NR-23: PROTEÇÃO CONTRA INCENDIOS (Fogo e extintores).
O fogo é um fenômeno químico denominado combustão. É uma reação química que desprende calor e luz, alterando profundamente a substância que se queima.
Para formação do fogo são necessários três elementos, que reagem entre si.
Combustível: É o elemento que alimenta o fogo e serve de campo para sua propagação. Combustível é tudo que queima, que pega fogo. Os combustíveis podem ser sólidos (madeira, papel, tecidos etc.), líquidos (álcool, gasolina, óleo etc.) ou gasosos (acetileno, butano, metano etc.). Substâncias combustíveis que queimam muito rapidamente são chamadas inflamáveis. É o caso da gasolina, por exemplo, citada anteriormente como combustível líquido.
Calor: É o que dá início ao fogo, mantendo-o e propagando-o pelo combustível. O calor provém de fontes que se encontram ao nosso redor como, por exemplo, a brasa de um cigarro ou a chama de um fogão de cozinha.
Comburente: É o ativador de fogo que dá vida às chamas. O comburente mais comum é o oxigênio, elemento presente no ar que respiramos.
Triângulo do fogo:
Basta juntar o combustível, o comburente e uma fonte de calor, com a intensidade ideal, que teremos como resultado o fogo.
Lembramos que a falta de um desses elementos implicará o não surgimento do fogo e, conseqüentemente, a não manutenção da chama. Ultimamente vem sendo incluído mais um elemento: a reação em cadeia.
A NR-23, que trata de Proteção Contra Incêndio
, estabelece que todas as empresas devem possuir:a) proteção contra incêndios, b) saídas para a rápida
c) retirada do pessoal em caso de incêndio,
d) equipamentos para combater o fogo em seu início e e) pessoas treinadas no uso desses equipamentos.
Para ser bem sucedido na prevenção de incêndios, é preciso, antes de mais nada, ter mentalidade prevencionista e espírito de colaboração.
A melhor medida para prevenir incêndios é evitar a formação do triângulo do fogo, o que pode ser conseguido por meio de algumas medidas básicas, como por exemplo:
Armazenamento adequado de material; Organização e limpeza dos ambientes; Instalação de pára-raios;
Manutenção adequada de instalações elétricas, máquinas e equipamentos.
Além de tornarem o ambiente de trabalho mais agradável, evitam que o fogo se inicie e se propague por um descuido qualquer. Lixo espalhado geralmente é fonte inflamável, podendo ter como conseqüência a ocorrência de incêndios.
Também o setor administrativo deve merecer muita atenção, pois o volume de material combustível, representado por móveis, cortinas, carpetes e forros é muito grande, possibilitando grande risco de incêndio.
Piroforicidade é a propriedade ou tendência de um material ou substância, quando na forma de partículas
finas, apresentando grande área de contato, reagir com o ambiente. Este mesmo material, quando na forma de
uma peça de maiores dimensões, com respectiva menor área de contato, não reagiria com o ambiente. Esta
propriedade leva tais substâncias a atingir a
temperatura de autoignição
a
temperatura ambiente
. Exemplos são
o
sulfeto de ferro (II)
e o metal
urânio
.
O URANIO À temperatura ambiente, o encontra-se no
estado sólido
. É um elemento metálico radioativo
Materiais assim ditos pirofóricos são frequentemente
aquarreativos
assim como irão entrar em ignição quando
em contato com a
umidade
do ar. Eles podem ser manuseados com segurança em atmosferas de
argônio
ou
(com poucas exceções)
nitrogênio
. A maioria dos fogos pirofóricos podem ser extintos com um
extintor de
incêndio Classe D
para metais em chamas.
O árgon/árgão/argão/argónio, encontrado no
estado gasoso
em temperatura ambiente. É o terceiro elemento
da classe dos
gases nobres
, incolor e inerte como eles, constituindo cerca de 1% do
ar
atmosférico. É usado em
lâmpadas fluorescente e em dispositivos ou processos que exigem uma atmosfera inerte.
No âmbito industrial e científico, é empregado universalmente na recriação de atmosferas inertes (não
reagentes) para evitar
reações químicas
indesejadas em vários tipos de operações.
O árgon-39 é usado, entre outras aplicações, para a datação de núcleos de gelo e águas subterrâneas.
Em mergulhos profissionais, o árgon é empregado para inflar trajes (Roupas Secas), por ser inerte e
principalmente por sua pequena conductibilidade térmica, proporcionando um isolamento térmico necessário
para realizar longas imersões em determinadas profundidades quando se respira a mistura de Trimix.
O
laser
de árgon tem usos médicos em odontologia e oftalmologia. A primeira intervenção com laser de árgon
foi realizada por
Francis L'Esperance
, para tratar uma retinopatia em fevereiro de
1968
.
Um exemplo comum de material pirofórico é a pedra de isqueiro, na verdade uma liga de ferro-
cério
, que solta
faíscas quando atritada. Outros exemplos de pirofóricos: metais alcalinos e alcalino-terrosos,
selênio
,
Lussac (sulfato de potássio reduzido por carvão) e o ferro de Magnus (óxido férrico reduzido por hidrogênio),
entre inúmeros outros.
Alumínio: Devido à sua grande
reatividade
química é usado, quando finamente pulverizado, como
combustível
sólido para foguetes e para a produção de
explosivos
. Ainda usado como
ânodo
de sacrifício e em processos de
aluminotermia
para a obtenção de
metais
.
Agente extintor
Somente conhecendo a natureza do material que queima, poderemos descobrir a forma correta de extinguí-lo e utilizar o agente extintor adequado.
Diferentes tipos de materiais provocam diferentes tipos de incêndios e requerem, também, diferentes tipos de agentes extintores.
Em função do tipo de material que se queima, existem quatro classes de incêndios, descritas a seguir.
Classe Tipo de combustível Características Agente
extintor
A
Incêndios envolvendo materiais sólidos que queimam em superfície e profundidade e deixam resíduos. Ex:
madeira, papelão, tecidos, etc.
Água Espuma
B
Incêndios envolvendo materiais líquidos e gasosos, que queimam em superfície e não deixam resíduos (não há formação de brasas).
Gás carbônico Pó químico seco
C
Incêndios envolvendo toda linha de materiais
energizados, isto é, ligados. Ex: motores, equipamentos elétricos, etc.
Com a corrente desligada, este tipo de incêndio passa a ser combatido como se fosse de classe A ou B.
Gás carbônico Pó químico seco
D
Incêndios envolvendo materiais que se inflamam quando entram em contato com o ar.
Ex: magnésio, titânio, zircônio, etc.
Pó químico seco especial Limalha de ferro Grafite Atenção:
Nos fogos classe A, em seu início, poderão ser usados ainda pó químico seco ou gás carbônico. A extinção de incêndios tipo D requer a utilização de pós especiais, de acordo com o metal envolvido no incêndio.
Para extinção do fogo podemos utilizar o sistema hidráulico ou os extintores de incêndio. Sistema hidráulico
O sistema hidráulico é constituído por hidrantes, que são dispositivos existentes em redes hidráulicas, facilmente identificáveis pela porta vermelha com visor, e chuveiros automáticos, que são sistemas de encanamento de água acionados automaticamente quando ocorre elevação da temperatura, evitando a propagação do fogo.
Extintor de incêndio
Os extintores são aparelhos que servem para apagar instantaneamente os princípios de incêndio. De modo geral, são constituídos de um recipiente de metal contendo o agente extintor. Os extintores mais utilizados são: Extintor de Água Pressurizada, Extintor de Gás Carbônico, Extintor de Espuma Mecânica e Extintor de Pó Químico Seco.
Os extintores de incêndio devem ser apropriados para o local a ser protegido.
O acesso ao extintor deve estar desobstruído. O extintor deve estar pressurizado e dentro do seu prazo de validade para recarga.
7.2- TRIÂNGULO DO FOGO:
— COMBUSTÍVEL: é todo elemento capaz de queimar (tudo que queima),serve de propagação do fogo e compreende todo tipo de material que se possa imaginar. Os combustíveis podem ser encontrados no estado sólido, líquido, e gasoso.
Ex.: — Sólido: madeira, papel, tecidos, borracha, carvão, etc. — Líquidos: gasolina, álcool, éter, benzina, tintas, etc.. — Gasosos: metano, propano, acetileno, gás, etc..
— CALOR: é o elemento que dá início a queima, que mantém o incêndio e incentiva sua propagação. — OXIGÊNIO (COMBURENTE): está presente em todos os lugares, é o ar que respiramos, é o elemento que alimenta e intensifica a combustão. O oxigênio é encontrado em nossa atmosfera terrestre em 24% e para existir fogo são necessários apenas 16% de oxigênio.
7.3- MÉTODOS DE EXTINÇÃO — Retirada e Isolamento Material:
Consiste na retirada ou isolamento do combustível, pois se faltar o combustível não haverá substância para queimar.
— Abafamento:
Consiste na eliminação do oxigênio na reação, pois se faltar o comburente (oxigênio), a ação estará incompleta.
7.4- FENÔMENOS DA COMBUSTÃO
— Ponto de fulgor: é a temperatura mínima, na qual os corpos combustíveis começam a desprender vapores que se incendeiam em contato com uma fonte externa de calor, porém, a chama não se mantém devido a insuficiência de quantidade desses vapores.
— Ponto de combustão: é a temperatura mínima, na qual os gases desprendidos dos corpos combustíveis ao entrarem em contato com a fonte externa de calor, entrem em combustão e continuam a queimar.
— Ponto de ignição: é a temperatura mínima, na qual os gases desprendidos dos corpos combustíveis entram em combustão apenas pelo contato com o oxigênio do ar, independente de qualquer fonte de calor.
7.5- CALOR — CARACTERÍSTICAS E TRANSMISSÃO
O calor é uma forma de energia. Daí a denominação de energia calorífica como outras energias, também o calor se transmite, passa de um corpo a outro, de uma substância à outra. O calor se transmite de três maneiras diferentes:
— Condução: condução ou condutividade é o processo pelo qual o calor se transmite diretamente da matéria para a matéria e da molécula para molécula. Uma barra de metal aquecida em uma de suas extremidades, com o passar do tempo a outra extremidade também estará quente, o que ocorreu foi a transmissão por condução, o calor caminhou pela barra em razão do metal ser um bom condutor de calor.
— Convenção: é o processo de transmissão de calor que se faz através da circulação do meio transmissor, gás ou líquido. É o caso da transmissão do calor e as vezes, até de incêndio por intermédio da massa de ar ou de gases quentes, que se deslocam do local do fogo para outros, levando calor suficiente para incendiar corpos combustíveis com que entrem em contato.
— Irradiação: é a transmissão de calor por meio de ondas caloríficas, irradiadas do corpo em chamas que atravessam o ar. É o caso da transmissão do calor solar.
7.6- CLASSES DE INCÊNDIO
CLASSE A — fogo em matérias combustíveis sólidos como: Papel, madeira, tecido, etc..
CLASSE B — fogo em materiais gasosos e líquidos inflamáveis como: Gasolina, graxa, óleo, tintas, G.L.P., thinner, etc..
CLASSE C — fogo em equipamentos elétricos energizados.
CLASSE D — fogo em metais pirofóricos, tais como: Magnésio, potásio, alumínio em pó, etc.. Prevenção contra incêndio
Devemos ter em mente que todos os princípios de incêndio são preveníveis, bastando simplesmente impedir a formação do triângulo do fogo.
Para isto devemos:
— Manter limpeza e arrumação — Manter manutenção
— Efetuar armazenamento correto dos materiais — Eliminar instalações precárias
7.7- AGENTES EXTINTORES
Vários são os agentes extintores usados para combate a incêndios e dentre eles destacamos:
— Água — Espuma
— Gás carbônico — CO2 — Pó químico seco
Água: como agente extintor de incêndio, a água age por resfriamento ou por abafamento. Resfriamento: em forma de jato sólido;
Abafamento: em forma de neblina ou vapor;
Espuma: como agente extintora apaga o fogo por abafamento, porém devido a presença de água que a forma, também tem ação de resfriamento. São de dois tipos:
Química: usada em equipamentos portáteis;
Mecânica: usada em linhas de mangueiras ou sistemas fixos;
Gás Carbônico (CO2): age por abafamento, reduzindo a concentração de oxigênio do ar.
Pó Químico Seco: age por abafamento, formando uma nuvem, evitando o contato de oxigênio com a superfície em chamas;
7.8- EQUIPAMENTOS DE COMBATE A INCÊNDIO 7.8.1- EXTINTORES
São de utilização imediata, servem para extinção de princípios de incêndio e constituem a primeira linha de defesa contra o fogo.
Portáteis: extintores manuais;
Semi-portáteis: extintores sobre carretas; 7.8.1.1- TIPOS:
7.8.1.1.1- EXTINTOR DE ESPUMA:
É constituído de um vasilhame principal, denominado de câmara externa, onde se aloja o bicabornato de sódio, uma tampa e um vaso ou câmara interna, onde é colocado o sulfato de alumínio. Na câmara externa, localiza-se o bico comumente conhecido como esguicho, por onde é liberada a espuma. FUNCIONAMENTO: Para funcionar é necessário a inversão do aparelho, a fim de haverá mistura entre as substâncias e conseqüentemente produção de espuma. Dirigir o jato na lateral do tanque, depósito, etcetera que estiver em chamas;
inversão do extintor
-INDICAÇÃO:
Excelente na Classe “B” Bom na Classe “A” Não usar na Classe “C”
CUIDADOS A SEREM OBSERVADOS: 1- Não inverter o extintor fora do local de uso; 2- Não usá-lo em instalações elétricas energizadas;
3- Não dirigir o jato diretamente sobre o líquido em chamas, pois haverá risco de espalhar o fogo; 4- Não recoloque o aparelho no local costumeiro sem recarregá-lo;
7.8.1.1.2- EXTINTOR DE GÁS CARBÔNICO — CO2:
É constituído de um cilindro de aço, uma válvula e um esguicho difusor, com ou sem mangueira. FUNCIONAMENTO: Basta quebrar o arame de selo de lacração, retirar o pino de segurança e acionar o gatilho, dirigindo o jato para a base do fogo, em forma de varredura avançando lentamente até a eliminação total das chamas.
INDICAÇÃO:
Excelente na Classe “C” Bom na Classe “B”
Não aconselhado na Classe “A”
CUIDADOS A SEREM OBSERVADOS: 1- Não tentar reparar aparelhos defeituosos;
2- Não recolocar no suporte aparelho usado, sem antes recarregálo; 3- Não conservá-lo em locais de elevada temperatura (acima de 40° C); 7.8.1.1.3- EXTINTOR DE PÓ QUÍMICO SECO:
Existem de dois tipos:
— Pressão injetada: consta de dois cilindros: o maior para acondicionamento do pó e o pequeno para o gás repelente.
— Pressurizado: consta de um cilindro onde o pó fica continuamente pressurizado pelo gás repelente e um manômetro que indica a pressão interna do aparelho.
FUNCIONAMENTO:
No de pressão injetada: abrir a válvula do cilindro externo, retirar o pino de segurança, romper o lacre e acionar o gatilho.
No pressurizado: basta retirar o pino e acionar o gatilho. Antes de atacar o fogo, o operador deverá verificar a direção do vento procurando cobrir toda a área atingida com movimentos no sentido varredura.
UTILIZAÇÃO:
Excelente na Classe “B”
Bom na Classe “C”
Não aconselhável na Classe “A”
CUIDADOS A SEREM OBSERVADOS:
1- Não tentar reparar defeitos do aparelho. Comunique à seção de segurança ou responsável;
2- Não recolocar o aparelho no local costumeiro sem recarregá-lo;
7.8.1.1.4- EXTINTOR DE ÁGUA-GÁS: Existem dois tipos:
— Pressão injetada: consta de dois cilindros, um maior para acondicionamento da água e o pequeno para o gás repelente.
— Pressurizado: consta de um cilindro onde a água fica continuamente pressurizado pelo gás repelente e um manômetro que indica a pressão interna do aparelho.
FUNCIONAMENTO:
No de pressão injetada: abrir a válvula do cilindro externo, retirar o pino de segurança, romper o lacre e acionar o gatilho.
No pressurizado: basta retirar o pino de segurança e acionar o gatilho.
Antes de atacar o fogo, o operador deverá verificar a direção do vento procurando atingir a base do fogo, pode-se melhorar a eficiência do jato, mantendo levemente o dedo na frente do jato de água criando a forma de um “leque” de água.
UTILIZAÇÃO:
Excelente na Classe “A” Não usar em Classe “C”
CUIDADOS A SEREM OBSERVADOS:
1- Não tentar reparar defeitos no aparelho. Comunique à seção de segurança ou responsável; 2- Não recolocar o aparelho no suporte sem antes recarregá-lo;
3- Não usá-lo em equipamentos elétricos energizados;
7.8.1.2- INSPEÇÃO EM EXTINTORES
Anualmente todos os extintores devem ser recarregados, com exceção do extintor de CO2, que é
apenas pesado. Se apresentar uma diferença a menor na carga nominal, maior de 10%, deverá ser recarregado. A cada 05 (cinco) anos todos os extintores serão enviados para re-teste (teste hidrostático do cilindro).
7.8.2- INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS CONTRA INCÊNDIO
Estas instalações são construídas para trabalhar com água simples ou adição de espuma e podem ser de dois tipos: automáticas e sob comando. Os pontos de acoplamento das mangueiras de incêndio são chamados de hidrantes. O mais importante é que em cada local de trabalho ou empresa haja pessoas treinadas para manusearem estes equipamentos. Portanto procure informar-se junto aos seus superiores da empresa onde trabalha para que possa participar dos treinamentos da brigada de incêndio. Da mesma forma existe variação do sistema de funcionamento das redes de incêndio e dependendo o tamanho e do grau de risco da empresa, outros tipos de proteções são instalados. Ex.: sistemas de espuma fixo, sprinklers (chuveiros automáticos).
7.8.3- ATITUDES EM CASO DE PÂNICO
— Procure sair dos locais onde haja fumaça, arrastando-se pelo chão; — Se possível, fique sempre em lugares contra o vento;
— Ao abandonar um local feche a porta atrás de si;
— Saia da frente de grupos de pessoas em pânico, se não puder controlá-los; — Não tire as roupas, elas protegem seu corpo;
EQUIPAMENTOS DE COMBATE A INCÊNDIO Pára-raios
Todas as edificações devem possuir a proteção do pára-raios, cuja instalação e manutenção periódica devem ser feitas por especialistas.
Alarme de incêndio
Os alarmes de incêndio podem ser manuais ou automáticos. Os detectores de fumaça, de calor ou de temperatura acionam automaticamente os alarmes.
O alarme deve ser audível em todos os setores da área abrangida pelo sistema de segurança.
A edificação deve contar com um plano de ação para otimizar os procedimentos de abandono do local, quando do acionamento do alarme.
Portas corta-fogo
As portas corta-fogo são próprias para isolamento e proteção das rotas de fuga, retardando a propagação do fogo e da fumaça. Elas devem resistir ao calor por no mínimo 60 minutos.
Rotas de fuga
Corredores, escadas, rampas, passagens entre prédios geminados e saídas, são rotas de fuga e estas devem sempre ser mantidas desobstruídas e bem sinalizadas.
Manutenção adequada de instalações elétricas, máquinas e equipamentos
Elas devem ser projetadas adequadamente e receber manutenção constante. Fios e componentes desgastados devem ser substituídos. Devem ser evitadas, também, as improvisações ou gambiarras, e a realização de serviços na área somente deve ficar a cargo de pessoas capacitadas.
Os equipamentos e máquinas devem receber manutenção e lubrificação periódicas, para evitar o aquecimento que gera calor, colocando em risco o ambiente de trabalho.
HISTORIA
O médico alemão M. Fuchs inventou em 1734 bolas de vidro cheias de um solução salina destinadas a ser atiradas no fogo. O moderno extintor de incêndio automático foi inventado por um militar inglês, o Capitão
George William Manby, depois de ter presenciado um incêndio em 1813 em Edimburgo que começou no quinto andar de um edifício no qual as mangueiras não alcançavam devido a altura da edificação. Nada pode fazer para evitar que o fogo se espalhasse e tomasse o quarteirão.
Vendo tal fato o Capitão George, declarou que convicto que a aplicação de água num momento crítico, mesmo em pequena quantidade, exerce efeito. Porém utilizando uma quantidade muito superior num momento posterior não surtiria efeito pois na velocidade em que as chamas se propagam a destruição é certa.
Em 1816 ele inventou um aparelho cilíndrico de cobre, com sessenta centímetros de altura e capacidade de quinze litros. Era envasado com até três quartos de um líquido que Manby descrevia como fluido anti-chamas como uma solução de potassa cáustica. O espaço restante era cheio de ar comprimido.
No Brasil, o círculo amarelo dentro de um vermelho indica o lugar em que o extintor deve estar.
A distância máxima a ser percorrida por uma pessoa do incêndio até o extintor varia com o risco de incêndio ao qual a construção está exposta. Em locais de risco alto não pode passar de 15 metros, e em locais de risco baixo pode chegar até a 25 metros. Isto orienta os engenheiros a como posicionar os extintores e quantos deles serão necessários.
Em locais de riscos isolados devem ser instalados extintores de incêndio, independente da proteção geral da edificação ou risco, tais como: Casa de caldeira; Casa de bombas; Casa de força elétrica; Casa de
máquinas; Galeria de transmissão; Incinerador; Elevador (casa de máquinas); Ponte rolante; Escada rolante
(casa de máquinas); Quadro de redução para baixa tensão; Transformadores; Contêineres de telefonia; Central de Gás; Gerador; Outros que necessitam de proteção adequada.
O extintor deve estar afixado na parede ou no chão, desde que esteja apoiado em um suporte apropriado. O local onde o extintor está instalado precisa ser sinalizado adequadamente com uma placa. Caso o piso seja rústico, deve haver uma marcação também no piso.
Automóveis também são obrigados a possuírem extintores portáteis adequados para conter um princípio de incêndio em caso de problemas de natureza elétrica ou mecânica.