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1 ÁGUAS PROFUNDAS DA PRESENÇA

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Academic year: 2022

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ÁGUAS PROFUNDAS DA PRESENÇA

N.T. Wright conta em seu livro Simplesmente Cristão: Por Que o Cristianismo Faz Sentido, uma ótima história. Existiu certa vez um ditador poderoso que governava seu país com mão de ferro. Cada detalhe do cotidiano das pessoas era avaliado e colocado em prática de acordo com um sistema racional. Nada escapava ao seu controle. O ditador, então, resolveu pavimentar as fontes de água do país com uma grossa camada de concreto, de modo a impedir o surgimento de qualquer filete de água. A água de que as pessoas necessitavam estaria disponível por meio de um sistema de esgotos racional e complexo. Oportunamente, seriam colocados vários produtos químicos na água. O suprimento de água seria controlado pelo ditador; todos receberiam a quantidade de água decidida por ele. O plano funcionou bem por alguns anos. As pessoas se acostumaram à água do novo sistema, apesar de ter um gosto estranho, algumas vezes. De tempos em tempos elas lembravam com saudade dos riachos borbulhantes e das fontes de água fresca que costumavam desfrutar à vontade. Alguns problemas atribuídos pelas pessoas antigamente à irregularidade das fontes desapareceram. Contudo, o ar agora estava tão poluído quanto a água; o ditador, por sua vez, não fazia nada para resolver esse problema. De um modo geral, no entanto, o novo sistema parecia eficiente, e as pessoas elogiavam o ditador por sua visão de longo alcance.

Uma geração se passou. Tudo parecia bem. Até que, sem aviso prévio, as fontes que haviam continuado a borbulhar e a brotar debaixo do concreto sólido não puderam mais ser contidas. Em uma explosão repentina, semelhante à erupção de um vulcão seguida de um terremoto, e elas irromperam através do solo. No início, juntamente com a água apareceu o barro e a sujeira que a poluía. Ao jorrar com força, porém, a água limpa veio à tona, escorrendo pelas ruas e pelas paredes das casas, lojas e fábricas. Rachaduras rasgaram as ruas ao meio e o caos tomou conta das cidades.

Algumas pessoas, porém, ficaram radiantes: por fim poderiam desfrutar novamente da água sem depender do sistema. Enquanto isso, as pessoas que gerenciavam os esgotos oficiais ficaram perdidas. De repente, todos tinham água mais que suficiente, água pura, cristalina, mas ela já não podia mais ser controlada.¹ Fiz apenas algumas adaptações a fim de ilustrar o que ocorreu quando se tentou cercear o Cristianismo no período da Idade Média.

O ditador representa a liderança monopolizadora que esteve à frente da Igreja durante esse período. A água representa a graça. A grossa camada de concreto representa o sistema de controle imposto pela liderança papal e o sistema racional de distribuição de água, a tentativa de confisco da obra do Espírito. Essa foi uma época sinistra da história do Cristianismo. As terríveis barbaridades cometidas pela liderança, contaminaram a Igreja. Trouxe mau cheiro à fé. A teologia putrefou, por causa do paganismo que dilacerou mortalmente o coração da sã doutrina cristã. O cheiro fétido da simonia, da corrupção e da prostituição, poluiu a atmosfera criada pelo Espírito Santo na Igreja de Atos. É deste ambiente que o Senhor levanta Madame Guyon, para guiar muitos às águas da

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Presença. Alister McGrath declara: “Como os grandes rios nascem de águas profundas que brotam nas montanhas, o rio do avivamento nascerá nos lugares altos, vindo de águas profundas! ”

Vida em profundidade

Madame Guyon disse em seu livro Experimentando as profundezas de Jesus Cristo, que:

“Você deve se tornar como a abelha que penetra nas profundezas da flor. Mergulhar bem fundo para remover-lhe o néctar mais escondido”.2 Charles Swindoll diz que: “A vida marcada pela profundidade só pode ser cultivada em longos períodos de tempo passados em silêncio” na Presença (Mt 6.6). Mergulhe na Presença que a doçura do Céu fluirá da rocha e transformará a sua vida (Mt 6.6). Deuteronômio 32.13 fala do mel que sai da rocha: “Ele o fez cavalgar sobre as alturas da terra, e comer os frutos do campo, e o fez chupar mel da rocha”. O mel que você coletar diariamente na Presença é a santidade de Deus, onde o poder divino está abrigado. Assim como o mel afeta profundamente o alimento que ele toca, a santidade afeta a nossa estrutura interior.

Conforme você abrir diariamente o seu coração na Presença, a santidade poderá ter acesso ao mais íntimo do seu ser, transformando-o à semelhança de Jesus. Ele derramou o Seu sangue para nos tornar santos (Hb 9.13-14; 10.19-22; 1 Jo 1.7-9). É a santidade de Deus que o manterá longe do pecado. Ela transformará o seu caráter. Trata-se de algo divino que somente pode ser coletado na atmosfera do Céu. É inerente ao caráter de Deus. Ele é santo, e nos fez para sermos santos, para o louvor da Sua glória (Ef 1).

Níveis mais profundos da Presença

Madame Guyon nasceu na França, em 1648, e desde cedo começou a buscar comunhão íntima com Deus. Rick Warren declarou: “Satanás tenta limitar a sua oração, porque ele sabe, a sua oração vai limitá-lo”. Em 1668, teve a plena experiência do amor de Cristo. Depois disso ela passou a gastar tempo em oração. Até 1676, sofreu a perda de filhos, do marido, do pai e de uma grande amiga. Porém, tudo isso serviu apenas para que ela aprofundasse sua experiência com Deus.

Embora muito popular e admirada por muitos membros influentes na corte, ela passou a ser perseguida e aprisionada várias vezes, por causa da sua fé. Manteve uma enorme correspondência e seus trabalhos preencheram quarenta volumes. Seus escritos mais famosos foram Um Método Muito Curto e Fácil de Orar e sua Autobiografia.

Experimentando as águas profundas da Presença

Os escritos de Madame Guyon, Experimentando as Profundezas de Jesus Cristo e Experimentando Deus através da Oração, influenciaram grandemente homens como John Wesley, Watchman Nee, C. S. Lewis, Zinzendorf, Andrew Murray e milhares de outros cristãos, encorajando-os a mergulharem em níveis mais profundos da Presença. Madame Guyon amava ao Senhor plenamente. Ela dizia: “A maioria dos cristãos não percebe que é chamada para uma relação mais profunda, interior, com o seu Senhor. Mas todos nós fomos chamados às profundezas de

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Cristo, tão certo como fomos chamados para a salvação”. Guyon escreve em seu livro As Profundezas da Oração, como você deve se desconectar das atividades diárias e dos sons da Terra para ligar-se ao Senhor, como um exercício espiritual definido. Ela dizia: “Primeiro, logo que chegue à Presença de Deus, permaneça em silêncio respeitoso por um pouco de tempo. Permaneça em Sua divina Presença sem estar preocupado sobre o quê orar. Simplesmente desfrute Deus. Não procure nada de Deus neste período, a não ser amá-Lo e agradá-Lo”.3 “Até que se derrame sobre nós o Espírito lá do alto; então o deserto se tornará em campo fértil... E o meu povo habitará ...em lugares quietos de descanso” (Is 32.15-18).

Desejando estar profundamente com o Senhor

O grande missionário da África do Sul, Andrew Murray, que foi influenciado por Madame Guyon, experimentou de forma muito profunda a Presença do Senhor em sua vida. Sua obra tocou e ainda toca a Igreja no mundo inteiro por meio de escritos profundos, incluindo The Spirit of Christ (O Espírito de Cristo), The Holiest of All (O Mais Santo de Todos), With Christ in the School of Prayer (Com Cristo na Escola de Oração), Abide in Christ (Permaneça em Cristo), e Humildade, os quais são considerados clássicos da literatura cristã. Todos falam da necessidade suprema que temos de cultivarmos uma profunda intimidade com o coração de Deus, através de um tempo consagrado a Ele. Blaise Pascal escreveu: “A força da virtude de uma pessoa não deve ser medida por seus esforços especiais, mas por seus hábitos”. Murray dizia: “Você deve preparar-se para a oração, pelo estudo sagrado da Bíblia. A oração não é um monólogo, onde tudo vem de um lado, mas é um diálogo, onde o filho ouve o que o Pai diz. ” “Reserve um tempo para apresentar-se com reverência e em silêncio perante Deus. Lembre-se da Sua grandeza, santidade e amor. ” “Além da duração do tempo que passamos com Deus em oração, devemos considerar a força com que a nossa oração governa toda a nossa vida. ”

O Valor da meditação

Madame Guyon continuou seus ensinamentos e por isso foi detida quatro vezes, a última das quais por quatro anos (1694-1702). Ela escreveu as seguintes palavras de uma prisão francesa: “O cristão cuja mente está voltada para o Céu, caminha pela fé simples e pura (...) e quando ele olha através dos seus próprios olhos, é como se ele estivesse olhando através dos olhos de Deus”.

“Esperar em Deus não é ociosidade”, disse Bernardo de Clairvaux: “Mas um trabalho maior do que qualquer outro trabalho, para quem não estiver habilitado”. Meditar requer tempo e preparação. “A melhor preparação geral para a meditação bem-sucedida é uma convicção pessoal de sua importância e uma firme determinação de perseverar na prática”, escreveu P. T. Rohrbach. Madame Guyon escreveu cerca de sessenta obras e compôs poemas e hinos como: “Eu amo o Senhor, mas não com meu amor” e “Longo mergulho na Aflição”.

Guyon sugere que: “A partir do momento em que se colocar na Presença de Deus, leia alguma verdade substancial, faça uma pequena pausa, não para empregar a razão, mas para fixar a mente; o principal exercício é sempre a Presença de Deus”. Ela comenta que o assunto “serve mais para aquietar a mente, do que movimentá-la com o raciocínio. Permita que uma fé

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vivificante em Deus produza um mergulho profundo, impedindo que os sentidos fiquem vagueando:

isso serve, em primeira instância, para nos desprender de numerosas distrações, nos afastar de assuntos externos e nos trazer para perto de Deus, que só pode ser encontrado no Santo dos santos”. Guyon declara que a meditação: “Permite a contemplação da Presença Divina”; por isso:

“É preciso ser diligente e chamar de volta os sentidos dispersos”, para conhecer melhor a Deus.

A Força influenciadora da oração

Há um grande número de pessoas que, após terem tido contato com Madame Guyon, mudaram de vida, por causa da influência positiva desta mulher em suas vidas. Ela era, de fato, uma grande mulher de oração. Ela escreveu: “Meu querido, uma vez que se tenha dado a Deus, não volte atrás.

Lembre-se que um presente, uma vez dado, não está mais disponível ao doador. Orar nada mais é do que voltar o nosso coração a Deus e receber em troca o Seu amor. Pela oração, podem viver na Presença de Deus com o mesmo esforço com que vivem neste ar que agora estão respirando.

Precisamos colocar diante Dele o que está dentro de nós, não o que deveria estar”. William Shakespeare disse: “Minha coroa está em meu coração, e não em minha cabeça”. O novo coração é dado por Deus, segundo o Seu Espírito (Ez 36.26-28); o novo coração é a chave para uma vida abençoada (Ez 36.29); o novo coração é a chave para uma vida frutífera e vitoriosa (Ez 36.30). Deus nos dá um coração marcado pela santidade (Ez 36.31). “O propósito de nossa vida é buscar a Deus.

É o que fomos criados para fazer. Deus quer que nós procuremos longa e apaixonadamente por Sua Presença. Ela é real e tangível. Ela vai mudar nossas vidas completamente”, declarou Rhonda Hughey.

Construindo uma tenda em sua casa para aquietar-se e aprofundar-se na Presença

Construa em sua casa um lugar especial, “que será a sua tenda da Presença” para aquietar-se diante do Senhor. “Não procure nada de Deus durante estes momentos quietos, a não ser amá-LO e agradá-LO. Deus será a sua própria recompensa”, declarou Madame Guyon. Essa tenda será o seu lugar de refúgio. A. W. Tozer diz: “Retire-se do mundo todo dia para algum local privado, ainda que seja apenas o quarto. Permaneça no local secreto até que os ruídos circundantes comecem a esvair-se do seu coração e a sensação da Presença de Deus o envolva. Deliberadamente, desligue os sons desagradáveis e saia do seu recanto secreto determinado a não os ouvir”.

Madame Guyon explica em seu livro Um Método de Oração Simples que: “Embora o recolhimento seja difícil no começo, devido ao hábito que a alma adquiriu de estar sempre no exterior, quando pela violência ela mesma ali se colocou, o processo vai se tornando fácil; parte pela força do hábito, parte por causa de Deus, cuja vontade é de se comunicar com seus filhos amados, concedendo-lhes abundante graça e parte por causa do júbilo experimental de Sua presença, que facilita enormemente todo o processo.”4 A oração nos permite ouvir os sons do Céu e tocá-lo (1 Rs 18.41); a oração transforma a terra seca em terra frutífera (1 Rs 18.42-45, Tg 5.18); a oração traz o poder do Céu que acelera a obra na terra (1 Rs 18.46).

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O Senhor “...manifesta coisas profundas...” (Jó 12:22). Ele opera em domínios muito além da nossa capacidade de compreender, mas espera que nós exploremos aquilo que está além do que é óbvio. Alguns dos tesouros inestimáveis de Deus encontram-se escondidos em profundidades tais, que muitas pessoas nunca dão o tempo necessário para procurá-las e encontrá-las. Guyon diz que:

“Por um ato de profunda adoração e rendição incondicional diante de Deus, você poderá se aprofundar na Presença divina, sem permitir que os sentidos se desviem, mas mantendo-os submissos o quanto for possível”. Ela explica que: “Quando a Presença divina nos é confiada e gradualmente começamos a apreciar o silêncio e o repouso, este desfrutar experimental da Presença de Deus introduz a alma num nível mais profundo da oração”.5

A Desconexão de si mesmo

Muitas vezes, o maior inimigo da oração somos nós mesmos, e não as distrações do mundo em que vivemos. Sua mente é o painel de controle das suas emoções. A. W. Tozer fala sobre a importância de convergir os pensamentos nas coisas celestes, caso contrário você enfrentará dificuldades de manter o foco no Senhor enquanto ora: “Você poderá fazer isso até mesmo enquanto trabalha. Pratique a candura, a sinceridade da criança, a humildade. Ore pedindo olhos simples. Leia mais daquilo que é importante para a sua vida interior. Jamais permita que a sua mente fique dispersa por muito tempo”.6 Tozer diz que nós precisamos chamar para casa os nossos pensamentos errantes. “Contemple Cristo com os olhos da alma. Exercite a concentração espiritual. Tudo que anteriormente foi dito depende da correta relação com Deus por meio de Cristo, e da meditação diária nas Escrituras. Faltando estas coisas, nada nos ajudará; asseguradas, a disciplina recomendada conseguirá neutralizar os maus efeitos do externalismo e nos fará conhecer bem a Deus e às nossas próprias almas”. Madame Guyon sabia muito bem disso, quando declarou: “Não se trata de apartar- se do mundo, há que apartar-se de si mesmo. ” Ela declarou que: “A oração é o alimento da alma;

quando nos privamos dela por nossa culpa, fazemo-nos padecer fome a nós mesmos”.

Uma Revolução contra si mesmo

Bill Hybells declara em seu livro Ocupados Demais para Deixar de Orar, que: “Desde o nascimento aprendemos as regras da autoconfiança enquanto nos esforçamos e batalhamos para ganhar autossuficiência. A oração vai contra estes valores profundamente estabelecidos. É um atentado à autonomia humana, uma ofensa à independência do viver”.7 Hybells chega a dizer que:

“A ausência da oração em nossa vida é um reflexo direto do quanto somos autossuficientes. Tirar um pequeno pedaço do dia para orar é um ato de insurreição contra o desejo violento do eu manter- se no controle o tempo topo”. “Para as pessoas que vivem apressadas, determinadas a vencer por si mesmas”, diz Hybells, “orar é uma interrupção desagradável. A oração não faz parte de nossa orgulhosa natureza humana. No entanto, em algum momento, quase todos nós chegamos ao ponto em que caímos de joelhos, inclinamos a cabeça, fixamos nossa atenção em Deus e oramos”.8 Não há algo tão celestial, e tão antiterrenal que prostrar-se em rendição incondicional na Presença. Esse ato nos devolve à condição para a qual fomos originalmente criados: viver em completo alinhamento ao Senhorio de Cristo, para o louvor da sua glória.

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Guyon disse que: “É muito importante dirigir-se à oração com um amor puro e desinteressado, que não busca nada de Deus, senão agradá-Lo e fazer a Sua vontade”. É este amor que gera o compromisso. Guyon declarou que: “Um servo que mede seus esforços apenas pela recompensa, não é digno de recompensa alguma. Dirija-se à oração, não esperando desfrutar de recompensas espirituais, mas para estar exatamente da forma que agrada a Deus”.9

Em 1702, Guyon foi banida para Blois, onde passou o resto da sua vida a serviço do Senhor.

Em 1717, aos 69 anos, faleceu em perfeita paz.

Madame Guyon diz que: “Por um ato de profunda adoração e rendição incondicional diante de Deus, você poderá se aprofundar na Presença divina, sem permitir que os sentidos se desviem, mas mantendo-os submissos o quanto possível”. 10

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O AVIVAMENTO NAS CASAS

Estive recentemente em Amsterdã, na Holanda, ocasião em que tive o privilégio de visitar a casa de Anne Frank. Fugindo da perseguição nazista, ela viveu com sua família no compartimento secreto de sua casa, durante parte da Segunda Guerra Mundial. Enquanto ficou trancada, sob o espectro nazista, ela escreveu um Diário extraordinário. Nele, Anne conta a vida que a sua família levou neste confinamento no período de 12 de junho de 1942 a 1º de agosto de 1944. Griffith W.

Thomas disse: “O mesmo fogo que derrete a cera, endurece o aço”.

Próximo à casa de Anne Frank, você vai encontrar a segunda Igreja que foi construída após a Reforma Protestante. É fácil avistá-la. Ela se desponta no coração de Amsterdã. Ao entrar no interior desta Igreja suntuosa, você pode respirar um ar fúnebre que permeia o ambiente. É difícil acreditar que uma igreja que já abrigou grandes manifestações da glória de Deus, hoje tenha se tornado numa espécie de mausoléu. Quando pisei num espaço retangular demarcado no chão, a guia que nos acompanhava disse que eu estava caminhando sobre um túmulo. O lugar se transformou literalmente num cemitério. A igreja é uma tumba histórica. Aquele lugar onde milhares de pessoas tiveram experiências maravilhosas com a Presença de Deus, hoje não passa de uma cripta. O cheiro de morte estava em toda parte naquele recinto religioso. O pecado assumiu contornos sagrados.

Revestiu-se da religião, e baniu a glória de Deus do meio do seu povo. Com o esfriamento espiritual, a Reforma se tornou um movimento. De movimento, passa a ser um monumento, e com o tempo, se transformou em mausoléu.

Por que necessitamos desesperadamente de um poderoso Avivamento?

O pecado transforma a igreja numa tundra glacial. O pecado é letal (Rm 3.23, 6.23). Ele mata tudo que toca (Rm 5.12). Ele torna o homem frio, hostil às coisas sagradas. Ele banaliza o que é santo. Emporcalha o que é puro (Mt 7.6). O pecado esfria a relação do homem com Deus a ponto de congelar o seu coração, petrificando-o para não ouvir as palavras inefáveis de vida proferidas pelo Criador. Ele coloca mortalha no culto, por que age de forma vociferante matando a paixão por Deus, que deve ser inerente ao ato de adorar. O culto é um evento, um encontro entre dois corações amorosos, de Deus e dos seus filhos queridos. Mas, o que o pecado faz? Tira os filhos do colo aquecedor do Pai, e os lança na mendicância (Lc 15.16-17). Danifica o frágil tecido da gratidão, da rendição sublime e espontânea que reveste esta relação de amor e a transforma numa obrigação. O culto é transformado num ato amorfo de religiosidade (Lc 18.11-12).

O pecado transforma pregadores em mármore. Reduz às cinzas, homens em chamas. Torna o solo da excelência da vocação ministerial na areia movediça do profissionalismo pastoral, no pântano do secularismo. Transforma a aspiração em ambição e substitui a inspiração por mera transpiração da carne. George MacDonald declarou que “a ambição não é nada senão a sombra maquiavélica da aspiração”. Tira o tempero das reuniões e as transforma em algo insípido. Tenta represar no tempo uma experiência com a eternidade. O pecado é desprezível. Como diz C. S.

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Lewis, o pecado é antinatural, é contrário à vida. Ele cheira mal. Ele humaniza o que é divino (Rm 1). Ele transforma a fé em incredulidade, a esperança em desespero, a festa em luto, ele drena a vitalidade da igreja (Ap 3.15-16). Seca as raízes e mata o resto.

Diante de tamanha violência contra o coração de Deus, o que poderia vencer o poder do pecado, senão uma ação surpreendente e mais poderosa da Sua parte? E, se o pecado afeta tanto assim a psicologia humana, o culto, a pregação e a vida da igreja, não seria compreensível que em tempos de avivamento tenhamos manifestações grandiosas de Deus? Não será por isso que em tempos de avivamento é comum vermos pessoas tremendo, gemendo, até gritando em clamor, em estado de arrebatamento, sendo lançadas e prostradas ao chão, pasmas, quebrantadas pela presença daquele que é Santo? Às vezes para reconstruir é preciso implodir, outras vezes é necessário explodir.

Quando chega o avivamento, a primeira coisa que acontece com o deslumbramento diante do afeto do coração amoroso de Deus e da magnitude da sua misericórdia, é o arrependimento. Há um profundo despertamento para a compreensão da loucura de viver longe dos braços do Pai, afundado no charco deste mundo tenebroso (Jn 4). Há um retorno, com lágrimas, gemidos, com a firme resolução de agradar aquele que suportou a cruz, por causa dos nossos pecados. Precisamos desesperadamente de avivamento, por que precisamos urgentemente de arrependimento (Ed 10).

Leonard Ravenhill, em seu livro Por Que Tarda o Pleno Avivamento? conta a experiência de um pastor que pregou uma tabuleta na porta da sua igreja: “Esta igreja passará por um avivamento ou por um sepultamento”. 11 O pecado mata e sepulta, o avivamento, ressuscita; o pecado cala a igreja, o avivamento torna a sua voz audível; o pecado joga a igreja moribunda num leito de conformismo, o avivamento lhe devolve a saúde e a põe de volta de pé, para realizar a missão de despovoar a rota do inferno, e encher o caminho do céu com vidas compradas pelo precioso sangue do Cordeiro de Deus (Ez 37.1-14).

O Dr. John Stott, considerado um dos maiores exegetas bíblicos do século XX, disse que:

“Antes de mandar a Igreja para o mundo, Cristo mandou o Espírito para a Igreja. A mesma ordem precisa ser observada hoje”. Não há missão sem capacitação. Não há pregação sem poder. Não há avivamento sem derramamento do Espírito.12

Em Busca da Presença

A inconformação com a estrutura eclesial, que mortifica a vida no Espírito e amordaça os profetas, começou a ferver no coração de George Fox. A sua influência foi tão extraordinária, que as águas que fluíam do seu coração se tornaram num rio caudaloso, que transpôs o seu tempo. A sua determinação em voltar-se ao padrão original da Igreja de Atos, o levou a pregar um estilo de vida avesso ao que a Igreja levava no seu tempo. Ele proclamou uma vida simples, voltada à pureza, à comunidade, à vida despojada e à vida de oração e jejum. Neste sentido, um grande avivamento desaguou neste período da história, tão seco da Presença.

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A inconformação de Fox o levou a criar, em 1652, o Movimento Quaker. Este movimento ficou conhecida como a Sociedade dos Amigos, que reagiu contra o que considerava abusos da Igreja Anglicana, colocando-se como “sob a inspiração direta do Espírito Santo”. Por esta razão, ele foi muitas vezes perseguido e preso. Fox acreditava que cada pessoa pode ter acesso contínuo direto à “Presença Divina”.

A igreja nas casas

A rejeição do sistema da liturgia ossificada do anglicanismo, levou os quakers se reunirem nas casas. A impossibilidade de se realizarem suas reuniões em templos, os levou a organização do movimento em grupos pequenos. A perseguição ao grupo fez das casas um lugar estratégico de oração, culto, planejamento e evangelização. Por isso, os quakers cresceram rapidamente. O maior testemunho da autenticidade da sua fé é a perseguição (como previsto por Cristo para seus seguidores verdadeiros). Fox foi preso e levado aos tribunais mais de sessenta vezes; e condenado a passar mais de seis anos em prisões horrendas. Na época, 13 mil Quakers foram presos e suas propriedades confiscadas.

As casas são centros estrategistas do Cristianismo. Em toda a história, a igreja cresceu mais a partir das reuniões nos lares. Os grupos pequenos, também denominados de grupos familiares ou células, desempenharam um papel fundamental no avanço do Cristianismo. Houve um rápido crescimento da Igreja nos lares com Philip Jacob Spener, no início do pietismo, George Whitefield, John Wesley, William Booth, nos movimentos missionários dos séculos XIX e XX, na igreja da Coreia, América Latina, África, especialmente no Congo, Oriente Médio, na Índia e na China.

Jesus usou amplamente as casas para propagar a Palavra. Ele fez reuniões na casa da sogra de Pedro (Mc 1), operou milagres na sua casa em Cafarnaum (Mc 2), ressuscitou a filha de Jairo em casa (Mc 5). Ele pregou, ensinou, curou, evangelizou, nutriu relacionamentos nas casas (Lc 19).

Lucas 10:1-9 declara: “E depois disto designou o Senhor ainda outros setenta, e mandou-os adiante da sua face, de dois em dois, a todas as cidades e lugares aonde ele havia de ir. E dizia-lhes:

Grande é, em verdade, a seara, mas os obreiros são poucos; rogai, pois, ao Senhor da seara que envie obreiros para a sua seara. Ide; eis que vos mando como cordeiros ao meio de lobos. Não leveis bolsa, nem alforje, nem alparcas; e a ninguém saudeis pelo caminho. E, em qualquer casa onde entrardes, dizei primeiro: Paz seja nesta casa. E, se ali houver algum filho de paz, repousará sobre ele a vossa paz; e, se não, voltará para vós. E ficai na mesma casa, comendo e bebendo do que eles tiverem, pois digno é o obreiro de seu salário. Não andeis de casa em casa. E, em qualquer cidade em que entrardes, e vos receberem, comei do que vos for oferecido. E curai os enfermos que nela houver, e dizei-lhes: É chegado a vós o reino de Deus.

O avanço do Avivamento nas casas

A Igreja de Atos experimentou um grande avivamento nas casas. Atos 2:41-47 declara: “De sorte que foram batizados os que de bom grado receberam a sua palavra; e naquele dia agregaram-se quase três mil almas, e perseveravam na doutrina dos apóstolos, e na comunhão, e

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no partir do pão, e nas orações. E em toda a alma havia temor, e muitas maravilhas e sinais se faziam pelos apóstolos. E todos os que criam estavam juntos, e tinham tudo em comum. E vendiam suas propriedades e bens, e repartiam com todos, segundo cada um havia de mister. E, perseverando unânimes todos os dias no templo, e partindo o pão em casa, comiam juntos com alegria e singeleza de coração, louvando a Deus, e caindo na graça de todo o povo. E todos os dias acrescentava o Senhor à igreja aqueles que se haviam de salvar.

Um grande Avivamento emergiu dentro dos grupos pequenos entre os Quakers, alcançando centenas de milhares de pessoas, mesmo em meio à intensa perseguição. Muitas Sociedades de Amigos se espalharam pela Inglaterra enquanto o destemido George Fox pregava. Nos lares em que realizavam suas reuniões, os aristocratas e as pessoas comuns adoravam juntos. Não existia clero específico algum, e tanto homens quanto mulheres podiam falar conforme se sentissem liderados pelo Espírito. Em 1644 nasceu William Penn, que em 1667 se tornou Quaker, tornando-se o mais conhecido deles em todos os tempos. Ele recebeu terras do rei Carlos II na América do Norte e, nesse solo fértil, disseminou a sua crença. A política tolerante de Penn atraiu imigrantes de todas as partes. Em 1700 havia Quakers reunidos em todas as colônias da Nova Inglaterra. Na morte de George Fox, dez por cento da população da Inglaterra eram Quakers (cerca de 650 mil). Quakers foram espalhados pelo mundo inteiro.

Estima-se que haja 360.000 Quakers no mundo, sendo o Quênia, na África, o local que possui a maior comunidade Quaker.

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UM GRANDE

MOVIMENTO DE ORAÇÃO

O fogo do avivamento se espalhou nas casas, através de um grande movimento de oração, consolidado pela vida devocional de George Fox (1624 - 1691) e seus líderes. Movimentos de oração em larga escala brotam comumente no lugar secreto. Sl 68.8-9 diz: “os céus gotejam perante a face de Deus ...na Presença de Deus. Tu, ó Deus, mandaste a chuva em abundância, confortaste a tua herança, quando estava cansada”. As gotas derramadas na Presença, a sós com Deus, se transformam em chuva sobre a terra.

William Penn testificou de George Fox que: “Acima de tudo ele avantajou-se em oração. A mais espantosa, viva e venerável estrutura que já senti ou contemplei devo dizer era a dele em oração.” George Fox fazia caminhadas de oração. Por muitos anos, às vezes caminhando a noite toda, ele ouviu os ensinamentos do Senhor. Karl Barth dizia: “Deus não é surdo, Ele ouve; mais que isso, Ele atua. Não atua da mesma forma, se oramos ou não.

A oração exerce influência na ação divina. É isso que significa ‘atender’ às orações”. Barth continua: “O fato de Deus ceder aos pedidos dos seres humanos, alterando Suas intenções em resposta às orações, não é um sinal de fraqueza. Ele mesmo, na glória de Sua majestade e poder, quis que assim fosse”. Tudo isso se deve ao Seu precioso amor. Ele quer que você mergulhe diariamente nas águas do Seu amor, e tenha todas as áreas da sua vida revolucionadas pela Sua Presença. Jeremias 31.3 diz: “Há muito que o Senhor me apareceu, dizendo: Porquanto com amor eterno te amei, por isso com benignidade te atraí”. As caminhadas de oração realizadas por George Fox, eram para aprofundar o relacionamento com o Espírito Santo, e familiarizar-se com a sua voz amorosa.

Guiados pelo Espírito Santo

George Fox ensinava sobre a importância de sermos guiados pelo Espírito, ouvindo os Seus sussurros e a Sua voz suave. Fox proclamava a necessidade de andar no Espírito de Deus, mergulhar na Palavra de Deus e na Presença. Era um grande pregador e um tremendo homem de oração.

Conta-se que os edifícios se abalavam quando orava. Ele procurava sempre mostrar como os desejos e afetos para o mundo poderiam ser crucificados enquanto se está vivendo na Luz. Fox proclamava a mensagem da cruz de Cristo. Certo dia, em 1647, ouviu uma voz que lhe disse: “Existe um, igual a Jesus Cristo, que pode falar a ti”. Isso provocou uma grande mudança na vida de Fox que, dali em diante, dedicou-se a seguir a luz interior que Deus dera a ele e a todos que seguiam a Deus. Todos os cristãos - todos os amigos de Jesus - tinham acesso imediato a Deus. Fox ensinava que, ao seguir a luz que Deus dera, eles poderiam destruir o poder de satanás e o fardo do pecado.

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Em 1652 ele teve uma visão que marcou a sua vida; daí por diante começou a ensinar que Deus fala diretamente a qualquer pessoa. O termo quacre vem do inglês quarke, pessoa que treme, e foi cunhado para descrever exatamente as experiências místicas que algumas pessoas estavam vivendo.

Fox foi preso oito vezes durante a sua vida, mas foi pioneiro nos cuidados para com os pobres, idosos e mentalmente enfermos. Propunha reforma nas prisões, opunha-se à pena de morte, à guerra e à escravidão, e defendia o tratamento justo dos índios na Nova Inglaterra. O ensinamento simples, mas convincente, de Fox atraiu outras pessoas. Os amigos - nome pelo qual chamavam uns aos outros - não faziam votos ou juramentos, vestiam-se de maneira simples, comiam pouco, falavam a verdade, e eram totalmente honestos. Eles se opunham à participação nas guerras. Apesar da oposição do governo, protestavam contra o formalismo nos cultos, recusando-se a tirar o chapéu para qualquer homem e não davam contribuições, ou ofertas, à igreja oficial.

George Fox advertiu: “Mas há para vós o perigo e a tentação de atrair vossas mentes para os vossos negócios, e este criar-lhes empecilho; de sorte que mal podeis fazer qualquer coisa para o serviço de Deus, pois haverá o clamor: Meu negócio! Meu negócio! e vossas mentes entrarão nas coisas, em vez de discuti-las. ... E então, se o Senhor Deus cruzar convosco, e vos detiver no mar e na terra, e tirar vossos bens e costumes, vossas mentes sobrecarregadas se afligirão, pois estarão fora do poder de Deus. ”

“Permanecei na vida, no amor, na força e na sabedoria de Deus, em unidade uns com os outros e com Deus; e a paz e a sabedoria de Deus encherão os vossos corações, para que nada domine em vós senão a vida que está no Senhor Deus”.

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A HISTÓRIA DA GRAÇA

John Bunyan (1628 - 1688) foi a voz que ecoou num momento histórico em que a Igreja estava passando por um processo de resfriamento espiritual, em que tudo o que a Reforma Protestante havia conquistado estava em risco. Ele viveu no mesmo período que Madame Guyon.

Eles pertencem a um período de transição em que as águas da Presença corriam no subsolo da História, entre a Reforma e os Grandes Avivamentos do século XVIII, com John Wesley, Jonathan Edwards e George Whitefield. Enquanto John Bunyan esteve numa cela, preso por 12 anos por pregar o Evangelho, ele não permitiu que o mofo da derrota tomasse conta da sua alma. Motivado pela fé, Bunyan escreveu a história da graça no clássico chamado O Peregrino. Bunyan não abriu mão do seu chamado. A exclusividade do chamado de Deus é indicada pelas muitas maneiras que a Bíblia revela: o chamado da salvação de Deus é para o arrependimento (Lc 5:32); das trevas para a maravilhosa luz de Deus (I Pe 2:9); para a graça de Cristo (Gl 1:6); para a paz (Cl 3:5); para a liberdade (Gl 5:13); para a comunhão com Cristo (I Co 1:9) e vida eterna (I Tm 6:12).

Passe mais tempo em quietude

“A oração fará o homem parar de pecar, ou o pecado o seduzirá a parar de orar”,13 disse John Bunyan! Quanto mais profundo um mergulhador for, mais silencioso ficará. John Bunyan disse:

“Na oração, é melhor ter um coração sem palavras do que palavras sem um coração.” A quietude é um traço marcante da profundidade. “O poder de Deus torna-se acessível para nós quando buscamos um lugar isolado para nos achegarmos a Ele, quando aprendemos como direcionar, centralizar nossos corações e ficar quietos diante dele”,14 declara Bill Hybells em seu livro Ocupado Demais para Deixar de Orar. Ele explica que: “quando aprendemos a disciplina da quietude diante de Deus, descobrimos que a orientação Dele vem até nós com pouca interferência”. Foi por este motivo que Bill assumiu o compromisso de passar de meia a uma hora, todas as manhãs, em um lugar isolado com o Senhor. Ele testemunha que tem essa prática porque se cansou de viver sem refletir sobre a sua vida. Assim, ele desenvolveu uma disciplina própria em relação à quietude diante de Deus. “É a única disciplina espiritual pela qual me apaixonei de verdade”, diz Bill, “e não pretendo abandoná-la porque tem acrescentado mais e mais riqueza à minha vida”.

A oração permite que Deus esteja na dianteira dos fatos que cercam a sua vida. John Bunyan declarou que: “O espírito de oração é mais precioso do que os tesouros de ouro e prata. Ore com frequência, pois a oração é um escudo para a alma, um sacrifício a Deus, e um flagelo para Satanás”. A. J. Gordon disse: “Você pode fazer mais do que orar depois que você orou, mas você não pode fazer mais do que orar até que você orou. ” David Eby diz: “Oração é a estrada de Deus”.

Ela abre passagem para Ele passar. Retirar-se é desligar-se. A isso chamamos solitude. É ficar a sós.

Jesus inaugurou Seu ministério passando quarenta dias no deserto, sozinho (Mt 4.1-11). Antes de escolher os Doze, passou uma noite inteira sozinho nos montes do deserto (Lc 6.12). Quando

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recebeu a notícia de que João Batista estava morto, “retirou-se de barco, em particular, para um lugar deserto” (Mt 14.13). Depois do milagre da multiplicação dos pães, que alimentou cinco mil homens, “subiu sozinho a um monte ...” (Mt 14.23). Depois de uma longa noite de trabalho, “de madrugada, quando ainda estava escuro, Jesus levantou-se, saiu de casa e foi para um lugar deserto...” (Mc 1.35). Quando os doze voltaram da missão de pregar e curar, Jesus convidou-os:

“Venham comigo para um lugar deserto” (Mc 6.31). Depois de curar um leproso, Jesus retirou-Se para um lugar solitário e orou (Lc 5.16). Na companhia de três discípulos, buscou o silêncio de uma montanha deserta, como estágio para a transfiguração (Mt 17.1-9). Enquanto se preparava para seu feito mais sublime e sagrado, procurou a solitude do jardim do Getsêmani (Mt 26.36-46). Madame Guyon disse: “Não procure nada de Deus durante estes momentos quietos a não ser amá-LO e agradá-LO. Deus será a sua própria recompensa”. O sofrimento foi a marca de Bunyan em todos os seus escritos.

O Anseio por algo mais profundo

Thomas á Kempis disse: “Ó Deus, que és verdade, faze-me um só contigo em amor contínuo.

Muitas vezes me canso de ler e ouvir muitas coisas. Em Ti está tudo que eu desejo e anelo. Que todos os mestres se calem; que todas as criaturas se silenciem sob o teu olhar; fala comigo só!”15 Retirando-se com a Palavra, John Wycliffe, que viveu antes de Guyon e Bunyan, se retirou para a Igreja de Lutterworth, perto de Rugby, em 1389. Ali ele completou a tradução do Novo testamento para o inglês por volta de 1380, assim como a do Antigo Testamento, em 1382. Ele declarou que:

“As palavras de Deus darão aos homens nova vida mais do que as outras palavras lidas por mero prazer. Oh, maravilhoso poder da Divina Semente que vence os homens fortes e armados, amacia os corações duros e renova e transforma em homens piedosos aqueles que tinham sido brutalizados pelos pecados, e se afastaram infinitamente de Deus. Obviamente, tal poder miraculoso nunca poderia ser operado, se o Espírito de Vida, e a Eterna Palavra, acima de qualquer outra coisa, não operassem”.16

A Doçura da Presença

Em uma de suas pregações denominada de “O Amor de Jesus”, John Wycliffe disse: “Entra nos íntimos recessos da minha alma; entra no meu coração e encha-o completamente da Tua doçura;

faça com que a minha mente beba profundamente do Teu doce amor; pois somente Tua Presença é para mim consolo ou conforto, e só a Tua ausência me deixa entristecido. Oh, Tu, Espírito Santo, que sopra onde queres, entra em mim, atrai-me a Ti, para que eu possa desprezar e ter em nada, em meu coração, as coisas deste mundo. Inflama o meu coração com o Teu amor, que para sempre arderá sobre o Teu altar. Vem, eu Te imploro doce alegria; vem doçura tão desejável. ” 17

O Local da Presença

Ter um local para a Presença é algo de tamanha importância, que Deus criou primeiro o lugar e depois o homem. É indispensável separar um local apropriado para ter seu tempo a sós com Deus.

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Devemos nos lembrar de que estaremos entrando no lugar secreto para nos encontrar com um Deus Santo que, antes de tudo, requer a nossa santidade. Jesus fala sobre a possibilidade desse lugar ser o quarto (Mt 6:6), mas Ele retirava-Se, para lugares à parte (Mc 1:35), onde poderia estar a sós (Mt 14:23), e locais que se tornaram um lugar “habitual” de oração (Lc 22:39-41).

Homens que amam estar com Deus

Philip Yancey conta que “George Müller começava cada dia com várias horas de oração, implorando a Deus que cuidasse das necessidades práticas do seu orfanato”. O bispo Lancelot Andrews dedicava cinco horas por dia à oração, e Charles Simeon levantava-se às 4h da manhã para começar o seu regime de quatro horas de oração. Martinho Lutero, que dedicava de duas a três horas diárias à oração, dizia que devemos orar com a mesma naturalidade com que o sapateiro faz sapatos e o alfaiate faz casacos. Jonathan Edwards escreveu sobre as “doces horas” às margens do rio Hudson: “arrebatado e perdido em Deus”. Conta-se que Whitefield dormia cerca de 8 horas, pregava 8 horas e orava 8 horas por dia. Ele amava profundamente a presença de Deus.

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O VENTO SOPRA NOS GRUPOS PEQUENOS

N.T. Wright conta em seu livro Seguindo a Jesus a história de um certo moleiro que vivia em um moinho de vento e vendia farinha para o padeiro da vila. Dia após dia, ele costumava ficar preocupado, querendo saber se havia produzido quantidade suficiente de farinha. Certa noite, depois de não ter ventado a noite toda, ele decidiu fazer algo. Resolveu soltar a engrenagem do moinho, passando a noite toda trabalhando e virando a máquina com sua própria mão. Assim, ele se asseguraria de que havia farinha suficiente. Quando a manhã chegou, havia farinha suficiente, mas o moleiro estava exausto, dormindo no chão; por isso, ele se esqueceu de levar a farinha para o padeiro. Seu sono era tão profundo que ele nem ao menos ouviu o barulho ao seu redor; barulho de um poderoso vento.18

A Igreja adormeceu, um século depois da Reforma. Mas o vento de Deus começou a soprar.

Porém, grande parte da liderança institucional da Igreja não conseguiu ouvir o que o Senhor estava fazendo. Especialmente, na Alemanha, no século seguinte a Reforma, as igrejas foram enfraquecidas por sacramentalismo e confessionalismo e o clero envolvidos em disputas teológicas intermináveis. A moralidade e espiritualidade entre os membros individuais estavam em um nível baixo.

O crescimento dos pequenos grupos

A. Kenneth Curtis conta em seu livro Os 100 acontecimentos mais importantes da história do Cristianismo, que “na parte final do século XVII, a Igreja Luterana abandonara de certo modo sua ênfase na fé pessoal, para enfatizar o anseio pela doutrina correta. Um pastor desafiaria essa situação com um pequeno livro que mudou o protestantismo. Em seus estudos na universidade de Estrasburgo, Philip Jacob Spener aprendeu as línguas bíblicas, doutrina e história, disciplinas que geralmente faziam parte do curso normal requerido para o ministério”. Curtis relata que “Spener descobriu a necessidade de aplicar a erudição à experiência pessoal. Nenhuma religião formal terá qualquer consequência a não ser que a pessoa nasça de novo. Spener passou a promover reuniões devocionais, conhecidas como collegia pietatis, que viriam a formar a base do movimento do pietismo”.19

Em 1675, publicou a Pia Desideria [Desejos piedosos]. O propósito de Spener era levar os cristãos a uma compreensão mais profunda das Escrituras, e que afetasse mais a vida comum. Para alcançar esse objetivo, ele sugeriu a implementação de reuniões de pequenos grupos nas casas.

Uma nova Reforma na Igreja

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Propostas de reforma da Igreja são uma constante da história eclesiástica, como atestam os ministérios e as obras de Wycliffe, Jan Huss e de Lutero. Os Pia Desideria (Pensamentos Piedosos), de Phillip Jacob Spener possuem, todavia, são propostas de reforma de uma igreja que, pelo menos em tese, já estava reformada. Visam, portanto, demostrar que a Reforma não é somente um discurso de ensejo ou de uma determinada necessidade de mudança específica de uma época histórica ou contexto social. “A igreja”, diz Spener, “não deve ser apenas reformada, mas ela mesma deve estar em constante reforma dentro de si mesma, para não se enclausurar normativamente, tornando-se assim uma instância fora e à margem da sociedade”. A reforma da igreja é fundamental para que a igreja esteja em constante proximidade com o seu tempo e com as pessoas que nele vivem.

A liderança dos grupos pequenos

Curtis diz que “Spener ensinava que a igreja deveria levar a sério o sacerdócio de todos crentes, de modo que sugeriu que líderes sem curso formal de teologia assumissem certas responsabilidades dentro dos collegia pietatis. A ideia dele era que, embora o pastor fosse importante, ele não deveria ser o único responsável por carregar o fardo do alimento espiritual”.20 Spener dizia que os pastores deveriam não apenas aprender sobre a Bíblia e a teologia, mas também deveriam saber como lidar com as ovelhas. O pastor que não pudesse expressar uma vida de devoção não poderia liderar sua congregação rumo a esse objetivo.

Spener também encorajou os pastores a proferir sermões que aplicassem as Escrituras à vida cotidiana. “Eles deveriam inspirar e informar, ser inteligíveis e promover a elevação espiritual. Em vez de simplesmente fazer um discurso, os pastores precisavam inspirar o povo de Deus.

Devido ao grande furor que as idéias de Spener causaram, ele teve de mudar-se de Frankfurt para Dresden e depois para Berlim. Em 1694, já em Berlim, ele e August Francke fundaram a Universidade de Halle. Sob a liderança de Francke, a universidade se tornou um centro de evangelismo e de missões. As missões protestantes começaram em Halle, com um centro de estudos para que as línguas orientais e tradução da Bíblia fossem estudadas. Embora o clero visse apenas grandes ameaças no programa de Spener quanto à reforma, ele trouxe alegria dos líderes comuns dos grupos pequenos”. Estes grupos eram formados por 5 a 15 pessoas. “Nas igrejas que adotaram seus ensinamentos, a vida familiar foi melhorada, os padrões morais foram elevados e as pessoas aprenderam que o Cristianismo significava muito mais do que simplesmente concordar com um catecismo. As reuniões de pequenos grupos encorajavam um sentimento familiar na congregação e a Bíblia se transformou em algo cheio de vida para os crentes”, diz Curtis.

Influenciadas pelo fervor do pietismo, muitas igrejas desenvolveram o estudo bíblico e os grupos de oração, ultrapassando o que seu fundador idealizara. Os aspectos práticos do pietismo - a ênfase no sentimento e na propagação do cristianismo - tiveram consequências de grande projeção e foram particularmente influentes no desenvolvimento do cristianismo americano. A visão de Spener, deu origem aos Movimentos de Comunhão do século XVII, que, apesar de não se desfiliarem das igrejas instituídas, contribuíram mais tarde para que emergissem o Pietismo Clássico, o Pietismo Radical, os Movimentos de Avivamento do século XIX nos Estados Unidos e o Movimento carismático do século XX.

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Notas Bibliográficas

1. WRIGHT, N.T. Simplesmente Cristão: Por Que o Cristianismo Faz Sentido.

2. GUYON, Madame. Experimentando as profundezas de Jesus Cristo.

3. GUYON, M. As Profundezas da Oração.

4. GUYON, M. Um Método de Oração Simples.

5. Idem

6.TOZER, A. W. O melhor de Tozer.

7.HIBELLS, Bill. Ocupados Demais para Deixar de Orar.

8.Idem 9.Op. Cit

10.Op. Cit, Guyon

11.RAVENHILL, Leonard. Por que Tarda o Pleno Avivamento?

12.STOTT, John 13.BUNYAN, John

14.HYBELLS, Bill. Ocupado Demais para Deixar de Orar.

15.KEMPS, Thomas á. A imitação de Cristo.

16.WYCLIFFE, John. Obras.

17.Idem

18.WRIGHT, N.T. Seguindo a Jesus,

19.CURTIS, A. Kenneth. Os 100 acontecimentos mais importantes da história do Cristianismo, 20.Idem.

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Referências

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