Curso de Pós-Graduação em Matemáti a e
Computação Cientí a
Extensões de Álgebras obtidas a
partir de Álgebras de Hopf
Mateus Medeiros Teixeira
Orientador: Prof. Dr. Eliezer Batista
Florianópolis
Curso de Pós-Graduação em Matemáti a e
Computação Cientí a
Extensões de Álgebras obtidas a partir de
Álgebras de Hopf
Dissertação apresentada ao Curso de
Pós-Graduação em Matemáti a e Computação
Cientí a, do Centro de Ciên ias Físi as e
Matemáti as da Universidade Federal de
Santa Catarina, para a obtenção do grau de
MestreemMatemáti a, omÁreade
Con en-tração em Álgebra.
MateusMedeiros Teixeira
Florianópolis
Álgebras de Hopf
por
MateusMedeiros Teixeira
Estadissertaçãoserájulgadaparaaobtenção doTítulodeMestreem
Matemáti a,ÁreadeCon entraçãoemÁlgebra,eaprovadaemsua
formanal pelo CursodePós-GraduaçãoemMatemáti ae
ComputaçãoCientí a.
Dr. ClóvisCaesarGonzaga
CoordenadoremExer í iodaPós-Graduaçãoem
Matemáti a
ComissãoExaminadora
Prof. Dr. EliezerBatista(UFSC-Orientador)
Prof. Dr. Mar eloMuniz Silva Alves(UFPR)
Prof. Dr. Al idesBuss (UFSC)
Prof. Dr. GillesGonçalves de Castro
(UFSC)
Primeiramente agradeço a Deus pelos momentos de
inspi-raçãonarealizaçãodestetrabalho.
AosmeuspaisDilmareJaime,eaminhairmãMarina, pelo
apoioe arinhoin ondi ional. Porentenderemquenemsempreminha
presençanosmomentos familiareserapossível,por todadedi ação na
onstrução do meu arater epor todosos sa rifí iosa que se
subme-teram paraqueeutivesseumaboaedu ação.
Aomeu orientador,professorEliezer Batista,portodoo
en-sinamentodurenteessesdoisanosdemestradoetambémpelosquatro
anos degradução. Aotodo, foram6dis iplinas alémdaorientação, e
nãohouveumdiaemqueelenumfalassedemaneiradedi adae
lamo-rosasobreamatemáti a,sempreembus adeexemplosquepudessem
darnoçõesumpou omaisreaisamaispuradasteorias.
Aos meus olegas da sala
106
, pelos momentos de alegria, ompanheirismo,amizadeein ontáveishorasdeestudodivididas,semontaroví ionoban oimobiliáriode artas.Emespe ial,aViviamque
esteveaomeu ladoem grandepartedesta jornada,peçafundamental
para o meu res imento tanto matemáti o quanto pessoal. Vo ê é, e
Aos professoresmembrosdaban aexaminadora,por
gentil-mente terem a eitadoo onvite. Por terem lidootrabalho om tanto
uidado, ontribuindo para o melhoramento do material e
prin ipal-mente,por terem a eitado ante iparem uma semanaaminhadefesa,
mepropor ionandoentrarnaUFSC omoprofessorsubstituto.
Tambémagradeçotodosos outrosprofessoresqueme
auxili-aramedealgumaformaatravessarammeu aminho, omoprofessores
eatémesmoamigos.
Agradeçoaosamigos, olegas,par eirosquezduranteesses
seis anos de UFSC, pessoas que me propor ionarambons momentos
de onversanoRU, queme onven iamaabandonartudoejogarum
ampeonatodefutebolnosnaisdesemana,ousimplesmenteporuma
rápida onversanos orredoresdoCFM. Em espe ial, aoDeividi,que
dividiuapesquisa omigoduranteoprimeiro semestrede2010,
dimi-nuindoa argadeseminários.
Aos amigos que assim posso hamar há
5
anos e que me a eitaramfazerpartedogruposeletodeles,nãoporseronamoradodaViviam, massim por quem eu era. Obrigado pelos mergulhosde ano
novo,pelosen ontrosgastronmi os,pelasrisadas, onversase
jogati-nas.
Aos amigos do vlei ou, melhor dizendo, dos sábados de
aleatoriedades e falta de estudo. Com quem perdi grande parte dos
meussábadosdemanhãedosquaistenhomuitoorgulho.
Aos demais amigos que ao longo dessa jornada
ompreen-deramminhaausên iaeajudaramsemprequepossível.
Por m, mas nãomenos importantes, aos amigosda dança,
quesertanejoaindanãoviroumodaproEri daraulasequeforammeus
par eiros,fossedançandoforróLaPedreira,ouentãoparti ipandodos
bailinhosnaKirinus.
A CAPES, pelo suporte nan eiro no de orrer desses dois
Neste trabalho fazemos uma des rição ompleta do grupo
quânti o
A(SL
q
(2))
, em queq
é araiz úbi adaunidade, omouma extensão de Hopf-Galois elmente plana deA(SL(2, C))
a partir da sequên iaexatadeálgebrasdeHopfA(SL(2, C))
F r
// A(SL
q
(2))
// A(F )
determinadapelomorsmo deFrobenius
F r
. Além disso,estendemos oresultadoparaosubgrupoquânti odeBorel,obtendoaestruturadeproduto ruzado.
Nomais,éfeitoumestudo dosresultadosdateoriade
álge-brasde Hopf e dateoriade extensõesdeálgebrasobtidasapartir de
álgebras de Hopf. Ainda, mostramos que toda biálgebra que admite
umaextensão deHopf-GaloiselmenteplanaéumaálgebradeHopf.
Palavras- have: álgebrasdeHopf,extensõesdeHopf-Galois,
Inthiswork,wepresenta ompletedes riptionofthe
quan-tum group
A(SL
q
(2))
, whereq
is the ubi root from the unit, just likeafaithfull at Hopf-GaloisextensionofA(SL(2, C))
for theHopf algebra'sexa tsequen eA(SL(2, C))
F r
// A(SL
q
(2))
// A(F )
determined by theFrobenius' morphism
F r
. Also, weextendthe re-sultto theBorel'squantum subgroup,obtainingthestru tureof rossprodu t.
Beyondthat,wepresentastudyaboutHopfalgebrastheory
and extensionof algebrasobtainedfrom Hopf algebras. Furthermore,
weshowthat abialgebra that admits afaithfull at Hopf-Galois
ex-tensionisaHopf algebra.
Key-words: Hopfalgebras,Hopf-Galoisextension,quantum
Introdução 1 1 Álgebrasde Hopf 7 1.1 Biálgebras . . . 7 1.2 ÁlgebrasdeHopf . . . 14 1.3 MódulosdeHopf . . . 25 1.4 Integrais . . . 32
1.4.1 Integraissobre Biálgebras . . . 32
1.4.2 IntegralemálgebrasdeHopf . . . 35
1.5 ProdutoSmash . . . 44
1.6 FunçãoTraço . . . 47
1.6.1 Integraltotal . . . 51
1.7 ContextodeMorita. . . 55
1.8 ProdutoCruzado . . . 62
2 Extensõesem Álgebras obtidas a partir de Álgebras de Hopf 69 2.1 ExtensõesFielmentePlanas . . . 70
2.2 ExtensãoFendida. . . 74
2.3.2 ExtensõesdeGaloisparaÁlgebrasdeHopf deDimensãoFinita101
2.4 ExtensõesHomogêneasPrin ipais. . . 109
3 Biálgebraque admiteextensãode Hopf-Galoiséálgebra de Hopf131 4 O grupoquânti o
A(SL
e
2πi/3
(2))
143 4.1 Cál uloQuânti o . . . 1444.2
A(SL
q
(2))
omoálgebradeHopf . . . 1464.3 Umaabordagemgeométri ade
A(SL
q
(2))
. . . 1524.4
A(SL
q
(2))
omoextensãodeHopf-Galoiselmenteplana155 4.5A(SL
q
(2))
omoExtensãodeHopf-GaloisFendida . . . 169ConsideraçõesFinais 177 A Álgebras e Coálgebras 179 A.1 Álgebras . . . 179
A.2 Coálgebras . . . 193
A.3 AÁlgebraeaCoálgebraDual. . . 207
A.4 ODual FinitodeumaÁlgebra . . . 216
A.5 MóduloseComódulos . . . 224
B MóduloPlano eFielmentePlano 239 C Resultados Importantes de Álgebra 249 C.1 LemadoDiamante . . . 249
C.2 LemadaCobra . . . 252
C.3 LemadeDedekind . . . 253
AteoriadeálgebrasdeHopfteveseuiní ioem1941,emque
Heinz Hopf observou oprimeiro exemploda mesma. Tal exemplofoi
eviden iado na topologiaalgébri a, onde foi rela ionado a homologia
deumgrupodeLie onexo omaálgebradeHopf graduada.
Alémdessaasso iação omatopologiaalgébri a,asálgebras
de Hopf também estão rela ionadas omdiversas áreas, entre elas, a
me âni aquânti a,ateoriadosnúmeros(atravésdosgruposformais),
o on eito de
H
-espaço, ateoriade esquemas de gruponageometria algébri a,ateoriade Lie(umavezqueaálgebraenvolventeuniversalde uma álgebra de Lie é um exemplo de álgebra de Hopf), a teoria
de grupos(atravésdo on eitodeaneldegrupo),ateoriadeGaloise
extensõesseparáveisde orpos,ateoriade operadores,teoriadeanéis
graduados, e assim segue uma lista inndável, o quea torna um dos
grandes amposdepesquisa emálgebraatualmente.
A grosso modo, uma álgebra de Hopf é uma estrutura que
admiteum produtoeumaunidade (estruturadeálgebraasso iativa),
um oprodutoeuma ounidade(estruturade oálgebra),umarelação
de ompatibilidade entre essas duas estruturas e por m, um
as álgebras de Hopf tiveramum desenvolvimento tardio, tornando-se
objeto de estudo estritamente algébri o apartirdo m dadé ada de
60etendoseugrandeavançoapenasnonaldadé adade80,ondefoi
observadosuaforte onexão omame âni aquânti a,manifestandoo
interessedemuitosfísi osteóri osematemáti os.
Osgruposquânti osforamintroduzidosporJimboeDrinfeld
por voltade 1985,em trabalhosindependentes, em queambos
deni-ramuma lassedeálgebrasdeHopfquepodem ser onsideradas omo
deformações de umparâmetro das álgebrasenvolventes universais de
uma álgebra de Lie semi-simples omplexa (
U
q
(sl(2))
). Em algumas referên ias,tal lassere ebeonomedeálgebradeDrinfeld-Jimbo,emhomenagemaosmesmos. Umoutroeventomar ante,queo orre
simul-taneamenteaoprimeiro,éainvenção,porS.L.Woronowi z,dogrupo
quânti o
SU
q
(2)
eodesenvolvimento dateoriadegrupos dematrizes quânti as ompa tas. Um outro exemplo surge no trabalho de L.D.Faddeeveaes oladeLeningradosobre ométododeespalhamento
in-verso pararesolvermodelosintegráveis. Ainda,neste mesmoperíodo,
foidadaumaaproximaçãoalgébri aparaasálgebras oordenadas
quan-tizadasporYu.I.Manin.
Umgrupoquânti opodeservisto,agrossomodo, omouma
generalização da teoria de grupos, uma vez que podemos onsiderar
umgrupo omouma oleçãodetransformações. Transformaçõesestas
quesãoinvertíveis. Assim,qualquer oleçãofe hadadetransformações
invertíveis é um grupo. Do mesmo modo, grupos quânti os também
podemagirsobre ertosespaços. Entretanto,agora,astransformações
não são todas invertíveis, na verdade, há uma estrutura um pou o
váriasgeneralizaçõesdateoriadegrupospodemserfeitasparagrupos
quânti osatravésdessafra ainversibilidade.
Umaoutradenição quepodemosdarparaumgrupo
quân-ti o é advinda de Drinfeld, que em [13℄, deniu um grupo quânti o
omo uma álgebra de Hopf não omutativae não o omutativa. Na
verdade, as estruturas de omutatividade e de o omutatividade são
ontroladasporumamatriz
R
, eaessaestrutura, hamamosálgebras deHopf quasi-triangulares.Este trabalho pode ser dividido em três partes.
Primeira-mente,estudamos ateoriadeálgebrasdeHopf para ganharmos
fami-liaridade omessa estrutura, noprimeiro apítulo,mostramos alguns
resultadossobreaantípoda,denimoso on eitodepardual,módulos
de Hopf, integralsobre álgebradeHopf, produto Smash, ontexto de
Moritaeproduto ruzado. Jáno segundo apítulo,nosdedi amos ao
estudo de extensõesdeálgebrasobtidasapartirde álgebrasde Hopf.
Nele,denimosas extensõesvistasnestetrabalho(extensõeselmente
planas, fendidas, de Hopf-Galois e homogêneas prin ipais), algumas
propriedadesdas mesmas eresultados que as rela ionam. Ainda,
ve-mosarelaçãoentreoproduto ruzadoeasextensõesfendidas.
Depois,passamosaoestudo doartigo"Abialgebrathat
ad-mitsaHopf-GaloisextensionisaHopfalgebra"doautorPeter
S hauen-burg([31℄). Podemosvertalartigo omoumaapli açãoteóri ada
teo-riadeextensõesde álgebrasobtidasapartirdeálgebrasdeHopf. Por
m,estudamosoartigo"Expli itHopf-GaloisDes riptionof
SL
e
2iπ/3
-Indu ed Frobenius Homomorphisms"de Ludwik Dabrowski, Piotr M.Haja , Pasquale Sinis al o ([8℄), o que podemos entender omo uma
deHopf-Galois,queforamintroduzidasporChaseeSweedlerem1969,
ondeasidéiasdeaçõesdegrupossobreanéis omutativos(extensõesde
Galois)foramestendidaspara oaçõesdeálgebrasdeHopfagindosobre
umak-álgebra omutativa, omkumanel omutativo. Egeneralizadas
porKreimereTakeu hino asodeálgebrasdeHopfdedimensãonita,
alémdessa,vemostambém anoçãodeextensõeselmente planas,
ex-tensõesfendidas,quetemforteasso iação omaestruturadeproduto
ruzado, eextensões homogêneas prin ipais, em quea álgebra
A
que apare enadeniçãodeextensãodeHopf-GaloisagorapassaaserumaálgebradeHopf e
A
évisto omo umaA/J
extensão de Hopf-Galois, emqueJ
éumidealdeHopf.Quandoestudamos essa idéia de
H
-extensões,é omum as-sumirmos queH
é uma álgebra de Hopf. Uma ex eção é feita em [11℄, onde extensões fendidas sobre uma biálgebra são onsideradas.Já a questão de se há possibilidade de uma biálgebra (que não tem
antípoda)admitir uma extensãodeHopf-Galois hamouaatençãodo
autorYokioDoiem onexão om[30℄.
NoCapítulo 3 desse trabalho, usamos a noção de extensão
sobrebiálgebra,para então onstruirmos umaestruturadeálgebrade
Hopfsobreamesma. Aidéiaé onstruirmosummorsmo,denominado
S
, que seja o inverso por onvolução do morsmo identidade. Para tanto, utilizamos um lema té ni o que pode ser utilizado em outrassituações, uma vez que o resultado é enun iado para uma oálgebra
enão para a estruturade biálgebra aqual trabalhamosneste mesmo
apítulo. Ainda, abe salientar que durante todo oter eiro apítulo,
onsideramos
k
umanel omutativo omunidade.exemplosdegruposquânti os,porém,asduasprin ipaissão
U
q
(sl(2))
eSL
q
(2)
. Nessasestruturasbaseiam-seamaiorpartedostrabalhossobre gruposquânti os,eobserva-sequeexisteumarelaçãodualentreambas.Neste trabalho, estudamos uma dessas duas lassesde exemplos, que
éogrupoquânti o dasfunções oordenadas
A(SL
q
(2))
,em queq
éa raiz úbi a da unidade,ou seja,q = e
2πi/3
. Neste apítulo, todosos
espaçosvetoriaissão onsideradossobre
C
.Talgrupoquânti opossuiuma sériederelaçõesdenidoras,
queemboraapareçamimpostasnumprimeiromomento,surgem
natu-ralmentequando onsideramosa oaçãode
M
2
(C)
emC
q
[x, y]
àdireita eàesquerda,umavezqueaestruturadebiálgebradeM
2
(C)
oin ide omaestruturadebiálgebradeA(SL
q
(2))
.ComaestruturadeálgebradeHopfsobre
A(SL
q
(2))
denida e tendo familiaridade om essa estrutura, ini iamos um estudo parasabermosse o grupo quânti o em questão admite algumadas
exten-sõesvistas no Capítulo2. Na verdade, vemosque
A(SL
q
(2))
admite uma extensão de Hopf-Galoiselmente planainduzida pelo morsmode Frobenius. Notrabalho, provamos este resultadode forma direta,
porém,omesmopodeserfeitoutilizandoadualidadeentrefunções
so-bregruposeasálgebrasenvelopeuniversais. Provamostambémque,se
onsiderarmososubgrupoquânti odeBorel,
A(SL
q
(2))/
hT
21
i
,emqueT
21
éumdoselementosgeradoresdeA(SL
q
(2))
,omesmoadmiteuma extensãodeHopf-Galoisfendida,novamenteinduzidapelomorsmodeFrobenius. Nesteúltimo,apresentamos laramenteomorsmofendae
tambémomorsmoquedeneo o i loeaaçãodo o i lo,obtendoa
estruturadeproduto ruzado.
Por m, o trabalho en ontra-sedividido em 4 apítulos e 4
Noapêndi e1,introduzimos asnoçõesdeálgebrase
oálge-bras. Este estudo serve de base para todo o trabalho, uma vez que
dependemos dessas duas estruturas para podermos deniro quevem
aserumaálgebradeHopf. Além dasnoçõesusuaisdessasestruturas,
vemosaindaateoriadeálgebrae oálgebradual,odualnitodeuma
álgebraenalizamosestudandoasestruturasdemódulose omódulos.
O segundo apêndi e é dedi ado ao estudo de duas lasses
espe iais de módulos, hamados módulos planos e elmente planos.
Essas lassesdemódulossãoimportantes,poisapartirdelespodemos
deniraestruturadeextensõeselmente planasquepossuiapli ações
interessantesvistastantono apítulo3quantono apítulo4. Também,
provamos que todo módulo projetivo nitamente gerado é elmente
plano.
Noter eiroapêndi etratamosdetrêslemasdaTeoriade
Ál-gebrasquesãodefundamentalimportân iaparaotrabalho. Oprimeiro
estabele e ondiçõesparaseen ontrarbasesemálgebras ujos
elemen-tossãoexpressosporpolinmiosnão omutativos.Osegundoresultado
tratadarelaçãoentreokerneleo okerneldedeterminadosdiagramas
omutativosatravésdesequên iasexatas.Enalizamos omoLemade
Dedekind,queestale e ondiçõesparaobtermos onjuntoslinearmente
independentes.
Por m, no último apêndi e, trazemos alguns detalhes de
onta que não são apresentados no apítulo quatro por rermos que,
aso feito, deixaria a demonstração do resultado em questão muito
Álgebras de Hopf
Neste apítulointroduzimosanoçãodeálgebradeHopf. Tal
estrutura é a base deste trabalho e portanto é de suma importân ia
a onhe ermos, assim omo vermosalgumas propriedadesdamesma,
parapodermosentãodarprosseguimento omos estudosdeextensões
sobreálgebrasdeHopfeexemplos.
1.1 Biálgebras
Ini iamos este trabalho denindo a estrutura de biálgebra,
quenadamaisédoqueumespaçovetorialquetêmestruturadeálgebra
ede oálgebrasatisfazendouma ertarelaçãode ompatibilidadeentre
tais estruturas.
NoApêndi e A trazemosos prin ipais resultados das
estru-turasdeálgebrae oálgebra. Lembramosaquisuasrespe tivasdenições
parapodermosdenirformalmenteuma biálgebra.
um
k
-espaçovetorial,µ : A
⊗ A → A
eη : k
→ A
são morsmos dek
-espaçosvetoriaistais queos seguintesdiagramas omutam:A
⊗ A ⊗ A
µ⊗I
A
I
A
⊗µ
// A ⊗ A
µ
A
⊗ A
µ
// A
A
⊗ A
µ
k
⊗ A
η⊗I
A
t
t
::t
t
t
t
t
t
t
A
⊗ k
I
A
⊗η
ddJJ
JJ
JJ
JJ
J
A
≃
ddJJ
JJJ
JJJ
JJ
≃
::t
t
t
t
t
t
t
t
t
t
Epor oálgebraentendemosumatripla
(C, ∆, ε)
,em queC
éumk
-espaçovetorial,∆ : C
→ C ⊗ C
eε : C
→ k
sãomorsmosdek
-espaçosvetoriaistais queos diagramasabaixosão omutativos:C
∆
//
∆
C
⊗ C
I⊗∆
C
⊗ C
∆⊗I
// C ⊗ C ⊗ C
C
∆
k
⊗ C
ψ
t
t
99t
t
t
t
t
t
t
t
C
⊗ k
ψ
′
eeJJ
JJJ
JJJ
JJ
C
⊗ C.
ε⊗I
eeJJ
JJ
JJ
JJ
J
I⊗ε
99t
t
t
t
t
t
t
t
t
Assim,umabiálgebraéumaquíntupla
(H, µ, η, ∆, ε)
,emque(H, µ, η)
dene uma estruturade álgebra,(H, ∆, ε)
dene uma estru-turade oálgebra, om∆(h) =
P
h
(1)
⊗ h
(2)
, para todoh
∈ H
pela notaçãodeSweedler,evalemas ondiçõesdaseguinte proposição:Proposição 1.1 Dada a quíntupla
(H, µ, η, ∆, ε)
, em que(H, µ, η)
é umaálgebra e(H, ∆, ε)
é uma oálgebra. Sãoequivalentes:(i)
µ
eη
sãomorsmosde oálgebras; (ii)∆
eε
sãomorsmosdeálgebras.válidos:
(I)
H
⊗ H
µ
//
∆
H⊗H
H
∆
(H
⊗ H) ⊗ (H ⊗ H)
µ⊗µ
// H ⊗ H
emque
∆
H⊗H
= σ
23
◦ (∆ ⊗ ∆)
eσ
23
= I
H
⊗ σ ⊗ I
H
,ondeomorsmoσ : H
⊗ H → H ⊗ H
éatransposiçãoσ(h
⊗ k) = k ⊗ h
.(II)
H
⊗ H
µ
//
ε
H⊗H
""E
E
E
E
E
E
E
E
E
H
ε
H
k
emqueε
H⊗H
= ε
⊗ ε
.(III)
k
η
//
∆
k
H
∆
H
(k
⊗ k)
η⊗η
// H ⊗ H
(IV)
k
η
//
ε
k
=
=
=
=
=
=
=
=
H
ε
H
k
Epor(ii)temosos seguintesdiagramasválidos:
(V)
H
⊗ H
µ
//
∆⊗∆
H
∆
(H
⊗ H) ⊗ (H ⊗ H)
µ
H⊗H
// H ⊗ H
emqueµ
H⊗H
= (µ
⊗ µ) ◦ σ
23
.(VI)
H
∆
// H ⊗ H
k
η
__>>
>>
>>
>>
η
H⊗H
<<y
y
y
y
y
y
y
y
y
emque
η
H⊗H
(λ) = λ(1
H
⊗ 1
H
)
,paratodoλ
∈ k
.(VII)
H
⊗ H
µ
//
ε⊗ε
H
ε
(k
⊗ k)
µ
k
// k
(VIII)
H
ε
// k
k
η
H
__>>
>>
>>
>>
η
k
@@
Eassim,éfá ilvermosque(i)éválidose,esomentese,(ii)é
válido,umavezquetemosaequivalên iaentreosseguintesdiagramas,
(I)
⇔
(V),(II)⇔
(VII), (III)⇔
(VI)e(IV)⇔
(VIII).Exemplo1.2 Seja
G
um grupo. Conforme os exemplos A.6 e A.25 , temosquekG
é umaálgebraeuma oálgebra. Como suaestruturade oálgebraédadapor∆(g) = g
⊗ g
eε(g) = 1
k
, a laroque∆
eε
são morsmosde álgebraseportantokG
éumabiálgebra.Exemplo1.3 Dadas duas biálgebras
A
eB
, podemos ver fa ilmente queA
⊗ B
admiteumaestruturade biálgebra omµ
A⊗B
= (µ
A
⊗ µ
B
)
◦ σ
23
, η
A⊗B
(λ) = λ(1
A
⊗ 1
B
);
∆
A⊗B
= σ
23
◦ (∆
A
⊗ ∆
B
), ε
A⊗B
= ε
A
⊗ ε
B
.
B
podemos denir umaestruturade biálgebra, onde a omultipli ação é dada por∆(x) = x
⊗ 1
U(g)
+ 1
U(g)
⊗ x
e ounidadeε(x) = 0
, para todox
∈ U(g)
.Exemplo1.5 No exemplo A.24 temos que um
k
-espaço vetorialH
ombase{c
i
: i
∈ N}
temumaestruturade oálgebra. DenimossobreH
uma estruturade álgebradaseguinteforma:Sejam
c
i
, c
j
∈ H
, então a multipli ação dos elementosc
i
ec
j
, paratodoi, j
∈ N
édada porµ(c
i
⊗ c
j
) = c
i
· c
j
:=
i + j
i
c
i+j
. E aunidadeemH
é dadaporc
0
.Vejamosqueamultipli açãodenidaa imaéasso iativa.
Se-jam
c
n
, c
m
ec
p
∈ H
, logo,(c
n
· c
m
)
· c
p
=
n + m
n
c
n+m
· c
p
=
n + m
n
n + m + p
n + m
c
n+m+p
=
(n + m + p)!
n!m!p!
c
n+m+p
=
m + p
m
n + m + p
n
c
n+m+p
=
c
n
·
m + p
m
c
m+p
=
c
n
· (c
m
· c
p
).
Claramente,aestruturaéunital. Mostremosque
H
temuma estrutura de biálgebra. Lembremos queH
tem uma estruturade oál-gebra dada por∆(c
m
) =
m
P
i=0
vermosque
∆(c
n
· c
m
) = ∆(c
n
)
· ∆(c
m
)
. De fato,∆(c
n
)
· ∆(c
m
)
= (
n
P
i=0
c
i
⊗ c
n−i
)(
m
P
j=0
c
j
⊗ c
m−j
)
=
n
P
i=0
m
P
j=0
c
i
· c
j
⊗ c
n−i
· c
m−j
=
n
P
i=0
m
P
j=0
i + j
i
n + m
− i − j
n
− i
c
i+j
⊗ c
n+m−i−j
∆(c
n
)
· ∆(c
m
)
i+j=t
=
m+n
P
t=0
t
P
i=0
t
i
n + m
− t
n
− i
c
t
⊗ c
n+m−t
=
n+m
P
t=0
n + m
n
c
t
⊗ c
n+m−t
=
∆
n + m
n
c
n+m
=
∆(c
n
· c
m
).
Observamos que na igualdade entre a primeirae a segunda
linha, utilizamos uma identidade ombinatória onhe ida omo
Fór-mula de Euler. A mesma pode ser en ontrada em diversos livros de
AnáliseCombinatória,dentreeles,indi amos,[27℄e[15℄.
Exemplo1.6 Seja
k
um orpoen > 2
uminteiropositivo. Mostremos quenãoexiste umaestruturade biálgebrasobreM
n
(k)
tal quea estru-turade álgebraéaálgebra matri ial.De fato, sejam
k
en > 2
omo a ima. Suponhamos queM
n
(k)
admita umaestruturadebiálgebra.Entãoexiste
ε : M
n
(k)
→ k
um morsmo de álgebras. Daí,ker(ε)
éideal deM
n
(k)
. Logo,ker(ε) = 0
ouker(ε) = M
n
(k)
. Comoε(1
M
injetora,oqueé umabsurdo, umavezque
dim(M
n
(k)) > dim(k)
. Assim omonasestruturasdeálgebrae oálgebra,emquede-nimosanoçãodeidealemorsmo,podemosrefazê-loaqui,denindo:
Denição 1.7 Umsubespaço
I
⊆ H
éumbi
− ideal
seI
forum ideal eum oidealdeH
onformeasdeniçõesA.10eA.33respe tivamente. Denição 1.8 Uma apli açãof : H
→ H
1
de biálgebras é hamada morsmo de biálgebras sef
for morsmo de álgebras (vide Denição A.11 ) ede oálgebras(vide DeniçãoA.30 ).Ainda,observamosqueoquo iente
H/I
éumabiálgebrase, esomentese,I
forumbi-idealdeH
. Neste aso,aapli ação anni aH
→ H/I
éummorsmodebiálgebras.Nointuitodeadquirirmosmaisexemplosdebiálgebras,
on-sideramosaseguinte proposição,queavaliaodualdeumabiálgebra.
Proposição1.9 Seja
(H, ∆, ε, µ, η)
umabiálgebra omdim(H) <
∞
. EntãoH
∗
éuma biálgebra.
Demonstração: Defato, omo
dim(H) <
∞
, sabemosquedadasas estruturas(H, µ, η)
e(H, ∆, ε)
deálgebrae oálgebrarespe tivamente, podemosdualizá-las,obtendo asestruturas(H
∗
, µ
∗
, η
∗
)
e
(H
∗
, ∆
∗
, ε
∗
)
de oálgebraeálgebra,pelaProposição A.43epelo CorolárioA.38 do
Apêndi eA,respe tivamente.
Ainda, omo
H
éuma biálgebra, temos queµ
eη
são mor-smos de oálgebrae∆
eε
sãomorsmos de álgebra,oque impli a, respe tivamente, emµ
∗
e
η
∗
serem morsmos de álgebra e
∆
∗
e
ε
∗
seremmorsmosde oálgebra. Eportanto,
H
∗
éuma biálgebra.
Disto, on luímosque
kG
e(kG)
∗
sãobiágebraspara
G
um gruponito.En erramosestaseçãodenindoo on eitodepardual. Mais
afrenteestendemosessanoçãoparaálgebrasdeHopfeautilizamosna
demonstraçãodealgunsresultados.
Denição 1.10 Sejam
H
eA
biálgebras. Dizemosqueumaapli ação linearh , i : H × A → k
éum par dualentre
H
eA
sevale:(i)
hh, 1
A
i = ε
H
(h)
,paratodoh
∈ H
; (ii)h1
H
, a
i = ε
A
(a)
, paratodoa
∈ A
;(iii)
hh ⊗ g, ∆
A
(a)
i = hhg, ai
,paratodoh, g
∈ H
ea
∈ A
; (iv)h∆
H
(h), a
⊗ bi = hh, abi
, para todoh
∈ H
ea, b
∈ A
, emquehh⊗g, ∆
A
(a)
i =
X
hh, a
(1)
ihg, a
(2)
i
eh∆
H
(h), a
⊗bi =
X
hh
(1)
, a
ihh
(2)
, b
i.
1.2 Álgebras de HopfApartirdestaseçãoini iamosoestudodasálgebrasdeHopf.
A grosso modo, uma álgebra de Hopf é uma biálgebra om uma
es-truturade"inversibilidade",aoqualdenominamosantípoda. Antesde
denirmosformalmenteessanovaestrutura,lembramosquese
(C, ∆, ε)
éuma oálgebrae(A, µ, η)
éumaálgebra,entãoHom
K
(C, A)
éuma ál-gebra omoprodutode onvolução∗
,ouseja,(f
∗g)(c) =
P
f (c
(1)
)g(c
(2)
)
, omovistonaProposiçãoA.37,eunidadeη
◦ ε
.H
c
= (H, ∆, ε)
eH
a
= (H, µ, η)
,entãoHom
K
(H
c
, H
a
)
éumaálgebraomoprodutode onvolução
∗
,eportanto,denimosoque hamamos deantípodapor:Denição 1.11 Seja
(H, µ, η, ∆, ε)
umabiálgebra. Umatransformação linearS : H
→ H
é hamada uma antípoda emH
seS
é a inversa da transformação identidadeI : H
→ H
om respeito ao produto de onvoluçãoemHom
K
(H
c
, H
a
)
, ouseja,
S
∗I = I ∗S = η ◦ε
,ouainda,ε(h)1
H
= (S
∗ I)(h) =
X
h
S(h
(1)
)h
(2)
(1.1)ε(h)1
H
= (I
∗ S)(h) =
X
h
h
(1)
S(h
(2)
)
(1.2)quepode ser resumido nasigualdades:
X
h
h
(1)
S(h
(2)
) = ε(h)1
H
=
X
h
S(h
(1)
)h
(2)
.
(1.3)Denição 1.12 Umabiálgebra
H
quepossuiumaantípodaé hamada umaÁlgebra de Hopf.ObservamosqueaantípodadeumaálgebradeHopféúni a,
pois
Hom(H, H)
éumanel,esabemosqueseoinversodeumelemento deumanelexiste, entãoéúni o.Exemplo1.13 Já vimos que
kG
possui uma estrutura de biálgebra. Mostremosqueaapli açãoS : kG
→ kG
denida porS(g) = g
−1
para
todo
g
∈ G
satisfazaequação 1.3 . De fato, omo∆(g) = g
⊗ g
, temos queI
∗ S(g) =
X
g
gS(g) =
X
g
g
· g
−1
= e = η
◦ ε(g).
Éfá il vermos queo mesmo o orre para
S
∗ I
eportanto, o morsmoS
satisfazapropriedadedaantípoda. LogokG
éumaálgebra de Hopf.Exemplo1.14 Sejam
G
um grupo nito e{p
g
/g
∈ G}
a base de(kG)
∗
, dadapor
hp
g
, h
i = δ
gh
paratodog, h
∈ G
. OespaçoH = (kG)
∗
temumaestruturade álgebra deHopf ommultipli açãosatisfazendo
hp
g
p
h
, l
i = hp
g
, l
ihp
h
, l
i = δ
gl
δ
hl
,
paratodos
g, h, l
∈ G
e1
H
= ε
afunçãoaumentodekG
. A omultipli- açãodeH
étal que∆(p
g
) =
X
h∈G
p
gh
−1
⊗ p
h
e
ε
H
(p
g
) = δ
ge
paratodog, h
∈ G
. Por m, a antípodaS
é dada porS(p
g
) = p
g
−1
, paratodog
∈ G
.Exemplo1.15 Sejam
H
eL
álgebras de Hopf, vejamosque podemos obterumaestruturade álgebrade HopfsobreH
⊗ L
.Já vimos anteriormente que há uma estrutura de biálgebra
sobre
H
⊗ L
. Denimos:b
S : H
⊗ L → H ⊗ L
h
⊗ l
7→ b
S(h
⊗ l) := S
H
(h)
⊗ S
L
(l),
Seja
h
⊗ l ∈ H ⊗ L
, logo,( b
S
∗ I
H⊗L
)(h
⊗ l) = µ
H⊗L
( b
S
⊗ I
H⊗L
)∆
H⊗L
(h
⊗ l)
=
µ
H⊗L
( b
S
⊗ I
H⊗L
)(
P
h
(1)
⊗ l
(1)
⊗ h
(2)
⊗ l
(2)
)
=
µ
H⊗L
(P bS(h
(1)
⊗ l
(1)
)
⊗ (h
(2)
⊗ l
(2)
))
=
P
(µ
H
⊗ µ
L
)(I
H
⊗ σ ⊗ I
L
)(
P
S
H
(h
(1)
)
⊗ S
L
(l
(1)
)
⊗ h
(2)
⊗ l
(2)
)
( b
S
∗ I
H⊗L
)(h
⊗ l)
=
P
S
H
(h
(1)
)h
(2)
⊗ S
L
(l
(1)
)l
(2)
= ε
H
(h)1
H
⊗ ε
L
(l)1
L
= ε
H⊗L
(h
⊗ l)1
H⊗L
.
Analogamente,
(I
H⊗L
∗ b
S) = η
H⊗L
ε
H⊗L
, e seguequeS
b
é a antípodadeH
⊗ L
.Exemplo1.16 Vimos no Exemplo 1.5 que um
k
-espaço vetorialH
om base{c
i
: i
∈ N}
é umabiálgebra. Vejamos quehá umaestrutura de álgebrade HopfsobreH
. Paraisso,denimosaantípodade forma re orrenteda seguinteforma:S(c
0
) = S(1
H
) = 1
H
,
paran = 0.
E,suponhamosque
S
estejadenidaparac
i
, om0 6 i 6 n
− 1
,assim, denimosS(c
n
) :=
−S(c
0
)c
n
− S(c
1
)c
n−1
− · · · − S(c
n−1
)c
1
.
Mostremosque
S
éde fatoaantípoda.(S
∗ I
H
)(c
n
) =
n
P
i=0
S(c
i
)c
n−i
=
n−1
P
i=0
S(c
i
)c
n−i
+ S(c
n
)c
0
(S
∗ I
H
)(c
n
)
=
n−1
P
i=0
S(c
i
)c
n−i
− S(c
0
)c
n
− S(c
1
)c
n−1
− · · · − S(c
n−1
)c
1
= 0 = ε(c
n
)1
H
,
omo queríamos. Analogamente, vemosque
(I
H
∗ S) = ηε
.Noque segue, denimosa noção de pardual para álgebras
deHopfeapresentamosalgumaspropriedadesdaantípoda.
Denição 1.17 Seja
H
umaálgebradeHopfe onsideremosseudual nitoH
0
dado naDeniçãoA.49 . Denimosopar dualentreas
álge-brasde Hopf
H
◦
eH
pelo morsmo:h , i : H
◦
⊗ H → k
hf, ai
7→ f(a).
Proposição 1.18 Sejam
H
eA
álgebras de Hopf om antípodasS
eS
′
respe tivamentee
h , i : H ⊗ A → k
umpardualentreH
eA
,entãohS(h), ai = hh, S
′
(a)
i,
paratodo
h
∈ H
etodoa
∈ A
.Demonstração: Denimosasapli ações
F : H
⊗ A → k
h
⊗ a
7→ hS(h), ai,
G : H
⊗ A → k
h
⊗ A 7→ hh, ai
eJ : H
⊗ A → k
h
⊗ a
7→ hh, S
′
(a)
i.
Mostraremos que
F = J
atravésdo produtode onvolução emHom
k
(H
⊗ A, k)
. Sejah
⊗ a ∈ H ⊗ A
.F
∗ G(h ⊗ a) =
P
hS(h
(1)
), a
(1)
ihh
(2)
, a
(2)
i
=
P
hS(h
(1)
)
⊗ h
(2)
, a
(1)
⊗ a
(2)
i
=
h
P
S(h
(1)
)h
(2)
, a
i
= ε
H
(h)
h1
H
, a
i
= ε
H
(h)ε
A
(a).
Poroutrolado,
G
∗ J(h ⊗ a) =
P
hh
(1)
, a
(1)
ihh
(2)
, S
′
(a
(2)
)
i
=
P
hh
(1)
⊗ h
(2)
, a
(1)
⊗ S
′
(a
(2)
)
i
=
hh,
P
a
(1)
S
′
(a
(2)
)
i
=
hh, 1
A
iε
A
(a)
= ε
H
(h)ε
A
(a).
Portanto,
F
eJ
são inversaspor produto de onvolução deG
, e omo sabemos que essa inversa é úni a, temos queF = J
e onsequentemente,temosnossoresultadodemonstrado.Proposição1.19 Sejam
H
1
eH
2
álgebras de Hopf omantípodasS
1
eS
2
respe tivamente. Sef : H
1
→ H
2
é um morsmo de biálgebras entãoS
2
◦ f = f ◦ S
1
.Demonstração: Consideremos o onjunto
Hom
k
(H
1
, H
2
)
, a idéia é provarmos que(f
◦ S
1
)
∗ f = ηε = f ∗ (S
2
◦ f)
. De fato, para todo((f
◦ S
1
)
∗ f)(h) =
P
(f
◦ S
1
)(h
(1)
)f (h
(2)
)
=
f (
P
S
1
(h
(1)
)h
(2)
)
=
f (ε(h)1
H
1
)
=
ε(h)1
H
2
= ηε(h),
por outrolado,
(f
∗ (S
2
◦ f))(h) =
P
f (h
(1)
)(S
2
◦ f)(h
(2)
)
=
f (h)
(1)
S
2
(f (h)
(2)
)
=
ε(f (h))1
H
2
=
ε(h)1
H
2
= ηε(h).
Se
f
éummorsmodebiálgebrasesatisfaza ondiçãoa ima, dizemosquef
éummorsmodeálgebrasdeHopf.Proposição 1.20 Seja
H
umaálgebradeHopf omantípodaS
. Então (i)S(ab) = S(b)S(a)
paratodoa, b
∈ H
;(ii)
S(1
H
) = 1
H
; (iii)∆(S(h)) =
X
h
S(h
(2)
)
⊗ S(h
(1)
)
paratodoh
∈ H
; (iv)ε(S(h)) = ε(h)
paratodoh
∈ H
.Demonstração: (i)Parademonstrarmos talfato, onsideramosa
ál-gebrade onvolução
Hom
k
(H
⊗ H, H)
edenimosos morsmos:F : H
⊗ H → H
G : H
⊗ H → H
a
⊗ b
7→ S(b)S(a)
M : H
⊗ H → H
a
⊗ b
7→ ab
Aidéiaémostrarmosque
F
∗ M = ηε = M ∗ G
,poisassim, omo ainversapor produto de onvoluçãoé úni a, teremosF = G
e portanto,S(ab) = S(b)S(a)
omoqueremos.Seja
a
⊗ b ∈ H ⊗ H
, logo,(F
∗ M)(a ⊗ b) =
P
F (a
(1)
⊗ b
(1)
)M (a
(2)
⊗ b
(2)
)
=
P
S(a
(1)
b
(1)
)a
(2)
b
(2)
=
P
S((ab)
(1)
)(ab)
(2)
= ε(ab)1
H
= ε(a)ε(b)1
H
= ηε(a
⊗ b).
Domesmomodo,(M
∗ G)(a ⊗ b) =
P
M (a
(1)
⊗ b
(1)
)G(a
(2)
⊗ b
(2)
)
=
P
a
(1)
b
(1)
S(b
(2)
)S(a
(2)
)
=
P
ε(b)a
(1)
S(a
(2)
)
= ε(a)ε(b)1
H
= ηε(a
⊗ b).
(ii)ClaramenteS(1
H
) = S(1
H
)1
H
= ε(1
H
)1
H
= 1
H
.(iii)Consideramosnovamenteaálgebrade onvolução
Hom
k
(H
⊗
H, H)
edenimosos morsmos:Φ :
H
→ H ⊗ H
Ψ : H
→ H ⊗ H
h
7→
P
S(h
(2)
)
⊗ S(h
(1)
)
Mostremos que ambos são inversos por onvoluçãopara
∆
. Sejah
∈ H
,logo,∆
∗ Φ(h) =
P
∆(h
(1)
)Φ(h
(2)
)
=
P
(h
(1)(1)
⊗ h
(1)(2)
)(S(h
(2)
)
(1)
⊗ S(h
(2)
)
(2)
)
=
P
h
(1)(1)
S(h
(2)
)
(1)
⊗ h
(1)(2)
S(h
(2)
)
(2)
=
P
(h
(1)
S(h
(2)
))
(1)
⊗ (h
(1)
S(h
(2)
))
(2)
=
∆(
P
h
(1)
S(h
(2)
))
=
∆(ε(h)1
H
) = ε(h)(1
H
⊗ 1
H
)
=
(η
H⊗H
◦ ε)(h).
Por outrolado,
Ψ
∗ ∆(h) =
P
Ψ(h
(1)
)∆(h
(2)
)
=
P
(S(h
(2)
)
⊗ S(h
(1)
))(h
(3)
⊗ h
(4)
)
=
P
S(h
(2)
)h
(3)
⊗ S(h
(1)
)h
(4)
=
P
ε(h
(2)
)1
H
⊗ S(h
(1)
)h
(3)
= 1
H
⊗
P
S(h
(1)
)h
(2)
= ε(h)(1
H
⊗ 1
H
)
= (η
H⊗H
◦ ε)(h).
Portanto, omooinversopor onvoluçãoéúni o, temosque
Ψ = Φ
eseguequeP
S(h)
(1)
⊗ S(h)
(2)
=
P
S(h
(2)
)
⊗ S(h
(1)
)
. (iv)Defato,ε(S(h)) =
P
ε(S(h
(1)
))ε(h
(2)
) = ε(
P
S(h
(1)
)h
(2)
)
=
ε(ε(h)1
H
) = ε(h)ε(1
H
) = ε(h).
Proposição1.21 Seja
H
uma álgebra de Hopf om antípodaS
. São equivalentes: (i)X
h
S(h
(2)
)h
(1)
= ε(h)1
H
paratodoh
∈ H
; (ii)X
h
h
(2)
S(h
(1)
) = ε(h)1
H
paratodoh
∈ H
; (iii)S
2
= I
H
,emqueentendemosporS
2
a omposição
S
◦ S
.Demonstração: (i)
⇒
(iii)De fato,(S
∗ S ◦ S)(h) =
P
S(h
(1)
)S
◦ S(h
(2)
)
=
S(
P
S(h
(2)
)h
(1)
)
=
S(ε(h)1
H
)
=
ε(h)1
H
.
(iii)
⇒
(i) Sabemos queP
S(h
(1)
)h
(2)
= ε(h)1
H
. Então, apli ando omorsmoS
emambosos ladosdaequação,temosqueε(h)1
H
= S(
X
S(h
(1)
)h
(2)
) =
X
S(h
(2)
)S
◦S(h
(1)
) =
X
S(h
(2)
)h
(1)
.
Porra io ínioanálogo,vemosque(iii)
⇔
(ii).Proposição1.22 Se
H
éumaálgebrade Hopfdedimensãonita en-tãoH
∗
tambéméálgebrade Hopf.
Demonstração: Jávimosnaseçãoanteriorque
H
∗
éumabiálgebra. DenimosS
∗
: H
∗
→ H
∗
h
∗
7→ S
∗
(h
∗
) := h
∗
◦ S
,
emqueS
∗
(h
∗
) : H
→ k
édenidoporS
∗
(h
∗
)(h) := h
∗
(S(h))
. Vejamosque
S
∗
satisfazos axiomasdaantípoda. Defato,
(S
∗
∗ I)(h
∗
)(h)
=
P
(S
∗
(h
∗
(1)
)h
∗
(2)
)(h)
=
P
S
∗
(h
∗
(1)
)(h
(1)
)h
∗
(2)
(h
(2)
)
=
P
h
∗
(1)
(S(h
(1)
))h
∗
(2)
(h
(2)
)
=
h
∗
(
P
S(h
(1)
)h
(2)
)
=
h
∗
(ε(h)1
H
)
=
ε(h)h
∗
(1
H
) = η
H
∗
ε
H
∗
(h
∗
)(h),
emqueη
H
∗
: k
→ H
∗
édadaporη
H
∗
(λ) = λε
eε
H
∗
(h
∗
) = h
∗
(1
H
)
. Claramenteomesmo valeparaI
∗ S
∗
eportanto,
H
∗
éuma
álgebradeHopf omoqueríamos.
AgorapodemosdeniroquevemasersubálgebradeHopfe
idealdeHopf.
Denição 1.23 Seja
H
umaálgebrade Hopf. Um subespaçoA
deH
éditoumasubálgebrade HopfseA
ésubálgebraesub oálgebradeH
eS(A)
⊆ A
.Denição 1.24 Seja
H
umaálgebrade Hopf. DenimosI
oideal de HopfdeH
,seI
éum ideal eum oidealdeH
eS(I)
⊆ I
.Observamos que seI é um idealde Hopf, então abiálgebra
quo iente
H/I
tem uma estrutura natural de álgebra de Hopf, om antípodadadaporS : H/I
→ H/I
edenida porS(x) = S(x)
.En erramosa seção denindouma lasse desubálgebras de
Hopf, hamadas subálgebras normais e apresentamos um resultado
ne essárionoestudo daSeção2.3 enoCapítulo4, equetambémnos
serve de exemplo de ideal de Hopf. Ini iamos notando
H
para
H
éumaálgebradeHopf.Denição 1.25 Uma subálgebra de Hopf
A
deH
é dita normal seHA
+
= A
+
H
, emque
A
+
= A
T
ker(ε
H
)
.Proposição1.26 Seja
A
umasubálgebrade Hopf deH
. SeA
é nor-mal, entãoI = A
+
H
éumidealde Hopf em
H
.Demonstração: Claramente,
I
é um ideal deH
, poisA
é normal. Agora, omoε = (ε
⊗ ε)∆
,notamosquesea
∈ A
+
então∆(a)
∈ A
+
⊗ A + A ⊗ A
+
,
de fato,sejaa
∈ A
+
,então
a
∈ ker(ε)
ea
∈ A
, logo,∆(a)
∈ ker(ε) ⊗
H + H
⊗ ker(ε)
e∆(a)
∈ A ⊗ A
, oqueimpli a em∆(a)
perten era interse çãodesses onjuntos,ouseja,∆(a)
∈ A
+
⊗ A + A ⊗ A
+
,
e onsequentemente,∆(ah)
∈ (A
+
⊗ A + A ⊗ A
+
)(H
⊗ H) = A
+
⊗ H + H ⊗ A
+
.
PortantoA
+
H
é um oideal. Ainda, omo
S(A
+
)
⊆ A
+
,
seguequeaantípodaestabiliza
A
+
H
.
1.3 Módulos de Hopf
Seja
H
um álgebra de Hopf om antípodaS
e sejaM
umpor
ρ : M
→ M ⊗ H
.Denição 1.27 Dizemos que
M
é um módulo de Hopfà direitase o diagrama abaixo omutarM
⊗ H
·
//
ρ⊗∆
M
ρ
// M ⊗ H
M
⊗ H ⊗ H ⊗ H
I
M
⊗τ ⊗I
H
// M ⊗ H ⊗ H ⊗ H
·⊗µ
H
OO
ouseja,seρ(m
· h) =
X
h,m
(m
(0)
· h
(1)
)
⊗ (m
(1)
h
(2)
),
paratodo
m
∈ M
etodoh
∈ H
.Exemplo1.28 Seja
V
umk
-espaço vetorial. DenimossobreV
⊗ H
uma estrutura deH
-módulo à direita dada por(v
⊗ h)g = v ⊗ hg
, e umaestruturadeH
- omódulo àdireitaρ : V
⊗ H → V ⊗ H ⊗ H
dada porρ(v
⊗ h) = v ⊗ h
(1)
⊗ h
(2)
. EntãoV
⊗ H
tem uma estruturadeH
-módulode Hopf. Veriquemosqueρ((v
⊗h)g) =
P
(v
⊗h)
(0)
g
(1)
⊗(v⊗h)
(1)
g
(2)
.ρ((v
⊗ h)g) = ρ(v ⊗ hg)
=
P
v
⊗ (hg)
(1)
⊗ hg
(2)
=
P
v
⊗ h
(1)
g
(1)
⊗ h
(2)
g
(2)
=
P
(v
⊗ h
(1)
)g
(1)
⊗ h
(2)
g
(2)
=
P
(v
⊗ h)
(0)
g
(1)
⊗ (v ⊗ h)
(1)
g
(2)
.
Node orrer do trabalho, veremos mais algunsexemplos de
Denição 1.29 Seja
H
uma álgebra de Hopf e sejamM
eN
doisH
-módulos de Hopf à direita. Dizemos que uma apli ação linearf :
M
→ N
éum morsmo de módulosde Hopf sef
for um morsmo de módulos àdireitaeum morsmo de omódulos àdireita.Denição 1.30 Seja
H
umaálgebrade HopfesejaM
umH
-módulo àesquerdaeumH
- omóduloàdireita.(i)O onjuntodosinvariantesde
H
emM
édadoporM
H
=
{m ∈ M/h · m = ε(h)m
,∀h ∈ H};
(ii)O onjuntodos oinvariantesde
H
emM
édadoporM
coH
=
{m ∈ M/ρ(m) = m ⊗ 1}.
Um resultadopreliminar que tiramos dessas denições
rela- ionao onjuntodos oinvariantesde
H
omo onjuntodosinvariantes deH
∗
em
M
omosegue.Lema 1.31 Seja
H
uma álgebra de Hopfde dimensãonita eM
umH
- omódulo à direita. Consideremos aestruturadeH
∗
-módulo à
es-querdade
M
dada porf ⊲ m =
P
m
(0)
f (m
(1)
)
, então
M
coH
= M
H
∗
.
Demonstração: Mostremosque
M
coH
⊆ M
H
∗
. Sejamm
∈ M
coH
ef
∈ H
∗
, omoρ(m) = m
⊗ 1
H
,temosf ⊲ m
=
P
f (m
(1)
)m
(0)
=
µ(f
⊗ I
M
)σ
◦ ρ(m)
= f (1
H
)
· m
= ε
H
∗
(f )m.
Eportanto,
m
∈ M
H
∗
.
Sejam agora
{h
i
}
base deH
,{h
∗
i
}
abase dual deH
∗
,m
∈
M
H
∗
ef
∈ H
∗
. Por{h
i
}
e{h
∗
i
}
serembases deH
eH
∗
respe tiva-mente,temos que
f :=
P
f (h
i
)h
∗
i
. Assim,f ⊲ m =
X
f (h
i
)(h
∗
i
⊲
m) =
X
f (m
(1)
)m
(0)
.
Logo, omom
∈ M
H
∗
,temos:ρ(m)
=
P
(h
∗
i
⊲
m)
⊗ h
i
=
P
ε(h
∗
i
)m
⊗ h
i
= m
⊗
P
< h
∗
i
, 1
H
> h
i
= m
⊗ 1
H
.
Exemplo1.32 Seja
H
oH
- omódulo omestruturainduzida por∆
. EntãoH
coH
= k1
H
. Defato,sejah
∈ H
coH
,entãoP
h
(1)
⊗h
(2)
= ∆(h) = h
⊗1
H
, oqueimpli aemh =
P
ε(h
(1)
)h
(2)
= ε(h)1
H
∈ k1
H
. Poroutrolado, sejah = α1
H
∈ k1
H
,daí,∆(h) =
∆(α1
H
)
=
α∆(1
H
)
=
α1
h
⊗ 1
H
=
h
⊗ 1
H
⇒ h ∈ H
coH
.
Portanto,H
coH
= k1
H
.Teorema 1.33 (Teorema Fundamental de Módulos de Hopf) Seja
H
uma álgebra de Hopf eM
umH
-módulo de Hopf à direita. Então a apli açãof : M
coH
⊗ H → M
m
⊗ h
7→ mh
éum isomorsmode módulos de Hopf.
Demonstração: NotemosprimeiramentequeoExemploA.5nosgarante
umaestruturade
H
-módulodeHopfàdireitasobreM
coH
⊗ H
. A es-truturadeH
-módulodeHopfsobreM
édadapeloseguintemorsmo:ρ : M
→ M ⊗ H
m
7→
P
m
(0)
⊗ m
(1)
.
Ainda,denimosomorsmo
g : M
→ M
m
7→
P
m
(0)
S(m
(1)
),
quenosauxiliarána onstruçãodainversadomorsmo
f
. Mostremosqueparatodom
∈ M
,g(m)
∈ M
coH
.ρ(g(m))
= ρ(
P
m
(0)
S(m
(1)
))
=
P
(m
(0)
S(m
(1)
))
(0)
⊗ (m
(0)
S(m
(1)
))
(1)
=
P
m
(0)(0)
S(m
(1)
)
(1)
⊗ m
(0)(1)
S(m
(1)
)
(2)
=
P
m
(0)(0)
S(m
(1)
(2)
)
⊗ m
(0)(1)
S(m
(1)
(1)
)
=
P
m
(0)
S(m
(1)
(3)
)
⊗ m
(1)
(1)
S(m
(1)
(2)
)
=
P
m
(0)
S(m
(1)
(2)
)
⊗ ε(m
(1)
(1)
)1
H
=
P
m
(0)
S(ε(m
(1)
(1)
)m
(1)
(2)
)
⊗ 1
H
=
P
m
(0)
S(m
(1)
)
⊗ 1
H
= g(m)
⊗ 1
H
.
Portanto,g(m)
∈ M
coH
.Vistoisso,fazsentidodenirmos omorsmo
F : M
→ M
coH
⊗ H
m
7→
P
g(m
(0)
)
⊗ m
(1)
.
Mostremosque
F
éainversadef
. De fato,sejamm
∈ M
em
⊗ h ∈ M
coH
⊗ H
,logo,f
◦ F (m) = f(
P
g(m
(0)
)
⊗ m
(1)
)
=
P
f (g(m
(0)
)
⊗ m
(1)
)
=
P
g(m
(0)
)m
(1)
=
P
(m
(0)
)
(0)
S((m
(0)
)
(1)
)m
(1)
=
P
m
(0)
S(m
(1)
(1)
)m
(1)
(2)
=
P
m
(0)
ε(m
(1)
)1
H
= m.
Por outrolado,
F
◦ f(m ⊗ h) = F (mh)
=
P
g((mh)
(0)
)
⊗ (mh)
(1)
=
P
g(m
(0)
h
(1)
)
⊗ m
(1)
h
(2)
=
P
g(mh
(1)
)
⊗ h
(2)
=
P
(mh
(1)
)
(0)
S((mh
(1)
)
(1)
)
⊗ h
(2)
=
P
(m
(0)
h
(1)(1)
)S(m
(1)
h
(1)(2)
)
⊗ h
(2)
=
P
m
(0)
h
(1)
S(m
(1)
h
(2)
)
⊗ h
(3)
=
P
mh
(1)
S(h
(2)
)
⊗ h
(3)
=
P
mε(h
(1)
)
⊗ h
(2)
=
P
m
⊗ ε(h
(1)
)h
(2)
=
m
⊗ h.
Porm,devemosverque
f
éummorsmodeH
-módulosde Hopf,istoé,f
émorsmodeH
-móduloeH
- omódulo.Vejamosprimeiramentequeémorsmode
H
-módulos. Sejam
⊗ h ⊗ h
′
∈ M ⊗ H ⊗ H
.· ◦ (f ⊗ I
H
)(m
⊗ h ⊗ h
′
) =
·(mh ⊗ h
′
) = (mh)h
′
=
m(hh
′
) = f (m
⊗ hh
′
)
=
f
◦ (I
M
⊗ µ)(m ⊗ h ⊗ h
′
).
Sejaagoram
⊗ h ∈ M
coH
⊗ H
,entãoρ
◦ f(m ⊗ h) = ρ(mh)
=
P
(mh)
(0)
⊗ (mh)
(1)
=
P
m
(0)
h
(1)
⊗ m
(1)
h
(2)
=
P
mh
(1)
⊗ h
(2)
=
P
(f
⊗ I
H
)(m
⊗ h
(1)
⊗ h
(2)
)
=
(f
⊗ I
H
)(I
M
⊗ ∆)(m ⊗ h),
oquenosdizque
f
éummorsmodeH
- omódulos.Ini iaremos onstruindoateoriadeintegraissobrebiálgebras
eentãoestenderemosos resultadospara asálgebrasde Hopf. Aidéia
deintegraltemorigem,assim omoamaiorpartedateoriadeálgebras
deHopf,nateoriadegrupos,ondeédenido aintegraldeHaarsobre
umgrupo
G
.1.4.1 Integrais sobre Biálgebras
Seja
H
uma biálgebra. EntãoH
∗
possui uma estrutura de
álgebraqueédualdaestruturade oálgebrade
H
, ommultipli ação dadapeloprodutode onvolução.Denição 1.34 Umaapli ação
T
∈ H
∗
é hamadaintegralàesquerda
sobreumabiálgebra
H
seh
∗
∗ T = h
∗
(1
H
)
· T
,para todoh
∗
∈ H
∗
DenimosporR
L
o onjunto dasintegrais àesquerda sobreH
.Antesdevermosalgumaspropriedadeseexemplosdessa
teo-ria,observamos que
T
∈ H
∗
éuma integralà esquerdase, esomente
se,
P
T (h
(2)
)h
(1)
= T (h)1
H
,paratodoh
∈ H
. Defato,sejaT
∈ H
∗
uma integralàesquerda. Então, para
todo