• Nenhum resultado encontrado

Utilização de ferramentas digitais para o ensino de história

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "Utilização de ferramentas digitais para o ensino de história"

Copied!
50
0
0

Texto

(1)

UNIJUÍ – UNIVERSIDADE REGIONAL DO NOROESTE DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

DHE – DEPARTAMENTO DE HUMANIDADES E EDUCAÇÃO CURSO DE HISTÓRIA - EaD

SIRLAINE REJIANE REHFELD

UTILIZAÇÃO DE FERRAMENTAS DIGITAIS PARA O ENSINO DE HISTÓRIA

IJUÍ 2017

(2)

SIRLAINE REJIANE REHFELD

UTILIZAÇÃO DE FERRAMENTAS DIGITAIS PARA O ENSINO DE HISTÓRIA

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de História – EAD, da Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul – UNIJUÍ, como requisito à obtenção do título de Licencianda em História.

Orientador: Profº Me. Josei Fernandes Pereira

IJUÍ 2017

(3)

UNIJUÍ – Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul DHE – Departamento de Humanidades e Educação

A Comissão Examinadora, abaixo assinada, aprova o Trabalho de Conclusão de Curso

UTILIZAÇÃO DE FERRAMENTAS DIGITAIS PARA O ENSINO DE HISTÓRIA

Elaborado por

SIRLAINE REJIANE REHFELD

Como requisito parcial para a obtenção do título de Licencianda em História

Comissão Examinadora

_______________________________________________________ Profº Me. Josei Fernandes Pereira (orientador) – DHE/UNIJUÍ

_______________________________________________________ Profª Drª. Sandra Maria do Amaral – DHE/UNIJUÍ

(4)

“Quando os ventos de mudança sopram, umas pessoas levantam barreiras, outras constroem moinhos de vento.”

(5)

RESUMO

Este trabalho tem como objetivo mostrar como podemos tornar as aulas de história mais dinâmicas e proveitosas a partir da utilização de ferramentas e arquivos digitais, e como elas podem contribuir para a melhoria do aprendizado desta disciplina de uma forma enriquecedora, além de demonstrar que os professores também podem contribuir para o aprendizado de seus alunos disponibilizando conteúdos gratuitos da e na internet. Para isso foram realizadas pesquisas em artigos disponíveis na internet e em livros que falam a respeito deste tema. Pretendo mostrar com este trabalho, as possibilidades que a internet traz para ensinar história de uma forma mais dinâmica, envolvendo programas, sites, vídeos, documentários, entre outros vários elementos dentro da internet que podem ser utilizados, os desafios que professores e alunos enfrentam na hora de utilizar estas ferramentas e arquivos digitais e também das dificuldades encontradas no ambiente escolar para inserção destas ferramentas digitais, no que diz respeito a infraestrutura das escolas, estado dos equipamentos disponíveis, velocidade da internet e pessoal capacitado para auxiliar os alunos na utilização de computadores e da internet.

(6)

ABSTRACT

The present work aims to show how we can make history classes more dynamic and profitable from the use of digital tools and files, and how they can contribute to the improvement of learning in this subject, in an enlightening way, in addition to demonstrating that teachers can also contribute to the learning of their students by providing free content from and on the internet. For that, research was done on articles available on the internet and in books that talk about the topic. My intention is to show the possibilities that the Internet brings to teach history in a more dynamic way, involving programs, websites, videos, documentaries, among other elements within the internet that can be used, the challenges that teachers and students face in time to use these tools and digital files as well as the difficulties encountered in the school environment for insertion of these digital tools, regarding the school infrastructure, the functionality of the available equipment, Internet speed, and the personnel trained to assist students in the use of computers and from internet.

(7)

LISTA DE FIGURAS

Figura 1 – Página inicial do Google ... 14

Figura 2 – Página do Google Maps ... 15

Figura 3 – Página do Google Tradutor ... 16

Figura 4 – Página do Google Imagens ... 16

Figura 5 – Página do Google Acadêmico ... 17

Figura 6 – Página do Google Livros ... 18

Figura 7 – Página do Google for Education ... 18

Figura 8 – Página do Google Sala de Aula ... 19

Figura 9 – Página do site Brasil Escola ... 20

Figura 10 – Página do site Sua Pesquisa ... 20

Figura 11 – Página do site Toda Matéria ... 21

Figura 12 – Logo do Youtube ... 22

Figura 13 – Página no Youtube do canal Nerdologia ... 22

Figura 14 – Página no Youtube do canal History Channel Brasil ... 23

Figura 15 – Página no Youtube do canal Grandes Civilizações ... 23

Figura 16 – Página no Youtube do canal ProjetoX ... 24

Figura 17 – Página no Youtube do canal Evolucional ... 24

Figura 18 – Página no Youtube do canal de Videoaulas... 25

Figura 19 – Página no Youtube do canal Science Vlogs Brasil ... 26

Figura 20 – Página inicial do Science Vlogs Brasil ... 27

Figura 21 – Mapa do jogo Civilization ... 29

(8)

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO ... 08 CAPÍTULO 1: AS POSSIBILIDADES DA CIBERCULTURA NO ENSINO DE HISTÓRIA ... 11 CAPÍTULO 2: DESAFIOS ENFRENTADOS PELA ESCOLA NO MUNDO DA CULTURA DIGITAL ... 34 2.1 Desafios enfrentados por professores e alunos na utilização de ferramentas digitais no ambiente escolar ... 34 2.2 Dificuldades enfrentadas pela escola na sua adaptação as necessidades que o mundo digital exige ... 42 CONSIDERAÇÕES FINAIS ... 47 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ... 48

(9)

INTRODUÇÃO

Durante muito tempo, a busca por informações/conhecimento nas mais diversas áreas estava restrita apenas a livros e documentos escritos, e também na forma oral. As bibliotecas e os museus estavam sempre no cronograma de estudantes, professores e de outras pessoas que buscavam conhecimento ou material para as aulas ou estudo. Passados alguns anos, as formas de busca pelo conhecimento e informação foram se modificando, devido a popularização do computador e da internet. Com essas ferramentas a busca por qualquer informação tornou-se muito mais fácil e rápida, necessitando apenas alguns cliques para encontrarmos qualquer informação sobre qualquer assunto disponível.

A grande diversidade de informações disponíveis está na rede mundial de computadores, juntamente com alguns programas e equipamentos, podem nos auxiliar na educação escolar, neste caso nas aulas de história. Por meio de programas, sites, vídeos, documentários que são encontrados na internet, a atividade docente pode ser incrementada e potencializada, permitindo a aquisição de conhecimentos espalhados pelo mundo todo em questão de minutos por professores e alunos.

Podemos citar o Youtube, onde estão disponibilizados vídeos referentes aos mais variados assuntos, desde simples postagens de situações do cotidiano, até documentários e filmes sobre os mais diversos assuntos, que qualquer pessoa pode ter acesso; e se gostou de algum desses, pode baixá-lo utilizando programas específicos, que são disponibilizadas de forma gratuita na internet. Por ser uma rede social de livre acesso, que permite que qualquer pessoa faça postagens, é necessário ter muito cuidado com as fontes que consultadas, pois as postagens “aceitam” qualquer tipo de posicionamento, desde aqueles com embasamento teóricos e históricos sérios até aqueles de caráter tendenciosos e preconceituosos, que podem acabar compondo as informações utilizadas no material pesquisado. Por isso devemos verificar muito bem as informações existentes, ensinando nossos alunos a fazer o mesmo.

Isso pode vir a ser de grande valia para os professores das mais diversas áreas em suas aulas, pois permitem transmitir conteúdos de maneira mais diversificada, deixando um pouco de lado a rotina livro do didático/quadro, tornado as aulas mais dinâmicas. O professor pode também direcionar o aluno para algo

(10)

mais especifico, orientando em qual local do ambiente virtual ele pode buscar determinada informação.

Os alunos também podem se beneficiar do ambiente virtual para interagir com seus professores e colegas, utilizando uma mídia social muito popular nos dias atuais, o Facebook, pois a sua praticidade e informalidade se distinguem do modelo convencional do ambiente de sala de aula. Nele, os alunos podem compartilhar assuntos, materiais, vídeos dos conteúdos estudados como forma de adquirir conhecimento e de sanar dúvidas que surgirem. O professor pode participar das discussões nos grupos formados pelos alunos, postando vídeos das aulas e materiais a fim de esclarecer dúvidas e incrementar o conteúdo.

Hoje podemos encontrar qualquer tipo de informação a respeito de qualquer assunto na internet, pois as principais fontes de busca de informação estão dispostas nos sites de buscas e em sites de vídeos, sendo os principais, respectivamente, o Google e o Youtube. O Google é uma empresa que atua online e tem como objetivo organizar toda a informação mundial e torná-la de fácil acesso. Já o YouTube é um site que permite que os usuários coloquem seus próprios vídeos na rede, sendo visualizados por qualquer pessoa no mundo inteiro, além de permitir que usuários coloquem os vídeos em seus blogs e sites pessoais. Falando a respeito do Youtube, qualquer pessoa hoje pode postar um vídeo nele de forma gratuita. Se expandirmos esta ideia, podemos imaginar que qualquer professor pode postar vídeo-aulas para seus alunos, basta que crie um canal para si próprio. Ao mesmo tempo que qualquer professor pode pesquisar no Youtube um vídeo para passar para seus alunos.

Muitos professores desta disciplina já estão reformulando seus métodos de ensinar o conteúdo utilizando filmes, vídeos ou documentários, fazendo com que o ensino, no caso da história, não fique restrito ao que o professor sabe e ao que o livro didático traz, mas permitindo com que os alunos sejam participantes ativos da aula e que, com as ferramentas ideais, possam compartilhar com outros colegas as informações que adquirem nas aulas, fora do ambiente escolar, ajudando a melhorar cada vez mais o seu aprendizado, a medida que permite aos educandos, buscarem informações por conta própria. Por estes motivos é importante discutir as possibilidades de haver, talvez, um modo alternativo de trabalhar as aulas, não só as de história, mas de todas as outras disciplinas, aproveitando os novos horizontes abertos pela internet e pelas ferramentas digitais.

(11)

Alguns professores estão indo mais além, trabalhando com filmes e documentários, enquanto outros já utilizam apresentações em PowerPoint, carregando consigo retroprojetores e notebooks. Hoje já dispomos de meios para disponibilizar e compartilhar conteúdos com os alunos, que ultrapassam os limites da sala de aula. Os alunos baixam vídeos da internet, compartilham documentos e trocam mensagens pelo Facebook.

Não seria razoável supor que alunos e professores pudessem fazer a mesma coisa com os conteúdos das aulas de história? Que os professores pudessem gravar vídeos-aulas, postá-las no Youtube, e seus alunos acessassem através de seu celular ou de seu computador depois da aula como uma forma de revisar o conteúdo? Ou talvez que alunos pudessem usar sites ou programas gratuitos para criarem comunidades para estudos a respeito dos conteúdos trabalhados, mesmo que por curtos períodos de tempo?

(12)

CAPÍTULO 1: AS POSSIBILIDADES DA CIBERCULTURA NO ENSINO DE HISTÓRIA

A internet hoje nos fornece uma diversidade muito grande de informações, tornando possível adquirir de maneira ágil e rápida o conhecimento de praticamente qualquer informação possível. Com o advento da era digital, o conhecimento, as informações e as opiniões se difundiram de tal forma que não existe nada que as pessoas não possam conhecer, apenas utilizando seus celulares ou seus computadores. Segundo Rodolfo F. Alves Pena em seu artigo Era da informação, postado no site Mundo Educação, “A Era da Informação ou Era Digital são termos frequentemente utilizados para designar os avanços tecnológicos advindos da Terceira Revolução Industrial e que reverberaram na difusão de um ciberespaço, um meio de comunicação instrumentalizado pela informática e pela internet”.

As Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC), entre elas a televisão e o computador, vão promover novas possibilidades para a educação e “[...] Quando bem utilizadas, provocam a alteração dos comportamentos de professores e alunos, levando-os ao melhor conhecimento e maior aprofundamento do conteúdo estudado” (KENSKI, 2012, p. 45).

Até pouco tempo atrás a televisão era o meio de comunicação mais eficiente para a difusão de informação. Porém, hoje a internet faz isso de forma muito mais eficiente, pois permite que nos comuniquemos com qualquer pessoa em tempo real, e melhor ainda, nos permite armazenar e compartilhar informações e disponibilizá-las na hora que quisermos para qualquer pessoa disposta a procurar. Há pouco tempo atrás se quiséssemos olhar algum filme ou documentário etc., tínhamos que esperar passar na TV ou ir até uma locadora e procurar algo que era do nosso interesse. Atualmente, a única coisa que precisamos fazer é acessar a internet e, por meio de um site de busca, encontrar o conteúdo que queremos, pois alguém em algum lugar do mundo, em algum momento, armazenou esta informação em um servidor ligado a rede mundial de computadores e o disponibilizou de maneira gratuita ou paga. Se tivéssemos interesse em assistir algum documentário da BBC, do History Channel, ou do NatGeo seria preciso apenas procurar no Youtube, pois provavelmente alguém já o assistiu e o disponibilizou lá, para que outras pessoas também pudessem ver.

(13)

Muitos dos vídeos disponibilizados no Youtube são cópias de séries, filmes e documentários compartilhados irregularmente por usuários; o que é bom, por um lado, pois todos podem ter acesso a aquele material, mas também possui um lado ruim, pois muitos deles possuem direitos autorais. Segundo o site Mundo Educação, em seu artigo sobre Pirataria e o acesso ao consumo, “Nosso Código Penal classifica como crime qualquer reprodução total ou parcial do trabalho de outrem com o objetivo de obter lucro direto ou indireto sem autorização expressa do autor, do intérprete ou de seu representante [...]”. Mas os vídeos postados não podem ser considerados ilegais se foram adquiridos por meio de programas pagos, ou seja, canais privados de TV por assinatura. Nesse caso o usuário estaria apenas disponibilizando gratuitamente para outros aquilo que ele já adquiriu previamente com seu próprio dinheiro, até porque não há como saber exatamente se os donos dos canais ou os responsáveis pelas postagens de determinados conteúdos o fazem de maneira legal ou ilegal, além do mais, não tenho interesse de julgar casos como esse, pois não é esse o foco do trabalho. Apenas destaco que essa prática, ao meu ver, não representa pirataria, mas sim divulgação gratuita de conteúdo, já que não há como provar reprodução ilegal ou ganho ilícito.

Levo em consideração o fato de que prestam um serviço, um auxílio, mesmo que de caráter duvidoso, a outros indivíduos que não tem condições de pagar por uma televisão por assinatura ou comprar um DVD original. Além do mais, algumas escolas, para terem acesso a documentários ou outras formas de informações digitais dependem da boa vontade do Ministério da Educação ou do município, ou do Estado para conseguirem verbas para compra de produtos audiovisuais. Então, não seria falta de caráter um professor fornecer esse tipo de material por conta própria, ou de adquiri-lo por formas que não sejam pagas, legais ou formais. Não tenho intenção de ficar somente neste exemplo, mas ele já é suficiente para ilustrar meu interesse por este tema.

O ciberespaço é muito amplo e com uma gama muito grande de possibilidades. Por ciberespaço podemos entender como um espaço das comunicações por redes de computação, espaço que não existe fisicamente, mas virtualmente. Segundo Levy

(14)

O ciberespaço [...] é o novo meio de comunicação que surge da interconexão mundial dos computadores. O termo especifica não apenas a infra-estrutura material da comunicação digital, mas também o universo oceânico de informações que ele abriga, assim como os seres humanos que navegam e alimentam esse universo (LEVY, 1999, p.17).

A sua existência acabou criando uma nova face da nossa cultura, a cibercultura que, ainda para Levy (1999, p.17), é “[...] o conjunto de técnicas (matérias e intelectuais), de práticas, de atitudes, de modos de pensamento e de valores que se desenvolvem juntamente com o crescimento do ciberespaço”.

No mundo onde a cibercultura é parte integrante da vida das pessoas, do cotidiano delas, não seria exagero afirmar que é quase indispensável a utilização da internet e das ferramentas digitais na educação (neste caso no ensino de história nas escolas), pois elas trazem rapidez e agilidade nos modos de buscar o conhecimento necessário para o aluno, muitas são as ferramentas dispostas no ambiente virtual que podem auxiliar o bom andamento da aula. Mas para que isso ocorra é necessário, como orienta Kenski (2012, p.88), “[...] que se organizem novas experiências pedagógicas em que as TICs possam ser usadas em processos cooperativos de aprendizagem, em que se valorizem o diálogo e a participação permanentes de todos os envolvidos no processo”.

Pois a união das TICs com o ciberespaço oferece um espaço pedagógico cheio de possibilidades e desafios, nas atividades cognitivas, afetivas e sociais tanto de alunos quanto de professores em todos os níveis de ensino. Mas para que isso ocorra

[...] é preciso olhá-los de uma nova perspectiva. Até aqui, os computadores e a internet têm sido vistos, sobretudo, como fontes de informação e como ferramentas de transformação dessa informação. Mais do que o caráter instrumental e restrito do uso das tecnologias para a realização de tarefas em sala de aula, é chegada a hora de alargar os horizontes da escola e de seus participantes, ou seja, de todos (KENSKI, 2012, p.66).

Para Kenski (2012) as redes de comunicação trazem novas e variadas possibilidades para que as pessoas possam se relacionar com os conhecimentos e aprender. Já não é mais um novo recurso a ser anexado a sala de aula, mas de uma verdadeira transformação, que ultrapassa até mesmo os espaços físicos onde a educação ocorre.

(15)

Não há dúvida de que as novas tecnologias de comunicação e informação trouxeram mudanças consideráveis e positivas para a educação. Vídeos, programas educativos na televisão e no computador, sites educacionais, softwares diferenciados transformam a realidade da aula tradicional, dinamizam o espaço de ensino-aprendizagem, onde, anteriormente, predominava a lousa, o giz, o livro e a voz do professor (KENSKI, 2012, p. 46).

Para José Manuel Moran (1997), a Internet trouxe inúmeras possibilidades de pesquisa para professores e alunos, dentro e fora da sala de aula, pois a facilidade de, digitando duas ou três palavras nos serviços de busca, encontrar múltiplas respostas para qualquer tema com uma facilidade muito grande.

O professor da era digital deve saber utilizar os recursos do ambiente virtual em suas aulas para deixá-las mais dinâmicas e mais atualizadas. Temos hoje programas, sites, vídeos, documentários, vários elementos dentro da internet que podemos utilizar. Ele pode direcionar o aluno para algo mais especifico, orientando em qual local do ambiente virtual seus educandos podem buscar determinada informação. Nesse caso, o professor tem um papel fundamental, pois

A aula de História é o momento em que, ciente do conhecimento que possui, o professor pode oferecer a seu aluno a apropriação do conhecimento histórico existente, através de um esforço e de uma atividade com a qual ele retome a atividade que edificou esse conhecimento. [...] (SCHIMIDT, 2002, apud PAVANATI e SOUZA, 2011, p. 11).

O recurso hoje mais utilizado para buscar informação na internet é o Google. Segundo o site Significados “O Google surgiu no ano de 1998, como uma empresa privada, e com a missão de organizar a informação mundial e torná-la universalmente acessível e útil”.

Figura 1 – Página inicial do Google

(16)

Através desta ferramenta de busca é possível encontrar de maneira fácil e rápida qualquer site que se deseje, inclusive sites dedicados à alunos e professores, que contem conteúdos próprios para eles.

Mas não é somente informação que ele disponibiliza, ele também dispõem de outras ferramentas, uma delas é o Google Maps. Nele é possível descobrir a localização de qualquer lugar, digitando o endereço que se quer encontrar com a ajuda de um satélite, ela também dá informações a respeito do trânsito e do relevo do local, sendo de fácil manuseio. Podemos utilizá-lo em aula para mostrar aos alunos onde esta localizado determinado local que posteriormente será estudado, como podemos ver na imagem a seguir, o mapa da cidade de Ijuí/RS.

Figura 2 – Página do Google Maps

Fonte: Reprodução da internet

Outra ferramenta também disponibilizada é o Google Tradutor. Com ele é possível traduzir textos de qualquer idioma para outro, contando com mais de cem idiomas diferentes. Podendo também ser utilizada para traduzir um texto que se deseja passar aos alunos.

(17)

Figura 3 – Página do Google Tradutor

Fonte: Reprodução da internet

Também podemos contar com o Google Imagens, que nos permite buscar qualquer tipo de imagem que se deseja. Sua utilização em sala de aula pode contribuir para que os alunos conheçam personalidades da história e até as vestimentas de povos antigos, como podemos ver na imagem a seguir, imagens sobre a independência do Brasil.

Figura 4 – Página do Google Imagens

Fonte: Reprodução da internet

Outra forma de se conseguir informação é através do Google Acadêmico, que disponibiliza ferramentas específicas para que alunos, estudantes universitários,

(18)

professores e pesquisadores busquem e encontrem literatura acadêmica. Artigos científicos, teses de mestrado ou doutorado, livros, resumos, bibliotecas de pré-publicações e material produzido por organizações profissionais e acadêmicas. Como podemos ver na imagem a seguir uma pesquisa realizada sobre o tema tecnologias na educação.

Figura 5 – Página do Google Acadêmico

Fonte: Reprodução da internet

O Google Livros é outra ferramenta em que são disponibilizadas milhares de obras públicas on-line. Os livros que já estão em domínio público estão disponíveis por completo, obras mais recentes podem ser encontradas de duas formas: trechos dos livros ou apenas informações técnicas e resenhas feitas por usuários. Existe uma parceria entre a empresa com as editoras e autores, em que são disponibilizadas algumas páginas para visualização antes delas irem para domínio público. Também coloca opções de compras do leitor, com links que direcionam para sites de venda e bibliotecas que possuem o livro procurado. Como podemos ver na imagem a seguir uma pesquisa realizada sobre o livro “Educação e tecnologias: o novo ritmo da informação”.

(19)

Figura 6 – Página do Google Livros

Fonte: Reprodução da internet

Outra ferramenta que é disponibilizada e que pode ser utilizada pelos professores, alunos e pela escola é o Google for Education, uma solução tecnológica desenvolvida para facilitar a vida de professores e alunos dentro e fora das salas de aula, a qualquer hora e a partir de qualquer dispositivo móvel conectado à internet. Englobando diversas ferramentas educacionais gratuitas, tendo como objetivo aperfeiçoar o ensino e envolver ainda mais os estudantes, principalmente, crianças e adolescentes.

Figura 7 – Página do Google for Education

(20)

Uma dessas ferramentas disponibilizadas pelo Google for Education é o Google Sala de Aula, ele é um serviço gratuito para escolas, que qualquer pessoa com uma conta do Google pessoal pode utilizar. Com ele os alunos e professores se conectam facilmente, dentro e fora de escolas. Ele bem é simples de usar, sendo que o usuário cria uma sala de aula, adiciona os alunos por email, elabora tarefas para eles, sendo possível também anexar links e arquivos, e adicionar uma data de conclusão, dessa forma, a tarefa entra na agenda compartilhada da sala, o aluno anexa o trabalho pronto e envia para o professor.

Figura 8 – Página do Google Sala de Aula

Fonte: Reprodução da internet

O Google disponibiliza muitas outras ferramentas que podem ser utilizadas em sala de aula, elenquei aqui as mais conhecidas e utilizadas. Há também outros sites que podem ser muito úteis, como veremos nos exemplos a seguir.

Site Brasil Escola: Este site tem como principal objetivo a divulgação

autorizada de trabalhos fornecidos por autores de obras de interesse acadêmico em geral, bem como de material acadêmico próprio, tendo em vista os mesmos fins.

(21)

Figura 9 – Página do site Brasil Escola

Fonte: Reprodução da internet

Site Sua Pesquisa: Segundo informações do próprio site, ele tem como

principal objetivo divulgar conhecimentos científicos, históricos, artísticos e culturais. Os textos são elaborados por especialistas de diversas áreas do conhecimento. Todos os textos são originais e não cópias de enciclopédias ou de outros sites. Utilizam um design simples e uma linguagem didática para que todos possam entender corretamente as informações.

Figura 10 – Página do site Sua Pesquisa

(22)

Site Toda Matéria: é um site com conteúdos escolares destinados ao apoio à

educação, onde alunos e professores podem utilizar livremente para fins escolares todos os conteúdos disponíveis nele.

Figura 11 – Página do site Toda Matéria

Fonte: Reprodução da internet

Outro recurso que é muito utilizado para divulgação de conteúdos na internet através de vídeos, são os Vlogs. Segundo o site Significados “Vlog é a abreviação de videoblog (vídeo + blog), um tipo de blog em que os conteúdos predominantes são os vídeos”. O que difere o Blog de um Vlog é o conteúdo que é publicado, no Blog são publicados textos e imagens, já no Vlog são publicados vídeos sobre os assuntos que se deseja.

Um exemplo de site em que os usuários da internet mais utilizam para publicar seus vídeos é o Youtube, que também é uma ferramenta interessante e de extrema importância, a meu ver para a educação escolar, pelo menos no que tange as aulas de historia. Segundo Tiago Dantas, em seu artigo “Youtube” no site Brasil Escola, “A palavra “youtube” foi feita a partir de dois termos da língua inglesa: “you”, que significa “você” e “tube”, que provêm de uma gíria que muito se aproxima de “televisão”. Em outras palavras seria a “televisão feita por você” [...]. Sendo esta a principal função do site permitir que os usuários coloquem seus próprios vídeos, assistam e compartilhem vídeos em formato digital.

(23)

Figura 12 – Logo do Youtube

Fonte: Reprodução da internet

Existem vários canais no Youtube que disponibilizam vídeos diários, semanais ou mensais, que podem ser úteis aos professores e alunos, na medida em que ajudam compreender e estudar os conteúdos trabalhados em sala de aula. Como exemplos podemos citar alguns:

Canal Nerdologia: Este canal disponibiliza vídeos de história, biologia, física,

química, engenharia, geologia e tecnologia com o Nerdologia Tech, utilizando para isso uma linguagem de fácil entendimento a todos, todas as terças e quintas-feiras.

Figura 13 – Página no Youtube do canal Nerdologia

Fonte: Reprodução da internet

Canal History Channel Brasil: Neste canal são disponibilizados diversos

(24)

Figura 14 – Página no Youtube do canal History Channel Brasil

Fonte: Reprodução da internet

Canal Grandes Civilizações: Este canal disponibiliza vídeos em forma de

animação sobre civilizações antigas.

Figura 15 – Página no Youtube do canal Grandes Civilizações

Fonte: Reprodução da internet

Canal ProjetoX: Este canal traz vídeos onde professores explicam diversos

(25)

Figura 16 – Página no Youtube do canal ProjetoX

Fonte: Reprodução da internet

Canal Evolucional: Este canal disponibiliza vídeos dos mais variados

conteúdos, tendo como objetivo principal a utilização da tecnologia para a produção de simulados presenciais alinhados ao ENEM, para avaliar estudantes em relação à suas competências e habilidades, além de prepará-los para o exame.

Figura 17 – Página no Youtube do canal Evolucional

(26)

Canal das Vídeoaulas: Neste canal são disponibilizadas listas de canais

existentes que contém vídeo aulas sobre os mais diversos conteúdos, tendo como público-alvo alunos do ensino fundamental e médio, professores e estudantes universitários.

Figura 18 – Página no Youtube do canal de Videoaulas

Fonte: Reprodução da internet

Criar uma conta no Youtube é simples e fácil, basta seguir alguns passos. Para fazer este cadastro é necessário entrar no site do Youtube, clicar em “Fazer Login” preencher os campos solicitados, lembrando que só são aceitas inscrições de pessoas maiores de 18 anos ou com autorização legal dos responsáveis, estar ciente dos termos de serviço do Google e dos termos de uso do Youtube e clicar no botão “Aceito” para ter sua conta criada. Caso já possua uma conta no Google pode fazer o login no site com sua senha e e-mail do Google, que ele irá entrar automaticamente. Após isso você já pode adicionar seus vídeos, criar listas de reprodução de vídeos favoritos e muito mais, se você tiver mais alguma dúvida, pode consultar os artigos de ajuda do Youtube. Há sites que ensinam de maneira simples como criar um canal, desde da criação até como inserir um vídeo nele.

No entanto, no mesmo local em que encontramos ótimos conteúdos, cujos indivíduos que os postam estão comprometidos com informações imparciais, assuntos sérios, de relevância acadêmica, escolar, científica etc., existem aqueles que disponibilizam conteúdos de fontes duvidosas, descompromissadas, mal-intencionadas, única e exclusivamente com o intuito de atrair “likes” para manter

(27)

seus canais ou sites. São conteúdos com informações equivocadas ou falsas, que não possuem um embasamento teórico ou que acabam prejudicando a credibilidade de outros canais que se dedicam em prestar uma informação corretas e sérias, transformando um espaço virtual que tem o compromisso de informar, em um espaço de informações desencontradas e dúvidas, de pouca credibilidade.

Com a intenção de deixar as informações mais confiáveis, foi criado um projeto que visa divulgar a informação científica, chamado de SCIENCEVLOGS Brasil, uma rede colaborativa que criou um selo de qualidade científica, onde os melhores canais científicos do Brasil, das mais diferentes áreas, reúnem-se para garantir a certeza da excelência dos conteúdos que são compartilhados.

O projeto possui um canal no Youtube e um site que explica o que é o projeto e quais são os canais associados a ele. Segundo os responsáveis pelo canal

Em um meio onde a propagação de desinformação e a pseudociência são difundidas rapidamente, alimentadas por desonestidade e ignorância, é importante que haja forma de facilitar que o público possa separar o joio do trigo. Tornou-se urgente identificar quem divulga ciência com seriedade, e é esta a missão do SVBr! (Disponível em

https://www.youtube.com/watch?v=6YFLjgOpR3w).

Figura 19 – Página no Youtube do canal Science Vlogs Brasil

(28)

Figura 20 – Página inicial do Science Vlogs Brasil

Fonte: Reprodução da internet

Além dos sites de buscas de conteúdos e de vídeos podemos nos beneficiar ainda mais do ambiente virtual para aprender, pois ele disponibiliza um outro recurso muito popular nos dias atuais, o Blog, que na condição de mídia social, é uma ferramenta que cria, como nos fala Franco (2005, apud MÜLLER e LAMBERTY, s.d., p. 7) “[...] um excelente contexto de comunicação mediada por computador para expressão individual e interações colaborativas no formato de narrativas e diálogos”. Este tipo de ferramenta apresenta como características

a possibilidade de publicação instantânea, em entradas cronologicamente inversas, permitindo a divulgação de textos, imagens, músicas, a capacidade de arquivamento de mensagens anteriores, disponível ao leitor, além de hiperlinks, que tanto podem, complementar o assunto em debate, quanto relacionar um blog a outros blogs (FRANCO, 2005, apud MÜLLER e LAMBERTY, s.d., p. 7).

Os Blogs são muito fáceis de serem criados, há muitos sites que ensinam de forma simples como fazer e administrar um Blog, que os hospedam de forma gratuita ou paga. Os conteúdos possuem uma infinidade de assuntos desde piadas, notícias, poesias, tudo que a imaginação do autor permitir. Na área da educação

(29)

[...] os blogs podem servir como espaços construídos por todos os participantes de uma disciplina. Também é possível que cada aluno tenha seu blog no site da escola, ou seja, seu diário escolar pessoal. Nele, os estudantes podem colocar resumos, anotações, exercícios e tudo o que for de seu interesse. Em interação com outros alunos e demais pessoas que visitem as páginas, podem receber informações e oferecer colaboração para a realização das atividades escolares [...] (KENSKI, 2012, p. 122).

Outra mídia social que também pode ser utilizada é o Facebook, sendo uma das redes sociais mais utilizadas em todo o mundo. É um espaço de encontro, discussão de ideias, sendo provavelmente, a mais utilizada entre os estudantes. Nele é possível criar grupos onde as pessoas tem um espaço para conversar com outras pessoas que se interessam pelos mesmos assuntos, sendo possível personalizar as configurações de privacidade de cada grupo. Neles, as pessoas podem publicar atualizações, compartilhar fotos e arquivos e organizar eventos.

Para compartilhar vídeos no Facebook é bem simples, é só clicar em “Foto/vídeo” na parte superior do “Feed de Notícias” ou da “Linha do Tempo”, escolher o vídeo que se quer compartilhar, clicar em “Publicar”, o vídeo será processado pelo site e o mesmo avisará quando estiver pronto para a visualização, após isso o vídeo poderá ser acessado, selecione “Editar” para poder colocar um titulo, marcar os amigos para visualizá-lo ou uma descrição.

Neste sentido, por ser popular e informal, esta mídia social pode ser utilizada como um espaço além da sala aula, pois nela os estudantes poderão compartilhar assuntos, materiais, vídeos dos conteúdos estudados como forma de adquirir conhecimento e de sanar dúvidas que surgirem, o professor pode participar da comunidade também postando vídeos das aulas e materiais a fim de esclarecer dúvidas e incrementar o conteúdo.

Há também um outro recurso tecnológico que pode ser um aliado do professor de história, os jogos. Pois a partir do surgimento da indústria de videogames e do avanço da internet, eles se tornaram muito populares entre os jovens de todas as idades. Muitos deles são baseados em acontecimentos ou períodos históricos e que podem ser utilizados em aula. Pois estes jogos possuem

[...] uma série de recursos que permitem personalizar o ensino de acordo com as necessidades de cada aluno, reforçando o conceito de aprendizado adaptativo. E esse é o grande impacto dos jogos na educação. Em vez do tédio de anotar e decorar as matérias, de modo repetitivo, os alunos são provocados a buscar respostas e a criar caminhos para solucionar desafios associados com conteúdos didáticos (ALLAN, 2015, p. 94).

(30)

Podemos citar o exemplo do jogo Civilization, que é uma série de jogos de computador, criado por Sid Meier, do gênero de estratégia por turnos, tendo como objetivo desenvolver um grande império desde o início dos tempos, quando os primeiros seres humanos deixam de ser nômades e constituem uma civilização. O jogador vai evoluindo sua civilização descobrindo: a roda, literatura, matemática, o bronze, o ferro, arquitetura, etc. O jogador concorre com diversas outras civilizações que podem tornar-se aliadas ou inimigas.

A imagem a seguir é de um mapa do jogo que mostra várias características de terreno, bem como unidades, cidades e cidades-estados.

Figura 21 – Mapa do jogo Civilization

Fonte: Reprodução da internet

Outro jogo que também pode ser utilizado é a série de games Age of Empires desenvolvido pela Ensemble Studios e lançado pela Microsoft Games. Considerado um game do gênero estratégia em tempo real, faz uso da simulação histórica, admitindo jogo em rede ou online pela Internet. Até agora foram criadas simulações para estratégia em vários momentos históricos diferentes.

Como podemos ver na imagem a seguir, uma representação do Coliseu romano.

(31)

Figura 22 – Representação do Coliseu romano no jogo Age of Empires

Fonte: Reprodução da internet

Desta forma, como enfatiza Arruda (2009, apud PAVANATI e SOUSA, 2011, p. 10) “o que mais estimula o jovem é o poder que ele tem de transformar os objetos, a História, as organizações específicas do jogo. Sua ação modifica o curso dos acontecimentos”. Pois, os jogos digitais transformam “os jovens em estrategistas de um enredo construído por suas mentes”. Assim eles se transformam em personagens históricos do passado da humanidade.

Estão presentes também no universo da internet, filmes e documentários, que são de grande valia para o ensino de história. Podendo ser exibidos de forma integral ou com recortes.

Os filmes geralmente são baseados em fatos históricos, podendo ou não serem fiéis a eles. Desta forma a sua utilização em sala de aula deve obedecer a alguns critérios, pois para Kenski (2012, p.87) [...] “A simples apresentação de um filme [...] – sem nenhum tipo de trabalho pedagógico anterior ou posterior à ação – desloca professores e alunos para uma forma receptiva e pouco ativa de ensino”.

(32)

Assim a sua utilização deve estar direcionada

[...] ao tipo de aluno, ao conteúdo que se quer trabalhar e aos objetivos de aprendizagem que se pretende alcançar. É preciso uma preparação prévia dos alunos para “olharem” o filme, colocarem-se em atenção e predisposição para a observação e análise crítica do que vai ser visto. É preciso, depois, canalizar todo o envolvimento dos estudantes com as cenas vistas para a formulação de debates, conversas e atividades comunicativas entre eles, de forma que orientem a reflexão sobre o conteúdo que deve assimilado e trabalhado criticamente. Outras atividades posteriores vão orientar o caminho que os levará das experiências observadas no filme aos processos de construção e de sistematização das próprias aprendizagens (KENSKI, 2012, p.86).

Deste modo, a utilização criteriosa do filme em conjunto com o conteúdo estudado, como nos diz Sandre (s.d., p.8),“ [...] fará com que os alunos aprendam o conteúdo além das datas e notas, observem as relações sociais historicamente, e vejam o filme como diferente do documentário histórico, pois seu compromisso maior é com a ficção aliada a uma narrativa histórica sem necessariamente estar atento aos seus detalhes [...]”.

Tudo isso também se aplica aos documentários, devemos seguir os mesmos critérios para a utilização do mesmo. Pois, como afirma Sandre (s.d., p.6) [...] “a utilização de pequenos documentários científicos [...], uma vez que por serem menores do que um filme maior, conseguem dialogar com o conteúdo da aula de maneira resumida e interativa contribuindo também para a ampliação do conhecimento dos alunos”.

Desta forma você pode despertar o interesse do aluno pela história com algo que já está presente em seu cotidiano, algo que não acontece muitas vezes lendo um livro didático, não quero tirar o mérito das fontes históricas como livros, escritos e afins, podemos aliá-los junto com os meios digitais para que as aulas de história se tornem algo muito mais interessante. É importante dizer que

As tecnologias são muito importantes e têm contribuído para algumas mudanças no ensino e na aprendizagem. Mas elas, por si só, não alterarão o nosso modelo de escola. Se perdermos o sentido humano da educação, perdemos tudo. Só um ser humano consegue educar outro ser humano. [...] (NÓVOA, 2010, apud XERRI, 2013, p. 1277).

Muitos professores estão utilizando o Youtube para gravar conteúdos escolares em forma de vídeo-aulas, disponibilizando as mesmas em seus canais para qualquer um que tenha acesso. Os alunos podem utilizar estes vídeos como

(33)

um reforço, que pode ser acessado depois da aula em um computador em casa ou em um celular. Seus próprios professores podem gravar as aulas previamente, e depois orientar para que seus alunos assistam. Neste ponto a tecnologia se torna uma grande aliada de professores e de alunos, a medida que amplia as possibilidades de alcance da informação, ultrapassando as barreiras da própria sala de aula. Assim

[...] O uso criativo das tecnologias pode auxiliar os professores a transformar o isolamento, a indiferença e a alienação com que costumeiramente os alunos frequentam as salas de aula, em interesse e colaboração, por meio dos quais eles aprendam a aprender, a respeitar, a aceitar, a serem pessoas melhores e cidadãos participativos. [...] aproveitar o interesse natural dos jovens estudantes pelas tecnologias e utilizá-las para transformar a sala de aula em espaço de aprendizagem ativa e de reflexão coletiva; capacitar os alunos [...] para a produção e manipulação das informações e para o posicionamento crítico diante dessa nova realidade (KENSKI, 2012, p.103).

Dessa forma muitos alunos podem chegar em casa depois da aula e dar uma recapitulada no conteúdo que foi trabalhado naquele dia, por meio de vídeos postados pelos próprios professores no Youtube, ou tirar dúvidas em tempo quase real, com outros colegas por meio do Facebook; e estudar os conteúdos trabalhados com o auxílio de materiais de apoio lançados no blog da turma, ou em um vídeo no Youtube. Dessa forma

Esses alunos se sentirão muito mais motivados a frequentar as aulas se puderem usar a tecnologia para estudar dentro e fora da escola, quando e onde quiserem, seja fazendo pesquisas em sites de busca e bibliotecas virtuais ou gravando vídeos para apresentar projetos. O mesmo vale para o compartilhamento de conteúdos, solução de dúvidas em comunidades online ou brincar em um quiz para testar seus conhecimentos sobre a Segunda Guerra Mundial (ALLAN, 2015, p. 76).

Mas não só os professores estão utilizando estes tecnologias, muitos estudantes estão criando blogs e vídeos sobre os assuntos que os interessam e disponibilizando na internet para que todos possam ver, dessa forma acabam ajudando colegas, amigos e até os professores sobre assuntos em que tinham pouco ou nenhum conhecimento. Pois como Kenski afirma

(34)

[...] são inúmeros os casos de jovens que, [...], abrem-se para o espaço das redes, aprendem sozinhos a descartar o que é irrelevante, a relacionar dados aparentemente díspares, a construir suas próprias páginas e seus

blogs, diários on-line com informações e serviços que vão servir de

referência para profissionais, outros jovens e pessoas adultas (2012, p. 52).

Muitos destes jovens já não querem ficar de forma anônima como simples visitantes ou usuários da internet, eles querem participar de forma mais ativa de tudo que ocorre neste meio, querem ser também protagonistas desta era da informação.

Posso concluir que as inúmeras possibilidades que surgiram com o advento da cibercultura podem ser de grande valia para o ensino de história, pois com as informações que são adquiridas neste meio podemos transformar a rotina das aulas, aliando elas ao livro didático e ao conhecimento do professor, fazendo com que os alunos tenham mais possibilidades de adquirir o conhecimento.

(35)

CAPÍTULO 2: DESAFIOS ENFRENTADOS PELA ESCOLA NO MUNDO DA CULTURA DIGITAL

Muitos são os desafios de educar na era digital e nem todos os professores e todas as escolas estão preparadas para utilizar a internet e as possibilidades que ela oferece em sala de aula. Parece que muitos professores e escolas estão engessadas em um processo educacional que excluiu a cultura digital, o ciberespaço do currículo escolar, fazendo com que alunos que estão inseridos nos espaços virtuais vejam a escola como símbolo de atraso, incapaz de acompanhá-los em sua caminhada na descoberta de informações cada vez mais rápidas provenientes desses espaços. Conforme Moran, (2010, apud SOSA e TAVARES, 2009, p. 824) “ensinar e aprender são desafios que enfrentamos em todas as épocas e particularmente agora em que estamos pressionados pela transição do modelo de gestão industrial para o da informação e do conhecimento”.

2.1 Desafios enfrentados por professores e alunos na utilização de ferramentas digitais no ambiente escolar

Os professores precisam acompanhar a velocidade com que os alunos adquirem informações nos espaço virtuais e precisam se adaptar a isso. É uma necessidade se queremos que esses alunos se sintam atraídos pelo ambiente escolar, em plena era digital, onde é muita mais atraente buscar conhecimento na internet, do que nos livros, ou nas lousas, ou na fala dos professores. É importante que escola faça esse esforço de acompanhar o ritmo dos alunos, para que estes se sintam mais atraídos pelas aulas, pelo ambiente escolar, para que estes percebam que escola está tentando falar a mesma língua que eles.

Ao que parece os professores têm um pouco de receio em utilizar determinadas tecnologias em suas aulas, pois alguns não têm nenhum tipo de formação na área de informática básica, outros acham que a forma como estão transmitindo o conhecimento, com a leitura de textos e perguntas sobre o conteúdo, sempre funcionou e não tem porque mudar agora, não vendo vantagem alguma em utilizar tais ferramentas. Para Libâneo (1998, apud SANDRE, s.d., p. 5) estes tem “[...] temor pela máquina e equipamentos eletrônicos, medo da despersonalização e

(36)

de ser substituído pelo computador, ameaça ao emprego, precária formação cultural e científica ou formação que não inclui a tecnologia”.

Parte deste receio de utilizar determinadas tecnologias em sala de aula é devido ao fato de que muitos professores não sabem muitas vezes como utilizá-las ou como estas funcionam, não querendo passar vergonha na frente dos alunos por não saberem. Mas isto deve ser encarrado como um aprendizado, visto que

Nas estratégias de aprendizagem do mundo contemporâneo, o educador precisa aprender a aprender, inclusive com seus alunos, e se apropriar de recursos tecnológicos digitais básicos. E não deve se preocupar caso os estudantes saibam mais do que ele. Essa troca é saudável e será uma experiência enriquecedora para todas as partes – professor, aluno e escola (ALLAN, 2015, p. 147).

Alguns professores possuem pouco ou quase nenhum conhecimento sobre o básico da informática (quando muito sabem usar o word, excel, power point e navegação básica da internet), alguns deles, em sua formação, não tiveram contato com elas, fato que acaba por dificultar a utilização em suas aulas. Outros encontram problemas em sua própria carreira como professor, como nos diz Belloni (2003, apud KENSKI, 2012, p. 58) quando cita que os professores enfrentam[...]“Falta de tempo para realizar formação continuada dentro da jornada de trabalho; formação inicial precária; falta de hábito de autodidatismo e consequente dificuldade de aproveitar o que o próprio programa oferece”. Isso ocorre pela falta de motivação para a realização de uma formação continuada, devido, em grande parte, pela carência de incentivos de formação no plano de carreira e o nível de salários destes profissionais. Pois

[...] Se a ênfase do processo de tecnologização da sociedade recai na importância da educação, a importância de educadores bem qualificados e reconhecidos profissionalmente torna-se condição primordial de ação. Uma política de pessoal que reconheça e valorize suas competências e importância, o oferecimento de cursos de aperfeiçoamento e de atualização, além de uma formação inicial de qualidade, um projeto de carreira consistente, a melhoria de condições de trabalho e de vida são fundamentais para que os professores possam atuar com qualidade (KENSKI, 2012, p. 107).

Mas todas estas tecnologias digitais não são perfeitas, não estamos a salvo dos problemas que elas podem nos trazer, pois não sabemos até onde vai o nosso limite em utilizar estas tecnologias na sala de aula, ainda estamos no início da era

(37)

tecnológica, não temos ideia das consequências que elas podem nos trazer. Kenski (2012, p. 53) nos diz que [...] “O que temos certeza é que independentemente dos avanços, as tecnologias ainda durante um bom tempo vão continuar a nos trazer alguns problemas e desafios individuais e coletivos para resolver”.

Sendo que o maior desafio não está em dominar as tecnologias digitais, e sim em como encontrar formas produtivas e integrá-las ao processo de ensino-aprendizagem, levando em consideração o atual currículo, a realidade do professor e da escola. Como Tajra (2012, p. 98) nos diz que [...] “O professor deve estar capacitado de tal forma que perceba como deve efetuar a integração da tecnologia com a sua proposta de ensino. Cabe a cada professor descobrir a sua própria forma de utilizá-la conforme o seu interesse educacional” [...]. Pois cada tecnologia tem um objetivo e deve ser compreendida como um componente adequado no processo educativo. Dessa forma

[...] os educadores devem estar aptos a utilizar os recursos tecnológicos e saber como eles podem apoiar o aprendizado dos alunos. Simulações em espaços virtuais, uso de plataformas educacionais disponíveis na internet, Google Maps, redes de colaboração online e ferramentas digitais para coleta de dados são apenas alguns dos instrumentos que podem ser incorporados na rotina escolar [...](ALLAN, 2015, p. 148).

Deve-se fazer uma revisão dos métodos de ensino, não apenas pela disponibilidade das tecnologias digitais, mas porque temos hoje alunos que aprendem de uma forma diferente, e o mercado de trabalho esta exigindo outras competências, além da leitura, escrita e raciocínio logico, ele quer pessoas que sejam capazes de criar, inovar, colaborar, empreender, entre outras competências. Dessa forma

Repensar os modelos pedagógicos e o tradicional formato das salas de aula, no qual o professor era o único detentor do conhecimento, é tão urgente quanto simplesmente investir em tecnologias como tablets, games, computadores ou lousas digitais. É preciso, antes de tudo, preparar nossos professores para lidar com essa nova geração, que hoje já não precisa mais ir às bibliotecas ou carregar livros pesados para ter acesso a informação (ALLAN, 2015, p. 45).

Assim, para que as tecnologias digitais possam mudar o processo educativo, elas precisam ser compreendidas e incorporadas de forma pedagógica, isto é,

(38)

respeitando as características da tecnologia e do ensino, para que a sua utilização de fato faça a diferença, utilizando a tecnologia escolhida pedagogicamente. Pois

[...] O ensino mediado pelas tecnologias digitais redimensiona os papéis de todos os envolvidos no processo educacional. Novos procedimentos pedagógicos são exigidos. Em um mundo que muda rapidamente, professores procuram auxiliar seus alunos a analisar situações complexas e inesperadas; a desenvolver a criatividade; a utilizar outros tipos de “racionalidade”: a imaginação criadora, a sensibilidade tátil, visual e auditiva, entre outras. [...] (KENSKI, 2012, p.93).

No decorrer da minha caminhada acadêmica, tive contato com, pelo menos, três grupos distintos de alunos, que se relacionavam com a tecnologia digital, com elementos da cibercultura, de formas diferentes. Haviam aqueles que possuíam smartphones e notebooks de última geração com acesso a internet, televisores modernos com conteúdo pago, diversas opções de canais, internet rápida, que entendiam muito bem dos programas que utilizavam, que baixavam filmes, músicas, jogos e vídeos, que acompanhavam a qualquer momento a sua programação preferida pelo smartphone, jogos online com pessoas de qualquer parte da sua cidade ou região, sempre em constante contato com a informação e a tecnologia.

O professor, para trabalhar com esse grupo de alunos na sala de aula precisa estar de acordo com a capacidade de aquisição de informações que estes possuem. Para eles o professor pode gravar vídeo-aulas sobre o conteúdo que está sendo estudado ou uma revisão para uma prova e compartilhá-los no Youtube ou Facebook, criar grupos de conversa e de dúvidas do conteúdo estudado no Whatsapp, etc. Estes alunos, pelas suas condições tem plena capacidade de acompanhar as aulas online realizadas pelo professor com facilidade, seja em casa, seja onde estiver. Para estes, uma aula tradicional com quadro, giz, a fala do professor, um livro, um projetor, um notebook e um filme não chamam a atenção para o que está sendo trabalhado, visto que estes alunos estão

Acostumados a usar seus smartphones para fazer de tudo, de postagens em redes sociais a gravação de vídeos, fotos e compartilhamento de conteúdo, os alunos [...] precisam encontrar na escola não somente acesso à internet, mas também professores engajados e um ambiente fértil para incorporar novas ferramentas digitais na rotina escolar. Isso implica, entre outras iniciativas, preparar os docentes para uma realidade pedagógica sustentada pela tecnologia (ALLAN, 2015, p. 26).

(39)

Outro grupo é composto por alunos que possuíam um smartphone, que utilizam para assistir vídeo ou escutar músicas, conversar com seus amigos pelo Whatsapp, postar fotos e vídeos no Facebook. Talvez eles ainda tenham em casa um notebook ou computador um pouco mais simples, televisão com conteúdo pago com limite de canais, e internet numa velocidade razoavelmente boa. Para estes alunos o professor pode apresentar usos alternativos para as tecnologias que eles já conhecem e utilizam. Utilizar o Whatsapp para conversar a respeito das dúvidas do conteúdo, postar vídeos no Facebook, assistir ou baixar vídeos do Youtube. Este grupo se difere do anterior por não ter acesso facilitado a todo tipo de tecnologia e as possibilidades que elas oferecem, mas mesmo assim podem aprender a adaptar o que já tem aos interesses educacionais da escola.

O último grupo é composto por alunos que não possuem um computador em casa, tem quando muito um celular ou um smartphone que os conecta a internet via Wifi, televisor com conteúdo da TV aberta e quando precisa de algo mais especifico recorre a uma lan house ou no laboratório de informática da escola. Visto que

[...] A grande maioria não consegue utilizar esses equipamentos em outros locais que não na escola (mesmo em escolas com razoável disponibilidade de recursos tecnológicos, eles não existem em número suficiente para o uso a qualquer tempo). Ao contrário de outras mídias – como o rádio e a televisão, considerados utensílios domésticos e presentes em todas as casas –, o computador ainda é equipamento caro e raro. [...] (KENSKI, 2012, p.93 - 94).

Para estes o professor precisa recorrer as tecnologias mais utilizadas, levando para a sala de aula computador, projetor e vídeos, filmes e documentários sobre o conteúdo a ser trabalhado, para que através destes meios possa incluí-los no universo da cibercultura, dentro de limites impostos pela infraestrutura da escola ou das capacidades do professor. Para eles o ambiente escolar não pode ser um limitador das possibilidades de aquisição de conhecimentos provenientes dos meios digitais, mas sim uma porta aberta que lhes garanta a capacidade de vislumbrar um possível futuro onde estão incluídos.

[...] Basta um olhar mais atento para perceber que, assim como aconteceu com o rádio e depois com a TV, os celulares, os tablets e os computadores estão cada vez mais presentes nos domicílios das classes sociais mais pobres, criando assim um cenário bastante favorável à adoção de tecnologia digital nas escolas (ALLAN, 2015, p. 67).

(40)

Os alunos conhecem as potencialidades da internet melhor que nós, visto que passam algumas horas do dia conectados com a ela, sabem muito do que ela tem a oferecer, só não possuem maturidade ou experiência suficiente para definir sozinhos o que podem utilizar. Nesse caso, na escola, será o professor quem vai ajudar o aluno a determinar o que é importante, que vai orientar o que pode ajudar em determinado assunto ou atividade. Pois como afirma Allan (2015, p. 146) [...] a tecnologia consiste na ferramenta, não um fim em si, e que devemos aproveitar a desenvoltura das novas gerações com os equipamentos eletrônicos para facilitar o aprendizado [...]. Dessa forma

A utilização das metodologias ativas mais o uso do computador, como uma recurso didático para o fazer cotidiano da sala de aula, contribui para aumentar a participação dos alunos no processo de ensino-aprendizagem, estimulando-os a desenvolver atividades de pesquisa vinculadas ao ensino de história [...] (FERREIRA, 1999, apud ARAÚJO e MACIEL, s.d., p. 6).

A cada dia surgem mais ferramentas digitais, que podem ser utilizadas como auxiliares no processo de ensino-aprendizagem. São notebooks, agendas eletrônicas, tablets, telefones celulares de última geração, que por serem leves e portáteis e com uma muita potência muito grande, se transformam em ambientes virtuais de aprendizagem. Por meio deles os alunos podem interagir com os colegas e professores, discutindo e realizando atividades em grupo. Dessa forma

Com o celular ou tablet nas mãos [...], por exemplo, os alunos podem conversar uns com os outros por meio do WhatsApp, ler livros no Google Books e consultar a Wikípedia. Podem também acessar a aulas online no site Descomplica, aprender novas línguas de graça no Qranio, ver vídeos educativos no YouTube Edu e compartilhar via Facebook conteúdos relacionados a matérias apresentadas em sala de aula. Esses recursos todos podem ser aproveitados pelos professores a qualquer momento sem custo algum. Basta pensar numa estratégia para incorporá-los à prática escolar (ALLAN, 2015, p. 128).

A partir do momento em que o professor leva estas ferramentas (computador, projetor, documentários em vídeo, etc.), ele está tentando mudar a rotina da sala de aula, mas estas, como afirma Araújo e Maciel (s.d., p. 10) devem ser utilizadas [...] “com criatividade e inovação pelo professor para melhor aproveitamento e o despertar das curiosidades coletivas e individuais sobre a disciplina”. Os mesmos ainda dizem que estes recursos, quando usados corretamente, (s.d., p. 10) trazem [...] “benefícios rápidos e satisfatórios, pois são usados visando a captura da atenção

(41)

dos alunos, na busca por novidades, resultados almejados e desenvolvimento da capacidade de transmitir os conteúdos sem grandes esforços”. Visto que

A utilização do computador integrada a softwares educativos não garante uma adequada utilização dessa tecnologia como ferramenta pedagógica. O fato de um professor estar utilizando o computador para ministrar uma aula não significa, necessariamente, que esteja aplicando uma proposta inovadora. Muitas vezes essa aula é tão tradicional quanto uma aula expositiva com a utilização do giz (TAJRA, 2012, p. 46).

Podemos citar algumas situações em que o uso inadequado destes equipamentos ocorre. Uma destas situações é quando o professor leva um filme para a aula sem fazer uma análise correta do material que será assistido pelos alunos, fazendo apenas uma simples ligação entre ele e o conteúdo estudado, assistindo por assistir, sem uma atividade que permitira analisá-lo, sem um planejamento prévio do que será trabalhado após o filme. Pois

[...] Os professores, na maioria das vezes, não se preocupam em fazer um estudo profundo da obra para que se compreenda o contexto em que foi escrita e como ficção e fato histórico se mistura nas cenas. A falta de análise faz com que haja uma legitimidade preocupante conferida ao filme, e uma visão de fidedignidade da obra por parte dos alunos (SANDRE, s.d., p.7).

Ocorre também que muitos professores não sabem como utilizar esta importante ferramenta, assim, quando é utilizada de forma inadequada acaba servindo apenas ao entretenimento dos alunos. Outro fator que faz com que a utilização do filme também seja prejudicada é o fato dele não receber o mesmo tratamento que as demais fontes históricas, pois como afirma Sandre (s.d., p.6) há [...] “a ausência de uma análise da intenção de sua produção, do autor ou instituição que o produziu e de uma percepção da mensagem que ele quis transmitir”. Dessa forma, a má utilização dele fará com que a explicação do conteúdo seja cheia de anacronismo e, ao invés de dinamizar as aulas, ele irá contribuir para que as aulas se tornem mais cansativas e tediosas.

Pois o filme quando bem utilizado em sala de aula, com uma análise ou uma atividade que permita a sua compreensão pode fazer com que o entendimento sobre o conteúdo estudado seja maior.

Outra situação é a apresentação do conteúdo utilizando slides, alguns professores acabam exagerando na quantidade de texto e informações, tornando-os cansativos e maçantes, deve-se utilizá-lo, como no caso da disciplina de história,

(42)

incluindo imagens, vídeos ou dinâmicas, pois elas complementam o conteúdo que está sendo estudado, fazendo com que o aluno aprenda de uma forma mais interessante.

Outro caso, que também ocorre no meio escolar são os softwares educacionais, que prometem revolucionar o método de ensino-aprendizagem, mas que não se adequam a proposta educacional da escola, sendo muitas vezes caros e produzidos por empresas internacionais que não conhecem a realidade do país. Há também a facilidade de acesso a informação, que fazem com que os alunos copiem e colem (Ctrl/C + Ctrl/V) da internet, as pesquisas solicitadas pelos professores, sem ler e compreender direito o que está escrito. Kenski afirma (2012, p. 54) que existe também a [...] “facilidade de encomenda, compra e venda on-line de trabalhos escolares para todos os níveis de ensino e todas as áreas do conhecimento, o que põe em cheque os valores fundamentais da função da educação”. Pois

Em um mundo em constante mudança, a educação escolar tem de ser mais do que uma mera assimilação certificada de saberes, muito mais do que preparar consumidores ou treinar pessoas para a utilização das tecnologias de informação e comunicação. A escola precisa assumir o papel de formar cidadãos para a complexidade do mundo e dos desafios que ele propõe. Preparar cidadãos conscientes, para analisar criticamente o excesso de informações e a mudança, a fim de lidar com as inovações e as transformações sucessivas dos conhecimentos em todas as áreas (KENSKI, 2012, p.64).

Visto que nem tudo que esta na internet tem utilidade, devemos fazer uma análise criteriosa das fontes que por ventura iremos utilizar, pois um assunto pode ter diferentes versões, o desafio é justamente este, saber filtrar da internet aquilo que é útil, que é confiável, uma vez que por ser um local onde todo mundo tem acesso, qualquer um pode dar a sua opinião, porém, na maioria das vezes, muitas pessoas dão opinião sobre um determinado assunto sem conhecer ou ler a respeito dele, e acabam sendo muitas vezes preconceituosas. Dessa forma, antes de passarmos aos nossos alunos informações a respeito de qualquer assunto, devemos ter muito cuidado com este material, pois não podemos chegar à sala de aula e passar um vídeo preconceituoso, tendencioso e muito menos que vá transmitir uma informação errada, uma vez que nem tudo que está ali pode ser utilizado. Neste caso

(43)

Para construirmos mudanças deveremos produzir um ensino que procure desenvolver a produção do conhecimento vinculando o ensino e a pesquisa, oportunizando aos sujeitos do processo uma postura que leve sempre ao questionamento, à coleta de dados bem como à permanente reflexão (...) Portanto, a conscientização, a capacidade de ser crítico e reflexivo diante do mundo e das coisas, contribuindo para a construção do processo de novas relações que se estabeleçam nas nossas salas, e, consequentemente, no ensino de história (...)(FERREIRA. 1999, apud ARAÚJO e MACIEL, s.d., p. 5).

Pois cabe ao professor de história ensinar o aluno a pensar de forma critica, formando cidadãos ativos na sociedade, pois o principal objetivo da educação é a formação da cidadania. Desta forma teremos aulas melhores, onde desenvolveremos em nossos alunos o pensamento critico e reflexivo. Visto que

Educar para a inovação e a mudança significa planejar e ampliar propostas dinâmicas de aprendizagem, em que se possam exercer e desenvolver concepções sócio-históricas da educação – nos aspectos cognitivo, ético, político, científico, cultural, lúdico e estético – em toda a sua plenitude e, assim, garantir a formação de pessoas para o exercício da cidadania e do trabalho com liberdade e criatividade (KENSKI, 2012, p.66).

Dessa forma, ainda existem muitas dificuldades a serem vencidas no ambiente escolar para a utilização destas ferramentas e arquivos digitais, a fim de que isso ocorra, é necessário que todos os envolvidos direta ou indiretamente na educação sejam capazes de repensar as formas de ensino, pois assim é possível transformar as aulas, de história e de outras disciplinas, deixando-as mais dinâmicas, despertando cada vez mais o interesse dos alunos.

2.2 Dificuldades enfrentadas pela escola na sua adaptação as necessidades que o mundo digital exige

Geralmente o que ocorre nas escolas brasileiras é a dificuldade de se apropriar de métodos ou tecnologias que já são empregados pelos seus alunos em seu dia a dia, no que diz respeito a busca de informações e de aquisição de conhecimento. Hoje o aluno pode encontrar qualquer informação a respeito dos conteúdos que irá estudar na escola, disponíveis na internet, seja em sites especializados em conteúdos escolares ou nas vídeo-aulas que estão no Youtube.

Isso acaba fazendo com que se questione porque devemos ir à escola, se podemos encontrar todas as informações que são passadas pelos professores na

Referências

Documentos relacionados

Química - Licenciatura - Integral - 12 vagas 1º Mariana Pacheco da Silva. CAMPUS CAÇAPAVA

A dose de propofol de 20 mg/kg que foi testada é recomendada para procedimentos clínicos e coletas de amostras biológicas em Lithobates catesbeianus, visto que

Foram desenvolvidas duas formulações, uma utilizando um adoçante natural (stévia) e outra utilizando um adoçante artificial (sucralose) e foram realizadas análises

O empregador é obrigado a fornecer atestados de afastamento e salários ao empregado demitido, no ato da homologação da rescisão do contrato de trabalho. a) nos casos de aposentadoria

O objetivo do curso foi oportunizar aos participantes, um contato direto com as plantas nativas do Cerrado para identificação de espécies com potencial

A assistência da equipe de enfermagem para a pessoa portadora de Diabetes Mellitus deve ser desenvolvida para um processo de educação em saúde que contribua para que a

Em termos da definição da rota do processo e do tamanho da reserva, a lixiviação em tanques é de maior potencial de aplicação à amostra estudada. Isso ocorre porque a

1.1 — A reumatologia é o ramo da medicina que se dedica ao diagnóstico, avaliação, tratamento, reabilita- ção e investigação das doenças que afetam o aparelho locomotor