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UNIVERSIDADE FEDERAL DOS VALES DO JEQUITINHONHA E MUCURI REGINA SILVA SANTOS NÍVEIS DE PROTEÍNA BRUTA E DE CONCENTRADO EM DIETAS PARA CORDEIROS

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UNIVERSIDADE FEDERAL DOS VALES DO

JEQUITINHONHA E MUCURI

REGINA SILVA SANTOS

NÍVEIS DE PROTEÍNA BRUTA E DE CONCENTRADO EM DIETAS

PARA CORDEIROS

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REGINA SILVA SANTOS

NÍVEIS DE PROTEÍNA BRUTA E DE CONCENTRADO EM DIETAS PARA CORDEIROS

Dissertação apresentada à Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri, como parte das exigências do Programa de Pós-Graduação em Zootecnia, para obtenção do título de Magister Scientiae.

Orientadora: Profa. Karina Guimarães Ribeiro Coorientador: Prof. Sebastião de Campos Valadares Filho Coorientador: Prof. Odilon Gomes Pereira

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“É melhor tentar e falhar, que preocupar-se e ver a vida passar. É melhor tentar, ainda que em vão que sentar-se, fazendo nada até o final. Eu prefiro na chuva caminhar, que em dias frios em casa me esconder. Prefiro ser feliz embora louco, que em conformidade viver”

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AGRADECIMENTOS

À minha força maior, Deus, a quem confio minha vida e que coloca todas as coisas no momento certo em meu caminho. Obrigada por mais essa etapa, a qual me proporcionou crescimento profissional e pessoal.

Aos meus pais, Vânia e Alfredo, meus exemplos de vida. Sempre tão presentes e dedicados, foram fundamentais para realização deste trabalho. Às minhas irmãs e família, pelo apoio e paciência.

À UFVJM pela minha formação, por fazer parte dos anos mais importantes da minha vida. À Elizângela pelo empenho, auxílio e por ser sempre tão prestativa e humana.

À UFV por possibilitar realização do experimento e aos funcionários, especialmente ao Nataniel (Pum) e Joélcio, pelo apoio fundamental e atenção em todos os momentos. Ao laboratório do Tião e aos amigos feitos por lá, pela contribuição e por disponibilizarem o espaço para realização de análises.

À professora Karina Ribeiro, pelos ensinamentos, dedicação, seriedade e paciência. Aos professores Odilon Pereira e Sebastião Valadares Filho pela colaboração neste trabalho. Ao Professor Severino Villela pelas colocações sempre tão pertinentes e à professora Luciana Rennó pela atenção e ajuda com as análises.

À minha companheira de sempre, Fran, com quem dividi muitos momentos de aprendizagem. Obrigada por ter estado mais uma vez ao meu lado neste desafio, pela amizade e por estar sempre pronta a ajudar. Aos meus braços direito no experimento e laboratório, Rafael, Douglas e Paula, sempre tão eficientes se tornaram também grandes amigos. À Vanessa, Felipe, Lucas, Mariele, Leidy e todos que me auxiliaram e contribuíram de alguma forma para realização deste trabalho. Ao Timão pelas incansáveis horas de esclarecimento de dúvidas e pela amizade construída.

Ao Rodrigo, Ariel, Vandinho e Renato, pela amizade e pelo acolhimento em todos os momentos que precisei. À Heidi e as meninas da República, por me receberem durante todo tempo que estive em Viçosa. À Heloísa pelo carinho, apoio, pelas experiências passadas e pelos cuidados de mãe.

Aos amigos, Bruna, Renata, Kênia, Luisa, Josi, Bernardo, Fred e todos do mestrado com quem compartilhei dificuldades, alegrias e aprendizado.

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RESUMO

SANTOS, Regina Silva. Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri, junho de 2013. 54p. Níveis de proteína bruta e de concentrado em dietas para cordeiros. Orientadora: Karina Guimarães Ribeiro. Coorientadores: Sebastião de Campos Valadares Filho e Odilon Gomes Pereira. Dissertação (Mestrado em Zootecnia).

Foram conduzidos dois experimentos para avaliar o efeito de dietas, contendo dois níveis de proteína bruta e de concentrado sobre o consumo e a digestibilidade aparente total dos nutrientes, o balanço de nitrogênio (BN), o pH, a concentração de nitrogênio amoniacal (N-NH3) no rúmen, a eficiência microbiana e o desempenho em cordeiros. As dietas

consistiram de 10,0 e 14,25% de proteína bruta (PB) e de 40 e 60% de concentrado (CONC), utilizando-se a silagem de milho como volumoso. No ensaio de digestibilidade, foram utilizados quatro cordeiros machos, não castrados, F1 Santa Inês x Texel desmamados, com peso vivo médio de 21 kg, fistulados no rúmen e distribuídos em quadrado latino 4 x 4, com quatro animais, quatro dietas e quatro períodos. Cada período experimental teve duração de 15 dias, sendo nove dias para adaptação e seis para coletas. Houve efeito da interação tripla (PBxCONCxTempo) sobre os teores de nitrogênio amoniacal ruminal, enquanto o pH não foi afetado. Não houve efeito da interação PB x CONC sobre as variáveis estudadas. Houve efeito de níveis de PB sobre o consumo e a digestibildade de PB, bem como, sobre as quantidades de N ingerido, absorvido, urinário e retido (BN) e sobre as excreções de ácido úrico. No ensaio de desempenho, foram utilizados 30 cordeiros F1 Santa Inês x Texel, não castrados, com peso vivo médio de 19 kg, distribuídos em esquema fatorial 2x2, no delineamento em blocos casualizados, com quatro dietas e oito repetições. Além desses, mais quatro cordeiros foram abatidos no início da fase experimental, representando os animais referência. Houve efeito da interação de níveis de PB e de concentrado para os consumos de EE, FDNcp e CNF. Houve efeito de níveis de PB sobre os consumos de MS, MO, PB, FDNcp, NDT, PDR e PNDR, o GMD, GCPCJ e a CA. Houve efeito dos níveis de concentrado

sobre os consumos de MS, MO, PB, CNF e NDT e sobre GMD, GCPCJ, GCPCJ/GMD e CA.

Conclui-se que, dietas com nível mais alto de PB ou de concentrado, proporcionam mais alto consumo de nutrientes e melhor desempenho animal.

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ABSTRACT

SANTOS, Regina Silva. Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri, junho de 2013. 54p. Levels of crude protein and concentrate in diets for lambs. Adviser: Karina Guimarães Ribeiro. Committee members: Sebastião de Campos Valadares Filho and Odilon Gomes Pereira. Dissertation (Master’s degree in Animal Science).

Two essays were performed in order to evaluate the effects of diets containing two levels of crude protein and concentrate on the consumption, the total apparent digestibility of the nutrients, the nitrogen balance, the pH, the N-NH3 concentration in the rumen, the

microbial efficiency and the performance in lambs. The diets consisted of 10,0 and 14,25% crude protein (CP) and 40 and 60% concentrate, using corn silage as forage. In the digestibility essay, four male lambs were used. The animals were not castrated, F1 Santa Inês x Texel, weaned, rumen fistulated, presented an average live weight of 21 kg and were distributed in Latin square 4 x 4, with four diets and four periods. Each experimental period lasted 15 days, being nine of it for adaptation and six for the collections. Triple interaction (CP x CONC x Time) acted on the ruminal ammonia nitrogen contents, while the pH was not affected. The interaction between CP x CONC had no effect on the studied variables. The CP levels presented an effect on the consumption and the PB digestibility, as for the amounts of ingested, absorbed and urinary nitrogen and for the uric acid excretions. In the performance essays, 30 “F1 Santa Inês x Texel” castrated lambs were used, presenting an average live weight of 19 kg and distributed in the randomized block design using four treatments and eight replicates. Beside these lambs, other four were slaughtered in the beginning of the experimental phase, representing the reference animals. The PB and the concentrate levels interaction affected the EE, NDFap and NFC consumption. The CP levels also affected the DM, OM, CP, NDFap, TDN, RDP and RUP, ADG, CGBWF and FC consumption. The

concentrate levels affected DM, OM, CP, NFCap and TDN and also ADG, CGBWF,

GCBWF/ADG and FC replicates. So, we conclude the crude protein and concentrate levels do

not affect the nutrients consumption and digestibility, except for the crude protein which is higher in a diet with high protein levels, that also provide higher nitrogen balance values, N-NH3 concentrations and uric acid excretions. The diets containing 14,25% PB or 60%

concentrate promote higher nutrients consumptions and better lambs performances.

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LISTA DE TABELAS

ARTIGO CIENTÍFICO I – DIGESTIBILIDADE, BALANÇO DE NITROGÊNIO E EFICIÊNCIA MICROBIANA DE DIETAS COM DOIS NÍVEIS DE PROTEÍNA BRUTA E DE CONCENTRADO PARA CORDEIROS

Tabela 1 – Proporção de ingredientes e composição químico-bromatológica das dietas experimentais, expressa na base da matéria seca...19 Tabela 2 – Composição químico-bromatológica da silagem de milho e dos concentrados, na base da matéria seca...19 Tabela 3 – Consumo de nutrientes em cordeiros alimentados com dois níveis de proteína bruta e de concentrado (C)...24 Tabela 4 – Coeficientes de digestibilidade aparente de nutrientes (%), em dietas contendo dois níveis de proteína bruta e de concentrado (C)...25 Tabela 5 – Balanço de nitrogênio em dietas contendo dois níveis de proteína bruta e de concentrado...26 Tabela 6 – Médias de concentrações de nitrogênio amoniacal (N-NH3) (mg/dL) e de valores

de pH ruminais, para dietas contendo dois níveis de proteína bruta e de concentrado...28 Tabela 7 – Médias de concentrações de nitrogênio amoniacal (N-NH3) ruminais (mg/dL), em função do tempo de coleta...28 Tabela 8 – Médias diárias para volume urinário, excreções de alantoína, ácido úrico, xantina e hipoxantina e purinas totais, obtidas nas dietas contendo dois níveis de proteína bruta e de concentrado...29 Tabela 9 – Médias diárias para a quantidade de purinas absorvidas e estimativas da síntese diária de compostos nitrogenados microbianos e de proteína bruta microbiana e eficiência microbiana, obtidas com as diferentes dietas...30 ARTIGO CIENTÍFICO II – CONSUMO DE NUTRIENTES E DESEMPENHO DE CORDEIROS COM DIETAS CONTENDO DOIS NÍVEIS DE PROTEÍNA BRUTA E DE CONCENTRADO

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO GERAL ... 11

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ... 14

ARTIGO CIENTÍFICO I ... 15

DIGESTIBILIDADE, BALANÇO DE NITROGÊNIO E EFICIÊNCIA MICROBIANA DE DIETAS COM DOIS NÍVEIS DE PROTEÍNA BRUTA E DE CONCENTRADO PARA CORDEIROS ... 15 RESUMO ... 15 ABSTRACT ... 16 INTRODUÇÃO ... 17 MATERIAL E MÉTODOS ... 18 RESULTADOS E DISCUSSÃO ... 23 CONCLUSÕES ... 32 AGRADECIMENTOS ... 33 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ... 34 ARTIGO CIENTÍFICO II ... 37

CONSUMO DE NUTRIENTES E DESEMPENHO DE CORDEIROS COM DIETAS CONTENDO DOIS NÍVEIS DE PROTEÍNA BRUTA E DE CONCENTRADO ... 37

RESUMO ... 37

NUTRIENT INTAKE AND PERFORMANCE OF LAMBS WITH DIETS CONTAINING TWO LEVELS OF CRUDE PROTEIN AND CONCENTRATE ... 38

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INTRODUÇÃO GERAL

O efetivo de ovinos no Brasil, em 2010, era de 17,4 milhões de cabeças, com aumento de 3,4%, comparativamente a 2009. No ano de 2011, o rebanho foi estimado em 17,6 milhões de cabeças, representando aumento de 1,6% sobre o número registrado em 2010. O estado do Rio Grande do Sul detinha 22,6% do rebanho nacional. Na sequência, vinham Bahia (17,4%) e Ceará (12,1%). No Rio Grande do Sul, a principal finalidade do rebanho é a produção de lã, enquanto no Nordeste é a produção de carne. No Sudeste, Minas Gerais representou 29% do rebanho dessa região, ficando depois apenas do estado de São Paulo, com 59% do total (IBGE, 2011).

Na região Sudeste, os rebanhos de ovinos são direcionados para produtos com maior agregação de valor. O enfoque da produção ocorre de maneira diferenciada, em razão da proximidade com a cidade de São Paulo, que é o maior e mais exigente mercado consumidor do país. O segmento de carne oferece cortes especiais para redes de supermercados e restaurantes que atendem consumidores de classe média-alta (OJIMA et al., 2006).

A demanda por carne de ovinos no Brasil cresce, aproximadamente, 25% ao ano, mas em comparação com o mercado mundial, o Brasil contribui apenas com 1,45% do efetivo. As importações por parte do Brasil vêm aumentando desde 2002, e o consumo da carne ovina no país aumentou nos últimos anos, de 0,5 para 0,7 kg/hab/ano, enquanto a média de outros países atinge patamares bem mais elevados. Portanto, a demanda é maior que a oferta, havendo um mercado comprador em crescimento, e que não possui restrições religiosas e, ou, culturais (PIRES NETO, 2007).

Os ovinos vêm se destacando pelo seu alto potencial de produção e pelo aumento da procura da carne ovina no mercado. Diante disso, se desperta a necessidade de pesquisas com a espécie no Brasil, já que trabalhos científicos indicam bons resultados produtivos quando há intensificação da produção, o que ainda resulta em um produto final de alta qualidade (PIRES, 2010).

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No trabalho realizado por Siqueira et al. (1993), comparando a recria de cordeiros em confinamento ou pastagem, observou-se que o ganho de peso médio diário foi superior nos cordeiros confinados (0,153 kg) em relação aos mantidos no pasto (0,088 kg). Outro fator importante foi que as infecções endoparasitárias (helmintíases) foram maiores no grupo recriado a pasto, com alta taxa de mortalidade (16,23%), quando comparada com a do confinamento (0%), fato que explica o pior desempenho do pasto, já que o utilizado neste estudo apresentava boa qualidade.

Segundo Gonzaga Neto et al. (2006), a qualidade do volumoso e a proporção de concentrado da dieta são essenciais quando se trata de terminação de cordeiros, já que o uso de volumoso de boa qualidade pode reduzir os custos da dieta, considerando que esta atenderá todas as necessidades nutricionais dos animais. Sabe-se que o maior custo de produção de cordeiros é procedente da alimentação, mas é justamente a dieta que influencia as características de carcaça. Portanto, o que se busca, atualmente, são alternativas que aliem o menor custo, sem prejudicar a qualidade da carcaça, aumentando a rentabilidade do sistema.

As tabelas de exigências atuais para ovinos têm demonstrado que, em trabalhos anteriores, os níveis de proteína estariam sendo superestimados. Tal fato reflete tanto no metabolismo animal como nos custos de produção. Neste contexto, Rocha et al. (2004) aponta que na literatura ainda não estão claras as exigências proteicas de cordeiros em crescimento, assim como o uso de dietas com alto teor de concentrado, indicando que há a necessidade de averiguações dos resultados que vêm sendo obtidos em pesquisas com cordeiros terminados em confinamento. Os autores avaliaram a influência de teores de proteína bruta (14, 16, 18 e 20%), em dietas com alta proporção de concentrado (80%) sobre o desempenho e as características de carcaça de cordeiros Santa Inês e não observaram diferença entre os tratamentos para ganho de peso, consumo de matéria seca e conversão alimentar.

No trabalho de Silva (2010), foi avaliado, também, quatro níveis de proteína bruta (14,25; 15,50; 16,75 e 18,00%), em dietas para cordeiros não castrados e desmamados, e verificou-se que os níveis crescentes de proteína bruta não alteraram os consumos de nutrientes, exceto os de proteína bruta, proteína degradável no rúmen e proteína não degradável no rúmen, nem a digestibilidade aparente total dos nutrientes, o balanço de nitrogênio e o desempenho de animais confinados. Face a isso, recomendou-se utilizar o nível mais baixo de PB (14,25%), haja vista que o menor nível foi capaz de suprir as exigências dos cordeiros.

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resultando em uma exigência de 12,5% de PB para ovinos com peso vivo de 20 kg e ganho de 200 g/dia.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ALVES, K.S.; CARVALHO, F.F.R.; FERREIRA, M.A. et al. Níveis de Energia em Dietas para Ovinos Santa Inês: Características de Carcaça e Constituintes. Revista Brasileira de Zootecnia, v.32, n.6, p.1927-1936, 2003.

GONZAGA NETO, S.; SOBRINHO, A. G. S.; ZEOLA, N. M. B. L. et al. Características quantitativas da carcaça de cordeiros deslanados Morada Nova em função da relação volumoso:concentrado na dieta. Revista Brasileira de Zootecnia, v.35, n.4, p.1487-1495, 2006.

IBGE. Pesquisa Pecuária Municipal, 2011. Disponível em:

http://www.ibge.gov.br/home/presidencia/noticias/noticia_impressao.php?id_noticia=2241. Acesso em: 30 Nov. 2012.

MACEDO, F.A.F.; SIQUEIRA, E.R.; MARTINS, E.N. et al. Qualidade de carcaças de cordeiros Corriedale, Bergamácia x Corriedale e Hampshire Down x Corriedale, terminados em pastagem e confinamento. Revista Brasileira de Zootecnia, v.29, n.5, p.1520-1527, 2000.

NATIONAL RESEARCH COUNCIL - NRC. Nutrient Requirements of Sheep, 6th ed. National Research Council, National Academy of Sciences, Washington, DC. 1985.

NATIONAL RESEARCH COUNCIL - NRC. Nutrient Requirements of Small Ruminants: Sheep, Goats, Cervids, and New World Camelids. Washington, D.C.: National Academy Press. 384p., 2007.

OJIMA, A. L. R. O; BEZERRA, L. M. C; OLIVEIRA, A. L. R. Análises e indicadores do agronegócio. 2006. Disponível em: <http://www.iea.sp.gov.br>. Acesso em: 25-Nov-2012. PIRES NETO, J. Panorama da Ovinocultura Brasileira. 2007. Disponível em: <http://www.rehagro.com.br>. Acesso em: 07-abr-2011.

PIRES, C.C.; SILVA, L.F.; SCHLICK, F.E. et al. Cria e terminação de cordeiros confinados. Ciência Rural, v.30, n.5, p.875-880, 2000.

ROCHA, M. H. M.; SUSIN, I.; PIRES, A. V. et al. Performance of Santa Inês lambs fed diets of variable crude protein levels. Sci. Agric. (Piracicaba, Braz.), v.61, n.2, p.141-145, Mar./Apr. 2004.

SILVA, J. L. Níveis de proteína degradável no rúmen em dietas para Cordeiros. Dissertação de Mestrado, Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri, Diamantina. 2010. 57p.

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ARTIGO CIENTÍFICO I

DIGESTIBILIDADE, BALANÇO DE NITROGÊNIO E EFICIÊNCIA MICROBIANA DE DIETAS COM DOIS NÍVEIS DE PROTEÍNA BRUTA E DE CONCENTRADO

PARA CORDEIROS

RESUMO

Avaliaram-se o consumo e a digestibilidade aparente total dos nutrientes, o balanço de nitrogênio (BN), o pH, as concentrações de nitrogênio amoniacal (N-NH3) ruminais e a

eficiência microbiana em cordeiros alimentados com dietas contendo dois níveis de proteína bruta (PB) e de concentrado (CONC). Quatro cordeiros F1 Santa Inês x Texel, com peso médio de 21 kg, não castrados, fistulados no rúmen, foram distribuídos em um quadrado latino 4 x 4, com quatro animais, quatro dietas e quatro períodos. As dietas foram compostas com 10,0 e 14,25% de proteína bruta e 40 e 60% de concentrado, utilizando-se como forragem a silagem de milho. Cada período experimental teve a duração de 15 dias, sendo nove para adaptação e seis para coletas de dados. Do 10º ao 14º dia, foi feita a coleta total de fezes e de urina para estimativa dos coeficientes de digestibilidade in vivo dos nutrientes e do balanço de nitrogênio e da eficiência microbiana, respectivamente. Houve efeito da interação tripla (PBxCONCxTempo) sobre as concentrações de N-NH3. Não houve efeito da interação

PB x CONC sobre o consumo e a digestibilidade aparente total de nutrientes, nem sobre o BN, o pH ruminal e a eficiência microbiana. No entanto, houve efeito de níveis de PB sobre o consumo e a digestibilidade aparente da PB, bem como sobre as quantidades de N ingerido, absorvido, urinário e retido, as concentrações de N-NH3 ruminal e as excreções de ácido

úrico. Os níveis de concentrado afetaram somente as concentrações de N-NH3 e os valores de

pH. Conclui-se que a dieta com mais alto nível de proteína bruta favorece maior consumo de proteína bruta e de nutrientes digestíveis totais, maior digestibilidade da proteína bruta e maior balanço de nitrogênio, enquanto a dieta, com mais alto nível de concentrado, favorece maior consumo de carboidratos não fibrosos.

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DIGESTIBILITY, NITROGEN BALANCE AND MICROBIAL EFFICIENCY OF DIETS WITH TWO LEVELS OF CRUDE PROTEIN AND CONCENTRATE FOR

LAMBS

ABSTRACT

The total apparent consumption and digestibility of the nutrients, the nitrogen balance, the pH, the ruminal N-NH3 concentrations and the microbial efficiency in lambs fed with diets

containing two crude protein and concentrate levels. Four not castrated, rumen fistulated, F1 Santa Inês x Texel lambs, with an average live weight of 21 kg, were distributed in a Latin square 4 x 4 in a factorial arrangement 2x2 (two PB levels and two concentrate levels). The treatments consisted of diets with 10.0 and 14.25% crude protein and 40 and 60% concentrate, using corn silage as the forage. Each experimental period lasted 15 days, being nine for the adaptation and six for data collection. From the 10th to the 14th day, the total faeces and urine collection was performed for estimating the in vivo digestibility and nitrogen balance coefficients and also the microbial efficiency, respectively. The triple interaction (CPxConcxTime) affected the ammonia nitrogen concentrations. The CP x CONC interaction did not affect the total apparent nutrients consumption and digestibility, nor the BN, the rumen pH and the microbial efficiency. However, the PB levels affected the PB apparent consumption and digestibility, as the ingested, absorbed, urinary and ratained N amounts and the rumen N-NH3 concentrations and the uric acid excretions. The concentrate levels affected

only the N-NH3 concentrations and the pH values. It is thus concluded that the crude protein

and the concentrate levels do not affect the nutrients consumption and digestibility, except for the crude protein, which is higher in the diet with higher protein levels, that also promotes higher nitrogen balance levels, N-NH3 concentrations and uric acid excretions.

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INTRODUÇÃO

A utilização de maiores proporções de volumoso na dieta de ovinos demonstra que há uma diminuição no consumo de matéria seca e menor ganho de peso diário, sendo que o tipo de volumoso afetará mais a digestibilidade dos nutrientes que sua proporção na dieta (MORENO et al., 2010). A digestibilidade dos nutrientes é fator fundamental para se avaliar o valor nutritivo dos alimentos, e, juntamente com o consumo, vão determinar a eficiência de produção e desempenho dos animais (VAN SOEST, 1994).

Segundo Oliveira et al. (2009), cordeiros alimentados com dietas contendo maior inclusão de concentrado são abatidos mais jovens, por apresentarem melhores resultados para as variáveis relacionadas ao desenvolvimento, como maior ganho de peso e melhores taxas de conversão alimentar.

Terminação de cordeiros em confinamento, com utilização de rações ricas em concentrado, está diretamente relacionada ao uso de proteína de qualidade, visando melhor desempenho animal. Segundo Rogério et al. (2013), dieta para ovinos formulada segundo NRC (2007), com 60% de proteína não degradável no rúmen, é a alternativa mais adequada, considerando-se os custos variáveis de produção.

Aumentar a síntese microbiana é outro fator de extrema importância na nutrição de ruminantes, haja vista que se pode maximizar a produção, melhorando a eficiência na elaboração de proteína microbiana, que é fonte de aminoácidos de alta qualidade disponíveis para absorção, além de possuir alta digestibilidade aparente intestinal e um perfil de aminoácidos essenciais semelhantes aqueles do leite e dos tecidos (SERRANO & SIERRA, 2011). A proteína microbiana é, normalmente, a principal fonte de proteína metabolizável para ruminantes, na maioria das situações produtivas, e qualquer programa nutricional só terá sucesso se a produção de proteína microbiana for otimizada (SANTOS et al., 2006).

As concentrações ruminais de amônia e o pH contribuem para maximização do crescimento microbiano e da digestão da fibra no rúmen, e, segundo Hoover (1986), devem estar na faixa de 3,3 a 8,0 mg/100 mL e entre 5 e 5,5, respectivamente.

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suprir as exigências dos cordeiros, o que também contribui para menores excreções de nitrogênio no ambiente e redução nos custos do sistema de produção.

Diante disso, objetivou-se, com este trabalho, avaliar o consumo e a digestibilidade da matéria seca e de nutrientes, o balanço de nitrogênio, a concentração de amônia, o pH ruminal e a eficiência microbiana em ovinos F1 Santa Inês x Texel, fistulados no rúmen, não castrados, alimentados com dietas contendo dois níveis de concentrado (40 e 60%) e dois níveis de proteína bruta, alto e baixo (14,5 e 10%), em relação à exigência de PB recomendada pelo NRC (2007).

MATERIAL E MÉTODOS

O ensaio foi realizado nas dependências do Laboratório de Animais do Departamento de Zootecnia da Universidade Federal de Viçosa/UFV, situada no município de Viçosa, MG, no período de 24 de fevereiro a 26 de abril de 2012. Foram utilizados quatro cordeiros F1 Santa Inês x Texel, com peso vivo médio de 21 kg, não castrados, fistulados no rúmen, distribuídos em quadrado latino 4x4, com quatro animais, quatro dietas e quatro períodos. As dietas foram compostas com 10,0 e 14,25% de proteína bruta e 40 e 60% de concentrado, utilizando-se como forragem a silagem de milho. Cada período experimental teve duração de 15 dias, sendo nove dias para adaptação às dietas e seis para coletas.

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Tabela 1 – Proporção de ingredientes e composição químico-bromatológica das dietas experimentais, expressa na base da matéria seca.

Ingrediente

Concentrado (%)

10% PB 14,25% PB

40 60 40 60

Proporção de ingrediente na dieta (%)

Silagem de Milho 60 40 60 40 Milho Moído 34,49 57,7 22,63 44,33 Farelo de Soja 3,9 0 16,07 14 Calcário 0,37 0,54 0,3 0,47 Ureia/AS¹ 0,24 0,76 0 0,2 PREMIX² 1 1 1 1

¹Uréia e sulfato de amônio na proporção de 9:1; ²Composição por kg de produto: Na – 147 mg; Ca – 120 mg; P – 87 mg; S – 18 mg; Z – 3.800 mg; Fe – 1.800 mg; Mn – 1.300 mg; F – 870 mg; Co – 590 mg; Mo – 300 mg; I – 80 mg; Co – 40 mg; Cr – 20 mg; Se – 15 mg.

Tabela 2 – Composição químico-bromatológica da silagem de milho e dos concentrados, na base da matéria seca

Variável Silagem de Milho Concentrado (%) 10% PB 14,25% PB 40 60 40 60 MS 23,09 89,46 89,18 89,64 89,46 MO 95,98 95,91 97,2 94,39 95,61 PB 5,59 14,41 11,64 26,03 19,9 EE 3,22 2,57 3,97 2,83 2,54 FDNcp 54,42 11,62 11,46 9,45 11,89 FDA 33,71 3,68 3,54 5,25 4,91 MM 4,01 4,08 2,79 5,61 4,39 CNF 32,74 68,47 71,84 55,84 61,68

Composição químico-bromatológica das dietas (%MS)

MS 49,64 62,74 49,71 62,91 MO 95,95 96,71 95,34 95,76 PB 9,12 9,22 13,76 14,17 EE 2,96 3,67 3,06 2,81 FDNcp 37,3 28,64 36,43 28,9 FDA 21,7 15,61 22,33 16,43 MM 4,04 3,28 4,65 4,24 CNF 47,03 56,2 41,98 50,1 PDR 6,98 6,98 10,17 9,95 PDR (%PB) 69,84 69,49 71,34 69,8 NDT 73,43 73,81 72,52 77,63

(21)

Os animais foram mantidos em gaiolas metabólicas individuais, adequadas para ensaios de digestibilidade in vivo, providas de comedouro, bebedouro e sistema de coleta de urina. Os cordeiros foram vermifugados contra ectoparasitas, no início do período de adaptação, com o uso de medicamento que tem como princípio ativo a Ivermectina, sendo aplicado via subcutânea a dose de 200 µg/kg. Os animais também foram vermifugados com endoparasiticida oral, no início do período de adaptação e dois meses após, sendo administrados 3 mL por animal de vermífugo, que tem como princípio ativo o Albendazol. A higienização das gaiolas metabólicas e das fístulas foi realizada, diariamente, com o uso de água e solução de hipoclorito de sódio.

Os animais foram pesados ao início do experimento, sorteados e distribuídos nos tratamentos. Os alimentos foram ofertados ad libitum aos animais, em duas refeições diárias, às 8h e 15h, metade pela manhã e metade à tarde, sendo o consumo no período de adaptação usado como referência para a alimentação no período experimental, de modo a possibilitar sobras de, aproximadamente, 15%.

Durante o período experimental, os alimentos ofertados e as sobras tiveram seus pesos registrados diariamente, para estimativa do consumo diário de matéria seca, obtido pela diferença entre a quantidade de MS fornecida aos animais e a quantidade de MS de sobras no cocho. Cada animal teve, à sua disposição, água limpa e fresca em tempo integral.

Do 10° ao 14° dia de cada período experimental, foram realizadas coletas de fezes, de urina, de alimento fornecido e das sobras. A coleta de urina foi realizada a cada 24 horas, para obtenção de duas amostras (pura e diluída) por animal, utilizando-se baldes plásticos de 8 litros, cobertos com telas, para evitar contaminação com pelos, ração e fezes, medindo-se o volume da quantidade excretada nesse período. Em cada balde, foram adicionados 100 mL de solução de H2SO4 a 20%, para evitar perdas de compostos nitrogenados da urina por

volatilização e possível fermentação.

Amostras de 60 mL foram acondicionadas diariamente em frascos, devidamente identificados por animal, em cada período experimental, e armazenadas em freezer com temperatura a -18°C, para posteriores análises. Amostra composta da urina foi feita, utilizando-se, aproximadamente, 10% do volume excretado em cada dia de coleta.

(22)

Em cada animal, foi adaptada uma sacola de napa para coleta total de fezes, as quais foram pesadas, diariamente, pela manhã e à tarde, e homogeneizadas, sendo retiradas amostras correspondentes a 10% de seu peso total. As amostras foram acondicionadas em sacos plásticos, identificadas por animal e período experimental e armazenadas em freezer com temperatura a -18°C, para posteriores análises.

As amostras de alimentos fornecidos e sobras foram identificadas por animal e período experimental e armazenadas em freezer com temperatura a -18ºC, para posteriores análises.

No 15º dia de cada período experimental, foram coletadas amostras de digesta ruminal via fístula, antes da alimentação matinal e 2, 4 e 6 horas após, as quais foram filtradas em tecido de algodão, com dupla camada, para determinação do pH e do nitrogênio amoniacal (N-NH3). As medições de pH foram realizadas imediatamente após as coletas, com uso de

peagâmetro digital. Alíquotas de 60 mL de líquido ruminal filtrado, acrescidas de 1 mL de ácido sulfúrico (1:1), foram acondicionadas em frasco de polietileno e armazenadas em freezer com temperatura a -18ºC, para posteriores análises de N-NH3.

A determinação das concentrações de nitrogênio amoniacal nas amostras de líquido ruminal foi realizada segundo a técnica colorimétrica descrita por Chaney & Marbach (1962).

Para a determinação da matéria pré-seca de alimentos, sobras e fezes, utilizou-se uma estufa com circulação forçada de ar, com temperatura regulada para 55ºC, por 72 horas. Após a pré-secagem, as amostras foram moídas em moinho tipo Willey, com peneira de 1 mm, sendo acondicionadas em frascos de vidro, hermeticamente fechados e identificados.

Nas amostras dos alimentos fornecidos das sobras e das fezes, foram determinados os teores matéria seca (MS), matéria orgânica (MO), proteína bruta (PB), extrato etéreo (EE) e fibra em detergente neutro corrigida para cinzas e proteína (FDNcp), segundo metodologias descritas por Detmann (2012).

Para estimativa dos carboidratos não fibrosos (CNF), foi adotada a equação preconizada por Hall (2000), para alimentos que contêm ureia, em razão da sua presença no concentrado fornecido: CNF = 100 - [(%PB – (%PBureia + %ureia)) + %FDNcp + %EE + %cinzas], em que PBureia e FDNcp significam, respectivamente, proteína bruta advinda da ureia e fibra em detergente neutro corrigida para cinzas e proteína.

(23)

Os valores de digestibilidade aparente total dos nutrientes (DN) foram obtidos a partir da equação proposta por Berchielli et al. (2006): [DN (%) = (MS ingerida x % Nutriente) – (MS excretada x % Nutriente) x 100] / (MS ingerida x % Nutriente).

Para a análise da urina, foi realizado o descongelamento das amostras, que foram homogeneizadas por agitação e analisadas para N total. O balanço de N (BN) ou N retido foi obtido, subtraindo-se o total de N excretado nas fezes e na urina do total de N ingerido, representando o total de N, que, efetivamente, ficou retido no organismo animal, conforme a equação: BN = N Ingerido - (N Fezes + N Urina). Os valores obtidos a partir da diferença entre N total ingerido e N contido nas fezes se referem ao N absorvido, conforme a equação: N Absorvido = N Ingerido - N Fezes.

As análises de alantoína, ácido úrico, xantina e hipoxantina na urina foram realizadas pelo método colorimétrico, conforme Chen & Gomes (1992). A excreção total dos derivados de purina foi estimada pela soma das quantidades de hipoxantina e xantina, ácido úrico e alantoína excretadas na urina.

A quantidade de purinas microbianas absorvidas (X, mmol/dia) foi estimada a partir da excreção de derivados de purinas (Y, mmol/dia), por meio das equações propostas por Chen & Gomes (1992), para ovinos:

Y = 0,84X + (0,150 PV0,75e-0,25X),

em que Y é a excreção de derivados de purinas (mmol/d), X corresponde às purinas microbianas absorvidas (mmol/d) e PV0,75 corresponde ao peso vivo elevado ao exponencial 0,75.

O fluxo intestinal de N microbiano (g NM/d) foi estimado a partir da quantidade de purinas absorvidas (X mmol/d), segundo a equação de Chen & Gomes (1992):

X (mmol/d) x 70

NM (g/d) = = 0,727 X,

0,116 x 0,83 x 1000

assumindo-se a digestibilidade de 0,83 para as purinas microbianas; a relação 0,116 de N purina:N total e o conteúdo de N das purinas de 70 mg N/mmol.

(24)

concentração de amônia ruminal foram testados como modelo misto, tendo tempo e dietas como efeitos fixos quantitativos e animais e período como efeitos aleatórios (SAS, 2002).

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Os consumos de matéria seca (MS), matéria orgânica (MO), proteína bruta (PB), extrato etéreo (EE), fibra em detergente neutro corrigida para cinza e proteína (FDNcp), carboidratos não fibrosos (CNF) e nutrientes digestíveis totais (NDT), proteína degradável no rúmen (PDR) e proteína não degradável no rúmen (PNDR) estão representados na Tabela 3.Verifica-se que não houve efeito da interação entre níveis de proteína bruta e teor de concentrado sobre o consumo de nutrientes. Por outro lado, os consumos de PB e NDT em g/dia, g/PV0,75/dia e %PV, e os consumos de PDR e PNDR em g/dia, foram influenciados pelos níveis de PB da dieta, enquanto o consumo de CNF, em g/dia, e os consumos de MS e NDT em g/PV0,75/dia e %PV, foram influenciado pelos níveis de concentrado da dieta.

Foram estimados consumos médios de 763,72; 736,19; 27,27 e 227,65 g/dia, respectivamente de MS, MO, EE e FDNcp; 22,07 g/PV0,75/dia e 1,02 %PV de FDNcp.

(25)

Tabela 3 – Consumo de nutrientes em cordeiros alimentados com dois níveis de proteína bruta e de concentrado (C).

Item Nível de PB (%) Concentrado (%) P-valor CV (%)

10 14,25 60 40 PB C PBxC Consumo (g/dia) MS 706,38 821,07 717,59 809,85 ns ns ns 22,90 MO 685,23 787,15 688,19 784,19 ns ns ns 23,36 PB 64,53b 122,52a 89,73 97,32 0,0043 ns ns 27,80 EE 27,47 27,07 24,78 29,76 ns ns ns 29,67 FDNcp 212,35 242,95 238,34 216,95 ns ns ns 21,16 CNF 380,87 394,61 335,33b 440,15a ns 0,0765 ns 25,30 NDT 509,81b 613,04a 512,84 610,00 0,0991 ns ns 18,87 PDR 49,29b 82,58a 63,16 68,71 0,0060 ns ns 24,35 PNDR 21,49b 34,44a 26,02 29,91 0,0087 ns ns 24,18 Consumo (g/PV0,75/dia) MS 70,20 77,79 68,75b 79,23a ns 0,0573 ns 12,06 PB 6,41b 11,62a 8,46 9,57 0,0005 ns ns 17,27 FDNcp 21,26 22,88 22,81 21,33 ns ns ns 16,38 NDT 50,76b 58,28a 49,30b 59,74a 0,0170 0,0039 ns 8,43 Consumo (%PV) MS 3,26 3,57 3,16b 3,66a ns 0,0326 Ns 10,70 PB 0,30b 0,53a 0,39 0,44 0,0004 ns ns 15,94 FDNcp 0,99 1,05 1,05 0,99 ns ns ns 17,11 NDT 2,36b 2,68a 2,27b 2,76a 0,0320 0,0050 ns 9,14 Médias seguidas de letras diferentes na linha, para nível de PB e de concentrado, diferem (P<0,10) pelo teste de “F”.

ns: não significativo.

MS – matéria seca; MO – matéria orgânica; PB – proteína bruta; EE – extrato etéreo; FDNcp – Fibra em detergente neutro corrigida para cinzas e proteína; CNF – carboidratos não fibrosos; NDT – nutrientes digestíveis totais; PDR – proteína degradável no rúmen; PNDR – proteína não degradável no rúmen.

Em estudo com cordeiros não castrados e desmamados da raça Santa Inês, Silva (2010) avaliou os efeitos de quatro níveis de proteína bruta (14,25; 15,50; 16,75 e 18,00%) na matéria seca das dietas sobre o consumo de nutrientes. Os diferentes níveis de PB não promoveram variações no consumo de nutrientes. No entanto, o menor nível de PB utilizado (14,25%) proporcionou maiores consumos em relação aos obtidos no presente estudo.

Os consumos de MS, em g/dia e %PV, foram inferiores aos preconizados pelo NRC (2007), que recomenda para animais de 20 kg, com ganho de 200 g/dia, consumo médio de 0,830 kg/dia de MS ou 4,17%PV. Da mesma forma, os consumos de PB e NDT foram inferiores ao recomendado pelo NRC (2007), de 101 g/dia e 660 g/dia, respectivamente.

(26)

máximos consumos de matéria seca (1,112 kg/dia) e de proteína bruta (0,152 kg/dia) com 55,5 e 58,8% de concentrado nas dietas, respectivamente.

Em estudo sobre consumo e digestibilidade de nutrientes conduzido por Silva et al. (2004), avaliaram-se três níveis de concentrado (20, 40 e 60%) na dieta de 24 cordeiros com idade de 90 dias e peso vivo médio de 20 kg, utilizando o feno de Tifton 85 como volumoso, e observou-se que houve diminuição linear no consumo de MS, MO, PB e CT e aumento linear no consumo de FDN, com o aumento dos níveis de forragem nas dietas.Os consumos de MS variaram de 85,13 a 101,97 g/PV0,75, e os de PB de 9,01 a 16,31 g/PV0,75.

Os coeficientes de digestibilidade dos nutrientes estão apresentados na Tabela 4. Não houve efeito da interação níveis de proteína bruta e de concentrado sobre os coeficientes de digestibilidade dos nutrientes, observando-se médias de 71,73; 73,11; 84,55; 47,94 e 87,60%, respectivamente, de coeficientes de digestibilidade de MS, MO, EE, FDNcp e CNF. Também não houve efeito dos níveis de concentrado sobre os coeficientes de digestibilidade dos nutrientes. Foi constatado efeito de nível de PB apenas sobre o coeficiente de digestibilidade de PB, que apresentou maior valor na dieta com 14,25% PB (73,22%), em relação à dieta com 10% PB (64,29%). Esse comportamento, provavelmente, reflete aquele observado para o consumo de nutrientes, em que foi registrado efeito apenas de nível de PB sobre consumo de proteína.

Tabela 4 – Coeficientes de digestibilidade aparente de nutrientes (%), em dietas contendo dois níveis de proteína bruta e de concentrado (C).

Item Nível de PB (%) Concentrado (%) P-valor CV (%)

10 14,25 60 40 PB C PBxC

Digestibilidade aparente total (%)

MS 70,23 73,23 70,66 72,8 ns ns ns 8,86 MO 71,58 74,64 72,09 74,12 ns ns ns 8,27 PB 64,29b 73,22a 69,04 68,46 0,0101 ns ns 7,02 EE 85,21 83,88 85,33 83,76 ns ns ns 11,49 FDNcp 43,78 52,1 50,34 45,54 ns ns ns 28,34 CNF 87,26 87,93 86,96 88,23 ns ns ns 3,89

Médias seguidas de letras diferentes na linha, para nível de PB e de concentrado, diferem (P<0,05) pelo teste de “F”.

ns: não significativo.

MS – matéria seca; MO – matéria orgânica; PB – proteína bruta; EE – estrato etéreo; FDNcp – fibra em detergente neutro corrigida para cinzas e proteína; CNF – carboidratos digestíveis totais.

(27)

Utilizando diferentes proporções de volumoso:concentrado (70:30; 50:50 e 30:70), na dieta de cordeiros Texel x Ideal com 34 kg de peso vivo médio, Bolzan et al. (2007), observaram efeito linear positivo na digestibilidade aparente da matéria seca, da matéria orgânica e dos carboidratos totais, em função do aumento do nível de concentrado na dieta. Moreno et al. (2010) também encontraram efeito de proporção de concentrado sobre a digestibilidade da MO e CT, observando médias de 72,25 e 76,76%, respectivamente, ao utilizarem 60% de concentrado e 40% de volumoso, em dietas para cordeiros Ile de France com peso vivo médio de 15kg.

Também não foram encontradas por Silva (2010) diferenças na digestibilidade dos nutrientes, ao fornecer níveis diferentes de PB (14,25; 15,50; 16,75 e 18,0%) para cordeiros inteiros e desmamados, observando-se valores médios de 73,17; 73,27; 76,63; 80,58; 68,44 e 88,30%, respectivamente, para a MS, MO, PB, EE, FDNcp e CNF.

A digestibilidade dos nutrientes em cordeiros com peso vivo médio de 20 kg, recebendo três níveis de concentrado (20, 40 e 60%) na dieta, utilizando feno de Tifton85 como volumoso, foram avaliados por Silva et al. (2004), que observaram aumento linear na digestibilidade dos nutrientes com o incremento dos níveis de concentrado, exceto da FDN, que apresentou comportamento quadrático para os coeficientes de digestibilidade.

Não houve efeito da interação entre níveis de proteína bruta e níveis de concentrado sobre as variáveis do balanço de nitrogênio, que também não foram afetadas pelos níveis de concentrado. Os níveis de PB afetaram a quantidade de N ingerido, absorvido, excretado na urina e retido (balanço de N), que apresentaram valores superiores na dieta com 14,25% de PB (Tabela 5).

Tabela 5 – Balanço de nitrogênio em dietas contendo dois níveis de proteína bruta e de concentrado. Item Nível de PB (%) Concentrado (%) P-valor

CV (%) 10 14,25 60 40 PB C PBxC N (g/dia) Ingerido 10,3b 19,6a 14,4 15,6 0,0043 ns ns 27,80 Fecal 3,82 5,32 4,44 4,71 ns ns ns 40,10 Absorvido 6,50b 14,3a 9,92 10,9 0,0007 ns ns 23,20 Urinário 2,57b 6,40a 4,59 4,38 0,0002 ns ns 22,00 Retido (BN) 3,93b 7,88a 5,33 6,48 0,0197 ns ns 42,40 NR/NI 0,37 0,39 0,35 0,40 ns ns ns 20,00 NR/NA 0,58 0,53 0,52 0,59 ns ns ns 22,70

(28)

ns: não significativo.

NR/NI – nitrogênio retido em relação ao nitrogênio ingerido. NR/NA – nitrogênio retido em relação ao nitrogênio absorvido.

A maior ingestão de nitrogênio pelos animais que receberam dieta com 14,25% de PB é reflexo do maior consumo de PB por estes animais, que também tiveram maior excreção de nitrogênio pela urina. Comportamento semelhante foi encontrado por Oliveira et al. (2007), que sugere estar correlacionado ao excesso de nitrogênio amoniacal no rúmen e de ureia no tecido hepático, com consequente redução da reciclagem de nitrogênio salivar e eliminação do nitrogênio em excesso pelos rins, por meio da urina.

No presente estudo, não houve balanço de nitrogênio negativo e não ocorreram diferenças no N retido/N ingerido e N retido/N absorvido entre os tratamentos, indicando que o consumo de PB atendeu às exigências dos animais. Valores elevados e positivos para BN sugerem o equilíbrio entre proteína e energia digestível da dieta (SILVA et al., 2010)

Moreno et al. (2010) estudaram o efeito de proporções de concentrado (40 e 60%), em cordeiros Ile de France com peso vivo médio de 15kg, e, diferentemente do presente trabalho, encontraram efeito da relação volumoso:concentrado sobre a quantidade de nitrogênio ingerido, absorvido e retido (balanço de nitrogênio), uma vez que os maiores valores foram obtidos com 60% de concentrado na dieta.

Dois níveis de concentrado (60 e 30%) foram testados em ovinos, com peso vivo médio de 44 kg por Mouro et al. (2007), os quais também não encontraram diferenças na ingestão de nitrogênio, que se manteve próxima de 34,41 g/dia, já que as dietas eram isoprotéicas. A excreção fecal e urinária de nitrogênio foram maiores na dieta contendo 60% de concentrado, 11,98 e 15,52 g/dia, respectivamente.

Em trabalho com cordeiros de peso vivo médio de 30 kg, Silva et al. (2004) avaliaram níveis de concentrado (20, 40 e 60%) sobre o balanço de nitrogênio e notaram uma tendência no aumento de N excretado (1,00; 1,26 e 1,50 g/PV0,75/dia), com o aumento da ingestão de N (1,33; 1,92 e 2,24 g/PV0,75/dia), respectivamente.

Houve efeito da interação tripla de níveis de proteína bruta (PB), níveis de concentrado (C) e tempos de coleta sobre as concentrações ruminais de N-NH3 (Tabela 6).

Realizando-se os desdobramentos para as concentrações de NH3, foi obtido modelo cúbico

(29)

Tabela 6 – Médias de concentrações de nitrogênio amoniacal (N-NH3) (mg/dL) e de valores de pH ruminais,

para dietas contendo dois níveis de proteína bruta e de concentrado. Nível de PB (%) Concentrado (%)

EPM PB C T PB*C PB*T C*T PB*C*T 10 14,25 40% 60%

NH3 10,35 12,32 12,36 10,31 0,904 0,022 0,019 <0,01 0,044 0,23 0,46 0,043

pH 6,52 6,17 6,51 6,19 0,161 0,033 0,051 <0,01 0,562 0,888 0,928 0,74 Médias seguidas de letras diferentes na linha, para nível de PB e de concentrado, diferem (P<0,01) (P<0,05) pelo teste de “F”.

EPM – erro padrão da média; PB – proteína bruta; C – concentrado; T – tempo.

Tabela 7 – Médias de concentrações de nitrogênio amoniacal (N-NH3) ruminais (mg/dL), em função do tempo de coleta.

Tempo de coleta (h) Efeito

PB CONC 0 2 4 6 EPM Lin. Quad. Cúb.

10% 60% 9,46 15,06 8,02 8,02 1,27 0,1784 0,1211 0,0042 Equação regressão Y = 9,46164+9,23995X –4,04072X2 + 0,410118X3 R2=0,65 PB – proteína bruta; CONC – concentrado.

A concentração de N-NH3 depende da degradabilidade da fonte proteica, da

disponibilidade de carboidratos e do equilíbrio entre sua produção e utilização pelos microrganismos. Em todas as dietas, os valores de N-NH3 obtidos foram superiores à faixa de

3,3 a 8,0 mg/100 mL, recomendada por Hoover (1986) para crescimento microbiano.

Observa-se que, dentre os valores máximos obtidos de concentração de N-NH3

ruminal, o menor valor ocorreu na dieta contendo mais concentrado, o que sugere maior utilização de amônia para crescimento microbiano quando tal dieta foi utilizada, devido à maior disponibilidade de energia (CHAPAVAL et al., 2008). Homem Junior et al. (2010) observaram valor máximo na concentração de amônia no rúmen de 15 mg/dL, ao fornecerem alto nível de concentrado em dieta para cordeiros (82%).

Observou-se mais alto valor de pH na dieta com 10% PB (6,52) em relação àquela com 14,25% PB (6,17), enquanto dietas com mais alto nível de concentrado proporcionaram mais baixo pH do que aquelas com mais baixo nível de concentrado. Dietas com maior nível de concentrado proporcionam abaixamento de pH mais rapidamente, favorecendo a ionização da amônia e diminuindo sua absorção pelo rúmen (HOMEM JUNIOR et al., 2010; BERCHIELLI et al., 2006), ficando disponível para síntese microbiana.

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os níveis de concentrado. No entanto, observou-se efeito dos níveis de proteína bruta sobre a excreção de ácido úrico, que foi maior na dieta com mais alto teor de proteína bruta. O ácido úrico é o produto proveniente do metabolismo das proteínas, portanto, com maior ingestão de proteína bruta, poderá ocorrer maior excreção de ácido úrico. Entretanto, mesmo ocorrendo maior excreção deste na dieta contendo mais alto teor de PB, quando expressa em percentagem, a relação entre ácido úrico excretado e total de derivados de purinas se encontra dentro da faixa preconizada por Chen & Gomes (1992), que é de 10 a 20%.

Tabela 8 – Médias diárias para volume urinário, excreções de alantoína, ácido úrico, xantina e hipoxantina e purinas totais, obtidas nas dietas contendo dois níveis de proteína bruta e de concentrado.

Item Nível de PB (%) Concentrado (%) P-valor CV (%)

10 14,25 60 40 PB C PBxC

VU (L) 1,69 2,08 1,89 1,88 ns ns ns 76,01

ALA (mmol/dia) 5,42 7,83 6,60 6,65 ns ns ns 42,05

ALA (%) 84,87 86,13 84,79 86,22 ns ns ns 4,97

ACU (mmol/dia) 0,59b 0,76a 0,70 0,64 0,0471 ns ns 20,26

ACU (%) 10,35 8,73 10,51 8,57 ns ns ns 34,73

X e HPX (mmol/dia) 0,29 0,51 0,38 0,42 ns ns ns 81,04

X e HX (%) 4,77 5,13 4,70 5,20 ns ns ns 56,72

PT (mmol) 6,30 9,09 7,68 7,71 ns ns ns 41,09

Médias seguidas de letras diferentes na linha, para nível de PB e de concentrado, diferem (P<0,05) pelo teste de “F”.

ns: não significativo.

VU – volume urinário; ALA –alantoína; ACU – ácido úrico; X e HPX – xantina e hipoxantina; PT – purinas totais.

A partir da excreção dos derivados de purinas na urina, é possível estimar a quantidade de purinas absorvidas, que, por sua vez, possibilita calcular o fluxo intestinal de nitrogênio microbiano, permitindo quantificar a produção de proteína microbiana, assim como a eficiência de síntese microbiana.

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hipoxantina decrescente, à medida que a excreção total de derivados de purina aumentou. Esse comportamento não foi verificado no presente trabalho.

Em experimento com ovinos, Chandrasekharaiah et al. (2011) avaliaram diferentes níveis de nitrogênio degradável no rúmen (NDR) e observaram aumento quadrático nas excreções de alantoína, nos derivados de purinas totais e na absorção de purinas com o aumento dos níveis de NDR. No entanto, não houve efeito significativo para a quantidade excretada de ácido úrico, xantina e hipoxantina. Os valores máximos encontrados por esses autores, de alantoína, ácido úrico, xantina e hipoxantina foram de 4,55; 0,53 e 0,17 mmol/dia, respectivamente.

As médias diárias para a quantidade de purinas absorvidas e estimativas da síntese diária de compostos nitrogenados microbianos e de proteína bruta microbiana e sua eficiência, em termos de NDT consumido, se encontram na Tabela 9. A interação de níveis de proteína bruta e níveis de concentrado, não influenciaram a quantidade de purinas absorvidas, a produção de compostos nitrogenados microbianos e de proteína microbiana e a eficiência microbiana em relação ao NDT consumido, assim como, não houve efeito de níveis de proteína bruta e níveis de concentrado sobre essas variáveis. Entretanto, ressalta-se o maior valor numérico para a eficiência microbiana com o mais alto nível de PB.

Tabela 9 – Médias diárias para a quantidade de purinas absorvidas e estimativas da síntese diária de compostos nitrogenados microbianos e de proteína bruta microbiana e eficiência microbiana, obtidas com as diferentes dietas.

Item Nível de PB (%) Concentrado (%) P-valor CV (%)

10 14,25 40 60 PB C PBxC PA (mmol/dia) 7,15 10,67 8,86 8,95 0,1265 ns ns 44,55 NMic (g/dia) 5,20 7,75 6,44 6,51 0,1265 ns ns 44,55 PBMic (g/dia) 32,48 48,47 40,27 40,67 0,1265 ns ns 44,55 EMic (g PB/kgNDT) 62,36 78,58 74,86 66,09 0,2293 ns ns 34,4 ns: não significativo.

PA – purinas absorvidas; NMic – nitrogênio microbiano; PBMic – proteína bruta microbiana; EMic – eficiência microbiana.

Segundo o AFRC (1992), dietas contendo altos níveis de concentrado prejudicam a eficiência de síntese microbiana ruminal, sendo menos eficiente do que em dietas com relação volumoso:concentrado mais alta. Neste trabalho, os níveis de concentrado utilizados não tiveram efeito sobre a eficiência de síntese microbiana, sugerindo estarem adequadas às duas proporções volumoso:concentrado.

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CONCLUSÕES

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AGRADECIMENTOS

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

AGRICULTURAL AND FOOD RESEARCH COUNCIL – AFRC. Energy and protein requirements of ruminants. Wallingford, UK: CAB international. 159p. 1992.

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ARTIGO CIENTÍFICO II

CONSUMO DE NUTRIENTES E DESEMPENHO DE CORDEIROS COM DIETAS CONTENDO DOIS NÍVEIS DE PROTEÍNA BRUTA E DE CONCENTRADO

RESUMO

Avaliaram-se o consumo de nutrientes e o desempenho de cordeiros alimentados com dietas contendo dois níveis de proteína bruta (PB) e de concentrado. Trinta e dois cordeiros F1 Texel x Santa Inês, não castrados, com peso vivo médio de 19 kg, foram distribuídos em esquema fatorial 2 x 2, no delineamento em blocos casualizados, com quatro tratamentos e oito repetições. Os tratamentos consistiram de dois níveis de PB (10,0 e 14,25%) e dois níveis de concentrado (40 e 60%) nas dietas. No início da fase experimental, foram abatidos quatro animais como referência. Os animais, durante o experimento, foram alojados em gaiolas individuais, contendo cocho de alimentação e bebedouro individual. O período de adaptação foi de 14 dias e o período experimental variou de 50 dias (dietas com 14,25% PB e 60% concentrado) a 106 dias (dietas com 10% PB e 40% concentrado), para os animais atingirem o peso pré-estabelecido para abate (30 kg). Verificou-se interação de níveis de PB e de concentrado para os consumos de EE e para o ganho médio diário (GMD). Foi observado efeito independente de níveis de PB sobre os consumos de MS, MO, PB, FDNcp, CNF, NDT, PDR e PNDR, o ganho de carcaça em jejum (GCPCJ) e a conversão alimentar (CA), e efeito

independente de níveis de concentrado sobre os consumos de MS, MO, PB, CNF, NDT, PDR e PNDR, o GCPCJ, o rendimento de carcaça em jejum (RCQPCJ) e a CA. Conclui-se que, dietas

contendo mais alto nível de proteína bruta ou de concentrado, promovem mais altos consumos de nutrientes e melhor desempenho em cordeiros.

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NUTRIENT INTAKE AND PERFORMANCE OF LAMBS WITH DIETS CONTAINING TWO LEVELS OF CRUDE PROTEIN AND CONCENTRATE

ABSTRACT

The nutrients consumption and the performance of lambs fed with diets containing two crude protein and concentrate levels were evaluated. Thirty-two not castrate F1 Texel x Santa Inês lambs, with an average live weight of 19 kg were distributed in a 2 x 2 factorial scheme in a randomized block design, using eight replicates. The treatments consisted of two PB levels (10,0 and 14,25%) and two concentrate levels (40 and 60%) in the diets. In the beginning of the experimental phase, four animals were slaughtered as reference animals. During the experiments, the animals were housed in individual cages containing individual feeding trough and water drinker. The adaptation period consisted of 14 days and the experimental period varied from 50 days (diets with 14,25% PB and 60% concentrate) to 106 days (diets with 10% PB and 40% concentrate), until the animals achieve the pre-established slaughter weight (30 kg). The PB and concentrate levels interaction was verified for the EE consumption and the diary average gain. An independent effect of the PB levels on the MS, MO, PB, FDNcp, CNF, NDT, PDR and PNDR, the carcass gain fasting and the feed conversion was observed, as an independent effect of the concentrate levels on the DM, OM, CP, NFC, TDN, RDP and RUP, the CGBWF, the carcass yield fasting and the FC. It is thus

concluded that diets containing 14,25% PB or 60% concentrate promote higher nutrients consumption levels and better performance on lambs.

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INTRODUÇÃO

O rebanho ovino pode ser criado em distintos sistemas de produção, com diferentes formas de alimentação (POLI et al., 2009), mas o confinamento de cordeiros recém-desmamados, com uso de altos níveis de concentrado, é uma prática que vem sendo cada vez mais utilizada, objetivando-se a redução da idade de abate e a obtenção de carcaças de qualidade (CARVALHO et al., 2007). Entretanto, a adoção desta técnica exige que o produtor busque alternativas de alimentação que garantam o desempenho satisfatório de animais, aliado ao baixo custo de produção (SUSIN & MENDES, 2007).

Trabalhos realizados com ovinos, consumindo dietas contendo diferentes níveis de concentrado têm demonstrado que, à medida que a proporção de volumoso aumenta, ocorre diminuição no consumo de matéria seca e, consequentemente, no consumo de nutrientes e de energia, assim como, há redução no ganho de peso dos cordeiros, prejudicando o tempo necessário para que os animais atinjam o peso de abate. Os altos níveis de volumoso na dieta provocam enchimento do rúmen, limitando a ingestão de nutrientes, enquanto que inclusões menores levam a regulação fisiológica do consumo (SILVA et al., 2004; CARVALHO et al., 2007).

Rações ricas em concentrado suportam maior produção de proteína microbiana, em razão de maior teor de açúcares, amido e pectina, quando comparadas a rações ricas em volumoso, e, ainda, quanto mais degradável no rúmen for a fonte de carboidrato, mais energia será disponibilizada para o crescimento microbiano (SANTOS, 2006).

Segundo Rocha et al. (2004), cordeiros Santa Inês, com peso vivo médio de 18 kg, alimentados com dieta rica em concentrado, apresentaram ganho de peso diário razoável e melhor conversão alimentar quando o teor protéico da dieta foi 14%. Além disso, os autores ressaltaram que as características de carcaça não mudaram com a variação dos níveis de proteína bruta na dieta. Já Silva (2010), utilizando níveis de PB (14,25; 15,50; 16,75 e 18,00%) na dieta de ovinos da mesma categoria, em dietas contendo 60% de concentrado, não obteve diferenças no desempenho animal e também não observou melhoria nas características de carcaça com os níveis de PB fornecido na dieta. No entanto, os teores de proteína bruta neste estudo podem estar superestimados, segundo NRC (2007), sendo importante se fazer novas investigações sobre os níveis de proteína bruta para dietas de cordeiros.

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proteína bruta, alto e baixo (14,5 e 10%), em relação à exigência de PB recomendada pelo NRC (2007).

MATERIAL E MÉTODOS

O ensaio foi realizado nas dependências do Laboratório de Animais do Departamento de Zootecnia da Universidade Federal de Viçosa (UFV), situada no município de Viçosa, MG, no período de 06 de fevereiro a 24 de maio de 2012. Foram utilizados 32 cordeiros F1 Santa Inês x Texel, não castrados, com peso vivo médio de 19 kg, distribuídos em esquema fatorial 2 x 2 (dois níveis de proteína bruta e dois níveis de concentrado) no delineamento em blocos casualizados, com quatro tratamentos e oito repetições. Além desses, mais quatro cordeiros foram abatidos no início da fase experimental, representando os animais referência na metodologia do abate comparativo.

As dietas experimentais foram formuladas para conter dois níveis de concentrado (40 e 60%) e dois níveis de proteína bruta (PB) (baixo = 10,0% e alto = 14,25%), em relação à exigência de 12,5% de PB, segundo o NRC (2007), para cordeiros com peso vivo de 20 kg e ganho de 200 g/dia. O volumoso utilizado foi a silagem de milho.

Nas Tabelas 1 e 2, são apresentadas as proporções dos ingredientes e as composições químico-bromatológicas dos ingredientes e das dietas.

Tabela 1 – Proporção de ingredientes e composição químico-bromatológica das dietas experimentais, expressa na base da matéria seca

Ingrediente

Concentrado (%)

10% PB 14,25% PB

40 60 40 60

Proporção de ingrediente na dieta (%)

Silagem de Milho 60 40 60 40 Milho Moído 34,49 57,7 22,63 44,33 Far. Soja 3,9 0 16,07 14 Calcário 0,37 0,54 0,3 0,47 Uréia¹ 0,24 0,76 0 0,2 PREMIX² 1 1 1 1

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Tabela 2 – Composição químico-bromatológica da silagem de milho e dos concentrados na base da matéria seca Item Silagem de Milho Concentrados (%) 10 % PB 14,25% PB 40 60 40 60 MS 23,89 92,11 90,56 90,7 89,58 MO 94,78 95,91 97,4 94,85 96,48 PB 6,12 13,62 11,81 26,19 19,61 EE 2,71 2,77 3,41 3 2,54 FDNcp 47,51 11,63 11,23 11,12 12,87 FDA 26,28 3,69 3,63 5,93 4,25 MM 5,22 4,09 2,6 5,15 3,52 CNF 38,43 68,75 73,61 55,04 62,94

Composição químico-bromatológica das dietas (%MS)

MS 51,18 63,89 50,61 63,3 MO 95,23 96,35 94,81 95,8 PB 9,12 9,53 14,14 14,21 EE 2,74 3,13 2,83 2,61 FDNcp 33,16 25,74 32,96 26,73 FDA 17,24 12,69 18,14 13,06 MM 4,77 3,65 5,19 4,2 CNF 50,56 59,54 45,08 53,14 PDR 6,98 6,98 10,17 9,95 PDR (%PB) 69,84 69,49 71,34 69,8 NDT 73,43 73,81 72,52 77,63

MS – matéria seca; MO – matéria orgânica; PB – proteína bruta; EE – extrato etéreo; FDNcp – Fibra em detergente neutro corrigida para cinzas e proteína; FDA – fibra em detergente ácido; MM – matéria mineral; CNF – carboidratos não fibrosos; PDR – proteína degradável no rúmen; PNDR – proteína não degradável no rúmen.

Após a pesagem, os animais foram distribuídos, individualmente, em gaiolas de metal suspensas, com piso ripado e dimensões de 1,55 x 0,88 x 1,90 m (C x L x A), com 0,70 m do piso ripado até o chão, contendo cocho de alimentação e bebedouro individual. Os cordeiros foram vermifugados contra ectoparasitas, no início do período de adaptação, com o uso de medicamento que tem como princípio ativo a ivermectina, sendo aplicado via subcutânea a dose de 200 µg/kg. Os animais também foram vermifugados com endoparasiticida oral, ao início do período de adaptação, e, dois meses após, foram administrados 3 mL de vermífugo por animal, que tem como princípio ativo o albendazol.

Referências

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