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VARIAÇÃO DE CONCENTRAÇÕES DE AUXINA NA PROPAGAÇÃO VEGETATIVA DE PITANGUEIRA EM MINIESTUFAS DE GARRAFA PET

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Academic year: 2021

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5ª Jornada Científica e Tecnológica e 2º Simpósio de Pós-Graduação do IFSULDEMINAS 06 a 09 de novembro de 2013, Inconfidentes/MG

VARIAÇÃO DE CONCENTRAÇÕES DE AUXINA NA PROPAGAÇÃO VEGETATIVA DE PITANGUEIRA EM MINIESTUFAS DE GARRAFA PET

Estevan Teodoro Santana PENHA1; Lucas Eduardo de Oliveira APARECIDO2; Paulo Sérgio de Souza3

RESUMO

, Gentil Luiz Miguel Filho4

O objetivo do presente trabalho é obter a melhor concentração de regulador de

crescimento na propagação de pitangueira por estaquia utilizando miniestufas de

garrafa PET. Foi utilizado o delineamento experimental em DBC com cinco repetições e

três tratamentos (0, 3000 e 5000 mg L-1 de AIB). A utilização de estacas apicais de planta adulta de pitangueira tanto na presença quanto na ausência de regulador vegetal não promoveu o enraizamento das estacas acondicionadas em miniestufas de garrafa PET.

INTRODUÇÃO

Há uma grande diversidade de plantas frutíferas nativas do Brasil, uma delas é a pitangueira (Eugenia uniflora L.). A pitangueira é uma espécie pertencente à família Myrtaceae, possui ampla adaptação a diferentes tipos de solo e de clima fazendo com que seja disseminada por todo o país. A pitangueira pode ser utilizada como cerca viva, planta ornamental, reflorestamento, na agroindústria, para consumo de frutos in natura e pela indústria de cosméticos. Os maiores cultivos de pitanga se encontram em Pernambuco, onde foi lançado a primeira cultivar brasileira, a ‘Tropicana’ (BEZERRA et al., 2000).

1 Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sul de Minas Gerais – CâmpusMuzambinho. Muzambinho/MG, email: estevaneafmuz@yahoo.com.br

2 Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sul de Minas Gerais – CâmpusMuzambinho. Muzambinho/MG, email: lucasedap.bol@hotmail.com;

3 Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sudeste de Minas – CâmpusMuzambinho. Muzambinho/MG, email: paulo.souza@muz.ifsuldeminas.edu.br.

4 Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sudeste de Minas – CâmpusMuzambinho. Muzambinho/MG, email: gentil.filho@muz.ifsuldeminas.edu.br

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A produção de mudas geralmente ocorre por sementes, no entanto este método proporciona plantas desuniformes e com grande variabilidade, deste modo o método mais indicado é a propagação vegetativa. A propagação vegetativa possibilita a produção de mudas com características da planta matriz, permitindo a formação de plantas com características homogêneas.

Manica et al. (2001) ressaltam que as estacas a serem utilizadas devem ser retiradas de ramos herbáceos que se formaram no último fluxo vegetativo e de plantas em bom estado fitossanitário, sendo que os ramos não podem ter sofrido processo de lignificação, pois estacas lignificadas já não possuem um grande poder de diferenciação dos tecidos para formar calos e posteriormente raízes, devido à formação de diversos compostos fenólicos que inibem a totipotência celular, enquanto estacas herbáceas possuem um alto metabolismo em suas células, originando raízes com facilidade (APARECIDO; PENHA; SOUZA, 2013).

Rezende et al. (2005) afirmam que miniestufas confeccionadas de garrafas PET (Poliestireno Tetraftalato) recicladas, utilizadas com a finalidade de simular uma câmara de nebulização, possibilitam a dispensa de infraestrutura, casa de vegetação, energia, eletricidade, além de realizarem economia de água. Segundo Aparecido et al. (2012), a reciclagem é um dos métodos de reaproveitamento de materiais mais utilizados ultimamente no mundo, as garrafas PET podem ser reutilizadas de várias formas e uma delas seria na produção de câmaras úmidas (miniestufas) que podem ser utilizadas para propagação de frutíferas.

O objetivo do presente trabalho é obter a melhor concentração de regulador de crescimento na propagação de pitangueira por estaquia utilizando miniestufas de garrafa PET.

MATERIAL E MÉTODOS

O trabalho foi realizado no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sul de Minas – Campus Muzambinho, no setor de fruticultura. O experimento foi instalado a uma latitude S21°20’58,83366’’, longitude W46°31’35,50679’’ e 1013,537 metros de altitude. O experimento foi instalado em outubro de 2012. Foram utilizadas estacas apicais e herbáceas de uma pitangueira adulta e com ótimo estado fitossanitário. O delineamento experimental utilizado foi em blocos casualizados (DBC) com cinco repetições e três tratamentos (0, 3000 e

5000 mg L-1 de AIB). As estacas foram padronizadas com três nós e 50% da área

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retiradasas folhas do terceiro nó para que este pudesse ser enterrado no substrato, com pode ser visualizado na Figura 1.

FIGURA 1 – Visualização de ramo herbáceo de pitangueira (à esquerda) e da estaca com três nós e com redução da área foliar (à direita). Muzambinho – 2012.

O AIB aplicado foi diluído em álcool, sendo que após esta diluição foi acrescentada água destilada na mesma proporção, formando-se a solução com volume de 1:1 v/v (álcool + água destilada), logo após as bases das estacas foram imersas por um minuto na solução hidro alcoólica contendo AIB.

O substrato e as estacas foram acondicionados em miniestufas de garrafas descartáveis de poliestireno tetraftalato (PET), de dois litros, transparentes e incolores. Antes do plantio as garrafas foram higienizadas e preparadas para obter a quantidade necessária de substrato, que consiste em um volume de 600 cm³, e posteriormente foi feito um corte transversal a sete cm de base, assim como visualizado na Figura 2. O substrato utilizado foi à base de casca de pinus carbonizada, conforme recomendado por Aparecido, Penha e Souza (2013). Após o plantio do experimento a parte superior da garrafa PET cortada foi encaixada sobre o conjunto a fim de assimilar uma câmara úmida.

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FIGURA 2 – Visualização da miniestufa de garrafa PET contendo as estacas de pitangueira. Muzambinho – 2012.

As garrafas PET não foram tampadas para que houvesse as trocas gasosas necessárias à manutenção da atividade metabólica das estacas, esta operação também facilita a reposição de água ao conjunto. A irrigação foi realizada acrescentando 120 ml de água a cada dois dias. O experimento foi mantido sob sombrite à 50% de sombra.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

A avaliação do experimento ocorreu aos 60 dias após a sua implantação, nas condições do experimento não houve capacidade de formação de calos, de enraizamento e também formação de brotação nas estacas. Todas as estacas sofreram processo de oxidação, não havendo contribuição do meio na sobrevivência das estacas.

Peña, Zanette e Biasi (2012) não obtiveram sucesso no processo de enraizamento de estacas terminais de pitanga, estes autores conduziram o experimento em câmara de nebulização com irrigação intermitente por micro aspersão.

No estudo realizado por Lattuada et al. (2011) não foi obtido enraizamento das estacas apicais de pitangueira. O autor justifica a ausência da formação de raízes em função das estacas utilizadas serem obtidas de plantas adultas, quando as estacas foram retiradas de plantas jovens houve enraizamento de 38,66% das estacas. Peña, Zanette e Biasi (2012) ressaltam que o rejuvenescimento da planta adulta por meio da decepa favorece a indução radicial mostrando que o estado de desenvolvimento da planta matriz é capaz de influenciar a resposta rizogênica, concluem ainda que estacas herbáceas oriundas tanto de material rejuvenescido por meio de decepa, quanto de matriz jovem é capaz de favorecer o desenvolvimento de raízes.

CONCLUSÃO

A utilização de estacas apicais de planta adulta de pitangueira tanto na presença quanto na ausência de regulador vegetal não promoveu o enraizamento das estacas acondicionadas em miniestufas de garrafa PET.

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APARECIDO, L. E. O. et al. Utilização de garrafas de Poliestireno recicladas como miniestufas na propagação de frutíferas. In: IX CONGRESSO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE DE POÇOS DE CALDAS, 2012, Poços de Caldas. Anais...Poços de Caldas: 2012.

APARECIDO, L.E.O; PENHA, E.T.S; SOUZA, P,S. Avaliações de substratos no enraizamento das estacas de goiabeira em miniestufas de garrafas PET recicladas.

Revista Agrogeoambiental, v.5, n.1, 2013.

LATTUADA, D.S.; SPIER, M.; SOUZA, P.V.D. Pre-treatments with water and indole butyric acid dosis for herbaceous cuttings or Surinam cherry. Ciência Rural, v.41, n.12, p. 2073-2079, 2011.

MANICA, I. et al. Goiaba: do plantio ao consumidor: tecnologia de produção, póscolheita, comercialização. Porto Alegre: Cinco Continentes, 2001.

PEÑA, M.L.P.; ZANETTE, F.; BIASI, L.A. Estaquia de brotações de cepa e de copa de plantas de pitangueira. In: XXII CONGRESSO BRASILEIRO DE FRUTICULTURA, 2012, Bento Gonçalves. Anais...Bento Gonçalves: 2012.

REZENDE, P. O. et al. Estaquia de maracujá- amarelo (Passiflora edulis sims f. flavicarpa deg.) em miniestufas constituídas de garrafas de poliestireno, avaliando-se cinco tipos substratos. Revistas Ceres, Viçosa, v. 52, n. 300, p. 267-273, 2005. Dinponível em: <http://www.ceres.ufv.br/ceres/revistas/V52N300P02105.pdf>. Acesso em 09 set. 2013.

Referências

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