Prof. Eng. Derig Almeida Vidal
Mestrando em Computação Aplicada, Engenheiro de Produção e Tecnólogo em Automática
Aula 12
A camada de rede – Parte II
IFCE – Campus Cedro Integrado em Informática Redes de Computadores
Mestrando em Computação Aplicada, Engenheiro de Produção e Tecnólogo em Automática
Sumário
• A camada de rede na Internet • O Protocolo IP
– Formato do IP – Endereçamento IP – Sub-redes
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– Sub-redes
– IPs privados e públicos
• NAT — Network Address Translatiom • ARP - Address Resolution Protocol • IPv6
– O cabeçalho principal do IPv6
• Exercícios
A camada de rede na Internet
• Na camada de rede, a Internet pode ser vista como um conjunto de sub-redes ou sistemas autônomos conectados entre si.
• Não existe uma estrutura real, mas diversos
backbones principais, construídos a partir de linhas backbones principais, construídos a partir de linhas de grande largura de banda e roteadores rápidos. • Conectadas aos backbones estão as redes
regionais (nível médio) e conectadas a essas redes regionais estão as LANs de muitas universidades, empresas e provedores de serviços da Internet.
A camada de rede na Internet
Backbones
Redes locais Redes regionais
A camada de rede na Internet
• O elemento que mantém a Internet unida é o protocolo da camada de rede, o IP (Internet
Protocol).
• Ao contrário da maioria dos protocolos da camada de rede mais antigos, o IP foi projetado desde o
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de rede mais antigos, o IP foi projetado desde o início tendo como objetivo a interligação de redes. • A tarefa do IP é fornecer a melhor forma possível
(ou seja, sem garantias) de transportar datagramas da origem para o destino,
independente dessas máquinas estarem na mesma rede ou de haver outras redes entre elas.
O Protocolo IP
• O Internet Protocol, ou simplesmente IP, é um protocolo da camada de rede responsável pelo encaminhamento dos dados numa rede.
• Presta todos os serviços de rede (interconexão, roteamento, endereçamento, fragmentação e
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roteamento, endereçamento, fragmentação e encapsulamento) para as camadas superiores. • É o protocolo base da arquitetura internet e é
utilizado por todos os serviços de aplicação como: páginas, e-mail, transferência de arquivos, gerência de redes, resolução de nomes, dentre outros.
A camada de rede na Internet
• Na Internet, a comunicação funciona da seguinte forma:
1. A camada de transporte recebe os fluxos de dados e os divide em datagramas (máximo de 1500 bytes e cabem em um único quadro Ethernet).
2. Cada datagrama é transmitido pela Internet, talvez fragmentado em unidades menores durante o percurso até o destino.
3. Quando todos os fragmentos finalmente chegam a máquina de destino, eles são remontados pela camada de rede no datagrama original.
A camada de rede na Internet
4. Em seguida, esse datagrama é entregue a camada de transporte, que o insere no fluxo de entrada do processo de recepção.
• Como visto na figura anterior, um pacote originário • Como visto na figura anterior, um pacote originário
do host 1 tem de passar por seis redes para chegar ao host 2. Na prática, esse número freqüentemente é muito maior que seis.
Formato do IP
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Formato do IP
• VER – informa a versão do protocolo. • HLEN – informa o tamanho do cabeçalho
• Service – tem como objetivo idenificar o tipo de serviço para dar preferência no roteamento. Entretanto não foi muito utilizado.
• TTL – indica a quantidade de hops entre transmissor e
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• TTL – indica a quantidade de hops entre transmissor e receptor. O valor é decrementado a cada roteador do caminho.
• Source IP e Destination IP – indica os endereços origem e destino.
• Checksum – serve para verificar a integridade do cabeçalho IP.
Endereçamento IP
• Cada computador conectado a internet possui um endereço IP único e universal composto de 32bits (são usados nos campos Source address e
Destination address dos pacotes IP) e pode ser escrito da seguinte forma:
escrito da seguinte forma:
200.217.69.132
• Tal endereço também pode ser escrito com a seguinte notação binária:
11001000. 11011001. 1000101. 10000100
• Ele se refere a uma interface de rede; assim, se um host estiver em duas redes, ele precisara ter dois endereços IP.
Endereços IP
Endereços IP
Classe Primeiros Bits Endereço Mascara Observações
A 0 127.255.255.2551.0.0.0 até /8
B 10 191.255.255.255128.0.0.0 até /16
Prof. Derig Almeida Vidal IFCE - Cedro 191.255.255.255 C 110 223.255.255.255192.0.0.0 até /24 D 1110 239.255.255.255224.0.0.0 até - Multicast E 11110 247.255.255.255240.0.0.0 até – Reservado
Endereços IP
• Uma máscara de subrede também conhecida como subnet mask ou netmask é um número de 32 bits usado para separar em um IP a parte
correspondente à rede pública, à subrede e aos hosts.
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hosts.
• Uma subrede é uma divisão de uma rede de computadores - é a faixa de endereços lógicos reservada para uma organização.
• A divisão de uma rede grande em menores resulta num tráfego de rede reduzido, administração
simplificada e melhor desempenho de rede.
Endereços IP
• No IPv4 uma subrede é identificada por seu endereço base e sua máscara de subrede. • Por exemplo, a representação /24 indica a
quantidade de bits destinada ao endereço da rede (netid), ou seja, uma mascara /24 pode ser escrita (netid), ou seja, uma mascara /24 pode ser escrita em binário como:
11111111.1111111.1111111.00000000 • Ou em decimal:
255.255.255.0
Endereços IP
• Na criação do endereçamento com classes, um endereço IP era subdividido, de forma fixa, em duas partes, identificador de rede (netid) e identificador de host (hostid).
Classe Primeiro Byte Segundo Byte Terceiro Byte Quarto Byte
A netid hostid hostid hostid
B netid netid hostid hostid
Endereços IP – Exemplo
• O endereço a seguir é da classe C. • Sua máscara de rede é /24.
• Devido a sua classe, apenas o último byte representa o host, o restante representa a rede.
200.217.69.132
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200.217.69.132
• Em binário:
11001000.11011001.01000101.10000100
Identificador da rede Identificador do host
• Existem classes de endereços reservadas que não podem ser consideradas como endereçáveis para acesso na internet, como:
– 127.0.0.0/8 – IP de loopback – 0.0.0.0 – Identificador da rede
– 255.255.255.255 – IP de broadcast (todas as redes) – 10.0.0.0/8, 172.16.0.0/12 e 192.168.0.0/16 – Exemplos
de IPs para redes privadas.
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de IPs para redes privadas.
Sub-redes
• Todos os hosts de uma rede devem ter o mesmo número de rede.
• Essa propriedade do endereçamento IP poderá causar problemas a medida que as redes crescem.
– Por exemplo, imagine uma universidade que começou – Por exemplo, imagine uma universidade que começou
com uma rede da classe B usada pelo departamento de ciência da computação para os computadores em sua Ethernet. Um ano mais tarde, o departamento de engenharia elétrica quis entrar na Internet, e assim comprou um repetidor para estender a rede Ethernet do departamento de ciência da computação até seu edifício.
Sub-redes
– Com o tempo, muitos outros departamentos adquiriram computadores, e o limite de quatro repetidores por rede Ethernet logo foi alcançado.
– Tornou-se necessária uma organização diferente.
• Seria difícil obter um segundo endereço de rede, pois os endereços de rede são escassos, e a pois os endereços de rede são escassos, e a universidade já tinha endereços suficientes para mais de 60.000 hosts.
• O problema é a regra segundo a qual um único endereço da classe A, B ou C se refere a uma rede, e não a um conjunto de LANs.
Sub-redes
• A solução para esses problemas é permitir que uma rede seja dividida em diversas partes para uso interno, mas externamente continue a funcionar como uma única rede.
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Sub-redes
• Assim um endereço classe A que utilizasse o conceito de endereçamento por classes (126.0.0.0/8) teria a possibilidade de 224
dispositivos de rede. Será que existe uma rede desse tamanho?
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desse tamanho?
• Daí surge à necessidade de uma melhor utilização dos endereços IP visando evitar o desperdício. O endereçamento sem classes permite uma maior flexibilização da mascara de rede de acordo com o tamanho da rede.
Sub-redes
• Por exemplo, uma rede 192.168.10.0/24 pode conter 256 possibilidades de IP, das quais:
– 192.168.10.0 – Identifica a rede
– 192.168.10.255 - Corresponde ao IP de difusão (broadcast)
• Assim restando 254 possíveis endereços IPs (192.168.10.1 até 192.168.10.254). Daí nos perguntamos, qual a menor mascara para uma rede com 100 computadores? Num endereço classe C, são reservados 8bits para endereços de host.
Sub-redes
• Mas para 100 computadores precisaríamos de apenas 7bits (27 = 128).
• Assim poderíamos alocar um endereço de host para rede da seguinte forma:
Sub-redes
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Sub-redes
• Note que um endereço de mascara /24 (256 possibilidades) foi subdividido em dois endereços /25. Esta realocação de bits pode ser feita com os bits seguintes e com qualquer mascara inicial.
Mascara Redes Possibilidades Endereços
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Mascara Redes Possibilidades Endereços Possíveis /24 1 256 254 /25 2 128 126 /26 4 64 62 /27 8 32 30 /28 16 16 14 /29 32 8 6 /30 64 4 2
Sub-redes
1. Quantas redes existem na figura abaixo? 2. Supondo que cada rede tenha no máximo 26
computadores, quais seriam as subredes e suas respectivas máscaras?
Sub-redes
• Desta forma, para implementar a divisão em sub-redes, o roteador principal precisa de uma
máscara de sub-rede que indique a divisão entre
o número de rede + sub-rede e o host.
• As máscaras de sub-redes também são escritas em notação decimal com pontos, com a inclusão de uma barra vertical seguida pelo número de bits na parte de rede + sub-rede.
Sub-redes
• No exemplo da Figura, a máscara de sub-rede pode ser escrita como 255.255.252.0
• Uma notação alternativa é /22 para indicar que a máscara de sub-rede tem 22 bits.
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• Onde tem “1” é reservado para a rede e a subrede, já onde tem “0” é reservado para o host.
IPs privados e públicos
• Dentre as 4 bilhões de possibilidades disponíveis, três faixas são reservadas para redes privadas. • Uma rede privada não pode se comunicar
diretamente com redes públicas, como a internet. • Se um dispositivo em uma rede privada deseja
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• Se um dispositivo em uma rede privada deseja acessar a internet, será necessária a utilização de um gateway.
• O gateway é um dispositivo intermediário
geralmente destinado a interligar redes servindo de caminho para elas. Pode também separar domínios de colisão ou mesmo traduzir protocolos.
Exemplos: roteadores, firewalls e Proxy).
IPs privados e públicos
• Normalmente este gateway terá que fazer NAT
(Network address translation).
• A partir de agora, qualquer referência a IPs
privados tem como objetivo informar que o mesmo privados tem como objetivo informar que o mesmo pertence a uma rede que não pode conectar-se diretamente a internet. Tais endereços são comumente utilizados em redes locais (LANs).
NAT — Network Address Translatiom
• Com o compartilhamento de internet entre diversas estações numa LAN saindo por um único gateway, surgiu o problema de como os computadores
pertencentes à esta LAN poderiam receber as respostas aos seus pedidos feitos para fora da respostas aos seus pedidos feitos para fora da rede. Como sabemos, uma LAN com IPs privados (10.0.0/8 ou 172.16.0.0/12 e 192.168.0.0/16) nunca poderiam acessar a internet pois não existem redes com tais faixas de IP e o computador que
recebesse um pedido com um desses números não saberia para onde enviar a resposta.
NAT — Network Address Translatiom
• Desta forma, o gateway responsável pelo acesso à outras redes precisavam traduzir o endereço
interno para um IP público endereçável à internet. • Sendo assim, os pedidos teriam de ser gerados
com um IP global do router.
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com um IP global do router.
• Mas quando a resposta chegasse ao router, seria preciso saber a qual dos computadores presentes na LAN pertencia àquela resposta. A solução encontrada foi fazer um mapeamento baseado no IP interno e na porta local do computador.
NAT — Network Address Translatiom
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NAT — Network Address Translatiom
NAT — Network Address Translatiom
• Com o NAT:
– Não é preciso alocar uma gama de endereços do
ISP (Internet service provider): apenas um
endereço IP é usado para todos os dispositivos; – Podem-se alterar os endereços dos dispositivos na – Podem-se alterar os endereços dos dispositivos na
rede local sem precisar notificar o mundo exterior; – Pode-se mudar de ISP sem alterar os endereços
dos dispositivos na rede local;
– Dispositivos da rede local não são explicitamente endereçáveis ou visíveis pelo mundo exterior (um adicional de segurança).
ARP - Address Resolution Protocol
• Embora na Internet cada máquina tenha um (ou mais) endereços IP, na verdade, eles não podem ser usados para transmitir pacotes, pois o
hardware da camada de enlace de dados não reconhece endereços da Internet.
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reconhece endereços da Internet.
• As placas enviam e recebem quadros com base em endereços Ethernet de 48 bits. Elas nada sabem sobre endereços IP de 32 bits.
• Agora, surge a seguinte pergunta: De que forma os endereços IP são mapeados nos endereços da camada de enlace de dados, como é o caso dos endereços Ethernet?
ARP - Address Resolution Protocol
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ARP - Address Resolution Protocol
ARP - Address Resolution Protocol
• Assim, o Address Resolution Protocol ou ARP é um protocolo usado para encontrar um endereço da camada de enlace (Ethernet, por exemplo) a partir do endereço da camada de rede (como um
endereço IP). endereço IP). Endereço IP 200.192.1.0 Endereço MAC 00:C0:80:23:45:11
IPv6
• É uma evolução do IPv4.
• Busca impedir que os endereços fossem esgotados e de resolver uma série de outros problemas, além de ser mais flexível e mais eficiente.
• O protocolo está sendo implantado gradativamente
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• O protocolo está sendo implantado gradativamente na Internet e deve funcionar lado a lado com o IPv4.
• A longo prazo, o IPv6 tem como objetivo substituir o IPv4, que só suporta cerca de 4 bilhões (4x109) de endereços IP, contra cerca de 3,4x1038
endereços do novo protocolo.
IPv6
• O IPv6 tem endereços mais longos que o IPv4. Eles têm 16 bytes (128 bits), o que resolve o problema que o IPv6 se propõe resolver: oferecer um número ilimitado de endereços na Internet.
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• Outro aperfeiçoamento importante no IPv6 é a simplificação do cabeçalho. Ele contém apenas 7 campos (contra os 13 do IPv4). Essa mudança permite aos roteadores processarem os pacotes com mais rapidez e, dessa forma, melhorar o throughput e o retardo.
O cabeçalho principal do IPv6
• Version: é sempre 6 para o IPv6 (e 4 para o IPv4). Durante o período de transição do IPv4, que provavelmente durará uma década, os roteadores serão capazes de examinar esse campo para identificar o tipo de pacote que eles têm.• Traffic class: faz distinção entre pacotes com diferentes requisitos de entrega em tempo real.
• Flow label: usado para permitir que uma origem e um destino configurem uma pseudoconexão com propriedades e
necessidades especificas. necessidades especificas.
• Payload length: determina o número de bytes que seguem o cabeçalho de 40 bytes.
• Next header: usado para especificar o tipo de informação que está a seguir ao cabeçalho corrente..
• Hop limit: é usado para impedir que os pacotes tenham duração eterna.
• Source address e Destination address: endereço de origem e de destino.
O cabeçalho principal do IPv6
• IPv4 (em decimal):
192.168.0.20
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• IPv6 (em hexa):
8000:0000:0000:0000:0123:4567:89AB:CDEF
Exercícios
1. Discorra sobre OSPF e BGP.
2. Qual a função da máscara de rede? 3. Qual a função do ARP?
4. Quais as vantagens do IPv6 em relação ao IPv4? 5. Quais as desvantagens da utilização de NATs?
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5. Quais as desvantagens da utilização de NATs? 6. Quais as otimizações do protocolo ARP?
7. Cite dois exemplos de aplicações para as quais e apropriado um serviço orientado a conexões. Depois, cite dois exemplos para os quais e mais apropriado um serviço sem conexões.
Exercícios
8. Converta o endereço IP cuja representação hexadecimal e C22F1582 em uma notação decimal com pontos.
9. A máscara de sub-rede de uma rede na Internet e 9. A máscara de sub-rede de uma rede na Internet e 255.255.240.0. Qual e o número máximo de hosts que ela pode manipular?
Exercícios
10.Utilize o comando tracert (no CMD) e observe as rotas para os seguintes endereços:
– www.ifce.edu.br – www.berkeley.edu (California) – www.mit.edu (Massachusetts) – www.mit.edu (Massachusetts) – www.vu.nl (Amsterda) – www.ucl.ac.uk (Londres) – www.usyd.edu.au (Sydney) – www.u-tokyo.ac.jp (Toquio)
Bibliografia
• TANENBAUM, Andrew S. Redes de
Computadores.
• BEZERRA, Romildo Martins. Redes de
Computadores II - A Camada de Rede.
Prof. Derig Almeida Vidal IFCE - Cedro Computadores II - A Camada de Rede.