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ficha 02: Capela São Sebastião.

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Academic year: 2022

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Prefeitura Municipal de Delfim Moreira | Secretaria Municipal de Turismo

Rua Presidente Tancredo Neves, 56 – Itagyba - cep 37.514.000 | Fone: (35) 3624.1659 ficha 02: Capela São Sebastião.

1. Município:

Delfim Moreira.

2. Distrito / Povoado:

Sede / Rio Claro.

3. Designação:

Capela São Sebastião.

4. Endereço:

Capela São Sebastião, s/nº.

Fachada frontal.

IMAGEM: Rafael Teixeira, jan. 09

Fachada lateral direita.

IMAGEM: Rafael Teixeira, jan. 09

Fachada lateral esquerda.

IMAGEM: Rafael Teixeira, jan. 09

Entorno da Capela.

IMAGEM: Rafael Teixeira, jan. 09

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Prefeitura Municipal de Delfim Moreira | Secretaria Municipal de Turismo

Rua Presidente Tancredo Neves, 56 – Itagyba - cep 37.514.000 | Fone: (35) 3624.1659 5. Propriedade:

Privada eclesiástica: Arquidiocese de Pouso Alegre.

6. Responsável:

Maria Luisa Rodrigues Pontes.

7. Situação de ocupação:

Própria.

8. Uso atual:

Religioso.

9. Proteção legal existente:

Nenhuma.

10. Proteção legal proposta:

Inventário.

11. Histórico:

A Igreja de São Sebastião está localizada no bairro rural denominado Rio Claro que fica a 27Km da área-sede de Delfim Moreira. A capela foi construída no início da década de 1910, aproximadamente por volta do ano de 1913, por um grande fazendeiro da região, Joaquim Francisco Ribeiro, que ergueu uma pequena edificação em seu próprio terreno.

De acordo com Dona Ruth Araújo Ribeiro, que foi responsável pela capela entre os anos de 1976 a 1986, a primeira edificação que havia no terreno era uma estrutura bem simples, e com o passar dos anos foi ganhando novos formatos e novas incorporações, o que de fato deu outro perfil arquitetônico a antiga edificação, porém, esta foi totalmente demolida no ano de 1938 para a construção (no mesmo ano) de uma nova capela no local, pela própria comunidade.

De acordo com a Escritura de Doação, uma das herdeiras de Joaquim Francisco, Dona Carmelina Amélia Ribeiro, doou no dia 4 de maio do ano de 1951 o terreno com a capela para a comunidade de Rio Claro, ficando esta responsável pela administração e manutenção da mesma.

As celebrações de missas na capela não são freqüentes, pois o padre Geraldo Barbosa, de Itajubá, faz apenas duas visitas ao bairro, no 2º sábado e no 4º domingo de cada mês, onde celebra cultos, novenas e terços junto à comunidade. Segundo Dona Ruth, em suas visitas o Pe. Geraldo prefere se hospedar na casa de conhecidos moradores da comunidade ou invés da casa paroquial.

A capela de Rio Claro é dedicada a São Sebastião, que segundo estudos de Cristina Ávila e Silvana Cançado Trindade1 a representação iconográfica do santo:

1 ÁVILA, Cristina e TRINDADE, Silvana Cançado: In: GUTIERREZ, Ângela. Fascículo Objetos da fé – oratórios brasileiros. 3ª edição. Belo Horizonte. 1994. pp. 14.

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“é invocado contra as pestes. Não é conhecida a origem deste patronato, já que este não se prende a nenhum fato específico de sua vida. É possível que sua explicação se apóie nos atributos iconográficos do santo – as flechas. Essas sempre estiveram associadas as doenças e, mesmo nos tempos pagãos, era comum a crença de que Apolo enviava doenças epidêmicas por meio delas.

Além deste patronato, São Sebastião também é considerado patrono dos alfaiates, militares, armeiros e negociantes de ferragens. No Brasil, esta devoção está associada à Expedição de Estácio de Sá, que em 20 de janeiro de 1565 fundou a cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro, em homenagem ao rei de Portugal e ao Santo mártir, considerado o padroeiro dos portugueses na luta pela posse da Bahia da Guanabara. Em Minas, o culto ao Santo manifesta-se pelos inúmeros templos a ele reverenciados e por um valioso acervo de talha e pintura. É possível a disseminação desta devoção se deva ao próprio patronato de São Sebastião, protetor em casos de pestes, fato corrente na vida das Minas do século XVIII”.

Anualmente, é celebrado pela comunidade de Rio Claro o dia do padroeiro da capela. A festa não é celebrada no dia 20 de janeiro, como é comum nos demais localidades do país, mas sim no último domingo do mês de julho. O motivo pela troca do dia é devido às constantes chuvas do mês de janeiro e também pela ausência de pessoas na comunidade por causa das férias escolares neste período.

Mesmo sendo realizada em outro dia do calendário litúrgico, a festa é celebrada com muita alegria pela comunidade, com missas, procissões, apresentações musicais, cantigas e barraquinhas de bebidas e comidas típicas da região. A festa em si torna o espaço não apenas em um lugar para celebrações, mas também como um principal ponto de encontro entre os moradores de Rio Claro e as comunidades vizinhas.

Todas as intervenções no imóvel foram possíveis através de verbas das festividades da comunidade, que além de ser uma forma de manter a integridade da capela e seus bens integrados é uma maneira de preservá-la e conservá-la para as próximas celebrações. Os fundos angariados também são utilizados em outras benfeitorias, a exemplo da construção de um posto de saúde comunitário em frente ao templo, no ano de 1976.

As reformas do imóvel ocorreram no decorrer dos anos, de forma lenta e gradativa. No ano de 1965 foi construída à direita da Igreja, a Casa Paroquial, servindo de apoio e abrigo aos padres visitantes da comunidade. O salão paroquial, muito utilizado pela comunidade no auxilio das festas foi construído entre os anos de 1986 e 1990. Na gestão administrativa de Dona Ruth Araújo, entre os anos de 1976 a 1986, foram adquiridos novos bancos para capela, comprados em Blumenau/SC. Em 1998 houve uma grande reforma na edificação: foi substituído o forro de madeira por um de material PVC, trocado o piso da lateral interna da

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capela, antes de tabuado por lajotas de mármore, bem como a substituição do antigo altar também de madeira por um também de mármore e por fim, foi instalado uma escada de ferro no lugar de uma velha estrutura de madeira que dava acesso ao segundo pavimento.

Recentemente, no ano de 2008 foram realizadas novas intervenções na capela, como a execução de pequenos reparos em sua estrutura e uma nova pintura interna e externa.

12. Análise de entorno:

No bairro Rio Claro, a Capela São Sebastião é um ponto urbano referencial, localizada na via principal da localidade, pavimentada por paralelepípedos e com tráfego pesado. Diariamente circulam caminhões e ônibus que utilizam a via para outros bairros rurais, principalmente para o bairro da Barra. A estrada de acesso ao bairro, sem pavimentação, possui abundante vegetação nos arredores. A região é assinalada por colinas e relevo ondulado, exibindo uma farta vegetação com predomínio de pastagens, pomares e hortas de médio e grande porte, estes para subsistência em sua maioria. A área urbana do bairro não apresenta tendência ao adensamento, mas há uma crescente modificação e reconstrução das habitações.

13. Descrição:

A edificação, de uso religioso, apresenta partido profundo e encontra-se implantado acima do nível da rua em terreno com ligeiro aclive, fechado por pedra na parte posterior e pela própria edificação frontalmente. Consta com afastamentos frontal e lateral, sendo parcialmente ocupados por casa e salão paroquial, uma na lateral direita e outra na esquerda, respectivamente. O imóvel possui estrutura autônoma e sistema de vedação de tijolo maciço.

O acesso principal é feito através de dois lances de escada, separados por um patamar central na altura da porta de entrada ao imóvel, alinhados à calçada e dispostos lateralmente na fachada frontal. A escadaria possui guarda-corpo com balaustrada em argamassa e piso em ardósia. Internamente, é dividia em nave, altar-mor e sacristia. O piso da nave são ladrilhos cerâmicos, enquanto no altar-mor ocorre em mármore, sendo em ambos o forro de lambri em PVC.

A fachada principal é composta por uma porta e cinco janelas, todos estes vãos com vergas em arco pleno, bandeira fixa de metal e vidro, e enquadrados em argamassa. A porta possui sistema de abertura de abrir e vedação com duas folhas metálicas e caixilhos envidraçados.

As janelas são do tipo basculante com caixilhos metálicos envidraçados, sendo duas menores no corpo da torre e três na altura do coro. O óculo circular, sem sistema de abertura e acima da janela central na altura do coro, possui caixilhos metálicos formados por elipses ligados a

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um círculo central. Este serve de iluminação para o desvão formado ente a torre e o coro.

Duas faixas em relevo marcam os cunhais da torre, prolongando-se até o embasamento da edificação. Estes mesmos elementos se repetem nas extremidades da fachada principal. Um pináculo piramidal arremata as terminações superiores de cada faixa. Acima das janelas da torre sineira consta um relógio, embutido em vão circular, emoldurado por uma linha em relevo. Essa mesma composição se repete nas fachadas laterais do volume da torre. Em cada fachada lateral, correspondente à nave da capela, possui quatro janelas altas e uma porta, com as mesmas características dos vãos na fachada principal.

A cobertura de duas águas do bloco principal é composta por telhas francesas e cumeeira perpendicular à rua. A torre possui cobertura piramidal encimada por uma cruz. O coroamento lateral é de guarda-pó e não possui ornamento de destaque. No coroamento frontal, observa- se ser de platibanda alinhada ao corpo da torre. Na casa paroquial a cobertura é de quatro águas, composta por telhas francesas e beiral simples, enquanto o salão paroquial são apenas duas águas, telhas francesas e beiral em laje.

14. Intervenções:

No ano de 1965 foi construída a Casa Paroquial na lateral direita da Igreja e entre os anos de 1986 e 1990, o salão paroquial. Entre os anos de 1976 a 1986, foram adquiridos novos bancos para capela, comprados em Blumenau, no estado de Santa Catarina. Em 1998 houve uma grande reforma na edificação: foi substituído o forro de madeira por um de material PVC, trocado o piso do altar-mor, antes de tabuado por lajotas de mármore, e por fim, foi instalado uma escada de ferro no lugar de uma velha estrutura de madeira que dava acesso ao coro.

Recentemente, no ano de 2008 foram realizadas novas intervenções na capela, como a execução de pequenos reparos em sua estrutura e uma nova pintura interna e externa.

15. Estado de conservação:

Excelente.

16. Análise do estado de conservação:

Mesmo em bom estado de conservação, o imóvel apresenta pequenas sujidades na pintura interna, piso desgastado, fiação elétrica aparente em alguns pontos e vidros trincados.

Externamente, apresenta manchas de umidade no embasamento e descolamento da pintura em alguns pontos da fachada. A edificação mantém sua integridade física e estrutural desempenhando bem suas funções, não há risco de comprometimento da edificação.

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Prefeitura Municipal de Delfim Moreira | Secretaria Municipal de Turismo

Rua Presidente Tancredo Neves, 56 – Itagyba - cep 37.514.000 | Fone: (35) 3624.1659 17. Fatores de degradação:

Os principais fatores de degradação do imóvel são causados pela não conservação do imóvel, por ação de cupins, umidade no embasamento, intempéries, trepidação de tráfego de veículos pesados como caminhões e ônibus.

18. Medidas de Conservação:

Manutenção periódica dos aspectos físicos, estruturais e compositivos da edificação;

Contratação de um técnico especialista em caso de alterações estruturais e/ ou compositivas, assim como de ligações elétricas; Instalação de sistema de combate e prevenção contra incêndios, mantendo-o sempre em perfeito funcionamento; Providenciar tratamento e limpeza de elementos com apodrecimento ou presença de mofo e infestação de insetos; Imunizar todo madeiramento; Pintura geral das paredes, com recomposição do reboco em alguns pontos.

19. Referências:

BIBLIOGRÁFICAS E DOCUMENTAIS

ÁVILA, Cristina e TRINDADE, Silvana Cançado: In: GUTIERREZ, Ângela. Fascículo Objetos da fé – oratórios brasileiros. 3ª edição. Belo Horizonte. 1994. pp. 14.

MEMÓRIA ARQUITETURA. Plano de Inventário de Delfim Moreira. Prefeitura Municipal de Delfim Moreira, 2006.

ORAIS

Maria Aparecida Rodrigues. Entrevista, jan/2009.

Pe. Arlindo Giacomelli. Entrevista, jan/2009.

Ruth Araújo Ribeiro. Entrevista, jan/2009.

20. Informações complementares:

Sem referências.

21. Ficha técnica:

Levantamento (Jan/2009): Nívea Guarçoni (estagiária de arquitetura), Rafael Teixeira (Turismólogo), Ricardo Ferreira (Historiador) e Luiz Antônio Magalhães

Silva (Secretário Municipal de Turismo).

Elaboração (Fev e Mar/2009): Nívea Guarçoni (estagiária de arquitetura), Rafael Teixeira (Turismólogo) e Ricardo Ferreira (Historiador)

Revisão (Mar/2009): Memória Arquitetura.

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