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Saude soc. vol.18 suppl.1

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Academic year: 2018

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Saúde e Sociedade, v.18, supl.1, 2009 83

2006 foram notiicados 364 casos e 63 óbitos, o que se traduziu num aumento da letalidade para 17,0. A média brasileira de letalidade por Leptospirose é de 10; • Com quase 4.000 Km de córregos, uma população superior a 11 milhões de pessoas, mais de 3 milhões de domicílios, muitos erguidos em áreas irregulares e de precárias condições higiênico-sanitárias, o município de São Paulo não possuía ferramentas que norteassem ou delimitassem espacialmente as áreas de maior risco para ocorrência de Leptospirose. Ademais, não havia um conhecimento da distribuição espacial dos casos e de sua relação com a malha de córregos do município.

OBJETIVO

Identificar áreas prioritárias para controle de lep-tospirose exequíveis para intervenção pelas equipes existentes.

METODOLOGIA

Utilizaram-se ferramentas de geoprocessamento e análise espacial para a seleção das áreas.

RESULTADOS

A padronização manual de endereços permitiu a locali-zação de 2.202 casos de Leptospirose que correspondem a 81,95 dos casos ocorridos no período de 1998 a 2006 no município de São Paulo. Estes casos constituíram o universo das análises realizadas.

Aplicando-se a técnica de análise espacial conhecida como Estimador de Densidade de Kernel foi possível identiicar as áreas com diferentes densidades de casos (casos / área), O resultado da estimativa é um mapa com diferentes tonalidades, reletindo as diferente densida-des de casos observadas no período e, por conseguinte, diferentes áreas de risco.

Superpondo-se tais áreas à malha de córregos do muni-cípio foram criados diferentes gradientes (“buffers”) de distância e um estudo do tipo caso-controle foi realizado no sentido de se observar o risco considerando diferentes distâncias. O resultado foi a constatação de que o maior risco de ocorrência de Leptospirose nestas áreas com-preendia os 100 metros iniciais a partir da localização do córrego. Assim, estes intervalos foram delimitados e separados segundo a subprefeitura envolvida.

Esta camada de informação foi superposta à camada dos setores censitários (IBGE, 2000), o que permitiu o cálculo dos parâmetros operacionais em cada área sele-cionada (número de imóveis a serem trabalhados, popu-lação abrangida e extensão dos córregos da área).

A presente iniciativa representa um avanço em termos de planejamento baseado em epidemiologia, uma vez que incorpora modernas técnicas de análise espacial na seleção de áreas de risco aumentado para ocorrência de Leptospirose, respeitando a estrutura

epidemiológica da doença e a capacidade operacional instalada.

Ao inal, a somatório de todas as áreas Identiicadas representou 5,6 da área do município, compreendendo 11,8 de sua população e abarcando 10,8 de seus domicí-lios. Da extensão total dos córregos do município, uma parcela de 9,1 encontrava-se em área de maior risco e, portando, foi selecionada para as medidas de interven-ção. Nesta área relativamente pequena ocorreram cerca de 60 dos casos de leptospirose dos últimos 9 anos.

Contaminação por Chumbo em

Bauru: vigilância sanitária e ações

ambientais no período de 2002 a

2007

Maria Helena de Abreu, Maria de Lourdes Soares Pe-reira, Aida Maria Marasco, Mario Ramos de Paula e Silva, Luis Cesar Yoshiori Miyazaki, Analucia Quaglia Serrano Tavares, Niura Aparecida de Moura Ribeiro Padula, Nilce Emy Tomita

Secretaria Municipal de Saúde de Bauru - Departamento de Saúde Coletiva

Endereço: Av. Lisboa Júnior, 266 - Altos da Cidade - Cep 17014-274 - Bauru, SP, Brasil.

email: mariahelenaabreu@bauru.sp.gov.br

RESUMO

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84Saúde e Sociedade, v.18, supl.1, 2009

in natura, ovos e hortifrutigranjeiros) mantiveram contaminação de 2002 a 2007, bem como o solo su-pericial. Com restrição do consumo de alimentos da área, saneamento de residências e raspagem do solo supericial na área habitada, os exames de seguimento mostraram 79% das crianças com redução de plumbe-mia e 7,5% com níveis ≥10µg/dl.

A Constituição de uma Equipe de

Manejo Ambiental no Município de

Botucatu

Cassiano Victória, Pedro Feitosa Jerônimo, José Rinal-do Gasperini, Valdinei Moraes Campanucci da Silva, Fernando Heglhammer de Oliveira, Antenor José Gua-ré, Luiz Paulo Travasio, José Luiz Pereira, Silvio Luis Petriconi, André Peres Barbosa de Castro

Equipe de Vigilância em Saúde Ambiental. Secretaria Municipal de Saúde de Botucatu.

Endereço: Rua Major Matheus, 7, Vila dos Lavradores, CEP 18609-083, Botucatu, SP, Brasil.

E-mail: saudeambiental@botucatu.sp.gov.br

Um dos sérios problemas enfrentados no controle da dengue em Botucatu é o grande número de terrenos e imóveis abandonados. A falta de capinação frequente e regular e o abandono desses imóveis, somados à falta de higiene de alguns moradores, permitem o acúmulo de lixo e materiais inservíveis, criadouros propícios para o Aedes aegypti. Representam ainda um importante cria-douro de outros animais sinantrópicos, responsáveis por agravos importantes como os acidentes ofídicos e escorpionicos, bem como pela presença de roedores, que podem transmitir a leptospirose, e baratas, que podem ser vetores mecânicos de importantes doenças como as hepatites e salmoneloses. Em razão disso, foi criada e estruturada uma Equipe de Manejo Ambiental voltada para intervenções em terrenos e imóveis abandonados em situação de risco à saúde, bem como no atendimento de intervenções em residências cujos moradores apre-sentem transtornos de ordem mental.

Saúde e Educação: um Encontro

de Saberes para a Implementação

do Projeto “Saúde e Prevenção nas

Escolas”

Fernanda A. Alberto, Urânia G. Santos, Helena R. G. Q. Schwitzky, Zeila P. C. Togashi, Célia Lopes, Ivanilde Zamae

NEPEM – Secretaria Municipal de Saúde de Marília. Endereço: Av. República, 770, Banzato, CEP 17512-000, Marília, SP, Brasil.

E-mail: dstasmhs@terra.com.br

Em Marília-SP, a Secretaria Municipal de Saúde ini-ciou a implementação do projeto “Saúde e Prevenção nas Escolas – SPE” em 2007, motivada pela tendência de crescimento do HIV entre jovens de 13 a 19 anos. Em parceria com a Diretoria Regional de Ensino de Marília, selecionou seis (6) escolas estaduais (20% da rede estadual no município) de nível médio para iniciar as atividades propostas pelos Ministérios da Saúde e Educação no SPE. Ocorreram encontros nestas escolas e nos serviços de saúde de referência para aquelas comunidades escolares e, por im, uma Oficina de Formação de Educadores foi realizada. As seis escolas construíram projetos, que vêm sendo executados em 2008. Atualmente, outras 16 escolas de nível médio da Rede Estadual estão sendo capacitadas para desenvolver o Projeto, totalizando 80% da Rede de Ensino. A implantação do SPE em Marília proporcio-nou uma nova integração para Saúde e Educação, um desaio diante dos processos de trabalho tão distintos desses setores. Destaca-se também o potencial do Projeto em mobilizar e efetivar o controle social jovem, por meio do investimento em políticas que promovam a cidadania e o ativismo entre adolescentes.

Saúde e Educação: unidas na

diversidade para promoção da saúde

sexual e prevenção às DST/Aids

Uma experiência bem-sucedida no município

de Embu-SP

Wolff Rothstein, Roberta Torres, Ivoni Cirillo, Osvaldo Furlan, Priscila Silva, Otávio Filho, José Santos, Jeanine Salazar, João Lisanti

Secretaria Municipal de Saúde da Estância Turística de Embu. Programa DST/AIDS.

Endereço: Rua Andronico dos Prazeres Gonçalves, 114, Centro, CEP 06805- 400, Embu, SP, Brasil.

Referências

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