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ESTRUTURA GEOLÓGICA DA TERRA E FORMAS DE RELEVO CONTEÚDOS

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ESTRUTURA GEOLÓGICA DA TERRA E FORMAS DE RELEVO

CONTEÚDOS

 Estrutura interna da Terra

 Tectônica de placas

 Agentes endógenos e agentes exógenos

 Estruturas geológicas

 Formas de relevo

 Eras geológicas

AMPLIANDO SEUS CONHECIMENTOS

A história do Universo começa há aproximadamente 13,7 bilhões de anos, com o

Big Bang. Segundo essa teoria, toda a matéria que constituía o Universo concentrava-se

em um único ponto até a grande explosão que deu origem a tudo que conhecemos. Desde então, o Universo está em constante expansão. Muitos cientistas questionam inclusive se, em algum momento, o Universo deixará de se expandir e entrará em um movimento de retração.

Toda matéria que constitui o Universo tende a se concentrar nas galáxias. A galáxia em que vivemos é a Via Láctea e o Sol é apenas uma das bilhões de estrelas que existem nessa galáxia. Acredita-se que todo o Sistema Solar tenha a mesma origem.

O Sol, a estrela central desse sistema, é uma estrela-anã amarela que se formou há 4,6 bilhões de anos, isto é, quando o Universo já possuía aproximadamente 9 bilhões de anos. Essa estrela foi formada do colapso gravitacional e contração de parte de uma densa e gelada nuvem de poeira e gás.

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Figura 1 – Superfície solar registrada pelo Solar Dynamics Observatory (NASA), em 2010 Fonte: Wikimedia Commons

Partes dessa nuvem, que deram origem ao Sol, formaram partículas sólidas de gelo e rocha formando os planetas. O planeta Terra teve sua origem há aproximadamente 4,5 bilhões de anos e, assim como o Sol, também se formou de uma força gravitacional que acumulou poeira cósmica e gases em um corpo homogêneo, com ferro e níquel fundidos (material pesado) em seu interior; 500 milhões de anos depois, o planeta passou por um processo de resfriamento e a crosta terrestre começou a ser formada.

A partir daí, diferentes camadas foram se consolidando, cada uma com temperatura, densidade e tipos de materiais distintos.

Figura 2 – Terra registrada pela sonda Deep Space Climate Observatory (NOAA), em 2015 Fonte: Wikimedia Commons

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As três principais camadas da Terra são crosta, manto e núcleo.

Estrutura interna da Terra

O núcleo é a camada mais interior da Terra e é formado, basicamente, por níquel e ferro.

Estudos indicam que as temperaturas do núcleo chegam em torno dos 6000ºC. O núcleo é dividido em duas partes: o núcleo externo, em estado de fusão; e o

núcleo interno, que é a parte mais densa do planeta Terra e está em estado sólido.

O manto é a camada mais espessa da Terra e é formado pelo magma, um material pastoso e denso constituído de rocha fundida. O manto representa mais de 80% do volume do planeta.

A crosta terrestre é a camada rochosa mais externa da Terra e possui espessura média de 25 km. A crosta é formada, basicamente, por oxigênio e silício, além de outros elementos como ferro, cálcio, alumínio, magnésio, em menor quantidade.

Figura 3 – Estrutura interna da Terra Fonte: Wikimedia Commons

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Apesar de ser uma camada rochosa, a crosta terrestre não é homogênea. Ao contrário, ela é inteiramente dividida em grandes blocos chamados de placas tectônicas.

Recebe o nome de litosfera a camada formada pela crosta terrestre (placas tectônicas) e a parte superior do manto. O planeta Terra possui intensa fonte de calor em seu interior que oferece energia para as atividades internas, como o movimento das placas tectônicas. Esses movimentos ocorrem na litosfera.

Tectônica de placas

No início do século 20, o cientista alemão Alfred Wegener expôs uma teoria que revolucionou os estudos geológicos da Terra ao formular a “Teoria da Deriva Continental”. Wegener foi o primeiro a perceber a similaridade entre as linhas de costa dos continentes africano e sul-americano. A partir disso, lançou a tese de que os dois continentes tinham um passado comum.

Em seu estudo, o cientista também baseou-se em evidências paleoclimáticas e percebeu a semelhança entre as idades e os tipos de rochas e fósseis animais e vegetais que existiam em ambos os continentes. Essas evidências levaram Wegener a formular sua teoria, propondo que, há aproximadamente 200 milhões de anos, a Terra possuía um único continente, a Pangea (do latim, pan = toda, gea = Terra). Wegener e outros geólogos da época, então propuseram que, inicialmente, esse bloco se dividiu em dois grandes continentes, Laurásia e Gondwana. Esses continentes continuaram a se fragmentar e se reorganizar até formar, há 5 milhões de anos atrás, os oceanos e os contornos continentais que se conhece atualmente.

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Figura 4 – Evidências utilizadas por Wegener para elaborar a Teoria da Deriva Continental Fonte: Wikimedia Commons

Apesar de coerente, a Teoria da Deriva Continental não foi aceita totalmente pela comunidade científica, uma vez que Wegener não conseguiu provar qual força era capaz de movimentar os continentes. Somente na década de 1960, com o mapeamento do fundo oceânico é que os pressupostos da deriva continental foram complementados pela “Teoria da Tectônica de Placas”.

O desenvolvimento de submarinos e outros equipamentos militares permitiu que o assoalho oceânico fosse mapeado em meados do século 20. Nessa época, descobriu-se a existência de uma grande cadeia montanhosa (dorsal) submarina, no Atlântico, que indicava as linhas de ruptura da separação dos continentes.

O aperfeiçoamento das técnicas de datação das rochas levou cientistas a concluir que a crosta oceânica não possuía a mesma idade. Os cientistas perceberam que as rochas próximas às linhas costa eram mais antigas e, à medida que se aproximavam dos dois lados das cordilheiras oceânicas, eram mais jovens. Além disso, também constataram que a atividade sísmica nessas áreas era intensa.

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Dessa constatação, formularam a teoria de que o assoalho oceânico está em constante expansão e que existem enormes falhas que dividem a crosta em grandes placas, que estão em constante movimento.

Figura 5 – Dorsal Meso-Atlântica Fonte: Wikimedia Commons

O aprofundamento desses estudos também comprovou que os limites das placas podem ser divergentes, quando elas se separam; convergentes, quando elas se encontram e conservativos, quando as placas se deslocam lateralmente. Em todos os casos, as atividades geológicas (falhas, abalos sísmicos e vulcanismo, por exemplo) são mais intensas nessas áreas de contato.

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Figura 6 – Placas tectônicas Fonte: Fundação Bradesco

Apesar de se saber que as crostas continentais e oceânicas estavam separadas em placas tectônicas, um questionamento ainda não havia sido respondido desde a Teoria da Deriva Continental: qual força faz as placas tectônicas se movimentarem?

Mesmo não se conhecendo exatamente todos os processos que ocorrem no interior da Terra, existe um consenso entre a comunidade científica que explica que o motor que move as placas tectônicas é a convecção do manto.

O manto é formado por um material pastoso, o magma, composto de rocha de diferentes temperaturas e densidades. As massas mais leves e aquecidas se expandem e sobem lentamente; em contrapartida, os materiais mais densos e com temperaturas mais baixas descem para ocupar o espaço deixado pelas massas ascendentes. Esse processo é contínuo e, quando o manto se movimenta, a litosfera também se move, provocando deslocamentos horizontais e verticais das placas.

Quando o material aquecido do manto sobe até a crosta, ele se resfria e se consolida, provocando a expansão da crosta. Observe o esquema:

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Figura 7 – Movimento de convecção do manto Fonte: Fundação Bradesco

As zonas de contato entre as placas são propícias para a ocorrência de diferentes eventos geológicos. Dentre eles, destacam-se a orogênese, os abalos sísmicos e o vulcanismo.

1) Orogênese

Orogênese é o processo de formação dos dobramentos modernos que resultam na formação das grandes cadeias de montanhas ou cordilheiras.

Os movimentos orogenéticos ocorrem nos limites convergentes das placas tectônicas, em porções instáveis e menos rígidas da crosta terrestre. Esse processo tem uma escala de tempo muito lenta e, ao colidirem, as placas dobram e soerguem, formando as cordilheiras. O Himalaia e os Andes são exemplos de grandes cadeias de montanhas.

Figura 8 – Cordilheira do Himalaia Fonte: Wikimedia Commons

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2) Abalos Sísmicos

Os abalos sísmicos ou terremotos também estão diretamente associados à tectônica de placas. Eles são provocados pela energia liberada durante o choque entre as placas tectônicas.

Os terremotos podem ser classificados como tremores bruscos, passageiros que ocorrem na crosta terrestre e, dependendo de sua magnitude e intensidade, podem causar severos danos na superfície.

Como as placas estão em constante movimento e contato, ocorrem milhares de terremotos todos os dias, porém, apenas os terremotos de grande magnitude são sentidos na superfície. A magnitude de um terremoto é quantificada pela Escala Richter, que mede a quantidade de energia liberada no foco de origem do terremoto. O parâmetro responsável por mensurar os efeitos que um terremoto provoca na superfície – os danos produzidos nas pessoas, nas construções, no meio ambiente – é a Escala de Mercalli.

Dica: Para entender os processos que dão origem aos terremotos e os efeitos que eles provocam na superfície terrestre, ouça no Portal EJ@, na seção Biblioteca Digital do Ensino Médio, ao podcast:

Terremotos

Em seguida, não deixe de fazer a Sequência Didática preparada para esse material!

3) Vulcanismo

Um vulcão surge a partir de uma fissura na crosta terrestre, na qual se acumula material vulcânico.

A formação e a atividade vulcânica – erupção – estão diretamente associadas às zonas de contato entre as placas tectônicas, no entanto, existem alguns vulcões conhecidos por “intraplaca” pois não se localizam nessas bordas. Observe o mapa a seguir, que mostra a correlação entre a atividade vulcânica nos limites das placas. Também é possível correlacionar esses limites com a atividade sísmica. Isto é, os terremotos de grande magnitude costumam acontecer próximos a essas regiões.

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Figura 9 – Atividade vulcânica Fonte: Fundação Bradesco

A ascensão do magma à superfície e seu resfriamento dão origem ao seu formato similar a um cone. Durante a erupção vulcânica, a lava carrega uma série de gases como dióxido de carbono, monóxido de carbono, dióxido de enxofre, hidrogênio, formando uma nuvem tóxica durante a erupção. Alguns eventos de natureza vulcânica são altamente destrutivos, pois lançam gases e micropartículas sólidas na atmosfera a longas distâncias. Apesar da violência, o vulcanismo provoca a formação de rochas vulcânicas (que tem origem no resfriamento da lava) que, quando sofrem processo de intemperismo, resultam em solos férteis, como o solo de terra roxa. Também é possível aproveitar a energia liberada na atividade vulcânica para se produzir energia geotérmica.

Agentes endógenos e agentes exógenos

Chamamos de relevo toda as irregularidades, de forma e altitude, presentes na crosta terrestre.

Todas as atividades tectônicas, como a orogênese, abalos sísmicos e vulcanismo podem ser classificados como agentes internos ou endógenos do relevo. Isto é, são os processos responsáveis pela estruturação do relevo e são impulsionados pela energia liberada no interior do planeta.

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Já os agentes externos ou exógenos são aqueles que atuam no processo de modelagem do relevo e ocorrem na superfície. Em outras palavras, pode-se dizer que esses agentes esculpem as formas do relevo.

Ao agir na superfície, eles podem provocar erosão, transporte de material e sedimentação. Dentre os principais agentes que modelam o relevo, pode-se se citar a ação da água do mar, dos rios, da neve e das chuvas, o vento e a ação das geleiras. As condições da atmosfera, como umidade e temperatura, também provocam alterações nas formas do relevo.

O homem também é um importante agente exógeno que provoca grandes alterações no relevo. A construção de represas, rodovias e túneis, a criação de aterros e a exploração mineral são atividades que provocam grandes impactos no modelado da superfície.

Figura 10 – Erosão eólica em cadeia de montanha Fonte: Wikimedia Commons

A imagem mostra um trecho da Cordilheira dos Andes, próximo à cidade de Puno, no Peru, que está localizada a mais de 3800 metros de altitude. Na imagem, é possível visualizar o resultado da ação dos agentes internos e externos que atuam na conformação do relevo. Enquanto a orogênese (agente interno) provoca a elevação da cordilheira, a

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erosão eólica (agente externo) modela o relevo. As marcas em diagonal, no alto da rocha, são evidências da ação do vento.

Vale lembrar que a ação dos agentes internos e externos é contínua e concomitante.

Estruturas geológicas

A crosta terrestre pode ser classificada de acordo com sua origem, processo de formação geológica e tipo de rocha. A essa classificação damos o nome de estrutura geológica.

Existem três grandes províncias geológicas: escudos cristalinos, dobramentos modernos e bacias sedimentares.

Os escudos cristalinos são estruturas antigas, formadas durante a era Pré-Cambriana. Os escudos são constituídos de minerais metálicos (ferro, manganês, ouro) e não metálicos (quartzo, ardósia).

No Brasil, os escudos cristalinos correspondem a 36% das estruturas da superfície. A região do Quadrilátero Ferrífero, em Minas Gerais, que possui importantes reservas de ferro, é um escudo cristalino, localizado na região da Serra do Curral, da Serra do Ouro Branco, da Serra da Moeda, da Serra do Caraça e início da serra do Espinhaço.

Os dobramentos modernos são as estruturas mais elevadas, instáveis e recentes que existem na superfície. Essas estruturas são formadas basicamente por movimentos orogenéticos, isto é, possuem relação com os eventos geológicos que ocorrem nos limites das placas tectônicas.

Por estar localizado no centro de uma placa, o Brasil não possui dobramentos modernos.

As bacias sedimentares são áreas rebaixadas da crosta, submersas ou não, preenchidas por grãos de minerais, fragmentos de rochas e sedimentos orgânicos (restos de animais e vegetais, conchas, recifes, etc.). Ao longo de milhares de anos, essas partículas são transportadas e depositadas nas bacias por meio da ação dos ventos, da água, pelo transporte de animais ou por qualquer outro agente que realiza a transposição. No Brasil, as bacias sedimentares recobrem 64% das terras emersas.

As bacias são de grande importância econômica, pois dão origem aos combustíveis fósseis. Ao longo do processo de deposição dos sedimentos, materiais orgânicos acumulam-se em áreas de bacias sedimentares e, em condições especiais de temperatura e pressão, dão origem ao petróleo, carvão mineral e gás natural.

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Formas de relevo

A atuação conjunta dos agentes endógenos ou exógenos resultam na variação da fisionomia da paisagem.

O relevo caracteriza-se pela diversidade de forma, altitude, estrutura e processo de formação. No Brasil, as três principais formas de relevo são os planaltos, as planícies e as depressões. Observe o mapa:

Figura 11 – Unidades Morfoestruturais do Brasil, segundo Jurandyr Ross Fonte: Fundação Bradesco

Classificam-se planaltos as formas de relevo em que o processo de desgaste supera o acúmulo de sedimentos. Geralmente, os planaltos possuem mais de 200 metros de altitude e são delimitados por escarpas íngremes.

As planícies, ao contrário dos planaltos, são formas planas ou pouco inclinadas nas quais predominam os processos de deposição. As planícies costumam estar localizadas próximas ao litoral e são formadas pelo acúmulo de sedimentos de outras formas que sofreram desgaste.

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As depressões são formas rebaixadas em relação às áreas vizinhas. Geralmente possuem superfície aplainada e são resultado de longos processos erosivos. A origem das depressões está associada à ação de agentes endógenos, como no caso das crateras vulcânicas desativadas, ou aos agentes exógenos, como o caso da Depressão Periférica no interior de São Paulo, que foi formada pela ação erosiva da água dos rios.

Quando estão localizadas abaixo do nível do mar, recebem o nome de “depressão absoluta”; quando estão acima do nível do mar, são chamadas de “depressão relativa”.

Veja, no esquema a seguir, o recorte do perfil longitudinal do relevo brasileiro, entre as regiões Centro-Oeste e Sudeste:

Figura 12 – Perfil Longitudinal do Relevo Fonte: Fundação Bradesco

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É importante ressaltar que, no Brasil, à exceção da bacia sedimentar que forma o Pantanal Matogrossense, as estruturas geológicas são antigas; no entanto, as formas do relevo são bastante recentes, pois são resultantes, quase sempre, de processos erosivos e, por isso, estão em constante processo de modelagem das formas.

Eras geológicas

A Terra possui aproximadamente 4,5 bilhões de anos e, para contar sua história, os cientistas dividem-na em grandes intervalos de tempo – que correspondem a bilhões de anos do nosso tempo cronológico –, desde a formação do planeta até os dias atuais. A esses intervalos, damos o nome de “era”.

A alternância das eras geológicas foi estabelecida por meio da verificação de transformações significativas na crosta terrestre. Podemos classificar a história da Terra em quatro eras geológicas: Pré-Cambriana, Paleozoica, Mesozoica e Cenozoica.

Acompanhe, na tabela e no esquema a seguir, os principais eventos da história do planeta Terra, separados por eras geológicas:

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Era Pré-Cambriana

 formação da Terra

 formação dos escudos cristalinos

 formação das rochas magmáticas

 origem das primeiras formas de vida Era Paleozoica

 formação das rochas sedimentares e metamórficas

 formação das grandes florestas

 glaciações

 surgimento dos primeiros insetos e répteis Era Mesozoica

 intenso vulcanismo

 sedimentação dos fundos marinhos (origem das primeiras reservas de combustíveis fósseis)

separação da Pangea

 surgimento dos grandes répteis, como os dinossauros

 surgimentos de animais mamíferos

 desenvolvimento de plantas com flores Era Cenozoica

Terciário

 formação dos dobramentos modernos

 surgimento de aves

 diversificação das espécies mamíferas

 surgimento dos primatas

Quaternário  grandes glaciações

 atual formação dos continentes e oceanos

 surgimento do homem

Figura 13 – Eras Geológicas Fonte: Fundação Bradesco

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ATIVIDADES

1. Relacione a estrutura interna da Terra com a movimentação das placas tectônicas e a formação dos dobramentos modernos.

2. (ENEM – 2013) De repente, sente-se uma vibração que aumenta rapidamente; lustres balançam, objetos se movem sozinhos e somos invadidos pela estranha sensação de medo do imprevisto. Segundos parecem horas, poucos minutos são uma eternidade. Estamos sentindo os efeitos de um terremoto, um tipo de abalo sísmico.

ASSAD, L. Os (não tão) imperceptíveis movimentos da Terra. ComCiência: Revista Eletrônica de Jornalismo Científico, n. 117, abr. 2010. Disponível em: http://comciencia.br. Acesso em: 2 mar. 2012.

O fenômeno físico descrito no texto afeta intensamente as populações que ocupam espaços próximos às áreas de

a) alívio da tensão geológica. b) desgaste da erosão superficial. c) atuação do intemperismo químico. d) formação de aquíferos profundos. e) acúmulo de depósitos sedimentares.

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3. As dinâmicas interna e externa do planeta Terra provocam constantes transformações na estrutura e na forma do relevo terrestre. São considerados, respectivamente, agentes endógenos e exógenos

a) água e vulcanismo. b) solos e chuva ácida.

c) tectonismo e abalo sísmico. d) aquecimento global e magma. e) terremoto e erosão.

4. (FUVEST – 2012) Do ponto de vista tectônico, núcleos rochosos mais antigos, em áreas continentais mais interiorizadas, tendem a ser os mais estáveis, ou seja, menos sujeitos a abalos sísmicos e deformações. Em termos geomorfológicos, a maior estabilidade tectônica dessas áreas faz com que elas apresentem uma forte tendência à ocorrência, ao longo do tempo geológico, de um processo de

a) aplainamento das formas de relevo, decorrente do intemperismo e da erosão. b) formação de depressões absolutas, gerada por acomodação de blocos rochosos. c) formação de canyons, decorrente de intensa erosão eólica.

d) produção de desníveis topográficos acentuados, resultante da contínua sedimentação dos rios.

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LEITURA COMPLEMENTAR

Terremotos no Brasil

Os terremotos são fenômenos que podem ser causados por falhas geológicas, vulcanismos e, principalmente, pelo encontro de diferentes placas tectônicas. A maioria dos abalos sísmicos é provocada pela pressão aplicada em duas placas contrárias. Portanto, as regiões mais vulneráveis à ocorrência dos terremotos são aquelas próximas às bordas das placas tectônicas. Na América do Sul, os países mais atingidos por terremotos são o Chile, Peru e Equador, pois essas nações estão localizadas em uma zona de convergência entre as placas tectônicas de Nazca e a Sul-Americana.

O Brasil está situado no centro da placa Sul-Americana, que atinge até 200 quilômetros de espessura. Os sismos nessa localidade raramente possuem magnitude e intensidade elevadas. No entanto, existe a ocorrência de terremotos no território brasileiro, causados por desgastes na placa tectônica, promovendo possíveis falhas geológicas. Essas falhas, causadoras de abalos sísmicos, estão presentes em todo o território nacional, proporcionando terremotos de pequena magnitude; alguns deles são considerados imperceptíveis na superfície terrestre.

Segundo o Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da Universidade de São Paulo (USP), no século XX, foram registradas mais de uma centena de terremotos no país, com magnitudes que atingiram até 6,6 graus na escala Richter. Porém, a maior parte desses abalos não ultrapassou 4 graus.

Em 1955, no Mato Grosso, foi detectado um terremoto de 6,6 graus na escala Richter. Nesse mesmo ano, o Espírito Santo foi atingido por um abalo sísmico de 6,3 graus e, no Ceará, foi registrado um terremoto de 5,2 graus na escala Richter, em 1980. O estado do Amazonas, em 1983, sofreu com um terremoto de 5,5 graus, entretanto, pelo fato de esses terremotos terem atingido áreas com pouca concentração populacional, não houve danos materiais e nem vítimas.

João Câmara, município do Rio Grande do Norte e habitado por 31.518 pessoas, foi atingido por uma série de terremotos na década de 1980. O mais grave deles ocorreu no dia 30 de novembro de 1986, quando a cidade tremeu com um abalo sísmico de 5,1 graus na escala Richter, provocando a destruição de 4 mil imóveis.

Em Minas Gerais, no município de Itacarambi, um terremoto de 4,9 graus promoveu um tremor que durou aproximadamente 20 segundos, tempo suficiente para derrubar 6

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casas e abalar a estrutura de outras 60 residências. Nessa ocasião, uma criança de cinco anos morreu soterrada nos escombros de uma das casas atingidas.

O último grande terremoto registrado no Brasil ocorreu no dia 22 de abril de 2008. Um tremor de 5,2 graus foi sentido nos estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, Rio de Janeiro e São Paulo, embora não tenha sido registrado nenhum desabamento nem a ocorrência de vítimas.

FRANCISCO, Wagner De Cerqueira E. Terremotos no Brasil. Brasil Escola. Disponível em: <http://brasilescola.uol.com.br/brasil/terremotos-no-brasil.htm>. Acesso em: 25 jan. 2016. 13h15min.

INDICAÇÃO

FUNDAÇÃO BRADESCO. Podcast: Terremotos no Mundo. Disponível em:

<http://www.eja.educacao.org.br/bibliotecadigital/cienciashumanas/podcasts/Lists/Podcast

/DispForm.aspx?ID=18&Source=http%3A%2F%2Fwww%2Eeja%2Eeducacao%2Eorg%2 Ebr%2Fbibliotecadigital%2Fcienciashumanas%2Fpodcasts%2FPaginas%2FPodcastEM%

2Easpx>. Acesso em: 22 jan. 2016. 11h20min.

REFERÊNCIAS

FRANCISCO, Wagner De Cerqueira E. Terremotos no Brasil. Brasil Escola. Disponível em: <http://brasilescola.uol.com.br/brasil/terremotos-no-brasil.htm>. Acesso em: 25 jan. 2016. 13h15min.

FUVEST. Vestibular 2012 – 1ª Fase. Prova de Conhecimentos Gerais. Disponível em:

<http://www.fuvest.br/vest2012/1fase/fuv2012v.pdf>. Acesso em: 25 jan. 2016. 11h40min.

INEP. Prova azul do ENEM de 2013. Disponível em:

<http://download.inep.gov.br/educacao_basica/enem/provas/2013/caderno_enem2013_sa

b_azul.pdf>. Acesso em: 25 jan. 2016. 11h30min.

INPE. Introdução à Astronomia e Astrofísica. Disponível em:

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TEIXEIRA, W.; TOLEDO, M. C. M. de; FAIRCHILD, T. R.; TAIOLI, F. (Orgs.) Decifrando a

Terra. São Paulo: Oficina de Textos, 2009. 2ª edição.

WIKIMEDIA COMMONS. Dorsal Meso-Atlântica. Disponível em:

<https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Mid-atlantic_ridge_map.png>. Acesso em: 22 jan.

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WIKIMEDIA COMMONS. Erosão eólica em cadeia de montanha. Disponível em:

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WIKIMEDIA COMMONS. Imagem da Terra registrada pela sonda Deep Space Climate

Observatory. Disponível em:

<https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Africa_and_Europe_from_a_Million_Miles_Away

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GABARITO

1. A Terra está dividida em três grandes camadas: crosta, manto e núcleo. A crosta terrestre é a camada rochosa mais externa da Terra e possui espessura média de 25 km. Apesar de ser uma camada rochosa, a crosta terrestre não é homogênea. Ao contrário, ela é inteira dividida em grandes blocos chamados de placas tectônicas. O planeta Terra possui intensa fonte de calor em seu interior que oferece energia para as atividades internas, como o movimento das placas tectônicas. O manto é formado pelo magma, composto de rocha de diferentes temperaturas e densidades. As massas mais leves e aquecidas se expandem e sobem lentamente; em contrapartida, os materiais mais densos e com temperaturas mais baixas descem para ocupar o espaço deixado pelas massas ascendentes. Esse processo é contínuo e provoca deslocamentos horizontais e verticais nas placas.

Os movimentos orogenéticos ocorrem nos limites convergentes das placas tectônicas, em porções instáveis e menos rígidas da crosta terrestre. Essa dinâmica dá origem aos dobramentos modernos que resultam na formação das grandes cadeias de montanhas ou cordilheiras.

2. Alternativa A.

Comentário: O texto citado descreve a ocorrência de abalos sísmicos ou terremotos em área de alívio de tensão geológica, que geralmente estão localizadas nas áreas de contato entre as placas tectônicas ou em área com ocorrência de falhas geológicas. A maior parte dos abalos sísmicos são provocados pela energia liberada durante o choque entre as placas tectônicas.

3. Alternativa E.

Comentário: Os agentes endógenos ou internos (tectonismo, orogênese, abalos sísmicos e vulcanismo) são responsáveis pela estruturação do relevo e são impulsionados pela energia liberada no interior do planeta. Os agentes exógenos ou externos são aqueles que atuam no processo de modelagem do relevo e ocorrem na superfície. Ao agir na superfície, eles podem provocar erosão, transporte de material e sedimentação. Dentre os principais agentes que modelam o relevo, pode-se se citar a ação da água do mar, dos rios, da neve e das chuvas, o vento e a ação das geleiras.

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4. Alternativa A.

Comentário: Por serem mais antigas, as estruturas cristalinas são mais estáveis, entretanto, estão há mais tempo (eras geológicas antigas) expostas à ação dos agentes externos (processos de erosão e intemperismo), resultando em formas mais rebaixadas, aplainadas e desgastadas do que, por exemplo, os dobramentos modernos.

Referências

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