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Direito Civil IV - Reais Prof. Alexandre dos Santos

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Direito Civil IV - Reais Prof. Alexandre dos Santos

11/08/08 1ª. aula Código Civil

Carlos Alberto Gonçalves - Direito Reais ou das coisas Silvio Venosa Direito Civil - Reais - Ed Atlas

Caio Mario

Maia Helena Diniz

Direito das Pessoas - Direito das Obrigações São entre as pessoas

▪ Contratos

▪ Lei (art. 5º. II CF)

Dos Direitos e Deveres Individuais e Coletivos

Art. 5º CF - Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:

II - ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei;

▪ Declaração Unilateral de vontade

▪ Ato Ilícito – art. 91, I CP e 63 CPP (Responsabilidade Civil).

Dos Efeitos da Condenação - Efeitos Genéricos e Específicos Art. 91 CP - São efeitos da condenação:

I - tornar certa a obrigação de indenizar o dano causado pelo crime;

Da Ação Civil

Art. 63 CPP - Transitada em julgado a sentença condenatória, poderão promover-lhe a execução, no juízo cível, para o efeito da reparação do dano, o ofendido, seu

representante legal ou seus herdeiros.

Contratos – principio da autonorma da vontade – pode se contratar o que quiser desde que a Lei permita.

Ex.: Direito Contratual

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Direitos Reais

Relação da pessoa com a coisa (Números clausulas ou limitados).

Servem para viabilizar negócios. Tem que estar no art. 1.225 CC e alienação fiduciária.

Só existem na Lei – são limitados

Erga ominis = contra todos Toda a coletividade tem que aceitar este direito

1888 = Abolição da escravatura

1889 = Proclamação da república – início do projeto do Código Civil até 1916 (copiado do Código Francês – Iluminismo – Napoleão). Prioridade era ter a propriedade, que era tudo, era absoluta.

1978 = Reforma do Código Civil – culmina com a Lei 10.406/02

Art. 1.228 CC § 1º. – tem que ter uma função social e econômica da propriedade

Art. 1.225 CC – onde ele trata 12 direitos Reais – Lei 11.481 – acresceu dois direitos reais

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Direitos Reais Sobre coisa própria

▪ Propriedade

Penhor

Sobre coisa alheia Hipoteca

▪ De garantia → O bem vai ser a garantia do negócio Anticrese

▪ limitador de propriedade → retira do proprietário Superfície Servidão Usufruto Uso Habitação

Concessão de D.Real Concessão de Uso Especial

▪ De aquisição → promessa de compra e venda

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Direito Civil IV – Reais 13/08/2008 – 2ª. aula Direito Reais

Cria os direitos reais – art. 1225 CC/02 – trata de um bem patrimonial do qual possa haver proveito para alguém.

São chamados de números, clausulas que garantem a harmonia do negócio jurídico.

São previstos no art. 1225 CC/02

Do Direito das Coisas - Dos Direitos Reais - Disposições Gerais Art. 1.225. São direitos reais:

I - a propriedade;

II - a superfície;

III - as servidões;

IV - o usufruto;

V - o uso;

VI - a habitação;

VII - o direito do promitente comprador do imóvel;

VIII - o penhor;

Ocorre à entrega do bem móvel como garantia de uma dívida (hipótese – ocorre sobre bem imóvel)

IX - a hipoteca;

X - a anticrese.

XI - a concessão de uso especial para fins de moradia;

XII - a concessão de direito real de uso.

Mutuo – é um contrato de bem fungível (aquele que pode ser substituível) Comodato – é empréstimo de bem infungível.

Os Direitos Reais podem ser sobre:

▪ Coisa própria = propriedade

▪ Coisa alheia

▪ De garantia ▪ Penhor

▪ Hipoteca

▪ Anticrese

▪ De aquisição ▪ Promessa de compra e venda

▪ Limitadores de propriedade ▪ Superfície – viabiliza a ocupação de terras Improdutivas

▪ Servidão

▪ Usufruto

▪ Uso

▪ Habitação

▪ Concessão de Direito Real

▪ Concessão de Uso Especial

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Posse

▪ Possuidor – art. 1196 CC/02

Adota a Teoria de Ihering. Fala sobre possuidor.

É aquele que tem de fato, pleno ou não, poderes da propriedade.

Do Direito das Coisas - Da Posse - Da Posse e Sua Classificação Art. 1.196 CC. Considera-se possuidor todo aquele que tem de fato o exercício, pleno ou não, de algum dos poderes inerentes à propriedade.

▪ Poderes da Propriedade – art. 1228 CC/02

▪ Usar

▪ Gozar (fruir)

▪ Dispor – desfazer da coisa, dar, doar, vender, alugar, etc.

▪ Reaver – de que atenha tomado de forma injusta

Do Direito das Coisas - Da Propriedade

Da Propriedade em Geral - Disposições Preliminares Art. 1.228 CC. O proprietário tem a faculdade de usar, gozar e dispor da coisa, e o direito de reavê-la do poder de quem quer que injustamente a possua ou detenha.

O Código Civil Não define o que vem a ser posse, limitando-se a definir a figura do possuidor, no que andou bem.

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1. Possuidor - art. 1196 CC/02

É todo aquele que tem de fato o exercício pleno ou não de algum dos poderes inerentes a propriedade, conforme previsto no art. 1228 CC/02, quais seja:

▪ Usar

▪ Gozar (fruir)

▪ Dispor – desfazer da coisa, dar, doar, vender, alugar, etc.

▪ Reaver – de que atenha tomado de forma injusta

“Teoria Subjetiva da Posse” – criação de Savegny

Na qual o elemento subjetivo era o “animus domini”, ou seja, a intenção de ser dono.

“Teoria Objetiva da Posse” – criação de Rudolph Von Hering Não se exige que o possuidor queira ser dono da coisa.

Essa teoria derrubou a “Teoria Subjetiva da Posse” e foi adotada por todo mundo ocidental, inclusive pelo nosso Código Civil, como se vislumbra no art. 1197 CC/02.

Do Direito das Coisas - Da Posse - Da Posse e Sua Classificação Art. 1.197 CC. A posse direta, de pessoa que tem a coisa em seu poder, temporariamente, em virtude de direito pessoal, ou real, não anula a indireta, de quem aquela foi havida, podendo o possuidor direto defender a sua posse contra o indireto.

Possuidor Direto

Tem a sua posse originada em um Direito Pessoal ou de um Direito Real

Ex.: Contrato de locação, comodato, etc. Ex.: Superfície, servidão, usufruto, etc.

Possuidor Indireto

Não pode criar embaraço ao exercício regular da posse do possuidor direto.

2. Detentor - art. 1198 CC/02

É aquele que tem a posse do bem, mas não em nome próprio e sim em nome alheio, cumprindo ordens e determinações devido a uma relação de subordinação para com o outro.

Ex.: motorista de ônibus, caseiro, motorista de ambulância, taxista quando é auxiliar, etc.

Do Direito das Coisas - Da Posse - Da Posse e Sua Classificação Art. 1.198 CC. Considera-se detentor aquele que, achando-se em relação de dependência para com outro, conserva a posse em nome deste e em cumprimento de ordens ou instruções suas.

Parágrafo único. Aquele que começou a comportar-se do modo como prescreve este artigo, em relação ao bem e à outra pessoa, presume-se detentor, até que prove o contrário.

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3. Composse - art. 1199 CC/02

Ocorrerá toda vez que houver a mesma qualidade de posse por duas ou mais pessoas sobre o mesmo bem.

Ex.: O bem obtido pelo casal na constância do casamento, e ainda, o espólio dos bens do defunto antes da partilha, etc.

Do Direito das Coisas - Da Posse - Da Posse e Sua Classificação Art. 1.199 CC. Se duas ou mais pessoas possuírem coisa indivisa, poderá cada uma exercer sobre ela atos possessórios, contanto que não excluam os dos outros co-possuidores.

Posse

1. Posse Justa – art. 1200 CC/02

A que não apresenta nenhum dos vícios da violência, precariedade ou clandestinidade Do Direito das Coisas - Da Posse - Da Posse e Sua Classificação Art. 1.200. É justa a posse que não for violenta, clandestina ou precária.

2. 5

2.1. Violenta

Quando houver sido obtida mediante violência física ou moral 2.2. Clandestina

É aquela obtida de forma que o possuidor desconhece que está perdendo a posse.

2.3. Precária

É a posse obtida com abuso de confiança, onde o agente tenha a obrigação, o bem e não o faz.

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Direito Civil IV – Reais 3ª. Aula - 27/08/2008

▪ Posse de Boa Fé

Previsto no art. 1301 do CC/02. É aquela posse, onde o possuidor ignora a existência de um vício.

É aquela que faz mas não sabe que a propriedade tem um dono.

Art. 1.301. É defeso abrir janelas, ou fazer beirada, terraço ou varanda, a menos de metro e meio do terreno vizinho prédio

▪ Posse de Má Fé

É aquela onde o possuidor tem plena consciência da existência de um vício (violência, clandestinidade e precariedade), que macula a sua posse.

Da Aquisição e Perda da Posse – Art. 1204 CC/02

A partir do momento que posso exercer: – usar, gozar, dispor e reaver, eu tenho a propriedade, a posse.

Do Direito das Coisas - Da Posse - Da Aquisição da Posse

Art. 1.204. Adquire-se a posse desde o momento em que se torna possível o exercício, em nome próprio, de qualquer dos poderes inerentes à propriedade.

O art. 1204 CC/02 deixa claro que se adquire a posse a partir do momento em que se possa exercer um dos poderes inerentes à propriedade, não sendo exigido que efetivamente se exerça, bastando apenas que se torne possível o seu exercício o que pode ocorrer de modo originário, ou seja, sem a intervenção do possuidor anterior, ou de modo derivado, onde temos a participação do antigo possuidor.

O modo originário pode ser:

• Apreensão da Coisa

Consiste na apreensão unilateral de coisa sem dono porque nunca foi de ninguém ou porque a coisa foi abandonada.

Ex.: • Pegar um cachorrinho na rua, ninguém te passou a posse, você pegou por pena, por gostar, etc.

• Jogo um fogão fora e outra pessoa pega, não houve transmissão do bem, às vezes o dono nem sabe que ele pegou.

Obs.: Dar propriedade na Usucapião é o lapso temporal, o juiz dá uma sentença declaratória. Esta sentença serve como título para que se faça o registro do imóvel.

Para se obter a Usucapião - é demorado e é necessário citar o dono do imóvel, haver a planta do imóvel, citar as partes envolvidas, entre outra.

Modos derivados de aquisição da posse

Ocorrerá quando a aquisição for decorrente de um negócio jurídico, com o consentimento do possuidor anterior que pode se dar:

1. Tradição

Entrega do bem móvel anterior ao novo possuidor. Publicidade da transferência da coisa móvel. Que é a entrega do bem móvel pelo possuidor anterior ao novo possuidor e será chamada de tradição real, quando efetivamente houver a entrega do bem.

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Chamam de tradição simbólica quando ocorre um ato simbolizando a entrega coisa, por exemplo, a entrega das chaves na venda de um carro.

2. Clausula Constituti

Ocorre um desdobramento da posse. Aquele que tinha a posse plena passa a te-la como posse direta, com a obrigação de no futuro entregar a coisa ao adquirente que tem a posse indireta. O vendedor transmite a posse da coisa ao adquirente, preservando para si a posse direta, com a obrigação de no futuro entregar o bem ao adquirente.

Ex.: Prédio em construção e compro o apto. 202 na planta. O imóvel ainda não existe. Compro a vista. Antes de comprar quem tinha a posse era a construtora. A partir do momento que o imóvel ficar pronto, mas ainda faltando algum arremate, ainda é da construtora, para cumprir o pacto (colocar algum acabamento).

O detentor nunca tem a posse, nunca foi possuidor.

Ex.: Modo derivado – quando se vai numa papelaria e compra um lápis, alguém te dá posse do objeto.

3. Sucessão da posse

A posse pode ser adquirida também em virtude de sucessão entre vivos (doação) ou causa mortis (herança) na forma do art. 1.206 CC

Art. 1.206 CC. A posse transmite-se aos herdeiros ou legatários do possuidor com os mesmos caracteres.

4. Perda da posse – art.1.223 CC/02

Na forma do art. 1.223 do CC, ocorrerá a perda da posse quando cessar para o possuidor o poder que o mesmo exercia sobre o bem (v.art. 1.196), mesmo que contra a sua vontade, que ocorre nas seguintes hipóteses:

4.1. Pelo abandono – ocorre quando o possuidor renuncia a posse;

4.2. Pela tradição – quando o possuidor anterior entrega a coisa para o novo possuidor;

4.3. Pela perda da coisa – estando ela desaparecida, ficando o possuidor impedido de exercer sobre o bem o seu poder, exemplo: passarinho que fugiu da gaiola;

4.4. Pela destruição da coisa – uma vez que perecendo o bem, perece junto o poder que o possuidor tinha sobre a coisa, exemplo: tem a posse de uma bicicleta e alguém a quebra;

4.5. Pela colocação da coisa fora do comércio – uma vez que se torna coisa

inapropriável o então possuidor perde o direito que tinha sobre a coisa, exemplo:

um medicamento retirado do mercado (de circulação), não pode ser mais transacionado, pois perdeu a posse do bem por este ter se tornado proibido;

4.6. Pela posse de outra pessoa – ocorre quando outro adquire a posse do bem mesmo contra a vontade do possuidor anterior, como ocorre na posse violenta.

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Do Direito das Coisas - Da Posse - Da Perda da Posse

Art. 1.223 CC. Perde-se a posse quando cessa, embora contra a vontade do possuidor, o poder sobre o bem, ao qual se refere o art.

1.196.

Da Posse e Sua Classificação

Art. 1.196 CC. Considera-se possuidor todo aquele que tem de fato o exercício, pleno ou não, de algum dos poderes inerentes à propriedade.

Da propriedade – art. 1.228 CC/02

Da mesma forma que o código civil não definiu posse e sim possuidor, a lei também não define propriedade e sim proprietário.

Proprietário

Será aquele na forma do art. 1.228 tem o direito de usar, gozar, dispor e reavê-la do poder de quem injustamente a possua ou detenha.

▪ Direito de usar (ius utendi)

Consiste na faculdade de o dono servi-se da coisa e utilizá-la da maneira que entender mais conveniente, dentro dos limites impostos dentro do art. 1.228, §1º do CC.

▪ Direito de gozar (ius fruendi)

Consiste no poder de perceber os frutos civis ou naturais e de aproveitar economicamente os seus produtos.

▪ Direito de dispor (ius abutendi)

É o poder que permite ao proprietário transferir a coisa, vendê-la, trocá-la, dar em pagamento, doar, etc.

▪ Direito de reaver

O proprietário pode retomar a coisa do poder de quem injustamente a possua ou detenha. Tal direito é fundado no direito de seqüela, esse poder de perseguir a coisa onde quer que ela se encontre.

A propriedade é plena e exclusiva, salvo prova em contrário na forma do art. 1.231 do CC/02.

Do Direito das Coisas - Da Propriedade - Da Propriedade em Geral - Disposições Preliminares

Art. 1.228 CC. O proprietário tem a faculdade de usar, gozar e dispor da coisa, e o direito de reavê-la do poder de quem quer que injustamente a possua ou detenha.

§ 1º O direito de propriedade deve ser exercido em consonância com as suas finalidades econômicas e sociais e de modo que sejam preservados, de conformidade com o estabelecido em lei especial, a flora, a fauna, as belezas naturais, o equilíbrio ecológico e o patrimônio histórico e artístico, bem como evitada a poluição do ar e das águas.

Art. 1.231 CC. A propriedade presume-se plena e exclusiva, até prova em contrário.

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Na forma do art. 1.229 do CC a propriedade se estende até uma altura ou profundidade que sejam úteis ao proprietário, não podendo o mesmo se opor a utilização do espaço aéreo correspondente a uma altura que não lhe traga incomodo algum, da mesma forma o subsolo.

Na forma do art. 1.230 do CC o proprietário do solo não o será dos recursos minerais e potenciais de energia, nem dos bens com valor arqueológicos, podendo, contudo explorar os recursos minerais existentes no subsolo que sejam de emprego imediato na construção civil, tendo direito a receber indenização pela exploração de seu subsolo.

Art. 1.229 CC. A propriedade do solo abrange a do espaço aéreo e subsolo correspondentes, em altura e profundidade úteis ao seu exercício, não podendo o proprietário opor-se a atividades que sejam realizadas, por terceiros, a uma altura ou profundidade tais, que não tenha ele interesse legítimo em impedi-las.

Art. 1.230 CC. A propriedade do solo não abrange as jazidas, minas e demais recursos minerais, os potenciais de energia hidráulica, os monumentos arqueológicos e outros bens referidos por leis especiais.

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Direito Civil IV – Reais 4ª. Aula - 03/09/2008 Art. 1233 CC, 1234 a 1238

Da Descoberta

Consiste num achado de coisa móvel, perdida pelo dono, com a obrigação de restituí-la ao seu proprietário ou legítimo possuidor.

1. Se o descobridor não conhecer o dono do objeto encontrado

Deverá fazer o possível para localizá-lo e não conseguindo deverá entregar o bem achado a autoridade competente no local (onde achou), sob pena de cometer o delito de apropriação de coisa achada, previsto no art. 169 parágrafo único, II do CP.

2. O descobridor que vier a restituir objeto achado

Terá direito de receber uma recompensa, a título de prêmio, não inferior a 5% do valor do bem.

3. O proprietário da coisa achada

Poderá abandonar a coisa para exonerar-se do dever de pagar a indenização, nesta hipótese o descobridor adquiri a propriedade da coisa abandonada.

4. A autoridade competente ao receber o objeto achado

Deverá divulgar o ocorrido, somente quando o valor do bem justificar tais despesas.

5. Se o valor da coisa achada for pequeno

Poderá o município abandoná-la em favor de quem a encontrou.

Apropriação de Coisa Havida por Erro, Caso Fortuito ou Força da Natureza

Art. 169 CP - Apropriar-se alguém de coisa alheia vinda ao seu poder por erro, caso fortuito ou força da natureza:

Pena - detenção, de 1 (um) mês a 1 (um) ano, ou multa.

Parágrafo único - Na mesma pena incorre:

Apropriação de Tesouro

I - quem acha tesouro em prédio alheio e se apropria, no todo ou em parte, da quota a que tem direito o proprietário do prédio;

Apropriação de Coisa Achada

II - quem acha coisa alheia perdida e dela se apropria, total ou parcialmente, deixando de restituí-la ao dono ou legítimo possuidor ou de entregá-la à autoridade competente, dentro no prazo de 15 (quinze) dias.

Usucapião, A

Não é um direito real, vai gerar no futuro um direito real.

A usucapião é um modo de aquisição da propriedade pela forma originária.

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Modalidades da Usucapião 1. Imóvel

• Extraordinário • Art. 1238 – 15 anos (exigência é o lapso temporal 15 anos o prazo de 15 anos ou mais)

Exige apenas para sua aquisição a posse por 15 anos ininterruptos e sem oposição, como se fosse seu, agir como se fosse dono.

Art. 1.238 CC. Aquele que, por quinze anos, sem interrupção, nem oposição, possuir como seu um imóvel, adquire-lhe a propriedade, independentemente de título e boa-fé; podendo requerer ao juiz que assim o declare por sentença, a qual servirá de título para o registro no Cartório de Registro de Imóveis.

• Parágrafo Único – 10 anos (exigência moradia, tornar produtivo).

Se o possuidor houver se estabelecido no imóvel como sua moradia ou tenha desenvolvido no local atividade produtiva, o prazo será reduzido para 10 anos.

Parágrafo único. O prazo estabelecido neste artigo reduzir-se-á a dez anos se o possuidor houver estabelecido no imóvel a sua moradia habitual, ou nele realizado obras ou serviços de caráter produtivo.

• Ordinária • art. 1242 - 10 anos

O prazo previsto neste artigo é para aquele que possuir justo título e boa fé. Exigindo-se do possuidor a posse continua incontestável e pacífica com justo título e boa fé pelo prazo de 10 anos.

Art. 1.242 CC. Adquire também a propriedade do imóvel aquele que, contínua e incontestadamente, com justo título e boa-fé, o possuir por dez anos.

• Parágrafo Único – 5 anos

O prazo será reduzido para 5 anos caso o possuidor tenha adquirido o imóvel de forma onerosa com base em título devidamente registrado que tenha sido posteriormente cancelado e ainda que tenha o possuidor ou fixado sua moradia no imóvel ou realizado nele investimento de interesse social e econômico.

Parágrafo único. Será de cinco anos o prazo previsto neste artigo se o imóvel houver sido adquirido, onerosamente, com base no registro constante do respectivo cartório, cancelada posteriormente, desde que os possuidores nele tiverem estabelecido a sua moradia, ou realizado investimentos de interesse social e econômico.

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Obs.: Art. 1.243 CC. O possuidor pode, para o fim de contar o tempo exigido pelos artigos antecedentes, acrescentar à sua posse a dos seus antecessores (art. 1.207), contanto que todas sejam contínuas, pacíficas e, nos casos do art. 1.242, com justo título e de boa-fé.

• Especial ou (Existe na CF 190 e 191 – ocupação do solo e existe, também Constitucional no estatuto das cidades).

Art. 190 CF - A lei regulará e limitará a aquisição ou o arrendamento de propriedade rural por pessoa física ou jurídica estrangeira e estabelecerá os casos que dependerão de autorização do Congresso Nacional.

Art. 191 CF - Aquele que, não sendo proprietário de imóvel rural ou urbano, possua como seu, por cinco anos ininterruptos, sem oposição, área de terra, em zona rural, não superior a cinqüenta hectares, tornando-a produtiva por seu trabalho ou de sua família, tendo nela sua moradia, adquirir-lhe-á a propriedade

A Usucapião especial

Foi prevista nos art. 190 e 191 da CF/88, vindo a integrar os art. 1239 e 1240 do CC/02.

- Rural – Limitações - Art. 1.239. Aquele que, não sendo proprietário de imóvel rural ou urbano, possua como sua, por cinco anos ininterruptos, sem oposição, área de terra em zona rural não superior a cinqüenta hectares, tornando-a produtiva por seu trabalho ou de sua família, tendo nela sua moradia, adquirir-lhe-á a propriedade.

- Urbano – Limitações - Art. 1.240 CC. Aquele que possuir, como sua, área urbana de até duzentos e cinqüenta metros quadrados, por cinco anos ininterruptamente e sem oposição, utilizando-a para sua moradia ou de sua família, adquirir-lhe-á o domínio, desde que não seja proprietário de outro imóvel urbano ou rural.

2. Móvel

- Ordinária Art. 1.260 CC. Aquele que possuir coisa móvel como sua, contínua e incontestadamente durante três anos, com justo título e boa-fé, adquirir-lhe-á a propriedade.

- Extraordinária Art. 1.261 CC. Se a posse da coisa móvel se prolongar por cinco anos, produzirá usucapião, independentemente de título ou boa-fé.

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Direito Civil IV – Reais 5ª. Aula - 10/09/2008

No Brasil só é dono quem registra.

Na forma do art. 1245 CC, a propriedade só se transfere entre vivos pelo registro do respectivo título no cartório de imóveis competente.

A Usucapião vai em desencontro a este artigo, pois não tem escritura, não tem a transferência do dono para quem está na propriedade.

Art. 1.245 CC. Transfere-se entre vivos a propriedade mediante o registro do título translativo no Registro de Imóveis.

§ 1º. – translativo – vai transferir

§ 1º Enquanto não se registrar o título translativo, o alienante continua a ser havido como dono do imóvel.

§ 2º. – se registra documento falso e se consegue, quem registrou passa a ser o novo dono. Enquanto não tiver uma sentença da vara de registro público cancelando o registro passa para quem registrou o documento falso.

Caso o adquirente não registre sua escritura o vendedor continuará na qualidade de proprietário para todos os casos, da mesma forma caso a escritura registrada seja nula ou anulável a mesma continuará valendo até que haja uma sentença determinando o cancelamento do registro. Tal ação deve ser interposta perante a vara de registro público

§ 2º Enquanto não se promover, por meio de ação própria, a decretação de invalidade do registro, e o respectivo cancelamento, o adquirente continua a ser havido como dono do imóvel.

Art. 1246 CC

Este artigo deixa claro que o Brasil adotou a ordem de protocolo para preferência do registro, ou seja, quem apresentar primeiro seu título para registro terá preferência para o mesmo, não importa que depois da sua prenotação alguém apresente uma escritura com data anterior.

Art. 1.246. O registro é eficaz desde o momento em que se apresentar o título ao oficial do registro, e este o prenotar no protocolo.

Prenotar

É dar entrada no protocolo, anotar, no cartório para registrar um título. Quem entrar primeiro com o registro é o que terá, por ordem de entrada, a prioridade de ser analisado no cartório.

Art. 1247 CC - § único - Art. 1248 CC, Art.

1249 CC, Art. 1250 CC, 1251, 1252, 1253 a 1259 não cairá na prova

Se o rio secou e criou uma ilha a ilha será dividida entre os dois donos de cada lado

O rio seca e vc estica o seu terreno para dentro do rio (1252)

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Usucapião de coisa Móvel

Art. 1260 CC - Trata da chamada usucapião de bem móvel no modo ordinário, onde se exige a posse continua e pacífica, com justo título e boa fé por 3 anos.

Art. 1.260 CC. Aquele que possuir coisa móvel como sua, contínua e incontestadamente durante três anos, com justo título e boa-fé, adquirir-lhe-á a propriedade.

Art. 1261 CC - Trata da modalidade extraordinária onde se dispensa o L do título e boa fé exigindo-se a posse por 5 anos.

Art. 1.261. Se a posse da coisa móvel se prolongar por cinco anos, produzirá usucapião, independentemente de título ou boa-fé.

Ocupação - Art. 1263

Terra sem dono = terra devoluta = terra da união

Art. 1.263. Quem se assenhorear de coisa sem dono para logo lhe adquire a propriedade, não sendo essa ocupação defesa por lei.

Aquisição de propriedade móvel

Forma de transferência é pela tradição e a imóvel é pelo registro

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Exercício

1. Mencione todos direitos reais sobre coisa própria R.:

2. Ticio possui um trailer de cachorro-quente localizado e uma praça, possuindo ali o seu ponto há mais de 12 anos. Em 2004 ele vende o ponto para Mélvio o qual lhe procura hoje para saber da possibilidade de usucapi do trailer e a área utilizada. Dê o seu parecer.

3. Adamastor é locatário de um imóvel há mais de 8 anos, imóvel este com 180 m2 em área urbana, onde fixou sua residência. Desejando adquirir a propriedade do bem o mesmo lhe procura informando que o proprietário nunca lhe cobrou o aluguel, que ele espontaneamente que vem depositando todo mês na conta do mesmo. Dê o seu parecer.

4. Alfredo adquiri um imóvel de Tício que não efetua a entrega devido a obras necessárias que estão sendo executada. Pergunta-se:

a. Tício tem a posse do imóvel?

b. Tício pode usucapi esse imóvel?

c. Podemos alegar que Tício perdeu a posse do imóvel?

5. Mélvio insatisfeito com o seu cão SRD, abandona o mesmo na comunidade do Fuc-Fuc. Ao observar seu arquiinimigo Simprônio se apoderou do cão, Mélvio vai até a delegacia para registrar o crime de furto praticado por Simprônio. Sendo você procurado pelo autor do fato (Simprônio) comente o caso.

6. Tia Maricota vem a falecer deixando como único herdeiro testamentário, Wantuyu.

Sem saber ser o herdeiro do único bem, Wantuyu, ocupa a casa da Tia Maricota após a sua morte objetivando usocapi do imóvel no modo especial urbano, contudo, o imóvel possui 500 m2. Comente o fato.

7. O MST ocupa o prédio onde funciona a sede estadual do INCRA no Estado de Roraima já fazem 22 anos. Sendo você procurado pelo José Rainha para propor ação de usucapião dê o seu parecer.

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