• Nenhum resultado encontrado

Desnutrição na Infância

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "Desnutrição na Infância"

Copied!
33
0
0

Texto

(1)

Desnutrição na Infância

Conceito: É a conseqüência, para o

organismo, do déficit de nutrientes*.

*

Nutriente é toda substância indispensável ao

(2)

Desnutrição na Infância

Prevalência alta principalmente nos

países subdesenvolvidos e em

desenvolvimento;

Representa 29% das causas de óbito em

crianças abaixo de 4 anos nos países em

desenvolvimento;

Acomete 30 % das crianças menores que

5 anos em todo mundo (principalmente

(3)

Desnutrição na Infância

Fatores associados:

 Baixo nível sócio-econômico;  Desajustamento familiar;

 Saneamento básico inadequado;  Baixo peso ao nascer;

 Fraco vínculo mãe-filho;

 Abandono ao aleitamento materno;  Baixa escolaridade.

(4)

Desnutrição na Infância

Classificação:

1)Específica: Quando falta um

nutriente específico. Ex: anemia

ferropriva, escorbuto, raquitismo.

2)Global: Quando é caracterizada

por um déficit protéico e um déficit calórico

(energético). Ex: Desnutrição

(5)

Desnutrição na Infância

Classificação:

1)Primária: Oferta inadequada de

alimentos (déficit de ingestão)

2)Secundária: Alimentos fornecidos de

maneira satisfatória mas com

aproveitamento inadequado. Ex:

vômitos na estenose hipertrófica do

piloro, síndrome de má absorção.

(6)

Desnutrição na Infância

Classificação Antropométrica:

Critério de Gómez:

 SBP- crianças até 2 anos

 Índice: peso / peso ideal (P / I)  (P / I): Peso x 100 / Peso ideal

(7)

Desnutrição na Infância

Critério de Gómez:

 Eutrófico: P / I > 90% do p50;

 Desnutrição I grau: P / I 76% - 90% (déficit de peso de 10% a 24%);

 Desnutrição II grau: P / I 60% - 75% (déficit de peso de 25% a 40%);

 Desnutrição III grau: P / I < 60% (déficit de peso superior a 40%).

(8)

Desnutrição na Infância

Classificação Antropométrica:

Critério de Waterlow / Batista:

 SBP – Crianças de 2 a 10 anos;

 Índice Estatura/Idade (E-I): Estatura x 100 / Estatura ideal para a idade (p50 do NCHS);

 Índice Peso/Estatura (P-E): Peso x 100 / Peso ideal para a estatura encontrada (NCHS)

(9)

Desnutrição na Infância

Critério de Waterlow / Batista:

 Eutrófico: E/I > 95% e P/E > 90% do p50;

 Desnutrido agudo (wasted): E/I > 95% e P/E < 90% do p50;

 Desnutrido crônico (wasted and stunted): E/I < 95% e P/E < 90% do p50;

 Desnutrido pregresso (stunted): E/I < 95% e P/E > 90% do p50.

(10)

Desnutrição na Infância

Alterações Gastrintestinais

 Mastigação e deglutição prejudicadas;  Atrofia da mucosa gástrica;

 Diminuição das secreções gástricas e pancreáticas;  Diminuição da síntese de sais biliares e de sua

conjugação;

 Deficiência de enzimas digestivas – lactase*;  Má absorção de carboidratos e lipídeos,

principalmente;  Diarréia.

(11)

Desnutrição na Infância

Alterações Metabólicas:

 Metabolismo 70% do normal;

 Absorção comprometida, menos acentuada para as proteínas;

 Esteatorréia;  Hipoglicemia.

(12)

Desnutrição na Infância

Alterações Hidroeletrolíticas:

 Hipotonicidade extracelular;

 Hiponatremia (com aumento do Na intracelular);

 K sérico normal ou baixo;

 Eletrólitos intracelulares: K, Mg e P diminuídos;

 Tendência à acidose metabólica, às vezes alcalose metabólica, nas deficiências graves de K.

(13)

Desnutrição na Infância

Alterações Imunológicas:

 Redução da imunidade celular;  Alterações dos linfócitos T;

 Alterações funcionais das imunoglobulinas;  Redução da capacidade de opsonização;

 Deficiência de aminoácidos específicos (arginina e glutamina);

 Carência de vitaminas associadas ( A,E,C e B6);  Maior predisposição a infecções.

(14)

Desnutrição na Infância

Alterações do Sist. Nervoso Central:

 Alterações da função cerebral e de aprendizagem;

 Privação de estímulos;

 Deficiências associadas: Ferro, ác. graxos essenciais, vit. E.

(15)

Desnutrição na Infância

Alterações Musculares:

 Perda de massa muscular;

 Alteração permanente da massa muscular;

 Dificuldades futuras de recomposição normal da massa muscular.

(16)

Desnutrição na Infância

Alterações Endócrinas:

 Redução da secreção de insulina;

 Aumento da secreção de glucagon e de epinefrina;

 Liberação de cortisol;

 Resistência periférica à insulina;

 Estímulo de secreção do hormônio de crescimento.

(17)

Desnutrição na Infância

Alterações Cardiovasculares:

 Redução do débito cardíaco;  Redução do volume sistólico;

 Alterações da bomba cardíaca pela própria deficiência de vitaminas e de oligoelementos;  Bradicardia, hipotensão;

 Insuficiência cardíaca na recuperação nutricional.

(18)

Desnutrição na Infância

Formas Clínicas:

Desnutrição Grau III – Desnutrição

Protéico-Calórica:

 Kwashiorkor;  Marasmo;

(19)

Desnutrição Protéico-Calórica

Kwashiorkor

 Afeta crianças acima de 2 anos (principalmente 2 e 3 anos);

 Carência mais protéica do que energética;  Tecido celular subcutâneo preservado;

 Apatia mental;

 Lesões de pele (seca, fria, áspera, sem brilho,

eritema, descamação, fissuras lineares e flexurais);  Grande emagrecimento do tórax e de segmentos

(20)

Desnutrição Protéico-Calórica

Kwashiorkor

 Edema (principal achado);

 Alterações dos cabelos: Finos, secos, quebradiços, “sinal da bandeira”(faixas de coloração clara e

escura);

 Unhas finas, quebradiças, sem brilho;

 Mucosas: “Língua careca”, retração das gengivas, lábios rachados;

 Hepatomegalia (esteatose hepática);  Hipoalbuminemia

(21)

Desnutrição Protéico-Calórica

Marasmo

 Crianças menores de 1 ano (lactentes);  Deficiência de calorias e de proteínas;  Emagrecimento seco;

 Fácies senil;

 Perda do tecido celular subcutâneo e muscular;  Cabelos escassos e finos;

 Ausência de lesões de pele;

 Ausência de esteatose hepática;  Albumina geralmente normal.

(22)

Desnutrição Protéico-Calórica

Kwashiorkor-Marasmático

 Forma mista;

 Crianças entre 1 e 2 anos;

 Perda de tecido celular subcutâneo;  Edema de extremidades.

(23)

Desnutrição Protéico-Calórica

Critério simplificado (Marcondes)

Marasmo Kwashiorko Mista

Edema Não Sim Variável

Dermatose Não Sim Variável

Alt. Cabelo Não Sim Variável

Hepatome-galia

(24)

Desnutrição Protéico-Calórica

Tratamento (tratamento inicial-estabilização ):

1. Tratar hipoglicemia;

2. Prevenir/tratar hipotermia;

3. Tratar desidratação, distúrbios hidroeletrolíticos e choque séptico;

4. Tratamento dietético;

5. Tratar possíveis infecções;

6. Correção de deficiências de micronutrientes; 7. Anemia muito grave (hematócrito <12%);

(25)

Desnutrição Protéico-Calórica

Tratamento Dietético:

Fase de estabilização:

 Evitar superalimentação e sobrecarga hídrica;  Oferta hídrica: 100-130 ml/kg/dia;

 Oferta protéica: 1,5 g/kg/dia;  Lactose a 1,3%;

 F75 (OMS)/ Formas isentas de lactose/ hidrolisado protéico.

(26)

Desnutrição Protéico-Calórica

Critérios para transferir para um centro de reabilitação:

 Criança comendo bem;  Melhora do estado mental

 Senta, engatinha, anda (depende da idade);  Temperatura normal (36,5-37,0Cº);

 Sem vômitos ou diarréia;  Sem edema;

 Ganho de peso: >5g/kg de peso por dia por 3 dias sucessivos.

(27)

Desnutrição Protéico-Calórica

Tratamento Dietético:

Fase de Reabilitação:

 Oferta calórica: 150-200 Kcal/kg/dia;  Oferta protéica: 4-6 g/kg/dia;

 F100 (OMS);

(28)

Desnutrição Protéico-Calórica

Micronutriente  Multivitaminas  Ferro  Zinco  Cobre  Ác. Fólico

Reposição diária Dobro 3 mg/kg 2 mg/kg 0,2 mg/kg 1 mg/kg

(29)

Desnutrição Protéico-Calórica

Suplementação de Vit. A

Idade:

 < 6 meses – 1 cápsula;  6 a 12 meses – 2 cápsulas;  1 a 5 anos – 4 cápsulas.

(30)

Desnutrição Protéico-Calórica

Critérios para alta de cuidado não hospitalar:

Criança: 1. Peso ≥ 90% do P50 NCHS/OMS;

2. Comendo quantidade adequada de dieta que a mãe pode dar em casa;

3. Ganhado peso a uma velocidade normal ou adequada;

4. Todas as infecções e outras condições tratadas foram ou estão sendo tratadas (anemia, diarréia, parasitoses, malaria,

tuberculose, e otite média); 5. Começou o programa de imunização.

(31)

Desnutrição Protéico-Calórica

Critérios para alta de cuidado não hospitalar:

Mãe (responsável):

1. Capaz e desejosa de cuidar do filho;

2. Sabe como preparar alimentos apropriados e como alimentar a criança;

3. Sabe fazer brinquedos apropriados e sabe brincar com a criança;

4. Sabe como fazer o tratamento domiciliar para

diarréia, febre e infecções respiratórias agudas, e como reconhecer os sinais que ela deve buscar assistência médica.

(32)

Desnutrição Protéico-Calórica

Por fim deve-se fazer acompanhamento

da criança após a alta (1 semana, 2

semanas, 1 mês e seis meses)*.

Acompanhar de 6 em 6 meses até criança

completar 3 anos.

(33)

Fim

Muito obrigada pela atenção e

pela paciência.

Referências

Documentos relacionados

para romper os limites do âmbito doméstico, bem como de sobrepor-se à palavra feminina do interior do oikos. Vale a ressalva de que apenas após sobrepor-se à sua mãe,

Agora vamos falar da partilha judicial, que trata de uma ação que o juiz deverá decidir como será dividido o patrimônio, pois os herdeiros não se afinaram chegando a um acordo

A produtividade do erval foi estimada em três sistemas de colheita: em sistema anual, em sistema bienal (Bienal 1) e em sistema intercalado, onde cada metade do erval é colhida a

associados associados associados associados não associados não associados não associados não associados preço preço preço preço 250€ 305€ 365€ 95€ 120€

Tecnologia em

Este pode ter características de controle de corrente (mantendo a corrente de alimentação dos LEDs constante) ou características de controle de tensão (mantendo a

10.1- Do Campus UFV-Florestal para o Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais – CEFET-MG, Campus Nepomuceno.. 10.1.1- Carlos Antônio

o Para este dia, o candidato deverá ter realizado o seu cadastro no Moodle UFBA, conforme instruções do item 05 do Edital “Inscrição na Plataforma Moodle”, acessar