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UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO SEMI-ÁRIDO CENTRO DE ENGENHARIAS DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA E CIÊNCIAS AMBIENTAIS CURSO DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO

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DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA E CIÊNCIAS AMBIENTAIS CURSO DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO

ALEX MALLONE DE OLIVEIRA

ANÁLISE DOS RISCOS OCUPACIONAIS PRESENTES EM UMA LOJA DE MATERIAL DE CONSTRUÇÃO NA CIDADE DE AÇÚ-RN

MOSSORÓ/RN

2019

(2)

ANÁLISE DOS RISCOS OCUPACIONAIS PRESENTES EM UMA LOJA DE MATERIAL DE CONSTRUÇÃO NA CIDADE DE AÇÚ-RN

Trabalho de conclusão de curso de graduação em Engenharia de Produção, apresentado ao Departamento de Engenharia e Ciências Ambientais do Centro de Engenharias da Universidade Federal Rural do Semi- Árido, como requisito para obtenção do título de Engenheiro de Produção.

Orientadora: Profª D.Sc. Fabrícia Nascimento de Oliveira.

MOSSORÓ/RN

2019

(3)

O48a Oliveira, Alex Mallone de.

Análise dos riscos ocupacionais presentes em

uma loja de material de construção na cidade de Açú- RN / Alex Mallone de Oliveira. - 2019.

86 f. : il.

Orientadora: Fabrícia Nascimento de Oliveira. Monografia (graduação) - Universidade Federal

Rural do Semi-árido, Curso de Engenharia de Produção, 2019.

1. Riscos Ocupacionais. 2. Mapa de Risco. 3. EPI. I. Oliveira, Fabrícia Nascimento de , orient.

II. Título.

9.279/1996 e Direitos Autorais: Lei n° 9.610/1998. O conteúdo desta obra tomar-se-á de domínio público após a data de defesa e homologação da sua respectiva ata. A mesma poderá servir de base literária para novas pesquisas, desde que a obra e seu (a) respectivo (a) autor (a) sejam devidamente citados e mencionados os seus créditos bibliográficos.

O serviço de Geração Automática de Ficha Catalográfica para Trabalhos de Conclusão de Curso (TCC´s) foi desenvolvido pelo Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação da Universidade de São Paulo (USP) e gentilmente cedido para o Sistema de Bibliotecas da Universidade Federal Rural do Semi-Árido (SISBI- UFERSA), sendo customizado pela Superintendência de Tecnologia da Informação e Comunicação (SUTIC) sob orientação dos bibliotecários da instituição para ser adaptado às necessidades dos alunos dos Cursos de Graduação e Programas de Pós-Graduação da Universidade.

(4)

ANÁLISE DOS RISCOS OCUPACIONAIS PRESENTES EM UMA LOJA DE MATERIAL DE CONSTRUÇÃO NA CIDADE DE AÇÚ-RN

Trabalho de conclusão de curso de graduação em Engenharia de Produção, apresentado ao Departamento de Engenharia e Ciências Ambientais do Centro de Engenharias da Universidade Federal Rural do Semi- Árido, como requisito para obtenção do título de Engenheiro de Produção.

Orientadora: Profª D.Sc. Fabrícia Nascimento de Oliveira.

APROVADA EM: 14/08/2019

BANCA EXAMINADORA

(5)

Dedico este trabalho ao meu DEUS, pois no tempo dEle fez acontecer as suas promessas em minha vida e que a sua infinita graça me guia todos os dias.

Aos meus pais que sempre me incentivaram e

mostraram que posso conquistar tudo através

dos meus esforços.

(6)

Primeiramente ao meu Deus, onde Ele é o alfa, o ômega, o princípio e o fim e que todas as coisas estão sujeitas a sua vontade. A Ele que merece a minha gratidão por proporcionar o melhor para a minha vida. Ele é o ar que respiro, és a minha luz e o meu caminho e nunca me abandonou nos momentos de tristezas e me carrega em seus braços.

A minha linda mãe, Francisca Jeane, por seu amor infinito, pelas suas orações que constantemente me ajudavam a correr atrás de meus objetivos. A ti, minha mãe, serei eternamente grato, palavras são poucas para demonstrar o quanto sou feliz por ser teu filho.

Te amo minha mãe!

Ao meu pai, Francisco Alberto, por todo o cuidado e carinho, que sempre procura dar o melhor aos seus filhos, que sempre trabalha e batalha por sua família. Sou feliz por ter um pai zeloso, carinhoso, que ama a sua família, que honra a Deus e nos guiando para o caminho certo. Meu exemplo de ser homem de verdade, meu herói e meu orgulho.

Ao meu irmão, Alvaro Manrique, pelo apoio, amizade e carinho. Sabes que você veio para mudar a história da nossa família e que através de ti nós conhecemos Deus. Obrigado meu irmão por tudo!

A minha noiva, Laura Moana, que nunca desistiu de mim, que sempre teve paciência e amor comigo. Sempre me motiva e me acompanha em todos os momentos, me aconselha e me estimulava para a efetivação deste trabalho.

As minhas avós, Francisca Sofia (in memoriam) e Terezinha Fernandes (in memoriam), que sempre me amaram e estariam felizes por este momento. Sinto falta da presença em nosso meio!

Ao meu amigo, Jorge Luis, que mesmo não concluindo o curso na mesma época, iniciamos esta caminhada em parceria. Obrigado pelo companheirismo e pelos momentos de risadas e superações.

A professora, Fabrícia Nascimento de Oliveira, pela orientação e apoio para a realização deste momento único, minha conclusão de curso.

Agradecer ao proprietário da empresa pela disponibilidade, ajuda e o acesso a empresa para a realização deste trabalho.

A toda minha família, avôs, primos, tios, que sempre tiveram orgulho da pessoa que sou e que me motivaram para a realização deste sonho.

Enfim, a todos que me ajudaram de maneira direta e indiretamente e fizeram acontecer este

momento único.

(7)

Os agentes físicos, biológicos, químicos e os riscos ergonômicos e de acidentes podem ser encontrados nos ambientes de trabalho e tem a capacidade de afetar a segurança e a saúde dos trabalhadores através das fontes geradoras de riscos. Este trabalho foi realizado em uma loja de material de construção na cidade de Açu-RN, com o objetivo de analisar os riscos ocupacionais existentes nos setores da empresa e propor melhorias de forma a resolver os problemas identificados. Realizou-se neste trabalho uma pesquisa aplicada, com objetivo descritivo, com abordagem quantitativa e qualitativa e classificada como um estudo de caso em relação aos procedimentos técnicos. Os dados foram coletados em entrevistas com o gestor e trabalhadores da empresa, registros fotográficos e observações

in loco com objetivo

de detectar os riscos ocupacionais, avália-los qualitativamente e determinar quantitativamente os agentes iluminância e ruído. Em seguida, os agentes quantificados foram comparados com os limites aceitáveis de acordo com a NR-15 e todos os agentes identificados nos setores da empresa foram representados no mapa de riscos com o propósito de orientar os colaboradores dos perigos existentes no ambiente laboral. Observou-se que a empresa disponibiliza EPI (Equipamento de Proteção Individual), mas não fiscaliza o uso dos mesmos. Identificou-se que as funções de auxiliar de carga/descarga e motorista são as que mais expõem os colaboradores aos riscos, os quais podem acarretar em problemas críticos a saúde do profissinal. Recomenda-se um armazenamento adequado das mercadorias, o uso de cinta lombar, alongamentos corporais de 10 minutos a cada 50 minutos trabalhados, uso de protetor auditivo, luvas e máscaras de proteção.

Palavras-chaves: Riscos ocupacionais. Mapa de risco. EPI.

(8)

Figura 1 - Modelo 01 da APR. ... 22

Figura 2 - Modelo 02 da APR ... 22

Figura 3 - Escala para Avaliação de Riscos ... 23

Figura 4 - Intensidade dos riscos ... 24

Figura 5 – Modelo de luxímetro ... 27

Figura 6 - Dosímetro ... 29

Figura 7 - Decibelimetro ... 30

Figura 8 - Escala de riscos G x P ... 33

Figura 9 - Decibelímetro MSL-1352C e luxímetro MLM-1011 ... 34

Figura 10 - Fluxograma das etapas metodológicas ... 34

Figura 11 - Layout da Loja de Material de Construção ... 36

Figura 12 - Organograma da Empresa ... 37

Figura 13 - Fluxograma do processo de vendas ... 38

Figura 14 - EPI’s utilizado pelos assistentes administrativos, operador de caixa e gerente .... 45

Figura 15 - EPI’s utilizado pelos auxiliares/carga/descarga e motoristas ... 46

Figura 16 - Auxiliar de serviços gerais sem uso de EPI’s ... 47

Figura 17 - EPI’s utilizado pelo repositor ... 48

Figura 18 - Colaborador subindo escada ... 52

Figura 19 - Motorista utilizando a serra circular ... 54

Figura 20 - Atividade de vendedor utilizando carrinho de transporte ... 56

Figura 21 - Auxiliar de serviços gerais realizando atividade de limpeza em banheiro ... 57

Figura 22 - Mapa de risco da loja de material de construção ... 73

(9)

Quadro 1 - Riscos identificados por cores ... 24

Quadro 2 - Requisitos para o planejamento da iluminação ... 26

Quadro 3 - Iluminância do entorno imediato relacionada à iluminância da área de tarefa ... 26

Quadro 4 - Limites de tolerância para ruído contínuo ou intermitente ... 28

Quadro 5 - Escala de classificação dos riscos ... 32

Quadro 6 - Categoria dos riscos... 33

Quadro 7 - Dados da empresa em estudo ... 35

Quadro 8 - Equipamentos de proteção individual disponibilizados na atividade do assistente administrativo, operador de caixa e gerente ... 44

Quadro 9 - Equipamentos de proteção individual disponibilizados na atividade do auxiliar de carga/descarga e motorista ... 45

Quadro 10 - Equipamentos de proteção individual disponibilizados na atividade do vendedor ... 46

Quadro 11 - Equipamentos de proteção individual disponibilizado na atividade de auxiliar de serviços gerais... 46

Quadro 12 - Equipamentos de proteção individual disponibilizados na atividade do repositor ... 47

Quadro 13 - Classificação dos riscos para os cargos de operador de caixa, assistente administrativo e gerente ... 51

Quadro 14 - Classificação dos riscos para o cargo de auxiliar de carga/descarga e motorista 53 Quadro 15 - Classificação dos riscos para o cargo de vendedor ... 55

Quadro 16 - Classificação dos riscos para o cargo de auxiliar de serviços gerais ... 57

Quadro 17 - Classificação dos riscos para o cargo de repositor ... 58

Quadro 18 - Riscos presentes nos setores da loja de material de construção ... 60

Quadro 19 - Identificação das fontes geradoras de riscos e medidas preventivas identificadas no setor administrativo ... 61

Quadro 20 - Identificação das fontes geradoras de riscos e medidas preventivas identificadas no setor depósito e vendas ... 63

Quadro 21 - Identificação das fontes geradoras de riscos e medidas preventivas identificadas no setor limpeza e estoque... 66

Quadro 22 - Medições em decibéis (dB) dos equipamentos que causam ruído contínuo ... 71

(10)

Gráfico 1 - Sexo dos colaboradores de uma empresa de material de construção ... 39

Gráfico 2 - Faixa etária dos colaboradores de uma empresa de material de construção ... 40

Gráfico 3 - Grau de escolaridade dos colaboradores de uma empresa de material de construção ... 40

Gráfico 4 - Setor de trabalho dos colaboradores de uma empresa de material de construção . 41 Gráfico 5 - Cargos da empresa de material de construção ... 41

Gráfico 6 - Tempo de admissão dos colaboradores de material de construção... 42

Gráfico 7 - Conhecimento dos colaboradores a respeito de mapa de risco ... 42

Gráfico 8 - Treinamento para desempenhar atividade na empresa ... 43

Gráfico 9 - Utilização de equipamento de proteção individual pelos colaboradores de uma empresa de material de construção ... 44

Gráfico 10 - A importância que os colaboradores dão quanto à utilização dos EPI’s ... 48

Gráfico 11 - Percepção dos trabalhadores quanto a exposição aos riscos ocupacionais ... 49

Gráfico 12 - Acidentes de trabalho na empresa presenciado pelos colaboradores ... 49

Gráfico 13 - Acidentes de trabalho ou doença ocupacional sofrido pelos trabalhadores ... 49

Gráfico 14 - Níveis de iluminância no setor de vendas ... 69

Gráfico 15 - Níveis de iluminância no setor administrativo e depósito ... 69

(11)

ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas

ANAMACO - Associação Nacional dos Comerciantes de Material de Construção APR - Análise Preliminar de Riscos

ASG - Auxilia de Serviços Gerais

CIPA - Comissão Interna de Prevenção de Acidentes EPI - Equipamento de Proteção Individual

NHO - Norma de Higiene Ocupacional NR - Norma Regulamentadora

OIT - Organização Internacional do Trabalho ONU - Organização das Nações Unidas PAIR - Perda Auditiva Induzida por Ruído

PPRA - Programa de Prevenção de Riscos Ambientais

SEBRAE - Serviço Brasileiro de Apoio as Micro e Pequenas Empresas

SESMT - Serviço Especializado em Engenharia e Segurança e Medicina do Trabalho

(12)

1 INTRODUÇÃO ... 14

1.1 PROBLEMA ... 15

1.2 JUSTIFICATIVA... 15

1.3 OBJETIVOS ... 16

1.3.1 Objetivo geral ... 16

1.3.2 Objetivos específicos ... 16

2 REFERENCIAL TEÓRICO ... 17

2.1 SETOR DE COMÉRCIO VAREJISTA... 17

2.1.1 Comércio varejista de material de construção ... 17

2.2 SEGURANÇA DO TRABALHADOR... 18

2.3 ACIDENTE DE TRABALHO ... 19

2.4 RISCOS OCUPACIONAIS ... 19

2.4.1 Análise qualitativa de risco ... 21

2.4.1.1 Análise preliminar de riscos ... 21

2.4.1.2 Mapa de risco ... 23

2.4.2 Avaliação quantitativa dos riscos ... 25

2.4.2.1 Iluminância ... 25

2.4.2.2 Ruído ... 28

3 METODOLOGIA DE PESQUISA ... 31

3.1 TIPO DE PESQUISA ... 31

3.2 ETAPAS DA PESQUISA... 32

4 RESULTADOS E DISCUSSÕES ... 35

4.1 CARACTERIZAÇÃO DA EMPRESA ... 35

4.2 CARACTERIZAÇÃO DO PROCESSO... 37

4.3 RESULTADOS DOS QUESTIONÁRIOS COM OS COLABORADORES ... 39

(13)

4.4 QUESTIONÁRIO APLICADO COM O GESTOR ... 50

4.5 GERENCIAMENTO DOS RISCOS EXISTENTES... 51

4.5.1 Análise qualitativa dos riscos ... 51

4.5.2 Identificação dos riscos ... 59

4.5.3 Avaliação quantitativa com o uso dos instrumentos técnicos ... 68

4.5.3.1 Intensidade de luminosidade nos setores administrativo, vendas e depósito ... 68

4.5.3.2 Medição de níveis de ruído contínuo e/ou intermitentes ... 70

4.8 MAPA DE RISCO ... 72

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS ... 75

REFERÊNCIAS ... 77

APÊNDICE A – QUESTIONÁRIO APLICADO AOS TRABALHADORES ... 81

APÊNDICE B – QUESTIONÁRIO APLICADO COM GESTOR DA EMPRESA ... 83

APENDICE C – MODELO DE TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO ... 85

APENDICE D – MODELO DE TERMO DE AUTORIZAÇÃOPARA PESQUISA ... 86

(14)

1 INTRODUÇÃO

O ambiente de trabalho deve apresentar condições mínimas para que os colaboradores desempenhem de forma satisfatória as atividades. Tarefas repetitivas e sem nenhum tipo de segurança precisam ser readequadas, assim como, gestores que ainda não fazem uso de estratégias para prevenção de acidentes de trabalho necessitam mudar de atitude e identificar as fontes geradoras de acidentes, traçar medidas preventivas, distribuir EPI’s para todos os trabalhadores, exigir o uso dos equipamentos como também fiscalizar seu uso (IIDA, 2016).

É necessário identificar as fontes de riscos de acidentes para evitar prejuízos financeiros. Assim, a análise dos riscos ocupacionais é de grande importância em todos os ambientes laborais, de tal modo como a explicação dos mesmos para os trabalhadores, para que através do conhecimento, sejam adotadas medidas para reduzir, minimizar ou eliminar os acidentes e doenças ocupacionais (IIDA, 2016).

O empregador tem a responsabilidade de informar ao trabalhador os cuidados referentes às tarefas que serão realizadas, sendo indispensável transmitir as informações de forma clara e mencionando quais são os eventos que poderão acarretar agravos à saúde física do colaborador, ou seja, os riscos ocupacionais pertinentes ao trabalho (FREIRE, 2015).

Nesse sentido pode-se observar a relevância da segurança no trabalho dentro das organizações evidenciando a responsabilidade dessas com todos os seus colaboradores sem distinguir a área ou setor, afinal, acidentes podem ocasionar a incapacidade do trabalhador ou até óbito do mesmo, gerando despesas para a organização (LOPEZ CAMANHO, 2012).

Dados do Anuário Estatístico da Previdência Social revelam que entre os anos de 2015 e 2017 no Brasil, a quantidade de acidentes passou de 622.379 para 549.405 acidentes.

Mesmo a taxa ter apresentado uma redução, o número ainda é bastante significativo. Só na atividade de comércio varejista ocorreram 21.332 acidentes de trabalho no ano de 2017, ficando atrás somente da atividade de atendimento hospitalar com 53.524 acidentes (AEPS, 2017).

Para o Serviço Brasileiro de Apoio as Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE, 2019), as lojas de material de construção existem aproximadamente 270 mil pequenas lojas no âmbito nacional brasileiro, resultando como o terceiro maior segmento do varejo em totalidade de empresas.

Dessa forma, o trabalho visa responder o seguinte questionamento: quais os riscos

ocupacionais presentes em uma loja de material de construção e as medidas adotadas pela

empresa para tratá-los?

(15)

1.1 PROBLEMA

O setor de atividades de comércio varejista de material de construção tem um elevado rodízio de colaboradores, exige dos profissionais um esforço físico grande em determinadas atividades, gerando no final do expediente de trabalho um desgaste físico do trabalhador. Em virtude disto, é essencial que a alta gestão administre os riscos os quais os colaboradores estão expostos, monitore os estados de saúde e segurança dos mesmos e realize constantemente análises de riscos no ambiente laboral. Assim, aumenta-se a qualidade e o conforto do local de trabalho, desenvolvendo a eficiência e reduzindo a rotatividade nesse setor.

As empresas precisam implementar políticas de segurança e dar condições para o trabalhador realizar as atividades em boas condições de segurança, com objetivo de minimizar os riscos oscupacionais e assim diminuindo os acidentes (BRASIL, 2019). Na loja de material de construção em estudo, os colaboradores não utilizam EPI’s, não há fiscalização por parte da empresa e acidentes de trabalho já aconteceram no ambiente laboral.

Infelizmente, muitas empresas não se antecipam para ocasiões de prováveis acidentes e só elaboram seus programas de segurança quando são notificadas em uma inspeção do trabalho.

1.2 JUSTIFICATIVA

Segundo Cesaro (2013), o crescimento e a modernização dos métodos de análise de risco colaboram para o desenvolvimento da história da engenharia de segurança. No que diz respeito ao emprego destes métodos, a inovação carrega uma perspectiva diferenciada, apontando a todo o momento indicar os riscos possíveis para diminuir e eliminar as doenças ocupacionais e acidentes de trabalho, procurando aprimorar a condição de vida das pessoas no âmbito do trabalho.

Devido a presença de riscos ocupacionais nas lojas de material de construção, então uma das maneiras de evitar acidentes e aperfeiçoar os fatores físicos de saúde e segurança dos colaboradores é efetuar análise de riscos no ambiente laboral.

Diante disso, com o objetivo de mostrar a relevância da análise e prevenção dos riscos

compreendidos em uma loja de material de construção e evitar prováveis acidentes, será

empregado nesse estudo o procedimento de avaliação de riscos ocupacionais. Com isso,

pretende-se verificar quais as fontes de perigos e sugerir melhorias para o empreendimento,

(16)

proporcionando ao proprietário conhecimento dos riscos aos quais seus trabalhadores estão sujeitos e os parâmetros de controle necessário para o ambiente ser seguro e adequado.

1.3 OBJETIVOS

Diante do exposto, o presente trabalho possui os seguintes objetivos:

1.3.1 Objetivo geral

Analisar os riscos ocupacionais existentes em uma loja de material de construção na cidade de Açu/RN e propor melhorias que venham reduzir e/ou eliminar os acidentes de trabalho e riscos a saúde do trabalhador.

1.3.2 Objetivos específicos

Detectar os riscos ergonômicos, físicos, biológicos, químicos e acidentes presentes no local;

Avaliar qualitativamente os riscos ocupacionais utilizando-se da técnica de Análise Preliminar de Riscos (APR);

Determinar quantitativamente os agentes iluminância e ruído e comparar os resultados obtidos com os limites determinados na NR-15;

Propor o mapeamento de riscos dos agentes ocupacionais presentes na empresa;

(17)

2 REFERENCIAL TEÓRICO

2.1 SETOR DE COMÉRCIO VAREJISTA

O comércio é uma das atividades mais primárias, uma vez que o indivíduo da antiguidade, já realizava negociações de mercadorias, desde as maneiras iniciais de escambo, percorrendo pelo avanço mercantilista que englobava as primeiras modificações monetárias, até alcançar às maneiras modernas de se comercializar com o uso de dinheiro, cartões de créditos, transações eletrônicas, entre outras (DONATO, 2012).

O empresário do comércio varejista compra objetos em grande quantidade, dos fabricantes atacadistas e outros fornecedores, para ser vendidos ao consumidor final em pequenas quantidades (DONATO, 2012). Esse setor tem um papel de grande importância na economia brasileira, ocupando a posição de maior empregador privado, sendo que para cada 4 empregos gerados no país, 1 é do setor de varejo. Também se destaca como um dos propulsores do crescimento da economia nos últimos 10 anos, que mesmo com a crise financeira, tem se reinventado para se desvencilhar das barreias encontradas (GREEN LAKES, 2019).

Porém, o crescimento no setor varejista não tem sido acompanhado por investimentos na área da segurança e saúde do trabalho. Segundo o Sindicato dos Empregados no Comércio do Rio de Janeiro (SECRJ, 2017), as jornadas exaustivas, as condições ruins de trabalho e o treinamento inadequado ou a falta do mesmo, são os principais causadores de acidentes e doenças ocupacionais que incidem sobre os trabalhadores.

Dentre os comércios varejistas podemos destacar o de material de construção, o qual tem obtido um crescimento considerável em número de empresas e em volumes de vendas.

2.1.1 Comércio varejista de material de construção

No ano de 2018 o setor varejista de material de construção obteve um crescimento de

6,5% se comparado ao de 2017. O setor conseguiu uma receita de R$ 122 milhões, batendo

recordes de vendas. Para a Associação Nacional dos Comerciantes de Material de Construção

(Anamaco, 2019), as vendas referentes ao mês de dezembro de 2018 nesse setor foram

superiores ao esperado, por ser um mês sazonal com férias das escolas, festa de finais de anos,

não sendo um momento bom para reformas.

(18)

Conforme a Anamaco (2019), a região Nordeste foi à região com o maior crescimento em vendas no ano de 2018 com 12% e os varejistas investiram, no começo do ano de 2019, 50% a mais se comparado ao mesmo período de 2018. Com o crescimento de construções de escolas, hospitais, entre outros, a tendência é de um melhor aproveitamento no setor (MERCADO&CONSUMO, 2019).

O comércio de construção é responsável por diversos empregos de maneira direta e indireta. Quanto mais materiais de construção são vendidos pelo varejo, mais se obtém emprego e renda. Para o ano de 2019 há uma previsão de 8,5% de crescimento em comparação com o ano de 2018 (ANAMACO, 2019).

Com esse crescimento, o número de empregos aumentam nas organizações fazendo com que os empresários contratem mais funcionários, com isso há uma preocupação na segurança dos trabalhadores para que possam desempenhar suas atividades de maneira segura.

2.2 SEGURANÇA DO TRABALHADOR

Para Araújo (2009), o ambiente ocupacional é o lugar onde o indivíduo mantém a maior parte de sua vida, porém esse local tem a probabilidade de apresentar riscos eventualmente danosos à saúde do trabalhador em decorrência dos procedimentos e das tarefas que são desempenhadas. Em diversas situações, os agentes ocupacionais tem prejudicado a integridade psicofisiológica dos trabalhadores, por este motivo, o Estado tem a obrigação de determinar regras para assegurar a saúde ocupacional, segurança, responsabilidade coletiva e amparo ao meio ambiente, supervisionando as organizações de maneira a assegurar o cumprimento da legislação vigente.

Além de atender as normas nacionais vigentes em matéria de saúde e segurança do trabalho, as empresas precisam observar as normas internacionais e acordos pactuados pelo nossso país, como da Organização Internacional do Trabalho (OIT). Por intermédio da OIT, a Organização das Nações Unidas (ONU) tem cobrado as nações signatárias ações relativas à necessidade de adequar o trabalho ao indivíduo, por meio de determinados padrões básicos a serem seguidos, tais como: resguardar a saúde do operário por meio da utilização de padrões da medicina preventiva, de emergência e de reabilitação; proporcionar o contato do colaborador com o seu trabalho por meio da utilização dos padrões do hábito humano;

proporcionar e sustentar com excelência o conforto físico, mental e social dos colaboradores,

em qualquer das ocupações; e preservar e precaver doenças ocupacionais motivadas pela

exposição aos riscos ambientais.

(19)

Esses padrões servem para nortear as organizações com relação às exigências legais de segurança do trabalho e evitar problemas de acidentes e doenças ocupacionais.

2.3 ACIDENTE DETRABALHO

Segundo a NBR 14280/2001 da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT, 2001), acidente de trabalho é a ocorrência imprevista e indesejável, instantânea ou não, relacionada com o exercício do trabalho que provoca lesão corporal ou que decorre de risco próximo ou remoto dessa lesão.

A lei 8.213/91 de benefício da previdência social dispõe no artigo 19 que acidente do trabalho é aquele que acontece pelo exercício do trabalho a serviço da empresa, acarretando dano corporal ou distúrbio funcional que provoque óbito, ou agravo, ou diminuição, permanente ou provisório, da aptidão para o trabalho (BRASIL, 1991).

O acidente do trabalho pode gerar afastamento ou não do trabalhador e nos casos de afastamento, esse pode ser temporário, parcial ou total. Assim, a segurança do trabalho tem por intuito procurar soluções antes do acontecimento do acidente, orientar os indivíduos nas tarefas diárias de maneira que o trabalhador as execute com segurança, propor técnicas novas de prevenção e procedimentos, e orientar os trabalhadores para que eles possam adotar a segurança no seu dia-a-dia de trabalho (LEAL, 2010).

Todo acidente de trabalho é precedido de um risco ou fator ocupacional presente no ambiente de trabalho. Sendo assim é necessário conhecer os riscos presentes e mitigá-los para evitar acidentes.

2.4 RISCOS OCUPACIONAIS

Os riscos ocupacionais são todas as circunstâncias de trabalho que implicam em

estabilidade física, social e mental dos indivíduos, e não simplesmente as circunstâncias que

motivam eventualidades e doenças. Por sua vez, as situações motivadoras de risco são

quaisquer condições que viabilizam o acontecimento de um elemento indesejado, sem que o

mencionado elemento possua a eventualidade de interferir em sua causalidade (BRASIL,

1994; 2001).

(20)

Os fatores ambientais inadequados, como o excesso de calor, vibrações e ruídos, são situações de estresse no trabalho, gerando incômodo, risco de acidentes e chances de ocasionar prejuízos relevantes à saúde do trabalhador (IIDA, 2016).

Os riscos ocupacionais são causados por agentes geradores de prejuízos à saúde no ambiente de trabalho, tais como: físicos, químicos e biológicos (BRASIL, 2017). Além desses, também devemos considerar os riscos ergonômicos e de acidentes.

Conforme a NR 9, que trata do programa de prevenção de riscos ambientais (PPRA), os riscos físicos constituem os vários aspectos de energia a que sejam capazes de expor os trabalhadores a temperaturas extremas (frio e/ou calor), vibrações, pressões anormais, ruídos, radiações ionizantes e não ionizantes, como o infrassom e ultrassom (BRASIL, 2017).

Os riscos químicos são aqueles originados por compostos, misturas ou substâncias químicas que possam penetrar no corpo humano pela via respiratória ou absorvidos pelo organismo através da pele ou ingestão quando o trabalhador fica exposto a gases, fumos, poeiras, neblinas, vapores, névoas ou qualquer produto químico (BRASIL, 2017).

De acordo com a NR-32, que refere-se à segurança e saúde no trabalho em serviços de saúde, o risco biológico é a possibilidade de o trabalhador ficar exposto a microorganismos, como por exemplo, fungos, parasitas, bactérias, bacilos, protozoários entre outros (BRASIL, 2011).

Segundo Jansen (1997,

apud MARZIALE, 2002), os agentes biológicos se remetem

ao contato do colaborador juntamente com os microorganismos ou utensílios infectados, capazes de ocasionar doenças, tais como: tuberculose, gripe, rubéola, herpes, e outras mais.

Conforme Marzieale (1995,

apud Chiodi, 2006) os aspectos ergonômicos estão

associados à falta de adaptação do posto de trabalho ao indivíduo. Quando o local de trabalho não encontra-se apropriado para o trabalhador exercer suas tarefas ocorrerá exposição aos riscos ergonômicos, tais como situações de trabalho que exigem do colaborador posturas impróprias, transporte e levantamento de peso, movimentos repetitivos, jornadas de trabalhos longas, monotonia, materiais e móveis não reguláveis, dentre outras ocasiões geradores de stress.

Apesar de não ser considerado como risco ambiental pela NR 9, porém, os agentes ergonômico devem ser considerados no mapa de risco para cumprir as exigências da NR 17 que trata sobre ergonomia (BRASIL, 2018).

Os riscos de acidentes são as diferentes situações de trabalho que podem gerar danos a

saúde e integridade física dos colaboradores, tais como: arranjo físico inadequado,

(21)

equipamentos e máquinas sem proteção, iluminação imprópria, contato com eletricidade, indícios de incêndio ou explosão e armazenamento impróprio.

Todos os riscos ocupacionais precisam ser avaliados qualitativamente com o intuito de apontar os riscos presentes em cada função, as fontes geradoras de cada risco e as medidas existentes na empresa.

2.4.1 Análise qualitativa de risco

Segundo Borges (2018), quando se atua com a segurança do trabalhador, algumas necessidades de se avaliar os riscos no ambiente laboral são necessárias, é aí que a avaliação qualitativa entra em ação.

Quando o profissional da área de segurança do trabalho vai até um ambiente laboral de uma organização para realizar uma inspeção sobre algum agente de risco, tem-se uma avaliação qualitativa. Ele não utiliza nenhuma ferramenta para esta ação, entretanto, faz o uso de observações do local e conversa com os trabalhadores que estão sujeitos aos perigos. Um questionário que contemple perguntas bem objetivas é o ideal, pois procura saber qual o risco que o trabalhador corre ao estar próximo a este agente (BORGES, 2018).

A análise qualitativa é utilizada para determinar um risco de acidente de trabalho sem que haja a necessidade de utilização de equipamentos ou instrumentos de medição para avaliar o ambiente. Um simples questionário pode ser aplicado para determinar o quanto o colaborador está sendo atingindo pelo risco no ambiente de trabalho (WALDHELM NETO, 2014).

A análise qualitativa de risco utiliza-se de técnicas que são empregadas com o intuito de analisar o risco na fase operacional, tais como a análise preliminar de riscos (APR) e o mapa de risco.

2.4.1.1 Análise preliminar de riscos

A APR é uma das técnicas de análise que constata os possíveis riscos resultantes da

abertura de novos elementos e sistemas, e que também é capaz de ser empregada para

inspeção de segurança dos procedimentos de unidades já abertas e em andamento. A APR

busca averiguar os processos de maneira que possa detectar problemas de elementos ou

sistemas, como possíveis falhas operacionais ou de manutenção (DE CICCO; FANTAZZINI,

2003).

(22)

Figura 1 - Modelo 01 da APR.

Figura 2 - Modelo 02 da APR

Segundo De Cicco e Fantazzini (2003, apud MATTOS; MÁSCULO, 2011), a APR é uma análise inicial qualitativa de fácil compreensão que identifica fontes de perigo, conseqüências e medidas corretivas. A Figura 1 apresenta um modelo de APR.

Fonte: De Cicco e Fantazzini (2003) apud Mattos e Másculo (2011).

A Figura 1 é um modelo simples de APR, podendo ainda ser acrescentado outras colunas que possam passar mais informações. As classes de risco ou as categorias são definidas da seguinte maneira: desprezível: a falha não ocasionará uma perca maior do sistema, nem danos funcionais ou lesões, ou contribuirá com um risco ao sistema; marginal (ou limítrofe): a falha ocasionará uma perca do sistema numa certa extensão, porém, não gerará danos maiores ou lesões, podendo ser controlada adequadamente; crítica: a falha ocasionará uma perca do sistema causando lesões, danos substanciais, ou ocasionará num risco inaceitável, carecendo de ações corretivas imediatas; catastrófica: a falha ocasionará uma perca severa do sistema, resultando em perca total, lesões ou morte.

Conforme Benite (2004, apud MATTOS; MÁSCULO 2011) existe outro modelo de APR que está descrito na Figura 2.

Fonte: Benite (2004) apud Mattos e Masculo (2011).

(23)

Ainda Benite (2004,

apud MATTOS; MÁSCULO 2011), neste outro modelo de

preenchimento da APR, sugere-se que sejam aceitos os seguintes parâmetros para as variáveis envolvidas na avaliação de risco:

Escala de probabilidade (P): Alta (3) espera-se que ocorra; Média (2) provável que ocorra; Baixa (1) improvável ocorrer.

Escala de gravidade (G): Alta (3) morte e lesões incapacitantes; Média (2) doenças ocupacionais e lesões menores; Baixa (1) danos materiais e prejuízo ao processo.

Escala de riscos: na Figura 3 é representada uma escala de gravidade x probabilidade.

Figura 3 - Escala para Avaliação de Riscos

Fonte: Benite (2004) apud Mattos e Masculo (2011).

A APR utiliza-se de uma metodologia qualitativa, onde descrevemos o agente, ações de controle, prevenção e análise de falhas humanas. Tem como objetivo identificar os riscos presentes no ambiente laboral, nortear a equipe a cerca desses riscos e orientar os trabalhadores a cerca das medidas de proteção do trabalho.

2.4.1.2 Mapa de risco

O mapa de risco tem por finalidade agrupar as informações fundamentais para determinar a análise da situação de segurança e saúde do trabalho na organização, proporcionando a permuta e exposição de informações entre os colaboradores, além de encorajar sua atuação nas atividades de prevenção de segurança e saúde (SESI, 2005).

Os riscos são reconhecidos por cores de acordo com o respectivo agente como

observado no Quadro 1.

(24)

Figura 4 - Intensidade dos riscos Quadro 1 - Riscos identificados por cores

Risco Físico

Verde

Risco Químico

Vermelho

Risco Biológico

Marrom

Risco Ergonômico Amarelo

Risco de Acidentes

Azul

Fonte: Dados da pesquisa (2019).

Além das cores existem também os círculos, que conforme o seu diâmetro determina- se a intensidade dos riscos que existem no ambiente de trabalho. Na Figura 4 podemos observar estes círculos.

Fonte: Santos (2008).

O mapa de risco deve está em conformidade com as recomendações da norma Regulamentadora 5 (NR 5). A responsabilidade pela elaboração do mapa é da comissão interna de prevenção de acidentes (CIPA), caso na empresa não exista esta comissão, o mesmo pode ser realizado por um colaborador da organização com orientação do Serviço Especializado em Engenharia e Segurança e Medicina do Trabalho (SESMT) (SANTOS, 2008).

Segundo Santos (2008), o mapa de risco informa e conscientiza os colaboradores

sobre os riscos inerentes a qual estão propícios nas suas atividades diárias, sendo demonstrado

de maneira visual.

(25)

2.4.2 Avaliação quantitativa dos riscos

A avaliação quantitativa tem por objetivo mensurar com equipamentos de medição se o agente de risco está dentro dos padrões de tolerância, verificando assim, a concentração e/ou intensidade do agente que os trabalhadores estão expostos (BORGES, 2018).

Para Borges (2018), os agentes físicos e químicos precisam ser avaliados quantitativamente os quais após a medição, o profissional da área de segurança poderá utilizar alguma ferramenta obtendo assim uma solução mais viável para o problema.

Para averiguar se o agente está excedendo o limite de exposição utiliza-se a avaliação quantitativa que através dos aparelhos de medição identifica o nível que o trabalhador está exposto ao agente causador de risco (PROMETAL, 2018).

A iluminância e o ruído são alguns exemplos de agentes causadores de problemas aos trabalhadores em seus ambientes de trabalho.

2.4.2.1 Iluminância

A luz de maneira natural é um acontecimento muito significante e necessário em nossas vidas. Contudo, por esta mesma causa, acaba-se desconhecendo a real necessidade de identificá-la e compreendê-la. Uma vez que os sistemas de iluminação e as tecnologias envolvidas nela têm crescido ao passar do tempo de maneira satisfatória, proporcionando uma vasta variedade de equipamentos para várias aplicações (RODRIGUES, 2002).

Conforme Rodrigues (2002), a qualidade da luz é essencial para as atividades que serão executadas pelos trabalhadores, como também influencia na condição emocional e no bem-estar do colaborador. Assim sendo, entender a luz e as opções existentes, dá a capacidade de poder controlar qualidade e quantidade tornando assim uma ferramenta preciosa (RODRIGUES, 2002).

A visão é um dos órgãos do sentido mais importante para o ser humano. Este sentido coordena 90% das atividades do indivíduo, sendo relevante a preservação visual e o cuidado relacionado a doenças e acidentes com a visão (SILVA, 2009).

A NBR 8995-1/2013 que trata sobre a iluminação de ambientes de trabalho encontra- se em vigor desde 21 de Abril de 2013 como norma de iluminação para ambientes internos.

Ela especifica os requisitos de iluminação para ambientes de trabalho internamente e para os

trabalhadores que exercem atividades visuais de maneira eficaz com segurança e comodidade

durante todo o tempo de trabalho (ABNT, 2013).

(26)

Os requisitos para o planejamento da iluminação indicados para vários ambientes e atividades estão definidos nas tabelas da Seção 5, da NBR 8995-1/2013, “requisitos para planejamento da iluminação”. Na seção encontra-se uma lista dos ambientes, tarefas ou atividades citando os requisitos adequados para cada local de trabalho. Se houver alguma situação que não esteja listada, é necessário adotar valores de uma situação similar.

No Quadro 2 estão representadas algumas partes da lista de atividades disponível na norma, onde foram caracterizadas e adaptadas, ambientes e tarefas típicas encontradas nas lojas de materiais de construção.

Quadro 2 - Requisitos para o planejamento da iluminação Tipo de ambiente,

tarefa ou atividade E (lux) Observações

Saguão de entrada 100

Área de circulação e corredor 100

Nas entradas e saídas, estabelecer uma zona de transição para evitar mudanças bruscas.

Escada, escada rolante e esteira rolante 150 Vestiário, banheiro e toalete 200

Depósito, estoque e câmara fria 100 200 lux se forem continuamente ocupados.

Arquivamento, cópia, circulação etc. 300 Escrever, teclar, ler e processar dados 500

Área de vendas pequena 300

Área de vendas grande 500

Área da caixa registradora 500

Fonte: ABNT (2013).

De acordo com a norma vigente, aconselha-se que a iluminação do entorno imediato deve estar compatível com a da área da atividade, pois mudanças radicais na iluminação em volta da área de trabalho podem conduzir a utilização de força visual estressante e desconfortante (ABNT, 2013). Assim, a NBR ISO CIE 8995-1, estabelece que a iluminância do entorno imediato tem que estar em concordância com o Quadro 3.

Quadro 3 - Iluminância do entorno imediato relacionada à iluminância da área de tarefa Iluminância da área da tarefa (lux) Iluminância do entorno imediato (lux)

≥ 750 500

500 300

300 200

≤ 200 Mesma iluminância da área da tarefa

Fonte: ABNT (2013).

(27)

Figura 5 – Modelo de luxímetro

A área de atividade é a área parcial no local de trabalho em que a atividade visual está sendo executada e localizada, já a atividade visual são os itens visuais da atividade a serem realizadas (ABNT, 2013).

Conforme a Norma de Higiene Ocupacional (NHO 11) descrito pela Fundacentro (2018) é aplicada para a avaliação de ambientes internos, onde o mesmo deve ser iluminado de maneira uniforme. Deve-se descrever o ambiente de trabalho, incluindo qual o tipo de iluminação é utilizado, qual o sistema de iluminação, quais as lâmpadas e suas características.

Para a análise de iluminância é necessário utilizar um instrumento de medição calibrado para avaliar a intensidade de lux. O luxímetro é o equipamento usado com o objetivo de medir a iluminância ou intensidade luminosa nos ambientes ou em fontes de luz.

Quando se pretende aferir os níveis de iluminância de interiores, utiliza-se do fotômetro calibrado em lux (RODRIGUES, 2002).

O luximetro conforme a Figura 5 é utilizado por profissionais da área da segurança, higiene ocupacional e engenharia, com o objetivo de proporcionar aos trabalhadores maior conforto, adequando o posto de trabalho em conformidade com as exigências da ABNT (RODRIGUES, 2002).

Fonte: RODRIGUES (2002).

A unidade de medição do aparelho é o lux, que tem por significado a área de 1m² com

a força da intensidade de 01 lúmem a um metro de distância.

(28)

2.4.2.2 Ruído

O ruído é um sinal acústico não periódico, iniciado da superposição de inúmeros deslocamentos de vibração com distintas frequências que não apontam afinidade entre si, ou seja, é um som indesejável (BRASIL, 2006). Conforme Iida (2016) é uma combinação complexa de vibrações. De acordo com o Ministério da Saúde, o trabalhador exposto de maneira contínua por mais de 8 horas por dia ao ruído, irá ocasionar alterações na estrutura interna da orelha, ocasionando uma perda auditiva induzida por ruído (Pair). Os sintomas mais comumente encontrados nos portadores de Pair são: dificuldade em entender a fala, zumbido, perda da audição, tontura entre outros.

A NR-15, que aborda sobre atividades insalubres, categoriza o ruído em contínuo, intermitente e de impacto. O limite de tolerância para o ruído contínuo ou intermitente vai de 85 dB (A) quando o trabalhador se expõem diariamente ao máximo de 8 horas a 115 dB (A) para exposição máxima diária de 7 minutos, de acordo com a Quadro 4.

Quadro 4 - Limites de tolerância para ruído contínuo ou intermitente Nível de ruído dB (A) Máxima exposição diária permissível

85 8 horas

86 7 horas

87 6 horas

88 5 horas

89 4 horas e 30 minutos

90 4 horas

91 3 horas e 30 minutos

92 3 horas

93 2 horas e 40 minutos

94 2 horas e 15 minutos

95 2 horas

96 1 hora e 45 minutos

98 1 hora e 15 minutos

100 1 hora

112 10 minutos

114 8 minutos

115 7 minutos

Fonte: Dados da pesquisa adaptado da NR-15.

(29)

Figura 6 - Dosímetro

De acordo com a NHO 01 da Fundacentro (2001), o critério de referência que limita a exposição diária para o ruído contínuo ou intermitente equivale a uma dose de 100% para exposição de 8 horas ao nível de 85 dB (A) da mesma maneira que é abordado na NR 15. A avaliação deve ser aplicada com a utilização dos medidores integrados no trabalhador. Caso a atividade do trabalhador seja em condições muito dinâmica ou complexa, deverão ser utilizados métodos alternativos conforme a norma.

Para esta análise do ruído é necessário à utilização de ferramenta para a verificação do ruído no ambiente, como por exemplo: o dosímetro ou o decibelimetro. O dosimetro conforme a Figura 6 é um instrumento de uso pessoal que irá fornecer a dose da exposição ocupacional de ruído que o trabalhador está exposto (BELTRAMI; STUMM, 2013).

Fonte: Instrutherm (2018).

O dosímetro deve ser usado pelo trabalhador na altura do tórax ou na região em que está mais exposta. O avaliador precisa fazer ajustes preliminares no instrumento, calibração, adotar medidas necessárias para que o usuário não possa modificar as configurações pré- estabelecidas comprometendo os resultados, iniciar o procedimento somente após verificar que o microfone está ajustado e fixado ao trabalhador, só retirar o microfone do trabalhador após a interrupção da medição (FUNDACENTRO, 2001).

Outro instrumento de captação sonora é o decibelímetro. Conforme está no

site da

Instrutemp (2018), é uma ferramenta muito utilizada pelo profissional da segurança do trabalho que realiza a aferição da intensidade sonora em um ambiente de trabalho de maneira instantânea, ou seja, no momento que o aparelho está ligado.

Na Figura 7 segue um modelo de decibelímetro utilizado para a captação sonora.

(30)

Fonte:Instrutherm (2018).

O decibelímetro transforma a vibração sonora em um sinal elétrico. Sua maior utilização é em medições de incômodas (INSTRUTEMP, 2018).

Figura 7 - Decibelimetro

(31)

3 METODOLOGIA DE PESQUISA

Para se atingir os objetivos apresentados neste trabalho, à metodologia empregada será um estudo de caso em um comércio varejista de material de construção, localizado na cidade de Açu/RN.

3.1 TIPO DE PESQUISA

A natureza da pesquisa é aplicada. Ela tem o propósito de resolução de problemas encontrados (MOREIRA; CALLEFE, 2008).

Quanto aos objetivos da pesquisa ela é descritiva, pois “expõe características de determinada população ou de determinado fenômeno. Pode também estabelecer correlações entre variáveis e definir sua natureza. Não tem compromisso em explicar os fenômenos que descreve, embora sirva de base para tal explicação” (VERGARA, 2004, p. 47).

Do ponto de vista dos procedimentos técnicos, a pesquisa se caracteriza como um estudo de caso. Foi fundamentada na observação, análise quantitativa e qualitativa. Conforme Yia (2005, p.32), “o estudo de caso é uma investigação empírica que investiga um fenômeno contemporâneo dentro de seu contexto da vida real”.

A observação incidiu na execução de vistorias nas abrangências do estabelecimento, diálogo e observação do hábito com intenção de compreender e fazer o mapeamento do processo de trabalho. Segundo Lakatos e Marconi (2003), a observação é uma técnica de coletar dados que tem por finalidade reunir informações para se examinar fatos ou fenômenos que se deseja estudar.

Quanto a abordagem do problema ela é quantitativa e qualitativa. Para a análise quantitativa foi feita a averiguação dos ruídos e iluminância do ambiente laboral.

De acordo com Godoy (1995) se preocupa com a medição objetiva e que os resultados sejam quantificados.

Para a análise qualitativa foi realizada questionamentos informais com o proprietário e a gerência, como a aplicação de questionário aos colaboradores (APÊNDICE A) e ao sócio proprietário (APÊNDICE B).

Para Godoy (1995) a pesquisa qualitativa tem como o pesquisador como o instrumento

fundamental e o ambiente como fonte direta para a coleta de dados, tem caráter descritivo e

não requer de métodos estatísticos.

(32)

3.2 ETAPAS DA PESQUISA

Para se alcançar os objetivos propostos neste trabalho, na primeira etapa foi realizado um levantamento das informações conceituais sobre acidentes de trabalho, riscos ocupacionais e suas aplicações.

Na segunda etapa, foram feitas durante as visitas, registros fotográficos, conversas informais com os colaboradores, filmagens que exibissem as atividades laborais realizadas.

Foi utilizada uma câmera fotográfica SAMSUNG, modelo J7 Prime 2 para o registro.

Na terceira etapa foi realizado o estudo de caso na loja de material de construção, com visitas técnicas acompanhando de perto o processo de vendas da loja.

Na quarta etapa foi realizada a aplicação dos questionários. No questionário dos colaboradores foram abordadas perguntas sobre o sexo, faixa etária, escolaridade, o setor de trabalho, cargo, se conhece ou ouvir falar sobre mapa de risco, sobre os riscos ocupacionais que estão expostos, se utiliza EPI entre outras perguntas. O questionário aplicado ao sócio proprietário continha perguntas sobre o tempo que a empresa está no mercado, número de colaboradores que trabalham, se a organização possui mapa de risco, se forneceu treinamento aos colaborados para o desempenho das funções, se é distribuído EPI, se houve algum acidente de trabalho, entre outras perguntas.

Após os questionários aplicados aos colaboradores e gestor foi aplicado um checklist nos setores de vendas, administrativo, depósito, limpeza e reposição que este instrumento de coleta de dados serviu para identificar os riscos, as fontes geradoras de cada risco e propor medidas preventivas.

Na quinta etapa, depois de identificar os riscos existentes na loja de material de construção através do questionário e observações foram atribuídos índices de probabilidade e gravidade, e os riscos foram classificados como alto, médio e baixo conforme o Quadro 5.

Quadro 5 - Escala de classificação dos riscos ESCALA DE CLASSIFICAÇÃO DOS RISCOS

Gravidade x Probabilidade

Classificação Gravidade (G) Probabilidade (P)

Alta (A) Mortes, lesões incapacitantes com afastamento Espera-se que ocorra Média (M) Doenças ocupacionais, lesões menores com

afastamento

Provável que ocorra Baixa (B) Danos materiais e prejuízo ao processo Improvável ocorrer

Fonte: Benite (2004) apud Mattos e Masculo (2011).

(33)

Na Figura 8 a seguir, pode-se observar as cores equivalentes a cada categoria de risco conforme o Quadro 6 e a sua numeração correspondente.

Fonte: Mattos e Masculo (2011) apud Benite (2004).

Quadro 6 - Categoria dos riscos

Categoria do Risco Cor

Crítico: alta probabilidade de ocorrer pode gerar afastamento e/ou lesões graves

Moderada: média probabilidade de ocorrer pode gerar afastamento e/ou lesões moderadas

Leve: baixa probabilidade de ocorrer e/ou pode gerar pequenas lesões Fonte: Benite (2004) apud Mattos e Masculo (2011).

Ao analisar o risco, deve-se selecionar uma classificação para a gravidade e probabilidade conforme o Quadro 5 e logo em seguida fazer o cruzamento das informações, resultando então em um número e a cor que representa este risco conforme a Figura 8. Assim, por final, temos uma descrição de cada categoria do risco como mostrado no Quadro 6.

Na sexta etapa, de acordo com os elementos colhidos, foi realizada a análise da concordância legal, comparando com as demarcações apontadas na legislação corrente para ruído e iluminância.

A medição da dose de ruído foi fundamentada nas exigências descriminadas na norma NR-15 e na NHO 01 (FUNDACENTRO, 2001), através da utilização do aparelho Decibelímetro de ruído MSL-1352c, marca Minipa, conforme a Figura 9. O aparelho foi devidamente configurado e aparelhado, sendo a medição bem próxima a atividade do trabalhador. A medição para o nível de iluminamento foi realizada nos postos de trabalho das atividades, sendo utilizado o aparelho luximetro de mão MLM-1011, marca Minipa, conforme a Figura 9, onde o mesmo foi calibrado e colocado paralelo à superfície onde se desenvolveu a tarefa.

Figura 8 - Escala de riscos G x P

(34)

Fonte: Dados da pesquisa (2019).

Após a análise dos dados, na sétima etapa, foi realizada uma avaliação sobre os pontos cruciais a serem melhorados com o intuito de proporcionar resultados satisfatórios com aprimoramentos. A Figura 10 traz um resumo das etapas metodológicas que nortearam essa pesquisa.

Fonte: Dados da pesquisa (2019).

Figura 9 - Decibelímetro MSL-1352C e luxímetro MLM-1011

Figura 10 - Fluxograma das etapas metodológicas

(35)

4 RESULTADOS E DISCUSSÕES

4.1 CARACTERIZAÇÃO DA EMPRESA

O comércio varejista de material de construção atua no mercado há 17 anos, sendo referência para a cidade como para as cidades circunvizinhas. No Quadro 7 constam algumas informações a respeito da empresa em estudo.

Quadro 7 - Dados da empresa em estudo

Atividade Comércio varejista de materiais de construção em geral

CNAE da atividade 47.44-0-99

Natureza jurídica Sociedade Empresária Limitada

Porte Microempresa - ME

Horário de funcionamento De segunda à sexta: 07:00 às 17:00 Sábado: 07:00 às 12:00

Pessoal ocupado

01 Sócio proprietário 01 Gerente

04 Vendedores 01 Operador de caixa

02 Assistentes administrativos 01 Auxiliar de limpeza

01 Repositor

03Auxiliar de carga/descarga 02 Motoristas

01 Cobrador Área aproximada estabelecimento 1260m² Grau de risco da atividade

principal conforme NR 4 2

Dimensionamento SESMT Não aplicável.

Fonte: Dados da pesquisa (2019)

A área correspondente ao empreendimento é dividida em três espaços, onde o primeiro

corresponde ao salão de vendas, com o escritório e caixa no final do salão e uma sala que

serve como depósito de produtos de pequeno porte denominada de Depósito 03, no prédio ao

lado tem-se o Depósito 01, onde ficam armazenadas no estoque mercadorias tais como: pisos

cerâmicos, cimento, argamassas, tubulações hidráulicas, entre outros, ao lado do Depósito 01,

tem-se o Depósito 02, no qual ficam armazenadas, portas e janelas em madeira e ferro, louças

sanitárias, pias, madeira em geral, como pode se observar no mapa temático da Figura 11

onde foi utilizada a ferramenta online Lucidchart

© 2017 para a elaboração da planta.

(36)

Fonte: Dados da pesquisa (2019).

No setor administrativo está situada a sala do sócio proprietário juntamente com o gerente onde o acesso se dá através de uma escada de alvenaria, abaixo da sala do sócio proprietário fica a sala do assistente administrativo com o operador de caixa. A frente do escritório tem-se o salão de vendas com produtos postos em prateleiras, onde o mesmo é dividido em blocos: tintas, pisos, elétricos, hidráulicos, portas, ferragens, entre outros. Tem-se o banheiro para os funcionários e clientes ao lado do escritório. Ao lado do salão de vendas têm-se dois galpões, que são divididos em Depósito 01 e 02.

Figura 11 - Layout da Loja de Material de Construção

(37)

A empresa conta com um corpo de 16 colaboradores, além do sócio proprietário que trabalha na empresa, como foi demonstrado no Quadro 7. Os colaboradores são distribuídos conforme o organograma apresentado na Figura 12.

Fonte: Dados da pesquisa (2019).

Alguns funcionários são multifuncionais, de maneira que haja a necessidade de mão de obra em algum setor que represente o gargalo temporariamente, ou a substituição por falta de algum funcionário.

4.2 CARACTERIZAÇÃO DO PROCESSO

A rotina diária da loja de material de construção se resume à solicitação do pedido do cliente, o vendedor verifica se há o produto em estoque, caso tenha os produtos solicitados e o cliente queira fechar negócio o vendedor fecha a venda e encaminha o cliente ao caixa para efetuar o pagamento, após o pagamento uma via do pedido é entregue ao cliente e outra fica com o vendedor.

Caso o pedido seja para entrega, o vendedor anota o endereço de entrega e combina um prazo, em seguida a cópia do pedido é arquivada na pasta de entregas onde o gerente irá programar as rotas repassando para os motoristas que juntamente com os auxiliares de carga/descarga vão carregar o caminhão para posterior entrega, caso o cliente for levar a mercadoria, o mesmo é encaminhado ao depósito para pegar sua mercadoria.

Figura 12 - Organograma da Empresa

(38)

Figura 13 - Fluxograma do processo de vendas

Na Figura 13 tem-se o fluxograma do processo de vendas utilizando a ferramenta

online Lucidchart© 2017.

Fonte: Dados da pesquisa (2019).

Após realizar o mapeamento do processo de vendas da loja em estudo o próximo

tópico irá tratar das entrevistas com os colaboradores e gestor.

(39)

Gráfico 1 - Sexo dos colaboradores de uma empresa de material de construção 4.3 RESULTADOS DOS QUESTIONÁRIOS COM OS COLABORADORES

Foram questionados 16 colaboradores da loja de material de construção em estudo. O questionário perguntava aos colaboradores a respeito de dados pessoais tais como: sexo, idade, escolaridade, tempo de admissão, cargo, setor de trabalho e turno de expediente.

No Gráfico 1 são apresentados os dados referentes ao sexo dos colaboradores da empresa. De acordo com o gráfico o gênero sexual da empresa é de 87,5% do sexo masculino e 12,5% do sexo feminino. Foi observado que a empresa contém somente duas colaboradoras do sexo feminino, onde uma exerce a função de auxiliar de serviços gerais e a outra correspondente a função de assistente administrativo, as demais funções estão distribuídas ao sexo masculino.

Fonte: Dados da pesquisa (2019).

Com relação à faixa etária dos colaboradores, observa-se no Gráfico 2 que a maioria

dos trabalhadores tem idade acima de 36 anos, correspondendo a 50% do total dos

colaboradores, e a empresa não tem nenhum colaborador com até 18 anos de idade. Entre a

faixa de 26 a 35 anos tem-se um percentual de 31,3% e de 19 a 25 anos tem-se um percentual

de 18,7%. A média de idade dos colaboradores é de 37 anos de idade, onde o mais velho tem

58 anos e o mais novo tem 23 anos de idade.

(40)

0 20 40 60 80 100 Ens. Fundamental Incompleto

Ens. Fundamental Completo Ens. Médio Incompleto Ens. Médio Completo Ens. Superior Incompleto Ens. Superior Completo

Porcentual

vel de Escolaridade

Gráfico 2 - Faixa etária dos colaboradores de uma empresa de material de construção

Gráfico 3 - Grau de escolaridade dos colaboradores de uma empresa de material de construção Fonte: Dados da pesquisa (2019)

O Gráficos 3 contém as informações referentes a escolaridade dos colaboradores da empresa no qual 44% possuem o ensino médio completo. Dois funcionários que corresponde a 13% possuem o superior completo, referente aos cargos de gerente e o operador de caixa, mas não com formação especificamente os cargos, com formações em licenciatura em química e engenharia agronômica, respectivamente. Os níveis de ensino fundamental incompleto e o médio incompleto possuem a mesma porcentagem de 19%, onde suas funções não exigem grau de escolaridade específica e somente um colaborador tem o superior incompleto correspondendo a 4% do total. Nenhum dos colaboradores foi encontrado somente com o nível de escolaridade ensino fundamental completo.

Fonte: Dados da pesquisa (2019).

(41)

0,0 50,0 100,0 Vendas

Administrativo Limpeza Depósito Entregas Caixa Cobranças

Porcentual

Setor de Trabalho

Com relação ao setor de trabalho dos colaboradores, o Gráfico 4 apresenta o percentual de cada setor onde os colaboradores estão inseridos.

Fonte: Dados da pesquisa (2019).

De acordo com o Gráfico 4 o setor de vendas contém 25% dos colaboradores, sendo assim o setor com o maior número de empregados. Em seguida vem o administrativo, depósito e entrega com 19% cada, depois a limpeza, caixa e cobranças com 6% cada.

Em relação aos cargos foram identificadas nove funções tais como: operador de caixa, assistente administrativo, auxiliar de carga/descarga, motorista, vendedor, auxiliar de serviços gerais, repositor, cobrador e gerente, necessárias para o processo de desenvoltura da loja de material de construção conforme o Gráfico 5.

Fonte: Dados da pesquisa (2019).

Ainda de acordo com o Gráfico 5 foram encontrados 4 vendedores correspondentes a 25% dos colaboradores, 3 auxiliares de carga/descarga equivalente a 18,75% do total, 2

0,0 50,0 100,0

Motorista Ven dedor Cobrador Asg Assis. Administrtivo

Gerente Caixa Au xiliar de carga/descarga

Repositor

Percentual

Cargos

Gráfico 4 - Setor de trabalho dos colaboradores de uma empresa de material de construção

Gráfico 5 - Cargos da empresa de material de construção

(42)

0,0 50,0 100,0 Até 1 ano

1 - 5 anos 5 - 10 anos Acima de 10 anos

Percentual

Tempo de Admissão

motoristas e assistentes administrativos correspondentes a 12,5% cada e 1 colaborador para as demais funções o equivalente a 6,25% cada, percebe-se então que a maioria dos colaboradores estão no setor de vendas e no depósito.

Em relação ao tempo de admissão, aproximadamente 44% dos colaboradores estão entre 5 a 10 anos de vínculo com a empresa, 31% até 1 ano de vínculo, 19% acima de 10 anos e 6% equivalente a 1 colaborador tem de 1 a 5 anos de vínculo. Foi identificado que o colaborador mais antigo tem 13 anos de empresa e o mais recente tem menos de 2 meses. O Gráfico 6 representa estas informações.

Fonte: Dados da pesquisa (2019).

Todos os trabalhadores estão sujeitos a uma jornada de trabalho diária de 8h/dia, totalizando por semana 44h e o expediente é pelo período da manhã e tarde com parada de 2 horas para almoço.

Quanto ao questionamento a respeito sobre mapa de risco, aproximadamente 63% dos entrevistados afirmaram que não ouviram falar ou não conhecia a respeito. Esses dados estão dispostos no Gráfico 7.

Gráfico 7 - Conhecimento dos colaboradores a respeito de mapa de risco

Fonte: Dados da pesquisa (2019).

37%

63%

Sim Não

Gráfico 6 - Tempo de admissão dos colaboradores de material de construção

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