PREFEITURA MUNICIPAL DE TIMBÓ EDITAL DE PROCESSO SELETIVO PÚBLICO SIMPLIFICADO 010/2016 SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO

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INSTRUÇÕES PARA PREENCHIMENTO DO CARTÃO-RESPOSTA

MARQUE ASSIM: NUNCA MARQUE ASSIM:

PREFEITURA MUNICIPAL DE TIMBÓ

EDITAL DE PROCESSO SELETIVO

PÚBLICO SIMPLIFICADO 010/2016

SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO

Cargo: PROFESSOR – LÍNGUA PORTUGUESA –

PARA PRÉ-ESCOLAR E ENSINO FUNDAMENTAL

INSTRUÇÕES

 Nesta prova, você encontrará:

5 (cinco) questões de Legislação – LDB;

15 (quinze) questões de Conhecimentos Específicos.

 Você está recebendo um Caderno com um total de 20 (vinte) questões do tipo múltipla

escolha, uma Folha Intermediária de Respostas e um Cartão-Resposta.

 Leia atentamente todas as questões e assinale a alternativa que julgar correta ou mais

adequada. Lembre-se de que, para cada questão, existe apenas uma alternativa corre-

ta.

 Utilize a Folha Intermediária de Respostas para registrar as alternativas escolhidas.

Essa folha ficará em seu poder para conferência com o gabarito a ser publicado.

 Depois de preencher a Folha Intermediária de Res-

postas, transcreva as alternativas escolhidas para o

Cartão-Resposta, preenchendo, forte e completa-

mente, a bolha com caneta esferográfica azul-escura

ou preta. Não faça outro tipo de marca na bolha nem

utilize outro tipo de caneta.

 No Caderno de Questões, você poderá fazer as anotações de que necessitar.

 O Cartão-Resposta e o Caderno de Questões serão devolvidos ao fiscal.

 Assine e date, no verso, o Cartão-Resposta.

 Você não poderá sair da sala de prova antes de transcorrida 1 (uma) hora.

 Os três últimos candidatos permanecerão na sala até o término das provas.

 Duração da Prova: 3h30min.

AGUARDE A ORDEM PARA ABRIR ESTE CADERNO DE QUESTÕES

Nome Legível do Candidato Assinatura do Candidato

Timbó, 20 de novembro de 2016.

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QUESTÕES DE LEGISLAÇÃO – LDB

1- A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) reza que a educação escolar deverá vincular-se ao mundo do trabalho e à prática social. Assim, analise os processos abaixo e escreva V diante do(s) que a edu- cação abrange e F, diante do(s) que não abrange:

( ) Processos formativos que se desenvolvem na família.

( ) Processos formativos que se desenvolvem na convivência humana. ( ) Processos formativos que se desenvolvem no trabalho.

( ) Apenas processos formativos que se desenvolvem na escola.

( ) Processos formativos que se desenvolvem por meio da educação formal e informal. Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta:

(A) V – V – V – V – V. (B) V – V – V – V – F. (C) V – V – V – F – V. (D) F – V – V – V – F. (E) F – F – F – V – V.

2- A educação é dever da família e do Estado, devendo ser inspirada nos princípios de liberdade e nos ideais de solidariedade humana. Considerando o dever do Estado, assinale a alternativa correta:

(A) O dever do Estado com educação escolar pública deve ser efetivado mediante a gratuidade em todos os níveis da educação nacional.

(B) O ensino será ministrado com base na existência restrita de instituições públicas de ensino.

(C) O dever do Estado inclui a oferta de educação básica obrigatória e gratuita dos 4 (quatro) aos 17 (dezes- sete) anos de idade, organizada da seguinte forma: pré-escola, ensino fundamental e ensino médio. (D) O dever o Estado será efetivado mediante a garantia de atendimento gratuito em creches e pré-escolas às

crianças de zero a seis anos de idade.

(E) O Estado garantirá atendimento ao educando exclusivamente no ensino fundamental público, por meio de programas suplementares de material didático-escolar, transporte, alimentação e assistência à saúde.

3- À luz da LDB, analise as incumbências abaixo e identifique as que são atribuídas aos docentes: I- Colaborar com as atividades de articulação da escola com as famílias e a comunidade. II- Participar da elaboração da proposta pedagógica do estabelecimento de ensino. III- Assegurar o cumprimento dos dias letivos e horas-aula estabelecidas.

IV- Estabelecer estratégias de recuperação para os alunos de menor rendimento. V- Zelar pela aprendizagem dos alunos.

Assinale a alternativa correta:

(A) Apenas as incumbências I, II e III são atribuídas aos docentes. (B) Apenas as incumbências I e III são atribuídas aos docentes. (C) Apenas as incumbências I e IV são atribuídas aos docentes. (D) Apenas as incumbências I, II, IV e V são atribuídas aos docentes. (E) Apenas as incumbências IV e V são atribuídas aos docentes.

4- Com base na LDB, analise as afirmativas abaixo e identifique a(s) correta(s):

I- São consideradas funções de magistério as exercidas por professores e especialistas em educação no desempenho de atividades educativas, quando exercidas em estabelecimento de educação básica em seus diversos níveis e modalidades, incluídas, além do exercício da docência, as de direção de unidade escolar e as de coordenação e assessoramento pedagógico.

II- A formação de docentes para atuar na educação básica far-se-á em nível superior, em curso de licenciatu- ra, de graduação plena, em universidades e institutos superiores de educação, admitida, como formação mínima para o exercício do magistério na educação infantil e nos 5 (cinco) primeiros anos do ensino fundamental, a oferecida em nível médio na modalidade normal.

III- Período reservado a estudos, planejamento e avaliação, incluído na carga de trabalho, deverá ser assegurado, pelos Sistemas de Ensino, nos termos dos estatutos e dos planos de carreira do magistério público. Assinale a alternativa correta:

(A) Apenas a afirmativa I está correta. (B) As afirmativas I, II e III estão corretas. (C) Apenas a afirmativa III está correta.

(D) Apenas as afirmativas II e III estão corretas. (E) Apenas as afirmativas I e III estão corretas.

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5- Em relação aos preceitos da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, assinale a alternativa correta: (A) Nos estabelecimentos de ensino fundamental e de ensino médio, públicos e privados, torna-se obrigatório

o estudo da história e cultura afro-brasileira e indígena.

(B) A partir de 2016, os sistemas de ensino são obrigados a desdobrar o ensino fundamental em ciclos. (C) A educação física, integrada à proposta pedagógica da escola, é componente curricular obrigatório da

educação infantil e do ensino fundamental, sendo sua prática obrigatória ao aluno.

(D) O ensino fundamental tem como principal finalidade a formação ética e o desenvolvimento da autonomia intelectual e do pensamento crítico.

(E) No currículo do ensino fundamental, será ofertada a língua inglesa a partir do quinto ano.

QUESTÕES DE CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

Leia atentamente o texto a seguir, pois ele serve de base para as questões de 1 a 12. Os parágrafos estão numerados de 1 a 10.

A complicada arte de ver

Rubem Alves 1 Ela entrou, deitou-se no divã e disse: “Acho que estou ficando louca”. Eu fiquei em silêncio aguardando que ela me revelasse os sinais da sua loucura. “Um dos meus prazeres é cozinhar. Vou para a cozinha, corto as cebolas, os tomates, os pimentões – é uma alegria! Aconteceu, entretanto, faz uns dias, eu fui para a cozinha para fazer aquilo que já fizera centenas de vezes: cortar cebolas. Ato banal sem surpresas. Mas, cortada a cebola, eu olhei para ela e tive um susto. Percebi que nunca havia visto uma cebola. Aqueles anéis perfeitamente ajustados, a luz se refletindo neles: tive a impressão de estar vendo a rosácea de um vitral de catedral gótica. De repente a cebola, de objeto a ser comido, se transformou em obra de arte para ser vista! E o pior é que o mesmo aconteceu quando cortei os tomates, os pimentões... Agora tudo o que vejo me causa espanto...”

2 Ela se calou, esperando o meu diagnóstico. Eu me levantei, fui à estante de livros e de lá retirei as “Odes Elementales”, de Pablo Neruda. Procurei a “Ode à cebola” e lhe disse: “Essa perturbação ocular que a acometeu é comum entre os poetas. Veja o que Neruda disse de uma cebola igual àquela que lhe causou assombro: ‘...rosa de água com escamas de cristal...’ Não, você não está louca. Você ganhou olhos de poeta... Os poetas ensinam a ver.”

3 Ver é muito complicado. Isso é estranho porque os olhos, de todos os órgãos dos sentidos, são os de mais fácil compreensão científica. A sua física é idêntica à física óptica de uma máquina fotográfica: o objeto do lado de fora aparece refletido do lado de dentro. Mas existe algo na visão que não pertence à física.

4 William Blake sabia disso e afirmou: “A árvore que o sábio vê não é a mesma árvore que o tolo vê”. Sei isso por experiência própria. Quando vejo os ipês floridos, sinto-me como Moisés diante da sarça ardente*: ali está uma epifania do sagrado. Mas uma mulher que vivia perto da minha casa decretou a morte de um ipê que flores- cia à frente de sua casa, porque ele sujava o chão, dava muito trabalho para a sua vassoura. Seus olhos não viam a beleza. Só viam o lixo.

5 A Adélia Prado diz: “Deus de vez em quando me tira a poesia. Olho para uma pedra e vejo uma pedra”. O Drummond viu uma pedra e não viu uma pedra. A pedra que ele viu virou poema.

6 Há muitas pessoas de visão perfeita que nada veem. “Não é bastante não ser cego para ver as árvores e as flores. Não basta abrir a janela para ver os campos e os rios”, escreveu Alberto Caeiro. O ato de ver não é coi- sa natural. Precisa ser aprendido. Nietzsche sabia disso e afirmou que a primeira tarefa da educação era ensinar a ver. O Zen Budismo concorda e toda a sua espiritualidade é uma busca da experiência chamada “satori”, a abertu- ra do “terceiro olho”. Não sei se Cummings se inspirava no Zen Budismo, mas o fato é que escreveu: “Agora os ouvidos dos meus ouvidos acordaram e agora os olhos dos meus olhos se abriram...”

7 Há um poema no Novo Testamento que relata a caminhada de dois discípulos na companhia de Jesus Ressuscitado. Mas eles não o reconheciam. Reconheceram-no subitamente: ao partir do pão “os seus olhos se abriram”. Vinícius de Moraes adota o mesmo mote no “Operário em Construção”: “De forma que, certo dia, ao cortar o pão, o operário foi tomado de uma súbita emoção ao constatar assombrado que tudo naquela mesa – garrafa, prato, facão – era ele quem fazia, ele, um humilde operário, um operário em construção”.

8 A diferença se encontra no lugar onde os olhos são guardados. Se os olhos estão na Caixa de Ferramen- tas eles são apenas ferramentas que usamos por sua função prática. Com eles vemos objetos, sinais luminosos, nomes de ruas – e ajustamos a nossa ação. O ver se subordina ao fazer. Isso é necessário. Mas é muito pobre. Os olhos não gozam... Mas, quando os olhos estão na Caixa dos Brinquedos, eles se transformam em órgãos de prazer: brincam com o que veem, olham pelo prazer de olhar, querem fazer amor com o mundo.

9 Os olhos que moram na Caixa de Ferramentas são os olhos dos adultos. Os olhos que moram na Caixa dos Brinquedos são os olhos das crianças. Para ter olhos brincalhões é preciso ter as crianças por nossas mestras. Alberto Caeiro disse haver aprendido a arte de ver com um menininho, Jesus Cristo fugido do céu, tornado outra vez criança, eternamente: “A mim ensinou-me tudo. Ensinou-me a olhar para as coisas. Aponta-me todas as coisas que há nas flores. Mostra-me como as pedras são engraçadas quando a gente as tem na mão e olha de- vagar para elas...”

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10 Por isso, porque eu acho que a primeira função da educação é ensinar a ver, eu gostaria de sugerir que se criasse um novo tipo de professor, um professor que nada teria a ensinar, mas que se dedicaria a apontar para os assombros que crescem nos desvãos da banalidade cotidiana. Como o Jesus Menino do poema do Caeiro. Sua missão seria partejar “olhos vagabundos...”

(Disponível em: www.rubemalves.com.br. Acesso em: 04 nov.2016)

*sarça ardente: sarça em chamas em cuja forma Deus apareceu pela primeira vez a Moisés no monte Horebe.

6- Analise novamente os dois primeiros parágrafos do texto que você acabou de ler e identifique as corretas: I- O texto apresenta a voz do narrador e as vozes das personagens. O narrador inicia o texto com um diá-

logo entre as personagens. Depois disso, argumenta sobre a complicada arte de ver as coisas.

II- Os dois primeiros parágrafos são narrativos: o narrador-personagem conta a história (em primeira pessoa) e dela participa. A visão dos fatos é subjetiva.

III- As falas das personagens são inseridas no texto por meio do discurso direto e sinalizadas por aspas du- plas.

IV- Os locutores “Ela” e “eu” pautaram seu discurso no nível coloquial de linguagem.

V- A caracterização das personagens é indireta: o narrador põe as personagens em ação, cabendo ao leitor traçar o retrato de cada uma após analisar atitudes e/ou falas.

VI- A partir de características mencionadas no texto, é possível identificar as personagens, o que as aflige, quais as suas funções ou seus papéis: “Ela” é a paciente, uma dona de casa; o personagem-narrador (“eu”), um psicanalista.

VII- Os dois primeiros parágrafos são descritivos. O foco narrativo é de 3ª pessoa, o narrador (“Ela”) repro- duz as ações que enxerga a partir de seu ângulo de visão.

VIII- O primeiro parágrafo trata do relato de uma paciente sobre suas vivências recentes. Assinale a alternativa correta:

(A) Apenas as afirmativas I, IV, V, VI, VII estão corretas. (B) Apenas as afirmativas II, III, V, VI e VIII estão corretas. (C) Apenas as afirmativas III, IV e VIII estão corretas. (D) Apenas as afirmativas II, III e VI estão corretas. (E) Apenas as afirmativas I, III, V, VII e VIII estão corretas.

7- Preencha as lacunas das orações abaixo, utilizando corretamente: há, a, as, à, às. Vou ___ cozinha, corto cebolas, tomates. Fui até ___ estante de livros.

Um menininho me ensinou___ ver muitas coisas.

Ele não se referia mais ___ pessoas que cortavam árvores, porque não reconhecia ___ que praticavam tais atos.

Perturbação ocular é igual ___ sensação de desordem ___ qual acomete os poetas. Rubem Alves faleceu ____ cerca de dois anos.

Assinale a alternativa com a sequência correta: (A) à, a, a, às, as, à, a, há.

(B) à, à, há, a, as, a, à, a. (C) a, a, à, à, às, há, a, à. (D) há, à, a, à, a, à, à, a. (E) à, a, à, a, às, à, a, há.

8- Diante de cada afirmativa sobre a “A complicada arte de ver”, escreva V, se for verdadeira, e F, se for falsa: ( ) O texto não apresenta indícios de frases injuntivas.

( ) A voz do narrador se sobrepõe à voz das personagens, o que obscurece o caráter polifônico do texto. ( ) O texto se mostra dialógico porque incorpora diferentes vozes sociais, produzindo efeitos de polifonia

(jogo de vozes no interior do discurso).

( ) Para construir a tessitura do texto, entre outros recursos, o autor lança mão da narrativa de experiência pessoal, de paráfrases e de citações indiretas.

( ) “A complicada arte de ver” remete ao hipertexto, isto é, a um processo intertextual de escrita/leitura, não linear e não hierarquizado, em que há uma série de indicações oferecendo múltiplas leituras em diferentes direções.

A alternativa correta é: (A) V – F – F – V – V. (B) V – V – F – F – F. (C) F – V – V – F – V. (D) F – F – V – V – V. (E) F – F – V – F – V.

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9- Sobre os aspectos linguísticos do texto “A complicada arte de ver”, analise as afirmativas abaixo e, diante de cada uma, escreva V, se for verdadeira, e F, se for falsa:

( ) Em “Vou para a cozinha, corto as cebolas, os tomates, os pimentões – é uma alegria!” (1º parágrafo), as palavras sublinhadas são hipônimas.

( ) Em “[...] tudo naquela mesa – garrafa, prato, facão – era ele quem fazia [...]” (7º parágrafo), o trecho sublinhado se caracteriza como hiperonímia.

( ) Ambos os períodos “Eu me levantei, fui à estante de livros e de lá retirei as ‘Odes Elementales’, de Pa- blo Neruda.” (2º parágrafo) e “Ela entrou, deitou-se no divã e disse: ‘Acho que estou ficando louca’.” (1º parágrafo) são formados somente por três orações coordenadas, cuja ordem reflete a sequência das ações.

( ) Os termos da oração “Um dos meus prazeres é cozinhar.” (1º parágrafo) estão em ordem indireta. O sujeito da oração é “cozinhar”.

( ) Ambas as conjunções “entretanto” e “mas” (1º parágrafo) introduzem, no período a que pertencem, ideia que exprime oposição ou contraste em relação ao período anterior.

Assinale a alternativa com a sequência correta: (A) F – F – V – F – V.

(B) V – V – F – V – F. (C) F – V – F – V – F. (D) V – F – V – V – F. (E) V – V – F – F – V.

10- “A língua permite que seu falante se expresse sendo literal e usando as palavras em seus sentidos comuns, ou sendo criativo e expandindo o horizonte de significado das palavras.” O signo linguístico apresenta varia- ções de significado (denotativo ou conotativo), como se fossem duas formas “de ver as coisas”. Releia com atenção os parágrafos 8 e 9 para associar as expressões do texto à denotação ou à conotação, conforme o caso, numerando a segunda coluna de acordo com a primeira:

Primeira coluna Segunda coluna

1- Denotação ( ) Caixa dos Brinquedos 2- Conotação ( ) Caixa de Ferramentas ( ) os olhos dos adultos ( ) os olhos das crianças ( ) função lúdica ( ) função prática

( ) O ver se subordina ao fazer.

( ) [os olhos] querem fazer amor com o mundo. Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta:

(A) 2 – 1 – 1 – 2 – 2 – 1 – 1 – 2. (B) 1 – 2 – 2 – 1 – 1 – 2 – 2 – 1. (C) 1 – 2 – 2 – 1 – 2 – 1 – 2 – 1. (D) 2 – 2 – 1 – 1 – 2 – 1 – 1 – 2. (E) 2 – 1 – 2 – 1 – 2 – 1 – 1 – 2.

11- Analise estas questões gramaticais referentes ao texto lido e assinale a alternativa correta:

(A) Passando a oração “Há muitas pessoas de visão perfeita que nada veem.” (6º parágrafo) para o pretérito imperfeito do indicativo, temos: Haviam muitas pessoas de visão perfeita que nada viam.

(B) Em “Alberto Caeiro disse haver aprendido a arte de ver com um menininho, Jesus Cristo fugido do céu, tornado outra vez criança [...]” (9º parágrafo), as vírgulas servem para isolar o vocativo.

(C) “Agora” é o operador argumentativo que tem por objetivo encerrar o 1º parágrafo com uma conclusão. (D) Em “Aponta-me todas as coisas que há nas flores.” (9º parágrafo), trocando o verbo “haver” por “existir”,

temos: Aponta-me todas as coisas que existe nas flores.

(E) Há um caso de voz passiva no último parágrafo do texto, em que “se” é a partícula apassivadora.

12- Rubem Alves foi um mestre na quebra de paradigmas ortodoxos na educação. Certa vez, disse: "É preciso criar pessoas que se atrevam a sair das trilhas aprendidas, com coragem de explorar novos caminhos. Pois a ciência construiu-se pela ousadia dos que sonham e o conhecimento é a aventura pelo desconhecido em busca da terra sonhada."

Dos trechos abaixo, qual representa a quebra mais ousada de paradigma na educação? (A) “[...] primeira tarefa da educação era ensinar a ver.” (6º parágrafo)

(B) “Mas existe algo na visão que não pertence à física.” (3º parágrafo) (C) “[...] é preciso ter as crianças por nossas mestras [...]” (9º parágrafo) (D) Ver é “uma epifania do sagrado”. (4º parágrafo)

(E) “Sei isso por experiência própria.” (4º parágrafo)

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13- Releia os parágrafos 3 e 4 do texto:

3 Ver é muito complicado. Isso é estranho porque os olhos, de todos os órgãos dos sentidos, são os de mais fácil compreensão científica. A sua física é idêntica à física óptica de uma máquina fotográfica: o objeto do lado de fora aparece refletido do lado de dentro. Mas existe algo na visão que não pertence à física.

4 William Blake sabia disso e afirmou: “A árvore que o sábio vê não é a mesma árvore que o tolo vê”. Sei isso por experiência própria. Quando vejo os ipês floridos, sinto-me como Moisés diante da sarça ardente*: ali está uma epifania do sagrado. Mas uma mulher que vivia perto da minha casa decretou a morte de um ipê que flores- cia à frente de sua casa, porque ele sujava o chão, dava muito trabalho para a sua vassoura. Seus olhos não viam a beleza. Só viam o lixo.

Analise as afirmativas abaixo sobre os parágrafos 3 e 4 e identifique as corretas:

I- Em “Isso é estranho porque os olhos, de todos os órgãos dos sentidos, são os de mais fácil compreensão científica.” (3º parágrafo), as palavras sublinhadas classificam-se respectivamente como: artigo definido, artigo definido, pronome demonstrativo.

II- No 4º parágrafo, o narrador distingue o olhar do sábio (que inclui William Blake e o próprio narrador) do olhar do tolo (mulher que decretou a morte de um ipê).

III- No 3º e no 4º parágrafo, todos os dois pontos são empregados antes de oração apositiva.

IV- No 4º parágrafo, “Quando”, “como” e “porque” são conectivos que exprimem, respectivamente, circunstân- cia de tempo, comparação e causa.

V- “Epifania” (4º parágrafo) quer dizer “manifestação reveladora”.

VI- No 4º parágrafo, há um exemplo de discurso direto e dois exemplos de discurso indireto.

(A) Apenas as afirmativas II, III e IV estão corretas. (B) Apenas as afirmativas IV, V e VI estão corretas. (C) Apenas as afirmativas I, II, IV e V estão corretas. (D) Apenas as afirmativas II, III, V e VI estão corretas. (E) Apenas as afirmativas I, IV e V estão corretas.

14- Em que alternativa o emprego da regência em ambas as orações está de acordo com a norma culta?

(A) Chegamos à conclusão de que a nossa escola não dá a devida atenção à Caixa de Brinquedos da lingua- gem./ Chegamos a conclusão que a nossa escola não dá a devida atenção a Caixa de Brinquedos da linguagem.

(B) Carregamos uma Caixa de Ferramentas com tudo o que precisamos para resolver questões práticas./ Car- regamos uma Caixa de Ferramentas com tudo de que precisamos para resolver questões práticas.

(C) Lembro de ter lido Wittgenstein, o filósofo, que usava o exemplo da caixa contendo um besouro: é possível que cada um visse algo diferente em sua caixa./ Lembro ter lido Wittgenstein, o filósofo, que usava o exemplo da caixa contendo um besouro: é possível que cada um visse algo diferente em sua caixa.

(D) Não vou me esquecer de que os olhos das crianças moram na Caixa de Brinquedos./ Não vou esquecer que os olhos das crianças moram na Caixa de Brinquedos.

(E) Tenho esperança que os educadores recuperem a Caixa de Brinquedos./ Tenho esperança de que os educadores recuperem a Caixa de Brinquedos.

15- Analise as afirmativas abaixo e identifique as corretas.

I- Os sufixos dos vocábulos “pimentões”, “facão”, “brincalhões”, “desvãos” indicam grau aumentativo.

II- No 5º parágrafo – “’Olho para uma pedra e vejo uma pedra’. O Drummond viu uma pedra e não viu uma pedra.” – ambos os conectivos sublinhados têm o mesmo valor semântico.

III- No 7º parágrafo − “Mas eles não o reconheciam. Reconheceram-no subitamente [...]” – há um caso de próclise e um caso de ênclise respectivamente.

IV- No 3º parágrafo, em “[...] o objeto do lado de fora aparece refletido do lado de dentro.”, há um par de palavras antônimas.

V- No 8º parágrafo − “Se os olhos estão na Caixa de Ferramentas eles são apenas ferramentas que usamos por sua função prática.” − o período é composto por subordinação.

(A) Apenas as afirmativas I, II, IV e V estão corretas. (B) Apenas as afirmativas III e IV estão corretas. (C) Apenas as afirmativas I, III e IV estão corretas. (D) Apenas as afirmativas II, IV e V estão corretas. (E) Apenas as afirmativas III, IV e V estão corretas.

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16- Considere as seguintes afirmativas sobre verbos e suas ocorrências, depois assinale a alternativa correta: (A) Em ambos os períodos “Ela se calou, esperando o meu diagnóstico” (2º parágrafo) e “Mas, cortada a cebo-

la, eu olhei para ela e tive um susto.” (1º parágrafo), verbos no gerúndio introduzem orações subordinadas adverbiais temporais reduzidas.

(B) No 1º parágrafo − “Percebi que nunca havia visto uma cebola.”/“[...] tive a impressão de estar vendo a ro- sácea [...]” – as locuções verbais sublinhadas equivalem a “via” e “ver” respectivamente.

(C) No último parágrafo, os verbos “gostaria”, “teria” e “dedicaria” estão conjugados no futuro do presente do modo indicativo.

(D) O verbo “fazer” ocorre três vezes no 1º parágrafo (faz−fazer−fizera): no primeiro caso, ele é impessoal; no último, está conjugado no pretérito mais-que-perfeito do indicativo.

(E) No 9º parágrafo – “Aponta-me todas as coisas que há nas flores. Mostra-me como as pedras são engraça- das [...]” – os verbos “apontar” e “mostrar” estão conjugados no presente do subjuntivo.

17- Releia o último parágrafo do texto:

Por isso, porque eu acho que a primeira função da educação é ensinar a ver, eu gostaria de sugerir que se criasse um novo tipo de professor, um professor que nada teria a ensinar, mas que se dedicaria a apontar para os assombros que crescem nos desvãos da banalidade cotidiana. Como o Jesus Menino do poema do Caeiro. Sua missão seria partejar “olhos vagabundos...”

Assinale a alternativa que contém os sinônimos adequados para as palavras sublinhadas no texto: (A) criar “olhos que vagueiam...”

(B) adular “olhos inconstantes...” (C) sair com “olhos vadios...” (D) fazer “olhos maliciosos...” (E) cultivar “olhos infantis...”

18- O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) reza que a criança e o adolescente têm direito à educação, visando ao pleno desenvolvimento de sua pessoa, preparo para o exercício da cidadania e qualificação para o trabalho. Para tanto, estabelece condições por meio das quais esse direito deva ser assegurado. À luz do ECA analise as condições abaixo e identifique as corretas:

I- Igualdade de condições para o acesso e permanência na escola. II- Direito de ser respeitado por seus educadores.

III- Direito de contestar critérios avaliativos, podendo recorrer às instâncias escolares superiores. IV- Acesso à escola pública e gratuita próxima de sua residência.

(A) Apenas as condições III e IV estão corretas. (B) As condições I, II, III e IV estão corretas. (C) Apenas as condições II e III estão corretas. (D) Apenas as condições I, II e III estão corretas. (E) Apenas as condições I, II e IV estão corretas.

19- A avaliação deve ter três funções básicas: a função diagnóstica, a função formativa, e a função somativa. Isso posto, analise as características abaixo e identifique as são pertinentes à função formativa:

I- Correção de erros e insuficiências para reforço de comportamentos bem-sucedidos e eliminação de desa- certos, assegurando o bom andamento do ensino-aprendizagem.

II- Seleção adequada de alternativas terapêuticas para ajudar o aluno a se recuperar de alguma insuficiência no processo ensino-aprendizagem.

III- Classificação do aluno ao final da unidade, semestre ou ano letivo, segundo níveis de aproveitamento apresentados.

IV- Verificação da presença ou ausência de habilidades, inclusive buscando detectar pré-requisitos para novas experiências de aprendizagem.

V- Proposta de avaliação que faz parte de um processo pedagógico e que possibilita aos professores acom- panhar as aprendizagens dos alunos, ajudando-os no seu percurso escolar.

(A) Apenas as características I e II são pertinentes à função formativa. (B) Apenas as características III, IV e V são pertinentes à função formativa. (C) Apenas as características II e III são pertinentes à função formativa. (D) Apenas as características IV e V são pertinentes à função formativa. (E) Apenas as características I, II e V são pertinentes à função formativa.

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20- Pela primeira vez no país está sendo realizada uma pesquisa de abrangência nacional sobre a saúde dos professores e faltas ao trabalho nas escolas da Educação Básica no Brasil. Firmada em outubro de 2014, por um termo de cooperação entre a Secretaria de Articulação, os Sistemas de Ensino do Ministério da Educação e a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), a pesquisa produziu seus primeiros resultados. O estudo revelou que 69,1% dos professores faltaram ao menos um dia no último ano e que 14,7% precisaram se au- sentar do trabalho por sete dias ou mais. (Disponível em: pne.mec.gov.br. Acesso em: 20 out. 2016.) Em rela- ção à temática e suas implicações com a ética do trabalho, é correto afirmar:

(A) Quanto maior o engajamento do professor na escola, maior a incidência de faltas.

(B) “É uma profissão em que o trabalho não termina no trabalho. O trabalho continua em casa”: a afirmação é justificativa cabível para o absenteísmo do professor.

(C) Quando o professor falta, o fluxo contínuo de interação professor-aluno não sofre prejuízo. (D) O elevado número de faltas de professores é um problema exclusivo da administração pública. (E) O absenteísmo causa danos à escola e, sobretudo, ao aluno.

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