• Nenhum resultado encontrado

Imagens e representações dos jovens pelas mídias

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "Imagens e representações dos jovens pelas mídias"

Copied!
31
0
0

Texto

(1)

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE

NÚCLEO DE TECNOLOGIA EDUCACIONAL PARA A SAÚDE

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO EM CIÊNCIAS E SAÚDE

Lúbia Siqueira Badaró

IMAGENS E REPRESENTAÇÕES DOS JOVENS PELAS MÍDIAS

RIO DE JANEIRO 2011

(2)

IMAGENS E REPRESENTAÇÕES DOS JOVENS PELAS MÍDIAS

Monografia apresentada ao Curso de Especialização em Mídias na Educação do Núcleo de Tecnologia Educacional para a Saúde, Universidade Federal do Rio de Janeiro, como requisito parcial à obtenção do Título de Especialista em Mídias na Educação.

Orientador: Wânia Ribeiro Fernandes

RIO DE JANEIRO 2011

(3)

Badaró, Lúbia Siqueira.

Imagens e representações dos jovens pelas mídias / Lúbia Siqueira Badaró.– Rio de Janeiro: Nutes, 2011.

29 f. ; 31 cm.

Orientador: Wânia Ribeiro Fernandes.

Trabalho de Conclusão de Curso (Especialização em Mídias na Educação) -- UFRJ, Nutes, Programa de Pós-graduação em Educação em Ciências e Saúde, 2011.

Referências bibliográficas: f. 24-29.

1. Educação em Ciências e Saúde. 2. Ensino – Meios auxiliares. 3. Mídias na educação. 4. Educação – Efeitos das inovações tecnológicas. 5. Jovens – Educação. 6. Tecnologia Educacional em Saúde - Tese. I. Fernandes, Wânia Ribeiro. II. Universidade Federal do Rio de Janeiro, Nutes, Programa de Pós-graduação em Educação em Ciências e Saúde. III. Título.

(4)

IMAGENS E REPRESENTAÇÕES DOS JOVENS PELAS MÍDIAS

Monografia apresentada ao Curso de Especialização em Mídias na Educação do Núcleo de Tecnologia Educacional para a Saúde, Universidade Federal do Rio de Janeiro, como requisito parcial à obtenção do Título de Especialista em Mídias na Educação.

Aprovado em:

______________________________________________________ Profa. Dra. Wânia Ribeiro Fernandes – UNB

______________________________________________________ Profa. Dra. Maria Cristina Ribeiro Cohen – UERJ

______________________________________________________ Profa. Dra. Paula Ramos – UCAM

(5)

RESUMO

BADARÓ, Lúbia Siqueira. Imagens e Representações dos Jovens pelas

Mídias. Rio de Janeiro, 2011. Monografia (Especialização em Mídias na Educação) -

Núcleo de Tecnologia Educacional para a Saúde, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2011.

Este trabalho, cujo eixo temático engloba as Mídias e a Juventude, volta-se para um campo de estudos que gravita em torno da literatura existente na área da Educação a respeito das ‘velhas’ e ‘novas’ mídias usadas no processo ensino-aprendizagem de jovens. Buscou verificar qual a concepção de juventude que vigora nessas ferramentas mediatizadas, tendo em vista a forma como apresentam suas imagens e as representam. Para dar conta da proposta, foi efetuada uma pesquisa bibliográfica da literatura da área de educação citada em pesquisa realizada pelo site Observatório Jovem e divulgada em livros digitais que tratam do estado da arte sobre a juventude, Mídias e TICs. A partir da pesquisa bibliográfica com enfoque na questão das imagens que as mídias constroem sobre a juventude foi possível concluir que a forma como a juventude é representada na mídia varia de acordo com o momento histórico, político e socioeconômico. Também circulam na mídia estereótipos sobre os jovens que, se concebidos como verdadeiros e não for adotada uma postura crítica e reflexiva sobre os mesmos e sobre as estratégias usadas pelas mídias, podem prejudicar o desenvolvimento de uma dinâmica pedagógica dialógica e interativa na escola.

(6)

BADARÓ, Lúbia Siqueira. Imagens e Representações dos Jovens pelas

Mídias. Rio de Janeiro, 2011. Monografia (Especialização em Mídias na Educação) -

Núcleo de Tecnologia Educacional para a Saúde, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2011.

This paper, whose main theme covers the media and youth, and turns to a field of study that centers around the literature in the field of education about the 'old' and 'new' media used in the teaching-learning process of young people. Which sought to verify the design of youth that deeming mediated tools in view of the way they present their images and represent them. To account for the proposal, a literature search was conducted of the literature cited in educational research conducted by Youth Centre site and released in digital books dealing with the state of the art on Youth, Media and TICs. From the literature focusing on the issue of media images that build on youth, it was concluded that the way youth are represented in the media varies with the historical, political and socio-economic and also circulating in the media stereotypes on youth, is designed as genuine and is not taken a critical and reflective about them and about the strategies used by the media, can affect the development of a dynamic interactive and dialogic teaching in school.

(7)

SUMÁRIO INTRODUÇÃO 6 1. A JUVENTUDE NA MÍDIA 8 1.1. JUVENTUDE, O QUE É? 8 1.2. MÍDIA, O QUE É? 11 1.2.1. A Mídia e a Verdade 14

1.3. IMAGENS QUE AS MÍDIAS CONSTROEM SOBRE A JUVENTUDE 18

CONCLUSÕES 22

(8)

INTRODUÇÃO

O estudo sob o título “Imagens e Representações dos Jovens pelas Mídias” busca verificar as concepções de juventude presentes nas Mídias usadas no contexto da Educação, considerando-se que a maneira como suas imagens são apresentadas e representadas pode não ser condizente com os pressupostos teóricos e correntes pedagógicas vigentes no campo educacional onde essas mídias são aplicadas.

Configuram o mote que ocasionou o interesse pelo desenvolvimento deste trabalho tanto a conjectura de que existiriam presentes nas mídias digitais e impressas - por vezes usadas como material instrucional - variadas concepções e quadros perceptivos sobre a juventude (inclusive abordagens impregnadas de estereótipos e ranços preconceituosos) quanto a premissa de que esses exerceriam impacto nas ações educativas dispensadas a esse grupo.

Para a análise pretendida considerou-se a existência de ‘velhas’ e ‘novas’ mídias usadas no processo ensino-aprendizagem de jovens. Na esfera das velhas mídias encontram-se desde a Imprensa até a TV, o Rádio e o Cinema. Pertencem ao conjunto das denominadas novas mídias os Computadores, a Internet e as mídias sociais que surgiram com os recursos da Web 2.0. Essas duas dimensões das mídias, além de outros como os telefones celulares e seus congêneres, são Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC).

Definiu-se como fonte principal de pesquisa o site www.observatoriojovem.org, e nele, o livro digital ‘O Estado da Arte sobre juventude na pós-graduação brasileira: Educação, Ciências Sociais e Serviço Social (1999-2006)’ cujo segundo volume, no sétimo capítulo, apresenta estudo sobre Juventude, Mídias e Tecnologias da Informação e Comunicação desenvolvido por Setton (2009) em setenta e quatro dissertações e teses produzidas no período de 1999 a 2006. O Observatório Jovem - coordenado pelo Prof. Dr. Paulo Carrano - é um grupo de pesquisa cadastrado no Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e que se vincula à linha de pesquisa Práticas Sociais e Educativas de Jovens e Adultos do Campo de Confluência ‘Diversidade, Desigualdades Sociais e Educação’ do Programa de Pós-Graduação em Educação (POSEDUC) da Universidade Federal Fluminense (UFF).

(9)

7

O relatório da referida pesquisa sobre as dissertações e teses divulgado pela organização Observatório Jovem aponta algumas linhas gerais de cada trabalho científico, traçando o estado da arte sobre a juventude. Buscou-se neste estudo observar mais atentamente a literatura específica da Educação citada no segundo volume, que configura sessenta e um trabalhos, e aprofundar a análise em cinco trabalhos contidos nesse conjunto e que tem como foco a questão das imagens que as Mídias usadas na escola constroem sobre a juventude.

Com essa intenção analítica, debruçou-se na apreciação de quais as imagens que as novas e velhas mídias produzem sobre os jovens, já que essas concepções podem modelar o formato das ações educativas, incidindo sobre a sua implementação, uma vez que a passagem do campo perceptivo para a esfera da oferta concreta dos serviços é extremamente complexa e a consistência da imagem e concepção que as mídias tem da juventude podem não estar afinadas com os pressupostos progressistas que em tese orientam a educação.

Entende-se que, se a concepção de juventude não estiver bem clara e condizente com as propostas educacionais progressivas, corre-se o risco de aceitar qualquer concepção como válida e reproduzi-las através da divulgação das mídias na escola sem nenhum critério ou mesmo uma análise crítica e reflexiva, disseminando estereótipos e visões sem respaldo científico. A possibilidade de contribuir para a superação desse problema balizou o estudo aqui apresentado.

(10)

1 A JUVENTUDE NA MÍDIA

1.1 JUVENTUDE, O QUE É?

Segundo o Conselho Nacional de Juventude (Conjuve), os cidadãos e cidadãs com idade compreendida entre quinze a vinte e nove anos, no Brasil, congregam a condição social denominada Juventude. Entretanto, a delimitação do marco referencial do início e fim do período da juventude se constitui, contemporaneamente, um desafio. Além disso, a concepção de juventude também se altera em decorrência do processo de globalização e das mudanças societárias.

A globalização e universalização das comunicações, da publicidade, da TV a cabo, da Internet e as crescentes trocas a partir da nova conectividade originaram novos ordenamentos e arranjos na vida cultural, social e laboral. Para a juventude, tem significado profundas mudanças nas formas de se relacionar com os outros, de aprender e de construir-se como parte da sociedade. (WAISELFIZS, 2007, p.12)

No início do século XX, para os grupos mais favorecidos e que não estavam à margem da sociedade, o início da juventude representava o começo da adoção de deveres e compromissos, sendo o fim da mesma culminando com o casamento, ocasião em que os indivíduos passavam para a vida adulta.

Hoje as fronteiras entre infância, juventude e idade adulta estão cada vez mais tênues, em função da quase extinção da infância, cada vez mais substituída por uma adolescência prematura e uma juventude contínua que parece desconsiderar a relevância da maturidade e da velhice. (LIMA, 2004, p.58)

Carrano, explicando a associação da juventude a uma faixa etária, diz que, apesar da juventude ser plural, “a maneira mais simples de uma sociedade definir o que é um jovem é estabelecer critérios para o situar numa determinada faixa de idade, na qual se circunscreve o grupo social da juventude”. (2003, pp.109-110)

Critério também aceito por Morin (2006) ao afirmar ser a juventude

uma “classe de idade”, no sentido de que está presente em todas as classes sociais, mas que é transitória, ou seja, se renova perpetuamente, já que os indivíduos só serão jovens durante algum tempo. Além disso, afirma o autor, a cultura juvenil, ao mesmo tempo que reforça o caráter individualizante de seus símbolos e valores, também promove a solidariedade e alimenta um sentimento de grupo. (apud PEREIRA, 2010, pp.39-40)

(11)

9

De qualquer forma, a condição juvenil de sujeitos de direitos coletivos garante a esse grupo o tratamento sem estereótipos e com respeito as suas identidades e diferentes formas de se expressar, de agir e de viver.

No entanto, de acordo com o Conjuve “a sociedade contemporânea é, paradoxalmente, ‘juventudocêntrica’, ao mesmo tempo em que é crítica da juventude”. (2006, p.1) Controverso porque, ao mesmo tempo que valorizam a juventude, alguns estereótipos a subjugam e atrapalham a sua plena participação social.

Ocorre que há um percurso bem definido de construção do imaginário brasileiro em relação à juventude que mostra que os jovens ora são vistos como problema ora como solução.

Na visão de Pereira (2010), a produção publicitária contemporânea vincula o conceito de juventude aos valores de modernidade, felicidade, sociabilidade, amizade e liberdade que, por sua vez são associados a marcas e produtos. Este movimento faz com que a juventude deixe de ser construção social para se transformar em fenômeno social capaz de influenciar diretamente “hábitos, costumes e crenças de um público consumidor adulto”. (p.53)

Menandro et al, estudando as representações sociais de jovens sobre participação política, apontam a ambiguidade que existe na concepção socialmente compartilhada sobre a juventude.

Ao mesmo tempo em que os jovens são representados como portadores da rebeldia e do desejo de mudança, outras características atribuídas a eles, como alienação, consumismo e individualismo, desvalorizam o seu potencial de participação ativa. (2010, p.91)

Corroborando com esse pensamento e refletindo sobre o fenômeno da sociabilidade juvenil e o processo de construção de identidades coletivas, Carrano expõe que, por vezes, ocorrem constantes menções sobre a existência de uma juventude alienada, hedonista, despreocupada com questões relacionadas com a política, que tentam equivocadamente associar seus comportamentos à indiferença e apatia política. (2007, p.13)

Na esfera profissional, “no aspecto do compromisso cidadão ou no tocante à participação nos processos de tomada de decisão – inclusive nas esferas políticas - ser jovem é residir em um incômodo estado de devir”, visto atribuírem a ele a imaturidade e falta de comprometimento. (CONJUVE, 2006, p.1)

(12)

Outras vezes, quando comparam este momento com outros da existência humana, conferem ao jovem um sentido de força, vigor, alegria, beleza, espontaneidade. Flora (2007), investigando a escolha que o projeto Teologia da Libertação fez pela juventude, especialmente a empobrecida/marginalizada, observa que ele arroga ao jovem “um grande potencial transformador e capacidade criadora e inventiva por ter os atributos de ‘dinamismo’, ‘grande força de vontade’, ‘sede de mudança’, por ser ‘espontâneo’, ‘inconformado’, ‘ousado’, ‘possuir espírito de aventura’”.

Analisando informações divulgadas na mídia impressa do Brasil sobre a adolescência e juventude, Menandro et al observam que em matérias jornalísticas publicadas na revista VEJA nos períodos de 1968 a 1974 e de 1996 a 2002, além dessa geração ser representada de diferentes formas - rebeldes, dependentes, imaturos, descompromissados, com instabilidade emocional e propensão a comportamentos de risco - também estão presentes “histórias de exclusão e violência, indicando a associação de conteúdos negativos relacionados aos jovens nos meios de comunicação”. (2003, p.43)

Por conta da arena das representações dominantes sobre a juventude, existe um fator comum ao nascimento das ações direcionadas aos jovens.

Grande parte delas operou com a imagem de uma juventude perigosa, potencialmente violenta, que necessitava de uma ampla intervenção da sociedade para assegurar seu trânsito para a vida adulta de modo não ameaçador a certas orientações dominantes. Por essas razões, o grande tema que ocupa a constituição de uma opinião pública em torno dos jovens no Brasil sempre teve suas origens na violência, sobretudo nos centros urbanos. (SPOSITO & CORROCHANO, 2005, p.145)

Para Leiro, são os valores, normas de condutas e os saberes que frequentemente “tentam aprisionar as juventudes em uma juventude e, devido à sua relativa instabilidade ocupacional, familiar e habitacional é, a esses sujeitos, associada a condição de portadores de 'problemas sociais'.” (2004, p.68)

Incide, porém, que a juventude não constitui uma “perfeita unidade do ponto de vista sócio-cultural” nem existe uma homogeneidade nos problemas que acometem os jovens, até mesmo daqueles considerados em situação de vulnerabilidade social. Por isso, há que se refletir em que medida a diversidade é levada em consideração nas ações direcionadas a esse grupo e como essas ações “interagem com as ‘novas questões sociais’ da juventude brasileira”. (NAVARRO & SOARES, 2007, p.5)

(13)

11

Leiro (2004) aponta a juventude como “um conjunto amplo de pessoas que acolhe sujeitos de diferentes segmentos sociais” e explica que essa concepção deve ser levada em conta quando se traz esse assunto para o debate e se desenvolvem ações para essa clientela.

Eleger a juventude como tema multidimensional requer refleti-la em sua significação específica e em distintas dimensões: trabalho, educação, comunicação, dentre outros. No entanto, qualquer recorte específico é míope se desconsiderar o todo e os seus nexos. (LEIRO, 2004, p.52) Além de ser plural nas suas condições de existência, reprodução, classe, orientação sexual, cor, zona de moradia, interesses culturais, a juventude não é simplesmente um momento de transição para a fase adulta, tem sentido, conteúdo e necessidades próprias e, como sujeitos de direitos, devem ser apresentados pelas mídias e atendidos pelas escolas sem estereótipos e com respeito as suas identidades e diversidades. E é essa a concepção e diretriz que este estudo segue.

1.2 MÍDIA, O QUE É?

Na publicação sobre Juventude, Mídias e TIC, cuja pesquisa a respeito do estado da arte sobre a juventude é o campo de estudo deste trabalho, Setton caracteriza Mídia como “todo o aparato material e simbólico relativo à produção e veiculação de mercadorias de caráter cultural”, ou seja, o universo de mensagens difundidas pelos diversos suportes tecnológicos, os conteúdos e as técnicas expressivas que chegam aos cidadãos através da TV, Rádio, Internet ou por Impressos e que fazem circular variadas referências de estilos identitários. (2009, p.64)

Em seu estudo, a autora considera a existência de ‘velhas’ e ‘novas’ mídias. Caracteriza como Velhas Tecnologias a TV, o Cinema, o Rádio, a Fotografia e a Imprensa. Já os Computadores e a Internet, agregada aos avanços da Web 2.0 e às Mídias Sociais- Blogs, WebQuest, Youtube, Google Docs, Wikis, Chats, Fóruns Assíncronos e Videoconferências, configuram as Novas Tecnologias. Entende que ambas, acrescidas de telefones celulares, Ipods e MP3, são Tecnologias da Informação e Comunicação/ TICs que são aplicadas à Educação.

(14)

o conjunto de meios de comunicação social ou de massas, como a imprensa (jornais, revistas e até livros), meios eletrônicos como rádio e televisão, além de outras tecnologias que vão sendo gradualmente inventadas e industrializadas, como, hoje em dia, a internet. (FREIXO, 2002, p.16, apud LEIRO, 2004, p.197)

A mídia impressa, radiofônica e televisiva são mídias de grande alcance e compõem os Meios de Comunicação de Massas (MCM), que “cada dia mais ampliam sua penetração cultural e sua capacidade de formação social e ideológica”. (LEIRO, 2004, p.197)

O consumo da mídia, segundo Lima, tanto pode “favorecer a adoção de uma postura reificadora, como pode possibilitar um olhar crítico sobre a sociedade e os indivíduos”. (2004, p. 74)

Tal como a seleção prévia de perguntas de um Quiz Show, a mídia decide como e o que deve ser visto e ouvido. E, principalmente, não só ‘vemos’ tantas e tão diferentes imagens, mas somos igualmente ‘olhados’ por elas. (FISCHER, 2002)

Sobre a televisão e sua programação, Quevedo (2008) aponta que segundo Pierre Bourdieu (1997) a televisão exerce uma espécie de monopólio na formação do pensamento dos indivíduos. Ela seria o mais importante, senão o único, meio de informação de grande parte das pessoas. Mesmo assim, seus programas investem muito mais em ‘não dizer nada’ do que em informações preciosas, em um tempo espaço e também precioso.

Aronchi (2006), expondo a importância de saber entender a linguagem da mídia televisiva, apresenta diversas categorias e gêneros dos programas da TV brasileira.

Na Categoria Entretenimento estão: Auditório, Colunismo Social, Culinário, Desenho Animado, Docudrama, Esportivo, Filme, Game Show (Competição), Humorístico, Infantil, Interativo, Musical, Novela, Quiz Show (Perguntas e Respostas), Reality Show (Tv Realidade), Revista, Série, Série Brasileira, Sitcom (Comédia de Situações), Talk Show, Teledramaturgia (Ficção), Variedades, Western (Faroeste).

Pertencem à Categoria Informação o Debate, o Documentário, a Entrevista e o Telejornal. Já à Categoria Educação são considerados os gêneros Educativo e o Instrutivo. Além desses, ainda há a Categoria Publicidade, que inclui a Chamada, Filme Comercial, Político, Telecompra, e os Especiais e Eventos Religiosos. (ARONCHI, 2006, p.6)

(15)

13

Em uma pesquisa efetuada em mais de sessenta produções televisivas de gêneros diversos (documentários; seriados; comerciais; desenhos animados; talk show; novela; telejornais; programas infantis, humorísticos, de auditório, didáticos e direcionados ao público feminino), Fischer (2001b) caracteriza a Mídia, especialmente a televisão, como aparelho pedagógico, pois os meios de informação e comunicação estabelecem significados e operam na formação dos sujeitos, ao mesmo tempo em que veiculam e produzem saberes sobre esses mesmos sujeitos.

Os pressupostos teóricos que alicerçaram a análise da dimensão pedagógica dos produtos da TV pesquisados pela autora foram os estudos sobre discurso, poder, sujeito e ‘técnicas de si’ de Michel Foucault (1985; 1990; 1995; 1998) e as reflexões sobre a linguagem da TV de Beatriz Sarlo (1997). Além disso, a autora usou o conceito de ‘dispositivo pedagógico’, de Jorge Larrosa (1995). (FISCHER, 2001b)

O ‘dispositivo pedagógico’ da mídia é encarado como um elemento discursivo/ não discursivo em que a dinâmica produzir/ veicular/ consumir TV acaba incitando ao discurso sobre ‘si mesmo’, à revelação permanente de si, e, ao mesmo tempo, produz e veicula “saberes sobre os próprios sujeitos e seus modos confessados e aprendidos de ser e estar na cultura em que vivem”. (FISCHER, 2002, p.151)

Nessa dinâmica, convivem simultaneamente através da publicização da vida privada e da pedagogização midiática, em decorrência das estratégias de poder e saber, tanto o reforço de controle quanto de resistências. Nesse sentido, mais do que promover a responsabilização da mídia pela super-exposição da vida privada seria mais válido fazer uma reflexão política sobre a percepção da esfera ‘pública’ pela sociedade contemporânea.

Sobre as ‘técnicas de si’, essas são definidas por Foucault (1995, apud FISCHER, 2002) como os procedimentos e técnicas pelas quais o indivíduo, sozinho ou com ajuda de outros, promove algumas operações a respeito do seu corpo/ alma/ pensamentos/ conduta, ou mesmo outra forma de ser, transformando-se com o objetivo de conquistar a felicidade, a sabedoria e/ ou outros estados. No âmbito das Mídias, Fischer (2001b) verifica as atuais ‘técnicas de si’ presentes em nossa sociedade e veiculadas pelos meios de comunicação, através de formas de subjetivação e de estratégias de linguagem.

A TV, por exemplo, promove variadas formas de exposição dos indivíduos e de suas diferenças. Na transformação da vida em espetáculo, a mídia televisiva usa

(16)

diferentes estratégias e formas de falar ao sujeito. Por isso, mais do que tentar ver ‘o que está por trás’ das enunciações dos produtos televisivos, é importante evidenciá-los, já que “as estratégias de linguagem não se divorciam do que ‘é dito’ – são, ao contrário, constitutivas dos próprios enunciados”. (FISCHER, 2001b, p.14)

Pensando nas estratégias de linguagem materializadas em elementos constitutivos dos programas de TV e na constituição/ produção/ formação do sujeito que tem nítidas influências na produção do sujeito na cultura, Fischer (2001b) promove a assertiva de que é imprescindível que os educadores saibam evidenciá-las dentro da variedade de programas televisivos, visto que tem significado e operam na constituição dos sujeitos consumidores de produtos midiáticos.

1.2.1 A Mídia e a Verdade

Conceitos como verdade X realidade são usualmente discutidos nos estudos sobre as mídias. Forechi (2006), por exemplo, ao refletir sobre o jornalismo, diz que ele é um ‘inventor’ de realidades e, dependendo da visão particular dos profissionais da área, são construídas realidades acerca de diferentes assuntos.

No caso específico do jornalismo, a idéia de que esse reflete a realidade ainda é muito corrente. Concepções como essa acreditam que a realidade pode ser captada, já que seria estanque, “como numa câmara fotográfica, congelada naquele momento de forma objetiva e isenta”. (FORECHI, 2006, p.78)

Para Forechi, por vezes,

a noção de verdade está muito ligada à noção de uma realidade que já existe, que está pronta em algum lugar e que o jornalista apreende de fora, usando, é claro os tais atributos preconizados pelo jornalismo profissional, da objetividade e da imparcialidade. (2006, p.79)

No entanto, “a realidade construída por meio do discurso jornalístico tem um efeito de sentido previamente elaborado”. (MENEZES, 2009, p.1)

Com relação ao documentário, por causa da premissa de que esse retrata a verdade, encontra na escola “um lugar privilegiado de renovação do modelo disciplinar dos currículos atuais, trazendo a possibilidade de propostas e experiências inovadoras, novas metodologias, processos e linguagens”. (BENTES, 2008, p.41)

(17)

15

Nessa mesma direção, Bruzzo diz que, em oposição ao filme de ficção, é costume atribuir “ao documentário a enunciação da verdade”, visto que a realidade pode ser supostamente captada pela câmera e reproduzida infinitas vezes. Porém, argumenta que a produção documental também não é homogênea e que esse gênero não apresenta por si só a máxima expressão da verdade, sendo tênue a linha que o separa da ficção. (1998, p.23)

Essa autora alerta que

mesmo sem o recurso de qualquer trucagem, o realizador sempre escolhe o local onde será colocada a câmera de filmar, qual parte do lugar de filmagem será mostrada e como será iluminada, além da decisão sobre o momento de ligar e desligar o equipamento. (1998, p.24)

Da mesma forma, é possível também buscar uma sobra de realidade nos filmes de ficção, visto que, independente do espaço, tempo e enredo, eles são “filmados em algum lugar, no tempo presente”. (BRUZZO, 1998, p.25)

Comparando os filmes de ficção com os documentários, observa-se que em ambos podem existir elementos e procedimentos comuns, como as técnicas de filmagem, ‘cenários’ e até mesmo os depoimentos filmados. Como ocorre uma série de intervenções durante uma filmagem, não é possível afirmar que ele seja uma representação fidedigna do real. (RAMOS, 2008)

O real e o verdadeiro são conceitos que também esbarram em uma problemática: sofrem influência em decorrência do tempo e do lugar, o que acaba por influenciar, comparando-se os períodos, diferentes linguagens no documentário. “Narrar o mundo exige, do seu narrador, uma tônica”. (MOLFETTA, 2008, p.p.19)

Sobre isso, Baltar diz que as “imagens de um documentário são impregnadas de realidade, mas não constituem por isso a Verdade”. (2004, p.152)

Quando, no domínio da ficção, fala-se em produção, cenografia, preparação de atores e roteiros minuciosamente previstos, no domínio do documentário, considera-se pesquisa, trabalho de campo, interação com sujeitos que serão elevados ao estatuto de personagens e mais um sem fim de imprevisibilidades. Mas nada disso significa menos controle, uma vez que, no interior de ambos os domínios, é a montagem que orienta e articula os significados. (BALTAR, 2004, p.154)

Pedroso (2003), tentando entender o jornalismo informativo, também aponta a existência de dois modos de percepção da realidade: a que atribui a ela uma importância digna de ser retratada ou a que percebe que existe nela algo interessante para chamar a atenção do público.

(18)

intencionalidades e profissionalismo já que sempre estamos diante do que relatamos e do que enfatizamos, do que excluímos e do que omitimos, do que fragmentamos e do que recontextualizamos e do que ampliamos e do que reduzimos. (PEDROSO, 2003)

Para contar e recriar a realidade segundo a diretriz seguida, há uma variedade de recursos, como a imagem, o som, os personagens e cenários, que são usados intencionalmente.

Segundo a taxonomia de Bill Nichols - um dos principais teóricos do gênero documentário- existem modos atemporais de representação da realidade, ou seja, “um conjunto de regras que modulam a construção do espaço, do tempo, e da enunciação do relato audiovisual”. (apud MOLFETTA, 2008, p.19)

Nichols afirma que não existe uma linha cronológica de início e fim de cada modo. Segundo ele, a identificação de um filme com um modo não precisa ser total, as características de um modo funcionam como dominantes em um determinado filme, o que não o impede de estar inserido também em outros modos. (apud CASTRO ET AL, 2007, p.22)

Um dos modos de representação da realidade é o expositivo, no qual, sob uma perspectiva realística, o que se pretende é narrar e descrever uma história verídica. O modo observacional, na perspectiva de que aquilo que foi filmado sem incidir no real é a verdade, já que está registrado pela tecnologia, dedica-se “a narrar a partir dos detalhes da intimidade vivida com a personagem”, como se fosse uma ‘mosquinha’ que acompanha a trajetória. (MOLFETTA, 2008, p.21)

Becker expõe que

os primeiros documentaristas eram contra a idéia da encenação, como meio de representação do real, e contrários à próspera indústria cinematográfica de ficção. Embora de modos distintos, perseguiam uma reprodução fiel e inalcançável da realidade. A possibilidade de ausência de intervenção na representação do acontecimento e a busca de uma verdade objetiva inexistente sustentaram o debate e a produção dos primeiros filmes. Mas os cineastas procuraram se libertar cada vez mais da oposição entre a ficção e a realidade, ou entre o verdadeiro ou o falso. (2008, pp.33, 34)

No modo interativo, tendo consciência do relativismo, assume-se a interação e o compartilhamento do poder entre o autor e o seu sujeito e promove-se a democratização do discurso. (MOLFETTA, 2008, p.22)

No modo Reflexivo, libera-se o cinema da ‘camisa de força’ atribuída a sua função de narrar acontecimentos e se abrem possibilidades para a reflexibilidade, para a subjetividade e para a exacerbação da criatividade e da inovação.

(19)

17

Já no Performativo não existe apenas a participação e interferência do sujeito no filme, mas o lugar que toma na cena é de protagonista; como tal, pode recortar trechos, promover releituras e criar intertextualidades. (MOLFETTA, 2008, p.23)

Refletindo sobre a arte fílmica e sua pedagogia, Neto diz que o cinema “não pode ser considerado espelho da realidade e sim como um meio de representação dessa realidade por ideologias e códigos próprios dos significados atribuídos por um grupo social”. (2005, p.2)

Siqueira, ao investigar na linguagem cinematográfica os processos que levam a subjetivação de mulheres educadoras, no que tange às questões de gênero e sexualidade, assegura que “as imagens do cinema se confundem muitas vezes com as próprias imagens que o sujeito tem de si mesmo”. (2004, p.14)

Em relação especificamente ao cinema, Barthes (apud Kaplan 1995) contribui para seu entendimento como sistema significativo, ao lembrar que o mesmo funciona em grande parte no nível do mito, à medida que dá margem à construção de signos totalmente novos, perdendo a referência com qualquer objeto do mundo real. (apud SIQUEIRA, 2004, p.2)

Baltar alerta que é importante diferenciar “os efeitos de sentido maquinados pelas múltiplas estratégias reflexivas, pois eles podem transitar entre o mero melindre estilístico e o questionamento político da própria formação do discurso fílmico”. (2004, p.166)

Para Lins, a televisão absorveu muitas das inovações estéticas do cinema-verdade e do cinema direto, de tal forma que hoje é “o lugar onde o naturalismo chegou a sua perfeição: o representado é o real”. (1996, p.10)

Segundo Menezes (2009), os assuntos noticiados na imprensa não são escolhidos aleatoriamente. A recepção seria um dos fatores determinantes para isso.

Ao mesmo tempo, os meios de comunicação, percebendo “que a atenção do público é captada e mantida por meio da dramatização dos eventos e com o objetivo de proporcionar efeitos dramáticos em suas audiências”, constroem a realidade e, ainda, facilitam a sua percepção. (MENEZES, 2009, p.11)

Para esse autor, no âmbito da notícia/ reportagem, a melhor produção é aquela que

ao transformar pessoas ou categorias de pessoas em personagens (personificação) e caracterizá-las para o desempenho de papéis, passa a produzir o efeito dramático previamente determinado pela imprensa. Esta detém as técnicas para produzir nos receptores o efeito emocional – comoção, medo, comédia – que melhor lhe convém. (MENEZES, 2009, p.10)

(20)

É importante saber que o discurso jornalístico tem um objetivo inerente: persuadir seu público-alvo a concordar com a ‘verdade’ veiculada pela mídia. Eles querem conquistar o seu público-alvo. Em sua argumentação, os jornalistas lançam mão de diferentes estratégias para promover credibilidade ao seu discurso. (MENEZES, 2009, pp.3-4)

Da mesma forma, a escola pode e deve auxiliar seus alunos, ao observarem os produtos midiáticos, a refletirem acerca das realidades referentes a um assunto e sobre as estratégias que a mídia usa para falar aos sujeitos e como opera na construção dos mesmos.

1.3 IMAGENS QUE AS MÍDIAS CONSTROEM SOBRE A JUVENTUDE

No estudo sobre o estado da arte pertinente à juventude, Setton encontrou vinte e seis teses/dissertações na área de conhecimento da Educação que abordam as ‘novas’ mídias e apenas dezenove sobre as ‘velhas’ mídias. Dos sessenta e um trabalhos científicos no âmbito da Educação, onze tratam de Recursos Pedagógicos e cinco se dedicam à questão das imagens e representações. (SETTON, 2009, p.64) De acordo com Setton, “grande parte dos trabalhos utiliza a categoria juventude como sinônimo da categoria adolescente sem se preocupar em circunscrever teoricamente suas diferenças”. (2009, p.65)

No âmbito da análise das ‘velhas’ mídias, de maneira geral os trabalhos apresentam uma inquietação quanto à “força das mídias na construção do imaginário do jovem”, inclusive conceituando-a como “aparelho ideológico da classe dominante e do Estado” e associando especialmente a TV à sociedade de consumo, e ao seu poder de promover comportamentos, modismos e modelos identitários. Além disso, na maioria não é citada a possibilidade de se promover uma reflexão crítica sobre o cotidiano a partir do que os jovens assistem na TV e nem a escola é mencionada como locus privilegiado de discussão sobre os meios de comunicação de massa. (SETTON, 2009, pp.64-69)

A discussão sobre o potencial crítico-reflexivo e educativo, por vezes desconhecido, do uso das tecnologias limita-se à produção, onze trabalhos ao todo,

(21)

19

que aborda as Tecnologias da Informação e Comunicação como um recurso pedagógico na Educação.

Na perspectiva das ‘novas’ mídias, apesar de ajudar a compreender questões culturais e comportamentais dessa geração a partir da cibercultura, a grande maioria dos estudos, conforme expõe Setton (2009), quase não se refere explicitamente à categoria juventude ou aos jovens.

Entretanto, a faixa etária em questão é do interesse dos pesquisadores, pois são eles os legítimos representantes da Geração@. São os seus maiores usuários, principalmente no tema mais desenvolvido entre eles, que é o uso das TICs, disponibilizadas pelo computador. (SETTON, 2009, p.72) No que se refere à discussão sobre o caráter ideológico dos meios de comunicação de massa, essa é bem menor nos estudos sobre as ‘novas’ mídias.

Enquanto a programação televisiva é vista com um poder manipulador muito grande, as TICs são vistas como um recurso pedagógico potencialmente desconhecido, mas prontamente aceito como fonte de acesso ao conhecimento e a novas formas intelectuais, sensitivas e cognitivas. (SETTON, 2009, p.74)

Como a prática da cultura cibernética pressupõe o desenvolvimento de indivíduos autônomos e sujeitos da sua história e da coletividade, autores e co-autores das produções culturais, no âmbito dos estudos sobre as ‘novas’ mídias e a educação, o jovem é visto como um ser criativo em potencial. (SETTON, 2009, p.74)

Com referência aos estudos científicos que se dedicaram a refletir sobre as questões das Imagens e Representações, Setton (2009) apresenta que encontrou, em maior número, a conclusão de que “a mídia constrói estereótipos acerca do jovem” e, ao mesmo tempo, espelha “as visões de um coletivo relativas à figura do jovem, figura esta construída a partir de categorias do julgamento pouco críticas e baseadas em um senso-comum ideologizado”. (SETTON, 2009, p.75)

Dentro dessa temática, os trabalhos referidos por Setton são quatro dissertações de Mestrado que se debruçam sobre a mídia impressa (CAPOBIANCO, 2004; FORECHI, 2006; LIMA, 2004; GOUVEIA, 2003) e uma tese de Doutorado (LEIRO, 2004) que trata da mídia televisiva.

No caso de Capobianco (2004), esse promoveu uma pesquisa em jornais impressos do Mato Grosso, no período de 1998 a 2000, e verificou que a maioria desses, ao tratar das transgressões juvenis, promove a associação da característica ‘violento’ aos jovens pobres e de rótulos estereotipados, como alienados e consumistas, aos jovens da classe média.

(22)

Gouveia (2003), sob o foco das ações dirigidas aos chamados 'meninos de rua' - anteriores à Constituição de 88- desvela a imagem que foi deles instituída, tornando-os representantes de uma categoria, os menores. Na sua reflexão, a autora analisa fotografias infanto-juvenis que foram publicadas na imprensa, fazendo a correspondência do conjunto de imagens com a das práticas institucionais e jurídicas voltadas historicamente a esse segmento, verificando como o jovem vai sendo representado, percorrendo desde a situação de indivíduos em situação irregular, até vítimas da marginalidade, jovens organizados, sujeitos de direitos ou mesmo adolescentes infratores, transitando ‘da enunciação ao evanescimento’.

Em sentido semelhante, Pereira (2010) verificou na Revista Veja os anúncios publicitários do período de transição democrática até o ano de 2009, observando as mudanças ocorridas na forma como é representada a juventude, ligando-a a movimentos sociais, musicais, às denúncias de corrupção e ao processo de impeachment, aos períodos de ‘adeus à rebeldia política’ e à atual sociedade em rede, com sua geração tecnológica. Concluiu que a mídia acompanha todo esse processo e “a publicidade é o maior reflexo das luzes e sombras que ora evidenciam, ora ocultam a juventude, em seu sentido mais simbólico”. (p.47)

Lima (2004), por sua vez, investigou as representações da juventude contidas no texto literário e na indústria cultural, mais especificamente os estereótipos forjados sobre os jovens na mídia impressa. Ao verificar as imagens da juventude presentes na Literatura e da Indústria cultural, concluiu que podem ocorrer equívocos nas afirmações categóricas sobre os jovens e outros grupos sociais, inclusive visões estereotipadas dos jovens a ponto de tratá-los como verdadeiros alienados quanto às questões sociais, políticas e culturais.

Para esse autor, mais “importante do que olhar para o jovem esperando que ele seja crítico ou alienado, avaliando-o por gostar da arte culta ou da cultura pop, é reconhecer que ele pode ser isso e aquilo, que pode gostar disso e daquilo”. (LIMA, 2004, p.92)

Lima também aponta que, apesar de ter verificado que a Literatura “se aproxima mais de uma visão comprometida com a concepção do jovem como sujeito histórico, consumidor, mas também produtor de linguagem e cultura” (2004, pp. 92-93), a Indústria Cultural também auxilia na construção de conhecimentos sobre a sociedade contemporânea, trazendo “contribuições relevantes para se questionar as formulações que identificam o jovem como sujeito a-histórico”. (2004, p. 201).

(23)

21

Forechi (2006), refletindo sobre a juventude sob as lentes da imprensa, aponta que existem alguns mitos que orientam as coberturas jornalísticas. Esses mitos e rótulos, ao serem repetidos, moldam o imaginário e a forma de agir da sociedade. Especificamente em relação à juventude e aos seus dilemas e características, constatou em um lócus de estudo específico (um bairro periférico de Vitória) que é muito grande a diferença entre a realidade vivida pelos jovens daquela proferida no discurso jornalístico (p. 46).

Leiro (2004), percebendo os jovens como sujeitos históricos sociais dinâmicos, analisa em seu estudo as representações sociais que a juventude constrói a partir da influência da mídia esportiva, especialmente a televisiva. Refletindo criticamente sobre o que se mostra nas mídias esportivas, ele diz que ela tem se dedicado muito mais à publicidade do ter do que à publicidade do ser.

Na visão desse pesquisador, a TV reserva um espaço significativo ao esporte e ao público jovem, ao mesmo tempo em que ocupa grande parte do tempo dos jovens, ajudando a moldar o comportamento e valores desse público.

Além disso, ainda que exista uma 'contraordem' descontente com esse tipo de manipulação, há na TV um grande apelo ao consumismo, ao individualismo e à adequação do jovem à ordem política hegemônica. Ainda sobre o esporte na TV, Leiro argumenta que esse também “moldura interesse e, subjacente a suas mensagens, organiza um conjunto de representações sociais que vão além do seu campo original de conhecimentos”. (2004, pp.240-241)

É dentro dessa problemática que a escola convive com as representações identitárias da juventude. Se os veículos midiáticos auxiliam na construção e divulgação de pré-julgamentos coletivos sobre a juventude e se esses são usados de forma acrítica na escola, podem comprometer os objetivos de uma educação mais progressiva.

No campo da educação, contrapondo-se à concepção bancária de transferência de saberes, Freire (1970) diz que apenas a educação dialógica pode levar à colaboração e a uma análise crítica da realidade através da problematização, pois é através da participação ativa, crítica e reflexiva dos alunos que o conhecimento é construído.

“Em processos educativos onde a interação e a cooperação do grupo são elementos importantes, há que se considerar o aspecto de que o aluno é um

(24)

indivíduo com características próprias, que devem ser respeitadas.” (Geller, Tarouco e Franco, 2004, p.1)

Moran (2000) alerta que “um dos eixos das mudanças na educação passa pela sua transformação em um processo de comunicação autêntica e aberta entre professores e alunos”. (apud CLEMENTINO, 2008, p.3)

Esse diálogo interativo é prejudicado caso se considere o jovem um representante único de indivíduos alienados, individualistas, apolíticos, dentre outros estereótipos ‘do bem’ e ‘do mal’, desconsiderando a possibilidade da sua autonomia, do compartilhamento de saberes e de desenvolvimento global.

Da mesma forma, o planejamento de ensino e até mesmo as macro políticas educacionais podem ter o seu cerne minado se a concepção de juventude não for adequada, ou seja, desconsiderar a sua pluralidade, significação e necessidades variadas.

CONCLUSÕES

As reflexões promovidas com o trabalho “Imagens e Representações dos Jovens pelas Mídias” deixaram nítida a imprecisão da estrutura conceitual do termo ‘juventude’ que não só repercute nas produções midiáticas, mas também é disseminada e realçada por elas.

Por mais que exista uma grande diversidade nas dimensões de vida dos jovens, esses muitas vezes são apresentados nas diversas mídias, como a televisiva, a radiofônica e impressa, de forma genérica ou e até mesmo envoltos a estereótipos e pré-concepções identitárias.

Em decorrência das mídias buscarem, por vezes, reproduzir o contexto histórico, político, social e econômico do qual a juventude faz parte, representam o conjunto dos jovens com características comuns dentro de um percurso temporal como se o grupo juvenil fosse uma massa compacta e homogênea.

Em alguns momentos vigora a visão preconceituosa da juventude como ‘risco social’, especialmente atribuída a jovens pobres. Outras vezes, as questões da marginalidade e da violência são a tônica que baliza a concepção de juventude divulgada nos produtos midiáticos.

(25)

23

Em época de transição democrática, de maneira geral, os jovens são relacionados ao movimento das forças sociais ligadas à área juvenil, são alçados à categoria de reformistas e ativistas políticos.

Quando a questão maior é a ociosidade dos jovens e o desejo é fomentar o protagonismo juvenil ou até mesmo o consumismo, a juventude passa a configurar, dentre outras, uma imagem de força, beleza, coragem, criatividade e senso crítico.

Esse entendimento de que ela é uma unidade coesa no tempo e no espaço não faz jus à pluralidade de ‘juventudes’, expressas na diversidade de condições de existência e reprodução, pertencimento de classe, adesão política, gênero e orientação sexual, zona de moradia, interesses culturais ou raça/cor dos sujeitos jovens, que sofrem também impactos e modificações na sua sociabilidade em decorrência da globalização.

Diante dessa complexidade e da existência de imagens pré-concebidas dos jovens nas Mídias, o seu uso no contexto educativo exige, na perspectiva de educação emancipatória, que a escola promova nos seus alunos uma reflexão crítica a respeito das imagens e representações que vigoram sobre a juventude e como essas operam na formação da sua subjetividade, lendo-os a reconhecer as formas simbólicas e os discursos de poder presentes nas Mídias.

(26)

REFERÊNCIAS

ANDACHT, Fernando. Uma aproximação analítica do formato televisivo do

reality show Big Brother. Revista Transdisciplinar de Comunicação, Semiótica,

Cultura. Galáxia. Número 6, outubro 2003. Universidade do Vale Rio dos Sinos (Unisinos). Disponível em:

<

http://eproinfo.mec.gov.br/upload/ReposProf/Tur0000117735/img_upload/andacht-fernando-reality-show.pdf> Acesso em: 11 jan. 2011.

ARONCHI, José Carlos. Proposta Pedagógica. Debate: televisão, gêneros e linguagens. Boletim 11. Salto para o Futuro. TV Escola. Ano XVI. Jun. 2006.

BALTAR, Mariana. Autoridades eletivas: o lugar do documentário em meio ao universo audiovisual Mariana Baltar Revista Fronteiras – estudos midiáticos. VI(1):149-167, janeiro/junho 2004. Unisinos Disponível em:

<http://eproinfo.mec.gov.br/upload/ReposProf/Tur0000122947/img_upload/olugardod ocumentario.pdf> Acesso em: 9 jan. 2011.

BECKER, Beatriz. O documentário na televisão: Um gênero poderoso chamado telejornal. Debate: Cinema documentário e educação. PGM 4.Salto para o Futuro. TV Escola. Ano XVIII boletim 11 - Junho de 2008. Disponível em:

<http://www.tvbrasil.org.br/fotos/salto/series/164457Cinema.pdf> Acesso em: 12 jan. 2011.

BENTES, Ivana. Cena Contemporânea: Novos Sujeitos do Discurso. Debate:

Cinema documentário e educação. PGM 5. Salto para o Futuro. TV Escola. Ano XVIII boletim 11 - Junho de 2008. Disponível em:

<http://www.tvbrasil.org.br/fotos/salto/series/164457Cinema.pdf> Acesso em: 1 fev. 2011.

BRUZZO, Cristina. O documentário em sala de aula. Debate. Ciência & Ensino. 4 de junho 98. Disponível em:

<http://eproinfo.mec.gov.br/upload/ReposProf/Tur0000122947/img_upload/Document

ariosaladeaula.pdf> Acesso em: 15 fev. 2011.

CAMPOS, Pedro Celso. Gêneros do Jornalismo e Técnicas de Entrevista. Disponível em:

<

http://eproinfo.mec.gov.br/upload/ReposProf/Tur0000122947/img_upload/campos-pedro-generos-do-jornalismo.pdf> Acesso em: 6 jan. 2011.

CAPOBIANCO, Janaina C. M. Educação e comunicação: o jornalismo impresso e a transgressão juvenil na classe média. 2004. Dissertação (Mestrado em Educação),

(27)

25

Universidade Federal do Mato Grosso, Cuiabá, 2004.

CARDOSO, Bruno V. Briga e Castigo: sobre pit-boys e “canais de fofoca” em um sistema acusatório. 2005. Dissertação (Mestrado em Sociologia e Antropologia), Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2005.

CARRANO, Paulo César Rodrigues. Juventude e cidades educadoras. Petrópolis: Vozes, 2003.

CASTRO, C.V. de; GUELFI, Ilka R. F.; PERDIGÃO, Lucas B.; AZEVEDO, Luciana; AFFONSO, Simone B. Sandro do Nascimento, um Ator Documental: Construção e Desconstrução do Personagem diante das Câmeras. Escola de Comunicação e Artes. Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais. Belo Horizonte: 2007. Disponível em:

<http://www.fca.pucminas.br/saogabriel/ci/npe/projex/2007.1/pdfs12007/personagem diantedascameras.pdf> Acesso em: 10 jan. 2011.

CLEMENTINO, Adriana. Didática Intercomunicativa em Cursos Online

Colaborativos. Maio, 2008.

CONJUVE. Jovens como Sujeitos de Direitos. Política Nacional de Juventude: diretrizes e perspectivas. 2006.

FISCHER, Rosa Maria Bueno. O dispositivo pedagógico da mídia: modos de educar na (e pela) TV. Educ. Pesqui., São Paulo, v. 28, n. 1, Jun 2002. Disponível em:

<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1517-97022002000100011&lng=en&nrm=iso>. Acesso em: 26 fev. 2011.

_________. Problematizações sobre o exercício de ver: mídia e pesquisa em educação. Revista Brasileira de Educação. Mai, jun, jul, ago, nº 20, São Paulo:

Associação Nacional de Pos-graduação e Pesquisa em Educação, 2002b. Disponível em:

<http://eproinfo.mec.gov.br/upload/ReposProf/Tur0000117735/img_upload/Eexercicio

_de_ver.pdf> Acesso em: 11 jan. 2011.

_________. Televisão e Educação: fruir e pensar a TV. Belo Horizonte: Autêntica, 2006.

_________. Uma análise foucaultiana da TV: das estratégias de subjetivação na cultura. Trabalho apresentado na 24ª Reunião Anual da ANPEd (Associação de Pós-Graduação e Pesquisa em Educação), no GT Educação e Comunicação. Caxambu (MG): 2001b. Disponível em:

(28)

2011.

FLORA, Ângela Della. Representações sobre a juventude no projeto da Teologia

da Libertação. Grupo de Trabalho Sociologia da Infância e Juventude. XIII

Congresso Brasileiro de Sociologia. 29 de maio a 1 de junho de 2007, UFPE, Recife (PE).

FORECHI, Marcilene. Jornalismo e Educação: da invenção da realidade à formação de jovens. 2006. Dissertação (Mestrado em Educação), Universidade Federal do Espírito Santo, Vitória, 2006. Disponível em:

<http://www.bdae.org.br/dspace/bitstream/123456789/2187/1/tese.pdf> Acesso em: 11 jan. 2011.

FRANÇA, Lisa. Contribuições da Televisão para a Formação da Identidade na

Adolescência. Disponível em:

<http://eproinfo.mec.gov.br/upload/ReposProf/Tur0000117735/img_upload/lisa_franc a.pdf> Acesso em: 13 fev. 2011.

FRANCO, Geraldo A. Lobato. O Sol e as sombras: o filme documentário e a educação. Disponível em:

<http://eproinfo.mec.gov.br/upload/ReposProf/Tur0000122947/img_upload/Document

arioeeducaao.pdf> Acesso em: 11 jan. 2011.

FREIRE, Paulo. Pedagogia do Oprimido. Rio de Janeiro: Edições Paz e Terra, 1970.

FREIXO, Manoel João Vaz. A televisão e a instituição escolar. Instituto Piaget, 2002.

FRESQUET, Adriana Mabel. Experiência de restauração da primeira vez do

cinema: Oficina de Minuto Lumière. Faculdade de Educação /UFRJ.

_________.. Fazer cinema na escola: pesquisa sobre as experiências de Alain Bergala e Núria Aidelman Feldman. GT-16: Educação e Comunicação. UFRJ/ FAPERJ.

_________.. O minuto Lumière. CINEAD BRINCANTE. Projeto de Oficina do Projeto Cinema para Aprender e Desaprender.

GELLER, Marise; TAROUCO, Liane M. R.; FRANCO, Sergio R. K. Adaptando

ambientes virtuais: reunindo educação a distância e estilos cognitivos.

Pós-Graduação em Informática na Educação – UFRGS. SBIE, 2004.

(29)

27

evanescimento. 2003. Dissertação (Mestrado em Educação), Universidade de São Paulo, São Paulo, 2003.

HOHLFELDT, Antonio. Objetividade: categoria jornalística mitificada. Disponível em:

<http://eproinfo.mec.gov.br/upload/ReposProf/Tur0000122947/img_upload/objetivida de.doc> Acesso em: 2 fev. 2011.

LEIRO, Augusto C. R. Educação e mídia esportiva: representações sociais da juventude. 2004. Tese (Doutorado em Educação), Universidade Federal da Bahia, Salvador, 2004.

LIBRELON, Rachel (resenha). A Televisão Levada a Sério. MACHADO, Arlindo. São Paulo: SENAC, 2000.

LIMA, André L. D. A Juventude no texto literário e na Indústria Cultural. 2004. Dissertação (Mestrado em Educação), Pontifícia Universidade Católica, Rio de Janeiro, 2004. Disponível em:

<http://www.bdae.org.br/dspace/bitstream/123456789/2206/1/tese.pdf> Acesso em: 11 jan. 2011.

LINS, Consuelo. Imagens em Metamorfose. Calhamaço, n.2, Laboratório de Estudos Culturais. Florianópolis: UFSC, 1996.

_________. O documentário de Eduardo Coutinho: televisão, cinema e vídeo. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2004.

MENANDRO, Maria Cristina Smith; MORAES, Leandro Gama; MENDES, Flávio Martins de Souza; NARDI, Milena Bertollo. Juventude e Representações Sociais

De Participação Política. Revista Electrónica de Psicología Política Año 8 Nº 23 –

Julio/Agosto 2010. http://www.psicopol.unsl.edu.ar/Agosto2010_Nota4.pdf> Acesso em: 2 jan. 2011.

MENANDRO, Maria Cristina Smith; TRINDADE, Zeidi Araújo; ALMEIDA, Angela Maria de Oliveira. Representações sociais da adolescência/juventude a partir de

textos jornalísticos (1968-1974 e 1996-2002). Arquivos Brasileiros de Psicologia, v.

55, n. 1, 2003. Disponível em:

<http://seer.psicologia.ufrj.br/seer/lab19/ojs/viewarticle.php?id=19> Acesso em: 30 dez. 2010.

MENEZES, Antonio Simões. Discurso ideológico da objetividade jornalística: manipulação dos enunciados das Fontes. Intercom – Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação. XI Congresso de Ciências da

Comunicação na Região Nordeste – Teresina – 14 a 16 de maio de 2009. Disponível em:

(30)

<http://eproinfo.mec.gov.br/upload/ReposProf/Tur0000122947/img_upload/discursoid eologicodaobjetividadejornalistica.pdf> Acesso em: 23 jan. 2011.

MOLFETTA, Andrea. Os Diferentes Tipos de Documentários e suas Técnicas. Debate: Cinema documentário e educação. PGM 2. Salto para o Futuro. TV Escola. Ano XVIII boletim 11 - Junho de 2008. Disponível em:

<http://www.tvbrasil.org.br/fotos/salto/series/164457Cinema.pdf> Acesso em: 11 jan. 2011.

MORAN, José Manuel, MASETTO, Marcos Tarciso, BEHRENS, Marilda Aparecida. Novas tecnologias e mediação pedagógica. Campinas, SP: Papirus, 2000.

NAVARRO, Ignez Pinto; SOARES, Swamy de Paula Lima. Emancipação,

Juventude e Políticas Públicas: o caso do Projovem. GT: Estado e Política

Educacional / n.05. UFPB/ AMPED, 2007.

NETO, Américo Galvão. A Arte Fílmica e sua Pedagogia . ‘Existência e Arte’ - Revista Eletrônica do Grupo PET - Ciências Humanas, Estética e Artes da

Universidade Federal de São João Del-Rei - Ano I - Número I – janeiro a dezembro de 2005.

PEDROSO, Rosa Nívea. Elementos para Compreender o Jornalismo

Informativo. Universidade Federal do Rio Grande do Sul/Brasil. Sem paginação.

Disponível em: <http://www.saladeprensa.org/art411.htm> Acesso em: 5 jan. 2011.

PEREIRA, Cláudia da Silva. Juventude como conceito estratégico para a

Publicidade. Comunicação, Mídia e Consumo. Escola Superior De Propaganda E

Marketing. São Paulo, vol. 7 n. 18, p. 37-54. Mar, 2010.

QUEVEDO, Marina. A Bobalização da TV. Centro Interdisciplinar de Semiótica da Cultura e da Mídia. CISC: 2008. Disponível em:

<http://www.cisc.org.br/html/modules/mydownloads/singlefile.php?cid=15&lid=39 > Acesso em: 11 jan. 2011.

RAMOS, Guiomar. Documentário e Ficção: revendo uma história. Debate: Cinema documentário e educação. PGM 1. Salto para o Futuro. TV Escola. Ano XVIII boletim 11 - Junho de 2008. Disponível em:

<http://www.tvbrasil.org.br/fotos/salto/series/164457Cinema.pdf> Acesso em: 8 jan. 2011.

REZENDE, Luiz. Como Analisar um Documentário? Questões Estéticas e Éticas. Debate: Cinema documentário e educação. PGM 3. Salto para o Futuro. TV Escola. Ano XVIII boletim 11 - Junho de 2008. Disponível em:

(31)

29

2011.

RIBEIRO, Renato Janine. O Afeto Autoritário. Televisão, Ética e Democracia. Ateliê Editorial, 2005.

SETTON, Maria da Graça Jacintho. Juventude, Mídias e TIC. Capítulo 7. Estado da Arte sobre juventude na pós-graduação brasileira : educação, ciências sociais e serviço social (1999-2006), volume 2 / Marilia Pontes Sposito, coordenação. – Belo Horizonte, MG: Argvmentvm, 2009. Disponível em:

<http://www.uff.br/observatoriojovem/sites/default/files/documentos/EstadoArte-Vol-2-LivroVirtual.pdf> Acesso em: 11 jan. 2011.

SILVA, Ângela Maria Oliveira da Cruz. Tecnologias, Educação e a Criticidade

diante dos Meios de Comunicação. Tecnologia, Educação e Inclusão.

Universidade Estadual de Feira de Santana. Disponível em:

<http://eproinfo.mec.gov.br/upload/ReposProf/Tur0000117735/img_upload/Tecnologi as_educacao_e_a_criticidade_Angela_MOCSilva_Antonilma-1.pdf> Acesso em: 27 jan. 2011.

SIQUEIRA, Vera Helena Ferraz de. Sexualidade e Gênero: Mediações do Cinema na Construção de Identidades. GE: Gênero, Sexualidade e Educação / n.23. - NUTES/UFRJ, 2004. Disponível em:

<www.anped.org.br/reunioes/27/ge23/t2313.pdf> Acesso em: 02 fev. 2011.

SOUZA, Marcilene G. Juventude Negra e Racismo: o movimento Hip-Hop em Curitiba e a apreensão da imagem de “Capital Européia” em uma harmonia racial. 2003. Dissertação (Mestrado em Sociologia), Universidade Federal do Paraná, Curitiba, 2003.

SPOSITO, Marilia Pontes (coord). Estado da Arte sobre juventude na

pós-graduação brasileira: educação, ciências sociais e serviço social (1999-2006),

volumes 1 e 2 / Marilia Pontes Sposito, coordenação. Belo Horizonte, MG : Argvmentvm, 2009.

SPOSITO, Marilia Pontes; CORROCHANO, Maria Carla. A face oculta da

transferência de renda para jovens no Brasil. Tempo Social. Revista de

Sociologia da USP, v. 17, n. 2, 2005.

WAISELFIZS, Julio Jacobo. Relatório de Desenvolvimento Juvenil 2007. Brasília: Ritla/ Instituto Sangari/ Ministério da Ciência e Tecnologia, 2007.

Referências

Documentos relacionados

O objetivo do trabalho foi compreender a construção de identidades (HALL, 2000) de mulheres negras e não-negras que passaram pelo processo de transição capilar, considerando

O presente estudo tem como objetivo realizar uma análise sobre as repre- sentações sociais dos participantes nas manifestações e movimentos sociais que ocorreram em diversas

Também foram verificadas quais publicações tinham mais visualizações (no caso dos vídeos), quais tinham mais curtidas e quais foram mais comentadas. Os conteúdos dos

De acordo com os Parâmetros Curriculares Nacionais (BRASIL, 1997), o computador é, ao mesmo tempo, ferramenta e instrumento de mediação. Ferramenta, porque permite ao

Como consequência, o tempo de trabalho invade os domínios do tempo de lazer e tempo de lazer se torna tempo de trabalho (FUCHS, 2015a, p. A instigante perspectiva de Fuchs exige

Com essa proposta, a Univesp busca usar as modernas tecnologias para prover algumas das necessidades básicas de parte da população e promover sua ampla inserção social e decorrente

Outro ponto importante que devemos destacar a respeito da oposição é sua aplicação a nossa amostragem em vídeo-reportagens: de um lado colocamos as matérias produzidas

No ano de 2014, a pesquisa “O Raio-x dos profissionais de mídias sociais no Brasil” foi organizada pelo trampos.co e pela Alma Beta para entender em que ponto estávamos