Um prel´
udio do C´
alculo Fracion´
ario aplicado
`
a Dinˆ
amica Tumoral
Najla Varalta, Arianne Vellasco, Fernando L. P. dos Santos
Depto. de Bioestat´ıstica, IBB, UNESP, 18618-970 - Botucatu, SP
E-mail: najla@ibb.unesp.br, ariannevellasco@gmail.com, flpio@ibb.unesp.br,
Rubens de Figueiredo Camargo,
UNESP - Depto. de Matem´atica Campus Bauru
17033-360, Bauru, SP E-mail: rubens@fc.unesp.br.
Resumo: Neste trabalho, com o intuito de refinar a solu¸c˜ao dada pela cl´assica equa¸c˜ao log´ıstica e ampliar o seu campo de aplica¸c˜oes no estudo de dinˆamicas tumorais, propomos e resolvemos uma generaliza¸c˜ao para a mesma, utilizando o assim chamado C´alculo Fracion´ario, isto ´e, sub-stituiremos a derivada de ordem 1 presente na equa¸c˜ao ordin´aria por uma derivada de ordem n˜ao inteira 0 < α ≤ 1. Por fim, analisamos a aplicabilidade deste modelo para a descri¸c˜ao do crescimento de tumores de cˆancer.
Palavras-chave: Modelagem Matem´atica, Biomatem´atica, Transformadas Integrais, C´alculo Fracion´ario, Equa¸c˜ao Log´ıstica.
1
Introdu¸
c˜
ao
Estudar m´etodos para resolver equa¸c˜oes diferenciais ´e de grande valia, uma vez que o intuito ´e buscar entender o processo f´ısico que se acredita estar relacionado `a equa¸c˜ao estudada. A importˆancia das equa¸c˜oes diferenciais ´e que, mesmo as mais simples, correspondem a modelos f´ısicos ´uteis, como o crescimento de uma dada popula¸c˜ao, circuitos el´etricos, sistemas massa-mola, dinˆamica tumoral, dentre outros.
A arte de obter uma equa¸c˜ao diferencial cuja solu¸c˜ao descreva bem a realidade, traz consigo uma enorme dificuldade, uma vez que quanto mais pr´oximos estamos de descrever perfeitamente um problema real maior costumam ser o n´umero de vari´aveis envolvidas e a complexidade das equa¸c˜oes.
Neste sentido, o assim chamado C´alculo Fracion´ario, que ´e o ramo da matem´atica que se dedica ao estudo de integrais e derivadas de ordens n˜ao inteiras, vem desempenhado um papel de grande destaque. S˜ao in´umeros os problemas que, quando descritos em termos de equa¸c˜oes diferenciais de ordem n˜ao inteira, oferecem uma descri¸c˜ao mais precisa da realidade. Tˆem destaque os de dependˆencia temporal, uma vez que ao deparar o c´alculo de ordem inteira com o de ordem n˜ao inteira, nota-se que as derivadas fracion´arias descrevem excelentemente efeitos de mem´oria e propriedades heredit´arias [3, 5].
O intuito deste trabalho ´e apresentar a solu¸c˜ao fracion´aria da equa¸c˜ao log´ıstica e com isto, analisar esta vers˜ao fracion´aria aplicada `a dinˆamica tumoral.
2
Metodologia
Dentre as diferentes formas de se resolver uma equa¸c˜ao diferencial, ou ainda um problema de valor inicial, temos a assim chamada metodologia das transformadas integrais, cuja solu¸c˜ao ´e expressa em termos de um parˆametro correspondente `a ordem da derivada, e a solu¸c˜ao da respectiva equa¸c˜ao de ordem inteira ´e recuperada para um valor particular deste parˆametro. Em muitos casos, n˜ao ´e inteira a ordem da derivada que torna a solu¸c˜ao da equa¸c˜ao mais pr´oxima da realidade. A metodologia utilizada para analisar esta equa¸c˜ao fracion´aria neste presente trabalho ser´a a das transformadas integrais, isto ´e, vamos aplicar a transformada de Laplace na equa¸c˜ao, obtendo assim uma equa¸c˜ao alg´ebrica, resolver esta equa¸c˜ao e, atrav´es da transformada de Laplace inversa, vamos recuperar a solu¸c˜ao do problema de partida.
Por outro lado, a equa¸c˜ao log´ıstica foi publicada em 1838 por Pierre Fran¸cois Verhulst para modelar o crescimento da popula¸c˜ao mundial e baseou-se na avalia¸c˜ao de estat´ısticas popula-cionais dispon´ıveis, complementando a teoria do crescimento exponencial de Thomas Robert Malthus. Ela pode ser aplicada em modelos com dependˆencia temporal e possui uma vasta ´area de aplica¸c˜ao j´a que os fatores inibidores s˜ao levados em considera¸c˜ao. Al´em disso, a equa¸c˜ao log´ıstica se mostrou aplic´avel em uma s´erie de eventos probabil´ısticos e relacionados `a teoria do caos e `as dinˆamicas industriais e empresariais [8].
Recentemente, a equa¸c˜ao log´ıstica tem sido aplicada para descrever o crescimento de pop-ula¸c˜oes tanto no ˆambito laboratorial quanto em habitat natural, sugerindo que os limitantes do crescimento exercem influˆencia nos fatores de mortalidade e fecundidade com o crescimento populacional. Contudo o modelo log´ıstico n˜ao explica muito bem em casos onde h´a rela¸c˜oes mais complexas atuando como intera¸c˜oes dentro de teias alimentares ou dependˆencias de v´arios recursos que ocorrem na maior parte dos casos na natureza. Este modelo tamb´em n˜ao ´e ade-quado para casos em que o recurso ´e abundante, ou seja, a popula¸c˜ao crescer´a ilimitadamente, sem nenhuma capacidade suporte, sendo, neste caso, mais adequado o modelo malthusiano.
Com o artif´ıcio de investiga¸c˜oes cient´ıficas e a utiliza¸c˜ao da Matem´atica na modelagem, descri¸c˜ao e at´e mesmo na predi¸c˜ao de um dado processo f´ısico podemos entender melhor alguns fatores no ˆambito biol´ogico. Entretanto, tal utiliza¸c˜ao ´e recente, em particular em tumores e cˆancer.
No caso da dinˆamica tumoral, a satura¸c˜ao observada no crescimento de v´arios tipos de tumores n˜ao ´e bem modelado pelo modelo exponencial. Por este motivo, este modelo se aplica apenas para tumores avasculares, isto ´e, quando a angiogˆenese n˜ao tenha ocorrido, os quais segundo Kerbel, possuem em torno de 1 a 2 mm de diˆametro no m´aximo [6, 7].
De fato, as c´elulas tumorais competem entre si por oxigˆenio e por recursos vitais. Foi proposto um modelo de dinˆamica populacional que aborda tal intera¸c˜ao por Lotka [4] e Verhulst [8]. Este modelo, conhecido como Equa¸c˜ao Log´ıstica, ´e expresso por:
d dtN (t) = kN (t) 1 −N (t) r . (1)
Na qual N (t) ´e n´umero de c´elulas tumorais no tempo t, k ´e a constante de proporcionalidade em que k > 0 ´e taxa de crescimento intr´ınseca na qual as c´elulas se dividem, r > 0 ´e a capacidade suporte da popula¸c˜ao tumoral e1 −N(t)r representa a competi¸c˜ao intraespec´ıfica.
A solu¸c˜ao da equa¸c˜ao (1) ´e dada por:
N (t) = r
1 +hN(0)r −1ie−kt.
Note que limt→+∞N (t) = r, indicando assim, a satura¸c˜ao de crescimento. Para r ≫ N e N/r ≪ 1, a equa¸c˜ao (1) reduz-se a:
d
A equa¸c˜ao (2) representa o crescimento exponencial pois n˜ao ocorre angiogˆenese em um tumor em est´agio inicial, considerando-o constitu´ıdo de uma ´unica popula¸c˜ao celular. Pode-se assim, assumir que sua taxa de crescimento ´e proporcional ao n´umero de c´elulas tumorais N (t).
3
C´
alculo Fracion´
ario
A fim de apresentar a vers˜ao fracion´aria da equa¸c˜ao (1), apresentaremos algumas defini¸c˜oes e resultados importantes.
3.1 Fun¸c˜ao Gama
Denotamos por Γ(z) a fun¸c˜ao Gama, esta fun¸c˜ao pode ser definida pela integral impr´opria [5]: Γ(z) =
Z ∞
0
e−ttz−1dt, (3)
com Re(z) > 0, a integral ´e convergente.
Resolvendo esta integral por partes e com uma mudan¸ca de vari´avel, segue que: Γ(z + 1) = zΓ(z),
isto ´e, a fun¸c˜ao Gama ´e uma generaliza¸c˜ao do conceito de fatorial.
3.2 Defini¸c˜ao fun¸c˜ao Gel’fand-Shilov
Sejam n um n´umero natural e ν um n´umero n˜ao-inteiro, definimos a fun¸c˜ao Gel′
f and − Shilov de ordem n e ν respectivamente como:
φn(t) = tn−1 (n − 1)! se t ≥ 0 0 se t < 0. e φν(t) = tν−1 Γ(ν) se t ≥ 0 0 se t < 0. Assim, a transformada de Laplace ´e expressa por:
L[φν(t)] = Z ∞ 0 e−sttν−1 Γ(ν)dt = 1 Γ(ν) Z ∞ 0 e−aa s ν−1 da s = s−ν Γ(ν) Z ∞ 0 e−aaν−1da = s−ν, (4) na qual a segunda igualdade ´e devida a mudan¸ca de vari´avel (st = a) e a ´ultima igualdade `a defini¸c˜ao da fun¸c˜ao gama.
3.3 Fun¸c˜oes de Mittag-Leffler
Dentre as rela¸c˜oes da fun¸c˜ao de Mittag-Leffler de dois parˆametros [1, 2], salientaremos uma rela¸c˜ao importante para este trabalho. Esta fun¸c˜ao ´e definida como:
Eα,β(z) = ∞ X k=0 zk Γ(αk + β). (5) Sendo α > 0 e β > 0.
Desse modo, definiremos esta rela¸c˜ao como: Eα,α+1(−ktα) =
−1
ktα[−1 + Eα(−kt
α)]. (6)
A transformada de Laplace da fun¸c˜ao tβ−1E
α,β(atα), ´e dada por: Lhtβ−1Eα,β(±atα)i= s
α−β
3.4 Integral Fracion´aria
Definimos a integral fracion´aria de Riemann-Liouville atrav´es da fun¸c˜ao Gama, isto ´e:
Defini¸c˜ao: Sejam n ∈ N e f (t) : R → R uma fun¸c˜ao integr´avel. Denotamos o Operador Integral I e In de ordens 1 e n respectivamente como:
If (t) = Z t 0 f (t1) dt1 e Inf (t) = Z t 0 Z t1 0 Z t2 0 · · · Z tn−1 0 f (tn) dtndtn−1. . . dt2dt1. Teorema: Para f (t) : R → R integr´avel, definimos a Integral de ordem n como produto de Convolu¸c˜ao, do seguinte modo:
Inf (t) = φn(t) ∗ f (t) = Z t 0 φn(t − τ )f (τ ) dτ = Z t 0 (t − τ )n−1 (n − 1)! f (τ ) dτ, (8) na qual denotamos por ∗ o produto de convolu¸c˜ao e φn(t) a fun¸c˜ao Gel’fand-Shilov.
Defini¸c˜ao: Seja f (t) uma fun¸c˜ao integr´avel, a integral de ordem fracion´aria ν de f (t) segundo Riemann-Liouville, denotada por Iνf (t), ´e expressa por:
Iνf (t) = φν(t) ∗ f (t) = Z t
0
(t − τ )ν−1
Γ(ν) f (τ ) dτ. (9)
3.5 Derivada Fracion´aria de Caputo.
Segundo Caputo, a derivada de ordem α ´e definida pela integral de ordem fracion´aria de uma derivada de ordem inteira, de forma que a lei dos expoentes seja plaus´ıvel1. Dessa forma, sejam f (t) uma fun¸c˜ao diferenci´avel, m ∈ IN e α 6∈ IN tais que m − 1 < Re(α) < m, temos:
Dαf (t) = Im−αDmf (t) = φm−α(t) ∗ Dmf (t). (10)
3.6 Transformada de Laplace
A partir da defini¸c˜ao de Integral de ordem n (8) e da equa¸c˜ao (10), temos que
L[Dαf (t)] = L[φm−α∗Dmf (t)] = L[Φm−α(t)] L[Dmf (t)] = sα−mL[Dmf (t)]. (11)
4
Equa¸
c˜
ao Log´ıstica Fracion´
aria
Vamos utilizar os resultados apresentados a cima para propor uma generaliza¸c˜ao via c´alculo fracion´ario para a equa¸c˜ao log´ıstica. Tomando, sem perda de generalidade r = 1, queremos a solu¸c˜ao para a equa¸c˜ao
dα
dtαN (t) = kN (t) [1 − N (t)] , (12)
na qual 0 < α ≤ 1 (e consequentemente m = 1). Inicialmente vamos utilizar a mudan¸ca de vari´avel v(t) = 1/N (t) na equa¸c˜ao (1), de modo a obter a seguinte equa¸c˜ao linear :
dv(t)
dt = k[1 − v(t)].
Vamos substituir a derivada ordin´aria da equa¸c˜ao anterior por uma derivada fracion´aria de ordem α (defini¸c˜ao de Caputo para a derivada) e depois tomar a mudan¸ca de vari´avel N (t) = 1/v(t) para termos a solu¸c˜ao da equa¸c˜ao log´ıstica fracion´aria (12), isto ´e, vamos resolver a equa¸c˜ao;
dαv(t) dtα = D
αv(t) = k[1 − v(t)]. (13)
1Como consequˆencia da defini¸c˜ao, para α = n, β = m e com n, m ∈ N , Dαtβ = tβ−αΓ(β + 1)/Γ(β − α + 1), recupera o resultado cl´assico.
Aplicando a Transformada de Laplace em ambos os lados, segue L[Dαv(t)] = kL [1 − v(t)] .
Utilizando a equa¸c˜ao (11), com m = 1 (j´a que 0 < α ≤ 1) temos: sαF (s) − sα−1v(0) = k 1 s −F (s) ⇒sαF (s) + kF (s) = k 1 s + sα−1v(0), na qual F (s) = L[v(t)]. Dessa maneira, F (s) = k s−1 sα+ k + v(0) sα−1 sα+ k . Assim, temos: v(t) = L−1 L[v(t)] = L−1[F (s)] = kL−1 s−1 sα+ k + v(0)L−1 sα−1 sα+ k . A partir disso, pelo resultado da equa¸c˜ao (7),
v(t) = tαkEα,α+1(−ktα) + v(0)Eα(−ktα). Agora, pela equa¸c˜ao (6),
v(t) = −[−1 + Eα(−ktα)] + v(0)Eα(−ktα) ⇒ v(t) = 1 + Eα(−ktα)[v(0) − 1]. Uma vez que tomamos v(t) = 1/N (t), obtemos
N (t) = 1
1 +hN(0)1 −1iEα(−ktα) ·
Note que, lim
α→1N (t) =
1
1 +hN1(0)−1ie−kt, ou seja, a solu¸c˜ao de ordem inteira ´e um caso particular da solu¸c˜ao da equa¸c˜ao fracion´aria.
Apresentamos a seguir o gr´afico da solu¸c˜ao da equa¸c˜ao (12), tomando N (0) = 0.2 e a capacidade suporte r = 1, para diferentes valores de α, temos:
0 =0.2 =0.4 =0.6 =0.8 =1 =1 2 4 6 8 10 0.2 0.4 0.6 0.8 1 t N (t) α α α α α k
Figura 1: Solu¸c˜ao da equa¸c˜ao (12), em N(t). Como limt→∞Eα(−ktα) = 0 para todos os valores de 0 < α ≤ 1, temos
lim
t→∞N (t) = limt→∞
1
1 +hN1(0)−1iEα(−ktα) = 1.
5
Conclus˜
ao
Este trabalho evidencia a importˆancia do c´alculo fracion´ario para generalizar e refinar a solu¸c˜ao da conhecida equa¸c˜ao log´ıstica, uma vez que a solu¸c˜ao da equa¸c˜ao fracion´aria tem, como caso particular, a solu¸c˜ao do modelo cl´assico podemos concluir que o modelo fracion´ario oferece uma descri¸c˜ao melhor que ou igual a do cl´assico. Notamos que a medida que a ordem da derivada diminui a convergˆencia para o valor de suporte torna-se mais lenta. Esta convergˆencia menos acelerada para o valor de suporte condiz com o crescimento de alguns tipos de tumor de cˆancer [6, 7] o que torna esta equa¸c˜ao bastante relevante para o estudo de dinˆamicas tumorais, uma vez que al´em contemplar a competi¸c˜ao entre as c´elulas tumorais por recursos vitais ela prevˆe que o tamanho m´aximo de um tumor leva mais tempo para ser atingido.
Continua¸c˜oes naturais deste trabalho s˜ao as mais diversas poss´ıveis. Em particular vamos estudar o sistema apresentado por Rodrigues [6, 7] na vers˜ao fracion´aria, uma vez que sabemos o comportamento do crescimento tumoral e j´a o descrevemos no modelo fracion´ario, iremos analisar o crescimento ou decrescimento de tumores de cˆancer sobre a a¸c˜ao de agentes quimioter´apicos.
6
Agradecimentos
Agradecemos `a Capes por ter financiado parte do projeto e aos amigos Diego e Paulo [6, 7] por importantes e prof´ıcuas discuss˜oes.
Referˆ
encias
[1] E. Capelas de Oliveira, Fun¸c˜oes Especiais com Aplica¸c˜oes, Editora Livrariada F´ısica, S˜ao Paulo, (2005).
[2] R. F. Camargo, E. C. Oliveira e Ary O. Chiacchio, Sobre a Fun¸c˜ao de Mittag-Leffler, R. P. 15/06, (2006).
[3] R. F. Camargo, C´alculo Fracion´ario e Aplica¸c˜oes, Tese de Doutorado, IMECC, UNICAMP, (2009).
[4] A. Lotka, Meeting on the problem o forecasting city populations with special reference to New York city, Journal of the American Statistical Association,20, (1925).
[5] Igor Podlubny, Fractional Differential Equation - An Introduction to Fractional Derivates, Fractional Differential Equations, to Methods os their Solution and some of their Applica-tions, Vol. 198, Academic Press, San Diego , (1999).
[6] D.S. Rodrigues, Modelagem matem´atica em cˆancer: dinˆamica angiogˆencia e quimioterapia anti-neopl´asica.Disserta¸c˜ao de Mestrado,UNESP, IBB,(2011).
[7] D.S. Rodrigues, P. F. A. Mancera, Suani T. R. Pinho Modelagem Matem´atica em Cˆancer e quimioterapia: uma introdu¸c˜ao, Notas em Matem´atica Aplicada, SBMAC, S˜ao Carlos -SP, Brasil, Volume 58, e-ISSN 2236-5915, 2011.
[8] P. F. Verhulst, Notice sur la loi que la population poursuit dans son accroissement, Corre-spondance math´ematique et physique, 10, 113-121,(1838).