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ALMA DOS OBJETOS POR INTERMÉDIO DA MEMÓRIA E DA BIOGRAFIA DO ACERVO

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Academic year: 2022

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SIMPÓSIO TEMÁTICO 04 – História, Patrimônio e Acervos Coordenação: Olivia Silva Nery

ALMA DOS OBJETOS POR INTERMÉDIO DA MEMÓRIA E DA BIOGRAFIA DO ACERVO

SOUL OF THE OBJECTS BY INTERMEDIATE OF THE MEMORY AND THE BIOGRAPHY OF THE COLLECTION

Helen Kaufmann Lambrecht Mestranda PPGMP (UFPEL) hklmuseologa@gmail.com Daniel Maurício Viana de Souza Doutor em Sociologia (UFRGS) danielmvsouza@gmail.com

RESUMO

A presente pesquisa consiste em discutir a alma nos objetos a partir de revelações de memórias da comunidade e da biografia do acervo do Museu Cláudio Oscar Becker (Ivoti-RS), espaço cultural destinado a história da cidade e da imigração alemã. Neste trabalho em desenvolvimento, buscamos entender como a memória e a biografia, que acreditamos ser possível atribuir aos objetos museológicos, podem servir de moldura pela qual as identidades dos narradores são construídas, auxiliando também na manifestação da alma dos objetos. Desta forma, nossa análise tem como objetivo, elaborar um estudo sobre a relação do acervo e da memória através da construção biográfica dos objetos do museu, que vem a colaborar para o entendimento da alma. Inicialmente, conversamos individualmente ou em pequenos grupos, com os doadores de acervo, com o intuito de refletir como as memórias evocadas pelos objetos, juntamente com as identidades associadas a eles, podem contribuir para uma definição do conceito de alma dos objetos. Posteriormente, pretendemos realizar rodas de conversas, que evidenciarão a característica coletiva da rememoração e da atribuição de significados ao acervo. Como resultado preliminar, traremos os dados já levantados e nossas expectativas com o progresso da pesquisa.

Palavras-chave: Alma dos objetos. Memória. Museu. Acervo.

ABSTRACT

The present research consists of discussing the soul in the objects from revelations of community memories and biography of the collection of the Cláudio Oscar Becker Museum (Ivoti-RS), a cultural space destined for the history of the city and German immigration. In this work in development, we seek to understand how memory and biography, which we believe to be possible to attribute to museum objects, can serve as a framework through which the narrators' identities are constructed, also assisting in the manifestation of the soul of objects. In this way, our analysis aims to elaborate a study on the relation of the collection and the memory through the biographical construction of the objects of the museum, that comes to collaborate for the understanding of the soul. Initially, we talked individually or in small groups with the collection donors, in order to reflect how the memories evoked by objects, along with the identities associated with them, can contribute to a definition of the concept of the soul of objects. Subsequently, we intend to make wheels of conversations, which will show the collective characteristic of the rememoration and the attribution of meanings to the collection. As a preliminary result, we will bring the data already raised and our expectations with the progress of the research.

Keywords: Soul of objects. Memory. Museum. Collection.

Introdução

No presente artigo abordaremos a pesquisa de mestrado24 que está em andamento e almeja compreender a alma presente nos objetos a partir de revelações de memórias, identidades

24A pesquisa está em andamento no Programa de Pós-Graduação em Memória Social e Patrimônio Cultural, da Universidade Federal de Pelotas (UFPEL), Pelotas/RS-Brasil.

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e através de uma construção biográfica do acervo. Os objetos de museus possuem uma trajetória de vida, desde a sua criação, pertencimento a uma pessoa, aquisição e percurso dentro de um museu (MENESES, 1998) e essa biografia pode ser um meio de interpretar a sua alma, considerando que os objetos carregam informações extrínsecas a eles mesmos, sustentam memórias, relações e histórias, que não são possíveis deduzir a partir de sua materialidade, é preciso evocar as suas almas25 através do saudosismo e das sensações que eles possam instigar nas pessoas.

O projeto busca analisar como se dá a construção de lembranças durante uma estimulação de recordações, por meio de entrevistas e rodas de memória entre a comunidade do Museu Cláudio Oscar Becker, de Ivoti-RS, e, como essa relação entre objeto e memória pode estimular a manifestação de identidades dos participantes, produzindo uma biografia dos itens do acervo, que poderá colaborar acerca da concepção da alma dos objetos. Nossa pesquisa parte do questionamento de que os objetos museológicos sem estudos, sem investigação a respeito de suas trajetórias, interferem na construção memorial e identitária nos museus, inclusive no entendimento do que seria a alma dos objetos.

Fundamentando-se nesses apontamentos introdutórios, acreditamos que, os objetos possuem uma alma que é constituída e revelada a partir da relação de ambos com a sociedade.

Busca-se refletir por meio deste breve artigo, como pretendemos agir nos contextos de nossa análise, para um desbravamento aprofundado e maior entendimento do conceito de alma.

Portanto, traremos uma contextualização acerca do museu analisado e algumas considerações que acreditamos serem fundamentais para o desenvolvimento do trabalho.

O Museu Cláudio Oscar Becker

A ideia da pesquisa surgiu devido a um trabalho de identificação de acervo, no Museu Cláudio Oscar Becker26 de Ivoti-RS, espaço cultural da cidade destinado a salvaguardar o legado da cultura de imigração alemã, preservar por meio de seu acervo, as memórias e histórias de Ivoti do século XIX até a metade do século XX (IVOTI, 2016).

A cidade foi colonizada por imigrantes alemães, por volta de 1826. As famílias que chegaram ao local, construíram casas em estilo enxaimel27, e o museu, hoje, está instalado em

25 Alguns autores utilizam o termo “espírito” ou “aura” ao invés de “alma”, porém, apesar de compreendermos as especificidades dos conceitos, assumimos que eles possuem sentido análogo, sendo o conceito “alma” o escolhido para ser trabalhado neste momento.

26 O nome do museu é em homenagem a Cláudio Oscar Becker, que foi membro da Comissão emancipacionista da cidade de Ivoti.

27 Enxaimel é um processo de edificação trazido da Alemanha, na qual se utiliza uma estrutura de madeira encaixada e as paredes preenchidas com barro, pedras e vegetação (KREUTZ, 2013).

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uma dessas casas, datada de 1830 (KREUTZ, 2013). O local possui um significativo conjunto dessa arquitetura da imigração alemã, conhecido por “Núcleo de Casas Enxaimel”, considerado o maior aglomerado de casas na técnica enxaimel no Brasil, segundo a Fundação Nacional Pró- Memória28.

Uma análise preliminar no local mostrou-nos que o acervo não possui documentação ou informações suficientes sobre suas vidas e trajetórias, somente alguns itens, de aproximadamente 1600 peças, possui como informação apenas o nome do doador. Esse acervo, composto por roupas, utensílios domésticos e mobiliários, foi sendo construído a partir de doações da comunidade, antes mesmo de sua criação por lei em 1995. Outro questionamento levantado, foi devido a revitalização na expografia do museu, no final do ano de 2016. Foram realizadas melhorias nos suportes mobiliários, recursos visuais e tecnológicos, porém, ao nosso ver29, a coleção continuou sem aprimoramento científico e sem contribuição por parte dos moradores do local. Podemos perceber que houve uma preocupação com a restauração do corpo físico (prédio/salas expográficas) mas esqueceu-se do mais importante: os vínculos entre os objetos e os sujeitos.

Um objeto ao adentrar o espaço museológico, precisa passar pela musealização, que são todos os procedimentos de salvaguarda e comunicação, como a pesquisa, documentação e conservação, sendo criados significados e valores, para assim ser um suporte de informação e memórias, gerar conhecimento e possibilitar a comunicação com o público. Quando esses processamentos não são realizados previamente, os objetos tornam-se mudos dentro dos museus, desprovidos de acepções. Tornando-se então necessária, uma tentativa de revelação de sua alma através da significação, sendo este um processo contínuo, na qual esta alma será reconstruída a cada nova trajetória e interação do objeto.

Diante disso, surgiu nossa indagação, de que os objetos museológicos sem estudos, sem investigação a respeito de suas trajetórias, podem interferir na construção memorial e identitária nos museus, inclusive no entendimento do que seria a alma dos objetos. Ponderamos que essa compreensão do que se trata a alma, pode se dar através de três etapas: uma densa pesquisa teórica sobre o assunto; por meio das trajetórias biográficas do acervo; e, por intermédio das narrativas orais. Nossa hipótese sugere que revelações de memórias e criações de vínculos identitários da comunidade com o Museu Cláudio Oscar Becker e a constituição de uma

28 A Fundação Nacional Pró-Memória foi um órgão público criado em 1979 e extinto em 1990. Funcionou ao lado da Secretaria do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (SPHAN), formando com ela uma organização dual, que visou dar maior dinamismo às políticas culturais voltadas para a preservação do patrimônio cultural.

(REZENDE et al., [2010?])

29 Participamos de parte da organização e montagem da exposição.

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biografia do acervo deste museu, além de uma compilação teórica aprofundada sobre o assunto em diversas áreas do conhecimento, contribuirão para uma compreensão sobre a conceituação de alma dos objetos.

Memória e identidade, alma e biografia dos objetos

Para desenvolvermos um estudo sobre a relação do acervo com a comunidade e a construção de uma biografia dos objetos do Museu Cláudio Oscar Becker, que poderá colaborar para o entendimento da alma, almejamos através de entrevistas e rodas de conversas, estimular memórias e identidades dos moradores da cidade. Os objetos museológicos possuem a função de indicadores de memória através da sua materialidade que está relacionada a imaterialidade.

Os objetos carregados de significados, podem evocar uma memória e instigar para que sejam criadas e fortalecidas as identidades.

Joel Candau (2014) alega que a memória influencia na construção de nossa identidade, permitindo que o indivíduo construa sua própria identidade, sem memória, não há identidade. A memória e a identidade “se conjugam, se nutrem mutuamente, se apoiam uma na outra para produzir uma trajetória de vida, uma história, um mito, uma narrativa”

(CANDAU, 2014, p. 16). Para o antropólogo, a memória coletiva é um compartilhamento de lembranças, que tem estrita relação com a valorização do patrimônio através da valorização de uma identidade local, nesse sentido, os objetos patrimoniais, que necessitam de conservação, restauração e valorização, serão um marco de identidade de um grupo (CANDAU, 2014).

A memória é de essencial importância nos museus e os objetos são importantes elementos da memória. Os museus, através da busca de recordações individuais e coletivas, têm a função de repensar e recriar memórias através da ressignificação da materialidade.

Assim como afirma a psicóloga social Ecléa Bosi (1994): “A lembrança é a imagem construída pelos materiais que estão agora a nossa disposição” (BOSI, 1994, p. 56).

Halbwachs complementa que nós conservamos as nossas recordações através da referência ao meio material que nos cerca (CONNERTON, 1999), ou seja, por meio dos objetos que estão à nossa disposição e ativam as nossas lembranças.

Sendo assim, a ideia de biografia dos objetos surge para auxiliar no estudo das coleções e entender os objetos em dinâmica social. De acordo Igor Kopytoff (2008), a biografia de uma coisa, é a história de suas singularizações, classificações e reclassificações. O autor sugere a pesquisa da biografia cultural dos objetos, estabelecendo que ao fazer a “biografia de uma

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coisa”, devemos nos questionar da mesma forma que faríamos com a construção de uma biografia das pessoas:

Quais são, sociologicamente, as possibilidades biográficas inerentes a esse "status", e à época e à cultura, e como se concretizam essas possibilidades? De onde vem a coisa, e quem a fabricou? Qual foi a sua carreira até aqui, e qual é a carreira que as pessoas consideram ideal para esse tipo de coisa? Quais são as "idades" ou as fases da "vida"

reconhecidas de uma coisa, e quais são os mercados culturais para elas? Como mudam os usos da coisa conforme ela fica mais velha, e o que lhe acontece quando a sua utilidade chega ao fim? (KOPYTOFF, 2008, p. 3)

Além disso, o autor propõe que ao realizarmos a biografia de um objeto, devemos nos preocupar em saber como este item foi construído culturalmente e dotado de específicos significados. Através da biografia, conseguimos um suporte para interpretarmos que na materialidade há potencial de avivar as imaterialidades. Sendo assim, é necessário que as coleções, além dos estudos voltados pro material (corpo), sejam descobertas simbolicamente (alma), por meio das propriedades invisíveis, conforme estabelece Krzysztof Pomian (1984), através do conceito de semióforo, que são os objetos dotados de um significado e tem o potencial de conectar o visível ao invisível.

Consideramos que os objetos possuem uma alma. A alma está relacionada ao invisível, ao imaterial, o que não percebemos a partir da materialidade, a alma dá sentido às coisas. Os objetos são impregnados de sentimentos, simbolismos e memórias, que estão relacionados ao contexto social ao qual foram criados, eles sempre se remeterão a alguém ou a um lugar, que serão percebidos ou restituídos através de evocações de lembranças e emoções pessoais e coletivas. Gonçalves, Guimarães e Bitar (2013) expõem que:

É preciso também não esquecer que, enquanto portadora de uma alma, de um espírito, as coisas não existem isoladamente, como se fossem entidades autônomas; elas existem efetivamente como parte de uma vasta e complexa rede de relações sociais e cósmicas, nas quais desempenham funções mediadoras fundamentais entre a natureza e cultura, deuses e seres humanos, mortos e vivos, passado e presente, cosmos e sociedade, corpo e alma, etc. (GONÇALVES; GUIMARÃES; BITAR, 2013, p. 08, destaques nossos).

Jean Baudrillard (2002) complementa que “[...] os objetos desempenham um papel regulador na vida cotidiana, neles são abolidas muitas neuroses, anuladas muitas tensões e aflições, é isto que lhes dá “alma”, é isto que os torna “nossos” [...]” (BAUDRILLARD, 2002, p. 97). É, portanto, através da biografia social e cultural, da relação entre sujeito e objeto, e do elo entre as pessoas, que se manifesta a alma, que é produto de evocação e do trabalho de memória.

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Metodologia

Para alcançarmos os objetivos do trabalho, a metodologia se utilizará, sobretudo, das seguintes fontes: fontes documentais, orais, teóricas e os objetos museológicos. Através do levantamento documental, estabelecemos uma visão estatística sobre o acervo que possui informações e identificamos os nomes dos doadores de objetos do museu.

Com o intuito de localizar os doadores de acervo através de fontes orais, almejando, ao mesmo tempo, perceber sobre a relação dos moradores da cidade com os objetos doados e o museu, procederemos com encontros individuais ou em grupos pequenos, com pessoas que forem sendo indicadas pela comunidade. Realizaremos entrevistas gravadas com estas pessoas, sendo importante que essas reuniões sejam preferencialmente dentro do museu, pois facilita a evocação de memórias por meio dos objetos.

Utilizaremos como orientação dos encontros, o auxílio de um roteiro semiestruturado, com questões abertas, específicas sobre o doador e sobre os objetos doados, para pensarmos sobre a biografia cultural desses itens. Esses roteiros nos orientarão a compreender se os objetos representam a memória e a identidade coletivas dos participantes. Nossa busca por essas pessoas está em andamento, juntamente com as entrevistas individuais. Para esses primeiros encontros (individuais), utilizaremos o seguinte roteiro, que poderá ser aperfeiçoado se acharmos necessário:

1 – Idade e profissão.

2 – Onde mora? (Se mora em Ivoti, sempre morou na cidade?)

3 – Você se identifica com o acervo do Museu Cláudio Oscar Becker?

4 – Fale sobre sua relação com o objeto doado. Desperta algum sentimento?

5 – Onde este objeto foi fabricado ou adquirido?

6 – A quem este objeto pertenceu? Por quem ele era usado?

7 – Porque foi doado?

8 – O objeto ainda era usado quando foi doado? (Se não, porque não o usavam mais?) 9 – Em que momento você percebeu que ele deveria estar no acervo do museu?

10 – Fale sobre a relevância do objeto para a comunidade.

11 – O que representa para você, este objeto estar exposto no museu, sendo visto por diversos visitantes?

Realizaremos posteriormente, rodas de conversas com a comunidade, que evidenciarão a característica coletiva da rememoração e da atribuição de significados aos objetos a partir de suas trajetórias. As rodas de conversas, também chamadas de rodas de memórias, são recursos fundamentais para recuperação das memórias e ressignificação de identidades. Por meio delas,

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as pessoas são incentivadas a contarem as suas memórias, compartilhando algo em comum, que é cooperar para a história e cultura local. Selecionaremos alguns itens do acervo que serão apresentados nessas reuniões. A seleção desses objetos dependerá do andamento da localização dos doadores, pretendemos utilizar os respectivos objetos doados pelos doadores encontrados.

Buscaremos construir uma formulação do conceito de alma dos objetos, através de referências teóricas de diversas áreas, como a antropologia, arqueologia, geografia, história, museologia, dentre outras. Existem muitas possibilidades de abordagens para desvendar nosso questionamento sobre a alma dos objetos, porém, nossa escolha teórico-metodológica neste momento, parte da investigação bibliográfica, da biografia dos objetos e das rodas de conversas e entrevistas.

Considerações finais

Diante do exposto, nosso levantamento documental apresentou que, de aproximadamente 1600 objetos que compõem o acervo, 61 nomes de doadores foram localizados na documentação existente no museu, e ao todo, essas pessoas doaram 134 objetos.

Como mencionamos anteriormente, estas pessoas estão sendo procuradas, para nos auxiliarem na construção biográfica do acervo e no entendimento da alma dos objetos.

Até o momento, através de informações orais, localizamos e conseguimos o contato de 16 pessoas, tivemos o conhecimento de que 5 pessoas são falecidas e duas afirmaram não terem doado nada ao museu. Foi realizada uma entrevista com uma doadora de acervo. Essa entrevista mostrou-nos que nosso roteiro é pertinente, apenas temos que tomar cuidado para não direcionarmos algumas respostas.

Após realizarmos as entrevistas individuais com as pessoas que localizarmos, analisaremos os dados coletados e elaboraremos um roteiro semiestruturado para as rodas de conversas coletivas, que darão outro olhar e levantarão outros elementos para nossa pesquisa.

Concluindo, presumimos que as memórias evocadas através da relação da comunidade com os objetos museológicos, podem nos dizer muito sobre esses objetos, mas principalmente, sobre a pessoa que está narrando-o. E é esse testemunho, que nos fará perceber qual a alma do objeto e enfatizar que os objetos carregam uma alma, uma alma que não é apenas dele, mas é construída conjuntamente com as pessoas que o narram e o dão significado.

Referências

BAUDRILLARD, Jean. O sistema dos objetos. 4ª. Ed. São Paulo: Perspectiva, 2002.

BOSI, Ecléa. Memória e Sociedade: Lembrança de velhos. São Paulo: T.A. Queiroz, 1994.

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CANDAU, Joël. Memória e Identidade / Joël Candau ; tradução de Maria Leticia Ferreira. – 1. Ed., 2ª reimpressão. – São Paulo : Contexto, 2014.

CONNERTON, Paul. Como as Sociedades Recordam. 2.ª Edição. Oeiras: Celta, 1999.

GONÇALVES, José Reginaldo; GUIMARÃES, Roberta; BITAR, Nina. A Alma das Coisas:

patrimônios, materialidade e ressonância. Rio de Janeiro: Mauad X, Faperj, 2013.

IVOTI. Município de Ivoti. Disponível em: <http://www.ivoti.rs.gov.br>. Acesso em 15 de agosto de 2017.

KOPYTOFF, Igor. A biografia cultural das coisas: a mercantilização como processo. In:

APPADURAI, ARJUN. A vida social das coisas. Niterói: EDUFF, 2008.

KREUTZ, Roque Amadeu. Bom Jardim – Ivoti : no palco da história / Roque Amadeu Kreutz (Organizador). – Novo Hamburgo: Feevale, 2013.

MENESES, Ulpiano T. Bezerra de. Memória e cultura material: documentos pessoais no espaço público. Estudos Históricos, Rio de Janeiro, v. 11, p. 89-103, 1998.

POMIAN, Krzysztof. Coleção. IN: Enciclopédia Einaudi – Memória-História: Lisboa, Imprensa Oficial/Casa da Moeda, 1984.

REZENDE, Maria Beatriz; GRIECO, Bettina; TEIXEIRA, Luciano; THOMPSON, Analucia.

Fundação Nacional Pró-Memória 1979-1990. Disponível em:

<http://portal.iphan.gov.br/dicionarioPatrimonioCultural/detalhes/53/fundacao-nacional-pro- memoria-1979-1990>. Acesso em 15 de agosto de 2017.

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