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Edevar Perin José Antônio Nunes Vieira Luis Francisco Lovato Manoel Luiz da Silva Machado Ornella Bertuol

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Academic year: 2021

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Edevar Perin

José Antônio Nunes Vieira

Luis Francisco Lovato

Manoel Luiz da Silva Machado

Ornella Bertuol

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Apresentação

Com o objetivo de contribuir para o desenvolvimento da agricultura familiar através de um processo de pesquisa e difusão melhor adaptado às características deste estrato de produtores, a Secretaria de Estado da Agricultura e Abastecimento do Paraná, por intermédio da Empresa Paranaense de Assistência Técnica e Extensão Rural (EMATER - Paraná) e do Instituto Agronômico do Paraná (IAPAR), vem executando, desde junho de 1998, o projeto “Redes de Referências para a Agricultura Familiar” (REDES), trabalho inserido no Programa de Estado “Paraná 12 Meses”, em seu componente Manejo e Conservação dos Recursos Naturais - Fase II.

As REDES constituem-se em uma metodologia de pesquisa adaptativa e

extensão rural, apoiada em propriedades analisadas e acompanhadas sob o enfoque sistêmico, no qual contemplam-se análises dos recursos naturais, produção vegetal e animal, recursos humanos e econômicos.

Em suas diferentes etapas, a implantação das REDES compreende a

realização de um estudo prévio com a caracterização da região de trabalho e a tipologia de agricultores que tem por objetivo apoiar a escolha dos sistemas de produção a serem estudados; a escolha dos sistemas de produção prioritários, feita a partir das informações da etapa precedente segundo critérios que os responsáveis pelo trabalho julgam mais pertinentes para cada situação e a seleção de propriedades que comporão as redes, efetuada a partir da reflexão da equipe responsável pelo projeto considerando os objetivos propostos. Escolhidas as propriedades, tem início o acompanhamento de seu sistema produtivo e o seu diagnóstico, realizado com o intuito de conhecer o funcionamento daquele sistema, seus pontos de estrangulamento, suas potencialidades e os objetivos do agricultor, informações que por sua vez embasarão as etapas de planejamento e intervenções na propriedade.

A partir do acompanhamento das propriedades e das intervenções realizadas visando o aperfeiçoamento de seus sistemas de produção, são obtidas referências técnicas e econômicas úteis também para outros agricultores de características semelhantes. As informações colhidas são analisadas de forma interdisciplinar, levando-se em conta os diferentes componentes que interagem na propriedade.

Deste modo as REDES permitem ajustar os sistemas de produção existentes para se adaptarem às potencialidades e dificuldades locais, quer sejam elas de natureza técnica ou econômica, visando assim atingir a maior rentabilidade possível, obedecidas as premissas de sustentabilidade e estabilidade.

O presente trabalho apresenta quatro sistemas de referências para a agricultura familiar no sudoeste paranaense, amparados em diferentes combinações da produção de leite e grãos, associados em um caso ao cultivo de frutas de caroço. Tais sistemas foram elaborados com base no trabalho desenvolvido junto a 31 agricultores participantes do Projeto, no período de setembro de 1998 a setembro de 2003. Os agricultores participantes distribuem-se por 13 municípios das regiões de Francisco Beltrão e Pato Branco.

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Ao apresentar este documento queremos nos somar a equipe da mesorregião sudoeste das REDES no agradecimento aos agricultores colaboradores do Projeto, sem os quais este não seria possível de ser realizado.

Pato Branco, novembro de 2004 Diniz Dias Doliveira Márcio Miranda

Coordenação Estadual das Redes de Referências para a Agricultura Familiar

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SISTEMAS DE REFERÊNCIAS

O que são

Para que servem

Como são elaborados

Como estão apresentados

Características gerais dos sistemas descritos

Síntese dos Resultados Globais

1. O que são Sistemas de Referências ?

São modelagens elaboradas com base nos dados observados a campo por meio do acompanhamento técnico e econômico das propriedades participantes do projeto, considerando os progressos técnicos e gerenciais possíveis de serem obtidos, alguns dos quais já constatados em propriedades integrantes das REDES. O trabalho é executado pela equipe responsável pelo desenvolvimento do projeto na região, permitindo que se incorpore na modelagem a experiência dos técnicos e outras fontes de dados consideradas relevantes para o contexto regional.

Sistemas de referências não correspondem, portanto, a apresentação

de médias dos resultados das propriedades estudadas, nem sequer a simulações que considerem exclusivamente resultados obtidos em condições experimentais sob condições controladas.

Descrevem um sistema de produção com seus diferentes componentes, considerando a combinação de atividades existente nos sistemas acompanhados e os itinerários técnicos de produção, os quais são coerentes com os níveis de produtividade indicados e a disponibilidade de recursos humanos, físicos e econômicos, levando em conta ainda restrições de solo e clima presentes na microrregião de ocorrência do sistema analisado. Deste modo, os sistemas de referências devem ser tomados como o conjunto de resultados técnicos e econômicos globais, relativos assim ao sistema de produção analisado como um todo, possíveis de serem esperados com o bom funcionamento do sistema descrito.

2. Para que servem ?

Em sua operacionalização cotidiana, as REDES abrangem na mesorregião sudoeste um total de 31 agricultores responsáveis por sistemas de produção relevantes para suas regiões, seja sob o ponto de vista do número expressivo de outras propriedades com condições similares de solo, clima, infra-estrutura e recursos humanos conduzindo atividades similares, seja sob a perspectiva futura das novas alternativas que apresentam.

A massificação das informações obtidas neste processo de acompanhamento e intervenções é portanto fundamental para que os avanços alcançados no Projeto sejam disponibilizados para todo o conjunto de produtores identificados com os tipos estudados.

Para alcançar os objetivos de disseminação da informação são utilizados diferentes tipos de estratégias e instrumentos de comunicação cada qual com

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um objetivo específico. No caso dos Sistemas de Referências estes se prestam fundamentalmente para:

• Oferecer aos agentes de assistência técnica e extensão rural informações consolidadas acerca do desempenho técnico e econômico possível de ser alcançado em sistemas de produção de relevância regional;

• Orientar agricultores em processos de conversão de seus sistemas produtivos, reunindo informações que permitam uma análise preliminar na qual diferentes alternativas estejam sendo cotejadas;

• Disponibilizar informações que possibilitem orientar agricultores na gestão da propriedade agrícola, oferecendo uma base de referências para análise comparativa;

• Permitir a realização de simulações e análises prospectivas que possam orientar iniciativas de políticas públicas;

• Oferecer aos responsáveis pela formação profissional de agricultores e estudantes de ciências agrárias um conjunto de simulações potencialmente úteis para suas práticas pedagógicas.

3. Como são elaborados ?

A construção dos sistemas de referências inicia-se conjuntamente com o acompanhamento das propriedades integrantes das REDES, obedecendo procedimentos cronologicamente muitas vezes simultâneos os quais, para fins didáticos, podem ser agrupados em quatro etapas:

1ª Obtenção das referências intermediárias:

São as informações coletadas diretamente nas propriedades, as quais são utilizadas como insumos para a elaboração (depois de analisadas e consolidadas) das referências modulares. São parâmetros técnicos e econômicos concretos (reais) relativos as diferentes atividades presentes no sistema de produção, sendo específicas de cada propriedade acompanhada. Podem ser obtidas em duas situações: nos diagnósticos técnicos e nos registros durante o acompanhamento.

2ª Obtenção das referências modulares:

Após o processamento, análise e consolidação das referências intermediárias por sistemas de produção, obtém-se as referências modulares, que são informações obtidas no médio e longo prazos, compostas por parâmetros e indicadores técnicos e econômicos relativos as atividades acompanhadas, os quais incorporam às referências intermediárias as margens de progresso possíveis, ou seja incrementos no desempenho do sistema de cultivo possíveis de serem alcançados por agricultores que estejam dentro do domínio de recomendação dos sistemas de produção que deram origem a essas referências. Para definição destas margens de progresso consideram-se além das intervenções nas propriedades acompanhadas, os conhecimentos das equipes de especialistas, as referências de REDES de outras regiões e os resultados do trabalho de pesquisa e de validação de tecnologias.

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3ª Construção do Quadro de Coerência

Aqui as informações obtidas em cada uma das propriedades acompanhadas são agregadas considerando o sistema de produção ao qual pertence o agricultor. Idealmente os sistemas de referências são descritos a partir da agregação de dados de ao menos cinco propriedades.

Na elaboração do quadro de coerência procede-se um exame criterioso da estrutura interna de cada sistema trabalhado, considerando a superfície agrícola útil, a mão-de-obra familiar e o capital disponíveis, bem como a renda bruta obtida e sua composição. Para garantir a maior coerência interna ao sistema a ser descrito, os casos extremos são desconsiderados na análise.

4ª Simulações e Descrição dos Sistemas de Referências

Com os quadros de coerências elaborados, procede-se então a última etapa do trabalho. Primeiramente simulam-se os resultados do sistema de referência analisado considerando os ajustes necessários e possíveis em sua estrutura interna e em seu funcionamento, quando tomam-se em conta as referências modulares disponíveis para as atividades presentes e a necessidade de manutenção de sua coerência no que diz respeito a disponibilidade e utilização dos recursos. A seguir tal sistema é descrito, considerando os resultados obtidos na simulação.

Observa-se deste modo que muito embora o sistema de referência diga respeito a um modelo, ele garante sua consistência e aplicabilidade pelo fato de que o trabalho de modelagem é efetuado a partir de dados concretos. Neste sentido a simulação e descrição orientam-se a partir de uma propriedade pivô, a qual possui estrutura e desempenho próximo daquele apresentado como referencial ao sistema acompanhado.

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4. Como estão apresentados ?

A apresentação dos sistemas de referências no presente documento é realizada seguindo uma estrutura padrão para três dos quatro sistemas descritos, já que o sistema que envolve a produção de frutas de caroço possui uma página adicional, de número 2a, dedicada a esta atividade. Tal estrutura compreende sete páginas como pode ser visto abaixo:

PSM2 LEITE INTENSIVO/GRÃOS

Um casal – 1,5 Eq.h.- 28 vacas leiteiras Alimentação animal à base de pastagem, silagem

e concentrado

Gado leiteiro especializado que produz 125 mil litros de leite/ano, com milho e soja em 20 ha, sobre relevo suave

ondulado

1

Características do Sistema

- Maior intensidade na condução da atividade leiteira entre os sistemas estudados.

- Soja e milho em anos alternados, em plantio direto.

- Concentrado para todas as categorias animais.

- PAI integrada com grãos.

- Volumosos de boa qualidade.

- Máquinas agrícolas e serviços parcialmente adquiridos de terceiros.

- Inseminação artificial

- De forma rústica, parte do excedente da PPV é estocado como feno.

- Vacas com lactações superiores a 4 mil kg leite/ano.

- O leite representa mais de 60% da renda bruta do sistema.

UNIDADE DE EXPLORAÇÃO AGRÍCOLA 25 ha

SAU 20 ha

GRÃOS 14,0 ha PASTAGEM ANUAL INVERNO 14,0 ha PASTAGEM PERENE VERÃO 6,0 ha CONSTRUÇÕES/ESTRADAS 0,5 ha INTERNAS RESERVA LEGAL 4,5 ha

TOPOSSEQUÊNCIA: Relevo suave ondulado em áreas de maior aptidão agrícola com Latossolos e Nitossolos Vermelhos associados a Cambissolos e Neossolos Litólicos nas áreas mais baixas. LV NV Cpp Cp Cr NL

CONSTITUIÇÃO E MANEJO DAS PASTAGENS

• Devido ao menor custo, a utilização do pasto é maximizada no planejamento forrageiro.

• Além de continuar utilizando silagem de milho – planta inteira, propõe-se a utilização de silagem de milho – grão úmido e a maior exploração dos seguintes talhões de pastagens:

Manejar criteriosamente a PAI, para que sobre no mínimo 2mil kg de MS/ha, adotando o pastejo contínuo e alto (14 cm).

MILHO SAFRA – Cultivares de ciclo super precoces e precoces de alta tecnologia, em populações de 63-65 mil

plantas e produção de 8 mil kg grãos/ha.

SOJA – Cultivares de ciclo semi precoce e médio em população de 400 mil plantas/ha e produção de 3 mil kg

grãos/ha.

• As forrageiras perenes demandam maiores quantidades de nutrientes do que os grãos. • Para obter e manter elevada produtividade das pastagens perenes, poderá haver necessidade de acréscimo de

Zn nas adubações.

• As adubações deverão ser definidas pela análise de solo, diversificando os adubos pela utilização de fosfatos naturais, cama de aviário, esterco de suínos, etc.

• Nas áreas de silagem de milho planta inteira observar a rotação de culturas e reposição de K. • Nas pastagens as leguminosas deverão ser peletizadas e inoculadas com inoculante específico. • Instalar água e sombra para que o gado permaneça por maior tempo no pasto, inclusive à noite,

reciclando nutrientes e depositando matéria orgânica pelo pastejo e dejetos. A PRODUÇÃO DE GRÃOS

NITROGÊNIO E RENDIMENTOS ESPERADOS

Kg N/ha Ton Ms/ha/ano PPV 250 16 PAI 60 6 PO 50 8 Milho silagem 120 10 Milho (grão) 120 8 Soja (grão) 0 3 Fonte: Dados do Projeto

CALCÁRIO, P e K

• Calcário: corrigir para V = 70% • P deve ser elevado para 9 mg/dm3. • K corrigido para 5% da CTC do solo. Fonte:

PASTAGEM DE OUTONO (PO) –

Em meados de janeiro, retira-se o milho para silagem havendo o intervalo de 60 dias até o plantio da PAI. A PO pode ser implantada neste período com a utilização do milheto (preferencialmente BN2).

PASTAGEM ANUAL DE INVERNO (PPI) – Costumeiramente semeada

com aveias de ciclo curto sucede as lavouras de verão. Estas áreas podem ser utilizadas pelo gado até início de setembro (no caso de plantio de milho) ou novembro (plantio de soja). A mistura das aveias comuns com as de ciclo longo (IAPAR 61, SempreVerde) ou com o azevém e uma leguminosa anual pode prolongar o período e o volume de oferta desta pastagem (ver calendário de manejo de pastagem), desde que seja melhorada a fertilidade destas áreas.

PASTAGEM PERENE DE VERÃO (PPV) – Constituída

preferencialmente de Coast-cross 1, Tifton 68/85, ou capim elefante pioneiro. A produção de tal pastagem deverá ser intensificada com a correção e adubação de solo na implantação e manutenção, divisão em piquetes, instalação de bebedouros e sombreamento. A PPV deverá ser sobressemeada com azevém + trevo branco. Durante a estação quente, o pastoreio noturno desta área é prática fundamental.

PASTEJO ROTATIVO PASTEJO CONTÍNUO ALTO (14CM) PASTEJO ROTATIVO

FERTILIDADE DO SOLO E ADUBAÇÕES

1a

A 1ª página apresenta um box no qual indica-se o sistema de produção descrito (categoria social e atividades predominantes), a mão-de-obra familiar disponível, o número de vacas leiteiras presentes e o sistema de alimentação do rebanho.

No parágrafo a seguir apontam-se os principais produtos presentes, a superfície agrícola útil e a toposseqüência predominante, a qual é apresentada esquematicamente nesta mesma página, com os tipos de solo presentes.

Por fim, são trazidas algumas características gerais do sistema e o esquema de ocupação de sua superfície agrícola útil.

2a

Informações relativas a constituição e manejo das pastagens são trazidas na 2ª página, considerando-se separadamente as pastagens perenes de verão (PPV), anuais de inverno (PPI), de outono (PO) e perenes de inverno (PPI) no caso em que está encontra-se presente.

Também aqui são trazidas algumas informações relativas a produção de grãos como ciclo das cultivares a serem utilizadas, população de plantas desejada e produtividades alcançadas.

Ao final, aspectos relativos a fertilidade do solo e adubações são discutidos, apresentando-se dados referentes a adubação nitrogenada e rendimentos das pastagens, calagem, adubação potássica e fosfatada.

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ALIMENTAÇÃO DO REBANHO

CALENDÁRIODOMANEJODASPASTAGENS

O N D J F M A M J J A S PASTAGEM PERENE DE VERÃO (PPV)

PASTEJO PPV + TREVO BRANCO DIFERIMENTO IMPL. AZEVÉM PASTEJO AZEVÉM + TREVO BRANCO NPK NPK NPK NPK NPK

PASTAGEM ANUAL DE INVERNO (PAI)

DIFERIM/-PDIRETO FASE SOJA IMPLANTAÇÃO PAI PASTEJO PAI FASE MILHO IMPLANTAÇÃO PAI PASTEJO PAI

PASTAGEM DE OUTONO (PO)

FASE MILHO SILAGEM MILHETO PAI

O N D J F M A M J J A S BALANÇO ALIMENTAR DOS ANIMAIS*

UNIDADE ANIMAL (kg MS/dia) REBANHO (ton MS/estação)

ESTAÇÃO QUENTE ESTAÇÃO FRIA ESTAÇÃO QUENTE ESTAÇÃO FRIA

PPV 12,50 5,00 111,6 19,3 P.O. 3,00 0,00 16,0 0,0 PAI 0,00 12,50 0,0 84,0 SILAGEM GR. ÚMIDO 2,50** 2,50** 4,4** 4,4** SILAGEM PL.INTEIRA - 3,00** - 5,4** CONCENTRADO 1,15** 1,15** 3,0** 3,0** *Corresponde a 50% dos partos no período frio.

** Corresponde ao consumo de vacas e novilhas de 1ª cria dos grupos I e II.

CAPACIDADE DE SUPORTE DAS PASTAGENS Estação quente: 2625 kg PV/ha ou 5,8 UA/ha Estação fria: 1125 kg PV/ha ou 2,5 UA/ha • Durante 9 meses do ano este sistema baseia-se em forrageiras tropicais. Em relação às forrageiras temperadas, as tropicais

apresentam maior produção (kg MS/ha), mas com menor teor de PB e digestibilidade.

• O consórcio com leguminosas eleva o teor de PB das forrageiras tropicais, com aumento insuficiente da capacidade de suporte da pastagem.

• A aplicação de N aumenta a capacidade de suporte da pastagem e também a PB. •A menor digestibilidade das forrageiras tropicais demanda suplementação energética.

FORNECIMENTO DE CONCENTRADOS

Sugere-se a divisão dos animais em 4 grupos, conforme as diferentes capacidades de resposta: • GRUPO I – Vacas e novilhas de 1ª cria nas últimas 3 semanas antes do parto; • GRUPO II – Vacas do parto até a 12ª semana após o parto; • GRUPO III – Vacas entre a 13ª e 24ª semana após o parto; • GRUPO IV – Vacas da 25ª semana após o parto ao final da lactação.

SEGURANÇA - Para as vacas do grupo I e II, haverá necessidade de 20 ton de silagem/ano.

- Um segundo silo deverá abrigar outras 20 toneladas. Assim, se houver necessidade, o agricultor terá silagem para alimentar todas as vacas no período frio.

- Manter uma pequena área de cana na UEA a ser fornecida aos animais que não estejam em lactação em casos de eventualidade.

- Na ocorrência de eventos imprevisíveis, e vencidos os recursos já abordados, aplicar maiores doses de nitrogênio para evitar a compra adicional de concentrado.

ENTRE O DESMAME E OS 4 MESES PROSSEGUIR COM O FORNECIMENTO DE RAÇÃO E FENO ÀS BEZERRAS.

REDUÇÃO DO PORTE DO GADO HOLANDÊS.

INSEMINAR TODAS AS VACAS DO PLANTEL COM SÊMEN DE TOUROS LEITEIROS DE QUALIDADE.

ESTUDAR FORMAS ASSOCIATIVAS DE CRIAR AS BEZERRAS.

INICIAR / APRIMORAR O CONTROLE LEITEIRO, SANITÁRIO E REPRODUTIVO.

O REBANHO E SUA DINÂMICA

ÍNDICES TÉCNICOS - Animais com alta mestiçagem de Jérsey e Holandês - Peso 1ª Cobertura

- Holandês 350 kg: até 18 meses - Jérsey 250 kg: até 16 meses - Taxa de Reposição: 20 % - Inseminação artificial

- Sêmen de qualidade visando lactações superiores a 4500 l leite/lactação

- Produção de 6 mil l leite/ha/ano.

SELEÇÃO DE BEZERRAS (DE REPOSIÇÃO) AO FINAL DO COLOSTRO.

ENTRE O DESMAME E OS 4 MESES PROSSEGUIR COM O FORNECIMENTO DE RAÇÃO E FENO ÀS BEZERRAS.

REDUÇÃO DO PORTE DO GADO HOLANDÊS.

INSEMINAR TODAS AS VACAS DO PLANTEL COM SÊMEN DE TOUROS LEITEIROS DE QUALIDADE.

INICIAR / APRIMORAR O CONTROLE LEITEIRO, SANITÁRIO E REPRODUTIVO.

28 Vacas Leiteiras 6 Novilhas

1 a 2 anos 3 Novilhas 2 anos 12 Machos 6 Bezerras 0 a 5 dias 3 Novilhas 2 a 3 anos Descarte/Venda 6 Vacas Entrada de receitas de venda de animais 6 Bezerras 0 a 1 ano

A alimentação do rebanho é discutida na 3ª

página quando são apresentados dados

relativos à capacidade de suporte das pastagens e sugestões referentes ao fornecimento de concentrados ou de milho, na forma de silagem ou rolão.

É trazido também o calendário de manejo dos diferentes tipos de pastagens e o balanço alimentar do rebanho, considerando-se o tipo de pastagem e a oferta de matéria seca por unidade animal por dia, para as estações quente e fria do ano.

Por fim apresentam-se medidas sugeridas com o propósito de garantir a segurança alimentar do rebanho.

3a

A 4ª página ilustra a dinâmica desejável para a evolução do rebanho, considerando os índices técnicos que são também apresentados.

São apresentadas ainda algumas recomendações de ordem geral para o manejo dos animais.

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M Ã O - D E - O B R A D O S I S T E M A I N S T A L A Ç Õ E S E E Q U I P A M E N T O S IN S T A L A Ç Õ E S • S a la d e o r d e n h a • S a la d e a lim e n t a ç ã o • S a la d e le ite • D e p ó s ito d e r a ç ã o • D e p ó s ito p a r a in s u m o s e e q u ip a m e n to s • S ilo p a ra g rão ú m id o • S ilo p a ra pla n ta in te ir a • C o ch o m óv e l pa ra alim e n ta çã o E Q U I P A M E N T O S • O rd e n h a d e ir a • R e s fr ia d o r d e e x p a n s ão • L a v a -ja to • A p a r e lh o d e c e r ca e lé trica • D e p ó s ito e d is trib u iç ã o d e á g u a • P u lv e riz a d o r c o s ta l m a n u al • M a q u in á r io p a ra g rã o s (te rc e iriza d o o u e m g r u p o s )

- tr a t o r

- s e m e a d e ira /p la n ta d e ira d e p la n tio d ire to - p u lv e r iz a d o r - c o lh e ita d e ir a - e n s ila d e ir a - ro ç a d e ira - tr it u r a d o r d e 3 p o n to s - d is t rib uid o r d e c a lc á rio /a d u b o o rg â n ico / u r éia

O U T R O S • C e rc a s • T r a t o r /g irico • G ra d e • C a rr e t a • I n s ta la çã o p a ra b e z e rra s • T r o n c o • C o c h o s • B e b e d o u ro s 0 5 1 0 1 5 2 0 2 5 3 0 3 5 4 0 4 5 5 0 D H OutNovDez.

JanFevMarAbrMaiJun JulAgoSet D IS T R IB U IÇ Ã O A N U A L D E M Ã O D E O B R A M ilh o s ila g e m G rã o L e it e G e rê n c ia M O d is p . • E s te s is te m a u tiliz a m ã o -d e -o b ra d is p o n ív el d e 1 ,5 E q H , to ta liza n d o 3 7 D H / m ê s . • N o m eio re a l, e s s e s iste m a d is p õ e d e 1 ,5 E q h d e m ã o -d e -o b ra fa m ilia r, to ta liz a n d o 3 7

D H / m ê s .

• O p e río d o d e m a io r d e m a n d a d e m ã o d e o b r a s e co n c e n tra n o s m e s es d e n o v e m b ro , d e z e m b r o e ja n eir o , o n d e o c o rre m o s s e r viç o s co m g rã o s , a c olh e ita d o m ilh o e a c o n fe c çã o d a s ila g e m . • N e s s e s m e s e s e x is te a n e c e s s id a d e d e co n tr a t a ç ã o d e s e rv iço s d e t e r ce iro s p a ra tr a to s cu ltu ra is e c o lh e ita d e g rã o s . C A P IT A L P R Ó P R I O: • I n s ta la çõ e s - R $ 2 1 .6 8 4 ,0 0 • M á q u in a s e e q u ip a m e n tos - R $ 4 0 .5 5 2 ,0 0 • P la n te l e sta b iliz a d o - R $ 4 5 .24 0 ,0 0 T O T A L : R $ 1 0 7 .4 7 6 ,0 0 RESULTADOS ECONÔMICOS RENDA BRUTA R$ 71.780 ♦ LEITE R$ 48.350 (67%) ♦ GRÃOS R$ 23.430 (33%) CUSTOS VARIÁVEIS R$ 39.425 ♦ LEITE R$ 22.326 (57%) ♦ GRÃOS R$ 17.099 (43%) MARGEM BRUTA R$ 32.355 ♦ LEITE R$ 26.024 (80%) ♦ GRÃOS R$ 6.331 (20%) SOJA R$ 4.976 (16%) MILHO R$ 1.355 ( 4%) Depreciações R$ 6.292

Juros Capital Próprio R$ 6.341 Despesas Operacionais Totais R$ 45.717

Remuneração mão-de-obra familiar (Eq. H/mês)

R$ 1.096

Renda da Operação Agrícola R$ 26.063

SOJA R$ 16.530 (23%) MILHO R$ 6.900 (10%)

5a

As instalações e equipamentos necessários para o funcionamento adequado do sistema são relacionados na 5ª página, onde se apresenta também o montante de capital demandado para estes itens e o valor do plantel quando estabilizado.

Nesta página discute-se ainda a ocupação da mão-de-obra no sistema, com o gráfico da demanda de trabalho ao longo do ano para as diferentes atividades, seguido de comentários gerais acerca da ocupação deste fator produtivo.

5a

A análise econômica do sistema de produção trabalhado, apresentada na 6ª página, compreende uma figura na qual são apresentados a renda bruta, os custos variáveis e a margem bruta total do sistema, indicando-se também a participação absoluta e relativa de cada atividade nestes três indicadores.

Outros indicadores de perfomance do sistema como a renda da operação agrícola e a remuneração da mão-de-obra familiar são também apresentados.

(10)

AMEAÇAS E OPORTUNIDADES

Preparando-se para a exportação, o setor leiteiro vive um acelerado processo de modernização, manifestado pelo aumento da produtividade, aumento da escala de produção, redução no número de produtores e queda no preço do produto. À medida que são atendidas as restrições sanitárias presentes no mercado internacional das carnes de aves e de suínos - de elevada importância na região – ampliam-se suas possibilidades de exportação, valorizando os grãos, insumos fundamentais para estas atividades e presentes em todos os sistemas de referências regionais estudados.

Dados de 1999 indicam que na região Sudoeste encontram-se 28,63% dos produtores de leite do Paraná, que entregam a laticínios e cooperativas menos de 200 l/dia, representando 95% dos produtores de leite da região.

Devido a importância da atividade leiteira nos sistemas de produção regionais, é possível inferir-se que caso os impactos do fenômeno de modernização do setor leiteiro no Paraná se assemelhem ao ocorrido no Brasil, a economia da região será afetada de maneira profunda e negativa.

Diante deste cenário desafiador, o setor exige do produtor, entre outras providências, a rápida melhoria naqualidade da matéria prima, bem como o incremento na produtividade e economicidade do leite e dos grãos, atividades componentes deste sistema.

• Rebanhos sem controle sanitário, reprodutivo e leiteiro, comprometendo a qualidade do produto, a produtividade e a competitividade econômica da região.

• Dificuldades econômicas impedem o aumento da escala de produção individual para um grande número de agricultores. Existe a necessidade de que um maior número destes agricultores adotem práticas associativas para melhorar a economicidade, a produtividade e a escala de produção, reduzindo ou retardando a exclusão dos mais pobres: • A aquisição coletiva de máquinas e equipamentos viabilizaria a melhoria do desempenho econômico das UEA´s,

minimizando os efeitos da baixa capacidade de investimento individual de parte dos agricultores. • A reorganização das próprias UEA´s em estruturas associativas, com base em um produto (associações) ou em todas as

atividades (condomínios), melhoraria a competitividade, pelo aumento na escala de produção e redução dos custos. • A baixa disponibilidade de recursos e mão-de-obra inviabiliza a manutenção de animais improdutivos nas UEA´s. A

criação de animais de reposição em condomínios liberaria área e mão-de-obra, para serem ocupadas com animais adultos, possibilitando o aumento da economicidade e escala de produção;

• As UEA´s deste sistema serão prioritariamente as fornecedoras de novilhas para a região. Para que tenham oportunidade no mercado, há necessidade de que se reduza a exclusão de outros produtores da atividade, pois o excesso de oferta de animais de seus rebanhos em liquidação, diminuiria os preços, impactando negativamente a atividade de todo o sistema. • A região possui elevadas condições de competitividade nos setores leiteiro e de grãos, decorrentes de seu clima favorável

à produção de grãos e pastagens (tropicais e temperadas), boa distribuição de chuvas e elevados níveis de energia solar incidente. A combinação dos efeitos perversos da estrutura fundiária e a insuficiência de incentivos à agricultura familiar, no entanto, podem comprometer o futuro deste sistema de produção. Relativamente às áreas do Brasil Central – atualmente as mais promissoras nos setores de leite e grãos – contamos ainda com excelentes condições de produção de forrageiras temperadas, que propiciam condições competitivas de produção no período frio, melhorando sensivelmente a distribuição da oferta de leite, característica importante para reduzir a ociosidade das indústrias de laticínios.

ANÁLISE CONJUNTURAL DO SISTEMA

A 7ª e ultima página é dedicada à análise conjuntural do sistema, considerando as perspectivas de suas principais atividades e sua inserção no ambiente econômico.

Diante disto são expostas as principais ameaças e oportunidades para a evolução do sistema face ao quadro conjuntural exposto.

(11)

5. Características gerais dos sistemas descritos

Mão-de-Obra Capital Capital Total/

Familiar (Eq.homem Total (R$) SAU (R$/ha)

PSM2 Leite Intensivo + Grãos 20,00 1,50 13,30 142.544 7.127

PSM2 Grãos + Leite Extensivo 22,00 2,50 8,80 57.419 2.610

PSM1 Leite + Grãos + Frutas de Caroço 14,00 2,00 7,00 43.066 3.076

PSM2 Grãos Diversificados + Leite 22,00 1,50 14,67 90.243 4.102 Sistemas de Referências SAU (ha) DimensionamentoSAU/Eq.h (ha)

6. Síntese dos Resultados Globais

Receita RBLeite/ RBGrãos/ RBFrutas/ RBT/SAU MB/SAU MB/Eq.H RL/Eq.h RMOF Bruta Total - R$ RBT (%) RBT (%) RBT (%) (R$/ha) (R$/ha) (R$) (R$/mês) (R$/mês)

PSM2 Leite Intensivo + Grãos 91.130 74 26 4.557 2.169 28.919 2.193 1.561 PSM2 Grãos + Leite Extensivo 57.500 42 58 2.614 1.577 13.881 1.091 931 PSM1 Leite + Grãos + Frutas de Caroço 38.325 54 21 25 2.738 1.455 10.186 745 593 PSM2 Grãos Diversificados + Leite 61.950 35 65 2.816 1.600 23.471 1.760 1.372

Sistemas de Referências

Remun. MOF

(12)

Um casal – 1,5 Eq.h.- 28 vacas leiteiras Alimentação animal à base de pastagem, silagem

e concentrado

Gado leiteiro especializado que produz 125 mil litros de

leite/ano, com milho e soja em 20 ha, sobre relevo suave

ondulado

1

Características do Sistema - Maior intensidade na condução

da atividade leiteira entre os sistemas estudados.

- Soja e milho em anos alternados, em plantio direto.

- Concentrado para todas as categorias animais.

- PAI integrada com grãos.

- Volumosos de boa qualidade. - Máquinas agrícolas e serviços

parcialmente adquiridos de terceiros.

- Inseminação artificial

- De forma rústica, parte do excedente da PPV é estocado como feno.

- Vacas com lactações superiores a 4 mil kg leite/ano.

- O leite representa mais de 60% da renda bruta do sistema.

UNIDADE DE EXPLORAÇÃO AGRÍCOLA 25 ha

GRÃOS 14,0 ha

PASTAGEM ANUAL INVERNO 14,0 ha PASTAGEM PERENE VERÃO 6,0 ha CONSTRUÇÕES/ESTRADAS 0,5 ha INTERNAS RESERVA LEGAL 4,5 ha

TOPOSSEQUÊNCIA: Relevo suave ondulado em áreas de maior aptidão agrícola com Latossolos e Nitossolos Vermelhos associados a Cambissolos e Neossolos Litólicos nas áreas mais baixas LV NV Cpp Cp Cr NL

(13)

CONSTITUIÇÃO E MANEJO DAS PASTAGENS

• Devido ao menor custo, a utilização do pasto é maximizada no planejamento forrageiro. • Além de continuar utilizando silagem de milho – planta inteira, propõe-se a utilização de

silagem de milho – grão úmido e a maior exploração dos seguintes talhões de pastagens:

MILHO SAFRA – Cultivares de ciclo super precoces e precoces de alta tecnologia,

em populações de 63-65 mil plantas e produção de 8 mil kg grãos/ha.

SOJA – Cultivares de ciclo semi precoce e médio em população de 400 mil

plantas/ha e produção de 3 mil kg grãos/ha.

A PRODUÇÃO DE GRÃOS

PASTAGEM DE OUTONO (PO) –

Em meados de janeiro, retira-se o milho para silagem havendo o intervalo de 60 dias até o plantio da PAI. A PO pode ser implantada neste período com a utilização do milheto (preferencialmente BN2).

PASTAGEM ANUAL DE INVERNO (PPI) – Costumeiramente semeada

com aveias de ciclo curto sucede as lavouras de verão. Estas áreas podem ser utilizadas pelo gado até início de setembro (no caso de plantio de milho) ou novembro (plantio de soja). A mistura das aveias comuns com as de ciclo longo (IAPAR 61, SempreVerde) ou com o azevém e uma leguminosa anual pode prolongar o período e o volume de oferta desta pastagem (ver calendário de manejo de pastagem), desde que seja melhorada a fertilidade destas áreas.

PASTAGEM PERENE DE VERÃO (PPV) – Constituída

preferencialmente de Coast-cross 1, Tifton 68/85, ou capim elefante pioneiro. A produção de tal pastagem deverá ser intensificada com a correção e adubação de solo na implantação e manutenção, divisão em piquetes, instalação de bebedouros e sombreamento. A PPV deverá ser sobressemeada com azevém + trevo branco. Durante a estação quente, o pastoreio noturno desta área é prática fundamental.

PASTEJO ROTATIVO PASTEJO CONTÍNUO ALTO (14CM) PASTEJO ROTATIVO

MANEJAR CRITERIOSAMENTE A PAI, PARA QUE SOBRE NO MÍNIMO 2MIL KG DE MS/HA, ADOTANDO O PASTEJO CONTÍNUO E ALTO (14 CM).

FERTILIDADE DO SOLO E ADUBAÇÕES

• As forrageiras perenes demandam maiores quantidades de nutrientes do que os grãos.

• Para obter e manter elevada produtividade das pastagens perenes, poderá haver necessidade de acréscimo de Zn nas adubações.

• As adubações deverão ser definidas pela análise de solo, diversificando os adubos pela utilização de fosfatos naturais, cama de aviário, esterco de suínos, etc.

• Nas áreas de silagem de milho planta inteira observar a rotação de culturas e reposição de K. • Nas pastagens as leguminosas deverão ser peletizadas e inoculadas com inoculante específico.

• Instalar água e sombra para que o gado permaneça por maior tempo no pasto, inclusive à noite,

reciclando nutrientes e depositando matéria orgânica pelo pastejo e dejetos.

NITROGÊNIO E RENDIMENTOS ESPERADOS

Kg N/ha Ton Ms/ha/ano

PPV 250 16 PAI 60 6 PO 50 8 Milho silagem 120 10 Milho (grão) 120 8 Soja (grão) 0 3 Fonte: Dados do Projeto

CALCÁRIO, P e K

• Calcário: corrigir para V = 70% • P deve ser elevado para 9 mg/dm3.

• K corrigido para 5% da CTC do solo. Fonte: Dados do Projeto

(14)

O N D J F M A M J J A S PASTAGEM PERENE DE VERÃO (PPV)

PASTEJO PPV + TREVO BRANCO DIFERIMENTO

IMPL. AZEVÉM PASTEJO AZEVÉM + TREVO BRANCO NPK NPK NPK NPK NPK

PASTAGEM ANUAL DE INVERNO (PAI)

DIFERIM/-

PDIRETO FASE SOJA IMPLANTAÇÃO PAI PASTEJO PAI

FASE MILHO

IMPLANTAÇÃO PAI PASTEJO PAI

PASTAGEM DE OUTONO (PO)

FASE MILHO SILAGEM MILHETO PAI

O N D J F M A M J J A S

UNIDADE ANIMAL (kg MS/dia) REBANHO (ton MS/estação)

ESTAÇÃO QUENTE ESTAÇÃO FRIA ESTAÇÃO QUENTE ESTAÇÃO FRIA

PPV 12,50 5,00 111,6 19,3 P.O. 3,00 0,00 16,0 0,0 PAI 0,00 12,50 0,0 84,0 SILAGEM GR. ÚMIDO 2,50** 2,50** 4,4** 4,4** SILAGEM PL.INTEIRA - 3,00** - 5,4** CONCENTRADO 1,15** 1,15** 3,0** 3,0**

*Corresponde a 50% dos partos no período frio.

** Corresponde ao consumo de vacas e novilhas de 1ª cria dos grupos I e II.

ALIMENTAÇÃO DO REBANHO

CAPACIDADE DE SUPORTE DAS PASTAGENS Estação quente: 2625 kg PV/ha ou 5,8 UA/ha Estação fria: 1125 kg PV/ha ou 2,5 UA/ha

• Durante 9 meses do ano este sistema baseia-se em forrageiras tropicais. Em relação às forrageiras temperadas, as tropicais apresentam maior produção (kg MS/ha), mas com menor teor de PB e digestibilidade.

• O consórcio com leguminosas eleva o teor de PB das forrageiras tropicais, com aumento insuficiente da capacidade de suporte da pastagem.

• A aplicação de N aumenta a capacidade de suporte da pastagem e também a PB. • A menor digestibilidade das forrageiras tropicais demanda suplementação energética.

FORNECIMENTO DE CONCENTRADOS

Sugere-se a divisão dos animais em 4 grupos, conforme as diferentes capacidades de resposta: • GRUPO I – Vacas e novilhas de 1ª cria nas últimas 3 semanas antes do parto;

• GRUPO II – Vacas do parto até a 12ª semana após o parto; • GRUPO III – Vacas entre a 13ª e 24ª semana após o parto;

• GRUPO IV – Vacas da 25ª semana após o parto ao final da lactação.

SEGURANÇA

- Para as vacas do grupo I e II, haverá necessidade de 20 ton de silagem/ano.

- Um segundo silo deverá abrigar outras 20 toneladas. Assim, se houver necessidade, o agricultor terá silagem para

alimentar todas as vacas no período frio.

- Manter uma pequena área de cana na UEA a ser fornecida aos animais que não estejam em lactação em casos de

eventualidade.

- Na ocorrência de eventos imprevisíveis, e vencidos os recursos já abordados, aplicar maiores doses de nitrogênio

(15)

ESTUDAR FORMAS

ASSOCIATIVAS DE

CRIAR AS BEZERRAS.

ÍNDICES TÉCNICOS

- Animais com alta mestiçagem de Jérsey e Holandês - Peso 1ª Cobertura

- Holandês 350 kg: até 18 meses - Jérsey 250 kg: até 16 meses - Taxa de Reposição: 20 %

- Inseminação artificial

- Sêmen de qualidade visando lactações superiores a 4500 l leite/lactação

- Produção de 6 mil l leite/ha/ano.

SELEÇÃO DE BEZERRAS

(DE REPOSIÇÃO) AO

FINAL DO COLOSTRO.

ENTRE O DESMAME E OS 4 MESES PROSSEGUIR COM O FORNECIMENTO DE RAÇÃO E FENO ÀS BEZERRAS.

REDUÇÃO DO PORTE DO GADO HOLANDÊS.

INSEMINAR TODAS AS VACAS DO PLANTEL COM SÊMEN DE TOUROS LEITEIROS DE QUALIDADE.

INICIAR / APRIMORAR O CONTROLE LEITEIRO, SANITÁRIO E REPRODUTIVO.

28 Vacas Leiteiras 6 Novilhas 1 a 2 anos 3 Novilhas 12 Machos 6 Bezerras 0 a 5 dias 3 Novilhas 2 a 3 anos Descarte/Venda 6 Vacas Entrada de receitas de venda de i i 6 Bezerras 0 a 1 ano

(16)

INSTALAÇÕES • Sala de ordenha

• Sala de alimentação 120 m2

• Sala de leite

• Depósito de ração

• Depósito para insumos e equipamentos de 190 m2

• Silo para grão úmido de 30 m2

• Silo para planta inteira de 54 m2

• Cocho móvel para alimentação • Depósito e distribuição de água

EQUIPAMENTOS

• Ordenhadeira com 2 conjuntos completos • Resfriador de expansão 1000 litros

• Lava-jato

• Aparelho de cerca elétrica • Pulverizador costal manual • Maquinário para grãos (terceirizado ou em grupos)

- trator

- semeadeira/plantadeira de plantio direto - pulverizador - colheitadeira - ensiladeira - roçadeira - triturador de 3 pontos - distribuidor de calcário/adubo orgânico/uréia OUTROS • Cercas • Trator pequeno/girico • Grade • Carreta 4 rodas

• Instalação para bezerras • Tronco • Cochos • Bebedouros 0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50 DH

Out Nov Dez. Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set

DISTRIBUIÇÃO ANUAL DE MÃO DE OBRA

Milho silagem Grão

Leite Gerência

MO disp.

• No meio real, esse sistema dispõe de 1,5 Eq h de mão-de-obra familiar, totalizando 37 DH/mês.

• O período de maior demanda de mão de obra se concentra nos meses de novembro, dezembro e janeiro, onde ocorrem os serviços com grãos, a colheita do milho e a confecção da silagem.

• Nesses meses existe a necessidade de contratação de serviços de terceiros para tratos culturais e colheita de grãos.

CAPITAL PRÓPRIO:

• Instalações- R$ 30.704,00

• Máquinas e equipamentos- R$ 49.450,00

• Plantel estabilizado- R$ 62.390,00 TOTAL: R$ 142.544,00

(17)

RESULTADOS ECONÔMICOS

RENDA BRUTA

R$ 91.130

♦ LEITE R$ 67.700(74%) ♦ GRÃOS R$ 23.430 (26%) CUSTOS VARIÁVEIS R$ 47.751 ♦ LEITE R$ 31.532 (66%) ♦ GRÃOS R$ 16.219 (34%) MARGEM BRUTA R$ 43.379 ♦ LEITE R$ 36.168 (83%) ♦ GRÃOS R$ 7.211 (17%) SOJA R$ 5.530 (13%) MILHO R$ 1.681 ( 4%) Depreciações R$ 3.912 ó $

Despesas Operacionais

Totais R$ 51.663

Remuneração mão-de-obra familiar

(Eq. H/mês)

R$ 1.561

Renda da Operação Agrícola

R$ 39.467

SOJA R$ 16.530 (18%) MILHO R$ 6.900 (8%)

(18)

AMEAÇAS E OPORTUNIDADES

Preparando-se para a exportação, o setor leiteiro vive um acelerado processo de modernização, manifestado pelo aumento da produtividade, aumento da escala de produção, redução no número de produtores e queda no preço do produto. À medida que são atendidas as restrições sanitárias presentes no mercado internacional das carnes de aves e de suínos - de elevada importância na região – ampliam-se suas possibilidades de exportação, valorizando os grãos, insumos fundamentais para estas atividades e presentes em todos os sistemas de referências regionais estudados.

Dados de 1999 indicam que na região Sudoeste encontram-se 28,63% dos produtores de leite do Paraná, que entregam a laticínios e cooperativas menos de 200 l/dia, representando 95% dos produtores de leite da região.

Devido a importância da atividade leiteira nos sistemas de produção regionais, é possível inferir-se que caso os impactos do fenômeno de modernização do setor leiteiro no Paraná se assemelhem ao ocorrido no Brasil, a economia da região será afetada de maneira profunda e negativa.

Diante deste cenário desafiador, o setor exige do produtor, entre outras providências, a rápida melhoria na qualidade da matéria prima, bem como o incremento na produtividade e economicidade do leite e dos grãos, atividades componentes deste sistema.

• Rebanhos sem controle sanitário, reprodutivo e leiteiro, comprometendo a qualidade do produto, a produtividade e a competitividade econômica da região.

• Dificuldades econômicas impedem o aumento da escala de produção individual para um grande número de agricultores. Existe a necessidade de que um maior número destes agricultores adotem práticas associativas para melhorar a economicidade, a produtividade e a escala de produção, reduzindo ou retardando a exclusão dos mais pobres:

• A aquisição coletiva de máquinas e equipamentos viabilizaria a melhoria do desempenho econômico das UEA´s, minimizando os efeitos da baixa capacidade de investimento individual de parte dos agricultores.

• A reorganização das próprias UEA´s em estruturas associativas, com base em um produto (associações) ou em todas as atividades (condomínios), melhoraria a competitividade, pelo aumento na escala de produção e redução dos custos.

• A baixa disponibilidade de recursos e mão-de-obra inviabiliza a manutenção de animais improdutivos nas UEA´s. A criação de animais de reposição em condomínios liberaria área e mão-de-obra, para serem ocupadas com animais adultos, possibilitando o aumento da economicidade e escala de produção;

• As UEA´s deste sistema serão prioritariamente as fornecedoras de novilhas para a região. Para que tenham oportunidade no mercado, há necessidade de que se reduza a exclusão de outros produtores da atividade, pois o excesso de oferta de animais de seus rebanhos em

(19)

liquidação, diminuiria os preços, impactando negativamente a atividade de todo o sistema.

• A região possui elevadas condições de competitividade nos setores leiteiro e de grãos, decorrentes de seu clima favorável à produção de grãos e pastagens (tropicais e temperadas), boa distribuição de chuvas e elevados níveis de energia solar incidente. A combinação dos efeitos perversos da estrutura fundiária e a insuficiência de incentivos à agricultura familiar, no entanto, podem comprometer o futuro deste sistema de produção. Relativamente às áreas do Brasil Central – atualmente as mais promissoras nos setores de leite e grãos – contamos ainda com excelentes condições de produção de forrageiras temperadas, que propiciam condições competitivas de produção no período frio, melhorando sensivelmente a distribuição da oferta de leite, característica importante para reduzir a ociosidade das indústrias de laticínios.

(20)

PSM2 GRÃOS /LEITE EXTENSIVO

2,5 Eq.h, 20 vacas leiteiras

Alimentação animal 100% a pasto

Produz milho, soja e 52 mil litros de leite, em 22 ha sobre relevo

forte ondulado

Características do Sistema

- Alternância / rotação de milho / soja / PAI em plantio direto;

- Degradação das PPV’s após 3-5 anos de uso, devido a baixa adubação de mantença;

- Suplementação com energético, utilizando menos de 100 kg de rolão de milho/vaca/ano; - Lactações em torno de 3000l leite/vaca/ano; - Parte das máquinas agrícolas alugadas;

- A localização dos piquetes em áreas acidentadas exige, para a expansão das pastagens, redução da área ocupada por grãos; - Interesse limitado na ampliação do rebanho

leiteiro.

- Maior produção de leite na estação fria;

- Produção de grãos e leite a baixo custo, representando respectivamente 58% e 42% da renda bruta. AR + NL AR NL AR NL AR + NL

TOPOSSEQUÊNCIA: Relevo forte ondulado de baixíssima aptidão agrícola com banquetas de Neossolos Litólicos

associados a Afloramentos de Rocha.

UNIDADE DE EXPLORAÇÃO AGRÍCOLA 28 ha

SAU 22 ha

GRÃOS 16,0 ha

PASTAGEM ANUAL DE INVERNO 16,0 ha PASTAGEM PERENE DE VERÃO 5,0 ha PASTAGEM PERENE DE INVERNO 1,0 ha

RESERVA LEGAL 5,5 ha

CONSTRUÇÕES/ESTRADAS 0,5 ha

INTERNAS

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OUT NOV DEZ JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET PASTAGEM PERENE DE VERÃO (PPV)

NPK NPK NPK

PASTEJO PPV + TREVO BRANCO IMPL. AZ + T.B. DIFERIMENTO TREVO BRANCO PASTEJO PPV +

PASTAGEM PERENE DE INVERNO (PPI) REDUZ ANIMAIS

LIMPEZA/ADUBAÇÃO DIFERIMENTO

USO PLENO DA PPI

PASTAGEM ANUAL DE INVERNO (PAI)

FASE SOJA IMPL. PAI PASTEJO PAI FASE MILHO IMPL. PAI PASTEJO PAI

OUT NOV DEZ JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET

UNIDADE ANIMAL (kg MS/dia) REBANHO (kg MS/ano)

ESTAÇÃO QUENTE ESTAÇÃO FRIA ESTAÇÃO QUENTE ESTAÇÃO FRIA

PPV 13,5 3,0 93.000 11.000

PAI 0,0 12 0,0 43.600

PPI 0,5 1,5 7.500 17.500

ROLÃO MILHO 0,9* 0,9** 945* 945**

ALIMENTAÇÃO DO REBANHO

CAPACIDADE DE SUPORTE DAS PASTAGENS Estação quente: 2100 kg PV/ha ou 4,6 UA/ha Estação fria: 788 kg PV/ha ou 1,75 UA/ha

• Durante 9 meses do ano o sistema baseia-se em forrageiras tropicais. Em relação às forrageiras temperadas, as tropicais apresentam maior produção (kg MS/ha), mas com menor teor de PB e digestibilidade.

• O consórcio com leguminosas eleva o teor de PB das forrageiras tropicais, com aumento insuficiente da capacidade de suporte da pastagem.

• A aplicação de N aumenta a capacidade de suporte da pastagem e também a PB. • A menor digestibilidade das forrageiras tropicais demanda suplementação energética.

FORNECIMENTO DE ROLÃO DE MILHO

Sugere-se a divisão dos animais em 2 grupos, conforme as diferentes capacidades de resposta:

• GRUPO I – Vacas e novilhas de 1ª cria nas últimas 3 semanas antes do parto + vacas até a 12ª semana após o parto; e

• GRUPO II – Vacas em lactação da 13ª semana após o parto até o final da lactação.

* Corresponde ao consumo do grupo I na estação quente.

** Corresponde ao consumo do grupo I na estação fria.

SENDO A ALIMENTAÇÃO BASEADA EM PASTAGENS, HÁ NECESSIDADE DE CUIDADO ESPECIAL COM A MINERALIZAÇÃO DOS ANIMAIS.

SEGURANÇA

• Na ocorrência de eventos imprevisíveis (veranicos, geadas fora de época), aplicar maiores doses de nitrogênio para evitar a compra de concentrado;

• Nas cotas mais altas da UEA, manter uma área cultivada com cana, a ser fornecida prioritariamente a animais secos.

(22)

O REBANHO E SUA DINÂMICA

ÍNDICES TÉCNICOS

- Animais com média mestiçagem Jersey e Holandês - Peso 1ª Cobertura

- Holandês 350 kg: até 18 meses - Jersey 250 kg: até 16 meses - Taxa de Reposição: 20 %

- Inseminação artificial ou touro de raça

ENTRE O DESMAME E OS 4 MESES PROSSEGUIR COM O FORNECIMENTO DE

RAÇÃO E FENO ÀS BEZERRAS.

SELEÇÃO DE BEZERRAS

(DE REPOSIÇÃO) AO

FINAL DO COLOSTRO.

ESTUDAR FORMAS

ASSOCIATIVAS DE

CRIAR AS BEZERRAS.

INICIAR / APRIMORAR O CONTROLE LEITEIRO, SANITÁRIO E REPRODUTIVO. INSEMINAR AS MELHORES VACAS (50% DO PLANTEL) COM SÊMEN DE TOUROS

LEITEIROS DE QUALIDADE.

INSEMINAR AS PIORES VACAS (50% DO PLANTEL) COM SÊMEN DE RAÇAS DE CORTE. 20 Vacas Leiteiras 9 Bezerras 0 a 1 ano 4 Novilhas 1 a 2 anos 9 Machos 0 a 5 dias 5 Novilhas

1 ano Descarte/Venda 4 Vacas

Entrada de receitas de venda de

(23)

A PRODUÇÃO DE GRÃOS

CONSTITUIÇÃO E MANEJO DAS PASTAGENS

- Milho safra – Cultivares híbridos de ciclo super precoces e precoces de alta tecnologia, em populações de 63 – 65 mil plantas/ha e produtividade de 9 mil kg/ha. 70 – 80% é destinado à venda. - Soja – Cultivares de ciclo semi precoce e médio, em população de 400 mil plantas/ha e produtividade

de 3,5 mil kg/ha.

PASTAGEM PERENE DE VERÃO (PPV) - Devido à

declividade das áreas disponíveis na maioria das UEA,s, esta pastagem terá que

ocupar uma parte das áreas da lavoura. Constituída

preferencialmente de Coast-cross 1, Tifton 68/85, ou capim elefante pioneiro. A produção de tal pastagem deverá ser intensificada com a correção e adubação de solo na

implantação e manutenção, divisão em piquetes, instalação de bebedouros e

sombreamento. A PPV deverá ser sobressemeada com azevém + trevo branco. Durante a estação quente, o pastoreio noturno desta área é prática fundamental.

PASTAGEM ANUAL DE INVERNO (PAI) - Talvez a

pastagem mais importante deste sistema. Costumeiramente semeada com aveias de ciclo curto sucede as lavouras de verão. Estas áreas podem ser utilizadas pelo gado até início de setembro (no caso de plantio de milho) ou novembro (plantio de soja). A mistura das aveias comuns com as de ciclo longo (IAPAR 61,

SempreVerde) ou com o azevém e uma leguminosa anual pode prolongar o período e o volume de oferta desta pastagem (ver calendário de manejo de pastagem), desde que seja melhorada a fertilidade destas áreas. No ano a implantar soja, deixar o azevém ressemear. Aos 40 –50 dias de pastejo, fazer uma adubação de cobertura com N e K.

PASTAGEM PERENE DE INVERNO (PPI) - Implantada nos locais mais frios

da UEA (áreas baixas, voltadas para o sul e oeste), em área correspondente à metade da área de PPV, pode ser constituída de Festuca

(preferencialmente EMPASC 312) + Trevo Branco + Trevo Vesiculoso ou Trevo Vermelho. Por possuírem sementes pequenas e serem de estabelecimento lento, estas pastagens são de difícil implantação. O sucesso desta fase está condicionado a um terreno nivelado e firme, o que se consegue com a passagem do rolo-faca ou trabalho esmerado com grade. Falhas comuns verificadas na região têm sido a não efetivação do arranquio manual de invasoras (principalmente guanxuma) e a ausência da adubação de manutenção, encurtando em muito a vida útil do pasto.

PASTEJO ROTATIVO PASTEJO CONTÍNUO ALTO

(14CM) PASTEJO ROTATIVO

• As forrageiras perenes demandam maiores quantidades de nutrientes do que os grãos.

• Para obter e manter elevada produtividade das pastagens perenes, poderá haver necessidade de acréscimo de Zn nas adubações.

• As adubações deverão ser definidas pela análise de solo, diversificando os adubos pela utilização de fosfatos naturais, cama de aviário, esterco de suínos, etc.

• Nas pastagens as leguminosas deverão ser peletizadas e inoculadas com inoculante específico.

Instalar água e sombra para que o gado permaneça por maior tempo no pasto, inclusive à noite, reciclando nutrientes e depositando matéria orgânica pelo pastejo e dejetos.

NITROGÊNIO E RENDIMENTOS ESPERADOS

Kg N/ha Ton Ms/ha/ano

PPV 90 14,0 PAI 60 5,0 PPI 40 10,0 Milho (grão) 120 9,0

Soja (grão) 0 3,5 Fonte: Dados do Projeto

CALCÁRIO, P e K

• Calcário: corrigir para V = 70%

• P deve ser elevado para 9 mg/dm3.

• K corrigido para 5% da CTC

d l

(24)

MÃO-DE-OBRA DO SISTEMA

INSTALAÇÕES E EQUIPAMENTOS NECESSÁRIOS

INSTALAÇÕES

• Sala de ordenha

• Sala de leite 75 m2

• Depósito de ração

• Depósito para insumos e equipamentos de 78 m2

• Silo para grão úmido de 30 m2

• Depósito e distribuição de água

EQUIPAMENTOS

• Ordenhadeira com 2 conjuntos completos • Resfriador de expansão 500 litros

• Lava-jato

• Aparelho de cerca elétrica • Pulverizador costal manual • Maquinário para grãos (terceirizado ou em grupos)

- trator

- semeadeira/plantadeira de plantio direto - pulverizador - colheitadeira - ensiladeira - roçadeira - triturador de 3 pontos - distribuidor calcário/uréia/esterco. OUTROS • Cercas • Tronco

• Cochos cobertos p/sal mineral • Bebedouros CAPITAL PRÓPRIO: • Instalações- R$ 13.866,00 • Máquinas e equipamentos- R$ 13.633,00 • Plantel estabilizado- R$ 29.920,00 • TOTAL: R$ 57.419,00 0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50 55 60 65 DH

out nov dez jan fev mar abr mai jun jul ago set

D IS TR IB U IÇ ÃO AN U AL D E MÃO D E OB R A (D H /MÊ S ) leite grãos gerênc ia MO di

- A mão-de-obra de 2,5 Eq.H não se constitui fator restritivo ao sistema, verificando-se excedentes de oferta durante todo o ano.

(25)

RESULTADOS ECONÔMICOS

RENDA BRUTA

R$ 57.500

♦ GRÃOS* R$ 33.580 (58%)

♦ LEITE R$ 23.920 (42%) CUSTOS VARIÁVEIS R$ 22.797 ♦ GRÃOS R$ 13.309 (58%) ♦ LEITE R$ 9.488 (42%) MARGEM BRUTA R$ 34.703 ♦ GRÃOS R$ 20.271 (59%) ♦ LEITE R$ 14.432 (41%)

Depreciações R$ 1.965

Despesas Operacionais

Totais R$ 24.762

Remuneração mão-de-obra familiar

(Eq. H/mês)

R$ 931

Renda da Operação Agrícola

R$ 32.738

*SOJA R$ 22.330 (39%)

*MILHO R$ 11.250 (19%) SOJA R$ 16.008 (47%)

(26)

AMEAÇAS E OPORTUNIDADES

Preparando-se para a exportação, o setor leiteiro vive um acelerado processo de modernização, manifestado pelo aumento da produtividade, aumento da escala de produção, redução no número de produtores e queda de preço do produto.

À medida que são atendidas as restrições sanitárias presentes no mercado internacional das carnes de aves e de suínos - de elevada importância na região – ampliam-se suas possibilidades de exportação, valorizando os grãos, insumos fundamentais para estas atividades e presentes em todos os sistemas de referências regionais estudados.

Dados de 1999 indicam que na região Sudoeste encontram-se 28,63% dos produtores de leite do Paraná, que entregam a laticínios e cooperativas menos de 200 l/dia, representando 95% dos produtores de leite da região.

Devido a importância da atividade leiteira nos sistemas de produção regionais, é possível inferir-se que caso os impactos do fenômeno de modernização do setor leiteiro no Paraná se assemelhem ao ocorrido no Brasil, a economia da região será afetada de maneira profunda e negativa.

Diante deste cenário desafiador, o setor exige do produtor, entre outras providências, a rápida melhoria na qualidade da matéria prima, bem como o incremento na produtividade e economicidade do leite e dos grãos, atividades componentes deste sistema.

• Rebanhos sem controle sanitário, reprodutivo e leiteiro, comprometendo a qualidade do produto, a produtividade e a competitividade econômica da região. • Dificuldades econômicas impedem o aumento da escala de produção individual

para um grande número de agricultores. Existe a necessidade de que um maior número destes agricultores adotem práticas associativas para melhorar a economicidade, a produtividade e a escala de produção, reduzindo ou retardando a exclusão dos mais pobres:

• A aquisição coletiva de máquinas e equipamentos viabilizaria a melhoria do desempenho econômico das UEA´s, minimizando os efeitos da baixa capacidade de investimento individual de parte dos agricultores.

• A reorganização das próprias UEA´s em estruturas associativas, com base em um produto (associações) ou em todas as atividades (condomínios), melhoraria a competitividade, pelo aumento na escala de produção e redução dos custos. • A baixa disponibilidade de recursos e mão-de-obra inviabiliza a manutenção de

animais improdutivos nas UEA´s. A criação de animais de reposição em condomínios liberaria área e mão-de-obra, para serem ocupadas com animais adultos, possibilitando o aumento da economicidade e escala de produção;

• A região possui elevadas condições de competitividade nos setores leiteiro e de grãos, decorrentes de seu clima favorável à produção de grãos e pastagens (tropicais e temperadas), boa distribuição de chuvas e elevados níveis de energia solar incidente. A combinação dos efeitos perversos da estrutura fundiária e a insuficiência de incentivos à agricultura familiar, no entanto, podem comprometer o futuro deste sistema de produção. Relativamente às áreas do Brasil Central – atualmente as mais promissoras nos setores de leite e grãos – contamos ainda com excelentes condições de produção de forrageiras temperadas, que propiciam condições competitivas de produção no período frio, melhorando sensivelmente a distribuição da oferta de leite, característica importante para reduzir a ociosidade das indústrias de laticínios.

(27)

• A ameaça para este sistema típico, está na pequena escala de produção. Na medida em que o sistema típico tem a perspectiva de contar apenas com a mão-de-obra do casal nos próximos anos, agravando o problema, vislumbra-se apenas duas alternativas para o futuro próximo:

• o associativismo como já foi abordado anteriormente; ou

• uma profunda mudança na orientação do sistema, que passaria a priorizar a produção de leite, numa tecnologia próxima do Sistema de Referência 1 (PSM2 leite intensivo/grãos).

(28)

PSM1 LEITE GRÃOS FRUTAS DE CAROÇO

,

2 Eq.h. – 15 vacas leiteiras

Alimentação animal à base de pastagem, silagem e concentrado

Produz leite, grãos e 12 mil kg/ha de frutas de caroço em 11 ha,

sobre relevo ondulado a forte ondulado, em regiões de clima Cfb.

Características do sistema

- Maiores restrições de área e capital e elevada pressão de uso sobre o recurso natural.

- Soja e milho em anos alternados, integrados a PAI.

- Produção de leite baseada em PPV, PPI, PAI e silagem.

- Fornecimento limitado de grãos/concentrados aos animais.

- Silagem no período frio.

- Pomar de pêssego com 400 plantas/ha.

- Demanda de 1,0 Eq. h para a fruticultura de junho a dezembro.

- Pastejo da cobertura do pomar por animais jovens, nos períodos vegetativos do pomar. - PAI (pomar) parcialmente estocada sob a forma

de feno.

- Solos com baixos teores de matéria orgânica, sendo a reposição desta uma prioridade para melhorar os rendimentos, tanto das pastagens quanto das lavouras.

- Máquinas agrícolas e serviços parcialmente adquiridos de terceiros.

- Produção de leite, grãos e frutas de caroço, que participam respectivamente com 54%, 21% e 25% da renda bruta. RL RL TOPOSSEQUÊNCIA: Relevo ondulado a forte ondulado de baixa aptidão agrícola, com banquetas de Cambissolos associados a degraus de Neossolos Litólicos

Cr/Cpp + RL Cr/Cpp RL Cr/Cpp Cpp/Cp RL

UNIDADE DE EXPLORAÇÃO AGRÍCOLA 14 ha

SAU 11 ha

GRÃOS 5,5 ha

SILAGEM MILHO PLANTA INTEIRA 0,5 ha PASTAGEM ANUAL DE INVERNO 6,0 ha PASTAGEM PERENE DE VERÃO 4,0 ha

RESERVA LEGAL 2,3 ha

CONSTRUÇÕES/ESTRADAS 0,7 ha

INTERNAS

FRUTICULTURA 1,0 ha

(29)

CONSTITUIÇÃO E MANEJO DAS PASTAGENS

A PRODUÇÃO DE GRÃOS

MILHO – Pelos baixos rendimentos obtidos (5 mil kg grãos/ha) não

compensa investir em híbridos mais caros. Por isso recomenda-se híbridos duplos e variedades de média tecnologia, propondo-se que a diferença seja investida em corretivos e adubos. Cerca de 80% do milho produzido é destinado a venda.

SOJA – Cultivares de ciclo semi precoce e médio, em população de 400 mil

plantas/ha e produção de 2,8 mil kg grãos/ha.

PASTAGEM DE OUTONO (PO) –

Em meados de janeiro, retira-se o milho para silagem havendo o intervalo de 60 dias até o plantio da PAI. A PO pode ser implantada neste período com a utilização do milheto (preferencialmente BN2).

PASTAGEM ANUAL DE INVERNO (PPI) – Costumeiramente semeada

com aveias de ciclo curto sucede as lavouras de verão. Estas áreas podem ser utilizadas pelo gado até início de setembro (no caso de plantio de milho) ou novembro (plantio de soja). A mistura das aveias comuns com as de ciclo longo (IAPAR 61, SempreVerde) ou com o azevém e uma leguminosa anual pode prolongar o período e o volume de oferta desta pastagem (ver calendário de manejo de pastagem), desde que seja melhorada a fertilidade destas áreas.

PASTAGEM PERENE DE VERÃO (PPV) – Constituída

preferencialmente de Coast-cross 1, Tifton 68/85, ou capim elefante pioneiro. A produção de tal pastagem deverá ser intensificada com a correção e adubação de solo na implantação e manutenção, divisão em piquetes, instalação de bebedouros e sombreamento. A PPV deverá ser sobressemeada com azevém + trevo branco. Durante a estação quente, o pastoreio noturno desta área é prática fundamental.

PASTEJO ROTATIVO PASTEJO CONTÍNUO ALTO PASTEJO

FERTILIDADE DO SOLO E ADUBAÇÕES

• As forrageiras perenes demandam maiores quantidades de nutrientes do que os grãos.

• As adubações deverão ser definidas pela análise de solo, diversificando os adubos pela utilização de fosfatos naturais, cama de aviário, esterco de suínos, etc.

• Nas áreas de silagem de milho planta inteira observar a rotação de culturas e reposição de K. • Nas pastagens as leguminosas deverão ser peletizadas e inoculadas com inoculante específico.

• Instalar água e sombra para que o gado permaneça por maior tempo no pasto, inclusive à noite,

reciclando nutrientes e depositando matéria orgânica pelo pastejo e dejetos.

NITROGÊNIO E RENDIMENTOS ESPERADOS

Kg N/ha Ton Ms/ha/ano

PPV 90 5,0 PAI 50 6,0 PO 50 8,0 Milho (silagem) 90 10,0 Milho (grão) 90 5,0 Soja (grão) 0 2,8 Fonte: Dados do Projeto

CALCÁRIO, P e K

• Calcário: corrigir para V = 70% • P deve ser elevado para 9 mg/dm3.

• K corrigido para 5% da CTC do solo.

Referências

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