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RESUMO TECIDOS ÓSSEO, HEMATOPOÉTICO E SANGUÍNEO, SANGUÍNEO E IMUNIDADE, MUSCULAR E NERVOSO

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Academic year: 2021

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RESUMO TECIDOS ÓSSEO, HEMATOPOÉTICO E SANGUÍNEO, SANGUÍNEO E IMUNIDADE, MUSCULAR E NERVOSO

TECIDO ÓSSEO

- Características: apresenta matriz calcificada e atua como o principal depósito de cálcio e fósforo do corpo humano.

- Funções: sustentação corporal; suporte às partes moles e protege órgãos vitais (coração, pulmões e medula óssea vermelha); formação dos elementos figurados do sangue.

- Tipos de células: osteoblastos (células jovens, metabolicamente muito ativas, relacionadas com a síntese da matriz óssea), osteócitos (células maduras, dotadas de muitos prolongamentos citoplasmáticos e metabolicamente pouco ativas, situadas em lacunas na matriz óssea) e osteoclastos (atuam nos processos de reabsorção da matriz óssea).

- Presença de endósteo e periósteo revestindo interna e externamente o osso, atuando nos processos de renovação do tecido ósseo (são locais onde podemos encontrar células osteogênicas).

- Tipos de tecido ósseo: esponjoso, caracterizado pela presença de numerosas perfurações (trabéculas) e compacto, destituído de tais perfurações.

* Observação: o tecido ósseo compacto encontra-se organizado por várias unidades denominadas ósteons, também conhecidas pela designação de sistemas de Havers. Cada ósteon é constituído por um canal central que percorre longitudinalmente o osso, em torno do qual encontram-se lamelas (anéis) concêntricas de matriz óssea calcificada. Entre as lamelas existem pequenas lacunas onde são encontrados os osteócitos, cujos prolongamentos citoplasmáticos estendem-se por canalículos preenchidos com fluido extracelular. Esses minúsculos canais se ramificam em várias direções, o que permite a comunicação entre as lacunas, além de proporcionar a ocorrência de inúmeros caminhos pelos quais os nutrientes e o oxigênio trazidos pelo sangue cheguem aos osteócitos, bem como facilitam a eliminação de seus resíduos metabólicos para os vasos sanguíneos.

- A formação de novo tecido ósseo, um processo denominado ossificação, pode ocorrer de duas maneiras distintas: ossificação intramembranosa e a ossificação endocondral.

- Hormônios que atuam na regulação dos níveis de cálcio no sangue: calcitonina (secretado pela glândula tireóide / atua diminuindo os níveis de cálcio no sangue, acelerando a captação de cálcio pelo osso) e paratormônio (secretado pelas paratireoides /atua aumentando os níveis de cálcio no sangue, estimulando a atividade dos osteoclastos).

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TECIDO HEMATOPOÉTICO E SANGUÍNEO

- O tecido hematopoético atua na produção dos elementos figurados do sangue.

- Saco vitelínico, fígado e baço atuam como estruturas formadoras de células sanguíneas durante o desenvolvimento embrionário e fetal (até a 8ª semana de vida).

- A partir da 8ª semana de vida, a medula óssea vermelha passa a comandar a função hematopoética.

- O tecido sanguíneo é considerado um tipo especial de tecido conjuntivo cujas células encontram-se separadas por grande quantidade de matriz extracelular (plasma).

- Células sanguíneas: produzidas a partir da diferenciação de células-tronco hematopoéticas. Distinguem-se duas linhagens: a mieloide e a linfoide. As células-tronco da linhagem mieloide originam as hemácias, os neutrófilos, os basófilos, os eosinófilos, os monócitos e os megacariócitos, estes últimos responsáveis pela formação das plaquetas, também denominadas trombócitos. As células-tronco da linhagem linfóide originam os linfócitos, os quais podem ser classificados em linfócitos B, linfócitos T e linfócitos Natural Killers.

 Hemácias: 4,8 a 5,4 milhões por mm3 de sangue; células anucleadas com citoplasma preenchido com a proteína hemoglobina (transporte de oxigênio dos pulmões aos tecidos); exibem marcadores de superfície utilizados para a classificação em diversos tipos sanguíneos.

 Leucócitos: 5.000 a 10.000 por mm3 de sangue; atuam na defesa do organismo contra o ataque de agentes estranhos; classificados em granulócitos (neutrófilos, basófilos e eosinófilos) e agranulócitos (linfócitos e monócitos); realizam a diapedese.

 Plaquetas ou trombócitos: 150.000 e 400.000 por mm3 de sangue; ajudam a conter o extravasamento de sangue dos vasos sanguíneos (hemorragia), em um processo denominado coagulação sanguínea.

Esquema simplificado do processo de coagulação sanguínea

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TECIDO SANGUÍNEO E IMUNIDADE

- As células que constituem o sistema imunológico originam-se de células precursoras localizadas na medula óssea (leucócitos ou glóbulos brancos).

- Os mastócitos, células também originadas na medula óssea, não derivam de nenhuma das duas linhagens (mieloide e linfoide) que formam os leucócitos, exercem importantes funções nas respostas imunológicas.

- Os linfócitos são as únicas células que exibem a capacidade de reconhecer e atacar especificamente um agente estranho.

- Órgãos linfóides primários: locais onde os linfócitos são gerados e amadurecidos, representados pela medula óssea e o timo, nos mamíferos, e a bursa de Fabricius nas aves. Órgãos linfóides secundários: locais onde ocorre a proliferação dos linfócitos e o início das respostas imunológicas específicas, tendo-se como exemplos os linfonodos e o baço.

- Tipos de imunidade:

a) imunidade natural (imunidade inespecífica): caracterizada pela sua limitada capacidade de reconhecer especificamente um agente estranho, ou seja, atua da mesma forma contra qualquer agente invasor, independentemente de sua natureza (pele e mucosas; substâncias antimicrobianas; proteínas sanguíneas que fazem parte do chamado sistema complemento, assim como as que atuam como mediadoras da inflamação, e células citotóxicas e fagocíticas, tais como os neutrófilos e os macrófagos).

b) imunidade específica (imunidade adquirida): caracterizada pela capacidade de reconhecer especificamente os mais diversos tipos de agentes estranhos. Desencadeia a formação de uma memória imunológica. Participação de linfócitos (imunidade celular) e anticorpos (imunidade humoral).

Produção de anticorpos frente a exposições seguidas a um mesmo agente estranho. Na primeira exposição, tem-se a estimulação para a produção de anticorpos, cujos títulos aumentam gradativamente na corrente sanguínea. Já na segunda exposição, observa-se o rápido aumento nos títulos de anticorpos, uma consequência direta do estabelecimento de uma memória imunológica ainda na primeira exposição ao agente estranho.

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TECIDO MUSCULAR

- Células alongadas (fibras musculares) cujo citoplasma apresenta grandes quantidades de proteínas filamentosas contráteis, também denominadas miofilamentos, as quais, na presença de energia proveniente da quebra da molécula de ATP, contribuem para a realização dos mais variados tipos de movimentos corporais.

- Proteínas contráteis ACTINA, MIOSINA, TROPONINA e TROPOMIOSINA são essenciais ao processo de contração muscular.

- Sob o ponto de vista morfológico e funcional, distinguem-se três tipos de tecido muscular: estriado esquelético, estriado cardíaco e não-estriado ou liso.

- Tecido muscular estriado esquelético: constitui a maior parte da musculatura do corpo dos vertebrados; formado por células multinucleadas; encontra-se associado aos ossos; variações no diâmetro das fibras musculares esqueléticas dependem de vários fatores, como o tipo de músculo considerado, a idade, o sexo, o estado de nutrição e o treinamento físico.

- Tecido muscular estriado cardíaco: células alongadas que se anastomosam; possuem apenas um ou, no máximo, dois núcleos localizados no centro da célula; presença de discos intercalares (permitem que todas as células do coração comportem-se como se fossem um sincício, facilitando a passagem do estímulo nervoso de uma célula à outra).

- Tecido muscular não-estriado ou liso: possuem apenas um núcleo, de localização central; os miofilamentos de actina e de miosina não exibem a mesma disposição encontrada nos outros tipos (seus feixes de miofilamentos se cruzam em todas as direções, formando uma rede tridimensional).

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- Esquema simplificado do processo de contração muscular

1 – Na ausência de estimulação, a fibra encontra-se em repouso;

2 – Uma vez estimulada, ocorre a liberação de íons cálcio a partir do retículo sarcoplasmático;

3 – A troponina liga-se ao cálcio e desloca a tropomiosina, “descobrindo” o sítio de ligação da miosina na molécula de actina;

4 – A ligação troponina – cálcio promove a quebra do ATP, liberando energia;

5 – É essa energia que permite o deslizamento das miofibrilas de actina sobre as de miosina, gerando a contração muscular;

6 – A ligação entre ATP e miosina desfaz a união actina-miosina.

- Diferentemente das demais células do corpo, as fibras musculares estriadas esqueléticas consomem grandes quantidades de energia quando acionam o mecanismo de contração. O conteúdo de ATP presente no interior das fibras esqueléticas é suficiente apenas para garantir a contração por poucos segundos. Assim, a realização de exercícios físicos prolongados exige da célula uma maior produção de ATP, o qual pode ser sintetizado a partir de três fontes distintas: respiração celular aeróbica, respiração celular anaeróbica (fermentação) e fosfato de creatina.

Esquema ilustrando a participação da molécula de fosfato de creatina na produção de ATP durante o processo de contração muscular

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TECIDO NERVOSO

- Juntamente com o sistema endócrino, atua na integração e coordenação das funções de vários órgãos especializados.

- Acha-se distribuído pelo organismo, interligando-se e formando uma rede de comunicações, que constitui o sistema nervoso.

- Oriundo do ectoderma do embrião é o principal componente do sistema nervoso e encontra-se amplamente distribuído pelo corpo, constituindo uma espécie de “circuito elétrico” que favorece a comunicação entre os órgãos e entre estes e uma “central de comando”, a qual atua no processamento das informações que a ela chegam sob a forma de impulsos nervosos, assim como estimula os músculos a se contraírem e as glândulas a eliminarem seus produtos de secreção.

- Tipos celulares: gliócitos (oligodendrócitos, células de Schwann, astrócitos e micróglia), os quais atuam auxiliando os neurônios na execução de suas funções, e os neurônios, células auto-excitáveis que atuam na geração e na propagação do impulso nervoso.

Esquema de um neurônio e suas partes constituintes. Destaque para a bainha de mielina (aumenta a velocidade de transmissão do impulso nervoso).

- Potencial de repouso: diferença de potencial estabelecida entre as faces interna e externa da membrana plasmática. Essa diferença de potencial, medida em milivolts (mV), é consequência de um discreto acúmulo de íons positivos ao longo da face externa da membrana e do igual acúmulo de íons negativos ao longo da face interna da membrana plasmática.

- Potencial de ação: um estímulo mínino que altere a diferença de potencial estabelecida entre as faces interna e externa da membrana desencadeia um fenômeno conhecido como despolarização, o qual marca a formação do impulso nervoso, o principal “meio de

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comunicação” utilizado pelos neurônios para se comunicarem com outros neurônios e com outros tipos celulares.

- Sinapse: região de comunicação entre os neurônios e entre estes e outras células efetoras, tais como as células glandulares e as fibras musculares, a qual permite a transmissão dos impulsos nervosos. Comumente distinguem-se dois tipos de sinapses: a elétrica e a química. Na sinapse elétrica, as células se comunicam por meio de junções comunicantes, formadas por proteínas denominadas conexinas. Na sinapse química, a transmissão do impulso nervoso de uma célula à outra é facilitada pela participação de substâncias conhecidas como neurotransmissores (serotonina, dopamina, acetilcolina, noradrenalina etc.).

Esquema simplificado de uma sinapse química

Potencial de repouso (membrana polarizada): mantido pela bomba de sódio e

potássio.

Potencial de ação (membrana despolarizada): abertura dos canais de sódio

(inversão de cargas)

Repolarização (retorno ao estado de repouso): fechamento dos canais de sódio e

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