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Distúrbios da micção em crianças

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RESUMO

Os distúrbios miccionais da infância podem acometer as crianças em todas as idades, embora fiquem mais evidentes após a retirada das fraldas, até a adolescência. Segundo a atual classificação da International Children’s Continence Society (ICCS), tais distúrbios podem envolver as diferentes fases da micção, causando prejuízo na fase de enchimen- to ou de esvaziamento da bexiga. Os pacientes ainda podem apresentar enurese noturna monossintomática, quando a perda de urina noturna não está associada a outros sintomas urinários diurnos. Embora os distúrbios da micção evoluam espontaneamente para a melhora em algumas situações, eles levarão muitos pacientes a quadros infecio- sos repetidos, algumas vezes graves ou desconforto extremo como episódios de incontinência urinária, frequência urinária aumentada e urgência miccional. A avaliação inicial da criança com sintomas relacionados ao trato urinário inferior pode ser feita com a história médica e exame físico bem direcionados e um diário miccional de três a sete dias, o que permite ao pediatra suspeitar da presença de algum distúrbio miccional. Em muitas situações, exames complementares de imagem e urodinâmicos não invasivos deverão ser realizados. Os tratamentos disponíveis podem ser comportamentais ou medicamentosos, no entanto, os tratamentos de reeducação miccional com biofeedback e eletroestimulação para-sacral são recursos terapêuticos atualmente indispensáveis.

Descritores: Enurese noturna, doenças urológicas, pediatria.

Distúrbios da micção em crianças

Voiding disorders in children

Claudemir Trapp

1

, Cristiane Paim Pires

2

, Jordana Antes Fernandes

3

1. Urologista Pediátrico, Hospital da Criança Santo Antônio, Porto Alegre, RS, Brasil.

2. Urologista do setor de Urodinâmica do Complexo Hospitalar Santa Casa, Porto Alegre, RS, Brasil.

3. Fisioterapeuta especializada em Fisioterapia Urológica Infantil, Clínica de Urologia Infantil Urokids, Porto Alegre, RS, Brasil.

Como citar este artigo: Trapp C, Pires CP, Fernandes JA. Distúrbios da micção em crianças. Bol Cient Pediatr. 2013;02(2):53-8.

Artigo submetido em 15.06.13, aceito em 25.08.13.

53 ABSTRACT

Voiding disorders may affect children of all ages, but they become more evident once children stop wearing diapers up to adolescence. According to the current classification of the International Children’s Continence Society (ICCS), disorders may involve the different phases of voiding, impairing bladder filling or emptying. Patients may also present nocturnal enuresis as the only symptom, i.e., when the loss of urine at night is not associated with other diurnal urinary symptoms. Even though voiding disorders may improve spontaneously in some situations, many patients will experience repeated infections, sometimes severe or associated with extreme discomfort, e.g., episodes of urinary incontinence, urinary frequency, and urinary urgency. The initial evaluation of a child with lower urinary tract symptoms may include a thorough medical history and physical examination, and a voiding diary of three to seven days, which will allow the pediatrician to assess the presence of a voiding disorder. In many cases, complementary imaging and noninvasive urodynamic tests should be performed. The therapies available include behavioral and drug-based approaches, but voiding reeducation programs with biofeedback and parasacral electrical stimulation are currently indispensable resources.

Keywords: Nocturnal enuresis, urologic diseases, pediatrics.

(2)

Os distúrbios miccionais não neurogênicos na infân- cia têm uma prevalência estimada maior do que 15% nas crianças em torno de sete anos de idade

1

. Conforme a pa- dronização da International Children's Continence Society (ICCS), aquelas crianças neurologicamente normais que apresentam distúrbio do trato urinário inferior são classi- ficadas em dois grupos: as que possuem distúrbios na fase de enchimento vesical, chamada de bexiga hiperativa, e aquelas com distúrbios na fase de esvaziamento - disfunção miccional

1,2

.

A enurese noturna, perda involuntária de urina durante o sono, é classificada pela ICCS como um a condição heterogênea com diferentes mecanismos fisiopatológicos.

Pacientes com disfunções do trato urinário inferior (disfun- ção miccional ou bexiga hiperativa) poderão apresentar a enurese noturna como um sintoma do distúrbio miccional, e nestes casos, outras queixas estarão associadas

3,4

. No en- tanto, a enurese noturna poderá manifestar-se isoladamente, como uma entidade clínica única, sem outros sintomas paralelos, daí chamada enurese noturna monossintomática.

A importância dessa distinção entre a enurese noturna monossintomática ou não monossintomática é essencial para uma correta abordagem terapêutica

5,6

.

A apresentação clínica destes pacientes em um pri- meiro momento nem sempre permite ao pediatra ou ao urologista pediátrico definir exatamente qual o distúrbio miccional que está sendo o responsável pelos sintomas urinários. Além disso, não raramente, as crianças podem ter a associação destes distúrbios concomitantemente.

De uma maneira didática abordaremos a seguir os distúrbios miccionais separadamente, suas apresentações clínicas, a maneira como devem ser investigados, e as alternativas terapêuticas.

Disfunção miccional

A disfuncão miccional infantil ocorre por uma inco- ordenacão vésico-esfincteriana, promovendo alterações urodinâmicas importantes e comprometendo o esvazia- mento da bexiga. A atividade aumentada da musculatura perineal e do esfíncter uretral externo durante o período de esvaziamento vesical, ao invés do total relaxamento, resulta em um menor fluxo de urina, pressões de micção elevadas e resíduo de urina importante

3

. Os pacientes podem apresentar frequência urinária baixa, urgência, urgi-incontinência, infecções de urina de repetição e altera- ções intestinais, como constipação e encoprese. Em casos extremos, estes pacientes podem evoluir, se não forem

adequadamente tratados, para uma falência detrussora e até para a insuficiência renal crônica

2,4

.

A avaliação das crianças com suspeita de disfunção miccional deve ser feita com uma detalhada história mé- dica e obstétrica, observando se há história pregressa de oligohidramnio, hidronefrose antenatal, anoxia perinatal.

Detalhes sobre o período em que a criança fez a transição das fraldas para o controle esfincteriano são muito impor- tantes. O diário miccional de três dias, trazendo informações sobre frequência de micção, volume máximo urinado, consumo de líquidos, perdas de urina diurna e noturna fazem parte da avaliacão. Para a avaliação da função do intestino grosso a escala de Bristol ou de Roma III tem se mostrado de grande utilidade

4

. No exame físico, especial atenção deve ser dada à região lombo-sacra, observando algum desalinhamento ósseo, alterações na pele da região ou alterações da musculatura glútea. A região perianal e perineal também deve ser cuidadosamente inspecionada e um breve exame neurológico testando reflexos superficiais pode ser feito

4-6

.

Exames complementares Exame qualitativo de urina

Pode sugerir a presença de infecção ou outras alterações como glicosúria ou proteinúria que poderiam anunciar a presenca de diabete ou lesão renal

3

.

Ultrassonografia

Deverá dar informações sobre o volume vesical pré e pós-miccional, espessura da parede vesical, existência de alterações pielo-ureterais e a presença de fezes impactadas na ampola retal. Resíduo miccional maior do que 10% da capacidade vesical esperada para a idade é considerado significativo

7,8

. A identificação de fezes na ampola retal, com a largura do reto maior do que 3 cm e ausência de desejo evacuatório no momento do exame é um importante sinal de constipação

3

.

Urofluxometria

A medida do fluxo urinário em crianças que já adquiri-

ram o controle esfincteriano é de extrema importância na

disfunção miccional. Quando associada à eletromiografia

de superfície faz o diagnóstico de obstrução funcional

9

.

O fluxo urinário de uma criança normal tem o formato de

um sino no gráfico gerado pelo estudo de fluxo de urina,

independente do gênero ou idade. Crianças com uma

obstrução dinâmica (disfunção miccional) terão uma in-

(3)

terrupção abrupta do fluxo de urina antes de atingir o fluxo máximo, formando uma curva intermitente ou flutuante.

Além desse fluxo característico, o tempo de fluxo será aumentado

2

. A realização concomitante da eletromiografia permitirá ao examinador detectar o aumento de atividade da musculatura perineal no momento da interrupção do fluxo urinário

10

. A urofluxometria com eletromiografia não é um exame invasivo, adequada para o uso pediátrico e essencial para a definição diagnóstica da disfunção mic- cional. Os estudos urodinâmicos completos nas crianças com disfunção do trato urinário inferior não neurogênicos são reservados àquelas crianças com falhas terapêuticas, ou quando o rastreamento feito pela fluxometria mostra fluxo permanentemente baixo, sugerindo obstrução anatômica ou hipocontratilidade vesical

3

.

Tratamento

Tratamentos comportamentais

As orientações para mudanças de hábitos incluem uma conscientização da criança e da família para o problema.

A ingesta adequada de líquidos, um agressivo tratamen- to da constipação, micções programadas pelo relógio e orientações na postura adotada à micção estão entre as mudanças comportamentais que devem ser adotadas. As crianças são estimuladas a usarem suportes para os pés no banheiro, que permitam a elas ficarem com apoio quando estão sentadas no vaso sanitário. Esta manobra auxilia a prensa abdominal permitindo um melhor esvaziamento vesical e colônico. Orientar a criança a urinar sem pressa, permitindo um tempo adequado para o esvaziamento da bexiga também é fundamental

2,11

.

Biofeedback (Terapia de retreinamento do assoalho pélvico)

É uma forma de reeducação da musculatura perineal a partir das informações recebida por meio de eletromiografia de superfície. Com as informações da atividade muscular, o terapeuta orienta o paciente a realizar manobras de re- laxamento perineal e observando a resposta instantânea.

O treinamento permite às crianças, principalmente as maiores, uma conscientização da sua atividade muscular, do seu relaxamento, da força, do tempo de contração e da coordenação. Várias sessões são necessárias para um resultado sustentado

12,13

. A desvantagem do biofeedback é que o sucesso é dependente do nível de dedicação e en- volvimento do paciente. E isto é algumas vezes difícil nas crianças. A indústria especializada produziu nos últimos

anos aparelhos com softwares com animação, o que mostrou boa aceitação pelo público infantil, com bons resultados terapêuticos

12

.

Bloqueadores alfa-adrenérgicos

Os receptores alfa adrenérgicos são encontrados no trato urinário inferior principalmente no colo vesical e uretra proximal. A ativação adrenérgica promove a contração mus- cular e aumento da resistência ao esvaziamento da bexiga.

O bloqueio destes receptores provoca o relaxamento desta musculatura e facilita o esvaziamento vesical. A doxazosi- na, um bloqueador seletivo dos receptores alfa-1 tem sido empregado e bem tolerado em crianças. Embora existam relatos que entusiasmem o uso deste tipo de medicação na população pediátrica, não há ainda ensaios clínicos bem delineados mostrando resultados convincentes na popu- lacão infantil

14,15

.

Toxina Botulínica A

O uso de toxina botulínica nos pacientes com diagnós- tico de incoordenação vesico-esfincteriana foi utilizado em alguns centros como uma alternativa terapêutica quando os tratamentos medicamentosos ou de reabilitação muscular falharam

16,17

. A injeção endoscópica intra-esfincteriana de 50-100 UI apresentou efeitos transitórios, com melhora dos parâmetros clínicos e urodinâmicos.

Hiperatividade vesicaL

A hiperatividade vesical ou detrussora apresenta-se clinicamente como urgência miccional, incontinência de urgência, aumento da frequência de micção, baixos volumes miccionais e, em alguns pacientes, enurese noturna. As ma- nobras de contenção,como cruzar as pernas, com o objetivo de suprimir as contrações não inibidas detrussoras, são característicos da bexiga hiperativa. Existe íntima relação entre a constipação e hiperatividade vesical. Acredita-se que a massa fecal retal pode desencadear contrações vesicais, além de diminuir a capacidade funcional da bexiga

18

.

O exame físico na criança com hiperatividade vesical

é normal. O ultrassom geralmente não mostra resíduo ve-

sical, mas em casos mais severos pode detectar dilatação

ureteral pela presença de refluxo de urina ou até mesmo

espessamento da parede vesical. O estudo urodinâmico

completo em crianças com bexiga hiperativa é dispensável,

sendo reservado para aquelas crianças que não respondem

aos tratamentos iniciais

19

.

(4)

Tratamento Anticolinérgicos

A oxibutinina é a droga de primeira escolha no tratamento da hiperatividade da bexiga

18

. Os efeitos colaterais desta medicação são muito frequentes e incluem principalmente boca seca e constipação, o que explica a baixa tolerabilidade e o abandono precoce do tratamento. Os poucos estudos ran- domizados envolvendo a oxibutinina mostraram eficácia na resolução dos sintomas vesicais

20

. Outros anticolinérgicos têm sido pesquisados na população infantil. A tolterodina mostrou-se eficaz e segura, apresentando menos efeitos adversos

21,22

. Em nosso meio, porém, não tem sido indicada, talvez pelo custo elevado desta medicação.

Toxina Botulínica A

A toxina botulínica age bloqueando a liberação pré- sináptica da acetilcolina na junção neuromuscular

23

. Esta ação eferente resulta em supressão da atividade contrátil do detrussor. A principal indicação do uso de toxina botulínica em bexiga hiperativa entre as crianças foi a resistência às terapias convencionais. O único estudo que aplicou toxina botulínica em crianças com bexiga hiperativa não neurogê- nica mostrou resultado de melhora total ou parcial acima de 70%. A dose recomendada neste estudo foi 100 UI

23,24

.

Neuromodulação sacral

A estimulação elétrica transcutânea das raízes sacrais (S3) introduzida em 2001 tem um mecanismo não totalmente elucidado. Provavelmente a estimulação direta das fibras musculares, a ativação da inervação simpática e a inibição de nervos parassimpáticos que vão em direção à bexiga estão envolvidos na resposta obtida pela neuromodulação.

Inicialmente idealizado para aqueles casos refratários ao uso de anticolinérgicos, a eletroestimulação sacral transcu- tânea tem níveis de evidência que permite indicá-la como primeira escolha aos pacientes com diagnóstico de bexiga hiperativa, com a vantagem sobre os anticolinérgicos de não apresentar efeitos adversos

25

.

Manejo da constipação

O tratamento da constipação é comum às disfunções do trato urinário inferior, sendo imprescindível sua abordagem tanto naquelas crianças onde fazemos o diagnóstico de be- xiga hiperativa, quanto naquelas com quadro de disfunção da micção. Não é objetivo desta revisão discutir o manejo terapêutico da constipação.

Enurese noturna monossintomática

A abordagem terapêutica da enurese noturna não monossintomática será dirigida para a causa subjacente, hiperatividade vesical ou disfunção miccional. A terapia da enurese monossintomática, porém, merece considerações especiais. A enurese noturna monossintomática pode ser classificada quanto em primária e secundária. A enure- se primária refere-se aquelas crianças, com mais de 5 anos de idade, que perdem urina no mínimo duas vezes por semana e jamais adquiriram o controle noturno. Na enurese secundária houve um período maior do que seis meses sem perdas e a partir de um momento, a criança ou o adolescente passa a não ter o controle noturno. A enurese noturna secundária muitas vezes tem causas psi- cológicas e uma avaliação especial deverá ser realizada.

Os tratamentos utilizados na ENM variam desde medidas comportamentais, passando por medicamentos até o uso de alarmes para despertar as crianças

25

.

Terapia comportamental

Procuram modificar comportamentos da criança. É a primeira linha de abordagem, e embora os resultados isolados não sejam satisfatórios, devem ser inicialmente tentados pelos poucos efeitos adversos e baixos custos.

Diferentes técnicas podem ser empregadas:

reforço positivo: medidas de diminuição de líquidos à noite são associados a controles escritos (diário de noites secas) que procuram fazer um monitoramento das perdas, com premiação para as noites secas

26

. controle de retenção: as crianças são orientadas, durante

o dia, a adiar a micção com o objetivo de acomodar o detrussor, fazendo com que ele se habitue a volumes maiores. Esta medida poderia trazer benefícios durante a noite

27

.

DDAVP (Desmopressina)

Este análogo sintético do hormônio antidiurético

(ADH) deve ser utilizado nas crianças em que a ava-

liação sugeriu poliúria noturna. Os índices de sucesso

com a desmopressina são em torno de 70%. A retirada

do medicamento, entretanto, tem um índice elevado de

recidiva da enurese

28,33

. O tempo de tratamento ainda não

está definido. O DDAVP está disponível em comprimidos

de 0,1 e 0,2 mg. A apresentação em spray nasal de 10 µg

não é utilizada em crianças com enurese

32

.

(5)

Alarme

Dispositivo colocado junto à roupa da criança, que emite som, no momento da micção. O dispositivo tem a intenção de acordar a criança e provocar a inibição do reflexo do ato miccional, estimulando o paciente a ir ao banheiro. O alarme exige envolvimento da criança e da família, e o início da sua utilização requer paciência até todos estarem bem adaptados

29

. Os resultados com o uso de alarmes noturnos com resolução total da enurese chega a 75%. Uma vantagem do método é a sustentabilidade do resultado após sua retirada.

Antidepressivos tricíclicos

Representado principalmente pela imipramina, os antidepressivos são considerados segunda linha de tra- tamento. Devem ser empregados na enurese noturna monossintomática, quando não houve resposta a outras formas de terapia, em crianças maiores. Em torno de 50%

dos pacientes melhoram com estes medicamentos, mas a retirada da droga é acompanhada de um alto índice de recidiva da enurese

30,31

.

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Correspondência:

Claudemir Trapp

E-mail: ctrapp@terra.com.br

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