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FUNDO DE ARTESANATO ZO É

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Academic year: 2022

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FUNDO DE

ARTESANATO ZO’É

Este material foi elaborado através do Projeto

“Artesanato Zo’é: saberes e tecnologias relacionando mundos”, uma realização do Programa Zo’é da Frente de Proteção Etnoambiental Cuminapanema – Coordenação Geral de Índios Isolados e de Recente Contato (CGIIRC)/FUNAI em parceria com o Instituto Iepé de Pesquisa e Formação Indígena e financiado através do edital Programa CAIXA de Apoio ao Artesanato Brasileiro da Caixa Econômica Federal.

Realização:

Financiamento:

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Os Zo’é

Os Zo’é são um povo de língua Tupi-Guarani que habitam a Terra Indígena Zo’é, homologada em 2009 ,e localiza-da no norte do Estado do Pará , com 668,572 ha.

Atualmente contam com cerca de 270 indivíduos distribuídos por 11 aldeias.

Zo’é significa “nós” e é um

classificador que os diferencia de grupos não-zo’é. Também foram batizados como “poturu”, termo que se refere à madeira com a qual é confeccionada seu adorno labial.

O Programa Zo’é – PZO’É

O Programa Zo’é (PZO’É) foi concebido pela Coordenação Geral de Índios Isolados e de Recente Contato (CGIIRC) da Funai e é coordenado pela Frente de Proteção

Etnoambiental Cuminapanema (FPEC). O PZO’É é uma ferramenta de longo prazo da política indigenista oficial junto aos Zo’é, e está dividido em dois eixos: promoção sociocultural e proteção territorial. Dentro do eixo de promoção sociocultural, uma das principais atividades é o Fundo de Artesanato Zo’é (FAZ).

Fundo de Artesanato Zo’é - FAZ

Trata-se de uma ferramenta do PZO’É que objetiva ser uma forma de geração de renda e facilitador da obtenção de determinadas mercadorias desejadas pelos Zo’é. Ao mesmo tempo, estreita as relações dos Zo’é com a Funai, responsável por gerir o FAZ,

contribuindo com a ampliação da compreensão que os Zo’é têm sobre o dinheiro e o valor das mercadorias. Além disso, o FAZ tem como objetivo incentivar à reprodução das manifestações socioculturais dos Zo’é e promover a prática artesanal.

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O napehen é um torrador utilizado na preparação de diversos alimentos. O principal deles é a farinha, ui, feita de mandioca (Manihot sculenta).

Da mandioca também são preparados no napehen a tapioca tapiak, e o beiju beju.

O napehené feito de argila, jyk, que é coletada por homens e mulheres apenas na época de seca decorrente do verão

Depois de

coletada, a argila é levada até a aldeia, onde será limpa e amolecida com água.

O processo de modelagem do forno é coletivo e atribuição

feminina.

Depois de vários dias de descanso, o forno é muito bem polido, e passa por uma primeira queima.

Na sequencia é

envernizado com resina da árvore sisi’y.

Depois de seco, passa por uma segunda queima, estando pronto para o uso.

Napehen

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As mulheres esculpem os ouriços com facões, para cada ouriço uma pulseira.

Depois de polidas com um ralador de pedra ti’ê, uma das argolas recebe carapaças de caramujo afixadas com resina de maçaranduba yhyt (Manilkara spp.).

As pulseiras de castanha (Bertholletia excelsa) são marcas registradas da estética feminina Zo’é. Este adereço é especialmente requisitado pelas mulheres no ritual se’py.

As pulseiras são feitas com os ouriços das castanhas, coletadas pelo homens e estocadas pelo ano inteiro.

Por fim, todas as pulseiras são inteiramente tingidas com urucum rucu (Bixa orellana).

Depois de secas já podem ser usadas.

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O potu’a é um cesto confeccionado pelas mulheres, mas de uso exclusivo dos homens. Estes guardam seus pertencem pessoais, instrumentos para confecção de flechas.

Aos homens cabe a tarefa de irem às matas buscar arumã (Ischnosiphon spp).

Depois as mulheres extraem as fasquias do arumã, que será amolecido na água, para então serem tecidas, dando corpo ao cesto.

Potu’a

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O tapekwa é um abano multiuso feito com palha de tucum, tukun (Bactris sp.).

Os pequenos tapekwa ra’yt, são usados para manter acesos os fogos .

Já os grandes tapekwa uhu, são usados como pás de lixo.

Aos homens reserva-se o trabalho de extração das folhas de tucum.

Apenas as folhas muito novas, são utilizadas.

Na aldeia, as mulheres extraem e separam as melhores palhas, que depois de secas são tecidas.

O acabamento é feito com fibra de curauá (Ananas erectifolius). Depois de seco ao sol, o tapekwa está pronto.

Tapekwa

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