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Sistemas de esquadrias: relação custo e benefício

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Academic year: 2021

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UNIVERSIDADEDOSULDESANTACATARINA CURSODEENGENHARIACIVIL

LUANBATISTADASILVA JERDERYMARCONDESEMILIANO

SISTEMAS

DE

ESQUADRIAS:

RELAÇÃO

CUSTO

E

BENEFÌCIO

TUBARÃO 2017

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JERDERYMARCONDESEMILIANO

SISTEMAS

DE

ESQUADRIAS:

RELAÇÃO

CUSTO

E

BENEFÍCIO

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Engenharia civil da Universidade do Sul de Santa Catarina como requisito parcial à obtenção do título de Engenheiro civil

Orientador: Prof. Rogério Todeschini

Tubarão 2017

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Dedicamos este trabalhos a todos estudantes de Engenharia Civil que possam usufruir deste estudo, aproveitando-o e também criticando de maneira que contribua como mais uma orientação e construção de novos conhecimentos.

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AGRADECIMENTOS

A Deus por ter-nos dado a saúde e a força para enfrentar todas as dificuldades. A essa universidade por ter nos concedido o espaço e a disposição de professores em que nos levaram a um excelente padrão de profissionalismo. Ao nosso orientador Rogério Todeschini pela paciência, confiança, sabedoria e pelo suporte no pouco tempo que lhe coube pelas suas correções e incentivos. Aos nossos pais por terem dado força e por ter depositado a fé em toda nossa caminhada. A todos que direta ou indiretamente fizeram parte de minha formação o nosso muito obrigado.

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“Que os vossos esforços desafiem as impossibilidades, lembrai-vos de que as grandes coisas do homem foram conquistadas do que parecia impossível." (Charles Chaplin)

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A construção civil brasileira encontra-se em grande crescimento e além do notável crescimento de empreendimentos buscam-se novas opções de matérias e mão de obra no intuito de proporciona ao consumidor o custo e benefício que melhor lhe atender, visando destacar a importância do planejamento estratégico na gestão das empresas. Serão apresentados neste trabalho de conclusão de curso, o levantamento dos materiais mais utilizados na confecção de esquadrias dentre eles: o alumínio, vidro, ferro, madeira e PVC. O conhecimento das propriedades, características, funcionalidades e viabilidades econômicas de cada material e sua melhor utilização em determinados vãos e casos. Para fundamentar os resultados dos objetivos propostos, realizou-se um estudo bibliográfico em teses, dissertações, TCCs, artigos, livros, catálogos, dentre outros. Por fim, verificou-se que todos os materiais tem seus pontos fortes e fracos, e que é essencial para o engenheiro civil ter em sua formação a apropriação deste conhecimento para orientar seus futuros clientes.

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ABSTRACT

The Brazilian civil construction was in great growth and besides the remarkable growth of enterprises, new materials and labor options were sought in order to provide the consumer with the cost and benefit that best suits him, in order to highlight the importance of strategic planning in the management of companies. It will be presented in this work of conclusion of course, the survey of the materials most used in the manufacture of frames, among them: aluminum, glass, iron, wood and PVC. Knowledge of the properties, characteristics, functionalities and economic feasibility of each material and its best use in certain spans and cases. In order to base the results of the proposed objectives, a bibliographic study was carried out on theses, dissertations, TCCs, articles, books, catalogs, among others. Finally, it was verified that all materials have their strengths and weaknesses, and that it is essential for the civil engineer to have in his training the appropriation of this knowledge to guide his future clients.

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LISTADEFIGURAS

Figura 01: Exemplo de um brise-soleil……….… Figura 02: Exemplo de cobogós……… Figura 03: Exemplo de esquadria de abrir (janela)... Figura 04: Exemplo de esquadria de abrir (porta)... Figura 05: Exemplo de janela de correr………..… Figura 06: Exemplo de porta de correr………. Figura 07: Exemplo de porta de veneziana……….. Figura 08: Exemplo de janela de veneziana……….. Figura 09: Exemplo de janela basculante……….………….. Figura 10: Exemplo de porta basculante………...…..………….. Figura 11: Exemplo de esquadria

Maxi-Ar……….…...

Figura 12: Exemplo de janela guilhotina……….. Figura 13: Exemplo de portas guilhotina………...………... Figura 14: Exemplo de esquadria camarão (porta)... Figura 15: Exemplo de esquadria camarão (janela)... Figura 16: Janela pivotante………. Figura 17: Porta pivotante………. Figura 18: Janela fixa……… Figura 19: Portas fixas………. Figura 20: Esquadrias ideias: edifício Louveira, de Vilanova Artigas………. Figura 21: Tonalidade de

madeira……….……….

Figura 22: Esquadrias de madeiras………...……… Figura 23: Fixação do batente………. Figura 24: Localização dos pontos da espuma………. Figura 25: Espessura da camada de anodização do alumínio……… Figura 26: Porta balcão 3 e 6 folhas………. Figura 27: Porta quatro vidros……… Figura 28: Porta palheta……… Figura 29: Janelas de PVC……… 25 25 27 27 28 28 28 28 29 29 29 30 30 30 31 31 31 32 32 32 36 37 38 38 40 43 43 43 48 48 48

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Figura 30: Porta sanfonada de PVC……… Figura 31: Portas de PVC……… Figura 32: Janelas de ferro……… Figura 33: Porta de ferro………. Figura 34: Porta de ferro………. Figura 35: Porta de ferro……… Figura 36: Vitrais……… Figura 37: Aberturas com vidros espelhados……… Figura 38: Aberturas com vidros temperados……… Figura 39: Representação gráfica da avaliação qualitativa do custo global…………

50 50 50 50 54 55 55 58 LISTADEQUADROS

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Quadro 01: Tipos de janelas de alumínio mais utilizadas………... Quadro 2: Avaliação do custo global das esquadrias……… Quadro 3: Síntese dos mercados e potencial de crescimento dos setores……… Quadro4: Propriedades térmicas dos materiais……….. Quadro 5: Custo das esquadrias de diferentes materiais em uma obra de baixo padrão……….. Quadro 6: Custo das esquadrias de diferentes materiais em uma obra de alto padrão……….. Quadro 7: Custo das esquadrias de diferentes materiais em um edifício residencial………... Quadro 8: Quadro resumo dos atributos dos materiais utilizados em fabricação das esquadrias………. 42 56 59 61 63 65 67 68

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SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO………. 1.1 RELEVÂNCIA DO TEMA………... 1.2 PROBLEMA………... 1.3 OBJETIVOS………... 1.3 Objetivo geral……….. 1.3 Objetivos específicos……… 1.4 JUSTIFICATIVA……….. 1.5 METODOLOGIA………... 1.6 ESTRUTURA……….. 2 ESQUADRIAS: FUNÇÃO, FORMA E MATÉRIA PRIMA……… 2.1 SITUAÇÃO ECONÔMICA DA CONSTRUÇÃO CIVIL……… 2.1.1 No Brasil……….. 2.1.2 Em Santa Catarina……….. 2.1.3 Mercado de esquadrias no Brasil……… 2.2 CONCEITO DE ESQUADRIAS NA CONSTRUÇÃO CIVIL……… 2.3 CLASSIFICAÇÃO QUANTO À FUNÇÃO……… 2.4 CLASSIFICAÇÃO QUANTO À FORMA……… 2.5 CLASSIFICAÇÃO QUANTO À MATÉRIA-PRIMA……….………. 2.5.1 Esquadrias de madeira……….….. 2.6.2 Esquadrias de alumínio……… 2.5.3 Esquadrias de PVC……… 2.5.4 Esquadrias metálicas de ferro e aço……… 2.5.5 Esquadrias de vidro……… 3 ANÁLISE DO CUSTO-BENEFÍCIO DAS ESQUADRIAS……… CONSIDERAÇÕES FINAIS……….………. REFERÊNCIAS………... 12 12 14 14 14 14 15 16 17 18 18 18 20 21 23 24 27 33 33 39 45 49 52 56 70 71 1 INTRODUÇÃO

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Apresenta-se neste capítulo a relevância e o norte deste Trabalho de Conclusão de Curso. No primeiro momento buscou-se descrever a relevância do tema, em seguida o problemas que delimitou e norteou este estudo. Partindo do problema, elaborou-se os objetivos dentre os quais traçou-se o geral seguido dos específicos. Em seguida a justificativo que visa demonstrar o motivo pelo qual este tema é relevante e nos levou a pesquisá-lo. Apresenta-se ainda neste capítulo, a metodologia utilizada com intuito de apresentar de forma breve o método utilizado para o processo de construção e organização da pesquisa. Por fim, apresenta-se a estrutura do referido trabalho com intuito de descrever a sequência utilizada.

1.1 RELEVÂNCIA DO TEMA

A construção civil é um dos setores que mais se destaca na economia nacional. Este crescimento é consequência do segmento de construção destinado ao empreendimento de habitação de interesse social. (NESI; DARÉ, 2017).

O rigor normativo e as inovações tecnológicas utilizadas pelo mercado determinam a eficiência dos sistemas de esquadrias, exemplo disso são as tipologias de janelas utilizadas em países desenvolvidos, em que os ensaios definem o comportamento técnico das esquadrias (principalmente com relação à estanqueidade) e são condicionantes para estabelecerem certificação de uso das edificações. (NICO-RODRIGUES, 2008).

Em algumas regiões do Brasil, o uso das tipologias racionalizadas nas edificações residenciais não configura item essencial na qualidade dos edifícios, pois não há exigência da parte dos usuários com relação às normas de desempenho técnico dos componentes. (NICO-RODRIGUES, 2008).

As aberturas evoluíram de acordo com a necessidade humana de relacionamento com o mundo externo e com as novas concepções de espaço. Como elemento do invólucro da edificação, as janelas tiveram suas tipologias modificadas e transformadas na medida em que houve necessidade da utilização dos condicionantes climáticos (luz e ar): a) Através da iluminação descobriram-se os espaços internos; b) Através do convívio social exteriorizou-se o interior; e c) Através da ventilação e da iluminação promoveu-se a higienização dos ambientes. As diferenças culturais determinaram maneiras diversas de tratar a iluminação e a ventilação no interior dos ambientes, bem como as diversas técnicas construtivas existentes na história da humanidade. (NICO-RODRIGUES, 2008).

As esquadrias são componentes das edificações que cumprem um papel que vai muito além de sua funcionalidade e da composição estética. São fundamentais no atendimento

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aos diversos requisitos de desempenho, destacando-se pela iluminação e pela ventilação natural que proporcionam. (CBIC, 2017).

As funções das esquadrias são: vedação para água e ar, redução do ruído que penetra no ambiente, controle da passagem de luz - eventualmente, o bloqueio dessa passagem -, e controle das transferências de calor e da qualidade da visibilidade. As esquadrias são guarnecidas por vidros e/ou elementos opacos, de modo a dosar adequadamente essas trocas entre os ambientes, de acordo com um projeto arquitetônico. As esquadrias podem constituir portas, janelas, grandes áreas e coberturas envidraçadas etc; todos esses elementos são formados por esquadrias fabricadas, predominantemente, em madeira, aço, alumínio ou PVC. (DUARTE, 2017).

Com a sua evolução, as esquadrias deixaram apenas de proteger e adquiriram também o lugar de decoração de fachadas. As esquadrias devem atender as especificações e detalhes estabelecidos em normas técnicas, as exigências do usuário, adequadas à composição arquitetônica quanto a sua utilização, dimensão, forma, textura, cor e desempenho. Dados publicados pela ABAL (Associação Brasileira do Alumínio) a esquadria é o segundo item mais problemático de um empreendimento, no período de pós obra no quesito de infiltração. (NESI; DARÉ, 2017).

Como a especulação imobiliária atualmente vem se desenvolvendo cada vez mais, influenciada tanto por investimentos públicos como privados, visto que em nosso país a demanda por moradias e empreendimentos comerciais é constante, existe uma preocupação crescente com a otimização dos materiais e da estrutura da edificação. Com isso, devem ser analisadas as opções mais viáveis que estão disponíveis no mercado e, com as esquadrias, essa preocupação torna-se inevitável, pois elas podem valorizar a construção final, além de uma escolha correta de tipo de esquadria poder reduzir custos, agilizar cronogramas e evitar problemas posteriores, como possíveis patologias. No Brasil, existe uma grande quantidade de normas técnicas relacionadas com as esquadrias, porém, todas elas têm caráter prescritivo. (RODRIGUES, 2015).

1.2 PROBLEMA

Com o crescimento do mercado na construção civil ocorrido nos últimos anos pode gerar como consequência, a perda da qualidade do processo construtivo. A demanda de projetos mal detalhados, a adoção de novos sistemas construtivos sem o domínio da técnica, a mão-de-obra escassa e desqualificada, e incorporação de novas estratégias e soluções de

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projetos e os erros e falhas no processo de execução contribuem para a diminuição do desempenho da edificação. Fato este que contraria a crescente preocupação com a vida útil das edificações e o atendimento aos requisitos dos usuários. (LUDUVICO, 2016).

Um dos problemas relevante na construção civil são as patologias provindas dos diferentes tipos de esquadrias. Segundo Rodrigues (2015), os diversos tipos de esquadrias sofrem com manifestações patológicas ao longo de sua vida útil. Seja por falhas durante a produção e execução ou devido a condições climáticas desfavoráveis, é necessário conhecer os principais fatores que interferem na funcionalidade e durabilidade das esquadrias, com intuito de que se possa evitar a ocorrência de futuros problemas. Sob este aspecto, como problema norteador deste estudo, têm-se o seguinte questionamento: quais são os custos-benefícios dos diferentes materiais de esquadrias externas que podem orientar o engenheiro civil no desenvolvimento de um projeto de construção civil?

1.3 OBJETIVOS

1.3.1 Objetivo geral

Analisar os custos e benefícios de esquadrias mais comuns produzidas e vendidas no comércio de construção civil.

1.3.2 Objetivos específicos

a) Descrever sobre a realidade econômica da construção civil no Brasil e em Santa Catarina em específico sobre a realidade do comércio de esquadrias no ramo;

b) Apresentar, a função, as formas e os principais materiais empregados na fabricação de esquadrias externas para edificações residenciais;

c) Fazer um comparativo entre o custo-benefício de esquadrias em seus diferentes diferentes materiais que atendem as necessidades das edificações.

1.4 JUSTIFICATIVA

A indústria da construção civil exerce influência sobre diversos setores da economia, seja através de sua alta taxa de geração de emprego, renda e impostos, ou pela geração de demanda em outros setores. O papel da construção civil como vetor do

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crescimento econômico é usualmente mensurado pelo tamanho relativo do seu produto como proporcionalmente à renda nacional e por sua ampla rede de ligações setoriais e elevado efeito multiplicador de emprego. Outra característica deste setor é a baixa demanda por importações, o que não pressiona a balança comercial com o aumento de sua atividade. Estudar a economia da construção é vital para se compreender sua dinâmica e os fatores políticos, sociais e econômicos que estão ligados ao seu desenvolvimento. (FIALHO et al, 2014).

O mercado da construção civil encontra-se em crescimento, havendo uma constante busca por novos materiais e técnicas que sejam funcionais, agreguem valor estético ao projeto e que diminuam o custo final da obra. Nesse cenário, o estudo acerca das esquadrias torna-se relevante, pois são um importante elemento no custo final da obra, agregando custos diferenciados de acordo com sua matéria-prima, padrão estético e agilidade no processo construtivo. (RODRIGUES, 2015).

Com intuito de adquirir e aprofundar ainda mais o conhecimento técnico sobre as especificidades e materiais das esquadrias, surgiu o interesse em desenvolver um trabalho que contemplasse estas variáveis. Na atualidade existe tecnologia para fabricação de esquadrias com cinco tipos de materiais, que são eles: madeira, alumínio, aço / ferro, vidro temperado e PVC. Cada material tem suas características físicas e econômicas, as quais devem ser levadas em consideração no momento da especificação do tipo de material e do tipo de esquadria a ser utilizado em uma obra. Muitos profissionais da área não têm clareza sobre as propriedades, características, funcionalidades e viabilidade econômica de cada material e sua melhor utilização em determinados vãos e casos, tornando deficiente a etapa da especificação de materiais e componentes. Dependendo do projeto e do padrão da obra, as esquadrias podem representar um percentual considerável do orçamento total da obra.

Desse modo, é de grande relevância o estudo do custo e benefício de esquadrias externas, considerando que diante das necessidades apresentadas pelo mercado e pelas inovações apresentadas no setor da construção civil, esta pesquisa sirva de subsídio para as escolhas feitas pelos engenheiros no momento de escolher qual o material é mais propício para o orçamento e a obra que se quer desenvolver.

1.5 METODOLOGIA

Antes de descrever sobre o método utilizado para este estudo, considera-se fundamental que se compreenda o conceito de pesquisa e metodologia. Desse modo, Gil

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(2007, p. 17), ressalta que pesquisa é definida como o “(...) procedimento racional e sistemático que tem como objetivo proporcionar respostas aos problemas que são propostos.

A pesquisa desenvolve-se por um processo constituído de várias fases, desde a formulação do problema até a apresentação e discussão dos resultados.” Segundo este autor, só se inicia uma pesquisa se existir uma pergunta, uma dúvida para a qual se quer buscar a resposta. Pesquisar, portanto, é buscar ou procurar resposta para alguma coisa.

De acordo com Fonseca (2002) metodologia é o estudo da organização, dos caminhos a serem percorridos, para se realizar uma pesquisa ou um estudo, ou para se fazer ciência. Etimologicamente, significa o estudo dos caminhos, dos instrumentos utilizados para fazer uma pesquisa científica.

Esta pesquisa constituiu-se em um estudo bibliográfico. Segundo Amaral (2007), a pesquisa bibliográfica é uma etapa fundamental em todo trabalho científico que influenciará todas as etapas de uma pesquisa, na medida em que der o embasamento teórico em que se baseará o trabalho. Consistem no levantamento, seleção, fichamento e arquivamento de informações relacionadas à pesquisa.

Segundo o autor, é fundamental que se faça antes de todo e qualquer trabalho científico, uma pesquisa bibliográfica exaustiva sobre o tema em questão, e não começar a coleta de dados e depois fazer a revisão de literatura, como algumas vezes se observa em alguns profissionais de saúde e acadêmicos no início de formação científica.

Amaral (2007), ressalta que uma pesquisa bibliográfica tem os seguintes objetivos: a) Fazer um histórico sobre o tema; b) Atualizar-se sobre o tema escolhido; c) Encontrar respostas aos problemas formulados; d) Levantar contradições sobre o tema; e) Evitar repetição de trabalhos já realizados.

Fonseca (2002, p. 32), reforça o conceito de Amaral (2007), conceituando pesquisa bibliográfica da seguinte maneira:

A pesquisa bibliográfica é feita a partir do levantamento de referências teóricas já analisadas, e publicadas por meios escritos e eletrônicos, como livros, artigos científicos, páginas de web sites. Qualquer trabalho científico inicia-se com uma pesquisa bibliográfica, que permite ao pesquisador conhecer o que já se estudou sobre o assunto. Existem porém pesquisas científicas que se baseiam unicamente na pesquisa bibliográfica, procurando referências teóricas publicadas com o objetivo de recolher informações ou conhecimentos prévios sobre o problema a respeito do qual se procura a resposta.

Para a realização e desenvolvimento deste Trabalho de Conclusão de Curso, buscou-se pesquisar artigos científicos eletrônicos, TCCs, Dissertações, Teses, Livros, que

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apresentem o reconhecimento científico com intuito de tornar esta produção também científica.

1.6 ESTRUTURA

Este Trabalho de Conclusão de Curso estrutura-se da seguinte forma:

A primeira parte trata dos aspectos introdutórios que delimitam o tema e apresenta a organização e estrutura do trabalho.

Na segunda parte encontra-se o referencial teórico que apresenta os conceitos que abordam a temática desta pesquisa, neste caso em específico, sobre o sistema de esquadrias.

A terceira parte trata da análise do custo-benefício dos diferentes materiais utilizados na fabricação de esquadrias levando-se em conta o custo e o benefício de cada uma delas.

Por fim, apresenta-se as considerações finais que tratam exclusivamente da síntese geral no processo de apropriação do conhecimento pelos pesquisadores e suas conclusões pessoais.

2 ESQUADRIAS: FUNÇÃO, FORMA E MATÉRIA PRIMA

Este capítulo trata-se do referencial teórico deste estudo. Considerou-se relevante para este estudo, descrever sobre o atual situação econômica do país em relação ao mercado da construção civil, visto que este estudo trata de um levantamento de custo e benefício, desse modo é de grande relevância esta apropriação de conhecimento. Buscaremos descrever ainda sobre o conceito de esquadrias para a construção civil, seguido de suas funções, formas e principais matéria prima utilizadas na sua confecção.

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Este capítulo apresentará de forma breve a atual situação econômica do país no ramo de Construção Civil no Brasil e em Santa Catarina.

2.1.1 No Brasil

Construção civil é o termo que engloba obras como casas, edifícios, pontes, barragens, fundações de máquinas, estradas e outras infraestruturas, onde participam arquitetos e engenheiros em colaboração com técnicos de outras disciplinas. Todavia como um setor econômico a ser estudado é preciso contemplá-lo de maneira desagregada, uma vez que sua cadeia econômica é composta pela fabricação de produtos para os setores, pela efetiva construção de edifícios e de obras de infraestrutura, e pelos serviços especializados. (SEBRAE, 2017).

Este setor em nível mundial sofreu reduções drásticas em termos de volumes físicos e financeiros por conta da crise de 2008, oriunda dos Estados Unidos e que no Brasil, embora tenha causado alguns transtornos, não chegou a afetar sobremaneira o setor da construção civil, pois este vinha de bons resultados econômicos, como por exemplo, o crescimento em 2009 de 11,6%.A produtividade europeia é 75% da americana, e a brasileira, que é apenas 15% da americana, demonstrando que há um imenso hiato a ser diminuído entre essas produtividades. (SEBRAE, 2017).

A indústria de construção civil e infraestrutura foi marcada, nos últimos 10 anos, por períodos de forte crescimento, em especial a partir de 2010, quando se observou um boom no setor. Entre 2007 e 2011 o valor da construção apresentou uma taxa média de crescimento de 8,5% a.a., segundo dados do IBGE. No entanto, desde 2012 essa trajetória vem se revertendo, com o setor apresentando queda acentuada em 2015 de -7,6%. O índice de confiança do setor de construção, publicado pela FGV, atingiu em dezembro o menor nível da série, que tem início em 2010. (BRASIL, 2016).

A complexidade do setor advém dos vários impactos decorrentes sobre os aspectos econômicos, sociais, tecnológicos e governamentais que se inter-relacionam na dinâmica do segmento, envolvendo interesses do governo, das empresas e do cidadão. Sua importância, sob o ponto de vista econômico, é facilmente evidenciada pelo peso dos indicadores em relação à participação no PIB, na produção e no emprego, assim confrontados, em relação aos demais indicadores de outros setores da economia (KURESKI et al., 2008).

Como características deste setor, têm-se: os elevados investimentos exigidos para se manter no setor, baixa exigência de qualificação da mão-de-obra e baixa produtividade.

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Mesmo assim diante destas características, o setor é dinâmico e produz impacto para a economia do país, de tal forma que estudos apontam como setor-chave, condizendo com investimentos realizados pelo governo como ação para o desenvolvimento do país. (FIALHO

et al, 2014).

Entre os fatores que contribuíram para esse movimento pode-se destacar a queda na confiança dos agentes, o aumento das restrições de crédito e o ajuste fiscal em curso. Soma-se a isso a fraca demanda do setor imobiliário, prejudicada pelo aumento do desemprego e pela redução das rendas das famílias, resultando em um crescimento significativo do nível de estoques de imóveis residenciais no período. (BRASIL, 2016).

Em 2017 a indústria de construção Civil apresentou crescimento de destaque, puxada pelos maiores investimentos em infraestrutura promovidos pelos Programas de Aceleração do Crescimento a partir de 2007 e um forte aquecimento do setor imobiliário neste período. Outro fator de destaque foi o crescimento vigoroso do consumo das famílias, possibilitado pelo aumento da massa salarial, pelas melhorias nas condições de crédito e pela redução do desemprego em níveis muito baixos para o padrão histórico, que impulsionou os setores de bens de consumo. (BRASIL, 2017).

O setor de construção civil e infraestrutura apresentou crescimento médio de 2,3% a.a. no decênio, marcado por um fraco desempenho nos primeiros anos de projeção em decorrência da deterioração do cenário econômico, com retração dos investimentos em infraestrutura e da construção de imóveis residenciais. Apesar disso, tal setor apresenta grande potencial de crescimento, em decorrência do grande déficit habitacional e da precariedade da infraestrutura, quando comparado a países desenvolvidos, e mesmo alguns emergentes como a China. Considera-se que, ao longo do horizonte, haverá retomada de investimentos em infraestrutura e construção civil, impulsionados pelas políticas de concessão e pelo reaquecimento da demanda imobiliária. (BRASIL, 2017).

2.1.2 Em Santa Catarina

O setor de construção civil em Santa Catarina apresentou grande crescimento em 2008 com taxas maiores que a média nacional. Um fato inconteste é a forte presença da micro e pequena empresa catarinense, no setor de construção civil no Brasil. Em se tratando de números, no ano de 2011, foram gerados mais de 135 mil empregos, com um total de 22.905 empresas em operação. Considerando a soma dos setores abordados neste estudo, no ano de

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2010, geraram uma Receita Líquida de Vendas da ordem de 11 bilhões de reais. (SEBRAE, 2017).

Segundo a reportagem de Gorges (2017) no Diário Catarinense, 2015 foi desastroso para a construção civil catarinense, pois 15 mil empregos foram perdidos e uma queda real de 9,3% no valor total das obras e incorporações, para um total de R$ 12,9 bilhões. Alegou ainda que o número de empresas do setor no Estado também diminuiu de 4.753 para 4.424, e a receita líquida delas caiu 11,8%. Os dados fazem parte da Pesquisa Anual da Indústria da Construção (PAIC), divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Segundo o autor, apesar dos números ruins, Santa Catarina ainda possui peso relevante no cenário nacional da construção: o Estado é o sexto em número de empresas ativas, o sexto em receita e o sétimo em valor bruto de produção. Considera-se que o ano de 2017 tenha iniciado com uma leve retomada nos índices de emprego, as turbulências políticas dos últimos meses têm jogado por terra os avanços. Construtoras vêm segurando lançamentos e investimentos, e a expectativa é que um retorno aos patamares de 2011 possa demorar até cinco anos.

O SEBRAE apresenta tendências, ameaças e oportunidades que podem ser exploradas no mercado de construção civil.

Em relação às tendências, o SEBRAE (2017) sugere uma reestruturação das empresas, com a modernização de processos construtivos e a introdução da inovação de produtos, com foco principal na sustentabilidade ambiental. Outro fato é a crescente utilização de tecnologia da informação para a gestão dos empreendimentos, com propósito de promover a padronização e a industrialização no setor. Neste prospecto Santa Catarina tem sido inovador, com a oferta de ferramentas tecnológicas e lançamento de produtos sustentáveis, além de ser a sede de empresas referências no setor, como Tubos e Conexões Tigre ou a Krona.

Tratando-se de ameaças, faz-se necessário separar os apontamentos em duas vertentes, sendo a primeira ligada à construção habitacional e a segunda, ligada à construção pesada. Na primeira vertente, o gargalo principal está na geração de mão de obra qualificada, e no segundo a baixa capacidade de planejamento e de execução dos projetos, associado ao ambiente regulatório e institucional que necessita de revisão e da implementação de marcos adequados e do fortalecimento das agências reguladoras. Para ambas as vertentes, tem-se ainda a questão da baixa disponibilização de fontes de crédito e a elevada carga tributária. (SEBRAE, 2017).

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Sobre as oportunidades no setor, constata-se uma verdade absoluta, a crescente necessidade por moradias, por conta do déficit habitacional no Brasil. Associado a esta realidade, tem-se a necessidade de investimentos em infraestrutura, no setor elétrico e setor petrolífero, todos enquadrados no programa PAC, instaurados pelo governo brasileiro. Para Santa Catarina as oportunidades encontram-se nas ampliações dos portos e a duplicação de rodovias federais. (SEBRAE, 2017).

2.1.3 Mercado de esquadrias no Brasil

O setor de esquadrias desde os primeiros momentos de aplicação no Brasil, no início da década de 50, com grande incentivo na construção de Brasília, veio se aprimorando e incorporando diversas novas técnicas de construção e de aplicação de novos materiais. A NBR 10821 considerada a norma “mãe” para o setor está em fase de revisão, com a nova designação de “Norma para Esquadrias Externas de Edificações” e abrangerá as várias tipologias de portas e janelas produzidas com todos os tipos de materiais - como madeira – e avaliará e citará inclusive as normas de fechaduras, dobradiças e demais componentes como roldanas, articulações, fechos entre outros. (TRAVASSOS, 2010).

De acordo com Travassos (2010) os sistemas de esquadrias de alumínio são os únicos do mercado homologados pelo PBQP-H (Programa Brasileiro da Qualidade e Produtividade do Habitat), administrado pelo Governo Federal, através do Ministério das Cidades com a função de combater a não conformidade, promover a qualidade de materiais e serviços e aumentar a produtividade de todos os segmentos da construção civil.

A homologação é fruto da parceria estratégica entre a ABAL e a AFEAL ao reunir fornecedores de perfis, sistemistas e fabricantes de esquadrias com o objetivo de elevar a qualidade em toda a cadeia produtiva. Essa parceria ocorrida sob âmbito do Programa Setorial da Qualidade – PSQ – Esquadrias de Alumínio (braço do PBQP-H e gerido pelas entidades) dá provas ao mercado da qualidade e da conformidade dos sistemas de esquadrias especiais de alumínio em todas suas etapas de fabricação, do projeto à montagem, pois para serem homologados passam por uma série de ensaios laboratoriais. (TRAVASSOS, 2010).

Os sistemas homologados, contemplam os perfis de alumínio, acessórios, gaxetas, escovas e parafusos para a fabricação de janelas e estão à disposição dos fabricantes de esquadrias, em conformidade e normalizados pela norma NBR 10821, para os requisitos de permeabilidade ao ar, estanqueidade à água, resistência às cargas de vento e resistência às operações de manuseio. (TRAVASSOS, 2010).

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Vailati Filho (2017) menciona que as características presentes nas indústrias de fabricação de esquadrias, é possível verificar que estes empreendimentos estão permanentemente condicionados às regras, tecnologias, normatizações e demais exigências da indústria da construção civil. Portanto, os empresários devem ter uma leitura adequada deste mercado, analisando sua importância, e entendendo a dinâmica e sua inserção neste setor, assim como as competências individuais e organizacionais requeridas, que devem ser integradas e desenvolvidas.

Analisando os números que seguem os movimentos da construção civil no Brasil, observa-se um pujante crescimento do número de residências e de outras edificações, na qual é possível identificar a importância desta atividade, e a tendências de demandas crescentes por novas soluções, tipos de materiais e tecnologias que irão compor essas esquadrias para atendimento das necessidades dos clientes. (VAILATI FILHO, 2017).

Com relação ao tipo de material utilizado na fabricação dos produtos, o mercado de esquadrias no Brasil apresenta significativas diferenças, se comparado com a Europa e América do Norte. Enquanto as esquadrias de aço no Brasil representam cerca de 45% do mercado, naqueles continentes praticamente não é utilizado este tipo de material na construção civil. (MASSETO et al, 2008).

O uso de esquadrias no mercado brasileiro está cada vez mais difundido, seja pela descoberta de novos materiais, seja pela atenção à sua função protetora e ao seu valor estético. Dentre as vantagens das esquadrias, estão os avanços na produtividade, qualidade e desempenho, além da possibilidade de serem pré-fabricadas, o que garante grande redução no tempo da construção e elimina o desperdício, obtendo-se um custo final menor da edificação. Dessa forma, a utilização desses produtos pode significar economia, segurança e beleza. Segundo dados da Afeal - Associação Nacional dos Fabricantes de Esquadrias de Alumínio - estima-se que o mercado de esquadrias no Brasil seja composto da seguinte maneira: 19% alumínio; 1% PVC; 40% madeira; e 40% aço/ferro. (HUTH, 2007).

2.2 CONCEITO DE ESQUADRIAS NA CONSTRUÇÃO CIVIL

Fernandes (2004, p.22) conceitua esquadrias da seguinte forma: “as esquadrias são componentes das edificações, que ligam e integram os espaços e as pessoas. Cada ambiente de uma edificação possui uma função que, consequentemente, exige diferenciadas tipologias de esquadrias”. Segundo o autor, o termo esquadrias é geralmente utilizado para designar janelas e portas.

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As esquadrias são o meio de contato com o exterior quando se está dentro das edificações. Uma esquadria mal dimensionada pode tornar o ambiente escuro e fluido, ou quente e sem controle de iluminação. Um terço da energia gasta para condicionamento dos ambientes é devido à má-vedação das janelas. Além do conforto acústico, as esquadrias permitem fachadas diferenciadas e modernas e grandes possibilidades de adequação em reformas. (HUTH, 2007).

Conforme Guella e Sattler (2004), as esquadrias residenciais podem ser consideradas, como os componentes da edificação que requerem o desempenho de um maior número de funções, representando de 8 a 14% do custo total da construção. Além de suas funções básicas como iluminação, ventilação, passagem e segurança, as esquadrias podem gerar impactos psicológicos (promovendo a visualização do ambiente externo), artísticos (determinando uma percepção de caráter estético da edificação) e econômicos (na medida em que pode racionalizar o uso de energia elétrica ou requerer uma maior ou menor manutenção). Rodrigues (2015) salienta que para a edificação as esquadrias devem apresentar as seguintes funções: estanqueidade à água e ao ar (devem proteger o ambiente contra calor, frio e infiltrações); resistência suficiente para se manter intacta no transporte, execução em obra, resistir a agentes atmosféricos; resistência ao vento; e por fim, comportamento acústico, a fim de reduzir a propagação sonora originada do ambiente externo.

Segundo o autor, são normalizadas pela NBR 10821 - Esquadrias externas para edificações (ABNT, 2011-B) - a qual se divide em três partes: terminologia; requisitos e classificação; e métodos de ensaio. Dependendo da matéria-prima constituinte da esquadria, podem ser incluídas outras normas, como o vidro na NBR 7199/89 - Projeto, execução e aplicações de vidro na construção civil (ABNT, 1989) e também dependendo do tipo de esquadria, como a janela necessita de caixilhos para guarnição, deve-se levar em conta a NBR 10821/1: Caixilhos para edificações – Janelas (ABNT, 2011-A).

De acordo com Huth (2007), estas normas visam garantir um limite mínimo de vedação ao ar, estanqueidade à água e suportar a pressão dos ventos. Além disso, devem atender as necessidades de iluminação, acústica e resistência mecânica ao manuseio, muitas vezes determinando o design do empreendimento. Yazigi (2004) salienta que os materiais e acessórios utilizados nos caixilhos das esquadrias precisam estar de acordo com as normas a eles pertinentes. Cabe ao responsável pelo projeto, atender às exigências do usuário e das normas técnicas, selecionando e recomendando as esquadrias mais adequadas ao local de uso.

Consideradas um produto caro, as esquadrias possuem preço bastante variado, determinado de acordo com fatores como complexidade do projeto, tipologia, robustez dos

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perfis, padrões dos componentes e tratamento da superfície. A junção dos atributos estéticos e funcionais faz a relação custo/benefício extremamente positiva. As esquadrias proporcionam maior conforto ambiental, acústico, térmico, economia com ar-condicionado, energia e segurança. (HUTH, 2007).

As esquadrias podem ser divididas em diferentes aspectos: quanto a sua função (principalmente, portas e janelas), forma de abertura e tipo de material (alumínio, metal, PVC, madeira e vidro). O que serão apresentados a seguir.

2.3 CLASSIFICAÇÃO QUANTO À FUNÇÃO

De acordo com Rodrigues (2015), a classificação quanto à função das esquadrias baseia-se no seu caráter funcional. É a divisão tipicamente conhecida, composta pelas tradicionais portas (função de circulação de pessoas, separação de ambientes) e janelas (circulação de ar e luminosidade), além de grades (caráter de proteção da edificação, geralmente constituídas de metal), cobogós (superfície vazada, com função de aeração, luminosidade e estético; possuindo como matéria-prima cimento, cerâmica ou outros materiais), alçapão (possibilita acesso a porão e sótão) e brise-soleil (elemento com caráter de proteger da luminosidade e calor).

As figuras 01 e 02 mostram um exemplo de um brise-soleil e de um cobogós.

Figura 01: Exemplo de um brise-soleil. Fonte: Rodrigues (2015).

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Figura 02: Exemplo de cobogós. Fonte: Rodrigues (2015).

Santana (2017), apresenta as principais funções das esquadrias:

- Acesso: controla o trânsito de pessoas e veículos. Sendo um elemento de segurança da edificação evitando ou dificultando a entrada de intrusos.

- Isolamento: as esquadrias permitem o isolamento tanto térmico protegendo contra as incidências solares, bem como permite o isolamento acústico, uma vez que possibilita o controle com efeito de minimizar os ruídos e barulhos externos.

- Iluminação: permite a entrada da iluminação natural, tornando o ambiente interno mais salubre, além de reduzir custos e recursos com a redução do uso da iluminação artificial.

- Ventilação: permite a passagem e circulação do ar externo, contribuindo para a renovação do ar no ambiente interno da edificação.

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Segundo a autora a ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) fixa orientações e procedimentos para as coberturas em relação às suas terminologias, requisitos e classificações, especificações, métodos de ensaios, pelas seguintes normas:

ABNT NBR 10821-1:2011. Esquadrias Externas para Edificações, Parte 1: Terminologia

ABNT NBR 10821-2:2011. Esquadrias Externas para edificações, Parte 2: Requisitos e Classificação.

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ABNT NBR 10821-3:2011. Esquadrias externas para edificações. Parte 3 – Método de Ensaio.

ABNT NBR 13756:1996, Esquadrias de alumínio – Guarnição elastomérica em EPDM para vedação – Especificação.

Vailati Filho (2017), menciona que no mercado brasileiro as esquadrias são classificadas em dois tipos: especiais e padronizadas. O autor menciona o relatório da Associação Nacional dos Fabricantes de Esquadrias de Alumínio - AFEAL, dos quais apresentam os condicionantes aplicados a cada um dos segmentos de esquadrias:

[...] no caso das esquadrias especiais, ao projetar um edifício comercial, residencial, industrial ou institucional, o arquiteto define os vãos e o tipo de esquadria. A construtora contrata uma empresa fabricante de esquadrias especiais, geralmente através de concorrência, envolvendo as etapas de projeto dos caixilhos, produção e instalação. Já as esquadrias padronizadas são produzidas em escala, obedecendo a diversos modelos, de acordo com catálogo de cada fabricante. Sua distribuição ocorre através das lojas de materiais de construção e redes de home-centers. Ou, ainda, podem ser adquiridas pelas construtoras, principalmente de edifícios residenciais.

A seguir apresenta-se a classificação das esquadrias quanto a forma.

2.4 CLASSIFICAÇÃO QUANTO À FORMA

Rodrigues (2015), salienta que há uma diversidade de esquadrias, cada qual projetada e construída conforme o material e a natureza da abertura. Segundo o autor, existem no mercado esquadrias em tamanhos padrão conforme as dimensões mais utilizadas, porém, é comum encomendar a fabricação de esquadrias sob medida. O autor apresenta os tipos mais comuns a seguir.

Esquadria de abrir: é o tipo mais comum, geralmente são simples portas e janelas de abrir, onde uma folha ou mais se abrem, girando sobre dobradiças ou pivô, para fora ou para dentro do ambiente onde está instalada. As figuras 03 e 04 apresentam esquadrias de abrir.

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Figura 03: Exemplo de esquadria de abrir (janela). Fonte: Rodrigues (2015).

Figura 04: Exemplo de esquadria de abrir (porta). Fonte: Rodrigues (2015).

Esquadria de correr: são portas e janelas, apoiadas ou penduradas em trilhos, que correm lateralmente para realização da abertura ou fechamento. Nestas esquadrias é fundamental escolher muito bem o tipo de trilho de acordo com o material utilizado na sua fabricação, pois diferentes trilhos podem suportar ou não o peso da esquadria, ou ainda, permitir maior ou menor abertura. As figuras 05 e 05 apresentam exemplo de esquadrias de correr.

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Figura 05: Exemplo de janela de correr. Fonte: Rodrigues (2015).

Figura 06: Exemplo de porta de correr. Fonte: Rodrigues (2015).

Esquadria veneziana: as portas venezianas possuem aberturas para possibilitar a ventilação no ambiente interno. As figuras 07 e 08 apresentam exemplos de esquadrias de veneziana.

Figura 07: Exemplo de porta de veneziana. Fonte: Rodrigues (2015).

Figura 08: Exemplo de janela de veneziana. Fonte: Rodrigues (2015).

Esquadria basculante: são fixadas em pivôs laterais que permitem a esquadria bascular projetando parte para dentro e parte para fora do ambiente. Os clássicos vitrôs acionados por alavanca são também um tipo de esquadria basculante. Em tempos remotos, as esquadrias basculantes eram apenas as janelas basculantes, porém, atualmente há uma grande variedade de portões basculantes em residências e até em galpões industriais. As figuras 09 e 10 apresentam exemplo de esquadrias do tipo basculante.

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Figura 09: Exemplo de janela basculante. Fonte: Rodrigues (2015).

Figura 10: Exemplo de porta basculante. Fonte: Rodrigues (2015).

Esquadria Maxi-Ar: embora sejam similares às basculantes, ao se abrirem toda sua folha se projeta para fora do ambiente, podendo chegar a uma abertura de quase 90 graus. Durante a abertura ou fechamento, ela pode parar em qualquer ponto graças ao uso de uma corrediça especial em suas laterais, ao invés do pivô presente na janela basculante. A figura 11 apresenta um exemplo de abertura Maxi-Ar.

Figura 11: Exemplo de esquadria Maxi-Ar. Fonte: Rodrigues (2015).

Esquadrias guilhotina: é composta de duas “folhas”, sendo que quando fechada, uma folha fica em cima e uma fica embaixo, geralmente acompanhadas de venezianas de abrir. Neste modelo, é possível escolher se deixa a parte superior ou inferior aberta. Quando as duas folhas estão para cima, elas ficam apoiadas sobre “borboletinhas” metálicas nas laterais. Nestas janelas é muito importante tomar cuidado no ato de abrir e fechar para evitar que uma das folhas caia sobre partes do corpo do usuário, como a mão ou os dedos, com a possibilidade de causar sérias lesões. As figuras 12 e 13 apresentam exemplos de esquadrias tipo guilhotina.

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Figura 12: Exemplo de janela guilhotina. Fonte: Rodrigues (2015).

Figura 13: Exemplo de portas guilhotina. Fonte: Rodrigues (2015).

Esquadria camarão: são aquelas em que as folhas correm e dobram simultaneamente e horizontalmente através de trilhos, recolhendo-se e deixando quase todo o vão aberto, também conhecidas como sanfonadas, semelhantes a um leque. As figuras 14 e 15 a seguir apresentam exemplos de esquadrias do tipo camarão.

Figura 14: Exemplo de esquadria camarão (porta). Fonte: Rodrigues (2015).

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Figura 15: Exemplo de esquadria camarão (janela). Fonte: Rodrigues (2015).

Esquadria pivotante: é aquela em que a folha da porta ou janela gira sobre seu próprio eixo, tanto na vertical quanto na horizontal, conforme apresentado nas figuras 16 e 17.

Figura 16: Janela pivotante. Fonte: Rodrigues (2015).

Figura 17: Porta pivotante. Fonte: Rodrigues (2015).

Esquadrias Fixas: possuem funções meramente estéticas ou de iluminação. São comuns em corredores e escadas. As figuras 18 e 19 apresentam exemplos de esquadrias fixas.

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Figura 18: Janela fixa. Fonte: Rodrigues (2015).

Figura 19: Portas fixas. Fonte: Rodrigues (2015).

Esquadria ideal: Trata-se do uso de duas folhas de janela que se fecham como a janela guilhotina, mas no mesmo plano. Quando se abre uma para cima ou outra para baixo, um sistema de contrapesos embutidos dentro da janela faz com que a outra folha também se recolha, obtendo aí 100% de abertura do vão. A figura 18 apresenta um exemplo de janelas ideais o qual se trata do edifício Louveira, de Vilanova Artigas, localizado na praça Villaboim, em São Paulo, possui janelas do tipo ideal, comum nas décadas de 50 e 60, com abertura de 100% do vão.

Figura 20: Esquadrias ideias: edifício Louveira, de Vilanova Artigas. Fonte: BORGES LANDEIRO (2010).

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Na etapa do projeto, o engenheiro civil deve ter o máximo de cuidado na projeção das esquadrias externas, prevendo o sentido de abertura das portas e janelas, dependendo do cômodo (funcionalidade ou destino), ou da parede (se é divisa do terreno, calçada ou outra peça), de modo que as esquadrias favoreçam a arrumação dos móveis e o atendimento às demais necessidades (luminosidade, ventilação, estética). É aconselhável reduzir o número de portas externas, de ingresso, sob o aspecto da segurança (melhorar a fiscalização e economizar em dispositivos de alarme). (AZEREDO, 2004).

2.5 CLASSIFICAÇÃO QUANTO À MATÉRIA-PRIMA

A classificação quanto à matéria-prima será utilizada para realizar um detalhado estudo das esquadrias em geral. Os diferentes materiais, além de possuírem diferentes características, são facilmente adaptáveis em diferentes tipos de abertura e podem ser utilizados, quase sempre, diferentes materiais para diferentes funções. (RODRIGUES, 2015).

Desse modo, segundo o autor supracitado, as matérias-primas tornam-se o principal diferencial na comparação das esquadrias, possuindo distintos valores no comércio e, para uma correta escolha no uso da esquadria na obra, deve-se conhecer os materiais presentes no mercado da construção civil brasileira.

Apresentaremos cinco matérias-primas mais utilizadas no cenário nacional: madeira, alumínio, metal, PVC e vidro, exemplificadas nos dois elementos mais comuns: portas e janelas. As matérias-primas possuem distintas particularidades, possuindo diferentes elasticidades, conforto termo acústico, resistência às intempéries e agentes biológicos, garantia do produto, enfim, uma infinidade de características que devem ser analisadas para a correta escolha por parte do profissional.

2.5.1 Esquadrias de madeira

A madeira conforme Bruna et al, (1991), é a matéria prima que primeiro foi utilizada para a confecção de caixilhos em edificações. Tendo em vista a importância que desempenhou na mão de artesões, na confecção de portais medievais e igrejas. É o material mais tradicional e que possui o efeito estético mais sofisticado, tendo como principais vantagens permitir a utilização de técnicas de pintura em seu acabamento, e seu custo reduzido desde que sejam aplicados modelos padronizados. No entanto, dependendo da escolha do tipo de madeira, e opção por produzir algo original pode elevar seu custo.

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A madeira enquanto material de construção incorporam um conjunto de características técnicas, estéticas e econômicas, dificilmente encontrada em outro material. Bauer (1994), menciona algumas dessas qualidades:

- Apresenta resistência mecânica tanto a esforços de compressão como aos esforços de tração na flexão (foi o primeiro material de construção a ser utilizado tanto em colunas, em vigas e vergas);

- Possui resistência mecânica elevada, superior ao concreto, com vantagem do peso próprio reduzido;

- Resiste excepcionalmente a choques e esforços dinâmicos: sua resiliência permite absorver impactos que romperiam ou estilhaçariam outros materiais; - Apresenta boas características de isolamento térmico e absorção acústica; - Seco, é satisfatoriamente dielétrico;

- Tem facilidade de afeiçoamento e simplicidade de ligações: pode ser trabalhado com ferramentas simples;

- Têm custo reduzido de produção, reservas podem ser renovadas e, quando convenientemente preservada, perdura em vida útil prolongada a custa de manutenção;

- Em seu estado natural, apresenta uma afinidade de padrões estéticos e decorativos;

- A madeira somente adquiriu reconhecimento como moderno material de construção, em condições de atender às exigências de técnicas construtivas, quando tantos outros processos de beneficiamento permitiram anular as características negativas que apresenta seu estado natural;

- A degradação de suas propriedades e o surgimento de tensões internas, decorrentes de alterações em sua umidade são anuladas pelos processos de secagem artificial controlada;

- A deteriorização, quando em ambientes que favoreçam o desenvolvimento de seus principais predadores é contornada com os tratamentos de preservação; - A marcante heterogeneidade e anisotropia, próprias de sua constituição fibrosa

orientada, assim como a limitação de suas dimensões são resolvidas pelos processos de transformação nos laminados, contraplacados e aglomerados de madeira.

O autor acima supracitado, menciona que a madeira possui o segundo grau de importância na construção civil, depois do aço. Podem participar nessa condição, provisória

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ou definitivamente, em todas as partes de uma construção, desde as fundações, estrutura, pavimentos, vedações, esquadrias e revestimentos, até a cobertura. É um material tecnicamente adequado e economicamente competitivo para todas as obras de engenharia, desde lastro de vias férreas até galerias, torres, pontes e estruturas de cobertura em grandes vãos. Porém Travassos (2010) menciona que se tratando de esquadrias, a madeira ocupa posição somente à frente do PVC com aproximadamente 20% do mercado, ficando atrás do alumínio e principalmente do aço. Em relação específica de janelas, a madeira (29%) praticamente divide o mercado com o alumínio (30%) perdendo somente do aço (40%).

A matéria-prima vem principalmente da região amazônica embora grandes fabricantes mantenham fábricas no Paraná e Santa Catarina, onde há inclusive a APL de madeira e esquadrias de Porto União da Vitória, compreendendo sete municípios da microrregião de União da Vitória e mais um pertencente ao Estado de Santa Catarina. (TRAVASSOS, 2010).

As esquadrias de madeira proporcionam um toque requintado e confortável. Adaptam-se às condições do clima por serem bons isoladores térmicos evitando a condensação de umidade em sua superfície numa situação de grande diferença de temperatura entre os ambientes que a esquadria separa. (HUTH, 2007).

Há uma variedade de madeiras que podem ser utilizadas como matérias-primas para a fabricação de esquadrias, dentre as quais devem ser analisados basicamente três critérios: a maleabilidade, a resistência e a umidade. Para executar uma esquadria com qualidade é necessário que a madeira esteja completamente seca, caso contrário, a madeira continuará com o processo de secagem mesmo depois da esquadria instalada, podendo ocorrer deformações irreversíveis. (SILVA; SILVA, 2007). As espécies mais usadas na construção civil são: cumaru, ipê, freijó, cedromara, itaúba (FERNANDES, 2004).

Rodrigues (2015), apresenta algumas tonalidades de madeira utilizadas na fabricação de esquadrias apresentado na figura 21.

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Figura 21: Tonalidade de madeira. Fonte: Rodrigues (2015).

Existem no Brasil diversas empresas que produzem esquadrias em nível industrial. Em número reduzido, existem as que continuam produzindo suas esquadrias de forma artesanal, as quais se pode aplicar a aplicação proposta. (HOFFMANN, 2012).

A principal desvantagem da madeira é sua vulnerabilidade de grande parte das espécies, quando expostas a condições climáticas adversas. A umidade, radiação solar e agente biológico, interfere na estrutura da madeira acarretando primeiro a perda de seu valor estético e posteriormente sua degradação. (RODRIGUES, 2015).

Outra desvantagem é que este material pode apresentar variações de volume (retração ou inchamento), em função da variação da umidade, mesmo depois de trabalhadas. Apesar de existirem diversas maneiras de proteger a madeira e minimizar os efeitos causados por agente naturais. A aplicação de substâncias químicas é a melhor forma de protegê-la e aumentar sua vida útil, sendo que existem uma vasta linha de produtos disponíveis no mercado com diferentes características. Porém, a aplicação destes produtos deve ser rotineira, o que acaba se tornando uma desvantagem. (RODRIGUES, 2015).

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Figura 22: Esquadrias de madeira. Fonte: Rodrigues (2015).

O processo de fabricação obedece alguns critérios, sendo que o primeiro deles refere-se ao nível de umidade no processo da secagem da madeira. A seguir, o corte e fresamento onde as tábuas começam a ganhar a forma de perfil de madeira que vai constituir o caixilho. A próxima etapa é o tratamento anti-ataques de microorganismos feito com produtos químicos usualmente pelo processo de submersão. (TRAVASSOS, 2010).

Após as madeiras são estocadas para um novo processo de secagem ao ar livre onde se reduz ao mínimo a possibilidade de empenamento. Em relação ao acabamento após as etapas anteriores, o tratamento passa por máquinas que eliminam possíveis deformações da superfície da madeira como plainas, desempenadeiras, calibragem de medidas, lixamento superficial até chegar ao bitolamento necessário. Com as peças acabadas, desenhadas com todos os encaixes necessários, processa-se a montagem dos quadros e folhas e a colagem de todo o material. A etapa de colagem é uma das principais responsáveis pela durabilidade da montagem dos caixilhos e uma das que mais problemas podem trazer. (TRAVASSOS, 2010).

Para executar a obra nas esquadrias de madeira, explicaremos primeiramente quais os passos para colocar a porta. Segundo Rodrigues (2015), as portas são as esquadrias que possuem a função de privacidade e transição de ambientes, as quais constituem-se a peça de madeira e outros materiais como: dobradiças, fechaduras, marcos, visores, entre outros. A execução de portas de madeira é um processo considerado simples, geralmente é utilizada uma espuma de poliuretano expansiva, que auxilia na correta adequação da esquadria junto ao vão.

De acordo com Silva e Silva (2007), a instalação de uma porta de madeira ocorre da seguinte forma:

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a) Preparação do vão: O cuidado na preparação dos vãos na alvenaria é fundamental para evitar problemas posteriores à aplicação da peça de esquadria. É necessário prover uma folga entre a alvenaria e a esquadrias para que a mesma possa ser posicionada, aprumada e nivelada.

b) Colocação do marco: Deve-se colocar o batente, fixando e travando com cunhas, posicionando-as preferencialmente nos cantos dos caixilhos e sem excesso de força, pois este movimento exagerado pode ocasionar empenamento; também se deve averiguar o prumo, nível e cotas.

c) Após o posicionamento da esquadria no vão, devidamente aprumada e nivelada, é feito a aplicação da espuma. Após a aplicação da espuma é recomendada uma pausa a fim de que ocorra a correta ação desta. O tempo de pausa varia de fabricante, podendo ser de 2hs até um dia. A figura 23 apresenta como deve ser a fixação do batente e a figura 24 apresenta a localização dos pontos da espuma.

Figura 23: Fixação do batente. Fonte: Rodrigues (2015).

Figura 24: Localização dos pontos da espuma. Fonte: Rodrigues (2015).

d) Após o intervalo de colocação da espuma deve ser cortado o excesso desta, por meio de estilete, por exemplo. Também devem ser retiradas as cunhas, ripas e travamentos.

e) Por fim, deve-se colar os encaixes finais como guarnições, em meia esquadria para encaixe perfeito com a parte superior, fixando-as nos marcos reguláveis. As janelas possuem a função de iluminar e ventilar o ambiente naturalmente além de proteger o interior do ambiente, seja do calor ou frio, ruídos, chuva ou vento. O

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desempenho de uma janela depende das características físicas, econômicas, psicofísicos e artísticos. Depende ainda do sistema de juntas e acessórios, da altura a ser instalada na edificação, da posição na fachada, do meio ambiente onde estará inserida (condições externas) e outras situações definidas pelo projeto arquitetônico da edificação (FERNANDES, 2004). Segundo Rodrigues (2015), para executar a colocação de uma janela de madeira segue basicamente os mesmos passos usados na instalação de uma porta, devendo atentar-se ao nivelamento da cabeceira e peitoril.

Configura-se a durabilidade natural nas madeiras como uma característica extremamente relativa, pois depende não somente de fatores decorrentes da própria natureza do material – espécie lenhosa, cerne ou alburno, presença de taninos, óleos e resinas em seus vasos lenhosos – como também de fatores externos, relacionados às condições do ambiente de emprego: umidade, temperatura, arejamento, etc. (HUTH, 2007).

2.6.2 Esquadrias de alumínio

O alumínio é um dos elementos químicos de meia ocorrência na natureza. O minério que possui maior concentração deste elemento é a Bauxita de aspecto semelhante ao barro. A Bauxita é submetida a moagem seguida por diversos processos que a transformam em alumina ou óxido de alumínio. A eletrólise finaliza o processo para a obtenção do alumínio com alto teor de pureza (99,5%), que no estado líquido é misturado com outros elementos obtendo-se ligas, geralmente sob forma de lingotes. Para a fabricação dos laminados (chapas) e estrudados (perfis), esses lingotes passam por fusão, esticamento para uniformização e, finalmente, corte em tamanhos padronizados. (CEHOP, 2017).

Tratando-se da terminologia do alumínio para a construção civil, a CEHOP (2017) apresenta a seguinte descrição:

Anodização: tipo de acabamento superficial dos perfis que consiste em, através da eletrólise, depositar uma camada anódica de alumina na superfície dos perfis, protegendo-os contra os ataques químicos proporcionando maior brilho. A espessura da camada de anodização depende do ambiente de exposição conforme classificação a seguir:

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Figura 25: Espessura da camada de anodização do alumínio. Fonte: CEHOP (2017).

Selagem: corresponde a proteção da anodização, evitando a ação do ar atmosférico sobre a superfície dos perfis. Consiste em se banhar o perfil, já anodizado, em água destilada em ebulição, proporcionando a dilatação térmica da camada de alumina com o consequente fechamento dos poros.

Polimento químico: É conseguido através da emissão dos perfis em tanques com soluções a base de ácido fosfórico, ácido nítrico e outros.

Pintura: Utiliza-se pintura eletrostática, líquida ou em pó. É executada em cabina, com pistola pressurizada, e seca em estufa a altas temperaturas. As tintas mais utilizadas são a base de epóxi, poliéster, poliuretano e nylon, sendo selecionadas conforme a agressividade do meio onde serão instaladas as esquadrias.

Eletroposição: É feita com fins estéticos apenas, através da deposição, sobre o alumínio de alguns metais como níquel, zinco, cobre, cromo etc., como forma de acabamento mais nobre.

O alumínio mostrou-se extremamente vantajoso para a construção civil como matéria-prima para esquadrias, devido a características como leveza, função estrutural, baixa manutenção e fabricação de esquadrias nas mais variadas tipologias, com design atualizado e geometria livre. O material é resistente à corrosão e, quando submetido aos tratamentos superficial, tais como a anodização ou pintura apropriada, sua resistência é ampliada, além de não oxidar como o ferro e não perder o brilho. É exatamente pela durabilidade que o emprego do alumínio tem crescido na confecção de esquadrias. (HUTH, 2007).

Uma das principais características do alumínio é sua alta reciclabilidade. Depois de muitos anos de vida útil, segura e eficiente, o alumínio pode ser reaproveitado, com recuperação de parte significativa do investimento e economia de energia, como já acontece

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largamente no caso da lata de alumínio. Além disso, o meio ambiente é beneficiado pela redução de resíduos e economia de matérias-primas propiciadas pela reciclagem (HUTH, 2007).

Além de possibilitar vários acabamentos e ser de um material extremamente durável, a esquadria de alumínio é geralmente muito precisa e estanque (com exceções das janelas padrão de má qualidade que são vendidas em diversos centros de construção no país). O alumínio oferece muitas opções de acabamento e não enferruja, sendo adequado para construções à beira-mar, por exemplo. Este material é extremamente leve, facilitando a fabricação, instalação e funcionamento do produto, além disso, diminui o peso nas estruturas principais dos edifícios. (RODRIGUES, 2015).

A NBR 15.575-4 refere-se às esquadrias de alumínio como Sistemas de Vedação Interno e Externo (SVVIE), porém a norma acaba incluindo além das esquadrias as paredes de alvenaria, portas de madeira, etc. Em função disso, a NBR 15.575-4 referência a NBR 10821, partes 1, 2 e 3, às quais se referem à terminologia, requisitos, classificação e métodos de ensaio para as esquadrias externas para edificações. (PAGNUSSAT, et al, 2015).

Segundo a CEHOP (2017), as esquadrias de alumínio podem ser confeccionadas em escala industrial ou sob encomenda, com perfis estrudados, sólidos ou abertos, tubulares ou fechados e semi-tubulares (parcialmente fechados). Podem também ser fabricadas pela associação dos perfis com laminados de alumínio e chapas.

Segundo Yazigi (2004), o grande número de fabricantes de esquadrias de alumínio, torna a qualificação de fornecedores uma tarefa complexa, levando em conta as dificuldades em se obter dos projetistas um detalhamento de projeto que permita a contratação de serviços com critérios técnicos e econômicos bem definidos. Segundo o autor, fabricantes que se encontram em um estágio tecnológico adiantado oferecem o serviço de projeto das esquadrias com estudo de soluções técnicas e economicamente vantajosas para a obra. Partindo das especificações dos projetistas, esses fabricantes têm melhores condições de otimizar o projeto e o uso dos perfis, por meio de sistemas informatizados, assegurando o cumprimento das normas técnicas nas fases de projeto, produção e instalação.

O quadro 01 apresenta os tipos de janelas de alumínio mais utilizadas com suas vantagens e desvantagens.

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Tipos Vantagens Desvantagens

1) Simplicidade de manobra; 2) Ventilação regulada conforme

abertura das folhas;

3) Não ocupa áreas internas ou externas (possibilidade de grades ou telas no vão total).

1) Vão para ventilação, quando aberta totalmente, equivale a 50% do vão da janela; 2) Dificuldade de limpeza na

face externa;

3) Vedações necessárias nas juntas abertas.

1) Não ocupa espaço interno; 2) Possibilita ventilação nas áreas

inferiores do ambiente, mesmo com chuva sem vento;

3) Boa estaqueidade, pois a pressão do vento sobre a folha ajuda esta condição.

1) Dificuldade de limpeza na face externa;

2) Não permite o uso de grades ou telas na parte externa; 3) Libera parcialmente o vão.

1) Boa estaqueidade ao ar e à água; 2) Libera completamente o vão na

abertura máxima;

3) Fácil limpeza na face externa; 4) Permite telas ou grades ou

persianas quando as folhas abrem para dentro.

1) Ocupa espaço interno caso as folhas abram para dentro, inclusive a instalação de persianas;

2) Não é possível regular a ventilação;

3) AS folhas se fixam apenas na posição de máxima abertura ou no fechamento total;

4) Dificultam a colocação de tela ou grade se as folhas se abrirem para fora;

5) Impossibilidade de abertura para ventilação para folha oblíqua.

1) Facilidade de limpeza na face externa;

2) Ocupa pouco espaço na área de utilização;

3) Quando utiliza pivôs com ajuste de freio, permite abertura a qualquer ângulo para ventilação, mesmo com chuva sem vento, tanto na parte superior quanto na parte inferior;

4) Possibilita a movimentação de ar em todo ambiente.

1) No caso de grandes vãos necessita-se de uso de fechos perimétricos ; 2) Dificulta a utilização de

telas, grades e persianas.

1) Facilidade de limpeza na face externa;

2) Abertura de grandes dimensões com um único vidro;

3) Abertura de qualquer ângulo, quando utiliza pivôs com ajuste de freio, o que permite o controle de ventilação; 4) Possibilita a movimentação de

ar em todo ambiente.

1) Dificuldade de utilização de telas ou grades ou persianas; 2) Ocupa espaço interno, caso

o eixo sejam no centro da folha.

Referências

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