Tales de Mileto Demócrito
Dalton
Geissler e Plucker Crookes
Alessandro Volta Nicholson e Carlisle Thomson
Goldstein Roetgen
A Evolução das Teorias Atômicas:
A Eterna Busca pelos Modelos
Millikan Moseley Rutherford Bohr Sommerfeld De Broglie Schrödinger Planck Heisenberg Pauli
Demócrito
460 a.C. a 370 a.C.
• Discípulo de Leucipo (?);
• Viveu em Abdera na Trácia, hoje Turquia;
• Sistematizou as idéias de Leucipo:
– Toda matéria se subdivide em átomos eternos e indestrutíveis, que não tem causa;
– A matéria é constituída por átomos qualitativamente iguais;
– Os átomos estão em contínuo movimento no vácuo;
– Os diferentes tipos de átomos diferem em forma, tamanho e massa.
• Provavelmente, o modelo foi puro fruto da intuição;
• Salvo exceções, sem receptividade entre os antigos;
• Leucipo → Demócrito → Epicuro → Lucrécio;
• “Feliz adivinhação”, segundo Sir Willian Dampier.
John Dalton
(1766 – 1844)
• Inspirado no atomismo de Demócrito;
• Atomismo quantitativo (1803);
• Explicações admitindo-se que a matéria é feita de átomos;
• Propostas:
– Toda matéria é composta de partículas fundamentais: os átomos;
– São permanentes e indivisíveis;
– Não podem ser criados nem destruídos;
– Átomos de um mesmo elemento químico são idênticos em todas as suas propriedades;
– Uma alteração química consiste em uma
combinação, separação ou rearranjo de átomos;
– Os compostos são constituídos de átomos de elementos diferentes em proporções fixas.
“Como e do que são construídos os átomos?”
• Tales de Mileto (séc. VI a.C.);
– Elektron: palavra grega que significa âmbar;
• Alessandro Volta (1800);
– Pilha elétrica: empilhamento de discos de zinco e cobre intercalados e separados por discos de pano embebidos em ácido sulfúrico;
• Willian Nicholson e Anthony Carlisle (1800);
– Realizaram a eletrólise da água (lise, palavra grega que significa quebra);
“Como e do que são construídos os átomos?”
• Humphrey Davy e Michael Faraday (1932);
– “A quantidade de substância produzida pela eletrólise é proporcional à quantidade de eletricidade utilizada”;
– “Para uma dada quantidade de eletricidade a quantidade de substância produzida é
proporcional ao seu peso equivalente”;
• Experimentos com tubos de descarga de gás:
– Tubo de vidro cilíndrico fechado em ambas as extremidades, com dois eletrodos em forma de discos planos ligados a uma fonte de alta
voltagem (20.000 Volts), conectado a um tubo de vácuo lateral;
– Henrich Geissler;
Ampola ou Tubo de Crookes
– Tubo de Crookes: usados na 2ª metade do século XIX para investigar os efeitos de
descargas elétricas em gases à baixa pressão;
– Pressão atmosférica: pouco se observa;
– Pressão moderada (b): incadescência do gás;
– Pressão baixa (c): incadescência próxima ao cátodo;
– Pressão baixa com sulfeto de zinco (d): linhas luminosas ao microscópio e sombra no tubo.
Ampola ou Tubo de Crookes
– Qualquer metal pode ser utilizado como eletrodo e o tipo de gás muda a cor da incandescência do tubo;
• Interpretação: a baixas pressões algo deixa o cátodo e se dirige em direção ao ânodo. Este algo foi inicialmente chamado de raio catódico.
O raio catódico não é energia radiante, como a luz, mas um feixe de partículas. A sombra
obtida com a presença do sulfeto de zinco indica que elas se movem em linha reta (sombra). A incandescência observada é
resultado da colisão das partículas com o gás, sendo que a pressões baixas a maioria das
partículas atravessa o tubo sem se chocar com ele produzindo uma incandescência no tubo;
• Os raios catódicos podem ser desviados pela aplicação de um campo elétrico ou um campo magnético.
J. J. Thomson
(1856 – 1940)
• Primeiro cientista a realizar o experimento com sucesso em 1897;
• Raio catódico é
composto por partículas de carga negativa;
• Mesma massa e carga;
• Independe do material do qual é feito o cátodo;
• e/m =
-1,76x108 C.g-1
Aplicações dos Tubos de
Descarga de Gás
Ampola ou Tubo de Goldstein
• Cátodo perfurado;
• Linha luminosa através das fendas: raios canais;
• Cor também depende do gás no tubo;
• Raio é uma mistura de
partículas, mesmo se o gás for um só;
• Partículas são carregadas positivamente;
• Valores são múltiplos de 1,6 x 10-19 C;
• Choques retiram elétrons, atribuindo caráter positivo ao átomo que migra para o cátodo.
O Modelo Atômico de Thomson (1898)
• Elétrons podem ser retirados do átomo, deixando-o com carga positiva;
• O cátion formado é muito maior do que o elétron;
• Átomo é uma esfera de carga elétrica positiva, onde estavam contidos alguns elétrons (Pudim de ameixas);
• A parte positiva
continha a maior parte da massa do átomo;
• Postulou mais tarde que os elétrons
estariam se movendo
Experimento de Millikan
1909
• Oléo é vaporizado;
• Através de um
microscópio, observa- se a gotícula caindo com a gravidade;
• Irradiação com raios-X retirava elétrons do ar;
• Elétrons eram
capturados pelo óleo;
• Disco metálico com um orifício é ligados a um gerador (+);
• Compensou a queda da gotícula de óleo;
• Determinação da velocidade pela queda no ar;
• Gotículas sempre carregadas com múltiplos de -1,6x10-19C;
• Combinação da carga com a relação e/m de Thomson, acha-se a massa do elétron.
Röntgen e os Raios-X
1896
• Experimento com a ampola de Crookes envolta por papelão negro;
• Radiação desconhecida escapava da ampola e atravessava o vidro, o papel e o papelão
impressionando um filme fotográfico;
• Sem carga elétrica e invisível;
• Por não saber do que se tratava, Röntgen chamou de Raio-X;
• São formados por elétrons de alta energia, parecidas com a luz mas de maior freqüência;
• Nocivos à saúde:
mutações nas células;
A Ampola de Coolidge
1913
• Coolidge aperfeiçoou a ampola de Crookes para aumentar o rendimento na formação dos raio-X;
• Pressão: 10-9 atm;
• Filamento de tungstênio;
• Anti-cátodo desacelera elétrons, originando ondas eletromagnéticas que foram o raio-X;
Radioatividade
1896
• Descoberta dos raios-X desencadeou a descoberta da radioatividade;
• Becquerel (1852-1908) buscou
comprovar a hipótese de Poincaré e descobriu a radioatividade;
• Sal de urânio continuava emitindo radiações, mesmo depois de cessar a emissão de luz;
• Radiações impressionavam papéis fotográficos;
• Marie (1867–1934) e Pierre Curie (1859-1906) comprovaram a
existência de mais elementos
radioativos: tório, actínio e outros;
• Descobriram dois novos elementos:
Polônio e Rádio;
• Radioatividade é características de
As Emissões Radioativas
• Polônio em um cilindro de chumbo emite
radiações direcionadas que são separadas por placas altamente
eletrizadas, revelando pontos em locais
diferentes de uma placa fotográfica.
Características das Emissões
• Partículas Alfa:
– Velocidade inicial variando de 3000 a 30000 km/s;
– Pequeno poder de penetração. Detidas por uma camada de 7 cm de ar, uma folha de papel ou uma chapa de alumínio, com 0,06 milímetros de espessura. Sobre o corpo humano, são detidas pela camada de células mortas da pele, podendo, no máximo, causar
queimaduras.
• Partículas Beta:
– Velocidade inicial variando entre 100000 e 290000 km/s, ou seja, até 95% da velocidade da luz.
– Médio poder de penetração. 50 e 100 vezes mais penetrantes que as partículas alfa. Atravessam alguns metros de ar e até 16 mm de madeira. Detidas por lâminas de alumínio com 1cm de espessura ou de
chumbo com espessura maior que 2mm. Sobre o corpo humano, podem penetrar até 2 cm e causar sérios danos.
• Radiações Gama:
– Velocidade igual à velocidade da luz, ou aproximadamente 300 000 km/s.
– Alto poder de penetração. os raios gama são mais
penetrantes que os raios X, pois possuem comprimentos de onda bem menores, variando entre 0,1 e 0,001
angstrons. Atravessam milhares de metros de ar, até 25 cm de madeira ou 15 cm de espessura de aço. São
detidos por placas de chumbo com mais de 5 cm de espessura ou por grossas paredes de concreto. Podem
Moseley e o Nº Atômico
• Até 1913 a Tabela Periódica era organizada pela massa atômica;
• Não havia relação entre o nº atômico e a estrutura atômica;
• Espectros de raios-X de vários elementos
mostrou alta regularidade;
• Regularidade foi atribuída à carga positiva do
núcleo, o número atômico (Z);
• Elementos em posições erradas foram
reorganizados originando a Tabela Periódica atual;
• Faleceu com
apenas 30 anos.
O Modelo de Rutherford
• Bombardeamento de uma finíssima placa de ouro (0,0001 mm) com partículas alfa;
• Envolvimento da placa de ouro por um cilindro de sulfeto de zinco ou papel fotográfico;
• Aparecimento de uma fluorescência intensa na direção das emissões e esporadicamente em alguns outros pontos;
A Teoria de Bohr
1913
• Nem todas as leis da física clássica deveriam ser seguidas pelas partículas
atômicas;
• Os elétrons giram em redor do núcleo em órbitas bem
definidas;
• Quando um elétron troca de órbita, ele absorve ou emite energia, segundo as idéias de Planck;
• Postulados baseados no espectro de emissão do hidrogênio
estudado pelos cientistas Lyman, Balmer e Paschen.
• Observações experimentais indicaram que:
2 12 1
1 1
R n
2 12 2
1 1
R n
2 12 3
1 1
R n
A Teoria de Bohr
1913
• Sommerfeld (1868-1951):
– Órbitas circulares e elípticas de diferentes excentricidades com conteúdos energéticos diferenciados, constituindo uma camada;
• De Broglie:
– Todo corpo apresenta associado ao seu movimento um fenômeno ondulatório;
– O elétron pode sofrer reflexão, refração e etc., como ocorre com o som ou a luz;
• Heisenberg (1901-1976):
– “É impossível determinar simultaneamente a posição exata e a velocidade de uma partícula- onda num dado instante”;
• Schrödinger:
– Orbital é a região do espaço ao redor do núcleo em que é muito grande a probabilidade de se localizar o elétron;
• Planck:
– A energia é recebida ou emitida em uma
quantidade fundamental, denominado quantum, E=hν;
• Pauli:
– Um mesmo orbital conterá, no máximo, dois elétrons de spins contrários;