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FACULDADE CENTRO MATOGROSSENSE CURSO DE AGRONOMIA

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FACULDADE CENTRO MATOGROSSENSE

CURSO DE AGRONOMIA

INCIDÊNCIA E FREQUÊNCIA DE FUNGOS ASSOCIADOS A

SEMENTES DE SOJA, NO NORTE MATO-GROSSENSE, SAFRA

2012-2013

TIELE JANAINA OLIVEIRA

SORRISO – MT

JULHO DE 2013

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FACULDADE CENTRO MATOGROSSENSE

CURSO DE AGRONOMIA

INCIDÊNCIA E FREQUÊNCIA DE FUNGOS ASSOCIADOS A

SEMENTES DE SOJA, NO NORTE MATO-GROSSENSE, SAFRA

2012-2013

TIELE JANAINA OLIVEIRA

Monografia apresentada ao Curso de Graduação em Agronomia da FACEM, como parte dos requisitos para obtenção do titulo de Engenheiro Agrônomo sob a orientação do professor Dr. Eder Novaes Moreira.

SORRISO – MT

JULHO DE 2013

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FACULDADE CENTRO MATO-GROSSENSE

CURSO DE AGRONOMIA

FOLHA DE APROVAÇÃO

INCIDÊNCIA E FREQUENCIA DE FUNGOS ASSOCIADOS A SEMENTE DE SOJA, NO NORTE MATO-GROSSENSE, SAFRA 2012-1013.

TIELE JANAINA OLIVEIRA

Monografia defendida e aprovada em 13 de julho de 2013, pela banca avaliadora:

________________________ _________________________ Eder Novaes Moreira Leonardo Almeida Wille Faculdade Centro Mato Grossense Faculdade Centro Mato Grossense

________________________ _________________________

Dárcio Borges Eder Novaes Moreira Faculdade Centro Mato Grossense Coordenador de Agronomia

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DEDICATÓRIA

Dedico esta monografia a Deus e aos meus pais, Simone Cecília Oliveira por desde o

momento de meu nascimento ter

acompanhado cada etapa de minha vida e ao meu pai Gilson L. Lima de Oliveira (in memoriam), mesmo não estando junto a nós, acredito que onde ele esteja também estará festejando.

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SUMÁRIO

1.INTRODUÇÃO ... Erro! Indicador não definido.

2.REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ... 3

2.1Semente ... 3

2.2 Estrutura e Germinação da Semente ... 4

2.3 Interferência dos Fungos na semente ... 5

2.4 Fungos na semente ... 8

2.4.1 Colletotrichum dematium f. truncatum (Schwein) ... 8

2.4.2 Fusarium semitectum (Berk & Rav) e Fusarium spp. ... 10

2.4.3 Phomopsis sp. (Sacc) ... 10

2.4.4 Cercospora kikuchii (Matsu & Tomay) Gardner ... 12

2.4.5 Aspergillus ... 12

2.4.6 Corynespora cassiicola (Berk & M.A Curtis) Wei ... 13

3. MATERIAIS E MÉTODOS... 14

4. RESULTADOS E DISCUSSÕES... 16 5. CONCLUSÕES ... Erro! Indicador não definido. 6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ... Erro! Indicador não definido. 7. ANEXOS ... Erro! Indicador não definido.8

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AGRADECIMENTOS

Minha primeira e maior gratidão é a Deus, pela sua misericórdia, bondade e proteção a cada dia de minha vida.

Registro meus agradecimentos a todos os que compartilharam o trilhar de mais um caminho percorrido, contribuindo, direta ou indiretamente, para que eu realizasse esta pesquisa, me auxiliando e dando-me forças nos momentos difíceis.

Agradeço especialmente minha família pelo apoio e aos meus pais, Simone e Hélio, meus exemplos de simplicidade e integridade, pelo apoio incondicional em todos os momentos de minha vida.

Ao Dr. Eder Novaes Moreira, meu “orientador”, que possibilitou aprendizagens únicas, por meio de incentivo, orientação e tempo disponibilizado para concretização deste trabalho durante essa jornada.

Aos meus professores, por tudo que com eles aprendi e por partilharem a construção do meu estudo.

Aos meus amigos, tão jovens, mas tão determinados Diogo, Matheus, Leonardo, Caroline, Vanessa, Alisson, Aldo, Silvana, Maiara, Elias, Francinete, Wesley, Fabrício, Vilmar, Jonas, Cesar, Thelma, pela alegria de viver que vocês me passam, sempre dispostos a ajudar, os quais se tornaram grandes amigos, tenho certeza que serão grandes profissionais.

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LISTA DE FIGURAS

ANEXO A – ESQUEMATIZAÇÃO DO EXPERIMENTO ... 37 ANEXO B – COLÔNIA DE FUNGOS DO EXPERIMENTO ... 38 ANEXO C – PRESENÇA DE FUNGOS NAS SEMENTES ... 38 ANEXO D – PRESENÇA DE FUNGOS DE ARMAZENAMENTO NAS SEMENTES .... ANEXO E - PLAQUEAMENTO DO EXPERIMENTO NO LABORATÓRIO DE

QUÍMICA ... 39 ANEXO F – FUNGOS NAS SEMENTES ... 40

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1 – Incidência de fungos (%) em sementes das cultivares de soja, na região

de Sorriso, MT na safra agrícola de 2012/13. Experimento I – FACEM, Sorriso, MT. 2013. ... 27

Tabela 2 -Incidência de fungos (%) em sementes das cultivares de soja, na região de Sorriso, MT na safra agrícola de 2012/13. Experimento II – FACEM, Sorriso, MT. 2013. ... 28

Tabela 3 – Frequência de ocorrência de fungos em sementes das cultivares de soja

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RESUMO

A presença de fungos fitopatogênicos pode reduzir a capacidade germinativa de um lote de sementes, causar a morte ou transmitir doenças de plântulas. O objetivo do trabalho foi analisar a ocorrência e frequência de fungos associados à sementes de soja, na região de Sorriso – MT. A presença de fungos associados à semente de soja apresentam como principal mecanismo de disseminação e transmissão destes patógenos. Dentre os fungos associados à semente têm-se: Corynespora cassicola, Colletotrichum dematium var. truncata, Cercospora kikuchii, Fusarium semitectum dentre outras, que podem ser transmitidas por sementes e interferir na germinação das mesmas. Deste modo, se torna necessário a identificação dos fungos envolvidos às sementes de soja, para que medidas de manejo sejam tomadas, com objetivo de relatar esses problemas ao agricultor. Portanto, o objetivo do trabalho foi avaliar a incidência e frequência de fungos em lotes de sementes de soja, no Norte Mato-grossense. Os testes de patologia de sementes foram realizados no Laboratório de Fitopatologia da FACEM em Sorriso, MT. Empregou-se o delineamento experimental em DIC, sendo 19 lotes de diferentes cultivares da safra 2012/2013, com quatro repetições de 25 sementes, por amostra. Avaliou-se a porcentagem de fungos associados às sementes e a frequência dos fungos em todas as amostras testadas. O lote das cultivares tardias, apresentaram as maiores incidências de Fusarium spp. (89%), C. dematium var. truncata e demais fungos, caracterizando estes lotes de maior potencial de inóculo associado às sementes. Todos os lotes de cultivares apresentaram níveis de incidência de fungos nas sementes.

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ABSTRACT

The presence of pathogenic fungi can reduce the germination of a seed lot, cause seedling death or transmit diseases to seedlings. The aim of this study was to analyze the occurrence and frequency of fungi associated with soybean seeds in the region of Sorriso - MT. The presence of fungi associated with soybean seed, present as the main mechanism of dissemination and transmission of these pathogens. Among the fungi associated with seed have: Corynespora cassicola, C. dematium var. truncata, kikuchii Cercospora, Fusarium semitectum among others, that can be transmitted by seed germination and interfere with the same. Thus, it becomes necessary for identification of fungi involved soybean seeds, so that management measures are taken, in order to report these problems to the farmer. Thus, the aim of this study was to evaluate the incidence and frequency of fungi in soybean seed lots in northern Mato Grosso. The pathology tests seeds were performed at the Laboratory of Plant Pathology FACEM in Sorriso, MT. We used the experimental design was completely randomized, with 19 lots of different cultivars of the 2012/2013 harvest, with four replicates of 25 seeds to sample. We evaluated the percentage of fungi associated with seeds and frequency of fungi in all samples tested. Lot of late cultivars showed the highest incidence of Fusarium spp. (89%), C dematium var. truncata and other fungi, featuring lots of these higher inoculums potential in the seeds. All lots of cultivars had higher incidence of fungi on seeds.

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1. INTRODUÇÃO

A soja é considerada a oleaginosa mais cultivada do mundo. Um levantamento prevê recordes na produção de grãos e área cultivada na safra de 2012/2013, prevendo um aumento de 80,1 mil a 1,36 milhões de hectares de área plantada, ou seja, um aumento em torno de (+0,2%) a (+2,7%). Além do aumento da área plantada, a produção também deverá alcançar recorde, com em torno dos 177,68 milhões e 182,27 milhões de toneladas de grãos, com um crescimento variando em torno de (+7,2%) a (+10%) de toneladas quando comparadas a safra passada, que chegou aos 165,7 milhões de toneladas (COMPANHIA NACIONAL DE ABASTECIMENTO - CONAB, 2012).

Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE (2012), cerca de 91,1 % do volume da produção de oleaginosas, cereais e leguminosas é de 85% a área colhida em 2012, que é representada por três principais culturas, são elas: o arroz, o milho e a soja. Tem como resultado do levantamento realizado pelo IBGE uma redução da área colhida de arroz em torno dos 13,3 %, porém houve um crescimento de 3,4 % para a soja e de 9,9 % para a cultura do milho.

Um dos fatores primordiais para que a safra obtenha altas produtividades na cultura da soja é a utilização de sementes com qualidade fisiológica, sanitária e genética, tendo como intuito, o adequado estabelecimento da cultura.

A cultura da soja é atacada por diversas doenças fúngicas durante seu desenvolvimento, o que pode prejudicar a qualidade da semente, assim como interferir no rendimento da cultura. Uma semente considerada ideal do ponto de vista sanitário, ou seja, sem contar os outros fatores de interferência na sua qualidade, seria uma semente livre de qualquer organismo indesejável que poderá causar algum dano. Porém, isso nem sempre é possível, pois, a qualidade da semente sofre grande influência das condições ambientais que elas se encontram. Essas condições irão variar de safra para safra (EMPRESA BRASILEIRA DE PESQUISA AGROPECUÁRIA - EMBRAPA, 1997).

A sanidade da semente é essencial para o sucesso desta atividade, pois, a ocorrência de organismos patogênicos poderá atuar como fator limitante para estabilidade da produção, obtenção de produtividade e para o estabelecimento da cultura no campo.

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As sementes atuam como veículos de agentes fitopatogênicos, assumindo um importante papel na disseminação de diversos fungos, originando focos primários de doenças e causam redução na germinação e no vigor (EMBRAPA, 2009).

A avaliação da frequência e da incidência de fungos associados às sementes da soja é de grande relevância. Podendo ocorrer em lotes aleatórios de sementes, onde os patógenos causadores de doenças ocorridas na fase inicial do estabelecimento da cultura, normalmente encontram-se no solo e nas sementes. Esta associação dos fungos com a semente pode disseminar os patógenos a longas distâncias, introduzindo os mesmos em novas lavouras, municípios e estados.

Assim, a detecção da intensidade de fungos na semente de soja pode direcionar o produtor a realizar o tratamento da semente com fungicida específico e dose eficaz, além de contribuir para a tomada de decisões nas escolhas realizadas pelo produtor e os possíveis manejos a serem realizados na fase inicial da cultura.

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2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

2.1 SEMENTE

Dentre os insumos, a semente é o atributo ao qual se deve maior atenção, pois uma semente de má qualidade poderá causar efeitos negativos na produção agrícola, além de ser um veículo de disseminação e sobrevivência de organismos patogênicos (NEERGAARD, 1979).

De acordo com Machado (2010), no desenvolvimento da atividade agrícola há fatores considerados controláveis e outros incontroláveis, sendo estes os medidores seu desempenho. De natureza controlável têm-se os fertilizantes, equipamentos, defensivos, épocas de semeadura, implementos, sementes, dentre outros. A semente é um dos insumos de grande relevância no momento da escolha, certamente por ser um veiculador da codificação genética do material que será implantado na propriedade.

Para que não haja um comprometimento da produção e do mantimento da qualidade da semente, ela deverá estar livre de agentes patogênicos, pois, existem diversas implicações referentes à associação dos agentes patogênicos com as sementes (GOULART, 2004).

A qualidade da semente reflete diretamente na cultura, principalmente em relação ao vigor das plantas, uniformidade da população e ausência de doenças. O não aparecimento de doenças poderá ter como resultado a obtenção de ótima produtividade do material propagativo, tendo como consequência, um aumento da rentabilidade ao produtor (EMBRAPA, 1997).

Segundo Piveta (2010), um dos mais importantes aspectos a serem considerados é a qualidade sanitária das sementes, pois, as presenças de microorganismos podem causar lesões nas plântulas, deterioração das sementes ou anormalidades, lembrando que grande parte das doenças que surgem durante o processo de germinação são causadas pelos fungos.

Sabe-se que a qualidade da semente é um conjunto de atributos genéticos, físicos, fisiológicos e sanitários. Neste contexto, a sanidade apresenta-se com grande relevância no contexto agronômico, pois grande parte dos agentes

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causadores das doenças na cultura soja pode ser transmitida desta maneira (GOULART, 2004; MACHADO, 2010).

Na produção comercial, os danos causados pelos fungos que se associam às sementes podem ser observados na redução da população de plantas emersas, formação de lavouras mais vulneráveis a estresses e há diminuição de vigor das plantas emergentes. Também pode constituir focos de doenças no decorrer do desenvolvimento da cultura, além da introdução de focos em novas áreas, fazendo com que o produtor tenha que intervir para possível manejo destas. Diversas dessas providências, como forma de manejo, podem ser evitadas ou até mesmo minimizadas se houver sementes com perfis aceitáveis de qualidade sanitária (MACHADO, 2010).

Nem sempre é possível a aquisição de um material isento de microorganismos, pois é necessário um somatório de atributos para obtenção de um material de qualidade, onde haverá diversas condições que irão interferir neste resultado como, por exemplo, as condições ambientais, armazenamento, ciclo da cultura, dentre outros (GOULART, 2009).

2.2 ESTRUTURA E GERMINAÇÃO DA SEMENTE

De acordo com Peske & Barros (2003), a semente possui o tegumento que apresenta a função de protegê-la fisicamente. Porém, quando a semente sofre algum dano mecânico, o que pode ocorrer quando a semente é manuseada, fica exposta por um maior período de tempo, possibilitando uma facilidade para a possível entrada de microorganismos, além de sofrer trocas gasosas com o meio, de forma que esses fatores interfiram na qualidade da semente.

Segundo Marcos Filho et al. (1987), a definição de germinação é a emergência e o desenvolvimento das estruturas encontradas no embrião, originando plântulas normais, se as condições se encontrarem favoráveis.

De acordo com Popinigis (1985), para que o processo de germinação ocorra é preciso que a semente se encontre viável, livre de dormência, além disso, as condições ambientais devem ser favoráveis e as condições sanitárias serem satisfatórias, ou seja, a ausência de patógenos na semente. Se a semente se encontrar viável e não dormente, a primeira condição a se analisar para a germinação é a disponibilidade hídrica.

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Para a obtenção de uniformidade de população de plantas é necessário à utilização adequada de água para a fase de semeadura e germinação, pois, tanto o excesso quanto o déficit são prejudiciais para a cultura (EMBRAPA, 2006).

Quando há a embebição de água na semente ocorre um aumento da mesma e a liberação de energia, sendo que há diferenças de quantidade e velocidade desta absorção, dependendo da estrutura de cada semente. Por exemplo, o tegumento absorve água de forma mais lenta quando relacionada com as outras estruturas e quando passa o período de reidratação o tegumento transporta água do meio ambiente para o interior das sementes (POPINIGIS, 1985).

O teor de água para que ocorra a germinação da semente, dependerá de cada espécie, assim como a velocidade da absorção. Além da espécie, a permeabilidade do tegumento, temperatura, área de contato, composição química, disponibilidade de água, pressão hidrostática e condição fisiológica da semente irão variar na quantidade de absorção (POPINIGIS, 1985).

Se no momento da embebição houver limitação da água no solo, isso poderá prejudicar a germinação e o desenvolvimento das plântulas, e se não houver a disponibilidade de água num período em torno de 5 a 10 dias após a semeadura, as sementes poderão tornar-se incapazes de germinar e emergir, ou seja, o ocorrido causou sua deterioração (PESKE & DELOUCHA, 1985).

De acordo com Palagi (2004), a velocidade de absorção de água na semente aumenta de acordo com o aumento da temperatura, pois quando a água aquece aumenta a energia e as atividades metabólicas, aumentando também a pressão de difusão de água.

2.3 INTERFERÊNCIA DOS FUNGOS NA SEMENTE

A semente pode constituir um veículo de disseminação de organismos patogênicos em áreas livres de doenças, sendo que em torno de 90% das plantas cultivadas para a alimentação tanto humana como animal, as doenças são propagadas pelas sementes (NEERGAARD, 1979). Muitas doenças existentes nas lavouras brasileiras tiveram seus agentes causadores introduzidos via sementes contendo agentes patogênicos (HENNING, 2005).

Segundo Botelho (2008), o estudo da patologia da semente serve como um subsídio para os principais problemas que ocorrem nas mesmas, como a

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longevidade do armazenamento, menor vigor ou menor taxa de germinação, assim como o insucesso na produção de mudas. Entretanto, há poucas informações referentes ao efeito dos fungos nas sementes. Esta falta de informações acarreta um entrave para qualquer programa que necessite de sementes de melhor qualidade para os mais diversos interesses.

De acordo com Almeida et al. (1997), a cultura da soja apresenta cerca de 50 doenças que já foram identificadas no Brasil, tendo como agentes causais bactérias, fungos, vírus e nematóides. Entre essas causas os fungos são considerados de grande relevância, não apenas pela maior frequência que apresentam, mas também pelos prejuízos causados na qualidade das sementes e no rendimento da cultura (HENNING, 2004).

Segundo Machado (1988), considerando todos os agentes patogênicos para plantas, os fungos apresentam uma maior habilidade de penetrar e se alojar com mais facilidade nas plantas, além de serem considerados mais ativos em relação a outros microorganismos patogênicos.

Os patógenos podem associar-se às sementes de maneiras diferentes, uma delas é a contaminação, onde se associam apenas na superfície da semente, ou colonizando os tecidos internos (TEIXEIRA et al., 1997). A contaminação da semente pode ocorrer interna e externamente. Quando há fungos no interior da semente, eles podem ser encontrados tanto em micélios dormentes, como nos cotilédones, tegumento ou até mesmo no embrião e a sua localização também irá depender do tipo de patógeno envolvido (HENNING & FRANCA NETO, 1980).

Dentre todas as doenças encontradas na soja, as causadas por fungos apresentam grande importância, o que causa prejuízos no rendimento da cultura e na qualidade da semente. Dentre os fungos encontrados na soja podemos citar Fusarium semitectum (seca da vagem), Colletotrichum truncatum (antracnose), Phomopsis sojae (queima da haste e da vagem), Sclerotinia sclerotiorum, Cercospora kikuchii, Cercospora sojina, Corynespora cassiicola, Rhizoctonia solani, Sclerotiorum rolfssii, entre outros (GOULART et al., 1995; HENNING, 2005 ).

A incidência dos fungos é influenciada por diversos fatores, desde o local onde foi realizada a produção das sementes, à controle químico, tratos culturais, resistência variental, época de colheita e fatores climáticos. Após a maturação podem ocorrer danos nas sementes como rachaduras, facilitando assim a entrada de patógenos. Um exemplo é a incidência de Phomopsis sojae, que é aumentada

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quando a semeadura é antecipada em relação ao período normal de plantio (PEREIRA, 2000).

A frequência e a incidência dos fungos nas sementes de soja são variáveis em função do manejo adotado e do clima durante o ciclo da cultura, sendo que em condições de precipitações acima do normal, durante o período de maturação da semente, há ocorrência de maiores níveis de infecção (YORINORI, 1988). Assim, de acordo com Henning et al. (1981), a presença de temperaturas elevadas em conjunto com uma maior umidade durante a maturação e a colheita da soja, proporciona o aumento de infecção de sementes por fungos como Fusarium spp. e Phomopsis spp.

Em sementes que apresentam condições favoráveis para a germinação e menor incidência de fungos, ocorrerá a germinação, fazendo com que os patógenos tenham um menor período de tempo para a possível infecção. Porém, quando as condições para que a semente germine encontram-se em um ambiente adverso, pode-se causar danos na germinação ou após a semeadura, fazendo com que a germinação ocorra de forma mais lenta e proporcione oportunidades dos fungos colonizarem a mesma. Isso ocorre devido à alta agressividade de alguns patógenos, dos quais se encontram latentes na semente e possuem rápido desenvolvimento (CASA et al., 1995).

Condições como excesso ou escassez de umidade, menores temperaturas, semeadura inadequada, além de um mal preparo do solo proporciona tecidos altamente vulneráveis, pois as condições encontram-se desfavoráveis para as plantas. Isso faz com que o fungo possa realizar a infecção mais facilmente e tenha maior período de tempo para a ocorrência da infecção ou contaminação, podendo ocorrer danos como o tombamento ou até mesmo a morte das sementes (NEERGAARD, 1977; MENTEN, 1991).

Segundo Ito & Tanaka (1993), é afirmativo que a presença de alguns patógenos nas sementes pode causar redução do vigor, do rendimento, do período de armazenamento das sementes, além de reduzir o potencial germinativo, considerando danos diretos.

Há patógenos que causam danos em tecidos jovens, órgãos de reserva, sistema radicular, sistema vascular, interferindo no transporte de água e nutrientes, principalmente na absorção dos mesmos, podendo também intervir no processo de fotossíntese. Os patógenos ligados a essas doenças podem estar associados às

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sementes, ocasionando danos através de toxinas, enzimas e reguladores de crescimento provenientes dos fungos (MACHADO, 1988; MENTEN, 1991).

As interferências dos patógenos podem influenciar de forma negativa a produtividade como também atributos fisiológicos das sementes, um exemplo claro é a presença de Fusarium spp. (F. semitectum), Phomopsis sojae e Colletotrichum dematium na semente, onde se apresenta correlações negativas na germinação (HENNING, 2005). Segundo Paolinelli et al. (1984), quando há elevada incidência de Phomopsis spp. pode-se observar uma menor quantidade de sementes germinadas.

Segundo Yorinori (1982), o decréscimo do poder germinativo e desenvolvimento de plântulas estão associados a elevadas porcentagens de sementes infectadas, sendo que a sanidade da semente pode sofrer ameaças quando há presença de certos microorganismos no período da maturação fisiológica ou até mesmo após a colheita.

O fungo pode permanecer indetectável por longo período de tempo dentro da semente, sendo que o crescimento do fungo continua as expensas do tecido. Isso pode causar danos, ocasionando a perda de viabilidade da semente (BERJAK, 1987). De acordo com Barba et al. (2002), parte dos fungos biotróficos e a grande maioria dos patógenos necrotróficos utilizam a semente como sobrevivência, abrigo e principalmente como veículo de disseminação. De acordo com Bechtel et al. (1985), alguns trabalhos demonstraram que o fungo Fusarium graminearum invade grandes porções de sementes de trigo, porém não afetam os embriões.

2.4 FUNGOS NA SEMENTE DE SOJA

2.4.1 Colletotrichum dematium f. truncatum (schwein.)

Este patógeno é causador da doença conhecida como antracnose é considerada uma das principais doenças da cultura da soja, principalmente a sua ocorrência em todas as fases de desenvolvimento da cultura, o que causa grandes problemas na região dos cerrados (YORINORI, 1997). De acordo com Goulart (2009), o fungo pode causar infecção sistêmica nas plantas já adultas, morte de plântulas, deterioração das sementes, além de ser altamente eficiente como veículo de disseminação. Além disso, tem-se observado o aumento da presença desse

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fungo em sementes de soja, provavelmente causado pela expansão da cultura, sendo uma das principais doenças causadas no início da formação de vagens.

Segundo Embrapa (2000), os sintomas aparecem frequentemente nos cotilédones, apresentando necrose logo após a emergência das plântulas. Em sementes que foram infectadas, pode-se observar a presença de manchas deprimidas de coloração castanho-escura.

Também pode ocorrer a presença de pontuações negras, que são as frutificações do fungo. Isso ocorre em situações com umidade elevada. Quando a cultura encontra-se no estádio R3-R4, as vagens ficam retorcidas e com coloração característica da doença. Quando há a infecção nas vagens em granação tem-se como lesões iniciais a presença de estrias anasarca, evoluindo posteriormente para manchas de coloração negra (ALMEIDA et al., 1997; YORINORI, 1997).

A antracnose é considerada a principal enfermidade no período de formação de vagens, é causadora de danos quando há ocorrência de temperaturas e precipitações elevadas (GOULART, 2009). De acordo com Almeida (1997), atrasos na colheita devido à presença de chuvas, dão origem à sementes com porcentagens superiores a 50% de infecção de antracnose.

Para identificação do fungo após o período de incubação, observa-se a presença de acérvulos e inúmeras setas de coloração escura, além da exsudação existem duas fontes de inóculos para ciclos secundários de infecção por Colletotrichum spp. A primeira, os conídios na qual são produzidos em acérvulos na fase anamórfica e a outra os ascósporos, produzidos nos peritécios na fase teleomórfica (EMBRAPA, 1997).

Segundo a Embrapa (2002), a antracnose na soja é causada pelo fungo Colletotrichum dematium var. truncata em condições de umidade elevada, causando a abertura das vagens ainda imaturas, queda e apodrecimento das vagens, além de induzir a retenção foliar e a presença de haste verde, pode ocorrer a germinação nos grãos que se encontram ainda em formação e ocasionar diminuição da produção de grãos.

O patógeno, uma vez introduzido na semente, irá ocorrer à infecção e o fungo irá sobreviver durante a entre-safra nos restos culturais. Quando relacionado à perda de viabilidade durante o armazenamento o Colletotrichum demonstrou uma maior persistência do que o fungo Phomopsis spp. e que o Fusarium semitectum,

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apesar de trabalhos recentes demonstrarem que esta incidência diminui quando exposta a condições ambientes em torno de seis meses (GOULART, 2009).

Sabe-se que os fungos podem ser disseminados e inoculados na mesma planta ou em plantas próximas. Se o ambiente estiver favorável, o progresso da doença pode ser rápido, sendo que quanto maior a incidência dos patógenos em sementes, maior será a quantidade de supostos focos no campo (MENTEN, 1991).

De acordo com Tanaka & Machado (1985), a associação do fungo com a semente pode se dar de diversas maneiras, tanto na superfície como no seu interior, porém, o Colletrotrichum spp. é transportado principalmente pelos tecidos internos.

2.4.2 Fusarium semitectum (Berk. & Rav.) e Fusarium spp.

Entre as principais espécies encontradas na cultura da soja, o Fusarium semitectum apresenta uma frequência em torno de 98% na semente, sendo assim considerado como fungo patogênico nesta cultura (EMBRAPA, 1997).

O patógeno está frequentemente associado com sementes que sofreram algum dano por deterioração, por umidade ou pelo atraso de colheita no campo. Os problemas causados na germinação realizada em laboratório, são muito semelhantes aos do fungo Phomopsis sp., em relação a diminuição da viabilidade durante o processo de armazenagem em condição ambiente, onde a perda desta viabilidade ocorre de forma rápida ( HENNING, 2005).

De acordo com Goulart (1997), após o período de incubação, é possível observar o micélio com a coloração branca, podendo haver variações de cor, com o aspecto algodonoso de forma densa. Poderão ser observadas através do microscópio estereoscópico (50 aumentos) as frutificações do fungo.

O fungo Fusarium solani tem sido encontrado nas regiões mais altas dos cerrados. Na raiz é possível observar manchas de coloração avermelhada, que, com o passar da doença passam a ter uma coloração preta. Em condições de elevada umidade forma um anel de coloração vermelha na base da haste, normalmente, apresentando uma cobertura pulverulenta. Nesta fase é onde é possível encontrar a formação de folhas carijós (KIMATI et al., 1997).

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É uma doença que ocorre com frequência na cultura da soja, porém, não causa sérios prejuízos no rendimento. Pode ocasionar a redução da qualidade das sementes, principalmente em condições de elevadas temperaturas e com ocorrência de períodos chuvosos durante o processo de maturação das sementes (HENNING, 2005).

Este patógeno normalmente causa problemas na qualidade das sementes, diminuindo, principalmente, os índices de germinação, esta é a causa principal da incidência deste fungo, numa condição de temperatura de 25 ºC (EMBRAPA, 1997). De acordo com Sales (1996), os fungos Phomopsis sp. e Alternaria alternata ocasionam a redução da germinação e prejudicam o desenvolvimento de plântulas de ipê-amarelo.

Há diversos trabalhos referentes às consequências que causam a presença de alta incidência de Phomopsis sp. na semente, onde a germinação é reduzida. Porém a emergência das plântulas não é afetada quando a semente encontra-se com padrões de qualidade fisiológica, além das condições para uma rápida germinação e emergência encontrarem-se adequadas. Isso pode ser explicado pelo mecanismo de escape da planta, onde no processo da plântula ao emergir do solo, ela libera o tegumento que está infectado pelo fungo, não prejudicando dessa forma o momento da emergência das plântulas (HENNING & FRANCA NETO, 1980).

Durante o período de armazenagem em condição ambiente, o fungo perde sua viabilidade, aumentando a percentagem de germinação em laboratório. Porém este aumento da germinação irá depender também de diversos fatores, pois, se não houver fatores favoráveis para este aumento, a germinação poderá não alcançar o padrão mínimo para o mercado, mesmo que o fungo tenha perdido parcial ou totalmente sua viabilidade (HENNING et al., 1981).

Como identificação, pode-se verificar a presença de um micélio denso, branco, floculoso, contendo normalmente picnídios de coloração escura, com formação de exsudatos. Pode ocorrer a presença de apenas picnídios nas sementes, sem apresentar o micélio. Sendo assim, sua identificação deverá ser baseada na presença de esporos beta e alfa (EMBRAPA, 1997).

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2.4.4 Cercospora kikuchii (Matsu & Tomoy) Gardner

Nem todas as sementes apresentam o sintoma característico causado pelo patógeno, ou seja, a mancha púrpura. Em relação à qualidade das sementes muitos trabalhos têm demonstrado que o fungo não apresenta nenhum efeito negativo sobre esta característica (GOULART, 1997).

As sementes que possuem a presença do patógeno, não apresentam uma fonte importante de inóculo, porém isso não se enquadra em áreas novas. Uma forma que facilita a identificação do fungo é a presença da coloração púrpura, onde deverá ser observada a esporulação do agente patogênico (EMBRAPA, 1997).

A doença é mais séria em regiões do cerrado, nos locais mais quentes e mais chuvosos, podendo atacar qualquer parte da planta, além de resultar em redução de rendimento e da qualidade. Os sintomas aparecem nas folhas com a presença de pontuações escuras, aparecendo no final do ciclo da cultura. Com o decorrer da doença, as pontuações coalescem formando grandes manchas, resultando num severo crestamento e desfolha. O fungo atinge a semente através da vagem causando a mancha púrpura (KIMATI et al., 1997).

Nem todas as sementes apresentam a coloração característica, porém o fungo pode atacar os pecíolos, hastes e as folhas, ocasionando o crestamento foliar e provocando desfolha de forma prematura, que ocorre simultaneamente com doenças de final de ciclo. Um exemplo claro é o fungo Septoria glycines, que pode reduzir a produtividade (HENNING, 2005).

De acordo com Tanaka & Yorinori (1965), se, no período de enchimento de grãos, ocorrer a infecção por Cercospora kikuchii, as plântulas oriundas destas sementes podem apresentar algumas necroses nos cotilédones e nos embriões.

2.4.5 Aspergillus

Existem diversas espécies desde fungo na semente de soja, porém o mais frequente é o Aspergillus flavus. Se houver uma alta incidência deste fungo nas sementes, pode ocorrer uma redução do poder germinativo e de emergência. Este fungo pode ser observado pela coloração de colônias verde amarelada (GOULART, 2005).

(23)

2.4.6 Corynespora cassiicola (Berk. & M.A. Curtis) Wei.

É o fungo causador da doença conhecida, como mancha alvo, sendo encontrada em muitas áreas produtoras de soja. É considerada uma doença de grande relevância na região dos cerrados com alta frequência (MELO & REIS, 2009).

Segundo Phillips (1989), a mancha alvo é uma doença potencialmente destrutiva para cultivares de soja suscetíveis, principalmente em épocas com elevada precipitação, ela ocorre no final do ciclo da cultura. Segundo Almeida et al. (1994), demonstrou em um trabalho de diferenciação de isolados do fungo C. cassiicola ele se desenvolve vagarosamente no meio de cultura tipo BDA, apresenta coloração cinza-esverdeada.

Segundo Melo & Reis (2009), o fungo sobrevive em restos culturais, sendo assim o fungo é um patógeno necrotrófico, também sobrevive em plantas voluntárias e nas sementes de soja. Sua disseminação ocorre principalmente pelo vento, sendo responsável pela remoção dos conídios, o molhamento prolongado auxilia na infecção do fungo na planta.

Após os esporos serem depositados na superfície, o patógeno se fixa e emite o tubo germinativo. Os primeiros sintomas da doença ocorrem entre 5 a 7 dias após a penetração, em temperatura em torno de 30 ºC e umidade elevada (MELO & REIS, 2009).

De acordo com Almeida et al. (2005), para o controle de mancha-alvo é recomendado o tratamento de sementes, rotação de culturas, controle com fungicidas e uso de cultivares resistentes.

Um dos motivos do fungo se manifestar em maior intensidade na região central, se da por conseguir se desenvolver numa vasta condição de temperatura, tendo maior potencial em temperaturas de 20-30 ºC, dificultando seu controle (MELO & REIS, 2009).

(24)

3. MATERIAIS E MÉTODOS

O experimento foi conduzido no Laboratório de química e Microbiologia da Faculdade Centro Mato-Grossense, onde foi realizado o teste de patologia das sementes nas diferentes cultivares. O objetivo foi avaliar a incidência e frequência de fungos associados à semente de soja.

O teste de patologia de sementes foi realizado em caixas de acrílico tipo gerbox contendo meio de cultura batata-dextrose-ágar (BDA), suplementado com 250 ppm de tetraciclina, na qual são transferidas 25 sementes de soja por gerbox, perfazendo uma repetição. Foram analisadas 200 sementes por amostra. As caixas gerbox foram mantidas em temperatura ambiente, de aproximadamente a 25 ºC, com fotoperíodo natural, durante sete dias, para o desenvolvimento dos fungos no meio de cultura.

De acordo, com Henning (2005), no método de placa com ágar as sementes são desinfetadas superficialmente numa solução de hipoclorito de sódio em torno de 0-10 minutos, onde posteriormente são colocadas em placas de petri. Sendo o meio de cultura comumente usado o BDA.

Foram usadas 100 caixas gerbox, das quais foram lavadas, secas e colocadas em dois sacos plásticos de 100 litros cada, para desinfecção, com um Becker de 100 ml, contendo algodão umedecido com formol 38%. Esses sacos plásticos foram vedados e isolados por 38 horas, para que ocorra a esterilização das caixas gerbox. Após as 38 horas as caixas foram retiradas e foi preparado o meio de cultura para posterior realização do semeio das sementes na caixa gerbox (plaqueamento).

Para a preparação do meio de cultura foram usados 3 erlenmeyer, sendo um de 1000 ml, adicionando água destilada e adicionado 40 gramas de ágar, após a diluição do ágar, a solução foi subdividida para os outros 2 erlenmeyer de 500 ml, onde foram colocados em torno de 50-55% do volume total de erlenmeyer. Logo após, os 3 erlenmeyer foram lacrados e vedados com algodão e submetidos ao autoclave, à temperatura de 121ºC, por 10 minutos. Após retirada da autoclave foram colocados, quatro gotas do antibiótico para cada 250 ml de solução de ágar. Posteriormente, foi colocado o BDA nas caixas de gerbox, este procedimento foi realizado na capela de fluxo laminar horizontal que foi esterelizada com álcool 70% e

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colocado 1 lamparina para evitar possíveis contaminações, dessa forma foi efetuado a deposição do meio de cultura nas caixas gerbox.

Na patologia de sementes, empregou-se o método de isolamento das sementes em meio de cultura BDA+antibiótico (tetraciclina). Após a solidificação do BDA, foi realizado o plaqueamento das sementes, na capela de fluxo laminar horizontal devidamente esterilizada. Cada amostra, foi desinfestada com uma solução de hipoclorito de sódio +á gua destilada (1:1) por 3 minutos, logo após foram lavadas com uma pequena quantidade de água destilada e colocadas nas caixas gerbox. De acordo com Goulart (2005), este processo tem como objetivo eliminar microorganismos que encontram-se presentes nas superfícies das sementes, sendo chamado de assepsia superficial. As caixas gerbox com de sementes plaqueadas, foram mantidas por 7 dias, na temperatura ambiente, de aproximadamente 25 ºC. Em cada caixa gerbox foram plaqueadas 25 sementes, com quatro repetições.

O ensaio foi realizado duas vezes, afim de minimizar os erros, com objetivo de ter consistência nos resultados.

A identificação e a quantificação dos fungos, foram realizadas através de lupa estereoscópica e microscópio ótico. A frequência de ocorrência foi calculada pela porcentagem de amostras, contendo o fungo, também foi quantificado a incidência média dos fungos. A frequência de ocorrência de cada espécie de fungo (Fi) foi calculada, em cada cultivar da amostragem, pela determinação da porcentagem total de amostras em que cada espécie de fungo foi isolada, de acordo com a equação Fi = Ji / K, em que Fi = frequência de ocorrência da espécie i; Ji = número de amostras em que a espécie i ocorreu e K = número total de amostras de sementes.

Empregou-se o delineamento experimental inteiramente casualizado, com 19 tratamentos e quatro repetições. Os resultados foram expressos em incidência de fungos e frequência de ocorrência. Com os dados de incidência e frequência (%), procedeu-se analise de homogeneidade de variância e posterior ANOVA, transformando os dados para arcsen Quando significativo a ANOVA, procedeu-se a análise, de comparação de médias usando o Teste de Tukey a 5% de probabilidade, através do pacote estatístico SAS versão 9.1.

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4. RESULTADOS E DISCUSSÕES

Foram analisadas 19 amostras de sementes de soja, sendo 8 cultivares de ciclo tardio, 6 cultivares de ciclo médio e 5 cultivares de ciclo precoce, provenientes da norte mato-grossense. No levantamento foram detectadas várias espécies fúngicas associadas às sementes de soja, ficando evidentes a prevalência de Fusarium semitectum, Aspergillus spp., Cercospora kikuchii, Colletotrichum truncatum e Phomopsis ssp. (Tabela 1).

Esses resultados confirmam o relato de Goulart, (2004) dos fungos encontrados nas 19 amostras. Com exceção de Aspergillus ssp., todos os fungos registrados encontram-se associados a semente de soja, considerados fungos necrotróficos. No entanto, a ocorrência destes fungos nas áreas de semeadura, é extremamente preocupante devido a sobrevivências destes nos restos culturais de leguminosas. As sementes podem servir como um veículo de disseminação e abrigo à sobrevivência de diversos fungos, merecendo especial atenção sobre a influência na qualidade das sementes, pois, está intimamente ligado com a continuidade desse patógeno, fazendo com que seu ciclo biológico continue (MENTEN, 1995).

O teste de patologia é de extrema importância, pois complementa o teste de germinação e mostrar que os prováveis problemas de baixa germinação e de vigor podem estar associados a fungos. Além disso, muitos patógenos são transmitidos pelas sementes, podendo servir como inóculo inicial para o desenvolvimento de doenças no campo (GOULART, 2005).

Analisando os dados relativos à frequência de ocorrência constata-se que o fungo Fusarium semitectum foi o mais frequente com 86,6%, seguido por Cercospora kikuchii com 69,6% e Colletrotrichum truncatum 63,8% (Tabela 3). Quanto aos valores de incidência média também houve a predominância de F. semitectum e Cercospora kikuchii e demais fungos (Tabela 1 e Tabela 2).

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Tabela 1 - Incidência de fungos (%) em sementes das cultivares de soja, na região

de Sorriso, MT na safra agrícola de 2012/13. Experimento I - FACEM, Sorriso, MT. 2013.

Cultivares Maturação Incidência1 (%)

Fus. C.k. C.t. Ph. Asp. 1.TMG 133 RR Tardia 3 AB 8,3 A 4,5 B 3 n.s 4,5 AB 2.GB 874 RR Médio 4,5 AB 4,5 AB 3 C 4,5 1,5 AB 3.M 9144 RR Tardia 3,7 AB 4 C 5,2 B 3,8 10,5 A 4.P98Y12 RR Precoce 6 AB 7,5 A 5,2 B 7,5 9 AB 5.M 7639 RR Médio 8,3 A 5,2 B 6 A 5,2 2,5 AB 6.TMG 4182 Médio 6 AB 7,5 A 5,2 B 3 3,7 AB 7.TMG 115 RR Médio 5,2 AB 4,5 C 3 C 4,5 2,2 AB 8.TMG 132 RR Tardia 6 AB 5,2 B 5,2 B 5,2 1,8 AB 9.TMG 1188 RR Tardia 5,2 AB 6 B 6 A 5,2 2,2 AB 10. M 7908 RR Precoce 0,8 C 1,8 D 0,8 1,5 1,5 AB 11.M 8766 RR Tardia 6 AB 4,5 C 3 C 4,5 3 AB 12.P98Y11 RR Precoce 4,5 AB 2,2 D 3 C 5,2 3,7 AB 13.P98Y51 RR Médio 4 AB 2,5 D 4 C 0,8 0,8 AB 14.P98Y70 RR Tardia 6 AB 6 B 5,2 B 3,8 4,5 AB 15.TMG 1288 RR Tardia 6 AB 6 B 1,5 D 3 0 B 16.TMG 7188 RR Tardia 3,7 AB 7,5 A 2,2 D 0,8 3 AB 17.TMG 1182 RR Médio 4,5 AB 3 C 1,5 D 3 1,5 AB 18.TMG 1179 RR Precoce 6 AB 7,5 A 3,7 C 3,7 0,8 B 19.TMG 1176 RR Precoce 5,2 AB 5,2 B 3 C 3,7 0 B C.V (%) 24,35 26,2 31,3 35,4 28,41

1 Para análise de variância os dados foram transformados para arc sen .

2

Asp. = Aspergillus spp., C.k. = Cercospora kikuchii, C.t. = Colletotrichum truncatum, Fus = Fusarium semitectum , Ph. = Phomopsis ssp.;

* Médias seguidas de mesma letra não diferem significativamente pelo teste de Tukey (P=0,05).

De acordo com Barros & Juliatti (2012), em laudos de café analisadas pode- se observar uma maior quantidade do fungo Colletotrichum sp., apresentando cerca de 43% das ocorrências, o fungo Fusarium sp., apareceu com 20% e o gênero Cercospora spp com 14% de ocorrência. Já na cultura da soja analisou-se 2071 laudos, observando a presença de Fusarium sp., e 724 laudos apresentando em torno de 19% de ocorrência, além disso houve 12% de ocorrência de Cercospora sp.

(28)

Tabela 2 - Incidência de fungos (%) em sementes das cultivares de soja, na região

de Sorriso, MT na safra agrícola de 2012/13. Experimento II - FACEM, Sorriso, MT. 2013.

Cultivares Maturação Incidência1 (%)

Fus. C.k. C.t. Ph. Asp. 1.TMG 133 RR Tardia 4 AB 11 A 6 n.s 4 n.s 6 AB 2.GB 874 RR Médio 6 AB 6 B 4 6 2 AB 3.M 9144 RR Tardia 5 AB 4 C 7 5 14 A 4.P98Y12 RR Precoce 8 AB 10 A 7 10 12 AB 5.M 7639 RR Médio 11 A 7 B 8 7 2 AB 6.TMG 4182 Médio 8 AB 10 A 7 4 5 AB 7.TMG 115 RR Médio 7 AB 6 B 4 6 3 AB 8.TMG 132 RR Tardia 8 AB 7 B 7 7 1 B 9.TMG 1188 RR Tardia 7 AB 8 B 8 7 3 AB 10. M 7908 RR Precoce 1 B 1 C 1 2 2 AB 11.M 8766 RR Tardia 8 AB 6 B 4 6 4 AB 12.P98Y11 RR Precoce 6 AB 3 C 4 7 5 AB 13.P98Y51 RR Médio 4 AB 2 C 4 1 1 B 14.P98Y70 RR Tardia 8 AB 8 B 7 5 6 AB 15.TMG 1288 RR Tardia 8 AB 8 B 2 4 0 B 16.TMG 7188 RR Tardia 5 AB 10 A 3 1 4 AB 17.TMG 1182 RR Médio 6 AB 4 C 2 4 2 AB 18.TMG 1179 RR Precoce 8 AB 10 A 5 5 1 B 19.TMG 1176 RR Precoce 7 AB 7 B 4 5 0 B C.V (%) 18,77 21,12 28,32 26,44 42,22 1

Para análise de variância os dados foram transformados para arc sen .

2

Asp. = Aspergillus spp., C.k. = Cercospora kikuchii, C.t. = Colletotrichum truncatum, Fus = Fusarium semitectum , Ph. = Phomopsis ssp.;

* Médias seguidas de mesma letra não diferem significativamente pelo teste de Tukey (P=0,05).

De acordo com Gomes et al. (2009), na avaliação de sementes contaminadas por fungos, verificaram a presença de fungos de campo como por exemplo, Fusarium sp., Phomopsis sp., Cercospora kikuchii associados as sementes de soja com índices variáveis, na qual confirma as ocorrências observadas no presente trabalho.

As frequências de isolamento das espécies fúngicas variaram entre as amostras e dentres os fungos ocorrentes. O fungo F. semitectum e C. kikuchii apresentaram as maiores frequências, variando de 0,863 a 0,73% e de 0,842 a

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0,694 %, respectivamente, enquanto os demais fungos apresentaram frequências menores (Tabela 3).

De acordo com Roese et al. (2001), num levantamento realizado houve a presença de fungos nos testes de sementes na cultura da soja, com a incidência de Colletotrichum dematium var. truncata, Cercospora kikuchii, Corynespora cassicola, Fusarium sp., o que confirma a incidência no trabalho em questão.

Tabela 3 – Frequência de ocorrência de fungos em sementes das cultivares de soja

na região de Sorriso, MT na safra agrícola de 2012/13. Sorriso, MT.

Fungos Frequência de ocorrência (%) Experimento I Experimento II Fusarium semitectum 0,863 A 0,73 A Cercospora kikuchii, 0,842 A 0,694 A Colletotrichum truncatum 0,802 A 0,679 A Phomopsis ssp. 0,779 A 0,661 A Aspergillus spp 0,487 B 0,463 B C.V (%) 13,42 17,81

De acordo Henning & Yuyama (1999), realizaram trabalhos durante 5 anos referentes a qualidade sanitária de sementes de soja durante as safras de 1992/93 e 1996/97, detectando uma alta frequência de Cercospora kikuchii, com 73,9%, com 58,4% de Fusarium spp., 24,5% de Colletotrichum truncatum. Em relação a incidência média o fungo Cercopora kikuchii obteve maior incidência média de infeccção, sendo 5,1%, seguido de Phomopsis sp., com incidência média de 2,5%, o fungo Fusarium spp., apresentou 1,4% de incidência média e o Colletotrichum truncatum com 0,3 de incidência média.

De acordo com Goulart et al. (1995), os fungos que apresentam maiores ocorrência em sementes são: Cercospora sojina, Cercospora kikuchii, Phomopsis sp., Fusarium semitectum, Colletotrichum truncatum, Aspergillus e Penicillium. Onde as variações da incidência de fungos nas sementes são observadas em função das condições climáticas e do local de produção.

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De acordo com Goulart (1995), foram registradas baixas médias de incidência e de frequência do fungo Colletotrichum truncatum, sendo que este fungo pode causar morte de plântulas, deterioração de sementes e infecção sistêmicas em plantas que já se encontram adultas.

A incidência de Aspergillus sp. pode ter sido favorecida por condições climáticas durante a colheita, em casos de presença de chuvas nesta etapa. Além disso, observou que o fungo Fusarium sp. pode apresentar maior incidência nas sementes avaliadas, como relata Mascarenhas, et al., 1995).

Segundo Yorinori (1986), há grande variação referentes a qualidade de sementes, em cultivares de ciclos diferentes, numa mesma região. De acordo com Hamawaki et al. (2002), variedades de soja cultivadas sob uma temperatura média anual de 30 oC e no período de maturação até a colheita com ocorrência de chuvas, são variedades predispostas a ocorrer infecção por Colletotrichum var. truncata, Fusarium semitectum e Phomopsis sojae.

De acordo com Júnior (2007), foram detectadas maiores incidências de Fusarium sp. nas cultivares BR-16, com 54,14%, a cultivar jatobá apresentou 37,15%. Provavelmente aconteceu está maior incidência por essas cultivares terem apresentado um alto índice de danos causados por percevejos em sementes. De acordo com Yorinori (1986), percevejos favorecem a entrada de patógeno como, por exemplo, a entrada do fungo Fusarium sp.

Segundo Henning & Yuyama (1999), indiferentemente do local de produção das sementes, os principais fungos patogênicos associados à sementes de soja foram Phomopsis sp., Cercospora kikuchii e Fusarium semitectum.

(31)

5. CONCLUSÕES

. A semente constitui-se em fonte de inóculo primário para o fungo F. semitectum; . Em todas as amostras analisadas, houve presença de fungos associados à semente os quais causam danos nas fases iniciais ;

. Cada lavoura produtora de semente, apresenta índice destes fungos sobrevivendo nos restos culturais. Esta quantidade de inóculo remanescente é o principal fator que pode alterar a incidência e frequências destes fungos;

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6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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(38)

7. ANEXOS

ANEXO A – ESQUEMATIZAÇÃO DO EXPERIMENTO

19 VARIEDADES COM 4 REPETIÇÕES

P98Y51 RR P98Y51 RR P98Y51 RR P98Y51 RR

P98Y12 RR P98Y12 RR P98Y12 RR P98Y12 RR

P98Y70 RR P98Y70 RR P98Y70 RR P98Y70 RR

P98Y11 RR P98Y11 RR P98Y11 RR P98Y11 RR

TMG 4182 conv. TMG 4182 conv. TMG 4182 conv. TMG 4182 conv. TMG 7188 RR TMG 7188 RR TMG 7188 RR TMG 7188 RR TMG 115 RR TMG 115 RR TMG 115 RR TMG 115 RR TMG 133 RR TMG 133 RR TMG 133 RR TMG 133 RR TMG 1288 RR TMG 1288 RR TMG 1288 RR TMG 1288 RR TMG 1179 RR TMG 1179 RR TMG 1179 RR TMG 1179 RR TMG 1176 RR TMG 1176 RR TMG 1176 RR TMG 1176 RR TMG 1182 RR TMG 1182 RR TMG 1182 RR TMG 1182 RR TMG 132 RR TMG 132 RR TMG 132 RR TMG 132 RR TMG 1188 RR TMG 1188 RR TMG 1188 RR TMG 1188 RR M 7908 RR M 7908 RR M 7908 RR M 7908 RR M 9144 RR M 9144 RR M 9144 RR M 9144 RR M 7639 RR M 7639 RR M 7639 RR M 7639 RR M 8766 RR M 8766 RR M 8766 RR M 8766 RR GB 874 RR GB 874 RR GB 874 RR GB 874 RR

(39)

ANEXO B – COLÔNIA DE FUNGOS DO EXPERIMENTO

(40)

ANEXO D– PRESENÇA DE FUNGOS DE ARMAZENAMENTO NAS SEMENTES

ANEXO E– PLAQUEAMENTO DO EXPERIMENTO NO LABORATÓRIO DE QUÍMICA

(41)

Referências

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