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O ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO DO CURSO DE GEOGRAFIA NO CAMPUS I UNEAL

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Academic year: 2021

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Maria do Carmo Duarte de Freitas Professora Auxiliar da Universidade Estadual de Alagoas – UNEAL Professora.mcdf@gmail.com

O ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO DO CURSO DE GEOGRAFIA NO CAMPUS I – UNEAL

INTRODUÇÃO

O presente trabalho discute o Estágio Curricular Supervisionado do Curso de Geografia, no Campus I da Universidade Estadual de Alagoas – UNEAL, situado na Cidade de Arapiraca – AL, tem como objetivo conduzir o aluno a compreender que ele é e será o sujeito protagonista desse processo, tendo como desafio na sua ação a reação do outro que é uma sala de aula. Dessa forma, subsidiando os alunos da escola campo de estágio com anseios e necessidades distintas sociais, culturais, econômicas e educacionais, bem como, os desejos do próprio estagiário.

O próprio estagiário quando discente do curso de Geografia ao chegar ao 6º período já começa o seu estágio, e, ainda, não desenvolveu em si o compromisso com as disciplinas que fortalecem a construção da sua formação docente. Assim, considera o estagio mera atividade Curricular de observação de uma escola e de dar aulas de Geografia cumprindo apenas a carga horária.

Entretanto, a certeza maior é que este será apenas um professor que aprende a lidar com os conteúdos da disciplina, surgindo um profissional revoltado e “reclamão” com os livros didáticos, condição de trabalho, com os alunos que não querem estudar, que faltam e outros casos. Portanto, este é aquele aluno que muitas vezes está no curso de Geografia sem ter a menor identificação, ou, entrou no curso por falta de opção não busca construir na sua formação de professor de Geografia com visão ampla reflexiva e critica.

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Basta salientar que este se projeta como educador de uma sociedade complexa e desumanizada. O Estágio Curricular Supervisionado de Geografia tem como objetivo inserir e direcionar no contexto da formação do educando, como: postura, conhecimento, ética e seu papel social, que o professor de Geografia enquanto ciência no envolvimento do ensino da sala de aula deve refletir, sobre: o que? A quem? Como? E por que ensinar? Reflexão constante na práxis do professor de Geografia. Nas estratégias é referente como o aluno estagiário executa as etapas do estágio que está dividido em três etapas: estágio I, II e III.

O primeiro é destinado às orientações e observações uma parte na sala de aula, preparando aluno para o estágio de campo este fará a observação in loco da prática docente em toda escola campo estágio voltando à sala com seus questionamentos e sempre que surgir dificuldades a professora está no apoio reorientando-o.

Na segunda e terceira etapa, o estagiário volta à escola campo de estágio com uma carga horária planejada tanto pela professora de estágio como pelo professor regente da escola campo, e, este irá para regência sendo avaliado pela escola, pelo professor supervisor do estágio, através de um relatório final e/ou de um artigo.

METODOLOGIA EMPREGADA

Assim, a metodologia usada foi estudos de vários documentários trabalhados com os estágios, técnicas e instrumentos como: roteiros de observação, portfólios e questionários. O tipo de pesquisa é de campo e estudo de caso. Após estudos de pareceres, normas sobre o Estágio Curricular Supervisionado originou-se na IES um Fórum Permanente de estudos que visa à formação nas áreas de Licenciatura e Bacharelado como profissionais capacitados para mercado de trabalho, por meio dos plantões de estágios constantes nos campi.

LICENCIATURA E BACHARELADO NA PERSPECTIVA DO ALUNO E O COMPROMETIMENTO COM O ESTÁGIO

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Corriqueiramente os universitários ao optarem por um curso de nível superior tende a escolher as áreas mais nobres como primeira opção para a escolha de sua profissão. Isso é apenas um fato que se observa desde as cadeiras do ensino básico. Onde os alunos pouco visam as licenciaturas.

O presente fato, trás como consequência alunos que passa a fazer os cursos voltados para o magistério como uma segunda opção e inicia um conflito de interesses internos e externos com relação a sua escolha.

É comum alguns discentes atuarem com maior convicção na pesquisa e extensão pouco se preocupando com as questões que envolvem o ensino e principalmente as disciplinas pedagógicas, sendo evidenciado tal fato somente a partir do Estágio Curricular Supervisionado.

De acordo PASSINI (2013), que traz uma preocupação com o Estágio Curricular Supervisionado em que se refere ao aluno estagiário sem ainda ter tomado uma decisão de ser estudante de um curso de bacharelado ou, tomar consciência se, seu curso é uma licenciatura, com outros valores e adequações.

Estes começam a sentirem dificuldades e colocarem em xeque suas escolhas, surgindo, portanto, as reclamações, a desvalorização do estágio e das disciplinas pedagógicas. E ainda, achando que o estágio é só um requesito para cumprir uma carga horária e pronto. O professor de Estágio todo semestre tem o mesmo trabalho de repetir todas as normas que rege o Estágio, assim:

[...] o dever de formar professores profissionais e pesquisadores comprometidos com a cientificidade da Geografia escolar. Esse profissional precisa entender os caminhos do desvendamento do conhecimento construído pelo aluno e ajudá-lo a desenvolver o método científico de investigação, a discutir pontos de vista divergentes, a trabalhar como cientista, com pensamento analítico de uma informação seletiva e aprofundada. (PASSINI, 2013, p.43) De acordo com o pensamento acima citado, demonstra-se uma preocupação com o discente de Geografia, pois o mesmo precisa aprender e compreender que

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estes também podem e devem tornar-se pesquisadores. O aluno necessita entender que não há profissional comprometido que não pesquise, não há profissional de qualidade que não faça um bom investimento na sua carreira e se ele não abraçar a profissão outrora escolhida, não terá êxito na sua vida profissional fora dos muros da academia.

DESAFIO PARA O PROFESSOR DE ESTÁGIO

O maior desafio para o professor de Estágio Curricular Supervisionado é conhecer os seus alunos. Quem são os estagiários que estão chegando no sexto período? Como eles veem o Estágio? São estudos reflexivos da professora supervisora de Estágio da Uneal Campus I, junta aos demais professores dos cursos do Campus e do demais Campi da Universidade em questão por meio dos plantões pedagógicos, no Fórum de Estágio Permanente, uns cooperando com os colegas professores.

Portanto, LIMA (2012), demonstra em sua obra “Estágio e Aprendizagem da profissão docente” uma preocupação no que se refere ao Estágio e como ele vem sendo trabalhado nos cursos de licenciaturas e também com a aprendizagem e a formação do aluno buscando despertar a consciência de comprometimento profissional, formando a sua própria identidade, no pensamento:

Acreditamos que o Estágio Supervisionado, como instrumento pedagógico conectivo, tem a função de interligar a teoria e a prática, se constitui como eixo da formação através da pesquisa. Este entendimento instigou a reflexão sobre o espaço do Estágio nas práticas pedagógicas dos professores e nas suas lembranças de profissão e formação. (LIMA, 2012, p.38/39)

O papel do Estágio Curricular Supervisionado no pensamento da autora acima citada é por em prática todas as teorias e construir o seu espaço profissional, pois, ninguém nasce professor, nem se faz docente em forma de mágica, muito menos passa a ser um bom professor só porque não há outra escolha.

O educador comprometido não nasce pronto, todos os dias, se aprende novas práticas, metodologias, pesquisas e novos desafios nessa construção profissional docente, como também

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favorece no autoconhecimento e estrutura fundamentada no apreender na formação dos saberes e com isso a consolidação de sua escolha.

O professor de Estágio troca essa aprendizagem com os discentes estagiários a partir das orientações no desenvolvimento de material para os primeiros passos das atividades que venham a serem desenvolvidas na escola campo e dentro do meio acadêmico, na organização dos conteúdos, na orientação dos relatórios, na construção dos portfólios, no acompanhamento do Estágio de regência nas escolas campo, no relacionamento com os professores regentes, coordenadores de apoio da escola campo.

As parcerias do professor de Estágio são as escolas campo, as secretarias dos municípios, as CRES ( Coordenadorias Regionais de Ensino) e os colegas dos outros cursos, tanto das licenciaturas como os bacharelados. FREIRE (2000), defende que só os humanos tem a magia, de aprender e ensinar com a essência humana levando em consideração sua existência histórica e social.

OS TRAÇADOS PELO FORÚM PERMANENTE DE ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO DA UNEAL E SUA ATUAÇÃO NO CURSO DE GEOGRAFIA DO CAMPUS I DA UNEAL.

Os alunos do curso de Geografia do Campus I da Universidade Estadual de Alagoas – UNEAL, começam o Estágio Curricular Supervisionado a partir do 6º período de acordo com a matriz curricular e (Projeto Político do Curso) - PPC do curso de Geografia, assim a carga horária de 100 horas aulas no 6º período, 150 h/a no 7º período e 150 h/a no 8º período.

É nesse momento que o discente começa a visualizar a Educação como:

[...] um processo de humanização. Ou seja, é processo pelo qual se possibilita que os seres humanos se insiram na sociedade humana, historicamente construída e em construção. Sociedade que é rica em avanços

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civilizatórios e, em decorrência, apresenta imensos problemas de desigualdade social, econômica e cultural. De valores. De finalidades. [...] (PIMENTA;

ANASTASIOU, 2010, p.97)

Os valores e finalidade do curso estarão é constante discussão devido aos elementos de cunho econômico, social e principalmente pela desigualdade como trata os problemas que envolvem o ensino e aprendizagem.

É no primeiro Estágio que os alunos iniciam sua incursão aos caminhos pedagógicos, pois, é destinado às orientações e observações in loco na escola campo de Estágio, parte da carga horária em sala de aula recebendo as instruções necessárias para o exercício do Estágio e as demais o discente faz um reconhecimento em toda a escola, visitando do pátio da instituição de ensino a ser trabalhada até a sala do diretor fazendo suas indagações. Sendo aluno do curso de Geografia ainda, neste Estágio fará um estudo do espaço geográfico das salas de aula e nos demais espaços de toda a escola.

Voltando à sala os estagiários trazem muitas indagações, dúvidas, além de uma aprendizagem única. Uns acabam por perder o medo de assumir a licenciatura, assustados com a realidade chegando até a adiar o Estágio e em alguns casos desistem do curso, outros realizam sonhos e se identificam com a profissão. É no retorno que o aluno apresenta todas as informações obtidas na escola ao professor de estágio que dá o suporte e reorienta por meio dos portfolios e dos questionários aplicados, em conjunto com outros instrumentos avaliativos.

No estágio Curricular II e III, o aluno estagiário volta á escola campo de Estágio para a regência. No II cumpre a carga horária no Ensino Fundamental II (6º ao 9º ano), participando dos projetos da escola, planejamento e outros, mas, sempre acompanhados pelo professor regente das salas que eles fazem seus Estágios. A escola acompanha o aluno através da frequência e duas pequenas avaliações uma do coordenador da escola e outra do professor regente.

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O estagiário no termino dessa etapa entrega um relatório final ao professor de estágio que esteve sempre acompanhando através da escola campo, em visitar e também no apoio da UNEAL através de plantões na sala de estágio ou, na própria sala que o professor de estágio uma vez por semana está para a orientação.

No Estágio Curricular Supervisionado III, o aluno estagiário tem os mesmos passos do estágio II, sendo que, a regência é no Ensino Médio (do 1º ao 3º ano), e no lugar do relatório o discente entrega um artigo ou um relatório, fazendo um apanhado de todos os estágios, o estagiário está no último período do curso de Geografia, passando a refletir mais acerca das situações encontradas e principalmente, já tem em mente a forma que irá conduzir a sua vida como professor.

A ausência de uma reflexão mais vigorosa acumulada acerca do ensino de geografia em si – poder-se-ia dizer uma pedagogia da geografia renovada – aparece como um primeiro indicador. É interessante assinalar que, nesse sentido, a prática da maioria dos geógrafos fica a descoberto de questionamentos teóricos. O que redunda num gradual afastamento. As praticas questionadas na discussão universitária acabam estranhas ao cotidiano do professor. (MORAES, 2014, p. 119-120)

Para evitar essa ausência e posteriormente a defasagem do currículo universitário, o Estagio Curricular Supervisionado do Campus I da UNEAL, passa a trabalhar em parceria com os demais cursos da Instituição de Ensino Superior – IES, em analise, a fim de garantir o preparo dos discentes tanto em termos acadêmicos quanto com relação ao mercado de trabalho da região e demais áreas.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

As reflexões sobre o Estágio Curricular Supervisionado do curso de Geografia da UNEAL Campus I estão alicerçadas no fato de que alunos e professora há muito estudam novos meios para que resgate nos discentes prazeres na construção da profissão com responsabilidade, buscando novos rumos.

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É necessário ressaltar que o aluno do curso de Geografia tem em sua matriz curricular as disciplinas de especificas nos primeiros períodos, ou seja, do 1º período até o até o 4º período discente é instruído com as disciplinas que são especificas do curso de Geografia. Somente a partir do 5º período que as disciplinas pedagógicas são incorporadas as suas atividades acadêmicas.

No 6º período ao chegar para o Estágio consciente que não faz um bacharelado, e que o Estágio é uma atividade curricular obrigatório onde devem expor além do brilhantismo acadêmico a sua metodologia de pesquisa e didática adquirida em teoria passando a ter no laboratório a pratica, ou seja, uma vivencia que gera a aprendizagem e dentro da pesquisa.

O estagiário é o pesquisador que é o sujeito da sua própria pesquisa, cabendo a ele a escolha da problemática bem como a forma que abordará na culminância de seu Estágio (o artigo cientifico, elaborado em cima de um relatório que trás toda a sua experiência no período do Estágio Curricular Supervisionado).

Portanto, sugere-se que os artigos elaborados por esse alunos sejam expostos não apenas no Fórum de Estagio, mas também em outros eventos voltados à discussão da Educação Brasileira e sua atual situação, embora seja um desafio para os alunos do curso de Geografia colocar no Estágio Curricular Supervisionado toda aprendizagem adquirida nesse processo.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ALBUQUERQUE, Maria Adailza Martins de; FERREIRA, Joseane Abílio de Sousa. FORMAÇÃO, PESQUISA E PRÁTICAS DOCENTES: reformas curriculares em questão. João Pessoa: PB, Editora Mídia, 2013.

DEMO, Pedro. Professor do futuro e reconstrução do conhecimento. Rio de Janeiro: Vozes, 2004.

LIMA, Maria Socorro Lucena. Estágio e aprendizagem da profissão da profissão docente. Brasília: Liber Livro, 2012.

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FILIZOLA, Roberto. Didática da Geografia: proposições metodológicas e conteúdos entrelaçados com a avaliação. Curitiba: Base Editorial, 2009.

FREIRE, Paulo. Política e Educação. 4. ed. São Paulo: Cortez, 2000.

MORAES, Antonio Carlos Robert. Renovação da Geografia e Filosofia da Educação. In: OLIVEIRA, Ariovaldo Umbelino de (org). Para onde vai o Ensino de Geografia? 10ª ed. Contexto: São Paulo, 2014. (Coleção Repensando o Ensino).

PIMENTA, Selma Garrido; ANASTASIOU, Léa das Graças Camargos. Docência no ensino superior. 4.ed. São Paulo: Cortez, 2010.

PONTUSCHKA, Nídia Nacid. Para ensinar e aprender geografia. 3.ed. São Paulo:

Cortez, 2009.

PASSINI, Elza Yasuko. Prática de ensino de geografia e estágio supervisionado.

2. ed. São Paulo: Contexto, 2013.

TEIXEIRA, Anísio. Pequena introdução à filosofia da educação. 6.ed. Rio de Janeiro: DP&A, 2000.

______________. Educação no Brasil. 4ª ed. Rio de Janeiro: Editora UFRJ, 2011.

(coleção Anísio Teixeira; v. 8).

VESENTINI, José William (org). Geografia e ensino: Textos críticos. 4. ed. São Paulo: Papirus, 1995.

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