Regras para o bem viver IV
laboriosidade, temor do Senhor, cuidado dos
próximos e uso sensato do poder
Segundo Tomo: Provérbios 10.1 a 22.16
LABORIOSIDADE
Palavras chaves:trabalho diligente
preguiçoso
Laboriosidade diz respeito às nossas mãos. É o cuidado com o que devemos nos ocupar, com a nossa ação e atuação.
O preguiçoso, este anti-herói
Como vinagre para os dentes e fumaça para os olhos,
assim é o preguiçoso para aqueles que o mandam. (10.26)
O preguiçoso não assará a sua caça,
mas o bem precioso do homem é ser ele diligente. (12.27)
O preguiçoso deseja e nada tem,
mas a alma dos diligentes se farta. (13.4)
O caminho do preguiçoso é como que cercado de espinhos,
mas a vereda dos retos é plana. (15.19)
O preguiçoso mete a mão no prato
e não quer ter o trabalho de a levar à boca. (19.24)
O preguiçoso não lavra por causa do inverno,
pelo que, na sega, procura e nada encontra. (20.4)
O preguiçoso não assará a sua caça,
mas o bem precioso do homem é ser ele diligente. (12.27)
A preguiça faz cair em profundo sono,
e o ocioso vem a padecer fome. (19.15)
Vencida a preguiça, não se esquecer de que:
O que lavra a sua terra será farto de pão,
mas o que corre atrás de coisas vãs é falto de senso. (12.11)
Os bens que facilmente se ganham, esses diminuem,
mas o que ajunta à força do trabalho terá aumento. (13.11)
Em todo trabalho há proveito;
O que é ávido por lucro desonesto transtorna a sua casa,
mas o que odeia o suborno, esse viverá. (15.27)
Quem é negligente na sua obra já é irmão do desperdiçador. (18.9)
Os planos do diligente tendem à abundância,
mas a pressa excessiva, à pobreza. (21.5)
Para terminar a obra:
O que trabalha com mão remissa empobrece,
mas a mão dos diligentes vem a enriquecer-se. (10. 4)
O que ajunta no verão é filho sábio,
mas o que dorme na sega é filho que envergonha. (10.5)
Os planos do diligente tendem à abundância,
mas a pressa excessiva, à pobreza. (21.5)
TEMOR DO SENHOR
21 ditos nos lembram para empenharmo-nos em buscar a Deus e não esquecer que dele tudo procede e Ele tudo sabe. (vide discussão a respeito do tema no capítulo “Sabedoria é o que importa – I”)
O temor do Senhor conduz à vida;
aquele que o tem ficará satisfeito, e mal nenhum o visitará. (19.23)
O temor do Senhor é fonte de vida para evitar os laços da morte.
(14.27)
O galardão da humildade e o temor do Senhor são riquezas, e
honra, e vida. (22.4)
Não há sabedoria, nem inteligência,
nem mesmo conselho contra o Senhor. (21.30)
Os olhos do Senhor estão em todo lugar,
contemplando os maus e os bons. (15.3)
O além e o abismo estão descobertos perante o Senhor;
quanto mais o coração dos filhos dos homens! (15.11)
O crisol prova a prata, e o forno, o ouro;
mas aos corações prova o Senhor. (17.3)
O coração do homem traça o seu caminho,
mas o Senhor lhe dirige os passos. (16.9)
Muitos propósitos há no coração do homem,
CUIDADO DOS PRÓXIMOS
Filhos, mulher e amigos formam a preocupação com os que estão ao nosso redor, e cuidar bem deles também importa.
21 ditados. FILHOS
O dever da disciplina
Ensina a criança no caminho em que deve andar,
e, ainda quando for velho, não se desviará dele. (22.6)
O que retém a vara aborrece a seu filho,
mas o que o ama, cedo, o disciplina. (13.24)
Castiga a teu filho, enquanto há esperança,
mas não te excedas a ponto de matá-lo. (19.18)
A estultícia está ligada ao coração da criança,
mas a vara da disciplina a afastará dela. (22.15)
A benção
O filho sábio alegra a seu pai,
mas o filho insensato é a tristeza de sua mãe. (10.1)
Coroa dos velhos são os filhos dos filhos;
e a glória dos filhos são os pais. (17.6)
A desgraça
O filho insensato é a desgraça do pai,
e um gotejar contínuo, as contenções da esposa. (19.13)
O que maltrata a seu pai ou manda embora a sua mãe
filho é que envergonha e desonra. (19.26)
A quem amaldiçoa a seu pai ou a sua mãe,
apagar-se-lhe-á a lâmpada nas mais densas trevas. (20.20)
Até a criança se dá a conhecer pelas suas ações,
se o que faz é puro e reto. (20.11)
MULHER
A mulher errada
Como joia de ouro em focinho de porco,
assim é a mulher formosa que não tem discrição. (11.22)
Melhor é morar no canto do eirado
do que junto com a mulher rixosa na mesma casa. (21.9)
Melhor é morar numa terra deserta
do que com a mulher rixosa e iracunda. (21.19)
Cova profunda é a boca da mulher estranha;
A mulher certa
A mulher graciosa alcança honra,
como os poderosos adquirem riqueza. (11.16)
A mulher virtuosa é a coroa do seu marido,
mas a que procede vergonhosamente é como podridão nos seus
ossos. (12.4)
A mulher sábia edifica a sua casa.
mas a insensata, com as próprias mãos, a derriba. (14.1)
A sorte grande
O que acha uma esposa acha o bem
e alcançou a benevolência do Senhor. (18.22)
A casa e os bens vêm como herança dos pais;
mas do Senhor, a esposa prudente. (19.14)
AMIGOS
Em todo tempo ama o amigo,
e na angústia se faz o irmão. (17.17)
O homem que tem muitos amigos sai perdendo;
mas há amigo mais chegado do que um irmão. (18.24)
USO SENSATO DO PODER
13 ditospara relacionar-se bem com o poder
O presente que o homem faz alarga-lhe o caminho
e leva-o perante os grandes. (18.16)
Como o bramido do leão, é o terror do rei;
o que lhe provoca a ira peca contra a sua própria vida. (20.2)
Como o bramido do leão, assim é a indignação do rei;
mas seu favor é como o orvalho sobre a erva. (19.12)
O que ama a pureza do coração e é grácil no falar terá por
amigo o rei. (22.11)
para bem exercer a autoridade
Na multidão do povo, está a glória do rei,
mas, na falta de povo, a ruína do príncipe. (14.28)
Pelo lançar da sorte, cessam os pleitos,
e se decide a causa entre os poderosos (18.18)
Assentando-se o rei no trono do juízo,
Os planos mediante os conselhos têm bom êxito;
faze a guerra com prudência. (20.18)
O rei sábio joeira os perversos
e faz passar sobre eles a roda. (20.26)
Amor e fidelidade preservam o rei,
e com benignidade sustém ele o seu trono. (20.28)
Como ribeiros de águas assim é o coração do rei na mão do Senhor;
este, segundo o seu querer, o inclina. (21.1)
O cavalo prepara-se para o dia da batalha,