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Interface (Botucatu) vol.17 número46

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Academic year: 2018

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v.17, n.46, p.513, jul./set. 2013 513

COMUNICAÇÃO SAÚDE EDUCAÇÃO

É com prazer que apresentamos um novo fascículo (n.46) da revista Interface -Comunicação, Saúde e Educação.

O Dossiê sobre Violência brinda os leitores com três artigos, com aspectos originais e inovadores, que avançam a discussão nesta área que é central no debate sobre Direitos Humanos e Saúde Coletiva, desde a década de 1990.

O primeiro deles problematiza e trabalha a noção de vítima e a construção da identidade. A problemática surge dentro de uma pesquisa empírica sobre assaltos relâmpagos, e traz interessante e oportuna reflexão para todo o campo de saberes e práticas ligados ao problema da violência como temática, também, da saúde. O segundo artigo trata de visibilizar a morte de mulheres que podem ser classificadas como femicídios, enfatizando a natureza política destes crimes e o seu caráter de mortes evitáveis. A partir de um estudo qualitativo sobre os dados de inquéritos em Delegacias de Defesa da Mulher, somos apresentados à crueldade e misoginia envolvidas nestes assassinatos, agora reconceituados como femicídios. Um estudo que trata do desafio de compreender as consequências fatais da violência em dois municípios brasileiros é o terceiro artigo do Dossiê. Usa o modelo ecológico e a metodologia qualitativa (com triangulação com dados quantitativos de um estudo maior no qual está inserido) para abordar as dimensões individuais, relacionais, comunitárias e sociais do fenômeno.

Interface traz, também, estudos críticos relativos à participação popular no SUS para além das já instituídas (conceituadas como movimentos de resistência, ou participação rizomática), e revisões de literatura sobre a identidade dos atores de Saúde Coletiva no Brasil e sobre as ações de moradias destinadas a pessoas com transtorno mental no Brasil.

Além disto, há trabalhos abordando comunicação e educação em saúde de diversas perspectivas: uma pesquisa-ação sobre tabagismo feminino, enfatizando a importância do conhecimento compartilhado e da integração entre o saber acadêmico e o saber popular; uma revisão dos programas e ações de fitoterapia no SUS, ressaltando a importância de compor as perspectivas intersetoriais e de participação comunitária com a incorporação de fitoterapias; e outro artigo sobre a importância de ampliar a maneira em que a comunicação em saúde é concebida em relação aos chamados “estilos de vida saudáveis” e sua promoção, a fim de ir além de uma visão instrumental de sua concepção e exercício.

Em relação à dimensão da formação, há um interessante estudo sobre os significados que professores de Educação Física atribuem ao corpo e ao envelhecimento, e como estas representações influenciam na prática profissional; e outro acerca da visita domiciliar e seu impacto na formação humanista e social dos alunos. Por último, há um trabalho sobre alegrias e tristezas no trabalho dos Agentes Comunitários de Saúde, analisado a partir de Espinosa.

Como se pode notar, esta edição confirma, mais uma vez, a criatividade e vigor do campo, pela originalidade e perspectiva crítica dos artigos publicados.

Completam o número: o Espaço Aberto, as resenhas de livros e resumos de teses, e uma interessante entrevista, realizada em 2012, em Helsinki, Finlândia, com o pesquisador Yrjö Engeström acerca da “Teoria da Atividade Histórico-Cultural”. Baseada nas contribuições de Vigostky, a entrevista detalha aspectos da terceira geração desta teoria e suas aplicações na pesquisa em educação, saúde e comunicação.

Desejamos uma boa leitura, e que este conjunto de textos contribua, a partir da reelaboração que cada um fará, para novos questionamentos e críticas, articulados à transformação das práticas.

Ana Flávia Pires Lucas D’Oliveira

Referências

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