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Eixo Temático – A defesa da moral e da família: combate à manipulação da internet (FAKE NEWS) – sala nº 04

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Academic year: 2021

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XVI ERIC – (ISSN 2526-4230)

Eixo Temático – A defesa da moral e da família: combate à manipulação da internet (FAKE NEWS) – sala nº 04 (ARTIGO)

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XVI ERIC – (ISSN 2526-4230) THAÍS TARELHO AVELINO

OS DESAFIOS QUE AS MULHERES ENFRENTAM PARA ALCANÇAR CARGOS DE CHEFIA NAS ORGANIZAÇÕES

Trabalho realizado como avaliação integral do 4º bimestre, para a disciplina de Estágio Supervisionado II do curso de Administração da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Mandaguari – FAFIMAN, ministrada pela professora Me. Kátia Toffolo sIMINO

MANDAGUARI 2020

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1. INTRODUÇÃO

1.1. IMPORTÂNCIA E RELEVÂNCIA DO TEMA

No âmbito de uma empresa, a influência da mulher no mercado de trabalho é um fator fundamental para uma inovação das empresas na atualidade. Por isso, torna-se intrigante analisar às características da mulher nos cargos de liderança. Atualmente, conseguimos observar com mais frequência dentro das organizações, as mulheres fazendo parte do quadro de funcionários de mão de obra indireta, mas questões sobre o alcance de cargos de gestão ainda devem ser tratadas.

Mandelli (2015) ressalta que nos dias de hoje ainda há um pensamento paradigma em que a mulher é destinada a cuidar dos afazeres domésticos, que por acaso, não são valorizados e muito menos bem-vistos pelo olhar da sociedade. Porém, essa concepção já está muito fora da nossa realidade, as jovens da década de 60 já pensavam em educar suas descendentes levando em consideração a compreensão de que a mulher pode viver uma vida independente.

Hoje em dia as mulheres conquistaram o seu espaço e o respeito de todos no mercado de trabalho que é onde há necessidade de profissionais versáteis, assim, as empresas procuram unir as habilidades de homens e mulheres para aumentar sua produtividade, reduzir perdas e aperfeiçoar o tempo gasto em cada tarefa.

Contudo, ainda existem mulheres que aceitam funções sem remuneração adicional, pois sentem a necessidade de se fixarem e provarem sua capacidade na empresa. O cenário de hoje exige pessoas que consigam prestar atenção e fazer várias coisas ao mesmo tempo e ainda assim conseguir se atentar aos detalhes e se focar nas coisas realmente importantes. E o perfil feminino é o que mais se encaixa nesta descrição. Por outro lado, esta condição leva as mulheres a sofrerem mais de estresse.

A mulher ainda faz parte da chamada minoria dentro do mercado de trabalho, de onde muitas vezes são excluídas juntamente com os executivos mais maduros, os portadores de deficiências e muitos dos iniciantes em busca de seu primeiro emprego.

É com base no quadro de lotação, estrutura de cargos e salários e organograma da organização que serão estudadas as formas de como a mulher tem adentrado no ramo do mercado de trabalho, como ela supera os preconceitos e mostra a sua capacidade frente à tantas críticas.

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1.2. JUSTIFICATIVA DA ESCOLHA DO TEMA

Uma das particularidades que definem quem nós somos é o gênero sexual que influencia diretamente na operação do trabalho do indivíduo, independente dos motivos, tanto sociais quanto físicos, circunstâncias que certamente gera uma segregação em relação à mulher.

A mulher desde a antiguidade é escondida atrás de alguém. Mas como assim, alguém? Imaginem se alguém fizesse nossas escolhas por nós. Como deveríamos nos vestir, qual deveria ser a nossa carreira ou até com quem deveríamos nos relacionar. Imaginem se não escutassem a nossa opinião em decisões que afetassem a nossa própria vida. Imaginem nunca podermos tomar essas decisões. Essa é a realidade de muitas mulheres. As mulheres devem ser empoderadas. Mas o que quer dizer empoderar? Empoderamento é conquistar mais liberdade, é conseguir autonomia, é ter influência, é ser capaz de determinar o que queremos e como queremos, é poder decidir sobre assuntos que afetam a nossa vida, o nosso corpo, a nossa casa, o nosso trabalho, a nossa cidade.

As mulheres tornam-se empoderadas quando investem na sua educação e capacitação, quando conhecem os seus direitos e reconhecem as suas responsabilidades, quando tem voz ativa para expor o que pensam e o que querem, quando tomam decisões sobre seu próprio corpo e decidem se querem ser mãe ou não, quando ocupam espaço de poder e decisão, quando decidem qual carreira trilhar e recebem um salário justo pelo que fazem. Empoderar as mulheres é permitir que elas sejam quem quiserem.

Evidentemente temos observado o desenvolvimento das mulheres numa luta pela igualdade, sempre em busca de possibilidades de melhores cargos, remuneração e, é claro, o respeito em todos os aspectos.

O trabalho é realizado com a intenção de expor a importância da mulher no ramo organizacional e identificar os desafios das mesmas em cargos de liderança, a fim de pontuar os desafios nas profissões e mostrar que podem ser superados e transformados em algo propício a elas.

A realização desta pesquisa mostra-se relevante também por permitir colocar em prática conhecimentos e teoria adquirida nas aulas de Estágio Supervisionado II do curso de Administração da FAFIMAN.

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1.3. PROBLEMÁTICA

Quais são os desafios que as mulheres enfrentam para alcançar cargos de chefia nas organizações?

1.4. OBJETIVOS

1.4.1. Objetivo geral

Identificar os desafios que as mulheres enfrentam para alcançar cargos de chefia nas organizações.

1.4.2. Objetivos específicos

a) Explorar os primórdios de estereótipos sociais para compreender o papel atual atribuído à mulher;

b) Analisar a evolução da participação do gênero feminino nos quadros funcionais organizacionais; (buscar dados na empresa)

c) Investigar quais as maiores dificuldades enfrentadas no decorrer do crescimento profissional feminino; (questionário)

d) Analisar o processo de empoderamento de mulheres que ocupam cargos de gestão em organizações. (entrevista e questionário)

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2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Atualmente, a participação feminina no mercado de trabalho é uma realidade visível, desde sua preparação educacional até o desempenho de suas atividades,

distanciando-se cada vez mais da discriminação histórica que corrompia seu esforço. Ainda é possível constatar atos de discriminação ontrários às suas atividades de trabalho

Figura nº 1

Fonte: Autora (2019)

2.1. A mulher na sociedade – Do lar à contemporaneidade (na Antiguidade, Revolução Industrial e Atualmente.)

Desde os primórdios as mulheres vêm desempenhando o papel de subordinadas, a forma de a sociedade compreender seu papel é a seguinte “As mulheres devem ser apenas donas de casa e não podem exercer um trabalho remunerado” ou “Ela tem apenas 3 papéis: ser filha, futura esposa e mãe dedicada”. Desde o início da civilização elas sofrem com a opressão e discriminação em razão do gênero. A mulher, quando casada, precisava da autorização do esposo para garantir seus atos na sociedade. Quando conseguiram o direito de trabalhar, não tinham respeito, trabalhavam mais de 15 horas por dia e recebiam o salário menor do que o dos homens.

Andrade (2015) diz que na antiguidade era função da Igreja subestimar a sexualidade feminina, usando o homem como o exemplo de superioridade exercendo a autoridade. As mulheres eram culpadas pelo pecado original, vulgo o

MULHERES ORGANIZAÕES ⬆ ⬆ IGUALDADE DIREITOS ⬆ ⬆ CONQUISTAS ⬆ DESAFIOS ⬆ ⬆ LIDERANÇA

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fruto proibido. Desta forma, a evolução e desenvolvimento da mulher foi e ainda são prejudicados.

De acordo com Silva et al. (2005), até o século XVII, o sexo masculino era único, sem existir nenhum a mais. As mulheres eram vistas como um homem invertido, menos desenvolvidos ou anormais. No século XIX a mulher passa de homem anormal para o oposto do homem, ou como um complemento do mesmo. Desde os primórdios o papel feminino estabelecido culturalmente é o da mulher como esposa. Na Idade Antiga até a Idade Média o casamento era algo estabelecido sem o consentimento da mulher e em momento algum havia a união consagrando o amor, mas sim, um tipo de acordo benéfico entre os pais dos noivos.

O papel das mulheres na antiguidade era cuidar da casa, dos filhos e do marido e apenas o homem poderia atuar como o provedor do lar. Porém, com a Revolução Industrial impactando o fortalecimento das indústrias, a necessidade de mão-de-obra aumentou e a partir daí a mulher começou a sair do seu posto de dona de casa para oferecer os seus serviços em troca da remuneração, ressaltando que o valor pago já iniciou inferior ao dos homens.

Segundo Pinheiro (2019) desde a origem da luta das mulheres, a reivindicação de condições melhores e direitos trabalhistas está na lista dessa luta. Com a Revolução Industrial, nos séculos 18 e 19, elas passaram a trabalhar em fábricas, com jornada de trabalho de até 15 horas por dia, eram maltratadas e estavam sujeitas a salários baixos.

Ribeiro (2019) afirma que a valorização da desigualdade sexual sempre foi “normal” por todo o mundo. A figura feminina era associada ao pecado e a corrupção do homem, a fragilidade aguçada colocando-a como dependente da figura masculina, sendo o modelo de uma cultura patriarcalista. Com isso, essa cultura fazia com que a guarda da mulher ao longo de sua vida fosse do homem (pai, irmão, marido), antes e depois do casamento.

Desde sempre a mulher faz o papel de coadjuvante na história “deixando” o homem atuar como protagonista. A partir do século XIX tem-se o início do debate entre sexos para com a construção social e identidade dos papéis. A mulher passou a fazer parte do mercado de trabalho, entretanto, exercendo funções inferiores.

Aristóteles (2006) afirma que é nato que o sexo masculino esteja acima do sexo feminino, sendo o mais velho tendo soberania sobre o ser mais ingênuo. Com isso,

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percebe-se que a discriminação que existe atualmente pode ter relação com o próprio paradigma criado há tempos.

Contudo, por serem pouco valorizadas há uma repulsa e isso faz com que elas lutem cada vez mais pelos seus direitos, ajudando o desenvolvimento da sociedade para com a aceitação do grupo feminino no mercado de trabalho. Houve confrontos para a melhoria da igualdade e com isso, a mulher conseguiu ter seus direitos e deveres garantidos por lei, inclusive proteção âmbito trabalhista. Hoje, as mulheres têm direito a ter salários iguais aos dos homens, a poder assumir cargos de chefia entre outros direitos.

2.2. A Mulher e a Igualdade de Direitos

Até o século XX a tarefa da mulher era de ocupar o "seu lugar nativo", assumindo o papel de mãe, protetora e dona de casa, essa ideia predominava nas organizações, sendo parte integrante dos discursos anticapitalista.

No princípio, os homens eram vistos como provedores do lar e as mulheres não deviam trabalhar fora e nem ganhar seu próprio dinheiro. Segundo o Probst (2015) as mulheres que eram da classe baixa ou ficavam viúvas precisavam fazer encomendas de várias coisas para ajudar a sustentar seus filhos. Faziam atividades que eram malvistas pela sociedade (doces, bordado, aula de piano, etc).

Ainda de acordo com Probst (2015) a mulher quando casada sempre precisava da autorização do marido para realizar seus atos no âmbito civil. Era genitora e responsável por seus filhos, porém sempre de forma controlada pelo marido. No mercado de trabalho sofria discriminação e era explorada, trabalhando sempre acima de seus limites físicos, recebendo salários inferiores ao salário do homem. Contudo, a mulher contribuiu de modo abrangente para o crescimento e o desenvolvimento da sociedade, sendo pouco valorizada e sempre lutando pelos seus direitos, inclusive nas relações trabalhistas.

Desde cedo, homens e mulheres aprendem o que podem e o que não podem fazer. Eles são levados a acreditar que as suas escolhas são determinadas pelo sexo. Porém isso tem consequências sérias para as mulheres, que se tornam vítimas da desigualdade. Mas essa igualdade existe quando se visualiza a relação entre homens e mulheres? E quando se examinam as relações de trabalho, como se considera esse princípio da igualdade?

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Vieira (2008) que foi presidente da Seccional da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) de Rondônia ressalta:

“Há muito se repete que homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações e que com tal igualdade devem ser tratados. É um dos principais pilares da igualdade jurídica preconizada como direito fundamental por todos os povos. Mas ainda é só uma previsão legal, pois a realidade demonstra que a mais degradante desigualdade no tratamento desses direitos ainda pesa sobre as costas das mulheres, muitas vezes escondida sob os olhares que se voltam para as conquistas de algumas.”

Segundo Araújo e Facchini (2018), a luta das mulheres no Brasil vem desde os anos 70, reduzindo as discriminações contra as mulheres. A escolarização das mulheres cresceu em todos os níveis de ensino, sendo que nos anos 2000 elas passaram a ser maioria dos matriculados e também dos concluintes tanto no Ensino Fundamental e Médio quanto no Ensino Superior. Esse desenvolvimento educacional das mulheres auxiliou na sua inserção no mercado de trabalho.

Além disso, as mulheres conseguiram mais trabalhos que antes eram considerados masculinos, apesar da persistência do preconceito contra a mesma. Contudo, sua presença continua prevalecendo no setor de serviços, no emprego doméstico e nas áreas tradicionalmente "femininas”, como educação, saúde e bem-estar, ciências humanas e arte.

Oliveira e Otto (2019) explicam que no âmbito da Revolução Industrial em meados do século 19, o número de mulheres empregadas aumentou e foi a partir desse momento que os princípios socialistas se juntaram, fazendo com que o feminismo fortalecesse e assim aliando-se ao movimento operário. Assim, houve a primeira convenção dos direitos da mulher em Seneca Falls, Nova York em 1848.

De acordo com Olivieri (2019) com a chegada do Iluminismo e a Revolução Francesa a partir do século 18, aparecem as primeiras obras de características feministas, escritas por mulheres como as inglesas Mary Wortley Montagu (1689-1762) e Mary Wollstonecraft (1759-1797).

Segundo a Organização das Nações Unidas - ONU os 12 direitos das mulheres atualmente são:

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Direito à vida, a violência contra as mulheres deve ser combatida com todas as forças legais. Homem que mata mulher, pela condição de ser mulher, deve ter a punição conforme previsto em lei.

Direito à liberdade e à segurança pessoal, o aprisionamento é crime e as mulheres são livres para irem onde querem sendo que ninguém pode proibir e nem ameaçar a liberdade e a segurança delas.

Direito à igualdade e a estar livre de todas as formas de discriminação.

Direito à liberdade de pensamento, a mulher não é obrigada a ficar calada, podendo dar sua opinião, questionar e expor o que pensa.

Direito à informação e à educação, o acesso ao estudo e à formação das mulheres é um dever de todas.

Direito à privacidade e direito à saúde e à proteção.

Direito a construir relacionamento conjugal e a planejar sua família: As mulheres devem escolher com quem, quando e onde casar. Visto isso, pode decidir sobre sua vida conjugal sem a interferência de pastor, padre, bispo, pai-de-santo e etc.

Direito a decidir ter ou não ter filhos e quando tê-los. Direito aos benefícios do progresso científico.

Direito à liberdade de reunião e participação política, as mulheres têm o direito de votarem e se reunirem em quem e onde quiserem, sem nenhuma sombra de intimidação por parte de seus maridos, filhos, pais, governo ou religião.

Direito a não ser submetida a torturas e maltrato, inclusive maus-tratos psicológicos, sociais e qualquer forma de humilhação diante de amigos, parentes ou filhos

De acordo com Mandelbaum (2019) uma das principais mudanças da sociedade ocidental ao longo do século XX foi a mudança do lugar da mulher na sociedade, principalmente no período das duas grandes guerras que por diversos fatores envolve a necessidade da mulher sair para o mercado de trabalho, isto porque o homem foi a luta nos campos de batalha, mas também porque a própria máquina de guerra acabou demandado uma maior produção em vários sentidos, de alguma maneira a mulher foi demandada a ir para o mercado de trabalho.

A mulher que sai para o mercado de trabalho deixando esse lugar de dona de casa e responsável pelo cuidado com os filhos é a mulher de classe média, que vai estudar e que de alguma maneira se insere no mercado de trabalho. A máquina de guerra solicitou o trabalho feminino, mas também em decorrer do século XX e nos

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processos de industrialização o mercado de trabalho descobriu o trabalho feminino como um trabalho para o qual se podia pagar menos, e inclusive até hoje observamos nas estatísticas sobre salário que o salário da mulher costuma ser significativamente mais baixo que o do homem, isso com os dois exercendo as mesmas funções, em todos os níveis hierárquicos. Ou seja, o mercado de trabalho por um lado descobre e incentiva o trabalho feminino, por outro lado, temos toda a emancipação da mulher que foi resultante dos movimentos feministas tendo origem em meados do século XX e também no período do pós-guerra, tendo relação com um profundo questionamento na sociedade ocidental sobre um certo modelo de família que até então era tido como o ideal, centrado na autoridade do pai.

Até os dias de hoje mulheres sofrem muito por simplesmente serem mulheres. A desigualdade de oportunidade de trabalho entre homens e mulheres ainda é muito presente mesmo em pleno século XXI, e apesar do crescimento da inserção da mulher no mercado de trabalho uma parte do sexo feminino ainda tem que passar por dificuldades que muitos homens não encontram, tais como o equilíbrio entre atividades domésticas e emprego fora de casa e a diferença salarial. Mesmo com desafios maiores grande parte das mulheres batalham diariamente para manter ou até mesmo criar seu espaço nas empresas. Porém ainda há a desigualdade entre homens e mulheres, e por mais que depois de séculos ainda haja essa desigualdade, isso ainda é uma luta que as mulheres precisam prosseguir.

2.3. Conquistas das Mulheres na sociedade Brasileira ao longo dos anos

A luta das mulheres por direitos civis, políticos e sociais ocorrem há anos no Brasil. Contudo, as ações do movimento feminista são decisivas para a conquista de melhores condições de justiça e igualdade.

Na época do Império o Brasil chegou a ter três governos femininos, em 1777 a rainha D. Maria I comandou de Portugal o Brasil, e em 1822 Maria Leopoldina foi a primeira Imperadora do país. Na regência de Dom Pedro II a Princesa Isabel assumiu por conta de uma ausência do pai, mas depois da Proclamação da República as mulheres não podiam mais administrar o Brasil. Em 1927 o Rio Grande do Norte foi o primeiro estado a permitir o voto feminino e foi pioneiro ao eleger Alzira Soriano a prefeita de Lages em 1928, entretanto ela não conseguiu terminar o mandado, já que os votos femininos foram anulados. Em 1932 apenas as mulheres

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viúvas, solteiras com renda própria e as casadas e autorizadas pelos maridos podiam votar, essas restrições acabaram dois anos depois mas o voto feminino só se tornou obrigatório em 1946. https://www.youtube.com/watch?v=MDNHEQXcSWM Uma pesquisa publicada por Oliveira e Otto (2019) mostra algumas conquistas das mulheres na sociedade brasileira. Em 1827 As meninas são liberadas para frequentar escolas, isso por que houve uma lei que permitia que meninas finalmente frequentassem colégios e estudassem além do primário. Em 1852 foi criado o primeiro jornal feminino, editado por mulheres e direcionado para mulheres, o Jornal das Senhoras, que afirmava que as pessoas do sexo feminino não deveriam só aprender piano, bordado e costura. Em 1871 é decretada a Lei do Ventre Livre assinada pela Princesa Isabel, determinava que os filhos das mulheres escravizadas na época do Império nasciam livres. A abolição da escravidão só aconteceu em 1888, através da Lei Áurea. Em 1879 as mulheres começaram a ser aceitas em faculdades, foi decretado à lei que permitiu que mulheres pudessem cursar o ensino superior, assim como já acontecia com os homens. Apesar disso, muitas mulheres enfrentaram preconceito ao ingressar em universidades.

Outra pesquisa publicada pelo blog Governo do Brasil (2017) exibe outros dos avanços conquistados pelas mulheres. Um deles é o direito ao voto, estabelecido pela Constituição Federal em 1932, as mulheres passaram a ocupar maior espaço no eleitorado do País. Além disso, em 1934 o Brasil elegeu Carlota Pereira Queiróz, como sua primeira deputada. Naquele mesmo ano, a Assembleia Constituinte assegurava o princípio de igualdade entre os sexos, o direito ao voto, a regulamentação do trabalho feminino e a equiparação salarial entre os gêneros. No ano de 1985 é criado o Conselho Nacional dos Direitos da Mulher (CNDM) com objetivo de eliminar a discriminação e aumentar a participação feminina nas atividades políticas, econômicas e culturais. Já no quesito violência entra a Lei do Feminicídio e talvez, a ação de proteção contra a vítima mais conhecida seja a Lei Maria da Penha.

Com o começo da venda do anticoncepcional em 1961, a mulher enfim pode ter controle sobre sua fertilidade. Até 1977, a separação só era autoriza em casos de adultério, tentativa de morte, injúria grave ou abandono voluntário do lar. E então, em 1988 tanto a mulher quanto o homem passaram a poder se divorciar e casar quantas vezes quiserem. Durante a fabricação do carro e a possibilidade de a

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mulher dirigir passou-se muito tempo. Mesmo com o direito de dirigir, ainda assim há preconceitos com a prática e diariamente ouve-se que "mulheres dirigem mal" ou “mulher é barbeira”. As mulheres não tinham direito de usar calça comprida até o final do século XIX, quando precisaram usar a vestimenta para ir até as fábricas substituírem seus maridos que estavam em guerra.

Alguns direitos sociais, políticos e trabalhistas são abordados por Pinheiro (2019), são conquistas e fatos que vem ocorrendo desde 1879 até os dias atuais. Em 1879 As mulheres finalmente ganham o direito de cursar um ensino superior, pois até então apenas os homens poderiam graduar-se, e em 1887, Rita Lobato Velho Lopes (1867-1954) tornou-se a primeira mulher Brasileira se formar em uma graduação na Faculdade de Medicina da Bahia. Em 1919 a equidade da faixa salarial tornou-se uma preocupação mundial. A Organização Internacional do Trabalho (OIT) aprovou uma decisão que exige salários iguais para homens e mulheres na mesma função, porém, até hoje a igualdade de fato não foi alcançada em boa parte das empresas. Em 1932 a Constituição Federal brasileira permite pela primeira vez que mulheres votem.

Figura nº2 – Dia da conquista do voto feminino no Brasil

Autor: Anália (2018)

Em 2006 houve a Criação da Lei Maria da Penha, primeira lei a reconhecer e criar mecanismos para combater a violência doméstica. Em 2015 a Lei do Feminicídio classifica o assassinato de mulheres por razões da condição do sexo feminino como crime repugnante.

Conforme o blog Exame da OAB (2018) mostra, em 1979 houve a inserção da primeira mulher no Senado, Eunice Michiles, sua caminhada na política foi marcada

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por uma tentativa de retirar da legislação brasileira alguns dispositivos que afligiam a liberdade feminina. Em 2008, criou-se uma lei que regulamenta as ações de saúde que asseguram a prevenção, a detecção e o tratamento de câncer de colo uterino e de mama a serem realizadas pelo SUS.

2.4. Proteção Social da Mulher: Leis Trabalhistas

Em 1988 foi criado a Constituição Federal que dispôs em seu artigo 5º, inciso I, o princípio da igualdade entre homens e mulheres, trazendo em si, discussões sobre a compatibilidade do novo ordenamento com as normas de proteção exclusivas ao trabalho da mulher.

Devido às diferenças biológicas entre homem e mulher que há desde o início da humanidade a diferença na divisão do trabalho sempre existiu.

Baylão e Schettino (2014) dizem que na era da Revolução Industrial a exploração do trabalho feminino foi muito intensa, as mulheres eram submetidas à jornada de trabalho de até 16 horas diárias, e o salário não era nem a metade dos salários pagos aos homens, desta forma, era mais vantajoso contratar a mão de obra feminina.

Por conta do crescimento na desigualdade das condições de trabalho existente entre homem e mulher, nasceu à luta das mulheres por melhores condições de trabalho e também a reivindicação por igualdade dos direitos trabalhistas. Evidentemente houve necessidade de proteção ao trabalho da mulher, resultando em regulamentações por vários órgãos internacionais, que acabaram influenciando a legislação trabalhista brasileira.

No Brasil até 1932 o trabalho feminino não tinha proteção especial. Na Consolidação das Leis Trabalhistas a jornada diária de trabalho da mulher é fixada normalmente em 8 horas, observado, entretanto, o limite de 48 horas semanais. Com a vigência da Constituição de 1988, a duração normal de trabalho não pode ser superior a 8 horas diárias com o limite de 44 horas semanais; facultada a compensação e a redução mediante acordo ou convenção coletiva (art. 7º, XIII).

Muitas mulheres enfrentam um momento de angústia para contar ao patrão que elas estão esperando um filho. Elas temem ser demitidas e gera uma insegurança naquele momento, mesmo sendo uma gravidez planejada a tensão não

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diminui.

Toda mulher a partir do momento que descobre sua gravidez tem o direito de uma estabilidade até cinco meses após a data do parto. Essa estabilidade é

garantida pela Lei nº 12.812, de 16 de maio de 2013.

“Art. 391-A. A confirmação do estado de gravidez advindo no curso do contrato de trabalho, ainda que durante o prazo do aviso prévio trabalhado ou indenizado, garante à empregada gestante a estabilidade provisória prevista na alínea b do inciso II do art. 10 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias.”

Caso a mulher for demitida e ela verificar que a concepção da criança foi feita antes da demissão ela tem o direito de ser readmitida na empresa. Sobre a Licença Maternidade, a mulher que trabalha no regime CLT tem o direito a essa licença, que varia de quatro a seis meses, dependendo da empresa contratante. Ao retorno da licença, a mãe por direito, pode retirar da sua jornada de trabalho uma hora por dia para a amamentação do bebê, sendo válido até o bebê completar seis meses de vida.

2.5. Papel social da mulher na sociedade

A princípio ressalta-se a diferença entre sexo e gênero. Resumidamente, sexo é uma categoria biológica e gênero é uma distinção sociológica.

A concepção social da mulher começou no século XVIII com o desenvolvimento da burguesia, o surgimento dos estados nacionais e o começo da industrialização e da sociedade capitalista. Contudo, a burguesia idealiza a família nuclear, que tem o pai como o seu provedor e a mãe a fonte dos cuidados do lar.

Contudo, Vieira (2005) alega que no nosso atual século as noções sobre a mulher mudaram, por estarem submissas a momentos históricos específicos, abrigam experiências particulares, emoções e vivências culturais que permitem a construção social da subjetividade da mulher.

De acordo com Barbalho (2020) a mulher possui vários papéis durante a vida, tais como: filha, irmã, amiga, namorada, esposa, mãe, avó, profissional junto a tantos outros papéis.

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3. METODOLOGIA

Metodologia são métodos de pesquisa que podem ser compreendidas como um importante instrumento para o pesquisador, pois mediante a pesquisa metodológica é possível examinar, descrever e desenvolver técnicas de coletas de informações pertinentes ao tema abordado. Conforme Tozoni-Reis (2009) afirma que a metodologia é o estudo dos meios para a produção de conhecimento científico e para desenvolvimento da ciência. O Stoodi afirma que a metodologia serve para organizar o planejamento de um objetivo para que os melhores resultados sejam alcançados.

Silva (2019) afirma que método é a escolha de técnicas sistemáticas para descrever e explicar fenômenos. Segundo o Toda Matéria (2019) Método científico é um conjunto de regras para a compreensão do conhecimento e é por meio dessa que se comprovam teorias.

Para a realização dessa pesquisa será usado uma pesquisa exploratória e descritiva, estudo de campo, revisão bibliográfica e entrevista.

Segundo ao site Significados (2018) a pesquisa exploratória visa oferecer informações e orientar a formulação das hipóteses do estudo, já na pesquisa descritiva o pesquisador faz o estudo, analisa, registra e interpreta os fatos do mundo físico, sem a manipulação ou interferência dele.

Seixas (2019) afirma que o estudo de campo se refere a observação de fatos reais, a coleta de dados referentes aos fatos e a análise e interpretação desses dados, com base numa fundamentação teórica consistente.

Santos (2018) diz que a revisão bibliográfica consiste em uma análise profunda em acervos de publicações de uma determinada área de estudo, buscando respostas ou um maior conhecimento sobre um determinado assunto.

Segundo Duarte (2019) a entrevista representa uma técnica de coleta de dados na qual o pesquisador tem um contato direto com a pessoa, se inteirarando de suas opiniões acerca de um determinado assunto.

3.1. Classificação Geral da pesquisa

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critérios básicos, os fins e os meios. Em relação aos fins, a pesquisa pode ser exploratória, descritiva, explicativa, metodológica, aplicada, intervencionista. Já em relação aos meios ela pode ser de campo, de laboratório, telematizada, documental, bibliográfica, experimental, participante, pesquisa-ação e estudo de caso.

De outro modo, Triviños (2006) coloca apenas três estudos classificados conforme sua finalidade: estudo exploratório, pesquisa descritiva e estudos experimentais, classificando-a como sendo uma pesquisa fim.

Quanto aos meios, expostos por Vergara (2007), este artigo apresentará de um estudo de caso, pois será analisada a vida profissional de algumas mulheres líderes. Também será classificado quanto aos seus objetivos por meio de pesquisa descritiva, que permite ao acadêmico obter uma postura quanto a elaboração de informações, relatórios e sistematização do conhecimento que lhe será concedido no decorrer da pesquisa. Do mesmo modo, será classificado como pesquisa exploratória, pois está possui um planejamento flexível, que permitirá o estudo do tema abordado sob diversos ângulos.

3.2. Objeto de Estudo

O objeto de estudo presente é a empresa Romagnole Produtos Elétricos S.A. com sede na cidade de Mandaguari – PR, fundada em 1968, situada na Av. Das Indústrias, 510, Parque Industrial. É composta por sete filiais na cidade de Mandaguari, contudo, será caracterizada a filial de Transformadores, que conta com aproximadamente 600 funcionários. A empresa oferta transformadores em larga escala com padrões de qualidade.

3.3. População e Amostragem

População é o conjunto de elementos que possuem as características que será o objeto do estudo, e a amostra, ou população amostral, é uma parte do universo escolhido selecionada a partir de um critério de representatividade (Vergara, 1999). A população é composta por líderes do sexo femininos de uma determinada organização.

Segundo o Instituto PHD (2011) a pesquisa por população significa levantar informações de 100% dos participantes de um grupo. A vantagem deste tipo de

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abordagem é a precisão das respostas, pois a margem de erro é praticamente zero. Ainda conforme a explicação do Instituto PHD (2011) a pesquisa por amostragem é altamente usada em enquetes, levantamentos e pesquisas de opinião. Isto por que não há a possibilidade de falar com todas as pessoas de um grupo que é complexo. Neste tipo de pesquisa escolhem-se aleatoriamente algumas pessoas para representar as respostas de um todo da população.

A amostra pode ser definida como os indivíduos que respondem à pesquisa. Desta forma, a amostra selecionada pode ser classificada como não probabilística, sendo que a seleção foi feita por acessibilidade e tipicidade, onde os elementos pesquisados são considerados representativos da população-alvo (Vergara, 1997). Dias (2019) afirma que a amostra probabilística é a qual todos os indivíduos da população têm uma chance igual de responder a pesquisa. A amostra não probabilística é aquela em que a coleta é baseada em critérios definidos previamente.

Ochoa (2015) afirma que a amostragem probabilística deve ser considerada só quando obedecerem a duas condições: os elementos da população devem apresentar uma probabilidade maior que zero para poder ser selecionada e conhecer detalhadamente a probabilidade para cada elemento.

3.4. Coleta de dados

O procedimento de coleta de dados é o método prático utilizado para juntar as informações necessárias à construção dos raciocínios em torno de um fato, fenômeno ou problema.

Existem diversas formas de realizar as pesquisas, sendo documentais, qualitativas, bibliográficas, de campo e pesquisas de laboratório. Segundo Marconi e Lakatos (2011, p. 45) o método é o conjunto das atividades sistemáticas e racionais que permite alcançar o objetivo.

Segundo Barros e Lehfeld (2007, p. 84) na pesquisa descritiva, não há a interferência do pesquisador, isto é, ele descreve o objeto de pesquisa, procura descobrir a frequência com que um fenômeno ocorre, sua natureza, características, causas, relações e conexões com outros fenômenos.

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De acordo com Marconi e Lakatos (2003, p.188) pesquisa exploratória é a investigações de pesquisa empírica cujo objetivo é a formulação de questões ou de um problema, com tripla finalidade: desenvolver hipóteses, aumentar a familiaridade do pesquisador com um ambiente, fato ou fenômeno, para a realização de uma pesquisa futura mais precisa ou modificar e clarificar conceitos. Empregam-se geralmente procedimentos sistemáticos ou para a obtenção de observações empíricas ou para as análises de dados. Obtém-se frequentemente descrições tanto quantitativas quanto qualitativas do objeto de estudo, e o investigador deve conceituar as inter-relações entre as propriedades do fenômeno, fato ou ambiente observado. Uma variedade de procedimentos de coleta de dados pode ser utilizada, como entrevista, observação participante, análise de conteúdo etc., para o estudo relativamente intensivo de um pequeno número de unidades, mas geralmente sem o emprego de técnicas probabilísticas de amostragem. Muitas vezes ocorre a manipulação de uma variável independente com a finalidade de descobrir seus efeitos potenciais.

Para Prodanov (2013, p.51),

“Quando a pesquisa exploratória se encontra em fase preliminar, tem como finalidade proporcionar mais informações sobre o assunto que vamos investigar, possibilitando sua definição e seu delineamento, isto é, facilitar a delimitação do, ou descobrir um novo tipo de enfoque para o assunto. Assume, em geral, as formas de pesquisas bibliográficas e estudos de caso. A pesquisa exploratória possui planejamento flexível, o que permite o estudo do tema sob diversos ângulos e aspectos. Em geral, envolve: levantamento bibliográfico; entrevistas com pessoas que tiveram experiências práticas com o problema pesquisado; - análise de exemplos que estimulem a compreensão”.

Os procedimentos utilizados serão realizados por meio de pesquisa bibliográfica, estudo de caso e documental, a primeira tem por finalidade fazer os levantamentos dos dados e análise do assunto abordado, o segundo para obter as características holísticas e significativas dos acontecimentos da vida real, a pesquisa documental será efetuada pelo fato das coletas de dados estar restritas a documentos digitalizados ou escritos. Quanto a abordagem, existe a pesquisa qualitativa e quantitativa, a qualitativa apresenta os resultados através de percepções e análises,

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ela descreve a complexidade do problema e a interação de variáveis. No caso da quantitativa aplicam-se técnicas estatísticas e se baseia em números para chegar aos resultados. Será utilizada a abordagem quantitativa.

Para Ruiz (1993, p.58),

A pesquisa bibliográfica é o conjunto dos livros escritos sobre determinado assunto, por autores conhecidos e identificados ou anônimos, pertencentes e correntes de pensamentos diversos entre si, ao longo da evolução da humanidade.

Segundo Cooper e Schindler (2003, p. 139) o estudo de caso permite a construção de conhecimento de causas presumidas com o correr do tempo. Tais conclusões empíricas nos levam a aproximações sucessivas da verdade. O intuito nas análises casuais é saber como uma variável afeta ou é responsável por mudanças em outras variáveis.

Para Severino (2007, p. 121),

“Os dados devem ser coletados e registrados com o necessário rigor e seguindo todos os procedimentos da pesquisa de campo. Devem ser trabalhados, mediante análise rigorosa, e apresentados em relatório qualificados’. Segundo Severino (2007, p. 122) a pesquisa documental, tem-se como fonte documentos no sentido amplo, ou seja, não só de documentos impressos, mas sobretudo de outros tipos de documentos, tais como jornais, fotos, filmes, etc. A partir desses documentos disponíveis o pesquisador desenvolvera sua investigação e análise.

Quando se fala de pesquisa quantitativa ou qualitativa, e mesmo quando se fala de metodologia quantitativa ou qualitativa, apesar da liberdade de linguagem consagrada pelo uso acadêmico, não se refere a uma modalidade de metodologia em particular. Com essas designações, cabe referir-se a conjuntos de metodologias, envolvendo, eventualmente, diversas referências epistemológicas. São várias metodologias de pesquisa que podem adotar uma abordagem qualitativa, modo de dizer que faz referência mais a seus fundamentos epistemológicos do que propriamente a especificidades metodológicas. (SEVERINO, 2007, p. 119)

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O presente trabalho estará voltado para a gestão feminina, o principal alvo será o obstáculo que as mulheres lidam para alcançar a liderança dentro da organização, para tanto será necessário a coleta de dados por meio de roteiro de questionários. O roteiro de questionário, segundo Severino (2007, p. 125) é um conjunto de questões, sistematicamente articuladas, que se destinam a levantar informações escritas por partes dos sujeitos pesquisados, com vista a conhecer a opinião dos mesmos sobre os assuntos em estudo.

Essas questões devem ser pertinentes ao objeto e claramente formuladas, de modo a serem bem compreendidas pelo sujeito. As questões devem ser objetivas, de modo a suscitar respostas igualmente objetivas, evitando provocar dúvidas. Estas questões poderão ser fechadas ou abertas. É sugerido que estes questionários sejam previamente testados por um grupo de indivíduos pequeno antes de sua aplicação ao conjunto d sujeito que se destina, o que permitirá um ajuste se for o caso

3.5. Análise dos dados

A análise de dados é uma técnica que tem como objetivo permitir que o pesquisador tenha acesso a informações relevantes sobre o estudo.

Santos (2016) afirma que a análise de dados nada mais é do que converter números em informações.

Segundo o upLexis (2019) a coleta de dados é um processo de recolhimento de dados para uso secundário por meio de técnicas específicas. A coleta de dados para pesquisa é definida a partir do desenvolvimento que o projeto vai seguir.

O Portal Action (2019) diz que muitos problemas podem acontecer durante uma coleta de dados. Para evitar que alguns problemas ocorram deve-se coletar os dados com a definição clara da situação enfrentada e os objetivos. Ler e calcular com muita atenção para que não ocorra retrabalhos. Utilizar o método de acordo com o problema estudado.

A análise de alguns dados conforme Gil (1987) afirma, possibilita a compreensão total dos objetos. Contudo, Gil destaca que a importância dos resultados obtidos depende do estudo de certa variedade de casos, porém, no modo geral, não são selecionados por critérios estatísticos.

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