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Academic year: 2021

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TÍTULO: MORADIA ASSISTIDA, UMA ANÁLISE DA INDEPENDENCIA E A RELAÇÃO DE PERTENCIMENTO DOS IDOSOS MORADORES DE UM PROGRAMA HABITACIONAL.

TÍTULO:

CATEGORIA: CONCLUÍDO

CATEGORIA:

ÁREA: CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS

ÁREA:

SUBÁREA: SERVIÇO SOCIAL

SUBÁREA:

INSTITUIÇÃO: FACULDADES INTEGRADAS DE BOTUCATU

INSTITUIÇÃO:

AUTOR(ES): TATIANE MASCHETTI SILVA

AUTOR(ES):

ORIENTADOR(ES): PRISCILA SALES PICOLI

ORIENTADOR(ES):

COLABORADOR(ES): ALESSANDRA MASCHETTI SILVA, NILZA PINHEIRO DOS SANTOS

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MORADIA ASSISTIDA, UMA ANÁLISE DA INDEPENDENCIA E A RELAÇÃO DE

PERTENCIMENTO DOS IDOSOS MORADORES DE UM PROGRAMA

HABITACIONAL. RESUMO

Esta pesquisa teve como objetivo de traçar o perfil socioeconômico, assim como, avaliar a capacidade funcional dos idosos moradores do Programa Vila Dignidade, além de identificar as dificuldades existentes que os idosos possuem no desempenho das tarefas de vida diárias e a relação de pertencimento dos idosos com a moradia no Programa. Foram analisados prontuários individuais, realizada entrevista e roda de conversa com os idosos moradores do Programa Vila Dignidade do munícipio e constatamos que os há predominância do sexo masculino (61,54%), a situação identificada de risco e vulnerabilidade social (34,38%) decorrente da ausência de renda e outras vezes insuficiência dela, residiam (64,29%) em moradias alugadas em situação precária e outros que vivenciavam situação de rua, e foram encaminhados (69,23%) pela Proteção Social Básica. Para tanto o olhar do poder público requer envolvimento entre as equipes interdisciplinares, para a avaliação inclusive da independência e autonomia dos candidatos a moradia, assim como quando do comprometimento de independência e o encaminhamento para outro serviço de acolhimento.

INTRODUÇÃO

A Organização Mundial da Saúde – OMS (2003) define como pessoa idosa, “todo aquele que possui idade igual ou superior a 60 anos nos países em desenvolvimento, e, nos países desenvolvidos pessoas com idade igual ou superior a 65 anos”. Categorização também seguida no Brasil, estabelecida na Política Nacional do Idoso, que considera idosa a pessoa a partir dos 60 anos de idade.

Olhando diretamente para o fenômeno do envelhecimento populacional nos países desenvolvidos, podemos observar que ele acontece de forma acelerada, relacionado com o aumento da expectativa de vida da população e queda da taxa de fecundidade, resultando em uma paisagem demográfica com elevado número de idosos e com diminuição no número de crianças e jovens.

A saúde é considerada um fator fundamental, responsável pelo aumento da longevidade da população, assim de acordo com a OMS (2015) temos que:

“... embora seja assumido muitas vezes que o aumento da longevidade está sendo acompanhado por um período prolongado de boa saúde, existem poucas evidências sugerindo que os adultos maiores de hoje apresentam uma saúde melhor do que os seus pais tinham com a mesma idade. ” (OMS.2015, p.05)

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Podemos observar que nesta fase, os idosos ficam mais suscetíveis a doenças, desenvolvendo com lentidão aos tratamentos e recuperação devido as mudanças físicas internas e externas, assim como, as perdas de capacidade funcional que desenvolvem limitações que são naturais do corpo e da fase em que se iniciou.

Através das transformações ocorridas na sociedade e as modificações de relação entre as gerações, bem como, a produção e institucionalização de medidas especificamente orientadas para a velhice, passou a designar-se por políticas de velhice, entendendo-se que estas. “O conjunto de intervenções públicas, ou ações coletivas, cujo objetivo consiste em estruturar de forma explícita ou implícita as relações entre a velhice e a sociedade”. (Henriques (2014) apud Fernandes (1997 in Martins, 2006 p. 127).

Como resultado dessas transformações, temos que o Brasil com a promulgação da Constituição Federal de 1988 foi um dos primeiros países a implementar políticas de garantia de renda ao trabalhador, sendo assim diversas políticas foram instituídas, tornando-o um dos países com as melhores ações de proteção social aos idosos.

OBJETIVOS

Traçar o perfil socioeconômico, assim como, avaliar a independência dos idosos moradores do Programa Vila Dignidade;

Identificar as dificuldades existentes que os idosos possuem desempenho das tarefas de vida diárias;

Identificar a relação de pertencimento dos idosos com a moradia no Programa Vila Dignidade.

METODOLOGIA

O presente estudo foi desenvolvido junto aos idosos moradores do Programa Vila Dignidade do munícipio, os quais compuseram a amostra constituída por 14 idosos de ambos os sexos, sendo que, no decorrer da pesquisa um idoso foi transferido para outro equipamento, realizada com 13 moradores que representou 92,86% da amostra.

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Realizamos uma visita a Vila Dignidade e explicamos a relevância da pesquisa e verificamos a possibilidade de participação de todos os moradores, sendo agendadas datas e hora para a realização da pesquisa.

Foi aplicado um formulário objetivando avaliação funcional dos idosos, instrumentos estes contidos na Avaliação Geriátrica Ampla (AGA) e que são: Escala de Lawton∕Brodyde atividades instrumentais da vida diária e Índice de Barthel de independência nas atividades básicas da vida diária, e que diferem do exame clinico padrão, mas enfatiza a avaliação da capacidade funcional e da qualidade de vida.

As entrevistas foram feitas no espaço de moradia da Vila Dignidade facilitada pelo contato, e vínculo profissional com os entrevistados. A abordagem aos sujeitos da pesquisa ocorreu no Centro de Convivência da Vila Dignidade por meio da técnica de roda de conversa. Apresentou-se verbalmente aos participantes o Documento de Consentimento Livre e Esclarecido e assinado por todos.

DESENVOLVIMENTO

A Constituição Federal de 1988 estabelece em seu artigo 3◦ que, um dos objetivos da República é “promover o bem de todos, sem preconceito ou discriminação a idade do cidadão”, e assim, podemos observar que houve um grande avanço, inclusive no quesito da seguridade social, que se desvinculou de um conceito trabalhista e assistencialista, passando a ser reconhecido como direito de cidadania.

Podemos observar que, tanto a nível nacional como internacional, a preocupação com a velhice, ou seja, no que diz respeito a proteção ao idoso, o Brasil não economizou no estabelecimento de garantias legais que os contemplem.

Regulamentada pelo Decreto nº 1.948, de 3 de julho de 1996, a Política Nacional do Idoso, foi a primeira política pública destinada, exclusivamente, para a população idosa no Brasil, e após vinte anos de luta entrou em vigor a Lei nº 10.741 de 2003 que aprovou o Estatuto do Idoso. O documento estabelece direitos e o sistema de proteção ä pessoa idosa.

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Estabelece, ainda, a prioridade absoluta às normas protetivas ao idoso, novos direitos e mecanismos de proteção, se constituindo num marco legal de conscientização a população idosa, pois a partir de sua implementação, poderão exigir seus direitos, sendo que, os principais direitos encontram-se no artigo 3º, do Estatuto e que preceitua:

“É obrigação da família, da comunidade, da sociedade e do poder público assegurar ao idoso, com absoluta prioridade, a efetivação do direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, à cultura, ao esporte, ao lazer, ao trabalho, à cidadania, à liberdade, à dignidade, ao respeito e à convivência familiar e comunitária”.

Continuando, o artigo 37 rege que “o idoso tem direito à moradia digna no seio da família natural ou substituta, ou desacompanhado de seus familiares, quando assim o desejar, ou, ainda, em instituição pública ou privada”, e assim através do Decreto nº. 54.285, de 29 de abril de 2009, com nova redação dada pelo Decreto Estadual nº. 56.448/2010, foi instituído o Programa Vila Dignidade que é voltado ao atendimento de idosos independentes, de baixa renda.

O atendimento da Vila Dignidade se estrutura com moradias individuais onde, cada morador deve realizar os seus cuidados diários de forma independente e uma área de lazer compartilhada, sendo que após o encaminhamento do idoso, realizado pela Proteção Social Básica, é executada a triagem pela Assistente Social de referência do Programa, que realiza uma abordagem individual para compreender as necessidades apresentadas, inclusive as que estão relacionadas a saúde seguida de uma avaliação do perfil, de acordo com o estabelecido no regimento interno.

O Serviço Social atua no Programa, nas expressões da questão social, de forma que compreenda o sujeito em sua individualidade porem na sua universalidade. Compreendendo que as demandas trazidas por cada um, podem ser parecidas mas nunca igual, e a realidade que envolve os indivíduos são diferentes.

Assim com o envelhecimento da população idosa, são necessárias atividades que promovam a integração social dos idosos em diferentes espaços sociais que ocupam, objetivando o bem-estar social. Atuando em uma dimensão socioeducativa, desenvolvendo a autonomia dos idosos, frente as novas situações de moradia, regras para o convívio no novo espaço coletivo e estabelecimento de relações sociais. Na

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auto-gestão busca a capacitação dos moradores para as diversas responsabilidades a serem assumidas.

RESULTADOS

Apresentamos uma análise dos resultados obtidos a partir da presente pesquisa, que serão demonstrados através de gráficos, e que facilitam a visualização dos resultados coletados que apontam a importância do Programa Vila Dignidade do munícipio e o sentimento de pertencimento dos idosos

Gráfico 1- Dados referente ao grau de parentesco da pessoa de referência, tipo de renda, tipo de construção, tipo de condição, razoes que motivaram o primeiro atendimento e forma de ingresso na unidade.

Fonte: Pesquisa realizada em MAIO/JUNHO de 2017 com idosos moradores do Programa Vila

Dignidade do Município

Verificamos que 61,54% são do sexo masculino; 35,71% tem como referência o irmão e 14,29% não possui nenhuma referência; 64,29% possuem como renda o Benefício de Assistência Continuada; referente ao tipo de construção que residia antes 78,57% alvenaria, destes 64,29% eram alugadas; referente as razões que motivaram o primeiro atendimento, para 37,50% foi devido a necessidade de moradia e 34,38% a vulnerabilidade social e, referente a forma de ingresso na Unidade, 69,23% foram encaminhados pela Proteção Social Básica.

61,54% 64,29% 78,57% 64,29% 37,50%34,38% 69,23% 35,71% 14,29% Sexo Tipo de Renda Tipo de Construcão Tipo de Condicão

Razoes que motivaram o 1◦ atendimento Forma de ingresso na Unidade

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Dos entrevistados há predominância serem do sexo masculino, sendo que na sua maioria possuem como pessoa de referência o irmão, tendo como renda apenas o Benefício de Assistência Continuada, podemos verificar o baixo nível de seu poder aquisitivo e beneficiados após o atendimento realizado no CRAS de referência. Referente ao tipo de condição de moradia que viviam antes da Vila Dignidade, na sua maioria eram casas de aluguel e construídas de alvenaria, e quanto aos motivos do primeiro atendimento foi devido a necessidade de moradia devido à ausência de renda ou renda insuficiente para prover as despesas e se encontrarem em vulnerabilidade social.

Gráfico 2- Dados referente a Escala de Lawton/Brodyde atividades instrumentais da vida diária: utilização do telefone, fazer compras, preparação das refeições, cuidados da casa, lavagem da roupa, utilização de meios de transporte, manejo da medicação e capacidade de lidar com finanças.

Fonte: Pesquisa realizada em MAIO/JUNHO de 2017 com idosos moradores do Programa Vila

Dignidade do Município

Verificamos quanto as atividades instrumentais da vida diária, 53,85% utiliza o telefone por iniciativa própria; 69,23% realiza todas as compras necessárias independentemente; 46,15% organiza, prepara e serve as refeições sozinho, mas não segue uma dieta; 61,54% mantem a casa sozinho ou com ajuda ocasional (trabalhos

Utiliza o telefone por iniciativa própria Realiza todas as compras necessárias

independentemente Organiza, prepara e serve as refeicoes

sozinho e adequadamente Prepara, aquece e serve as refeicoes,

mas não segue uma dieta adequada Mantém a casa sozinho ou com ajuda

ocasional (trabalhos pesados) Lava sozinho toda sua roupa Viaja sozinho em transporte público ou

conduz seu próprio carro É capaz de tomar a medicacao a hora e

em doses corretas

Encarrega-se de assuntos financeiros sozinho 53,85% 69,23% 46,15% 46,15% 61,54% 76,92% 69,23% 76,92% 69,23%

Capacidade para lidar com financas Manejo da medicacao Utilizacao de meios de transporte Lavagem de roupa Cuidados da casa Preparacao das refeicoes Fazer compras Utilizacao do telefone

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pesados); 76,92% lava sozinho toda a sua roupa; 69,23% viaja sozinho em transporte público ou conduz seu próprio carro; 76,92% é capaz de tomar a medicação a hora e em doses corretas e, 69,23% encarrega-se de assuntos financeiros sozinho.

Constatamos que quanto a realização das atividades instrumentais da vida diária, a maioria dos idosos consegue realiza-las, mas isso não significa que sua independência é total, pois muitas vezes necessita de auxilio, possuindo assim uma relativa autonomia, que deve ser observado constantemente pelo técnico de referência, considerando que sua permanência na moradia, depende de sua autonomia e independência.

Gráfico 3- Dados referente ao Índice de Barthel de independência nas atividades básicas da vida diária: alimentação, banho, atividades rotineiras, vestir-se, sistema urinário, intestino, uso do banheiro, transferência (da cama para a cadeira e vice-versa), mobilidade e escadas.

Fonte: Pesquisa realizada em MAIO/JUNHO de 2017 com idosos moradores do Programa Vila

Dignidade do Município

Verificamos que quanto sua independência, 92,31% para a alimentação; 100% para tomar banho e 92,31% nas atividades rotineiras como: rosto/cabelos/dentes/ barbear; 76,92% para se vestir (incluindo botões, zíper, laços, etc.); 84,62% é

92,31% 100% 92,31% 76,92% 84,62% 100% 100% 92,31% 92,31% 69,23% Escadas Mobilidade Transferencia Uso do banheiro Intestino Sistema urinário Vestir-se Atividades rotineiras Banho Alimentacao

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continente no sistema urinário; 100% relacionado ao intestino, são continente e quanto ao uso do banheiro são independentes (pentear-se, limpar-se), respectivamente; 92,31% são independentes na transferência (da cama para a cadeira e vice-versa) e na mobilidade (em superfícies planas) são independente (pode precisar de alguma ajuda), respectivamente e, quanto as escadas 69,23% são independentes.

Constatamos que os idosos são independentes nas atividades básicas de vida diária, destacando que alguns idosos possuem dificuldades quanto a se vestir, fechar um zíper, um botão e até mesmo amarrar os sapatos e também quanto a subir escadas alguns sentem dificuldades e não conseguem subi-las sozinhos apenas com ajuda de terceiros.

RODA DE CONVERSA

A troca de experiências e as discussões geraram uma posição de desconforto frente às próprias necessidades e desejos, visto que, no processo de reflexão proposta provocou algumas análises de cada morador, para tanto, partimos de seus percursos enquanto moradores da Vila para favorecer o exercício de auto-análise de como se encontram neste modelo de moradia.

Dois dos questionamentos para reflexão foram: Como os idosos descrevem sua moradia? Como foi sua adaptação frente a mudança na lógica de vida?

A análise até aqui construída com os moradores indica um posicionamento estático do grupo, relacionado as mudanças no processo do ambiente de moradia, em que se observa consciência coletiva não incorporada de habitação enquanto política de direito, mas sim a de assistencialismo, pois ao se referirem a sua casa, a caracterizam como sendo “muito boa” mesmo com dificuldade de adaptação as mudanças.

Notamos ainda, que apenas a mudança física não garante a construção da história de vida, da relação do pertencer, pois ela vai além do ambiente. Como veremos abaixo as falas colhidas na roda de conversa que apontam possíveis desvirtuamentos que sinalizam os pontos frágeis, os quais é preciso trabalhar.

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“Não precisa coisa melhor, ta melhor do que eu pensava. Eu tenho ciúmes da minha casa. Eu cuido dela até quando eu posso, quando não posso pago pra limpar (sou doente) mas eu quero bem minha casa, viu?!” (Idoso A) “Me sinto bem, mas talvez to querendo arrumar um lugar pra mim morar, gosto, gostei de vir pra cá, pagava aluguel, eu gosto da minha casa, mas as regras do condomínio...” (Idoso H)

“Acustumemo, tem que acostuma?! Foi difícil, porque até conhecer um e outro e depois aqui não é liberdade igual lá(...) ’’ (Idoso E)

Analisamos que nos relatos não há uma adaptação efetiva dos idosos com a nova forma de morar. Há um estranhamento para com o sistema da moradia assistida por motivo de padrões e regras que visam o bem estar do coletivo. Devido a diversidade cultural, surgem dificuldades na convivência que acabam gerando conflitos internos, sendo necessário a intervenção do Serviço Social para mediação de conflitos.

Dando sequência a roda de conversa, com a finalidade de identificar a relação de laços de amizade e apoio com pessoas do convívio diário propusemos o seguinte questionamento, “Quem você tem como pessoa de sua referência quando necessita de ajuda, inclusive nas situações de emergência com sua saúde?

Nesse instante trazemos a análise do texto o artigo 37 do Estatuto do Idoso que faz referência ao direito à moradia digna (...)’’ para além de um espaço para habitar, mas sim um espaço que proporcione a construção de sua história englobando seus valores, cultura, experiência de vida entre outros componentes necessários que propicie o sentimento de pertencimento.

“Então a gente fica sem saber, porque durante a semana das 7 às 16 tem a coordenadora de segunda a sexta mas e de sábado, domingo e feriado já aconteceu de procurar o porteiro que não é nem porteiro, e pessoas que moram aqui dentro né....então acho que tinha que ter as pessoas certas pra gente procurar de segunda a segunda aqui né ’’ (Idoso M)

Como de acordo com MARICONI

“Pertencimento é quando uma pessoa se sente pertencente a um local ou comunidade, sente que faz parte daquilo e consequentemente se identifica com aquele local, assim vai querer o bem, vai cuidar, pois aquele ambiente faz parte da vida dela, é como se fosse uma continuação dela própria.” (2014, pg.14)

Concluímos diante desta análise que, fatores como a relação entre o curto tempo do Programa e tempo de moradia não foram suficientes para promoção necessária da

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construção de história de vida e reconhecimento com o local (construção de uma história e laços de amizade).

CONSIDERACOES FINAIS

Podemos observar que dos idosos que residem no Programa Vila Dignidade do munícipio, há predominância do sexo masculino, a situação identificada de risco e vulnerabilidade social é decorrente da ausência de renda e outras vezes insuficiência dela, assim como a ausência do vínculo familiar, que agrava a vulnerabilidade.

Não temos dúvida da importância do programa, assim como a necessidade da autonomia e independência para sua permanência no programa, mas não pode o poder público ter claro que quando essa independência for comprometida, ter outro espaço institucional para o acolhimento desse idoso. O olhar do poder público requer envolvimento entre as equipes interdisciplinares, para a avaliação dos candidatos a moradia, assim como sua permanência e avaliação de seus sentimentos de pertencimento ao espaço que ocupa.

FONTES CONSULTADAS

HENRIQUES H. C. P. Os laços da idade- Envelhecimento e ocupação do tempo em Celorico Basto. Universidade do Minho – Instituto de Ciencias Sociais. Dissertacao de Mestrado. 2014.https://repositorium.sdum.uminho.pt/ bitstream/ 1822/34269/1/Disserta %C3% A7%C3%A3o%20Hugo%20Henriques.pdf fernandes in Martins

BRASIL. LEI No 10.741, de 1º de outubro de 2003 - Política Nacional do Idoso. Brasília, DF.

2003. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_ 03/leis/2003/L10.741.htm. Acesso em: 05 mar 2017.

BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil. 1988. Brasília, SP. Disponível em: < http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm>. Acesso em 19 abr. 2017. BRASIL. Decreto nº 54.285, de 29 de abril de 2009. Governo do Estado de São Paulo. São Paulo, SP,29 abr. 2009. Disponível em: <http://www.legislacao.sp.gov.br/ legislacao/dg280202.nsf/5fb5269ed17b47ab83256cfb00501469/8f0ecbcfe6decf64832577eb0 03ff761?OpenDocument>. Acesso em: 22 jan. 2017.

BRASIL. Lei No 10.741, de 1º de outubro de 2003. Brasília, DF. Disponível em:

<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2003/L10.741.htm>. Acesso em: 15 fev. 2017.

Organização Mundial da Saúde. Relatório Mundial de Envelhecimento e Saúde. Genebra, Suíça. Disponível em: <http://sbgg.org.br/wp-content/uploads/2015 /10/OMS-ENVELHECIMENTO-2015-port.pdf>. Acesso em: 04 abr. 2017.

Referências

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