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INVESTIGAÇÃO medicina veterinária

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Academic year: 2021

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Revista

INVESTIGAÇÃO

medicina veterinária

SESSÃO ESPECIAL |

RESUMO

As aves pertencem à classe com o maior número de indivíduos no mundo e são amplamente utilizadas como organismos modelo para diversos estudos. A conservação da vida selvagem tem promovido um aumento no número de estudos sobre o uso de anestésicos em aves selvagens e domésticas, por isso, a prática anestésica tornou-se cada vez mais frequente. Devido às particularidades anatômicas e fisiológicas a anestesia nestas espécies animais representa um desafio ao anestesista veterinário. O sistema respiratório diferenciado para uma melhor eficiência e o sistema cardiovascular altamente desenvolvido para responder às necessidades como voar, correr e nadar destacam-se comparativamente aos mamíferos. Alterações neuroendócrinas e hemodinâmicas importantes podem ocorrer devido ao estresse da contenção física, todavia, a anestesia geral permite a realização de diversos procedimentos, comisso a anestesia torna-se uma ferramenta no manejo desses animais. Os anestésicos injetáveis são usados em procedimentos de curta duração para produzir analgesia e imobilização e a anestesia inalatória possui diversas vantagens que inclui controle dinâmico da profundidade anestésica, possibilidade de indução por meio de máscara e a recuperação não é dependente das vias metabólicas ou excretoras. A associação de fármacos, ou seja, a anestesia balanceada pode proporcionar qualidade e segurança na anestesia de aves. O objetivo desta revisão é descrever as particularidades, técnicas e fármacos que podem ser utilizados na anestesia de aves.

MV MSc Rozana W. Rocha1 DVM MSc PhDAndré Escobar1*

ANESTESIA EM AVES

Anesthesia in birds

ABSTRACT

The birds belong to the class with the largest number of individuals in the world and are broadly used as model organisms to several studies. The wildlife conservation has promoted an increase in the number of studies on the use of anesthetics in wild birds and poultry.

Therefore, the anesthetic practice has become increasingly common. Anesthesia in birds is a challenge due to anatomical and physiological characteristics. The respiratory system of birds is the most efficient among vertebrates and the cardiovascular system is highly developed to meet the diverse needs of the class, such as flying, running and swimming. Important neuroendocrine and hemodynamic changes may occur due to the stress of physical restraint, however, general anesthesia allows us the realization of various procedures with anesthesia it becomes a tool in the management of these animals. Injectable anesthetics are used in short procedures to produce analgesia and immobilization. The inhalation anesthesia has several advantages including dynamic control of anesthetic depth, induction of anesthesia can be made by mask, and recovery is not dependent on the metabolic or excretory pathways. The drug combination or balanced anesthesia can provide quality and safety in poultry anesthesia. The aim of this review is to describe the characteristics, techniques and drugs that can be used in the birds’ anesthesia.

Key-Words: Balanced Anesthesia, Inhalation Anesthesia, Monitoring, Opioids 1. Departamento de Clínica e Cirurgia Veterinária, Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias (FCAV -

UNESP), Câmpus de Jaboticabal, SP, Brasil.

*E-mail: escobar@fcav.unesp.br

ANESTESIOLOGIA

VETERINÁRIA

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INTRODUÇÃO

Com aproximadamente 10.000 espécies, as aves constituem a classe com o maior número de indivíduos,totalizando 27 ordens e 168 famílias (LUDDERS, 2015). São amplamente utilizadas como modelo organismos para estudos da neurociência e biologia do desenvolvimento, além de evolutivos (ZHANG et al. 2014). A conservação da vida selvagem tem promovido aumento no número de estudos sobre o uso de anestésicos em aves selvagens e domésticas (HALL et al. 2001).

A anestesia nestas espécies representa um desafio para os profissionais da área devido as suas particularidades anatômicas e fisiológicas (GUNKEL e LAFORTUNE, 2005).

Os anestésicos injetáveis são usados com frequência para produzir anestesia e analgesia, tendo como vantagem a rápida administração, necessidade mínima de equipamentos e baixo custo (HAWKINS et al. 2003). Já a anestesia inalatória, por sua vez apresenta como vantagens o melhor controle dinâmico da profundidade anestésica e a sua eliminação não é dependente das vias metabólicas ou excretoras (NAGANOBU e HAGIO, 2000;

LUDDERS, 2015).

A anestesia balanceada pode reduzir o requerimento anestésico e com isso a incidência de efeitos cardiorrespiratórios adversos, além de produzir melhor efeito analgésico, aumentando, assim, a qualidade e segurança anestésicas (GUNKEL e LAFORTUNE, 2005).

Considerando as diferenças anatômicas, fisiológicas e diversidade de espécies, a presente revisão de literatura tem como objetivo elucidar as principais técnicas anestésicas em aves.

Anatomia e fisiologia Sistema Respiratório

O sistema respiratório das aves é o mais eficiente entre os vertebrados e consiste em dois componentes separados e distintos (HEARD, 1997). O componente ventilatório constituído por: 1) vias aéreas de condução (laringe, traqueia, siringe e brônquios primários e secundários);2) sacos aéreos (dois cervicais, um clavicular, dois torácicos craniais, dois torácicos caudais e dois abdominais);3) esqueleto torácico; e 3) músculos da respiração (músculos peitorais e intercostais)(EDLING, 2006). O componente de troca gasosa é constituído por um pulmão parabronquial, que não possui alvéolos, e as trocas gasosas são efetuadas nos capilares aéreos (MASSONE, 2011).

O pulmão parabronquial possui dois tecidos, o parabrônquio paleopulmonar onde o fluxo é unidirecional ao longo do ciclo respiratório e o tecido neopulmonar onde o fluxo de ar é bidirecional, sendo direcionado no sentido dos sacos aéreos caudais durante a inspiração e oposto a estes sacos durante a expiração (HEARD, 1997). Na inspiração, 50% dos gases inspirados passam diretamente para os sacos aéreos caudais e somente na expiração passam pelos pulmões para as trocas gasosas e os outros 50% passam pelos pulmões e sofrem trocas gasosas durante a inspiração, desta forma, tal mecanismo aumenta a eficácia ventilatória (LUDDERS, 2015).

No entanto, apenas 10% do volume corrente está no local onde ocorrem trocas gasosas (parabrônquios e capilares), assim, as aves possuem baixa capacidade residual funcional quando comparadas aos mamíferos e são mais sensíveis à apneia e hipoxemia (EDLING, 2006; LUDDERS, 2015).

Sistema Cardiovascular

O sistema cardiovascular é altamente desenvolvido para responder às necessidades especiais de habilidades diversas da classe, como voar, correr e nadar (STRUNK e WILSON, 2003).

Quando comparadas a mamíferos do mesmo porte, o tamanho

do coração é maior e a frequência cardíaca menor (LUDDERS,

2015). O sistema de condução cardíaco consiste no nodo

sinoatrial e atrioventricular e as fibras de Purkinje, havendo a

classificação em dois grupos de animais, um pela profundidade

da ramificação e outro pelo padrão de ramificação (LUDDERS,

2015). O padrão de distribuição de fibras de Purkinje dentro do

miocárdio ventricular das aves é responsável pela morfologia

QRS (Figura 1), sendo que essas fibras penetram completamente

o miocárdio ventricular do endocárdio para o epicárdio e o

padrão de ativação ventricular é descrito como Tipo 2b, um

padrão que pode facilitar a sincronização do batimento em

frequências cardíacas elevadas (LUDDERS, 2015). A resistência

vascular periférica das aves é menor em relação aos mamíferos,

necessitando assim de elevado débito cardíaco para manter

a pressão arterial (STRUNK e WILSON, 2003). Ao contrário

dos mamíferos, o coração recebe inervação simpática e

parassimpática, sendo adrenalina e noradrenalina os principais

neurotransmissores simpáticos responsáveis pelo aumento da

excitação cardíaca (ABOU-MADI, 2001). Isto é importante, pois os

anestésicos inalatórios, especialmente o halotano, sensibilizam

o miocárdio a arritmias cardíacas induzidas por catecolaminas

(EDLING, 2006).

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Figura 1.Traçado eletrocardiográfico normal de galinhas hígidas (Fonte: arquivo pessoal)

Sistema Renal

Uma característica singular dos rins das aves é o seu sistema porta renal. O sangue venoso que chega a esse sistema deriva dos membros posteriores pelas veias ciática e ilíaca externa (REECE e SWENSON, 1996). Uma estrutura única valvular, com inervações adrenérgicas e colinérgicas, está localizada na veia ilíaca externa e esta válvula se contrai (fechamento sob ação da acetilcolina) e o sangue venoso das patas passa pelos rins e quando a válvula relaxa (abertura sob ação da adrenalina) o sangue venoso é direcionado para a circulação central (LUDDERS e MATTHEWS, 2013). Baseado nessa situação, Cruz et al. (2001) recomendaram evitar a aplicação de fármacos na musculatura da coxa em papagaios (Amazona aestiva) para evitar o risco de promover subdose relativa e efeito inadequado do fármaco.

Contudo, Carvalho et al. (2007) em estudo com avestruzes (Struthio camelus)não evidenciaram a influência do sistema

Cuidados pré-anestésicos

A adaptação de uma ave num local diferente é, geralmente, uma situação estressante (EDLING 2006). Por isso, os animais devem permanecerem um ambiente calmo, silencioso, quente e com a menor estimulação visual e auditiva possível (ABOU-MADI, 2001). Comumente, após a aclimatação ao novo ambiente, sinais de doenças tornam-se aparentes (LUDDERS e MATTHEWS, 2013).

O exame físico pré-anestésico deve sempre ser realizado, sendo de extrema importância a observação dos animais à distância que somada a anamnese, quando possível, trazem informações importantes (LUDDERS, 2015). As aves devem ser removidas de sua gaiola e examinadas, com atenção particular as narinas e boca e deve ser feita auscultação cardíaca e pulmonar. A palpação da quilha mostra sua integridade e o estado nutricional da ave (LUDDERS e MATTHEWS, 2013).

O jejum é indicado para que o trato gastrointestinal superior esvazie e não haja riscos de regurgitação e aspiração do conteúdo (MASSONE, 2011), contudo, Ludders e Matthews (2013) descrevem que o jejum nas aves é contraditório, pois há relatos que os animais apresentam hipoglicemia durante a anestesia por terem taxa metabólica alta e baixa reserva de glicogênio hepático. O indicado é instituir o jejum pelo tempo suficiente para o esvaziamento do trato gastrointestinal superior, assim, quatro a seis horas para aves em geral e de 24 horas para aves de rapina (LUDDERS, 2015).Ao final da anestesia inalatória, regurgitação de conteúdo gástrico pode ocorrer após a extubação, fato já observado em galinhas que não foram submetidas a jejum e em maritacas submetidas a 6 horas de jejum (comunicação pessoal)

TÉCNICAS ANESTÉSICAS Medicação Pré-Anestésica

Os agentes empregados na medicação pré-anestésica (MPA) são úteis para preparar o paciente para a anestesia, promovendo sedação, analgesia e menor incidência de efeitos adversos gerais (CORTOPASSI e FANTONI, 2002).

Os benzodiazepínicos causam excelente relaxamento muscular e podem ser usados como fármacos injetáveis ou instilados (MASSONE, 2011; BIGHAM e ZAMANI MOGHADDAM, 2009). A via intranasal por ser empregada para a administração destes fármacos, pois estudos reportam rápida e efetiva sedação em aves (VESAL e ZARE, 2006; BIGHAM e ZAMANI MOGHADDAM, 2009) e em casos de recuperação prolongada com o uso de midazolam ou diazepam, pode ser empregado antagonista farmacológico específico como o flumazenil (ABOU-MADI, 2001).

Os agonistas adrenérgicos do tipo alfa-2 também podem ser empregados nessas espécies animais, conferindo sedação e analgesia (DURRANI et al. 2009). Embora tenham importantes efeitos sedativos em mamíferos, a xilazina (intranasal), proporcionou sedação insuficiente para realização de procedimentos em canários (Serinus canarius) (BIGHAM e ZAMANI MOGHADDAM, 2009). Por esta mesma via, a detomidina (12 mg/kg) causou sedação após 3,5 minutos em periquito-de-colar (Psittacula krameri) (VESAL e ESKANDARI, 2006). Em canários, o uso de ioimbina e atipamezole reduziram significativamente os efeitos sedativos da xilazina e detomidina, respectivamente (VESAL e ESKANDARI, 2006).

Os opioides são usados na MPA, principalmente, quando

(4)

a concentração requerida de anestésico volátil para indução e manutenção da anestesia (CURRO, 1994; CURRO et al. 1994;

CONCANNON et al. 1995; PAVEZ et al. 2011; ESCOBAR et al.

2012). Existem poucos estudos utilizando opioides associado à anestesia inalatória em aves e normalmente são com butorfanol (CONCANNON et al. 1995; ESCOBAR et al., 2012), um fármaco normalmente utilizado para tratamento de dor leve a moderada e cuja analgesia em aves é controversa (PAUL-MURPHY et al. 1999;

SLADKY et al. 2006). No entanto o uso de opioides agonistas de receptores mu, como morfina, metadona e fentanil, vem sendo atualmente associado à anestesia inalatória (ESCOBAR et al.

2014; ROCHA et al. 2014; VELA et al. 2014), no entanto, estudos de antinocicepção devem ser realizados para avaliar o potencial efeito analgésico desses fármacos.

Anestesia Injetável

Os anestésicos injetáveis são usados com frequência para produzir anestesia e analgesia em aves (LUDDERS, 2015). Os fármacos mais utilizados em aves estão descritos na Tabela 1.

Geralmente, são utilizados para procedimentos curtos como exame radiológico, reparação de ferida, laparoscopias ou indução da anestesia (CORTOPASSI e FANTONI, 2002). No entanto, a diferença entre a dose anestésica e a letal (EC50/DL50) é menor em relação aos mamíferos (GUIMARÃES e MORAES, 2000). As vantagens do uso são a rápida administração, necessidade mínima de equipamentos, baixo custo, além de tornar possível a realização de procedimentos na cabeça sem a interferência da sonda endotraqueal ou da máscara facial (MACHIN e CAULKETT, 1998; HAWKINS et al. 2003). Contudo, as desvantagens inerentes ao uso dos anestésicos injetáveis são superiores às vantagens, incluindo variação significativa interespecífica e intraespecífica

em termos de dose e resposta dos fármacos, dificuldade na administração de um volume seguro para as pequenas aves, facilidade de superdosagem, dificuldade da manutenção do plano anestésico adequado e recuperações prolongadas e tempestuosas (LUDDERS, 2015). A administração de fármacos pelas vias intramuscular ou intraperitoneal pode resultar em tempo de indução, metabolização e eliminação prolongado, potencial dano nervoso, dor e parada cardiorrespiratória (HARRISON, 1986; MACHIN e CAULKETT, 1998; GUIMARÃES e MORAES, 2000; ROBERSON et al. 2000; VESAL e ZARE, 2006;

LUDDERS, 2015).

Por se tratar de um anestésico dissociativo, a cetamina, associada a um relaxante muscular, é adequada para a contenção química, podendo ser administrada por qualquer via parenteral, produzindo estado de catalepsia, sendo indicada para procedimentos diagnósticos ou cirurgias pouco invasivas (CORTOPASSI e FANTONI, 2002). As doses utilizadas variam de 10 a 200mg/kg, dependendo da espécie e da via de administração (LUDDERS e MATTHEWS, 2013). Quando a cetamina é empregada de maneira isolada, há pouco relaxamento muscular, contrações musculares involuntárias, opistótono e recuperações tempestuosas (WRIGHT, 1982). A sua associação com o diazepam, midazolam ou xilazina, proporciona relaxamento muscular adequado para a realização de diversos procedimentos (LUMEIJ e DEENIK, 2003; DURRANI et al. 2008;

DURRANI et al. 2009).

O propofol é um fármaco pertencente ao grupo dos alquil- fenóis, e possui características farmacológicas que proporcionam curto período de latência, porém a recuperação pode variar entre

espécies (LUDDERS e MATTHEWS, 2013). Pode ser administrado em bolus ou infusão contínua, contudo estudos demonstram que hipoventilação, apneia ou hipoxemia são comumente observadas, sugerindo a necessidade de um monitoramento minucioso dessas variáveis durante a anestesia (HAWKINS et al.

2003; MÜLLER et al. 2011). A administração exclusiva intravenosa é uma desvantagem do uso desse fármaco em aves devido a maior dificuldade de acesso venoso em animais conscientes (comunicação pessoal).

Fármaco Espécie Dose

(mg/kg)

Via de

administração Indicação Diazepam Maioria das

espécies 0,2 – 2 IV, IM Sedação, anti-

convulsivante Midazolam Maioria das

espécies 0,2 – 2 IV, IM Sedação, anti-

convulsivante Midazolam ou

diazepam

Canários, periquitos,

papagaios

2 – 8 Intranasal Sedação

Flumazenil Maioria das

espécies 0,02 – 0,1 IV, IM Antagonista

benzodiazepínico

Cetamina

Psitacídeos, pombos, ratitas, galinhas

20 – 30 IV, IM, SC Imobilização química*

Cetamina/

diazepam

Maioria das espécies

5 – 30/

0,5 – 2 IV, IM Imobilização

química

Tucanos 20/1 IV

Imobilização para procedimentos

curtos Cetamina/

midazolam

Maioria das espécies

10 – 40/

0,2 – 2 IM Imobilização

química

(5)

* Associar a benzodiazepínico

Tabela 1. Fármacos injetáveis mais utilizados como medicação pré-anestésica e como anestésicos em aves do- mésticas (Adaptado de Hawkins & Pascoe, 2007).

Anestesia Inalatória

A anestesia inalatória possui diversas vantagens que inclui controle dinâmico da profundidade anestésica, melhora na oxigenação em razão do fornecimento do anestésico associado ao oxigênio e a recuperação não é dependente das vias metabólicas ou excretoras (NAGANOBU e HAGIO, 2000; GUNKEL e LAFORTUNE, 2005; LUDDERS, 2015). Atualmente, o isofluorano é considerado o anestésico inalatório de escolha para o uso em aves devido sua característica de indução e recuperação mais rápida (EDLING, 2005; MERCADO, et al. 2008;GRANONE et al.

2012). No entanto, a realização da anestesia inalatória requer treinamento de profissionais com essa técnica em aves, visto que existem diferenças importantes na anestesia inalatória entre aves e mamíferos, como a rápida mudança de plano anestésico (LUDDERS e MATTHEWS, 2013). Como o índice anestésico respiratório dos halogenados é menor em aves, a ocorrência de apneia é muito comum, visto que a dose necessária para causar

et al. 1990).Dessa forma, a monitoração do paciente deve ser continua, evitando-se erros na manutenção do plano anestésico e identificando-se defeitos na aparelhagem que possam causar riscos ao paciente (ESCOBAR et al.2009; LUDDERS, 2015).

Os conceitos de uso dos anestésicos inalatórios em aves são os mesmos dos mamíferos, onde a “CAM” pode ser definida como concentração alveolar mínima de um anestésico inalatório capaz de induzir imobilidade em 50% dos pacientes em resposta a um estímulo nociceptivo supramáximo (LUDDERS, 2015). No entanto, este termo não é apropriado para discussões sobre as aves por não possuírem pulmão alveolar, com isso, diversos autores utilizam o termo concentração anestésica mínima (CONCANNON et al. 1995; QUANDT e GREENACRE, 1999;

NAGANOBU e HAGIO, 2000; MERCADO et al. 2008; ESCOBAR et al. 2011; PAVEZ et al. 2011; ESCOBAR et al. 2012; PHAIR et al. 2012; ESCOBAR et al. 2014; MCLHONE et al. 2014; BOTMAN et al. 2015). Na tabela 2 estão descritos os valores deCAM do halotano, isofluorano e sevofluoranoem diferentes espécies de aves.

Circuitos abertos como o Mapleson (Bain) ou com T de Ayres (Baraka) são ideais para o uso em aves, pois oferecem resistência mínima à ventilação espontânea (LUDDERS e MATTHEWS, 2013). As aves podem ser induzidas à anestesia inalatória com máscaras comercialmente disponíveis para pequenos animais ou máscaras caseiras fabricadas a partir de garrafas plásticas, seringas ou conectores de circuito anestésico (LUDDERS, 2015).Deve-se pré-oxigenar as aves por pelo menos um minuto antes do inicio da indução para evitar hipoxemia caso tenham apneia. A maioria das aves com peso corporal acima de 100 g pode ser intubada sem dificuldade, sendo

cânula de um cateter de acesso venoso de diâmetro apropriado (LUDDERS, 2015). Algumas aves têm estruturas anatômicas únicas que podem interferir com a intubação, como os pinguins que possuem um septo no terço proximal da traqueia (LUDDERS e MATTHEWS, 2013). Além disso, elas possuem os anéis traqueais completos e deve-se usar tubos endotraqueais sem balonete ou não insuflá-lo para não induzir isquemia da mucosa traqueal (EDLING, 2006).

Os anestésicos inalatórios compartilham as mesmas características clínicas: amnésia, hipnose e imobilidade (SOLT e FORMAN, 2007). O halotano, isofluorano e sevofluorano deprimem a ventilação, de forma que o aumento da pressão parcial de dióxido de carbono no sangue arterial é dose- dependente (LUDDERS e MATTHEWS, 2013). Estudo com águias demonstrou que, o uso do isofluorano e o sevofluorano resultaram em indução suave e rápida e recuperação anestésica semelhante a outras espécies, contudo o isofluorano causou mais depressão cardiovascular quando comparado ao uso do sevofluorano (AGUILAR et al. 1995; JOYNER et al. 2008). No entanto, outros estudos reportam alterações cardiovasculares com o uso do sevofluorano, principalmente hipotensão (NAGANOBU et al. 2000; NAGANOBU et al. 2003; ESCOBAR et al. 2009; ZEHNDER et al. 2009).

Butorfanol Maioria das

espécies 2 – 4 IM

Analgesia e redução do requerimento dos anestésicos gerais

Metadona/

morfina Galinhas 3 – 6 IM

Analgesia e redução do requerimento dos anestésicos gerais

Propofol

Aves de rapina, pombos, galinhas

5 – 15 IV Anestesia geral

Espécie Halotano Isofluorano Sevofluorano Abutre-preto

(Aegyptus monachus) - 1,06 -

Búteo-de-cauda-vermelha

(Buteo jamaicensis) - 2,05 -

Cacatua

(Cacatua spp.) - 1,44 -

Galinha

(6)

- não descrito para a espécie

Tabela 2. Concentração anestésica mínima do halotano, isofluorano e sevofluorano em diferentes espécies de aves (Adaptado de LUDDERS, 2015)

Anestesia Balanceada

Nenhum fármaco isolado é capaz de produzir todos os efeitos desejados na anestesia. A anestesia balanceada pode reduzir o requerimento anestésico, e com isso diminuir a incidência de efeitos cardiorrespiratórios adversos, além de produzir melhor efeito analgésico, aumentando, assim, a qualidade e segurança anestésica (GUNKEL e LAFORTUNE, 2005).

Bloqueios locorregionais com anestésicos locais são rotineiramente utilizados em mamíferos, e, atualmente, estão sendo avaliados em aves (FIGUEIREDO et al. 2008; CARDOZO et al. 2009; BRENNER et al. 2010; DA CUNHA et al. 2013). Embora as doses sejam ainda limitadas, indica-se que a lidocaína não seja administrada em doses superiores a 4 mg/kg e a bupivacaína a 2 mg/kg (LUDDERS, 2015).

Estudos reportam que os fármacos opioides, associados à anestesia inalatória podem reduzir a CAM (CURRO, 1994;

CURRO et al. 1994; CONCANNON et al. 1995; PAVEZ et al. 2011;

ESCOBAR et al. 2012). O butorfanol reduziu a CAM do isofluorano em cacatuas (Cacatua spp.) em 25% e no papagaio-do-congo (Psittacus erithacus) em 11% (CURRO, 1994; CURRO et al.

1994). Em galinhas-d’angola a administração intravenosa de butorfanol (2 mg/kg) reduziu a CAM do sevofluorano em 9%

após 15 minutos da injeção, enquanto que a dose de 4 mg/

kg deste agente resultou em diminuição de 21% e 11% após 15 e 30 minutos da injeção, respectivamente (ESCOBAR et al. 2012). Todavia, a dose de 4 mg/kg de butorfanol induziu parada cardiorrespiratória em dois animais anestesiados com isofluorano sob ventilação espontânea e seu uso foi considerado inseguro em galinhas-d’angola (ESCOBAR et al. 2014). O fentanilreduziu em 55% a CAM do isofluorano em búteo-da- cauda-vermelha (Buteo jamaicensis) (PAVEZ et al. 2011). Em galinhas, a administração de 10 μg/kg de fentanil reduziu o requerimento anestésico do isofluorano em 18%, já a dose de 30 μg/kg reduziu a CAM em 43 % (ROCHA et al. 2014). Além disso, verificou-se que a aplicação intravenosa desse fármaco em galinhas anestesiadas com isofluorano não causou alterações cardiorrespiratórias (ROCHA et al. 2014). A morfina reduziu a CAM do isofluorano em 52% em galinhas (CONCANNON et al.

1995). Vela et al. (2014) relataram a redução de 15% e 22% da CAM do isofluorano em galinhas após a aplicação intramuscular de 3 e 6 mg/kg de morfina, respectivamente. Escobar et al. (2014) avaliaram duas doses de metadona sobre a CAM do isofluorano em galinhas, e descreveram que a aplicação intramuscular de 3 mg/kg de metadona não causou redução da CAM, contudo, a dose de 6 mg/kg reduziu a CAM do isofluorano em 29%.

Monitoração anestésica

As variáveis fisiológicas das aves devem ser monitoradas durante todo o período do procedimento anestésico, essas

incluem frequência respiratória, saturação da oxihemoglobina, frequência cardíaca, ritmo cardíaco, pressão arterial e temperatura corpórea (LUDDERS, 2015).

A ventilação pode ser monitorada pela observação da frequência e do grau de movimentação do esterno ou movimentos do balão de reinalação. Uma mudança no padrão respiratório é indicador sensível de mudança na profundidade anestésica (LUDDERS e MATTHEWS, 2013). Em aves, a capnometria também pode ser usada para a monitoração da ventilação, no entanto deve-se ter cuidado com a colheita dos gases (EDLING et al. 2001). Escobar et al. (2012) descreveram que para minimizar a contaminação dos gases expirados com gases inspirados, que constitui na adaptação de um cateter no lúmem da sonda, cuja ponta é posicionada próxima à extremidade distal da sonda orotraqueal. Os valores da pressão parcial de dióxido de carbono no sangue arterial de aves são em média 5 mm Hg menores do que no gás expirado, o oposto que ocorre em mamíferos (LUDDERS e MATTHEWS, 2013). As aves podem ser ventiladas mecanicamente, porém a pressão da via aérea não deve exceder 10 a 15 cm H2O para prevenir volutrauma nos sacos aéreos (LUDDERS, 2015). Apesar de ser projetado para mamíferos o oxímetro de pulso pode mensurar a oxigenação das aves, embora, arritmias, perda de sangue grave ou movimentos podem causar adulteração dos valores reais (SCHMITT et al. 1998).

Variáveis cardiovasculares podem ser monitoradas por diversos métodos não invasivos como pulso, auscultação e eletrocardiografia, sendo este, capaz de detectar frequências cardíacas altas (mais de 500 bpm) (EDLING et al. 2006). A pressão arterial pode ser mensurada com o uso do Dopller ultrassônico, contudo o método oscilométrico não é confiável (LUDDERS,

Galinha- d’angola

(Numida meleagris) - 2,90

Grou-canadense

(Grus canadensis) - 1,35 -

Papagaio-de-bico-grosso

(Rhynchopsitta pachyrhyncha) - 1,07 2,39

Pato-real

(Anas platyrhynchus) 1,05 1,32 -

Pombo

(Columba livia) - 1,8 -

(7)

2015). Zehnder et al. (2009) descrevem que o cuff utilizado para a mensuração da pressão não invasiva, deve equivaler de 40 a 50% a circunferência do membro e o valor de pressão desta mensuração corresponde a pressão arterial média invasiva.

A pressão arterial invasiva pode ser mensurada a partir da cateterização da artéria braquial, artéria ulnar ou artéria radial (ACIERNO et al. 2008; ESCOBAR et al. 2011; SCHNELLBACHER et al. 2012). Durante a auscultação cardíaca, deve-se avaliar o volume do som, que deve estar alto ou parecido com o volume de quando a ave estava acordada. De maneira tempo-dependente, geralmente após uma hora de anestesia, observa-se diminuição do som auscultado com o estetoscópio, que provavelmente reflete depressão do miocárdio e indica aumento no risco de parada cardiorrespiratória (comunicação pessoal). Em aves doentes, recomenda-se realizar procedimentos anestésicos de no máximo 1,5 horas para diminuir a mortalidade trans e pós- anestésica (comunicação pessoal).

A hipotermia é a intercorrência mais comum associada à anestesias prolongadas e causa aumento da solubilidade dos anestésicos no sangue, alterações do plano anestésico, instabilidade cardíaca e recuperações prolongadas (LUDDERS e MATTHEWS, 2013). Nas aves, o intervalo clinicamente aceitável da temperatura corpórea é de 38,3 a 40,6°C (REMBERT et al.

2001). A temperatura pode ser mantida utilizando-se diversas técnicas, incluindo colchão térmico, lâmpada de aquecimento e bolsas de água quente (PHALEN et al. 1996). De acordo com Rembert et al. (2001), o método mais eficaz de manter a temperatura corpórea é obtido por dispositivo com entrada forçada de ar quente.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Para a escolha de um protocolo anestésico adequado para as diversas espécies de aves existentes, torna-se essencial o conhecimento dos aspectos biológicos relativos às particularidades anatômicas e fisiológicas. Além disso, esta escolha depende de outros fatores, tais como o estado do animal, o tipo e duração do procedimento a ser realizado. Devido às várias desvantagens relacionadas com o uso de anestésicos injetáveis, a anestesia inalatória proporciona maior segurança aos pacientes. Associada a outros fármacos, pode haver redução do requerimento anestésico, diminuindo a incidência de complicações cardiorrespiratórias, além de produzir melhor efeito analgésico.

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