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Controle de acesso. Além de garantir a segurança, o sistema de catracas eletrônicas muda rotina nas escolas

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Academic year: 2021

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Controle de acesso

Além de garantir a segurança, o sistema de catracas eletrônicas muda rotina nas escolas

Maria Eugênia de Menezes

Seis crianças foram mortas a facadas por um homem que invadiu uma escola em Ikeda, subúrbio da cidade de Osaka, na manhã de hoje, no Japão. Pelo menos 20 pessoas também ficaram feridas...

(Folha de S.Paulo. “Homem mata 6 crianças em escola no Japão” 8 de junho de 2000).

notícia no jornal, além de chocar, traz a tona uma discussão: como garantir a segurança no ambiente escolar. Enquanto o aluno estiver sob sua responsabilidade, a escola tem a obrigação de preservar sua integridade física. Tendo em vista essa preocupação, há cerca de 10 anos, as instituições de ensino, começaram a buscar mecanismos de controle de acesso. De lá pra cá, especialmente nos últimos dois anos, com o aumento generalizado da violência, que aterroriza os grandes centros e já assusta as cidades menores, a procura só tem aumentado. Não há mais, como confiar apenas no vigia da escola, que faz todo o controle no olho, tentando reconhecer pais e alunos.

Os mecanismos de controle de acesso utilizados hoje são muito mais eficientes que o controle humano, e trabalham basicamente com a catraca eletrônica. Essa catraca, no geral, funciona exigindo uma identificação de quem está passando. O controle é feito por um software que comanda, quando programado, o giro da catraca, liberando ou não o acesso. Dessa forma, é possível que somente pessoas autorizadas, que possuam uma identificação, entrem em determinado ambiente.

Esses mecanismos de controle garantem a segurança, não apenas impedindo a entrada de desconhecidos, mas também monitorando o fluxo de alunos, o que representa um grande benefício.

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Todo o acesso ou tentativa de acesso é uma informação que fica registrada e pode ser trabalhada de diversas maneiras. Muitos são os casos de pais que acreditam que seus filhos estão na escola quando esses não estão. “Com o monitoramento feito é possível informar aos responsáveis, em poucos minutos, que um determinado aluno chegou atrasado, saiu mais cedo ou mesmo faltou à aula”. Diz Ricardo Luiz de Freitas, coordenador de Desenvolvimento da RM Sistemas, empresa que atua no setor de controle de acesso com soluções voltadas para a gestão educacional. Ainda segundo Ricardo, é possível controlar o acesso da criança na escola somente no seu horário de aula ou até uma determinada hora permitindo a entrada em atraso somente até um determinado número de vezes em um período e impedindo sua saída fora do horário pré-determinado.

O que mudou nas escolas

A rápida comunicação entre escola e família pode evitar maiores acidentes. De acordo com Joaquim Augusto Jaca, diretor do colégio Anglo de Osasco, “Agora temos um relacionamento muito mais dinâmico entre escola e família. Os pais confiam porque ao mostrar controle, a escola mostra organização”.

Além da portaria, outros setores do colégio aproveitam a tecnologia empregada, alterando a rotina do ambiente. Na biblioteca, o empréstimo de livros é agilizado. Com a criação de um sistema de crédito eletrônico na cantina, os cartões substituem o dinheiro, eliminando sua presença dentro do ambiente escolar. Mesmo na sala de aula as vantagens aparecem. O Anglo de Osasco, a partir do banco de imagens criado para o controle eletrônico, trabalha agora com o “carômetro” - um diário de classe com fotos digitalizadas, que facilita a atuação do corpo docente. “O professor antes levava alguns meses até conhecer todos os alunos. O nome às vezes não diz muito. Com o carômetro ele sabe quem é quem dentro da sala”, diz Jaca.

Depois de uma fase inicial de adaptação, os alunos do Pueri Domus, de São Paulo, que utiliza catracas eletrônicas desde 1998, já estão adaptados ao sistema de controle. “Nossos seguranças e porteiros dão mais atenção às crianças pequenas, que têm maiores dificuldades para passar nas catracas, mas

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os alunos do Ensino Médio já estão totalmente familiarizados com o processo”. Assegura Renato Cabral, responsável pelo setor de informática do colégio.

As empresas do setor e as escolas que já implantaram o sistema alertam para um equívoco muito comum. Ao contrário do que se imagina, a utilização dos sistemas de controle de acesso não dispensa os vigilantes. O controle através das catracas deve ser agregado à segurança patrimonial. O grande benefício, apontado por ambos, é justamente a facilidade atribuída ao trabalho dos seguranças. “O controle sobre os alunos se torna mais eficaz e menos conflituoso, porque mais impessoal”. Explica João Carlos Belda, diretor da Sincro sistemas eletrônicos.

Uma questão delicada: escolas que utilizam a catraca para barrar alunos com mensalidades atrasadas. Há alguns anos, logo que o controle de acesso eletrônico começou a se difundir, esse fato provocou grande polêmica, gerando até mesmo disputas judiciais. Alunos que foram humilhados e impedidos de assistirem aula por estarem em débito com a instituição de ensino processaram algumas escolas e tiveram ganho de causa. Hoje, as coisas parecem ser diferentes e a preocupação maior parece ser mesmo a segurança. “O controle de acesso é para controlar o acesso, não o pagamento de mensalidade”, adverte o diretor do Anglo de Osasco. “Isso é constrangedor para a escola e para a criança. A nossa intenção não é inibir o aluno”.

Equipamentos

Assim como os benefícios, os equipamentos são diversos. No monitoramento da entrada e saída de pessoas que se encaixem em determinadas características, podem-se usar diferentes tipos de catracas que funcionam com cartões também diversos. Os custos estão diretamente relacionados ao grau de sofisticação do aparelho e as vantagens apresentadas pelos mesmos. O valor total envolve, além das catracas e dos cartões, o software de controle ligado ao equipamento e que vai fazer todo o trabalho de análise da base de dados gerada pelo equipamento.

As catracas podem ser do tipo pedestal, a mais utilizada, em que a leitura é feita junto ao impedimento físico ou do tipo balcão, semelhante a das estações de metrô. Nesse tipo de aparelho a pessoa não pára de andar uma vez que a

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leitura é feita antes do impedimento. A vantagem, apontada pelas empresas do setor, é a maior rapidez no fluxo. Há ainda um outro tipo, mas poucas são as escolas que o utilizam, é a baia ótica. Nesse equipamento, que é mais caro que os demais, não existe um barramento físico, sendo o controle feito por raios infravermelhos.

Depois de determinada a catraca, deve-se escolher o tipo de cartão a ser utilizado: Proximidade, Biométrico, Smart Card, Código de barras e Banda Magnética. As empresas costumam oferecer quase todos os tipos, orientando o cliente na decisão.

O Centro Universitário São Camillo, em São Paulo e a Universidade do Norte do Paraná, com equipamentos instalados pela Sincro, assim como o Anglo de Osasco, cliente da Da Vinci Informática, são exemplos de instituições que optaram pelo cartão de código de barras. O código de barras é o sistema mais utilizado em escolas e Universidades. Garante rapidez no fluxo e é ideal para quem procura soluções mais baratas. A impressão pode ser feita pela própria escola com uma impressora jato de tinta comum. A desvantagem, o cartão pode ser copiado. Contudo, se notificada sua perda, pode ser cancelado rapidamente.

Também podendo ser clonado, mas sem oferecer as mesmas vantagens do código de barras, o magnético não encontra muitos adeptos. É mais caro, mais lento, o que também aumenta os custos porque demanda um número maior de catracas, e mais delicado. Segundo algumas empresas, não é indicado para ser portado por crianças pequenas, já que não pode ser riscado e perde com facilidade a tarja magnética.

O cartão de proximidade é um pouco mais sofisticado, e, por isso mesmo, mais caro. Já vindo codificado do fabricante não pode ser falsificado. É também a solução mais rápida do setor porque não precisa nem sequer ser retirado da bolsa. Basta que o aluno aproxime o cartão do leitor para que o acesso seja liberado. Utilizam esse sistema o Pueri Domus e o Anglo de Araras, que teve o equipamento instalado pela Alphacom Tecnologia.

O Smart Card é um cartão inteligente e possui um chip agregado. Costuma ser bastante utilizado em outros setores da escola por ser capaz de guardar informações, e crédito em dinheiro. Seu custo, ainda muito alto, em média 8

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reais por unidade, e sua leitura, lenta, restringem sua aplicação em estabelecimentos de ensino.

A grande novidade do setor, entretanto, são os equipamentos que dispensam o uso de cartões. A leitura pode ser feita através da íris do olho ou pelo sistema biométrico. A leitura da íris é o que há de mais novo no mercado e começa a chegar aos poucos no Brasil. Já mais difundido, no sistema biométrico, o aluno é identificado por através do formato tridimensional de sua mão ou de sua impressão digital. Isso elimina completamente as chances de falsificações e de que alguém utilize o cartão de outra pessoa. A segurança, nesse caso, é a maior possível, mas como em qualquer outro sistema há pequenas desvantagens. Seu grau de sofisticação e precisão torna a leitura um pouco mais lenta; o preço também costuma ser superior ao das outras soluções. Mas os custos dessa tecnologia vêm diminuindo. Manoel Salomão, da Trade Informática afirma:

“Os preços variam de 20% a 30 % sobre o valor de um controle de acesso simples, que utiliza cartões de código de barras ou magnético. Se considerarmos um bom sistema de cartões (barras ou magnético) o preço do sistema biométrico da mão será muito parecido no primeiro ano e será muito menor se considerarmos que nos demais anos letivos, a escola teria que fazer novos cartões”. Como exemplo de entidades que utilizam o controle biométrico podemos citar a UNICSUL, a Faculdade de Belas Artes e o Colégio Radial.

Cuidados

Na hora da manutenção, os cuidados a serem tomados são os mesmos de qualquer outro equipamento eletrônico. Segundo Ricardo Freitas, da RM sistemas “Como são equipamentos caros, o seu manuseio, mesmo que obrigatoriamente feito por muitas pessoas, deve ser educado e orientado. Um técnico deve estar sempre disponível e próximo ao local. O mau uso pode gerar o travamento da catraca impedindo o fluxo normal de pessoas e o armazenamento de informações”.

Outro fator importante, ligado diretamente à qualidade do serviço, é a empresa escolhida. Jonas Jorge de Carvalho, gerente – comercial da Alphacom, dá a receita para evitar problemas futuros. Ele aconselha que o estabelecimento

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de ensino, antes de instalar o sistema, procure “ver a idoneidade da empresa, se há reclamações contra ela e como é a sua atuação na área de manutenção”.

Contatos:

• ALPHACOM TECNOLOGIA alphacom@sti.com.br • RM SISTEMAS

www.rm.com.br / consult@rm.com.br • SINCRO SISTEMAS ELETRÔNICOS sincro@uol.com.br

• TRADE INFORMÁTICA

www.tradeinf.com / comercial@tradeinf.com

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Referências

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