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DIREITOS DE VIZINHANÇA

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DIREITOS DE VIZINHANÇA

(2)

CONCEITO DE DIREITOS DE VIZINHANÇA

• São limitações impostas por normas jurídicas a

propriedades individuais, com o escopo de conciliar

interesses de proprietários vizinhos, reduzindo os

poderes inerentes ao domínio e de modo a regular a

convivência social.

(3)

CLASSIFICAÇÃO

• Restrição ao direito de propriedade quanto à intensidade de seu exercício, regulando seu uso anormal (arts. 1.277 a 1.281, CC);

• Limitações legais ao domínio similares à servidão (arts.

1.282 a 1.296, CC);

• Restrições oriundas das relações de contiguidade entre

dois imóveis (arts. 1.297 a 1.313, CC)

(4)

Restrição ao direito de propriedade quanto à intensidade de seu exercício

 Uso normal e uso anormal da propriedade.

• Art. 188, I, CC: não comete ato ilícito o proprietário que

exerce seu direito de maneira regular ou normal.

(5)

Restrição ao direito de propriedade quanto à intensidade de seu exercício

Art. 188. Não constituem atos ilícitos:

I - os praticados em legítima defesa ou no exercício regular

de um direito reconhecido;

(6)

Restrição ao direito de propriedade quanto à intensidade de seu exercício

• O proprietário não pode agir de tal forma que o exercício de seu direito importe em sacrifício ou prejuízo ao seu vizinho. Ex.: fumaça de restaurante.

Art. 1.277, CC. O proprietário ou o possuidor de um

prédio tem o direito de fazer cessar as interferências

prejudiciais à segurança, ao sossego e à saúde dos que

o habitam, provocadas pela utilização de propriedade

vizinha.

(7)

Restrição ao direito de propriedade quanto à intensidade de seu exercício

• As normas de direito de vizinhança não protegem somente o proprietário, mas também o possuidor.

• Regra dos três “Ss”: segurança, sossego e saúde dos moradores do imóvel. Ex.: ruídos de cães.

• Amplas medidas podem ser aplicadas por aquele que se

sentir perturbado. Ex.: tutelas nas obrigações de fazer e

não fazer, danos moral e material, etc.

(8)

Restrição ao direito de propriedade quanto à intensidade de seu exercício

• São ofensas à segurança pessoal ou dos bens: todos os atos que comprometerem a estabilidade de um prédio e a incolumidade de seus moradores. Exemplos:

existência de árvores que ameaçam tombar no prédio

vizinho; existência de poço em terreno aberto, construção

de prédio que causa trepidações e provoca fendas em

prédios, etc.

(9)

Restrição ao direito de propriedade quanto à intensidade de seu exercício

• São ofensas ao sossego: os ruídos excessivos que

tiram a tranquilidade do prédio vizinho; gritarias, terreno

de macumba; barulho de móveis arrastados durante a

madrugada; barulho excessivo causados por cultos, etc.

(10)

Restrição ao direito de propriedade quanto à intensidade de seu exercício

• São ofensas à saúde: a emissão de gases tóxicos e de

fumaça ou fuligem; a queima de detritos com

penetração de fumaça; a presença de águas paradas,

escoamento de fezes de animal no prédio inferior, etc.

(11)

Restrição ao direito de propriedade quanto à intensidade de seu exercício

• O mau uso é o uso anormal, mesmo que não exista a intenção de incomodar ou prejudicar.

• O que não ultrapassar os limites da anormalidade entra, na categoria dos encargos ordinários da vizinhança. Ex.:

instalação de estação rodoviária em bairro residencial;

barulho das máquinas de tipografia vizinha, etc.

(12)

Restrição ao direito de propriedade quanto à intensidade de seu exercício

• Qual a linha divisória entre o uso regular e irregular?

• Há que se considerar alguns fatores:

a) O grau de tolerabilidade: se o incômodo for tolerável o juiz despreza a reclamação da vítima;

b) A localização do prédio;

c) A natureza da utilização ou do incômodo;

d) A pré-ocupação: quem chegou primeiro ao lugar.

(13)

Restrição ao direito de propriedade quanto à intensidade de seu exercício

Art. 1.277.

Parágrafo único. Proíbem-se as interferências

considerando-se a natureza da utilização, a localização do

prédio, atendidas as normas que distribuem as edificações

em zonas, e os limites ordinários de tolerância dos

moradores da vizinhança.

(14)

Restrição ao direito de propriedade quanto à intensidade de seu exercício

• O proprietário lesado não terá direito de fazer cessar as interferências prejudiciais à segurança, à saúde e ao sossego se forem justificadas por interesse público.

Ex.: construção de açude que provoca umidade.

• Cabe indenização: art. 1.278, CC

(15)

Restrição ao direito de propriedade quanto à intensidade de seu exercício

Art. 1.278, CC. O direito a que se refere o artigo

antecedente não prevalece quando as interferências

forem justificadas por interesse público, caso em que o

proprietário ou o possuidor, causador delas, pagará ao

vizinho indenização cabal.

(16)

Restrição ao direito de propriedade quanto à intensidade de seu exercício

Exemplo do art. 1.278, CC: passagem de rede elétrica

pela propriedade.

(17)

Restrição ao direito de propriedade quanto à intensidade de seu exercício

• Caso tais interferências tiverem de ser toleradas via decisão judicial, o vizinho poderá requerer, se possível, a redução ou eliminação através de realização de obras ou medidas de segurança.

• Vide art. 1.279, CC

(18)

Restrição ao direito de propriedade quanto à intensidade de seu exercício

Art. 1.279, CC. Ainda que por decisão judicial devam ser toleradas as interferências, poderá o vizinho exigir a sua redução, ou eliminação, quando estas se tornarem possíveis.

• Exemplo: emissão de gases poluentes por indústria

autorizadas por decisão judicial.

(19)

Limitações legais à propriedade similares à servidão

• Das árvores limítrofes;

• Da passagem forçada;

• Da passagem de cabos e tubulações;

• Das águas

(20)

Limitações legais à propriedade similares à servidão – árvores limítrofes

 As árvores limítrofes dão origem a relações de vizinhança quando:

a) A árvore tem seu tronco na linha divisória;

b) Os frutos da árvore caem no terreno vizinho;

c) As raízes e ramos ultrapassam os limites do prédio,

causando incômodo ao vizinho.

(21)

Limitações legais à propriedade similares à servidão árvores limítrofes – a árvore tem seu tronco na linha divisória

• Pela redação do art. 1.282 do CC há presunção de que a árvore pertence em comum aos proprietários.

• Há presunção juris tantum, ou seja, admite prova em contrário.

• Trata-se de “árvore meia”: cada vizinho é dono de

partes iguais. Há um condomínio necessário.

(22)

Limitações legais à propriedade similares à servidão – árvores limítrofes – a árvore tem seu tronco na linha divisória

• Cada proprietário poderá podar a árvore, desde que seja preservada.

• Os donos não poderão cortá-la sem anuência do outro.

• Serão comuns as despesas com o corte ou colheita.

(23)

Limitações legais à propriedade similares à servidão – árvores limítrofes – a árvore tem seu tronco na linha divisória

• A norma não se aplica ao corte de árvore que pertence ao bem público, o que caracteriza crime de dano (art.

163, parágrafo único, III do CP)

(24)

Limitações legais à propriedade similares à servidão – árvores limítrofes – os frutos da árvore caem no terreno vizinho

Art. 1.284. Os frutos caídos de árvore do terreno

vizinho pertencem ao dono do solo onde caíram, se

este for de propriedade particular.

(25)

Limitações legais à propriedade similares à servidão – árvores limítrofes – os frutos da árvore caem no terreno vizinho

• Caso pendentes os frutos, pertencem ao dono da árvore, mas se tombarem no terreno vizinho a ele pertencerão.

• Caso os frutos tombem em terreno público, o

proprietário da árvore conserva a propriedade dos

frutos caídos.

(26)

Limitações legais à propriedade similares à servidão – árvores limítrofes – as raízes e os ramos ultrapassam os limites do prédio, causando incômodo

• O proprietário do prédio vizinho poderá cortá-la até o plano vertical divisório.

• O locatário não poderá cortar ramos de árvores que ultrapassem os limites.

• O dono do terreno invadido pelos galhos não precisa

avisar que irá apará-la.

(27)

Limitações legais à propriedade similares à servidão – árvores limítrofes – as raízes e os ramos ultrapassam os limites do prédio, causando incômodo

• O exercício do direito de corte não está condicionado à prova do prejuízo ou da lesão.

• A fornecedora de energia elétrica poderá cortar galhos

de árvores no interior de propriedade.

(28)

Limitações legais à propriedade similares à servidão da passagem forçada

Art. 1.285. O dono do prédio que não tiver acesso a via pública, nascente ou porto, pode, mediante pagamento de indenização cabal, constranger o vizinho a lhe dar passagem, cujo rumo será judicialmente fixado, se necessário.

§ 1

o

Sofrerá o constrangimento o vizinho cujo imóvel

mais natural e facilmente se prestar à passagem.

(29)

Limitações legais à propriedade similares à servidão da passagem forçada

 Requisitos para a caracterização da passagem forçada:

1) Que o imóvel encravado se ache, realmente, sem acesso a via pública, nascente ou porto;

• o encravamento há de ser absoluto (regra relativizada);

• funda-se no princípio de solidariedade social e na

função econômico-social.

(30)

Limitações legais à propriedade similares à servidão da passagem forçada

2) Que o imóvel esteja naturalmente encravado.

• aquele que provoca o encravamento, voluntariamente, não poderá exigir a passagem forçada do vizinho;

• aquele que aliena parcialmente imóvel poderá exigir

passagem forçada de quem o adquiriu;

(31)

Limitações legais à propriedade similares à servidão da passagem forçada

Art. 1.285.

§ 2

o

Se ocorrer alienação parcial do prédio, de modo que uma das partes perca o acesso a via pública, nascente ou porto, o proprietário da outra deve tolerar a passagem.

§ 3

o

Aplica-se o disposto no parágrafo antecedente ainda

quando, antes da alienação, existia passagem através de

imóvel vizinho, não estando o proprietário deste

constrangido, depois, a dar uma outra.

(32)

Limitações legais à propriedade similares à servidão da passagem forçada

3) Que o proprietário do prédio por onde se estabeleceu a passagem receba uma indenização.

• o direito à passagem é oneroso e não gratuito;

• concedida a passagem, ela deverá ser exercida, pois o não uso, por 10 anos, pode acarretar sua perda (art.

1.389, III, CC);

• Poderá ser readquirida.

(33)

Limitações legais à propriedade similares à servidão diferença entre passagem forçada e servidão

Passagem forçada

• Instituto de direito de vizinhança;

basta o encravamento do prédio;

• É compulsória, deriva da lei e do interesse social ;

• Há pagamento de indenização ao imóvel serviente;

• Não está sujeita à prescrição aquisitiva;

• Ação de passagem forçada.

Servidão

• Direito real de gozo ou fruição, depende da vontade das partes;

• São facultativas, depende de convenção entre as partes;

• Somente haverá indenização se houver acordo entre os donos;

• Pode ser adquirido por usucapião.

• Ação confessória

.

(34)

Limitações legais à propriedade similares à servidão da passagem de cabos e tubulações

Art. 1.286. Mediante recebimento de indenização que atenda, também, à desvalorização da área remanescente, o proprietário é obrigado a tolerar a passagem, através de seu imóvel, de cabos, tubulações e outros condutos subterrâneos de serviços de utilidade pública, em proveito de proprietários vizinhos, quando de outro modo for impossível ou excessivamente onerosa.

Parágrafo único. O proprietário prejudicado pode exigir que a

instalação seja feita de modo menos gravoso ao prédio onerado, bem

como, depois, seja removida, à sua custa, para outro local do imóvel.

(35)

Limitações legais à propriedade similares à servidão da passagem de cabos e tubulações

Art. 1.287. Se as instalações oferecerem grave risco, será

facultado ao proprietário do prédio onerado exigir a realização de

obras de segurança.

(36)

Limitações legais à propriedade similares à servidão das águas

Art. 1.288. O dono ou o possuidor do prédio inferior é

obrigado a receber as águas que correm naturalmente do

superior, não podendo realizar obras que embaracem o

seu fluxo; porém a condição natural e anterior do prédio

inferior não pode ser agravada por obras feitas pelo dono

ou possuidor do prédio superior.

(37)

Restrições oriundas das relações de contiguidade entre dois imóveis

• Dos limites entre prédios;

• Direito de tapagem;

• Direito de construir.

(38)

Restrições oriundas das relações de contiguidade entre dois imóveis dos limites entre prédios

Art. 1.297. O proprietário tem direito a cercar, murar,

valar ou tapar de qualquer modo o seu prédio, urbano ou

rural, e pode constranger o seu confinante a proceder

com ele à demarcação entre os dois prédios, a aviventar

rumos apagados e a renovar marcos destruídos ou

arruinados, repartindo-se proporcionalmente entre os

interessados as respectivas despesas. (Grifamos)

(39)

Restrições oriundas das relações de contiguidade entre dois imóveis dos limites entre prédios

• O legitimado pode ajuizar ação demarcatória que é imprescritível e irrenunciável;

• Objetivos da ação demarcatória (art. 946, I, CPC): fixar rumos novos e aviventar os já existentes.

• Há duas espécies de ação demarcatória: a simples e a

qualificada.

(40)

Restrições oriundas das relações de contiguidade entre dois imóveis dos limites entre prédios

• Ação demarcatória simples: sinalização de limites;

• Ação demarcatória qualificada: fixação de limites e

restituição de glebas.

(41)

Restrições oriundas das relações de contiguidade entre dois imóveis do direito de tapagem

 Art. 1.297, 1ª parte, CC;

• Inequívoco o direito do proprietário de tapar o prédio, bem como de seu vizinho;

• Concurso necessário de ambos para as obras.

(42)

Restrições oriundas das relações de contiguidade entre dois imóveis do direito de tapagem

 Princípios:

• Presume-se que os tapumes divisórios entre propriedades confinantes sejam comuns; há presunção juris tantum.

• Despesas de tapagem entre prédios confinantes são

comuns;

(43)

Restrições oriundas das relações de contiguidade entre dois imóveis do direito de tapagem

• A obrigação de construir tapumes especiais para

cercar a propriedade para deter nos seus limites aves,

animais de pequeno porte e outros fins, pode ser

exigida de quem provocou a necessidade da

construção deles, pelo proprietário, que não está

obrigado a concorrer para as despesas (art. 1.297, §

3º, CC)

(44)

Restrições oriundas das relações de contiguidade entre dois imóveis do direito de tapagem

• Não há direito de criar em aberto aqueles animais;

• Não exorbita seu direito o proprietário que colocar ofendículas;

• Crime de alteração de limites: art. 161, CP.

(45)

Restrições oriundas das relações de contiguidade entre dois imóveis do direito de construir

Art. 1.299. O proprietário pode levantar em seu terreno as construções que lhe aprouver, salvo o direito dos vizinhos e os regulamentos administrativos.

Ex.: proíbe a construção de casas de taipa, fábricas em

zonas residenciais; demolição de prédios históricos, etc.

(46)

Restrições oriundas das relações de contiguidade entre dois imóveis do direito de construir

Art. 1.301. É defeso abrir janelas, ou fazer eirado, terraço

ou varanda, a menos de metro e meio do terreno vizinho.

(47)

Restrições oriundas das relações de contiguidade entre dois imóveis do direito de construir

Estilicídio

Art. 1.302. O proprietário pode, no lapso de ano e dia após a conclusão da obra, exigir que se desfaça janela, sacada, terraço ou goteira sobre o seu prédio; escoado o prazo, não poderá, por sua vez, edificar sem atender ao disposto no artigo antecedente, nem impedir, ou dificultar, o escoamento das águas da goteira, com prejuízo para o prédio vizinho.

Parágrafo único. Em se tratando de vãos, ou aberturas para luz,

seja qual for a quantidade, altura e disposição, o vizinho poderá, a

todo tempo, levantar a sua edificação, ou contramuro, ainda que

lhes vede a claridade. (Grifamos)

(48)

Restrições oriundas das relações de contiguidade entre dois imóveis do direito de construir

Art. 1.303. Na zona rural, não será permitido levantar

edificações a menos de três metros do terreno vizinho.

(49)

Restrições oriundas das relações de contiguidade entre dois imóveis do direito de construir

Art. 1.306. O condômino da parede-meia pode utilizá-la

até ao meio da espessura, não pondo em risco a

segurança ou a separação dos dois prédios, e avisando

previamente o outro condômino das obras que ali

tenciona fazer; não pode sem consentimento do outro,

fazer, na parede-meia, armários, ou obras semelhantes,

correspondendo a outras, da mesma natureza, já feitas

do lado oposto. (Grifamos)

(50)

Restrições oriundas das relações de contiguidade entre dois imóveis do direito de construir

Alteamento

Art. 1.307. Qualquer dos confinantes pode altear a

parede divisória, se necessário reconstruindo-a, para

suportar o alteamento; arcará com todas as despesas,

inclusive de conservação, ou com metade, se o vizinho

adquirir meação também na parte aumentada.

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