Cabeamento
Aula 1
Introdução ao
Cabeamento de Redes
Objetivos
• Conhecer Infraestrutura física e Infraestrutura lógica
• Conhecer o histórico da infraestrutura de redes
• Entender os conceitos gerais sobre cabeamento atual e suas classificações.
Introdução
• Nesta aula, vamos destacar o histórico das redes e dos sistemas estruturados.
• Vamos diferenciar a infraestrutura física e a lógica, a
classificação do cabeamento, definindo o cabeamento não estruturado, o genérico, o total e o estruturado.
Histórico das Redes – Anos 60
• No início da década de 1960 os computadores de grande porte dominavam o mercado.
• Como sempre houve a necessidade de compartilhamento de informações a única opção era o compartilhamento de mídias móveis que pudessem ser lidas e gravadas em diferentes dispositivos.
Histórico das Redes – Anos 60
• Essa solução é, obviamente, limitada. Transporte-a para os dias atuais e imagine se, para enviar uma foto a um amigo, fosse necessário postar num malote o seu pendrive ou um disquete flexível de 5 ¼ de polegada, em que cabia 1Mbyte e que, se fosse dobrado ou amassado, perderia os dados.
Histórico das Redes – Anos 60
• A solução adotada passou pela implementação de soluções proprietárias. Cada fabricante buscou uma solução para os seus produtos.
Histórico das Redes – 1964
• Em 1964, nos Estados Unidos, o primeiro sistema integrado de rede foi implantado para controle de reservas de
passagens. Esse sistema era limitado, pois exigia o uso
exclusivo de computadores de um mesmo fabricante, ainda insuficiente.
Histórico das Redes – Anos 70
• Durante a década de 1970, seguiu-se o mesmo cenário, mas os diferentes fabricantes perceberam que a
padronização da rede poderia melhorar a qualidade dos
serviços e, consequentemente, proporcionar maior uso dos seus produtos.
Histórico das Redes – Anos 80
• Nos anos 1980, as empresas Xerox, Digital e Intel se uniram e lançaram o padrão Ethernet no mercado, que é, até hoje, o padrão mais utilizado no mundo. Ele teve inúmeras
evoluções ao longo do tempo, adaptando-se às inovações tecnológicas, contudo, manteve sua essência: a facilidade de implantação.
Histórico das Redes – Anos 80
• Surgiram, então, os conceitos
de Networking e Downsizing, referindo-se ao processo de implementação de redes de microcomputadores.
– Networking - Interligação de computadores em rede.
– Downsizing - Processo de produção de computadores com tamanho reduzido, principalmente quando comparados aos enormes mainframes. Foi essa tendência que chegou
aos desktops, notebooks, smartphones esmartwatches (será que já atingimos o limite?).
Histórico das Redes – Anos 80
• Visão dos Anos 1980:
• Cabeamento Dedicado;
• Sistemas Proprietários;
• Processamento Centralizado;
• Voz/Dados;
• Até 10 Mbps.
Histórico das Redes – Anos 80
• A falta de normas para o mercado de redes locais levou os fabricantes a criarem sistemas proprietários para atender a demanda.
• A rápida evolução e a popularização dos PC levaram
fabricantes e organismos internacionais a desenvolverem normas e padrões para o setor.
Histórico das Redes - 1988
• Em1988 surgiu no mercado de redes o conceito SCS – Structured Cabling System – "Sistema de Cabeamento Estruturado".
• O SCS pode ser definido como um conjunto de produtos de conectividade, empregado de acordo com regras
específicas, cujas características principais são:
– Arquitetura aberta;
– Meio de transmissão e disposição física padronizados;
– Aderência a padrões internacionais;
– Projeto e instalação sistematizados.
Histórico das Redes – Anos 90
• Visão dos Anos 1990:
• Sistema Integrado de Cabeamento;
• Arquitetura Aberta;
• Processamento Distribuído;
• Voz/Dados/Imagem/Vídeo/Controles;
• 100 Mbps, 1Gbps etc.
Histórico das Redes – Anos 90
• Com a introdução de padrões internacionais, os sistemas de cabeamento passaram a ser produzidos sob normas
definidas internacionalmente.
• A liberdade de escolha de fornecedores pelo usuário tornou mais flexível e barato o projeto de sistemas de informação, além de preservar seus investimentos.
Infraestrutura física e lógica
• A Infraestrutura lógica define a forma
como os dados vão trafegar. Seu estudo se preocupa com os fluxos de dados, os locais de armazenamento e a
autenticação.
• Nessa abordagem, é definida a arquitetura de aplicação, cliente-servidor ou ponto a ponto, enfim, como os dados serão
Infra Lógica
Infraestrutura física e lógica
• A infraestrutura física se refere à distribuição do cabeamento no espaço, às conexões, aos dutos, às passagens etc.
• Nessa abordagem, estudamos as principais topologias de rede, as mídias de transmissão, os equipamentos de interligação e a
arquitetura de conexões dentro da rede e com as outras redes.
Infra Física
Sistemas Estruturados
• Os sistemas estruturados representam a rede física capaz de suportar sinais de voz, dados, imagens e controles
(comandos de automação).
• Numa rede estruturada, temos a melhor relação custo- benefício.
Sistemas Estruturados
• Integramos diversos meios numa mesma infraestrutura
• Temos facilidade de manutenção pela existência de documentação e de padrões de projeto
• A expansão e as mudanças na rede podem ser realizadas com facilidade
• Ocorre redução dos problemas físicos da rede
• Há melhora a performance da rede.
Sistemas Estruturados
• No mercado, encontramos diversas redes em
funcionamento, algumas próximas da perfeição, outras nem tanto.
• Ao analisarmos a estrutura de uma rede, podemos
classificar as diversas partes. Uma das possíveis divisões é em cabeamento horizontal e vertical.
• Outra divisão possível do estudo da rede se refere aos setores típicos do cabeamento. Cada um deles possui características específicas quanto à sua função e
Sistemas Estruturados
• Cabeamento Horizontal
– Constituído dos cabos que ligam o painel de distribuição até o ponto final do cabeamento (outlets);
– Por ele trafegam todos os serviços (voz, dados, vídeo, controle, etc.);
– A topologia física é em estrela. Cada conector ou tomada de telecomunicações tem a sua própria posição mecânica no
ponto de conexão horizontal, no armário de telecomunicações, incluindo, cabos, conectores e tomadas de telecomunicações, terminais mecânicos, ....
Sistemas Estruturados
• Cabeamento Vertical
– O Cabeamento vertical (backbone cabling) é o conjunto permanente de cabos primários que interligam a sala de
equipamentos aos armários ou salas de telecomunicações e aos pontos de entrada.
– Utiliza a topologia estrela hierárquica, e a escolha da mídia de distribuição dependerá das características das aplicações
específicas.
– Fatores que influenciam nessa escolha são: flexibilidade,
Setores da Infraestrutura
• Área de trabalho
– É o local onde o usuário interage com os equipamentos
terminais de telecomunicações. Os componentes dessa área são todos aqueles compreendidos entre as tomadas e os
equipamentos.
– No máximo 3m de comprimento de patch-cords são admitidos na área de trabalho.
Setores da Infraestrutura
• Entrada da edificação
– Conhecido como Distribuidor Geral de Telecomunicações (DGT), fica no térreo ou no subsolo, com dimensões maiores que as Salas de Telecomunicações.
– Reune os cabos oriundos das concessionárias de serviços públicos ou de outros prédios. Especifica a área onde os cabos externos são conectados com o sistema de cabos internos da edificação.
– Deve ser um espaço seguro (acesso restrito), onde a
Setores da Infraestrutura
• Sala de equipamentos
– É a sala onde ficam os sistemas de comunicação, a central telefônica, os modems, os roteadores, os hubs da rede e, algumas vezes, os servidores. É possível, também, ter as
facilidades de uma sala de telecomunicações, que pode estar localizada na área de entrada.
– Deve ser segura, com ventilação adequada, fontes de energia
Setores da Infraestrutura
• Sala de telecomunicações
– É o local onde estão localizados os equipamentos ativos do sistema, bem como suas interligações com sistemas externos.
Pode ser uma sala específica, um quadro ou shaft. Costuma- se, também, instalar no local o painel principal de manobras (Main Cross-Connect), que pode ser composto depatch-
panels, blocos 110, blocos de saída RJ-45 ou distribuidores óticos; pode conter, também, hubs ou switches. Existem,
Classificação do Cabeamento
Não Estruturado Genérico
Total
Estruturado
Não Estruturado Genérico
Total
Estruturado
Classificação do Cabeamento
• Sem planejamento prévio. Desconsidera modificações ou expansões
• Cabos diferentes para cada aplicação
• Padrões, topologias, conectores e
ligações modificados em cada alteração de layout;
• Custo inicial baixo, e o tempo implantação pequeno
• Vantajoso quando o ambiente dificilmente Não Estruturado
Não Estruturado Genérico
Total
Estruturado
Classificação do Cabeamento
Genérico
• Termo usado em sistemas de automação predial
• Cabeamento universal para o uso integrado de voz, dados, imagem e controle.
• Atende a diversos projetos de redes;
• Desenvolvido para durar por um longo período de tempo, sem mudanças na infraestrutura de rede
• Cabos e conectores padronizados para
Não Estruturado Genérico
Total
Estruturado
Classificação do Cabeamento
• Usado em situações específicas por seu alto custo
• Mudanças entre pessoas e não entre máquinas;
• Quem muda é o usuário e não a máquina;
• Preservação do investimento no
cabeamento (que não sofre alterações)
• Escritórios virtuais – solução pouco Total
Não Estruturado Genérico
Total
Estruturado
Classificação do Cabeamento
• É o mais adequado para a infraestrutura de redes locais de computadores
• Tem origem nas instalações dos sistemas telefônicos
• Baseado na previsão adequada dos recursos necessários para atender a quaisquer exigências de expansão ou movimentação dos pontos de rede na infraestrutura física das edificações;
• É a solução com melhor relação Estruturado
Cabeamento Estruturado
• O foco da nossa disciplina é o cabeamento estruturado, mas sabemos que nem sempre é possível atingir o nível de
excelência
• Podemos melhorar o funcionamento de uma rede com procedimentos típicos da rede estruturada
• O esboço da rede física, a numeração dos pontos, caminhos comuns separados da rede elétrica etc. podem ser
empregados em qualquer rede, inclusive na sua rede residencial.
Cabeamento
• Atividade Aula 1
Pedido
Para fixar os conteúdos desta aula, propomos a seguinte atividade:
• Observe alguma rede a que você tenha acesso, no trabalho ou no seu campus.
• Veja como está distribuído o cabeamento, como estão
posicionados os pontos de rede, as passagens de cabo etc.
• A partir dessas observações e das definições que
aprendeu, qualifique a rede como não estruturada, genérica, estruturada ou total.
• Com essa experiência vá, ao longo das aulas, observando
Uma resposta possível
• A resposta para esta atividade dependerá do que você irá encontrar na rede que escolher, mas sabemos que uma rede residencial tem grande probabilidade de ser não estruturada ou genérica.
• Verifique se existem tomadas RJ45 fêmeas (genéricas) ou se os cabos vão diretamente até o computador (não
estruturada).
Uma resposta possível
• Numa rede predial ou comercial, podemos ter de tudo. A rede estruturada apresenta uma tomada de energia e uma de rede para cada computador, o cabeamento total não leva em conta as pessoas que vão usar a rede e, quase sempre, encontramos mais pontos do que computadores. Esta não é uma lei universal, mas são indícios de cada tipo.
Uma resposta possível
• Faça um esboço, à mão livre, das entradas de rede, passagens de cabo e pontos de conexão de rede.
• Guarde esse esboço, pois será muito útil nas próximas aulas.