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A carreira única na Polícia Rodoviária Federal: vantagens e desvantagens para a instituição

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Academic year: 2021

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HENRIQUE ZIEGLER GIRARDI

A CARREIRA ÚNICA NA POLÍCIA RODOVIÁRIA FEDERAL: VANTAGENS E DESVANTAGENS PARA A INSTITUIÇÃO

Uruguaiana 2017

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A CARREIRA ÚNICA NA POLÍCIA RODOVIÁRIA FEDERAL: VANTAGENS E DESVANTAGENS PARA A INSTITUIÇÃO

Monografia apresentada ao Curso de Pós-Graduação Lato Sensu em Gestão Integrada da Segurança Pública, da Universidade do Sul de Santa Catarina, como requisito à obtenção do título de Especialista em Gestão Integrada da Segurança Pública.

Orientação: Prof. João Schorne de Amorim, MSc.

Uruguaiana 2017

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A CARREIRA ÚNICA NA POLÍCIA RODOVIÁRIA FEDERAL: VANTAGENS E DESVANTAGENS PARA A INSTITUIÇÃO

Esta Monografia foi julgada adequada à obtenção do título de Especialista em Gestão Integrada da Segurança Pública e aprovado em sua forma final pelo Curso de Pós-Graduação Lato Sensu em Gestão Integrada da Segurança Pública, da Universidade do Sul de Santa Catarina.

Uruguaiana, 6 de setembro de 2017.

_____________________________________________________ Professor orientador: João Schorne de Amorim, MSc.

Universidade do Sul de Santa Catarina

_____________________________________________________ Prof. Aloisio Jose Rodrigues, MSc.

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Hodiernamente no setor público, diversas instituições possuem suas carreiras estruturadas em níveis, ou seja, cargos diferentes que abrangem diferentes funções e têm hierarquia entre si. A Polícia Rodoviária Federal possui sua carreira organizada em classes, as quais não apresentam segregações com poderes distintos, mas sim a progressão de um cargo único. O objetivo do presente trabalho foi estudar e analisar quais são os prós e os contras dessa carreira única, especialmente no âmbito do desempenho individual de cada servidor e das suas relações de trabalho. Foi realizado um questionário online apresentado para os servidores da Polícia Rodoviária Federal para buscar os aspectos estruturantes da carreira única e avaliar se ela gera ou não diferentes níveis de comprometimento do servidor com a instituição, além de examinar como as relações profissionais do gestor com os geridos são afetadas e, por fim, identificar se a capacidade de comando ou liderança são afetadas pela carreira única na PRF.

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In the public sector, several institutions have their careers structured in levels, different positions that cover different functions and have hierarchy among them. The Brazilian Federal Highway Police has its career organized into classes, which do not present segregations with distinct powers, but rather the progression of a single position. The objective of the present study was to study and analyze the pros and cons of this unique career, especially in the scope of the individual performance of each server and its working relationships. An online questionnaire was presented for the Federal Highway Police's employees to search the structuring aspects of the single career and evaluate whether or not it generates different levels of commitment of the server with the institution, as well as examining how the manager's professional relations with the managed ones Are affected and, finally, identify whether leadership or command ability is affected by the unique career in the PRF.

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1 INTRODUÇÃO ...…...…...……... 6

2 A CARREIRA NA POLÍCIA RODOVIÁRIA FEDERAL …...…...…... 9

2.1 BREVE HISTÓRICO DA PRF ……….. 9

2.2 A CARREIRA NA PRF E A GESTÃO DE PESSOAS ………. 11

2.3 A HIERARQUIA NAS RELAÇÕES DE TRABALHO NA PRF ……… 14

2.4 A CARREIRA ÚNICA EM OUTRAS INSTITUIÇÕES POLICIAIS ………. 17

3 APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS ……… 22

4 CONSIDERAÇÕES FINAIS ……….… 30

REFERÊNCIAS ……… 32

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1 INTRODUÇÃO

Na iniciativa pública, as instituições são organizadas em carreiras que podem ter divisões ou diferentes níveis, ou seja, cargos distintos que possuem ou não hierarquia entre si. A Polícia Rodoviária Federal (PRF), órgão do Ministério da Justiça que faz parte do Poder Executivo Federal, tem sua carreira estruturada em classes, as quais na prática não apresentam segregações com poderes distintos, mas sim a progressão de uma única carreira.

A Polícia Rodoviária Federal optou por estruturar sua carreira em cargo único dividido em classes, ademais, ela não é militarizada, ou seja, não submete-se à hierarquia militar, sendo todos os integrantes ocupantes do cargo de Policial Rodoviário Federal. Diante desse cenário, questionou-se quais seriam os prós e os contras da carreira única, especialmente no âmbito do desempenho individual e das relações de trabalho dos servidores.

Por já ter trabalhado em instituição altamente linear, com hierarquia definida, e após ter ingressado na Polícia Rodoviária Federal, o autor deste trabalho viu a necessidade de avaliar os aspectos positivos e negativos que a carreira única pode trazer para a instituição, além de proporcionar futuras pesquisas acerca do tema, tanto para a academia, para a PRF, para outras instituições e para a sociedade como um todo.

Atualmente esse modelo com cargos hierarquicamente distintos está sendo questionado por instituições públicas brasileiras, principalmente as policiais, as quais apontam que a reestruturação em um modelo único seria mais eficiente e benéfico para elas e para a sociedade. Nesse sentido, por exemplo, a Polícia Federal já atuou num grupo de trabalho com o Ministério do Planejamento, Ministério da Justiça e Federação Nacional dos Policiais Federais e formulou uma proposta de reestruturação de sua carreira. Os resultados do presente trabalho de conclusão poderão servir para fomentar ou não futuras propostas de reestruturação de carreira noutros órgãos além de levantar informações que possam permitir o aperfeiçoamento em instituições que já possuem suas carreiras estruturadas em um único cargo, como exemplo, a PRF.

O que incentivou também a realização do presente trabalho foi uma pesquisa realizada pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública em conjunto com a Fundação Getúlio Vargas versando sobre a opinião dos policiais brasileiros sobre reformas e modernização da Segurança Pública, a qual revela que há uma alta porcentagem de policiais que dizem que há a necessidade da criação de uma nova polícia, de ciclo completo, organizada em carreira única. Esse estudo aponta ainda uma elevada parcela de membros que foram humilhados ou desrespeitados por superiores hierárquicos.

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Dessa forma, o objetivo geral da pesquisa foi estudar os aspectos da carreira única na PRF no âmbito do desempenho individual do servidor e suas relações de trabalho. Optou-se por analisar os aspectos estruturantes da carreira da PRF, avaliar se a carreira única da PRF gera ou não diferentes níveis de comprometimento do servidor com a instituição, além de examinar como as relações profissionais do gestor com os geridos são afetadas com a estruturação única da carreira. Por fim, houve a necessidade de identificar se a capacidade de comando ou liderança são afetadas pela carreira una na PRF.

Questionou-se como a carreira única na Polícia Rodoviária Federal pode influenciar nas relações de trabalho de cada servidor e quais são os benefícios dessa estruturação. Haveria perda ou ganho do controle gerencial quando uma ordem é dada pelo gestor para o servidor da atividade-fim? O desempenho individual seria influenciado? O comprometimento do servidor público aumentaria? Como ficaria a gestão de pessoas quando a hierarquia não é tão marcante, ou seja, quando há um cargo único na instituição pública. Quais seriam os prós e os contras da carreira única da PRF?

Para a coleta de dados para a pesquisa foi confeccionado um questionário aplicado aos servidores da Polícia Rodoviária Federal versando sobre questões a respeito da carreira única desse Órgão. Nessas questões foram abordados temas relativos à carreira única da PRF, como os servidores a avaliavam e aspectos relativos às relações de trabalho, desempenho individual, comprometimento e capacidade de liderança. Foi perguntado também se o servidor sofreu algum tipo de humilhação em sua carreira e foi deixado em aberto um espaço para que ele expusesse a sua opinião como forma de contribuir para a conclusão do presente trabalho. No capítulo 3 as questões serão apresentadas de forma mais detalhada.

Para a formulação do questionário foi utilizado a ferramenta online e gratuita Google Forms e, visando celeridade no processo, foi distribuído para os servidores por meio de e-mail, rede social e aplicativo, no caso, Facebook e Whatsapp (via grupos institucionais). Foi proposto um questionário anônimo com a finalidade de preservar a identidade dos servidores, ou seja, os nomes não serão divulgados no presente trabalho.

No decorrer do trabalho, o capítulo 2 abordará a carreira do Policial Rodoviário Federal, sua previsão legal e como ela é estruturada. Na subseção 2.1 haverá um breve histórico sobre a PRF. A subseção 2.2 trará aspectos da gestão de pessoas, em especial a gestão estratégica de controle e de comprometimento, demonstrando qual delas pode ser privilegiada diante da estruturação de uma carreira em cargo único. O subcapítulo 2.3 trará aspectos da hierarquia nas relações de trabalho, expondo pesquisa realizada pela Fundação Getúlio Vargas em parceria com a Secretaria Nacional de Segurança Pública acerca da opinião

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dos membros de segurança pública sobre reformas e modernização do sistema. Abordando a carreira única em outras instituições, o subcapítulo 2.4 demonstrará o caso da Polícia Federal, a qual já realizou proposta de unificação de seus cargos iniciais da sua carreira, além de opiniões de autores acerca das carreiras das Polícias Civis e Militares dos estados.

Ademais, os resultados da pesquisa estarão dispostos no capítulo 3, onde serão apresentados gráficos demonstrativos com as respostas das perguntas, exposição das opiniões dos participantes da pesquisa além da análise detalhada dos dados coletados.

Com base nos dados obtidos na pesquisa, serão apresentados resultados a respeito das relações de trabalho na Polícia Rodoviária Federal, do desempenho de cada servidor e dos aspectos estruturantes da carreira. Pôde ser avaliado se a carreira única da PRF gera ou não diferentes níveis de comprometimento do servidor com a Instituição e identificou-se também se a capacidade de comando ou liderança são afetadas.

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2 A CARREIRA NA POLÍCIA RODOVIÁRIA FEDERAL

As carreiras do setor público geralmente estão estruturadas em cargos e esses cargos, por sua vez, possuem hierarquia entre si, propiciando níveis de subordinação. Na segurança pública, a Polícia Rodoviária Federal optou por organizar sua carreira em um cargo único, planejado em classes, as quais vão progredindo conforme o tempo de serviço e desempenho do servidor.

2.1 BREVE HISTÓRICO DA PRF

A Polícia Rodoviária Federal foi criada no governo do presidente Washington Luiz, em 1928, por meio do Decreto no 18.323 sob o nome de “Polícia de Estradas”. O decreto foi

criado para aprovar o regulamento para a circulação internacional de automóveis no território brasileiro trazendo normas a respeito da sinalização, segurança do trânsito além de dispor sobre a polícia das estradas de rodagem.

Conforme o Decreto no 18.323 (1928):

Da policia das estradas […]

Art. 24. Os conductores de vehiculos serão obrigados a observar as regras de policia, para commodidade e segurança do transito nas estradas publicas.

Art. 25. A fiscalização das estradas de rodagem, para execução das medidas de segurança, commodidade e facilidade de transito, será feita pelas autoridades federaes, estaduaes ou municipaes, conforme a estrada esteja sob o dominio da União, dos Estados ou dos municipios.

[…]

Art. 54. Para o policiamento efficiente das estradas, serão destacados guardas uniformizados, montados em motocycletas ou voiturettes automoveis providas de velocimetros exactos.

Art. 55. O serviço de estatistica será feito por funccionarios designados pelo Governo especialmente para esse fim e nos pontos determinados pelo mesmo.

Paragrapho unico. Para o serviço de estatistica do movimento de vehiculos poderão ser installados apparelhos de contagem automatica e balanças que comportem os vehiculos mais pesados.

Art. 56. Nos pontos determinados para os guardas, a que se refere o art. 54, serão construidos abrigos adequados, que poderão comportar morada do respectivo guarda.

Art. 57. Os guardas a que se refere o art. 54, bem como os funccionarios de que trata o art. 55 deverão ser mantidos de dia e de noite.

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Mais tarde, em 1935, foi criado o primeiro quadro de servidores que compõem a PRF sob o nome de “Inspetores de Tráfego”. Eles fariam, então, o policiamento de trânsito nas rodovias existentes (Rio – Petrópolis, Rio – São Paulo, Rio – Bahia e União Indústria) compondo a Comissão de Estradas e Rodagem.

Em 1937 o Governo transformou a Comissão Nacional de Estradas de Rodagem, criada em 1927 pelo Governo Federal, no Departamento Nacional de Estradas de Rodagem (DNER). O Departamento ainda não possuía as características atuais pois não era uma autarquia e não tinha seus próprios recursos. Assim, em dezembro de 1945, o Decreto no

8.463, a chamada Lei Joppert, considerado um marco rodoviário nacional, conferia ao DNER autonomia técnica e financeira e lhe dava o direito de exercer o poder de Polícia de Tráfego nas rodovias federais.

Impulsionado pela Lei Joppert, em 1950 o país já tinha um total de 968 quilômetros de malha rodoviária pavimentada. A expansão do chamado “rodoviarismo” no Brasil era ascendente e via-se a necessidade da realização do constante patrulhamento nas estradas pois, ao final dos anos 60, excluindo Manaus e Belém, todas as outras capitais estavam interligadas por rodovias federais.

Com a promulgação da Constituição Federal de 1988, a Polícia Rodoviária Federal passou a compor o Sistema Nacional de Segurança, integrando o artigo 144 da Carta Magna. Como atribuição constitucional, a PRF destinou-se, na forma da lei, ao patrulhamento ostensivo das rodovias federais.

Com a publicação da Lei no 8.028, de 12 de abril de 1990, a PRF passou a ser

subordinada ao Ministério da Justiça e o então Departamento Nacional de Estradas e Rodagem teve suas atribuições divididas entre os atuais Departamento Nacional de Infraestrutura e Transportes (DNIT) e Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT).

Inicialmente a carreira da PRF possuía as classes de Agente, Agente Operacional, Agente Especial e Inspetor. Segundo o Sindicato Nacional dos Inspetores da PRF (2012), as atribuições de comando da corporação eram exercidas pelo policial de Classe denominada Inspetor. O que acontecia, na prática, era a divisão da carreira, desfigurando a real função do cargo uno. Posteriormente, essas classes foram substituídas pelas atuais (terceira, segunda, primeira e especial), o que proporcionou destaque ao que a carreira única propõe: o cargo singular de Policial Rodoviário Federal.

As demais atribuições da PRF também estão consignadas no Decreto no 1.655/95, que

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Código de Trânsito Brasileiro, e também em seu regimento interno, aprovado pela Portaria no

1.375, de 2 de agosto de 2007.

Além da atribuição constitucional de patrulhamento ostensivo das rodovias federais, segundo o Decreto no 1.655 (1995), o Policial Rodoviário Federal pode executar serviços de

prevenção, atendimento de acidentes e salvamento de vítimas nas rodovias federais, realizar perícias, levantamentos de locais boletins de ocorrências, investigações, testes de dosagem alcoólica e outros procedimentos estabelecidos em leis e regulamentos, imprescindíveis à elucidação dos acidentes de trânsito, além de outras atribuições inerentes ao seu cargo de policiamento ostensivo e preventivo.

Segundo o site da PRF (2017), atualmente o Órgão está presente em todo o Brasil, possuindo 27 Superintendências, compondo 150 subunidades administrativas e 413 unidades operacionais, estando com um total de 550 pontos de atendimento em todo o Brasil.

2.2 A CARREIRA NA PRF E A GESTÃO DE PESSOAS

A Lei no 9.654, de 2 de junho de 1998, criou a carreira de Policial Rodoviário Federal

e deu outras providências. Nela, as classes foram divididas com suas respectivas atribuições. Conforme a Lei no 9.654 (1998):

Art. 2o-A. A partir de 1o de janeiro de 2013, a Carreira de que trata esta Lei,

composta do cargo de Policial Rodoviário Federal, de nível superior, passa a ser estruturada nas seguintes classes: Terceira, Segunda, Primeira e Especial, na forma do Anexo I-A, observada a correlação disposta no Anexo II-A.

§ 1o As atribuições gerais das classes do cargo de Policial Rodoviário Federal são as

seguintes:

I - Classe Especial: atividades de natureza policial e administrativa, envolvendo direção, planejamento, coordenação, supervisão, controle e avaliação administrativa e operacional, coordenação e direção das atividades de corregedoria, inteligência e ensino, bem como a articulação e o intercâmbio com outras organizações e corporações policiais, em âmbito nacional e internacional, além das atribuições da Primeira Classe;

II - Primeira Classe: atividades de natureza policial, envolvendo planejamento, coordenação, capacitação, controle e execução administrativa e operacional, bem como articulação e intercâmbio com outras organizações policiais, em âmbito nacional, além das atribuições da Segunda Classe;

III - Segunda Classe: atividades de natureza policial envolvendo a execução e controle administrativo e operacional das atividades inerentes ao cargo, além das atribuições da Terceira Classe; e

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IV - Terceira Classe: atividades de natureza policial envolvendo a fiscalização, patrulhamento e policiamento ostensivo, atendimento e socorro às vítimas de acidentes rodoviários e demais atribuições relacionadas com a área operacional do Departamento de Polícia Rodoviária Federal.

Dentro das classes existem níveis de padrão, assim, com o passar do tempo e se o servidor atingir os índices mínimos nas avaliações periódicas ele avança de padrão e, consequentemente, de classe. A classe de início de carreira é a Terceira.

A seguir tem-se a tabela com modelo de estruturação da Carreira do Policial Rodoviário Federal, conforme publicado na Lei no 9.654/98.

Tabela 1 - Estrutura da Carreira do Policial Rodoviário Federal

CARGO CLASSE PADRÃO

Policial Rodoviário Federal

ESPECIAL III II I PRIMEIRA VI V IV III II I SEGUNDA VI V IV III II I TERCEIRA III II I

Fonte: Lei no 9.654, de 2 de junho de 1998.

Dessa maneira, por se tratar de uma carreira única, na PRF não existe a formalização de hierarquia com subordinação entre os servidores, ou seja, na prática, um policial de Primeira Classe pode ser chefe direto de um da Classe Especial. Questionou-se no

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desenvolver do projeto da pesquisa se isso poderia causar algum problema gerencial e qual seria o modelo de gestão mais adequado para o perfil único de carreira.

Na gestão estratégica de pessoas ou de recursos humanos pode-se definir duas formas de estratégias: de controle e de comprometimento. “As estratégias de controle partem da premissa de que os funcionários são percebidos como números, custos e fator de produção (mão de obra), que precisam ser mandados e controlados para desempenharem bem suas funções” (Bittencourt, 2012, p. 30).

Desse modo, para que a estratégia de controle seja concretizada de maneira eficaz, a instituição necessita ser altamente hierarquizada, onde há a segregação entre quem planeja e quem executa, quem manda e quem obedece. Nesse sentido, a estruturação da carreira é um dos itens que pode determinar o modo com que a empresa fará a gestão de seu pessoal. Se a estruturação da instituição é altamente linear, cada superior tem autoridade sobre os seus subordinados, fazendo com que a participação dos funcionários seja baixa e as decisões sejam tomadas somente de cima para baixo, ou seja, essas decisões não são tomadas em equipe.

Por outro lado, “as estratégias de comprometimento enfatizam os funcionários como parceiros do negócio da organização (relação ganha‐ganha). Assim, a organização deve investir em seus funcionários para conseguir a melhoria de seus resultados” (Bittencourt, 2012, p. 31).

Na estratégia de comprometimento há a redução de níveis de hierarquia, fazendo com que a organização trabalhe em equipe, tomando as decisões em conjunto, o que culmina na alta participação dos funcionários nas atividades de decisão resultando no aumento de seus desempenhos.

Teoricamente, a estratégia de gestão por comprometimento pode ser a mais indicada em uma instituição que utiliza a carreira única, porém, como a gestão de pessoas pode ser considerada uma tarefa complexa, somente a estruturação da instituição em carreira única, com mesmo cargo entre todos os ocupantes, por si só não promove o comprometimento de seus colaboradores. Há de se prever instrumentos de gestão capazes de gerar motivação para os colaboradores, promovendo o aumento do desempenho individual.

O que ocorre na PRF é que, na teoria, a estrutura da carreira una propiciaria uma gestão mais moderna baseada no comprometimento, porém, na prática, os chefes ainda podem utilizar práticas de controle para comandar seus “subordinados”. O cargo único influencia na concretização de um modelo de gestão mais moderno mas não é capaz de inibir práticas antigas de controle gerencial.

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2.3 A HIERARQUIA E AS RELAÇÕES DE TRABALHO NA PRF

Historicamente, a hierarquia está relacionada às Forças Armadas como forma de princípios exclusivos. A Constituição Federal de 1988 traz em seus artigos 42 e 142 os princípios de hierarquia e disciplina atrelados às forças militares Exército, Marinha e Aeronáutica.

Segundo o Decreto nº 12.112 (1980), por hierarquia compreende-se “a ordenação da autoridade, em níveis diferentes, dentro da estrutura das Forças Armadas e das Forças Auxiliares, por postos e graduações” e, segundo o dicionário Michaelis, significa “distribuição organizada dos poderes com subordinação sucessiva de uns aos outros”.

Desse modo, no poder público, a hierarquia pode estar presente na diversificação dos cargos dentro de uma mesma instituição, ou seja, as atribuições e até mesmo os níveis salariais definem que um cargo está num nível hierarquicamente superior a outro.

Em instituições militarizadas, como as Polícias Militares, a hierarquia permite que superiores comandem e doutrinem seus subordinados nos cursos de formação muitas vezes com o uso de instrumentos que possam lhes causar humilhação. A respeito da humilhação dos subordinados:

Até recentemente havia nos cursos de formações de policiais militares os chamados arranca-rabos, um tipo de castigo em forma de treinamento militar que consistia em atividades humilhantes como rastejar, ficar sentado e de pé ao som do apito do instrutor, marchar com fuzil até o aluno não suportar, em resumo, cumprir atividades humilhantes, mas que eram eficazes para a mortificação do self. Alguém que não passasse pelo menos por um arranca-rabo era chacoteado pelos próprios colegas como sendo um paisano fardado. De certa forma, o arranca-rabo pode ser equiparado a rito de passagem, uma cerimônia que marca o momento de transição de um mundo social a outro. Nessas situações particulares, porém reveladoras, o aluno era submetido a tratamentos humilhantes. (SILVA, A., 2002)

Por ser um sistema altamente rígido, que tende a privilegiar superiores hierárquicos, muitas injustiças podem ser cometidas, haja vista que, tendo um regime disciplinar próprio, punições podem ser consideradas uma forma de controle. A respeito das relações entre oficiais e praças, Silva, A. (2002) diz que:

[…] são marcadas por hostilidades e arbitrariedades, sendo a humilhação verbal o recurso mais utilizado pelos participantes dos quadros superiores da instituição. A estrutura hierárquica e disciplinar da Polícia Militar não apenas deixa de inibir as práticas de abuso de autoridade dos superiores para com os subordinados como, em alguns casos, acaba por incentivá-las. Isso se deve, sobretudo, pelo fato de ser a equipe dirigente a responsável pelo julgamento das infrações disciplinares de todo quadro de funcionários da instituição, demonstrando, muitas vezes, parcialidade e corporativismo para com os superiores, em detrimento dos subordinados.

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A hierarquia é considerada, junto com a disciplina, um dos pilares das Organizações Militares por justamente permitir que a ordem seja estabelecida de maneira eficaz. Porém, se utilizada de forma equivocada, pode trazer sérias complicações para a integridade física e mental dos membros dessas instituições.

Segundo Pesquisa Realizada pelo Centro de Pesquisas Jurídicas Aplicadas - CPJA, da Escola de Direito da Fundação Getúlio Vargas em São Paulo e pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, em parceria com a SENASP (2014), foi constatado que 59,6% dos membros da segurança pública que participaram dessa pesquisa foram humilhados ou desrespeitados por superior hierárquico, 21,7% por colega de mesmo posto e 9,3% por membro de posto inferior. As figuras a seguir demonstram os resultados na parte de vitimização.

Figura 1 – Vitimização dos Policiais brasileiros

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Figura 2 – Vitimização dos Policiais brasileiros (continuação)

Fonte: Opinião dos Policiais Brasileiros sobre Reformas e Modernização da Segurança Pública, 2014.

Por outro lado, apesar de a Polícia Rodoviária Federal ser uma polícia ostensiva, que necessita utilizar da uniformidade em seu fardamento, caracterização de viaturas e Unidades Operacionais, ela não é militarizada, ou seja, não se submete à hierarquia militar. Portanto, o princípio militar da hierarquia não é difundido nas academias de formação desse Órgão.

Contudo, não pode-se dizer que não há hierarquia na PRF pois servidores são nomeados para chefiarem certos setores, como superintendências, delegacias regionais ou unidades operacionais. Esses gestores podem ter qualquer tipo de classe ou padrão e também não há a necessidade do chefe ter mais tempo de serviço que seus geridos. Esta organização permite que qualquer policial possa se tornar chefe, independentemente de tempo de serviço ou de outra característica extrínseca ao seu mérito.

Assim, durante a elaboração do planejamento da pesquisa, percebeu-se a necessidade de realizar o presente trabalho de conclusão de curso a respeito da carreira única da Polícia

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Rodoviária Federal, se ela trouxe benefícios ou não para a Instituição na ausência da hierarquia altamente formalizada e como o cargo único influencia nas relações interpessoais de trabalho, ou seja, se essa horizontalidade do cargo pode causar descontrole gerencial. 2.4 A CARREIRA ÚNICA EM OUTRAS INSTITUIÇÕES POLICIAIS

No atual cenário das instituições públicas, há diversas opiniões a respeito das possibilidades de estruturação de carreiras. Cada um defendendo seu ponto de vista, todos buscam o que consideram melhor para suas categorias e para a sociedade como um todo, pois é ela que é a real destinatária do serviço público.

Nesse sentido, na seara federal, existe desde o ano de 2013 a proposta de emenda à Constituição no 73 que altera o seu artigo 144 e determina que a Polícia Federal seja

estruturada em carreira única. Esta proposta dividiu ainda mais esse Órgão pois, de um lado, Delegados se opuseram à proposta e, de outro, Agentes e Procuradores da República (membros do Ministério Público Federal) estariam de acordo.

O Delegado Federal, responsável pelo inquérito policial e chefe da polícia judiciária, é um servidor concursado que tem sua formação lastrada em ciências jurídicas. Assim, para a perfeita execução das suas atividades fins, o Delegado precisa ter, no mínimo, conhecimento amplo a respeito do direito penal, processual penal e constitucional, pois lida com um bem importante para o cidadão: a liberdade, e ele pode tirá-la ou não, dependendo da realização correta de seu trabalho.

Dessa maneira, o Silva, M. (2014), Delegado Federal de Polícia, diz que:

Não factível a criação de carreira única (acessível a quem tenha qualquer curso superior) nas polícias judiciárias, vez que a investigação deve ser, necessariamente, conduzida por cargo de natureza jurídica. Não há como imaginar presidente de procedimento inquisitivo formado em outro curso, senão em Direito. Como um médico ou um farmacêutico fariam para decidir acerca da lavratura ou não de um auto de prisão em flagrante? Da mesma forma que um bacharel em Direito não sabe criar fórmulas ou identificar e tratar doenças, os citados profissionais não têm o conhecimento necessário para analisar com profundidade situação supostamente flagrancial a eles apresentada.

Além do cargo de Delegado, a Polícia Federal possui outros cargos que atuam durante uma investigação, como os cargos de Agente, Escrivão, Papiloscopista e Perito. Da maneira atual, o Delegado é quem conduz a investigação, requerendo perícias ou diligências a serem executadas por esses servidores.

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Nesse sentido, defensores da não unificação da carreira da Polícia Federal afirmam que com a união da carreira e a extinção do cargo de Delegado a divisão do trabalho policial não será clara, pois os condutores do inquérito e os executores de diligências teriam que ser escolhidos por razões muitas vezes não claras, causando assim temerária falta de transparência e imperícia na execução dessas atividades.

Reforçando essa sentença, segundo Silva, M. (2014), não há como haver progressão na carreira da Polícia Federal, ou seja, sem ferir a Constituição, um agente, escrivão, perito ou papiloscopista não pode chegar ao cargo de Delegado com o passar do tempo ou realizando cursos diferenciados. Os cargos são diferentes em atribuições, complexidade e vencimento.

Partindo do mesmo pensamento, a Ordem dos Advogados do estado do Rio de Janeiro (OAB-RJ) emitiu nota em apoio à Associação dos Delegados de Polícia Federal (ADPF) na qual repudiam os argumentos constantes em Emendas Constitucionais que propõem a união da carreira da Polícia Federal.

Segundo Associação dos Delegados de Polícia Federal (2014):

[...] a OAB repudia os argumentos decorrente das PEC's 51/2013, 73/2013 e 361/2013 que tencionam modificar o artigo 144 da Constituição Federal, para determinar que a polícia federal deverá ser órgão estruturado em carreira única, bem como o argumento de que possa haver um motivo justificável para uma possível alteração constitucional exclusivamente na forma de organização e funcionamento apenas da Polícia Federal do Brasil, sobretudo para deixar de exigir concurso público nos seus diversos cargos policiais, passando a exigi-lo somente uma única vez na "base da carreira".

Por outro lado, há defensores dessa proposta de transformação na carreira da Polícia Federal. Segundo Oliveira (2014), os Agentes Federais alegam não ser um carreira auxiliar na Polícia Federal e sim comporem parte da própria carreira federal, conforme disposta na Constituição Federal. Segundo ele, quem exerce a função de auxiliar são os agentes administrativos, pois são eles que atuam na atividade meio, ou seja, os Agentes atuam, então, na atividade fim da Instituição.

Ademais, segundo Oliveira (2014), os Agentes da Polícia Federal afirmam que há a necessidade do Delegado ter ampla experiência policial, pois será o responsável por uma investigação criminal. Noutro sentido, o condutor do inquérito policial não haveria de ser, necessariamente, um servidor formado na área do Direito, assim, sua formação diversa seria aproveitada para investigações em diversos tipos de crimes. Ainda segundo Oliveira (2014):

Numa proposta de carreira única, o delegado nem precisa deixar de existir, mas a terminologia que for dada para ser chefe de investigação venha a respeitar um posicionamento hierárquico que deflua da organização estrutural e funcional do órgão que corresponda aos feixes de atribuições de cada cargos (não carreira) ou

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funções providos em confiança, em decorrência da natureza dos seus encargos, porque inexiste, por si só, subordinação funcional entre os ocupantes de cargos efetivos.

O que pode-se afirmar é que a Polícia Federal possui animosidades internas que podem prejudicar o bom andamento de um investigação policial, podendo lesar aquele que é o maior interessado no serviço público: o cidadão. A carreira única daria mais eficiência para o trabalho policial e, nesse sentido, Oliveira (2014) conclui que:

[…] a carreira única nada mais é que um ajuste do modelo policial brasileiro aos modelos internacionais que já se comprovaram mais eficientes. A carreira única garantirá que o policial responsável pela investigação tenha conhecimento prático da atividade e seja o mesmo que realize a diligência, que toda chefia seja ocupada por servidor necessariamente experiente e que todo policial tenha perspectiva de crescimento no órgão, diminuindo a evasão e as chances de corrupção. O princípio constitucional do concurso público será garantido para ingresso no início da carreira e a progressão se dará através de processo seletivo com requisitos objetivos.

Outras entidades ligadas à Polícia Federal já se mostraram interessadas em aderir a um modelo mais moderno de carreira, como é o caso da Federação Nacional dos Policiais Federais.

Nesse contexto, a Polícia Federal atuou num grupo de trabalho com o Ministério do Planejamento, Ministério da Justiça e Federação Nacional dos Policiais Federais na elaboração de uma proposta de reestruturação de sua carreira. A proposta criada inicia com a ideia de unificação dos cargos de Agente e Escrivão no cargo único de Oficial de Polícia Federal. Conforme Proposta de Reestruturação de Cargos da Carreira Policial Federal (2014, p. 53):

[…] propõe-se que a reestruturação inicial dos cargos policiais federais contemple a unificação dos cargos de Agente de Polícia Federal e Escrivão de Polícia Federal, medida que promoverá a racionalização de atividades internas, com prioridade nas atividades-fim preventiva e investigativa, visando a otimização de seus serviços que resultem na obtenção de resultados mais eficazes e efetivos para a sociedade. Uma dessas medidas é a reestruturação dos cargos de Escrivão e Agente, unificando-os sob a nova denominação de Oficial de Polícia Federal.

Posteriormente, a proposta de reestruturação define que seria formado um cargo único inicial, o cargo de Policial Federal. Conforme Proposta de Reestruturação de Cargos da Carreira Policial Federal (2014, p. 77):

[…] Chama a atenção para a criação de um cargo para se posicionar na base da carreira, aqui com a denominação “Policial Federal”. A despeito do nome que venha se fixar, esse cargo cumpre o requisito de “cargo inicial” para o cumprimento constitucional de carreira. Esse cargo será provido apenas por meio de concurso público, em cumprimento ao mandamento do artigo 37 da Constituição Federal de 1988. Em nenhum outro cargo subsequente haverá concurso, sob pena de

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descaracterizar a estrutura de carreira, e consequentemente descumprir a Constituição vigente.

Corroborando com a ideia da unificação da carreira, a Federação Nacional do Policiais Federais (FENAPEF) publicou em seu website artigo a respeito da eficiência da carreira única na Polícia Rodoviária Federal. Nele são exaltadas qualidades e benefícios que poderiam ser estendidos à Policia Federal, caso sua carreira fosse unificada. Foi exposto que a unificação da carreira da Polícia Federal encontra grande resistência por parte dos Delegados Federais, que querem fazer parte de uma carreira jurídica, juntamente com juízes e promotores.

Nas searas estaduais, há também movimentos que discutem a unificação da carreira das Polícias Militares dos estados. Dentre várias propostas, a mais difundida é a que permite que um servidor possa ingressar na instituição no posto mais baixo e poder progredir na carreira até chegar aos postos de Oficiais.

A Federação Nacional de Entidades de Oficiais Militares Estaduais – FENEME publicou em nota técnica que considera a carreira única nas Polícias Militares incompatível na seara jurídica. Ela vê inconstitucionalidade na progressão da carreira sem a realização de concurso público, o que impediria que um soldado ascendesse para os postos de oficialato, além de outros aspectos que vão de encontro a leis infraconstitucionais, como a promoção ao grau hierárquico superior quando da reserva, por exemplo. (NOTA TÉCNICA DA FEDERAÇÃO NACIONAL DE ENTIDADES DE OFICIAIS MILITARES ESTADUAIS – FENEME, 2015, p. 1-2).

Em acréscimo, a Nota Técnica da Federação Nacional de Entidades de Oficiais Militares Estaduais – FENEME (2015, p. 5) conclui:

[…] parece que o pano de fundo da proposição [da carreira única] não é a cidadania ou a melhoria no serviço público, e sim, a questão salarial, com outra roupagem, que se for viabilizada acarretará em grave prejuízo à sociedade brasileira, porquanto a gestão superior dos órgãos de segurança pública sofrerá retrocesso e irreversível mudança.

Contrapondo à ideia de não unificação da carreira da Polícia nos estados, há autores que defendem a criação da carreira única. Segundo Moraes (2012):

É urgente, portanto, uma mudança de paradigma organizacional nas estruturas funcionais dos órgãos de segurança pública. Não se realizará um serviço público policial verdadeiramente eficiente enquanto houver concurso para chefe. Este deve ser nascer da base, forjado na experiência e na qualidade técnica observada com critérios objetivos. É preciso a instituição da meritocracia objetiva no serviço público policial.

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Em seu artigo, segundo Moraes (2012), é juridicamente possível que seja extinguida a atual carreira da Polícia Civil e seus respectivos cargos, criando-se uma nova carreira única, bastando verificar a compatibilidade funcional e remuneratória, além da equivalência dos requisitos exigidos em concurso público.

No meio internacional, nos estados Norte Americanos, existe a Highway Patrol (patrulha rodoviária). Parte integrante dessa instituição, o Highway Patrol Officer (oficial de patrulha rodoviária) é um agente policial cujas principais responsabilidades são garantir a segurança das pessoas nas rodovias e estradas estatais. Eles aplicam as leis de trânsito, redigem relatórios, efetuam prisões e auxiliam motoristas envolvidos em acidentes. Basicamente têm atribuições semelhantes às da Polícia Rodoviária Federal brasileira.

Muitas polícias estaduais americanas recebem o nome de patrulha rodoviária, ou seja, além de exercer as funções de investigação criminal e aplicação da lei realizam o patrulhamento rodoviário, isto é, uma polícia estadual pode ser uma polícia rodoviária e vice-versa.

Na carreira do Highway Patrol Officer há a possibilidade de avanço entre os cargos, portanto, dependendo do desempenho do agente e do resultado das avaliações a que ele se submete, o oficial pode progredir profissionalmente. Conforme o site Study.com (2017), que reúne informações a respeito de diversas carreiras além de disponibilizar materiais de estudo:

Os oficiais estaduais de patrulha da rodovia podem avançar para cabo, sargento, tenente e capitão. O avanço pode depender do desempenho do trabalho realizado e quão bem forem os resultados em testes escritos. Departamentos de polícia maiores podem ter mais oportunidades para que seus oficiais de patrulha estadual avancem para o detetive ou até mesmo que eles se especializem em uma área específica do trabalho da polícia [traduzido pelo autor].

As estruturas de graduações nas Polícias Estaduais Americanas dependem de cada estado. Os níveis iniciais geralmente são Recruit (recruta), Trooper (soldado) e Cadet (Cadete). Dessa maneira, contata-se que a carreira de um Highway Patrol Officer pode ser considerada única, pois mesmo havendo hierarquia definida de graduações na instituição, há a possibilidade de progressão e avanço entre as funções.

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3 APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

Para que o trabalho de conclusão de curso fosse finalizado com sucesso, houve a necessidade de realizar um questionário a respeito da Carreira Única da Polícia Rodoviária Federal (PRF) e divulgá-lo ao seu efetivo.

Dessa maneira, mediante autorização oficial do Órgão, esse questionário foi difundido a todo o efetivo profissional da PRF por meios digitais. Visando à celeridade na obtenção das respostas, foram escolhidos como meios de divulgação do questionário o e-mail, o aplicativo de mensagens WhatsApp e a rede social Facebook. Grupos desse aplicativo e dessa rede social exclusivamente institucionais foram utilizados, cujos somente policiais do efetivo profissional da PRF fazem parte.

Durante o planejamento da metodologia, foi proposto a princípio que essas questões seriam oferecidas a um total de 100 servidores policiais da PRF. Por meio da plataforma online Comentto, utilizada por pequenas e grandes corporações para gestão de pesquisas, foi calculado que, num universo de mais de cerca de 10.000 servidores ativos da PRF, o tamanho recomendado para a amostra da pesquisa seria de 62 pessoas (levando em conta um erro amostral de 10%). Porém, como 292 servidores responderam o questionário, o erro amostral foi diminuído para 5%. A pesquisa resultou com nível de confiança de 95% com distribuição da população classificada como mais homogênea – pois são membros de uma mesma instituição.

Nos itens da pesquisa foram questionados nome (que, para proteger a identidade dos participantes, não será divulgado no presente trabalho), idade, há quanto tempo o sujeito trabalha/trabalhou na PRF e se ele ocupa algum cargo de chefia. Foi questionado como o policial classifica a carreira única da PRF, se ele a aprova ou não, além de aspectos referentes às relações de trabalho entre os servidores, desempenho individual, comprometimento e capacidade de liderança. Foi indagado também se o entrevistado já fora humilhado ou desrespeitado por outro policial de classe/padrão superior. Finalizando as questões, foi deixado em aberto um espaço para que o servidor expusesse a sua opinião a respeito da carreira única da Polícia Rodoviária Federal.

Quanto às idades dos servidores entrevistados, participaram em maior quantidade os servidores com idade de 31 a 40 anos (56,8%) e de 41 a 50 anos (28%). Quanto ao tempo de trabalho na instituição, obteve-se o resultado maior de servidores que trabalharam 5 anos ou menos na PRF. A pesquisa apontou também que 18,8% dos entrevistados ocupam algum cargo de chefia na PRF.

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Gráfico 1 – Qual a sua idade?

Fonte: Elaboração do autor, 2017.

Gráfico 2 – Há quanto tempo trabalha/trabalhou na PRF?

Fonte: Elaboração do autor, 2017.

Gráfico 3 – Você ocupa algum cargo de chefia na PRF?

Fonte: Elaboração do autor, 2017. 11,6% 56,8% 28,1% 2,7% 0,7% 30 anos ou menos De 31 a 40 anos (inclusive) De 41 a 50 anos (inclusive) De 51 a 60 anos (inclusive) 61 anos ou mais 50,0% 8,2% 27,1% 4,5% 10,3% 5 anos ou menos De 6 a 10 anos (inclusive) De 11 a 15 anos (inclusive) De 16 a 20 anos (inclusive) 21 anos ou mais 237 81,2% 55 18,8% Sim Não

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Na pergunta sobre como o servidores consideram a carreira única da PRF, estando todos os policiais ocupando o mesmo cargo de Policial Rodoviário Federal, 68,2% dos entrevistados apontaram como ótima a carreira e 23,6% como boa. Somando os resultados dos que consideram a carreira regular, ruim ou péssima, chegou-se no resultado de apenas 8,2%. Este resultado positivo mostra que a massiva maioria dos policiais vê a carreira única como ponto positivo na PRF.

Gráfico 4 – Como você classifica a Carreira Única na PRF (com todos os servidores ocupando o mesmo cargo de Policial Rodoviário Federal)?

Fonte: Elaboração do autor, 2017.

No quesito aprovação da carreira, 72,3% aprovam totalmente, 22,6% aprovam parcialmente. Somando os resultados dos que são indiferentes, dos que desaprovam parcialmente e dos que desaprovam totalmente, tem-se um resultado de apenas 5,2%, o que demonstra que a grande maioria do efetivo aprova sua carreira estruturada em cargo único. Gráfico 5 – Pergunta: Você aprova a estrutura de Carreira Única da PRF?

Fonte: Elaboração do autor, 2017. 68,2% 23,6% 5,8% 2,1% 0,3% Ótima Boa Regular Ruim Péssima 72,3% 22,6% 0,7% 3,8% 0,7% Aprovo totalmente Aprovo parcialmente Sou indiferente Desaprovo parcialmente Desaprovo totalmente

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Na pesquisa, destacam-se alguns dos comentários positivos sobre a carreira da PRF (os nomes dos autores dos comentários foram preservados): “Excelente modelo de carreira, onde todo policial tem a chance de executar desde os serviços operacionais do posto até as atribuições de Diretor-Geral.”, “É um exemplo a ser seguido pelos demais órgãos de segurança pública nacionais (...)”, “Sem dúvida é a melhor polícia pra trabalhar(...)”, “Uma realidade diferenciada e muito proveitosa”, “Modelo de carreira de primeiro mundo, exemplo a ser seguido por outras instituições”.

Alguns policiais destacaram que a carreira única pode ser considerada como fator decisivo que pode atrair na escolha da profissão de Policial Rodoviário Federal. Alguns dos comentários que endossam essas opiniões: “Eu diria que a carreira única é hoje um dos principais atrativos para quem quer entrar na PRF.”, “É o diferencial da carreira. O que a torna atrativa.”, “Torna um dos fatores atrativos para o cargo”.

Dentre a coleta de dados, um dos pontos que se destacaram foi a avaliação da carreira única da PRF no tocante às relações de trabalho. Um dos objetivos da pesquisa era avaliar se a carreira única melhora ou piora as relações de trabalho. Respondendo a essa pergunta, 70,2% dos servidores participantes da pesquisa apontaram que a carreira única melhora muito as relações de trabalho. Complementando, 21,6% disseram que o cargo único melhora um pouco, 3,8% classificaram como indiferente, 4,1% disseram que piora um pouco e 0,3% que piora muito. Assim, mais de 90% do efetivo entrevistado da PRF aponta que o cargo único melhora as relações de trabalho.

Gráfico 6 – Sobre as relações de trabalho, o cargo único...

Fonte: Elaboração do autor, 2017.

Por outro lado, quanto ao desempenho individual, a pesquisa apontou um resultado equilibrado. 33,1% disseram que o cargo único aumenta muito o desempenho, 26,2%

70,2%

21,6% 3,8% 4,1% 0,3%

Melhora muito as relações Melhora um pouco as relações É indiferente

Piora um pouco as relações Piora muito as relações

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disseram que aumenta um pouco, 31% disseram ser indiferente. Apenas 8,6% disseram que o desempenho individual diminui um pouco e 1% disse que diminui muito. Considerando a margem de erro de 5%, não houve maioria entre os que avaliam que o cargo único aumenta muito ou aumenta pouco o desempenho individual ou, ainda, que acham ser indiferente. Gráfico 7 – Sobre o desempenho individual do servidor, o cargo único…

Fonte: Elaboração do autor, 2017.

Diversas opiniões esclareceram que o cargo único por si só não influencia no desempenho individual de cada servidor, carecendo o setor público de instrumentos capazes de incentivar os resultados individuais. Comentário a respeito: “eventualmente falta uma forma de cobrança para alguns colegas que não querem trabalhar”. Outras opiniões a respeito do desempenho do servidor:

Se por um lado a carreira única oportuniza a ascensão hierárquica de servidores mediante meritocracia, por outro estimula àqueles que não querem produzir a continuar nada fazendo, ou seja, a carreira única por si só oportuniza o servidor trabalhar conforme sua própria vontade.

A produtividade depende de ferramenta de gestão e não está relacionada diretamente ao cargo único. A instituição está viciada em questionar os parâmetros e não em alcançá-los, se por um lado é bom pra aprimorar o que é estabelecido por outro é ruim pois se o servidor não tem necessidade da produtividade para avaliar seu desempenho tanto faz o parâmetro estabelecido pois será sempre da "instituição" e não dele.

Quanto ao comprometimento dos servidores, foi questionado se a Carreira Única influencia nesse quesito. Entre os participantes da pesquisa, 33,6% disseram que a Carreira Única aumenta muito o comprometimento, 30,5% apontaram que ela aumenta um pouco, 25,7% dizem se indiferente. Apenas 8,9% disseram que o cargo único diminui um pouco o comprometimento e 1,4% que diminui muito.

33,1%

26,2%

31,0% 8,6%

1,0% Aumenta muito o desempenho

Aumenta um pouco o desempenho

É indiferente

Diminui um pouco o desempenho

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Gráfico 8 – Sobre o comprometimento do servidor com a PRF, o cargo único…

Fonte: Elaboração do autor, 2017.

Novamente, assim como o desempenho individual, não pôde-se aferir que o cargo único por si só causa maior comprometimento no servidor, porém, muitos expressaram suas opiniões que fomentam que a carreira única pode dar autonomia e motivação para aqueles policiais comprometidos com a instituição e desburocratizar serviços:

Estimulo a trabalhar de forma a manter um alto nível de desempenho, de forma a colaborar com o todo da Instituição, sem a necessidade de chefia de hierarquia superior supervisionado o trabalho diário e de forma presencial.

A carreira única influi diretamente nos resultados do serviço, de modo que o policial possui maior discricionariedade nas decisões, potencializando processos qualitativa e quantitativamente. Acredito que, ao contrário de regimes militares, na unicidade de carreira, o agente, por ter maior autonomia, sinergicamente sente-se motivado e prestativo para o trabalho.

A respeito da capacidade de liderança, a pesquisa apontou que 32,9% do efetivo acha que o cargo único a aumenta muito, 29,8% afirmou que a carreira única aumenta um pouco a liderança, 21,6% acha que o fato influencia de maneira indiferente, 11,3% afirmam que o cargo único diminui um pouco a liderança e 4,5% que diminui muito.

Gráfico 9 – Sobre a capacidade de liderança, o cargo único…

Fonte: Elaboração do autor, 2017. 33,6% 30,5% 25,7% 8,9% 1,4% Aumenta muito o comprometimento Aumenta um pouco o comprometimento É indiferente Diminui um pouco o comprometimento Diminui muito o comprometimento 32,9% 29,8% 21,6% 11,3% 4,5%

Aumenta muito a liderança Aumenta um pouco a liderança É indiferente

Diminui um pouco a liderança Diminui muito a liderança

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Algumas opiniões ressaltaram o fato da baixa transparência e do caráter político na distribuição dos cargos de chefia:

Entendo que a carreira única e muito boa, porém a forma de distribuição das funções não acho adequada. Entendo que deveria haver uma ascensão funcional dentro da carreira única não apenas na questão salarial, mas também na questão da gestão. Entendo que os cargos e, em especial, as funções deveriam ser através de processo seletivo interno e não por indicação. Assim, todos poderiam ascender à gestão mas por merecimento e preparo e não por mera indicação e essas vagas de ascensão ser distribuída nas classes. Criar outros cargos dentro de uma carreira única seria o ideal […]

Creio que precisa de parâmetros mais claros e alguns critérios objetivos pra assumir funções. Na teoria a carreira única seria muito boa, porém na prática o que tenho visto são chefes sem qualquer qualificação para o cargo. Ocupam o cargo por apadrinhamento político ou por simplesmente nenhum servidor querer ocupar um cargo de chefia. A perseguição, assédio moral, com a carreira única se torna velada, o que é tão perigosa quanto a perseguição explicita. Pelo fato de hoje um servidor poder ser chefe e amanhã ser "rebaixado", faz com que os ocupantes desses cargos busquem se manter nele a qualquer custo. A carreira única só teria chance de funcionar se existisse exigência de qualificação intelectual miníma.

Na relação de perguntas, foi questionado se o sujeito já havia sido humilhado ou desrespeitado por PRF de Classe/Padrão superior e 26,4% responderam que sim, contra 73,6% que disseram que nunca foram.

Gráfico 10 – Você já foi humilhado ou desrespeitado por PRF de Classe/Padrão superior?

Fonte: Elaboração do autor, 2017.

Apesar de a carreira única poder ensejar igualdade entre os servidores, proporcionando uma melhor relação de trabalho, ainda há servidores que se aproveitam de suas funções de chefia ou do maior tempo de serviço para humilhar aqueles que julgam ser inferiores. Como opiniões a respeito: “infelizmente, alguns chefes ainda não se deram conta da instituição de carreira única na PRF e se acham superiores aos demais.”, “apesar de ser

26,4%

73,6%

Sim Não

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carreira única a PRF dá muito poder para os chefes permitindo que estes vedem permutas sem justificar de forma apropriado, podendo influenciar negativamente a vida dos funcionários.”.

Por outro lado, o número de PRFs que já foram humilhados ou desrespeitados (26,4%) é muito pequeno se comparado à pesquisa realizada pelo Centro de Pesquisas Jurídicas Aplicadas - CPJA, da Escola de Direito da Fundação Getúlio Vargas em São Paulo e pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, em parceria com a SENASP (2014), na qual foi constatado que 59,6% dos membros da segurança pública foram humilhados ou desrespeitados por superior hierárquico.

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4 CONSIDERAÇÕES FINAIS

A Polícia Rodoviária Federal estruturou sua carreira num cargo único, ou seja, todos os integrantes operacionais desse Órgão são ocupantes do cargo de Policial Rodoviário Federal. O cargo é organizado em classes e padrões, sendo que cada classe possui suas atribuições constituídas em lei, mas sem segregar ou tornar linear em demasia a carreira. Buscou-se pesquisar acerca do tema para desvendar quais são as vantagens e desvantagens da carreira única para o Órgão, avaliando a influência que ela pode causar no desempenho do servidor, na capacidade de liderança assim como nas relações de trabalho.

Foi apresentado um breve histórico a respeito da Polícia Rodoviária Federal, com todas as suas transições e transformações. A carreira da PRF foi explanada com toda a sua estruturação e progressões de classes e padrões. Além de serem abordados conceitos de hierarquia e disciplina como virtudes que formam a base de sistemas militarizados, mas, que se utilizadas de forma equivocada, podem trazer consequências deletérias para os integrantes desses sistemas.

Estratégias de gestão de pessoas foram abordadas como forma de demonstrar quais deveriam ser as mais utilizadas em numa carreira de cargo único. A carreira única permite que a estratégia de comprometimento seja desempenhada com mais facilidade, haja a vista a hierarquização menor da instituição, oportunizando que decisões em equipe possam ser tomadas.

Buscou-se uma variedade de conteúdos externos à carreira da PRF como forma de apanhar referenciais teóricos e motivacionais para a conclusão da pesquisa. Opiniões fundamentadas de autores contrários às propostas de reestruturação de carreiras de instituições públicas – como Polícia Federal, Polícias Civis e Militares dos estados – foram expostas assim como opiniões a favor. Além da busca de parâmetros comparativos internacionais a respeito das carreiras. Assim, foi dada a oportunidade ao leitor do presente trabalho formar a sua opinião a respeito do tema.

Analisando o resultado final da pesquisa, pôde-se notar que a maioria dos servidores da Polícia Rodoviária Federal aprova sua carreira de cargo único, classificando-a como ótima ou boa. Concluiu-se que o cargo único por si só não aumenta ou diminui o desempenho individual ou o comprometimento do policial com a instituição, assim como não afeta positivamente ou negativamente a capacidade de liderança. Instrumentos de gestão podem ser aperfeiçoados e melhor utilizados pois podem ser capazes de propiciar melhor qualidade de vida para o servidor, motivando-o a ser um profissional melhor.

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Por meio das opiniões escritas dos entrevistados a respeito do tema, pôde-se perceber a autonomia que o cargo único permite ao servidor, pois ele não estará sempre dependente das ordens de um superior hierárquico, podendo tomar suas próprias decisões, preferencialmente, junto com sua equipe de trabalho. Além disso, o cargo único provou-se ser um importante quesito a ser levado em conta durante a escolha da profissão de potenciais servidores da PRF.

Como em qualquer setor público, há pontos deletérios que merecem destaque, como a baixa transparência e a indicação não-meritocrática para cargos de chefia, o que possibilita que servidores com pouca capacidade profissional ocupem setores que deveriam ser estratégicos para o melhor desempenho da instituição.

Por fim, o resultado mais expressivo da pesquisa trata-se do aspecto das relações profissionais. A carreira única, com todos os servidores ocupando o mesmo cargo, não mostrou ser um obstáculo para a boa gestão. A possibilidade de qualquer servidor, independentemente de nível de classe ou padrão, se tornar chefe mostra a dinâmica moderna da PRF, segundo alguns autores e servidores, modelo de carreira a ser difundido para outras instituições.

Assim, o leitor do presente trabalho de conclusão de curso, tendo adquirido conhecimento a respeito do histórico da PRF, da sua carreira, de estratégias de gestão que podem ser utilizadas, da hierarquia e da análise comparativa com outras instituições, poderá construir a sua opinião a respeito da carreira única na Polícia Rodoviária Federal, se ela traz vantagens ou desvantagens para a Instituição e para a sociedade como um todo, já que é o cidadão quem deve receber os maiores benefícios que um cargo único pode proporcionar a uma Instituição.

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circulação internacional de automóveis, no território brasileiro e para a sinalização, segurança do trânsito e polícia das estradas de rodagem. Disponível em:

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(35)

STUDY.COM. State Highway Patrol Officer: Education Requirements & Career Info. Disponível em: <http://study.com/articles/Be_a_State_Highway_Patrol_Officer

(36)

APÊNDICE A – Questionário para coleta de dados

Breve questionário. Pesquisa sobre a Carreira Única da PRF.

Os resultados coletados servirão para desenvolvimento do Trabalho de Conclusão de Curso do Curso de Gestão Integrada da Segurança Pública da Universidade do Sul de Santa Catarina. 1- Nome (não será divulgado): __________________________________________________ 2- Qual sua idade?

( ) Até 30 anos

( ) mais de 30 até 40 anos ( ) mais de 40 até 50 anos ( ) mais de 50 até 60 anos ( ) mais de 60 anos

3 - Há quantos tempo trabalha/trabalhou na PRF? ( ) Até 5 anos

( ) mais de 5 até 10 anos ( ) mais de 10 até 15 anos ( ) mais de 15 até 20 anos ( ) mais de 20 anos

Ocupa algum cargo de chefia? ( ) Sim ( ) Não

Como você classifica a Carreira Única na PRF (com todos os servidores ocupando o mesmo cargo de Policial Rodoviário Federal)?

( ) Ótima ( ) Boa ( ) Regular ( ) Ruim ( ) Péssima

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Você aprova a estrutura de Carreira Única da PRF? ( ) Aprovo totalmente ( ) Aprovo parcialmente ( ) Indiferente ( ) Desaprovo parcialmente ( ) Desaprovo totalmente

Sobre as RELAÇÕES DE TRABALHO, o cargo único... ( ) Melhora muito as relações

( ) Melhora um pouco as relações ( ) É indiferente

( ) Atrapalha um pouco as relações ( ) Atrapalha muito as relações

Sobre o DESEMPENHO INDIVIDUAL do servidor, o cargo único… ( ) Aumenta muito o desempenho

( ) Aumenta um pouco o desempenho ( ) É indiferente

( ) Diminui um pouco o desempenho ( ) Diminui muito o desempenho

Sobre o COMPROMETIMENTO DO SERVIDOR com a PRF, o cargo único… ( ) Aumenta muito o comprometimento

( ) Aumenta um pouco o comprometimento ( ) É indiferente

( ) Diminui um pouco o comprometimento ( ) Diminui muito o comprometimento

Sobre a CAPACIDADE DE LIDERANÇA, o cargo único… ( ) Aumenta muito a liderança

( ) Aumenta um pouco liderança ( ) É indiferente

( ) Diminui um pouco a liderança ( ) Diminui muito a liderança

(38)

Você já foi humilhado ou desrespeitado por PRF de Classe/Padrão superior? ( ) Sim

( ) Não

Você gostaria de deixar a sua opinião a respeito da carreira única da PRF?

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Referências

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