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ANÁLISE DO CUSTO-BENEFÍCIO DAS ESQUADRIAS

Procurou-se fazer um comparativo com base na literatura consultada, o custo- benefício das esquadrias com base nos diferentes materiais primeiramente em uma situação global, conforme apresentado no quadro 2.

Quadro 2: Avaliação do custo global das esquadrias.

Conceito PVC Madeira Aço Alumínio

Custo Inicial (A)

- Materiais - Transporte - Instalação - Materiais - Transporte - Instalação - Pintura - Materiais - Transporte - Instalação - Pintura - Materiais - Transporte - Instalação Necessidade de Manutenção (B)

Mínima Periódica a cada 6 anos Periódica a cada 10 anos Periódica a cada 30 anos Necessidade de Substituição (C)

20 – 30 Anos 20 – 50 > 100 Anos 50 Anos > 60 Anos

Risco de Dano Acidental (D)* 0,1% 0,1% 0,1% 0,1% Risco de Falha do Sistema ou partes (E) 0,5% 1,25% 0,5% 0,5% Economia no consumo energético (F) Boa

Tão Boa quanto o

PVC Não Não

Dados complementares

Vida útil da Estrutura

80 anos 80 anos 80 anos 80 anos

Cálculos

Nº de manutenções

0 (80/6-1)= 12 (80/10-1)=7 (80/30-1)=2

Nº de substituições (80/30-1)=2 (80/50-1)= 1 (80/50-1)=1 (80/60-1)=12 * Depende das características do empreendimento .

Fonte: Massetto et al. (2008, p. 5).

Para a organização dos dados equalizados no quadro 02, Massetto et al, (2008) utilizaram a ISO 15686-5 o qual propõe o método do custo global (WLC), para isso é necessário equalizar o valor da moeda para que ele possa ser comparável no tempo. Para isso devem ser utilizados os conceitos de: Valor Presente, que trata do acumulativo de dinheiro futuro, descontando-se através de uma determinada taxa de juros, levando em consideração o

fato de que este dinheiro não tem o mesmo valor ao longo do tempo e do Valor Anual Equivalente que trata do valor presente do dinheiro num período de análise. Desse modo, levou-se em conta os seguintes custos para selecionar as alternativas tecnológicas de custo global:

Custo Inicial (A): Custo necessário para a construção do edifício ou suas partes. Este custo pode incluir o custo de Pesquisa, desenvolvimento e implantação da tecnologia avaliada.

Necessidade de Manutenção (B): Custos necessários para manter o desempenho dos sistemas ou suas partes durante a vida útil deles.

Necessidade de Substituição (C): Corresponde ao custo necessário para a substituição de um sistema ou de suas partes uma vez terminado o período de vida útil.

Risco de Dano Acidental (D): risco associado à possibilidade de o sistema ou suas parte sofrerem algum dano devido à utilização durante a vida útil dele. Risco de Falha do Sistema ou suas partes (E): Risco associado à possibilidade de falha dos sistemas ou suas partes devido a defeitos de fabricação, instalação ou construção.

Economia no consumo energético (F): Devido às propriedades dos materiais e do comportamento do sistema podem-se apresentar reduções significativas no consumo de energia dentro da edificação.

Massetto et al, (2008) não mencionou em seus estudos o vidro, desse modo procuramos na literatura, informações do custo global deste material.

Encontramos em Real (2010), o qual fez estudo sobre o custo global de edificações. O autor, alega que o custo inicial com o vidro é com os materiais, transporte e instalação. Quanto a vida útil do vidro numa obra pode estar entre 20 a 30 anos, porém, considera-se que a redução da vida útil e a manutenção decorrem das condições e agentes a que o vidro juntamente com sua fachada se encontram sujeitos. A necessidade de intervenção (e os custos associados) decorrem do aparecimento de anomalias, dentre as quais podem estar associadas à ausência de manutenção, ao uso, à idade da componente, entre outras.

Os fatores de anomalia que diminuem a vida útil e levam a manutenção do vidro são: variação de juntas de dilatação, rotura de vidros, perda de brilho e risco nos vidros, deterioração da junta de estanqueidade exterior, falta de aderência na junta de estanqueidade exterior, perda de estanqueidade do conjunto, rotura de ferragens (fechos, dobradiças,

maçanetas). Portanto a necessidade de substituição pode variar entre 6 a 10 anos. (REAL, 2010).

Quanto ao risco de dano ambiental do vidro, fica também entre 0,1% por apresentar a possibilidade de reciclagem. O valor do risco de falha do sistema ou partes do vidro fica num percentual de 0,5%, a economia no consumo energético é boa, a vida útil da estrutura pode alcançar também os 80 anos. O número de manutenção desse modo pode variar com base no seguinte cálculo (80/6-1)= 12 e o número de substituições (80/30-1)=2. (REAL, 2010).

A figura 38 mostra a comparação entre as opções de esquadrias e seus custos, em proporção ao custo inicial, segundo a metodologia da ISO levando-se em consideração os parâmetros mostrados no quadro 2.

Figura 39: Representação gráfica da avaliação qualitativa do custo global. Fonte: Massetto et al. (2008, p. 5).

O Quadro 3 apresenta uma síntese do mercado brasileiro de esquadrias, levando- se em conta a organização do setor, tamanho das empresas, mercado atual, observações importante e potencial de crescimento.

Quadro 3: Síntese dos mercados e potencial de crescimento dos setores .

do setor Empresas importantes crescimento Madeira Pouco organizado. - Grandes empresas no Sul. - Pequenas Pulverizadas. - Casas médio e alto padrão. - Fora do mercado de edificações. - Se dizem: “Material mais tradicional” . - Exportação como foco. BAIXO Alavancado no crescimento do setor de casas Ferro e Aço - Pouco organizado. - Siderúrgicas “puxando” organização do setor. Poucas grandes empresas no mercado pulverizado de serralheiros. Informal popular Habitação popular (CDHU) - Setor reconhece perda de mercado. - Poucas grandes Empresas. BAIXO Tenta ocupar espaço em construções de alto padrão colocando linhas mais trabalhadas com alto valor

agregado. Alumínio Relativamente organizado, mas sem muitas ações voltadas ao mercado de caixilhos. Muitos caixilheiros Domina o mercado formal de edifícios -Tenta expandir para mercado de casa (janela pronta) . - Reconhecem perda de mercado. MÉDIO Apesar de deter maioria do mercado pode crescer no mercado residencial de baixa renda. PVC Setor bem organizado que acredita na grande oportunidade de crescimento com as janelas de PVC. Mercado em estruturação. Casas de alto padrão. Tentativa setorial para credenciamento de colocadores. ALTO - Grande potencial se bem aproveitado. - Estão credenciando caixilheiros tentando imitar o alumínio. Fonte: Tomielo (2016).

Em relação a organização do setor considera-se o mercado em potencial de maior organização o de PVC. Segundo Masseto et al, (2008), na Europa, o PVC é líder de vendas desde 1996, e vem apresentando participação crescente no mercado enquanto os demais tipos de materiais para esquadrias permanecem com suas vendas em patamares que podem ser considerados constantes.

Em relação ao tamanho das empresas no setor de madeira apresentam-se grandes empresas no sul com pequenas pulverizadas, em relação ao ferro e aço, há poucas empresas de grande porte no mercado pulverizado de serralheiros. Com relação ao alumínio Tomielo (2016) menciona que há muitos caixilheiros e ao PVC o autor aponta que é um mercado em expansão e estruturação.

Tratando-se do mercado atual, Tomielo (2016) tratando-se de esquadrias em madeira, utiliza-se ainda em casas de médio e alto padrão e está praticamente fora do mercado de edificações. No quesito ferro, o mercado apresenta-se de modo informal especificamente para atender o mercado de habitação popular. O alumínio domina o mercado formal de edifícios e as esquadrias de PVC apresentam-se no mercado especificamente para casas de alto padrão.

Tomielo (2016) fez algumas observações que justificam a análise do mercado atual em relação aos materiais das esquadrias. Em relação a madeira, considera-se um material mais tradicional e tem a exportação como principal foco. O ferro apresenta perda de espaço no mercado com poucas grandes empresas. O alumínio também apresenta perda no mercado, mas ainda predomina nas casa populares. O PVC tenta a expansão no setor.

Em relação a expansão no setor, a madeira apresenta baixo potencial de crescimento, com tentativa no setor de casas. O ferro apresenta baixo potencial de expansão com tentativa de ocupar o espaço em construções de alto padrão colocando linhas mais trabalhadas com alto valor agregado e por último aparece o PVC com grande potencial de crescimento e expansão se bem aproveitado.

Em relação ao isolamento térmico da esquadrias, Fernandes (2004), salienta ser uma variável relacionadas ao sistema de vedação, característica dos vidros, orientação solar da abertura, temperatura ambiente, etc. A exigência do isolamento térmico, deve ocorrer principalmente, quando há possibilidade de perdas de calor, no inverno. As principais causas da perda de calor dos ambientes, são devido à troca de ar, tanto manual, à infiltração de ar através do perímetro das folhas das portas ou janelas, pela transparências às radiações nos materiais que não sejam opacos como os vidros das janelas.

Tomielo (2016) não apresentou o vidro na tabela, desse modo, procurou-se descrever as características do mercado de vidro conforme a literatura.

Segundo Montano e Bastos (2017), na construção civil, o vidro pode ser utilizado em fachadas, portas e janelas e no interior dos prédios residenciais e comerciais, tanto na construção de unidades novas quanto para reposição ou reformas. A tendência do mercado é utilizar cada vez mais esse material nos empreendimentos imobiliários, tanto por questões estéticas tanto por questões econômicas e ambientais. Além de transmitir um aspecto de modernidade aos imóveis, o uso do vidro de forma apropriada permite maior aproveitamento da iluminação natural, proporcionando economia no uso de energia elétrica e a adesão a práticas de sustentabilidade ambiental, que, por sua vez, representa outra forte tendência desse mercado.

Segundo NSG Group (2011), a demanda de vidros planos, em um movimento de longo prazo entre 1991 e 2010, apresentou um crescimento maior que a média da economia mundial, evoluindo a uma taxa média de 5,1% a.a. Além disso, nos últimos dez anos esse crescimento foi ainda mais acelerado, chegando a 9,1% em 2010, o que demonstra um descolamento maior com o nível de atividade mundial. (MONTANO; BASTOS, 2017).

O quadro 4 apresenta as propriedades térmicas dos materiais utilizados na confecção de esquadrias.

Quadro 4: Propriedades térmicas dos materiais.

PROPRIEDADE TÉRMICA DOS MATERIAIS

MATERIAL DENSIDADE (Kg/m3) CONDUTIVIDADE

TÉRMICA (W/m ०C). CALOR ESPECÍFICO (KJ/Kg ०C) Madeira 200 400 600 800 0,064 0,11 0,15 0,19 1,34 1,34 1,34 1,34 Alumínio 2700 230,00 0,88 Aço 7800 47,00 0,46 Vidro 2600 1,20 0,84 Fonte: Fernandes (2004).

A intensidade do fluxo de calor pelos materiais dependem da condutividade térmica que é uma propriedade que depende da densidade do material e representa sua capacidade de conduzir maior ou menor quantidade de calor por unidade de tempo. Isto é, quanto maior for o valor da condutividade térmica, tanto maior será a quantidade de calor transferidos entre as superfícies. (FERNANDES, 2004).

Para o desenvolvimento do quadro resumo que faz um comparativo dos custos das esquadrias, Ruth (2007) utilizou três projetos de execução:

Projeto 1 - Residência popular: As esquadrias externas devem ser funcionais, proporcionar apenas o mínimo necessário de claridade e ventilação no interior da residência, gerando o menor custo possível.

Projeto 2 - Residência de alto padrão: As esquadrias externas devem atender as expectativas do projeto, proporcionar excelente claridade e ventilação no interior da residência, dar a obra o resultado estético projetado, ser funcional, não gerando

manutenções periódicas, ter um padrão de acabamento sofisticado, pagando o valor necessário para atender tais exigências.

Projeto 3 – Edifício residencial: As esquadrias externas devem atender as expectativas do projeto, proporcionar boa claridade e ventilação no interior dos apartamentos, devido à altura, proporcionar estanqueidade adequada, ter médio padrão de acabamento e gerar o mínimo possível de manutenção. Devido ao grande número de esquadrias necessárias, o menor custo é desejável, devendo atender aos requisitos que o porte da obra exige.

Os quadros 5, 6 e 7 apresentam os custos das esquadrias utilizadas em obras de baixo, médio e grande padrão.

Para o cálculo do valor total, Ruth (2007), baseou-se em janelas de correr de 2 folhas, com venezianas de dimensão 1,00 x 1,20 em dois dormitórios. Na sala de estar e cozinha, duas janelas de correr de 2 folhas de dimensão 1,00 x 1,20 e duas portas de abrir de dimensão 0,80 x 2,20. No banheiro uma Janela maxim ar 1 folha de dimensão 0,60 x 0,80.

Quadro 5: Custo das esquadrias de diferentes materiais em uma obra de baixo padrão.

MATERIAL CUSTO DAS ESQUADRIAS/m² VALOR TOTAL DAS

ESQUADRIAS DA OBRA Madeira R$ 300,00 R$ 2.112,00 Alumínio R$ 439,73 R$ 3.096,00 Vidro R$ 230,00 R$ 1.619,20 Aço R$ 150,73 R$ 1.061,14 PVC R$ 568,81 R$ 4.004,42 Fonte: Huth (2007).

Huth (2007) utilizou a Castanheira para efetuar o cálculo das esquadrias de madeira, com um padrão de acabamento e acessórios simples. A linha utilizada para cálculo das esquadrias de alumínio foi à linha padrão popular, master (linha 20). Por serem poucas esquadrias o metro quadrado das esquadrias de alumínio para este tipo de residência se torna mais oneroso devido ao volume de sobras (mau aproveitamento) das barras de perfis. No orçamento das esquadrias de vidro temperado foi utilizado o valor do metro quadrado do vidro temperado incolor 6 mm. Sua produção é realizada em chapas pelos fabricantes, e o valor das esquadrias também é dado de acordo com o aproveitamento destas. A linha utilizada

para orçamento das esquadrias em aço, foi a de chapas de aço, adquiridas em lojas revendedoras. O valor é tabelado por peça, portanto como são fabricadas em tamanhos padrões, em larga escala e não sob medida como as demais esquadrias dos outros materiais, seu valor é inferior. A linha utilizada para orçamento das esquadrias de PVC foi à linha simples para janelas, – VERSATILE e a mais robusta para portas – SPLENDORE. Por serem poucas esquadrias, o metro quadrado das esquadrias de PVC para este tipo de residência se torna mais oneroso devido ao volume de sobras (mau aproveitamento) das barras de perfis.

O quadro 6 apresenta o orçamento das esquadrias propostas para o projeto 2 que trata de uma residência Alto Padrão. Para o cálculo do valor total das aberturas no projeto dois Ruth (2007) baseou-se nas seguintes quantidades e dimensões:

2 Janelas maxim ar 1 fl. com bandeira fixa inferior de 0,80 cm 0,80 x 1,80 (Hall entrada e quartos) ;

2 Janelas maxim ar 1 fl. com tela recolhível 0,60 x 0,60 (Banho hospede/social); 1 Janela de correr 3 fls., 2 c/ vidro e 1 c/ tela e persiana. 2,00 x 1,25 (Dormitório menino);

1 Janela de correr 3 fls., 2 c/ vidro e 1 c/ tela e persiana. 2,05 x 1,25 (Dormitório menina);

1 Janela de correr 3 fls., 2 c/ vidro e 1 c/ tela e persiana. 2,05 x 1,20 (Dormitório hóspede);

1 Janela de correr 3 fls., 2 c/ vidro e 1 c/ tela e persiana. 2,55 x 1,25 (Suíte casal); 1 Janela de correr 3 fls., 2 c/ vidro e 1 c/ tela e persiana. 2,10 x 1,25 (Suíte casal); 1 Janela maxim ar 1 fl. 0,30 x 0,60 (Lavabo);

3 Janelas maxim ar um fl. 0,60 x 0,60 (Banhos); 1 Janela de correr 4 fls. 4,05 x 0,95 (Academia); 1 Janela de correr 4 fls. 3,60 x 1,10 (Cozinha); 1 Janela de correr 4 fls. 2,50 x 1,20 (Sala intima);

1 Janela maxim ar 2 fls. com fixo inferior 1,42 x 1,65 (Academia); 1 Janela maxim ar 2 fls. com fixo inferior 1,50 x 1,65 (Academia); 1 Janela maxim ar 2 fls. com fixo inferior 1,50 x 1,65 (Academia); 1 Porta de correr 1 fl. 1,45 x 2,15 (Academia);

1 Porta de correr 4 fls. 5,72 x 2,38 (Sala estar); 1 Porta de correr 2 fls. 2,74 x 2,38 (Sala estar);

1 Porta de abrir 1 fl. com metade inferior venezianada 0,90 x 2,15 (Área de serviço);

1 Janela de correr 3 fls., 2 c/ vidro e 1 c/ tela e persiana. 1,50 x 1,20 (Dormitório empregada);

1 Portinhola de abrir 1 fl. venezianada 0,60 x 0,70 (Alçapão);

1 Janela maxim ar 2 fls. com tela recolhível 1,20 x 0,60 (Suíte casal); 1 Janela de correr 2 fls. 2,05 x 1,20 (Escritório);

2 Janelas de correr 2 fls. 2,05 x 1,25 (Sala íntima/garagem); 1 Janela de correr 2 fls. 2,00 x 1,20 (Hall quartos);

1 Quadro fixo 1 fl. 1,60 x 2,40 (Escada);

2 Portas de abrir 1 fl. venezianada 0,80 x 2,15 (Banho churrasqueira).

Quadro 6: Custo das esquadrias de diferentes materiais em uma obra de alto padrão.

MATERIAL CUSTO DAS ESQUADRIAS/m² VALOR TOTAL DAS

ESQUADRIAS DA OBRA Madeira R$ 450,00 R$ 35.649,00 Alumínio R$ 496,36 R$ 39.322,00 Vidro R$ 230,00 R$ 18.220,60 Aço R$ 150,73 R$ 11.941,02 PVC R$ 539,67 R$ 42.753,32 Fonte: Huth (2007).

Segundo Huth (2007), a madeira utilizada para cálculo foi o Louro Freijó, madeira de alto padrão para acabamentos e acessórios. A linha utilizada para cálculo das esquadrias de alumínio foi de alto padrão (linha d’ ouro). Das linhas de alumínio esta oferece o melhor padrão de acabamento, espessura e encaixe e estanqueidade, para assim chegar mais perto do padrão que a obra exige. No orçamento das esquadrias de vidro utilizou-se o valor do metro quadrado do vidro temperado incolor 6 mm. Para orçamento das esquadrias em aço, foram escolhidas as de chapa de aço, o qual o valor é tabelado por peça e como são fabricadas em tamanhos padrões, em larga escala e não sob medida, seu valor é inferior aos demais materiais. Para se utilizar as esquadrias de aço. A linha utilizada para orçamento das esquadrias de PVC foi a mais robusta (SPLENDORE), adequada às esquadrias projetadas. Por serem na maioria, grandes esquadrias com poucas folhas, exigem que sejam utilizados perfis mais robustos; a quantidade de esquadrias e seus tamanhos proporcionam um bom aproveitamento de material, podendo-se assim utilizar somente esta linha de melhor qualidade.

O quadro 7 apresenta o orçamento das esquadrias propostas para o projeto 3 que trata de um edifício de médio padrão residencial. Para o cálculo do valor total das aberturas no projeto dois Ruth (2007) baseou-se nas seguintes quantidades e dimensões:

29 Janelas de correr 2 fls. 1,00 x 1,15 (Área de serviço);

08 Janelas maxim ar BWindow 1 x (1,40 x 1,20) + 2 x (0,30 x 1,20) (Cozinha e cobertura);

29 Janelas maxim ar 1 fl. 0,60 x 0,60 (Banho);

14 Janelas maxim ar BWindow 1 x (1,40 x 0,60) + 2 x (0,30 x 0,60) (Banho); 08 Janelas maxim ar 2 fls. 1,50 x 1,20 (Circulação);

07 Portas de abrir 1 fl. 0,85 x 2,30 (Dormitório);

21 Portas de correr 2 fls. 1,80 x 2,30 (Dormitório e estar);

28 Portas de correr 2 fls. com persiana 1,80 x 2,30 (Dormitório e estar); 43 Janelas de correr 2 fls. com persiana 2,00 x 1,20 (Dormitórios); 09 Janelas de maxim ar 2 fls. com fixo superior 1,00 x 1,40 (Escada); 14 Janelas de maxim ar 3 fls. Com fixo superior 2,00 x 1,15 (Cozinha); 28 Janelas maxim ar 1 fl. conjugada (0,60 x 0,60) + (0,60x 0,60) (Banho); 02 Portas de abrir 2 fl. 2,00 x 2,30 (Estar – cobertura);

04 Janelas de correr 2 fl. 1,10 x 1,30 (Estar - cobertura); 04 Janelas de correr 2 fl. 2,00 x 1,20 (Estar - cobertura) 02 Janelas de correr 2 fl. 4,00 x 1,20 (Estar - cobertura);

01 Janela maxim ar 1 fl. com fixo inf 0,60 x 1,20 (Cobert prox churrasqueira).

Quadro 7: Custo das esquadrias de diferentes materiais em um edifício residencial.

MATERIAL CUSTO DAS ESQUADRIAS/m² VALOR TOTAL DAS

ESQUADRIAS DA OBRA Madeira R$ 400,00 R$ 202.228,00 Alumínio R$ 324,71 R$ 164.166,90 Vidro R$ 230,00 R$ 116.281,10 Aço R$ 150,73 R$ 76.204,56 PVC R$ 456,27 R$ 230.678,58 Fonte: Huth (2007).

Para o cálculo das aberturas de madeira Huth (2007) utilizou madeira Itaúba/Castanheira, o qual considera-se com padrão médio de acabamento e acessórios. Para o cálculo das esquadrias de alumínio, a autora utilizou o de médio padrão (Suprema linha 25). Por ser um grande número de esquadrias, com dimensões padronizadas o aproveitamento das barras dos perfis é muito melhor. Esta linha é capaz de atender as necessidades de um edifício deste porte. As linhas de padrão inferior poderiam deixar a desejar em alguns aspectos, como estanqueidade ao vento e a chuva, manutenção e funcionalidade.

No orçamento das esquadrias de vidro temperado, foi utilizado o valor do metro quadrado do vidro incolor 6 mm. Sua produção é realizada em chapas pelos fabricantes, e o valor das esquadrias também é dado de acordo com o aproveitamento destas. Para orçamento das esquadrias em aço, foram escolhidas as de chapa de aço, adquiridas em lojas revendedoras. O valor é tabelado por peça, portanto como são fabricadas em tamanhos padrões, em larga escala e não sob medida, seu valor é inferior aos demais materiais. (HUTH, 2007).

A linha utilizada para orçamento das esquadrias de PVC foi a linha simples para janelas – VERSATILE e a mais robusta para portas – SPLENDORE. Mesmo sendo grande o número de esquadrias, no PVC se torna mais oneroso, devido a grande quantidade de esquadrias de maior porte (portas) as quais necessitam de perfis mais pesados, sendo o preço equivalente ao peso do material. (HUTH, 2007).

Por fim, apresenta-se um quadro resumo (quadro 8) dos atributos dos materiais utilizados em fabricação das esquadrias nos estudo de HUTH (2007).

Quadro 8: Quadro resumo dos atributos dos materiais utilizados em fabricação das esquadrias. MATERIAL RESTRIÇÕES NA FAB. DE ESQUADRIAS MANUTENÇÃO/ DURABILIDADE ACABAMENTO OFERTA DE MATÉRIA PRIMA / CUSTO CUSTO MÉDIO DO M² *

Madeira Grandes vãos muita subdivisões Alta manutenção, média durabilidade Pintura ou selador Baixa oferta, com custo alto e

tendência a subir.

R$ 383,00

Alumínio Grandes vãos muita subdivisões Baixa manutenção, média durabilidade. Anodização ou pintura eletrostática Média oferta, com custo alto e

tendência a subir.

Vidro Grandes vãos muita subdivisões Baixa manutenção, média durabilidade.

Não tem Alta oferta, custo médio e

tendência a estabilidade.

R$ 230,00

Ferro Grandes vãos muita subdivisões Média manutenção, baixa durabilidade.

Pintura Alta oferta, custo baixo e tendência à estabilidade. R$ 150,73 PVC Venezianas camarão Alta manutenção, média durabilidade

Não tem Alta oferta, custo alto e tendência a baixar.

R$ 521,60

* Valores da autora calculado com base em obras de baixo, médio e alto padrão. Fonte: Huth (2007).

Conforme apresentado no quadro 5 todos os materiais apresentam restrições no que se refere a fabricação de certa tipologia de esquadria, por exemplo, em PVC não são fabricadas venezianas estilo sanfonada (camarão), e nos demais materiais há limitações para o tamanho dos vãos, de acordo com cada tipologia de esquadria. A manutenção e o acabamento variam de acordo com cada material, destacando-se a madeira que necessita de pintura e lixamento periódico. O PVC e o vidro exigem manutenção somente de ferragens esporadicamente e não possuem acabamento externo. A questão do custo e da oferta de matéria prima para fabricação das esquadrias em madeira, alumínio, vidro, ferro e PCV é bastante delicada, mas de acordo com a bibliografia pesquisada, na parte de orçamento e compra de material, pode-se definir o material que tem matéria prima abundante e a situação do seu custo no mercado, como por exemplo, o alumínio, não é um material muito abundante, pois provém essencialmente de minério, então seu custo sofre constante elevação. O custo

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