GESTAÇÃO DE RISCO
Andréa Lima
Uroginecologia e Obstetrícia
Baixo risco
materna fetal neonatal
Sem evidências de
doença ou mortalidade:
Alto risco
Enfermidade ou
morte materna fetal
Complicações por condições ou patologias
Morte materna/fetal associada à condições de
risco e complicações durante a gravidez ou
trabalho de parto.
Fatores de risco
Biológicos Ambientais Comportamentais
Clínicos Econômicos Obstétricos
Fatores de risco
- Idade materna < 15 anos ou > 35 anos.
- Sedentarismo
- Hábitos de vida (etilismo, tabagismo)
- Exposição a riscos ocupacionais (produtos agrícolas, venenos)
- Baixa condição sóciodemográfica
Gemelaridade
Síndrome da transfusão feto-fetal
Complicações Monocoriônicas
• Gêmeos conjugados (siameses)
Insuficiência istmo cervical
• Principal causa de abortamento tardio ou parto pré-termo.
Cérvix
dilatado
fraco
curto
Abortamento
• Dor e sangramento.
• Causas:
- anomalia cromossômica - distúrbios endócrinos - infecções
- traumas físicos
- causas desconhecidas
Abortamento
• Tratamento:
- repouso
- indução (ocitocina – contrações uterinas)
- curetagem
Abortamento
Curetagem
Curetagem
Curetagem
Doença Trofoblástica Gestacional (DTG)
• Sinônimos: mola hidatiforme / gestação molar.
• HCG ↑ além da normalidade.
• ↑ células trofoblástica (primeiro dos anexos embrionários).
• Não há formação do embrião.*
Mola Hidatiforme Completa
Tempestade de Neve
Mola Hidatiforme Parcial (incompleta)
Doença Trofoblástica Gestacional (DTG)
• Aumento excessivo do volume uterino para a idade gestacional.
• Hemorragia intermitente (sangramento vaginal).
• Hipertensão.
• Êmese (náuseas/ vômitos).
• Ausência de batimentos cardíacos fetal.
Gestação Ectópica
Gestação Ectópica
Gestação Ectópica
• Fatores predisponentes:
- endometriose
- operações anteriores (ligadura tubária)
- anormalidade no desenvolvimento das trompas - diminuição da motilidade das trompas
- idade materna (>35 anos)
- DIU
Endometriose
Ligadura Tubária
DIU
Gestação Ectópica
• Sintomas:
- atraso menstrual seguido de sangramento - dor abdominopélvica
- massa dolorosa palpável
- ruptura – hemorragia
Descolamento Prematuro da Placenta
• “Separação intempestiva da placenta implantada no corpo uterino, em gestação com idade superior a 20 semanas e antes da expulsão do feto.”
OMS; Federação Internacional de Ginecologia e Obstetrícia.
Normalmente
acontece entre
24 - 26 semanas.
Descolamento Prematuro da Placenta
Descolamento Prematuro da Placenta
• Classificação:
- hemorragia oculta (20%) - hemorragia externa (80%) - Hemoâmnio
- prolapso da placenta
Descolamento Prematuro da Placenta
ETIOPATOGENIA:
- hipertensão.
- fator mecânico.
- fator placentário (cordão umbilical).
- gemelaridade.
QUADRO CLÍNICO:
- sangramento “escurecido”.
- dor abdominal, tipo cólica.
- rigidez uterina dolorosa (hipertonia).
- impossível a palpação do feto.
- desaceleração do BCF.
- sofrimento fetal.
- taquicardia materna.
Descolamento Prematuro da Placenta
• Diagnóstico:
- clínico
• Tratamento:
- médico
- reposição volêmica
- parto
Placenta Prévia
• “Implantação de qualquer parte da placenta no segmento
uterino inferior após 28 semanas de gestação, cobrindo total ou
parcialmente, o orifício interno do colo uterino.”
Placenta Prévia
ETIOLOGIA:
- alterações endometriais.
FATORES DE RISCO:
- multiparidade;
- idade materna avançada (> 35 anos);
- gemelaridade;
- endometriose;
- cesariana ou cirurgia ginecológica prévia.
- esforço físico.
Placenta Prévia
Placenta Prévia
• QUADRO CLÍNICO:
- sangramento vaginal repetitivo (sangramento de coloração
“viva”)*;
- indolor (não há hipertonia);
- possível palpação aos contornos fetais;
- sofrimento fetal (apenas como consequência da hemorragia).
Placenta Prévia
• TRATAMENTO:
- tentar amadurecer o feto ao máximo.
- repouso no leito*.
- Interrupção da gestação (depende da intensidade do sangramento).
- parto vaginal (PP Marginal).
- cesariana (PP Parcial ou PP Total).
Patologias Hipertensivas
• Hipertensão crônica pré-gravídica:
- antes da gravidez ou antes da 20ª semana gestacional.
- permanece após 12 semanas do pós parto.
• Hipertensão gestacional:
- após 20ª semana gestacional (HAS ≥ 140x90mmHg).
- pressão retorna aos níveis de normalidade após 12 semanas do
pós-parto.
Patologias Hipertensivas
* Hipertensão crônica ou gestacional: podem evoluir com pré- eclampsia.
• TRATAMENTO:
- dieta
- interrupção da gestação*
- repouso em D.L.E.
- medicamentoso – diuréticos, hipotensores, corticoides.
Pré-eclâmpsia
• Hipertensão que se manifesta após 20ª semana gestacional.
- HAS (> 140x90mmHg)
- Proteinúria (0,3 a 5g em 24h) - Anasarca*
- Ganho de peso ≥ 500g/sem*
Pré-eclâmpsia
• COMPLICAÇÕES:
- comprometimento de órgãos.
- descolamento de retina.
- descolamento prematuro da placenta.
- aumento da atividade uterina e da sensibilidade à ocitocina.
Pré-eclâmpsia
• FATORES DE RISCO:
Idade
<18 e >35 Obesidade Diabetes Gestação múltipla
Primiparidade
P.E. em gestação
anterior
Hipertensão
crônica
Eclâmpsia
• QUADRO CLÍNICO:
- agravamento da pré-eclampsia - convulsões
- coma
• Pode ocorrer na gestação, parto ou puerpério imediato*
Diabetes
• PRÉ-GESTACIONAL:
- Tipo I: insulino dependente (deficiência na secreção de insulina)
- Tipo II: associada à obesidade (resistência à ação da insulina)
Diabetes
• GESTACIONAL:
“Intolerância aos carboidratos iniciada durante a gestação e que pode ou não persistir após o parto”.
- alterações hormonais: mau funcionamento das células β-pancreáticas
→ crescimento fetal requer energia que é fornecida pela mãe e o pâncreas torna-se insuficiente para liberar a insulina.
- desaparece após o parto.
American Diabetes Society, 2012.