuição de pesos aos fatores-chave e da avaliação da intensidade da correlação

 avaliação da qualidade de seu desempenho (Q) em função do atendimento às expectativas e necessidades

 Com base nessas avaliações, são selecionados os processos prioritários, ou seja, aqueles que têm maior impacto sobre os negócios e, ao mesmo tempo, pior desempenho (ou

maturidade)

 Para cumprir esta fase, utiliza-se a matriz impacto sobre negócio versus qualidade (matriz B x Q)

(21)

Identificando os Processos Críticos  Seleção dos processos prioritários

 Matriz B versus Q) Urgência AprimorarMelhorar Adequar Processos Prioritários

P5 – P2 – P6/P7 – P9

Utilizar as seguintes escalas:

Impacto do Processo sobre o Negócio – Business (B) 5 = FUNDAMENTAL 4 = ELEVADO 3 = MÉDIO 2 = INCIPIENTES Qualidade do Desempenho (Q) A = ÓTIMO B = BOM C = RAZOÁVEL D = APENAS SUFICIENTE E = INSUFICIENTE

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 Seleção dos processos prioritários

 Gestão e aperfeiçoamento dos processos selecionados Identificando os Processos Críticos

ATRIBUIÇÃO DA RESPONSABILIDADE PELO PROCESSO

ENQUADRAMENTO DO PROCESSO

IDENTIFICAÇÃO DAS NECESSIDADES DOS CLIENTES E DEFINIÇÃO DOS INDICADORES DE DESEMPENHO

REGISTRO DO FLUXO DO PROCESSO

AVALIAÇÃO DOS SUBPROCESSOS

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 Permite que sejam conhecidas com detalhe e profundidade todas as operações intrínsecas aos fluxo do processo, seja a fabricação de um produto, seja a produção de um serviço

 Variações que ocorrem nos processos do dia-a-dia (matéria-prima, mão-de-obra, manutenção, etc ...) provocam ajustes no processo, que com o tempo vão criando novos procedimentos, novos caminhos, que por sua vez modificam o processo original (fábrica oculta)

 Para termos um mapeamento correto, o levantamento das

atividades e as entrevistas com os envolvidos devem prevalecer no local de trabalho

 Necessidades de conhecimentos e aplicações:  Conceitos de processo e sistema

 SIPOC (suppliers-input-process-output-customer)

 Compreender o significado de valor para a empresa e para o cliente

 Saber identificar onde uma melhoria deve ter maior impacto Mapeamento dos Processos

(24)

INPUT

OUTPUT

Seqüência lógica de elaboração: 1. Determinar o propósito

2. Análise das saídas 3. Dados dos clientes

4. Análise das entradas e fornecedores 5. Determinar os passos do processo

Mapeamento dos Processos

 Representação do SIPOC (FEPSC)

S

U

P

P

L

IE

R

S

C

U

S

T

O

M

E

R

S

PROCESSO

(25)

Entendendo o Fluxo do Processo

 Fazer um mapa detalhado dos fluxos que existem dentro dos limites demarcados pelo SIPOC (FEPSC)

 O fluxograma possibilita:

 criar um entendimento comum

 tornar claro todos os passos em um processo

 identificar oportunidade de melhoria (complexidade, desperdício, atrasos, ineficiências e gargalos)

 revelar problemas no processo  revelar como este processo opera

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Melhoria de um Processo

 O controle e a capacidade do processo devem ser avaliados em termos de exigências tanto dos clientes como dos negócios

 Melhorando as etapas administrativas do processo:

 Definir e traçar o diagrama funcional, explicitando as tarefas básicas para cumprir o objetivo do processo

 Análise crítica das unidades funcionais, promovendo a supressão de atividades, compressão e delegação

 Reformulação do Fluxo operacional  Indicadores e itens de controle

 Padronização, comunicação e treinamento

 O diagrama funcional é uma representação para determinar as relações entre clientes e fornecedores internos

 Nele representa-se os subsistemas de apoio, os quais podem ser entendidos como recursos, produtos ou informações que a unidade funcional necessita para completar sua atividade, e que estão à sua disposição (Suprimentos, Manutenção, Avaliação, Informação)

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Melhoria de um Processo

 A análise crítica das Unidades Funcionais:

 Devem ser feitas as seguintes perguntas para cada etapa funcional do processo:

 A atividade pode ser suprimida?

 A atividade pode ser comprimida/acumulada?

 A atividade pode ser feita em um nível hierárquico mais baixo?

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Melhoria por meio das Variáveis Críticas do Processo

 Melhoria por meio da identificação e análise das variáveis críticas do Processo:

 Transformar os elementos do processo em dados numéricos

 Identificar o conjunto de fatores (causas) [X] que geram uma ou mais respostas (efeitos) [Y], que também podem ser afetadas por fatores não-controláveis (ruído)

 Y: representa o resultado do processo, o desempenho do negócio, o objetivo estratégico, o requisito do clientes, ou sejas, a saída do

processo (prazos de entrega, especificações dimensionais ou de características físicas)

 X: significa todas as ações que são efetuadas para alcançar os objetivos do processo, como pessoal, tempo, máquinas, tecnologia, etc.

 A maioria dos gerentes não consegue distinguir de forma clara a relação entre o “X” e o “Y”, e, o que é pior, onde atuar para melhorar seus processos

 Definir as causas óbvias e não-óbvias que afetam o processo, de modo a eliminá-las, ou melhorá-las e controlá-las

 Se o “Y” varia, o cliente sente, fica insatisfeito, e muda de fornecedor

(29)
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Estratégia para implementação do Lean Enterprise

Organização => Células de Melhoria Contínua => Evolução Local => Evolução Global

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Estratégia para implementação do Lean Enterprise

Células de Melhoria Contínua => Evolução Local => Evolução Global

INPUT

OUTPUT

1. Eliminar o desperdício 2. Estabilizar os processos 3. Elevar as interfaces

4. “Puxar” as outras Células de Melhoria Contínua

Referências

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