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EQUAÇÕES DE NAVIER-STOKES: ASPECTOS FÍSICOS E SOLUÇÃO FRACA EM ESPAÇOS DE SOBOLEV

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Academic year: 2021

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(1)UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA ˆ CENTRO DE CIENCIAS NATURAIS E EXATAS ´ ˜ MESTRADO EM MATEMATICA ´ PROGRAMA DE POS-GRADUAC ¸ AO. ˜ EQUAC ¸ OES DE NAVIER-STOKES: ASPECTOS F´ISICOS E ˜ FRACA EM ESPAC SOLUC ¸ AO ¸ OS DE SOBOLEV. ˜ DE MESTRADO DISSERTAC ¸ AO. Paulo Cesar Costa. Santa Maria, RS, Brasil 2008.

(2) ˜ EQUAC ¸ OES DE NAVIER-STOKES: ASPECTOS F´ISICOS E ˜ FRACA EM ESPAC SOLUC ¸ AO ¸ OS DE SOBOLEV. por. Paulo Cesar Costa. Disserta¸c˜ao apresentada ao Programa de P´os-Gradua¸c˜ao Mestrado em Matem´atica, da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM, RS), como requisito parcial para obten¸c˜ao do grau de Mestre em Matem´atica. Orientador: Prof. Dr. Jo˜ao Paulo Lukaszczyk. Santa Maria, RS, Brasil 2008.

(3) UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA ˆ CENTRO DE CIENCIAS NATURAIS E EXATAS ´ ˜ MESTRADO EM MATEMATICA ´ PROGRAMA DE POS-GRADUAC ¸ AO A Comiss˜ao Examinadora, abaixo assinada, aprova a Disserta¸c˜ao de Mestrado ˜ EQUAC ¸ OES DE NAVIER-STOKES: ASPECTOS F´ISICOS E ˜ FRACA EM ESPAC SOLUC ¸ AO ¸ OS DE SOBOLEV elaborada por Paulo Cesar Costa Como requisito parcial para obten¸c˜ao do grau de Mestre em Matem´ atica. ˜ EXAMINADORA: COMISSAO. Jo˜ ao Paulo Lukaszczyk, Dr. (Presidente/Orientador). Celene Buriol, Dra. (UFSM). Maur´ıcio Fronza da Silva, Dr. (UFSM). Santa Maria, 10 de dezembro de 2008.

(4) Agradecimentos Em primeiro lugar gostaria de agradecer a DEUS por me dar vida, sa´ ude e for¸ca para que eu pudesse realizar este trabalho a tanto sonhado. Agrade¸co tamb´em `as pessoas que de uma forma ou de outra colaboraram para a realiza¸c˜ao desta disserta¸c˜ao, em especial a minha m˜ae Helena de Nardi Costa que mesmo longe sempre esteve perto de mim mediante suas ora¸c˜oes. Agrade¸co aos professores do Programa de P´os-Gradua¸c˜ao Mestrado em Matem´atica da UFSM pelo conv´ıvio enriquecedor e pela troca de experiˆencia, em particular ao meu orientador Professor Doutor Jo˜ao Paulo Lukaszczyk, pela paciˆencia, persistˆencia, amizade, compreens˜ao e disponibilidade dispensados durante a elabora¸c˜ao desta disserta¸c˜ao. Agrade¸co ao comando do CMSM pelo apoio obtido durante a realiza¸c˜ao de todo curso mediante concess˜ao de hor´ario especial para estudo. ´ Finalmente gostaria de agradecer de forma especial `a minha esposa Elica Torezani Costa e ao meu filho Guilherme Torezani Costa pela compreens˜ao nos momentos que me fiz um presente ausente. Com certeza esse trabalho n˜ao se realizaria se n˜ao tivesse deles o carinho e amor em todos os momentos dif´ıceis desta longa jornada de trabalho. Ang´ ustia, cansa¸co, vontade de desistir mas eles estavam sempre prontos para recarregar minhas energias. Com muito amor, meu muito obrigado. Dedico este trabalho a meu pai Lourival Jos´e da Costa (in memorian). ii.

(5) Resumo Neste trabalho, a partir da lei da conserva¸c˜ao da massa e da segunda lei de Newton, deduzimos as equa¸c˜oes de Navier-Stokes para um fluido incompress´ıvel. Em seguida fazemos, de forma detalhada, a formula¸c˜ao variacional destas equa¸c˜oes. Para esta formula¸c˜ao, atrav´es do m´etodo de Galerkin, provamos a existˆencia de solu¸c˜ao fraca em espa¸cos de Sobolev em um dom´ınio limitado cuja fronteira seja regular.. iii.

(6) Abstract In this work, based on the Law of conservation of mass and the Newton’s second Law, we deducted the equations of Navier-Stokes for the uncompressing fluids. Then we have developed in a detailed way the varying form of these equations. For this formulation, through the Galerkin method, we have proved the existence of weak solutions in Sobolev spaces in a bounded domain whit regular boundary.. iv.

(7) Nota¸c˜ ao No desenvolvimento deste trabalho procuramos utilizar a nota¸c˜ao usual contida em livros dedicados ao estudo de equa¸c˜oes diferenciais parciais, como referˆencia ver ADANS [1], conforme descrito abaixo: • Ω ´e um aberto limitado do Rn (n ≤ 4) com fronteira ∂Ω regular. • Ω ´e fecho do conjunto Ω. • Dm u(x) =. ∂ |m| u(x) m m n ∂x1 1 ∂x2 2 ... ∂xm m. com |m| = m1 + m2 + ... + mn .. • Lp (Ω) ´e o espa¸co das fun¸c˜oes mensur´aveis g tais que Z  p1

(8)

(9) p

(10) g

(11) p = |g(x)| dx < ∞, 1 ≤ p < ∞. L (Ω) Ω. • Para Ω ⊂ R3 , p ≥ 1 e u = {u1 , u2 , u3 } onde ui : Ω −→ R com i = 1, 2, 3 temos: |u|Lp (Ω) =. Lp (Ω). =. b(u, v, w) =. |ui (x)|p dx. Ω. i=1.

(12)

(13)

(14) ∇u

(15). ! p1. 3 Z X. ! p1

(16) 3 Z

(17) X

(18) ∂ui (x)

(19) p

(20)

(21)

(22) ∂xj

(23) dx i,j=1 Ω 3 Z X i,j=1. Ω. ui. ∂vj wj dx. xi. No caso de p = 2 as normas acima ser˜ao denotadas por |u| e |∇u|. v.

(24) • C(Ω), C k (Ω), C0k (Ω), C0∞ (Ω) s˜ao espa¸cos de fun¸c˜oes definidos usualmente em an´alise, ver LIMA [16]. • D(Ω) ´e o espa¸co da fun¸c˜oes de C ∞ (Ω) com suporte compacto contido em Ω. • W0m,p (Ω) ´e o fecho de D(Ω) em W m,p (se p = 2 escreve-se H0m = W0m,2 ). Em particular, H01 (Ω) ´e o fecho de D(Ω) em H 1 (Ω). • V ∗ = {u ∈ D(Ω), div u = 0}. • V ´e o fecho de V ∗ em H01 (Ω). • H ´e o fecho de V ∗ em L2 (Ω). 0. • B ´e o dual do espa¸co de Banach B, isto ´e, o conjunto de todos os funcionais lineares cont´ınuos em B. • Lp (0, T, X) ´e o espa¸co da fun¸c˜oes Lp no tempo com valores em X, 1 ≤ p < ∞. • L∞ (0, T, X) ´e o espa¸co da fun¸c˜oes L∞ no tempo com valores em X. • Para u e v definidas em Ω temos: Z (u, v) = u(x)v(x) dx. Ω. • ((u, v)) = (∇u, ∇v). • hf, ui ´e o funcional linear f aplicado em u. • S(Rn ) ´e o espa¸co das fun¸c˜oes u ∈ C ∞ (Rn ) tais que sup|xα Dβ u| < x. ∞, α, β ∈ Nn , onde para x = (x1 , x2 , ..., xn ) ∈ Rn e α = (α1 , α2 , ..., αn ) ∈ Nn tem-se xα = xα1 1 .xα2 2 . ... .xαnn . vi.

(25) 0. • S = {f : S(Rn ) −→ R; f linear e cont´ınuo} ´e o espa¸co das distribui¸c˜oes temperadas. • δo e δT s˜ao distribui¸c˜oes de Dirac dadas, respectivamente, por δo : D(R) −→ φ. R. e. 7−→ hδo , φi = φ(0). vii. δT : D(R) −→ φ. R. 7−→ hδT , φi = φ(T )..

(26) Introdu¸c˜ ao As equa¸c˜oes de Navier-Stokes foram denominadas assim ap´os Claude Louis Marie Navier (1785-1836) e George Gabriel Stokes (1819-1903) desenvolverem um conjunto de equa¸c˜oes que descreveriam o movimento das substˆancias fluidas tais como l´ıquidos e gases. Elas constituem um conjunto de equa¸c˜oes que descrevem um grande n´ umero de fenˆomenos f´ısicos de grande interesse econˆomico e acadˆemico tais como: clima, correntes oceˆanicas, fluxo de ´agua em canos, fluxo ao redor de aerof´olios (asas), propaga¸c˜ao de fuma¸ca em incˆendio, fluxo sangu´ıneo, etc. As equa¸c˜oes de Navier-Stokes s˜ao equa¸c˜oes diferenciais que descrevem o movimento de um fluido (neste trabalho consideraremos a densidade do fluido ρ = 1). As vari´aveis s˜ao o campo de velocidades e a press˜ao. A formula¸c˜ao cl´assica para um fluido viscoso e incompress´ıvel ´e a seguinte: achar uma fun¸c˜ao vetorial v : Ω × [0, T ] −→ Rn e uma fun¸c˜ao escalar p : Ω × [0, T ] −→ R tais que. viii.

(27)    vt + v · ∇v − µ∆v + ∇p = f em Ω × (0, T )      div v = 0 em Ω × (0, T )   v(x, 0) = v0 (x) ∀x ∈ Ω      v(x, t) = 0 ∀t ∈ (0, T ) e ∀x ∈ ∂Ω onde v(x, t) ´e a velocidade da part´ıcula que ocupa o ponto x no instante t, p(x, t) ´e a press˜ao exercida sobre ela no mesmo ponto e no mesmo instante, µ ´e o coeficiente de viscosidade e v0 (x) ´e a velocidade inicial. O trabalho est´a dividido em quatro cap´ıtulos principais.. No primeiro. cap´ıtulo apresentamos os preliminares, resultados b´asicos de an´alise funcional que dar˜ao suporte para o estudo de solu¸c˜oes fracas em espa¸cos de Sobolev. No segundo cap´ıtulo deduzimos as equa¸c˜oes de Navier-Stokes para um fluido viscoso e incompress´ıvel. Nesta dedu¸c˜ao usamos princ´ıpios b´asicos da F´ısica tais como a conserva¸c˜ao da massa e a segunda lei de Newton al´em do teorema do transporte. No terceiro cap´ıtulo come¸camos fazendo uma s´erie de considera¸c˜oes a respeito da forma trilinear b que aparece na formula¸c˜ao variacional das equa¸c˜oes. Em seguida mostramos de forma detalhada a formula¸c˜ao variacional das equa¸c˜oes de Navier-Stokes para um fluido viscoso e incompress´ıvel bem como a existˆencia de solu¸c˜ao em dimens˜ao finita. O quarto cap´ıtulo ´e dedicado `a existˆencia de solu¸c˜ao em um espa¸co de dimens˜ao infinita. Come¸camos este cap´ıtulo fazendo v´arias estimativas que dar˜ao suporte para a demonstra¸c˜ao do teorema 3.1 que ´e o objetivo maior deste trabalho. Para tal usamos as convergˆencias forte, fraca e fraco-estrela.. ix.

(28) Sum´ ario Agradecimentos. ii. Resumo. iii. Abstract. iv. Nota¸c˜ ao. v. Introdu¸c˜ ao. viii. 1 Preliminares. 1. 1.1. Teorema da Divergˆencia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 1. 1.2. Teorema de Carath´eodory . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 2. 1.3. Imers˜oes de Sobolev. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 2. 1.4. Identidade de Green . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 2. 1.5. Desigualdade de H¨older . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 3. 1.6. Teorema de Tonelli . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 3. 1.7. Teorema de Fubini . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 3. 1.8. Desigualdade de Poincar´e . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 4. 1.9. Identidade de Parseval . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 4. 1.10 Teorema da Compacidade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 4. 1.11 Teorema da Representa¸c˜ao de Riesz . . . . . . . . . . . . . . . .. 5. x.

(29) 1.12 Defini¸c˜oes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 5. 1.13 Teorema . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 5. 2 As Equa¸c˜ oes de Navier-Stokes. 3. 6. 2.1. A Fun¸c˜ao Fluxo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 6. 2.2. O Campo de Velocidades . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 7. 2.3. A Derivada Parcial e Material . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 9. 2.4. O Teorema do Transporte . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10. 2.5. Conserva¸c˜ao da Massa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15. 2.6. Fluidos Incompress´ıveis . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18. 2.7. Conserva¸c˜ao do Momento Linear . . . . . . . . . . . . . . . . . 19. 2.8. Equa¸c˜oes de Navier-Stokes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 29. Solu¸c˜ ao em Dimens˜ ao Finita. 34. 3.1. Introdu¸c˜ao . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 34. 3.2. A Forma Trilinear b . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 34. 3.3. Formula¸c˜ao Variacional . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 39. 3.4. Solu¸c˜ao em Dimens˜ao Finita . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 42. 4 Solu¸c˜ ao em Dimens˜ ao Infinita 4.1. 4.2. 47. Estimativas a Priori . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 47 4.1.1. A sequˆencia {vm } ´e limitada em L∞ (0, T, H) . . . . . . . 47. 4.1.2. A sequˆencia {vm } ´e limitada em L2 (0, T, V ) . . . . . . . 50. 4.1.3. Se 0 < γ <. 1 4. ent˜ao {e vm } ´e limitada em H γ (R, V, H). . . 51. Solu¸c˜ao em Dimens˜ao Infinita . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 63. Conclus˜ ao. 73. Referˆ encias Bibliogr´ aficas. 74. xi.

(30) Cap´ıtulo 1 Preliminares Neste cap´ıtulo apresentamos uma s´erie de resultados b´asicos que dar˜ao suporte te´orico para o estudo da equa¸c˜ao a que nos propomos. A fim de n˜ao tornar este trabalho longo e cansativo, os resultados aqui enunciados n˜ao ser˜ao demonstrados, apenas ser´a indicado uma referˆencia onde se pode encontrar tais demonstra¸c˜oes.. 1.1. Teorema da Divergˆ encia. Seja Ω uma regi˜ao em trˆes dimens˜oes delimitada por uma superf´ıcie fechada ∂Ω, e denotemos por n o vetor normal unit´ario exterior a ∂Ω em (x, y, z). Se F ´e uma fun¸c˜ao vetorial dotada de derivadas parciais cont´ınuas em Ω, ent˜ao Z Z F · n dS = div F dV. Ω. ∂Ω. Referˆ encia: SWOKOWSKI [25] p´ag. 616.. 1.

(31) 1.2. Teorema de Carath´ eodory 0. Considere a equa¸c˜ao diferencial ordin´aria x = f (t, x). Seja f uma fun¸c˜ao definida numa regi˜ao R dada por |t−τ | ≤ a e |x−ξ| ≤ b tal que f ´e mensur´avel em t para cada x fixo e cont´ınua em x para cada t fixo. Se existe uma fun¸c˜ao m integr´avel no intervalo |t − τ | ≤ a com |f (t, x)| ≤ m(t). (t, x) ∈ R. ent˜ao existe uma solu¸c˜ao ϕ satisfazendo a EDO a menos de um conjunto de medida nula. Referˆ encia: CODDINGTON [4] p´ag. 43.. 1.3. Imers˜ oes de Sobolev. Se Ω ´e um aberto limitado do Rn com fronteira regular ent˜ao para todo u ∈ H01 (Ω) e 1 ≤ q < ∞ tem-se: |u|Lq (Ω) ≤ c(Ω)|u|H01 (Ω). se n = 2,. |u|L6 (Ω) ≤ c(Ω)|u|H01 (Ω). se n = 3,. |u|L4 (Ω) ≤ c(Ω)|u|H01 (Ω). se n = 4,. |u|. 2n. L n−2 (Ω). ≤ c(Ω)|u|H01 (Ω) se n ≥ 3.. ´ Referˆ encia: TEMAM [26] p. 159 ou BREZIS [2] p. 168.. 1.4. Identidade de Green. Se Ω ⊂ R3 ´e um conjunto aberto limitado ent˜ao Z Z ∂v (u∆v + ∇u∇v) dx = u − → dS Ω ∂Ω ∂ n 2.

(32) onde. − ´e a derivada de v na dire¸c˜ao de → n.. ∂v → ∂− n. Referˆ encia: EVANS [5] p. 559.. 1.5. Desigualdade de H¨ older. Sejam 1 < p, q < ∞ com. 1 p. 1 q. +. = 1. Se u ∈ Lp e v ∈ Lq ent˜ao uv ∈ L1 e vale. a desigualdade Z |uv| ≤ |u|Lp |v|Lq . ´ Referˆ encia: BREZIS [2] p. 56.. 1.6. Teorema de Tonelli. Sejam Ω1 ⊂ Rn , Ω2 ⊂ Rm abertos e f : Ω1 ×Ω2 −→ R uma fun¸c˜ao mensur´avel. Se Z |f (x, y)|dy < ∞ Ω2. para quase todo x ∈ Ω1 e Z. Z |f (x, y)|dy < ∞. dx Ω1. Ω2. ent˜ao f ∈ L1 (Ω1 × Ω2 ). ´ Referˆ encia: BREZIS [2] p. 55.. 1.7. Teorema de Fubini. Sejam Ω1 ⊂ Rn , Ω2 ⊂ Rm abertos e f : Ω1 ×Ω2 −→ R uma fun¸c˜ao mensur´avel. Se f ∈ L1 (Ω1 × Ω2 ) ent˜ao Z Z Z f (x, y) dy dx = Ω1. Ω2. Ω2. Z. Z f (x, y) dx dy =. f (x, y) dx dy. Ω1 ×Ω2. Ω1. 3.

(33) ´ Referˆ encia: BREZIS [2] p. 55.. 1.8. Desigualdade de Poincar´ e. Se Ω ⊂ Rn ´e um aberto limitado com fronteira regular ent˜ao para todo v ∈ H01 (Ω) tem-se: |v|L2 (Ω) ≤ c|∇v|L2 (Ω) onde c ´e uma constante que depende de Ω. Referˆ encia: MEDEIROS [21] p. 91.. 1.9. Identidade de Parseval. Se f : R −→ C ´e infinitamente diferenci´avel e tem suporte compacto ent˜ao |f |2L2 (R) = |fb|2L2 (R) . ´ Referˆ encia: IORIO [13] p. 192.. 1.10. Teorema da Compacidade. Se X0 , X e X1 s˜ao espa¸cos de Hilbert onde X0 ⊂ X ⊂ X1 com inje¸c˜oes cont´ınuas e a inje¸c˜ao de X0 em X compacta ent˜ao para qualquer limitado K γ e γ > 0 dados a inje¸c˜ao de HK (R, X0 , X1 ) em L2 (R, X) ´e compacta, onde. H γ (R, X0 , X1 ) = {v ∈ L2 (R, X0 ); Dtγ v ∈ L2 (R, X1 )} γ HK (R, X0 , X1 ) = {u ∈ H γ (R, X0 , X1 ), supp u ⊂ K}.. Referˆ encia: TEMAM [26] p. 274. 4.

(34) 1.11. Teorema da Representa¸ c˜ ao de Riesz. Sejam 1 < p, q < ∞ com. 1 p. +. 1 q. 0. = 1. Se u ∈ (Lp (Ω)) ent˜ao existe uma u ´nica. fun¸c˜ao v ∈ Lq (Ω) tal que Z hu, f i =. ∀f ∈ Lp (Ω).. vf. ´ Referˆ encia: BREZIS [2] p. 61.. 1.12. Defini¸c˜ oes. • Se f ∈ L1 (R) a transformada de Fourier de f se define por Z b f (r) = e−2iπrt v(t) dt R 0. • Se u ∈ S a transformada de Fourier u b de u se define por b ∀φ ∈ S. hb u, φi = hu, φi, Como exemplo calculemos a transformada de Fourier de δ0 e δT : Z ∞ Z ∞ −2iπt.0 b b b hδo , φi = hδo , φi = φ(0) = e φ(t) dt = 1 φ(t) dt = h1, φi. −∞. −∞. logo δbo = 1 Analogamente Z. ∞. b = φ(T b )= hδbT , φi = hδT , φi. e−2iπtT φ(t) dt = he−2iπtT , φi.. −∞. Logo δbT = h(r) = e−2iπrT .. 1.13. Teorema. Se f ∈ L1 (Rn ) a transformada fb de f como distribui¸c˜ao temperada coincide com a transformada de f como fun¸c˜ao. Referˆ encia: HOUNIE [12] p. 81. 5.

(35) Cap´ıtulo 2 As Equa¸c˜ oes de Navier-Stokes 2.1. A Fun¸c˜ ao Fluxo. Uma maneira de se descrever o movimento de um fluido 1 ´e tentando seguir o movimento de suas part´ıculas, atribuindo as coordenadas x, y e z a cada uma delas e especificando estas coordenadas em fun¸c˜ao do tempo. Nesse contexto, um modelo matem´atico para esta descri¸c˜ao ´e a fun¸c˜ao φ definida da seguinte forma: seja Ω0 ⊂ R3 uma regi˜ao aberta limitada ocupada por uma por¸c˜ao de fluido (l´ıquido ou g´as) no instante t = 0. A fun¸c˜ao φ : Ω0 × [0, T ] −→. R3. 7−→ φ(a, t). (a, t). ´e tal que para cada a ∈ Ω0 a curva t 7−→ φ(a, t) descreve a trajet´oria da part´ıcula que ocupava a posi¸c˜ao a no instante t = 0, ou ainda, considerando o escoamento do fluido, para cada t fixo, φt (Ω0 ) = Ωt ´e a regi˜ao ocupada pela por¸c˜ao de fluido no tempo t. 1. Fluido ´e qualquer substˆ ancia n˜ao s´olida capaz de escoar e assumir a forma do recipiente. que o cont´em.. 6.

(36) A fun¸c˜ao φ chama-se fun¸c˜ ao fluxo e esta ´e a descrri¸c˜ ao lagrangeana. Os pontos de Ω0 s˜ao chamados coordenadas materiais.. 2.2. O Campo de Velocidades. Outra maneira de descrever o movimento de um fluido ´e abandonar a tentativa de especificar a trajet´oria de cada part´ıcula e, ao inv´es, especificar a velocidade do fluido, em cada ponto do espa¸co, a cada instante de tempo. Nesse contexto, um modelo matem´atico para esta descri¸c˜ao ´e a fun¸c˜ao v definida da seguinte forma: seja Ω ⊂ R3 um aberto limitado. A fun¸c˜ao v : Ω × [0, T ] −→. R3. 7−→ v(x, t). (x, t). ´e tal que para cada x fixo, vx = v(x, t) nos d´a o vetor velocidade da part´ıcula que est´a passando pela posi¸c˜ao x, no instante t. Assim, focaliza-se a aten¸c˜ao no que est´a acontecendo em um determinado ponto no espa¸co, num instante particular, ao inv´es de no que est´a acontecendo com uma determinada part´ıcula do fluido. A fun¸c˜ao v chama-se campo de velocidades e esta ´e a descri¸c˜ ao euleriana. Os pontos x s˜ao chamados coordenadas espaciais. A fun¸c˜ao fluxo e o campo de velocidades est˜ao fortemente ligados. Das defini¸c˜oes acima segue-se imediatamente a rela¸c˜ao  d v φ(a, t), t = φ(a, t), dt. a ∈ Ω0. (2.1). isso quer dizer que o vetor velocidade da part´ıcula que est´a no ponto φ(a, t) ´e a derivada do caminho t 7−→ φ(a, t). Portanto, conhecendo-se a fun¸c˜ao φ podemos definir, para cada t, a fun¸c˜ao φt (x) = φ(x, t). Essa nova fun¸c˜ao, para cada t fixado, nos d´a a posi¸c˜ao da 7.

(37) part´ıcula que no instante t = 0 ocupava a posi¸c˜ao x. Por exemplo, φ0 (x) = φ(x, 0) = x. Sabendo-se inverter a fun¸c˜ao φt obtemos a fun¸c˜ao φ−1 tal que φ−1 ea t t (x) ´ posi¸c˜ao a em que a part´ıcula se encontrava no instante t = 0. Se φ(a, t) = x ent˜ao φ−1 c˜ao 2.1, temos t (x) = a. Assim, da rela¸   d v(x, t) = v φ(a, t), t = φ(φ−1 t (x), t dt ou seja, conhecendo-se φ e sabendo-se inverter a fun¸c˜ao φt obtemos o campo de velocidades v(x, t). Reciprocamente, se o campo de velocidades v(x, t) for conhecido, obt´em-se φ resolvendo-se, para cada a ∈ Ω0 a equa¸c˜ao diferencial ordin´aria com a condi¸c˜ao incial  . d φ(a, t) dt.  φ(a, 0).  = v φ(a, t), t. (2.2). = a.. Isso justifica o fato de apenas o campo de velocidades ser uma das vari´aveis nas Equa¸c˜oes de Navier-Stokes, como veremos adiante. No intuito de deduzir as Equa¸c˜oes de Navier-Stokes a partir da segunda lei de Newton e do princ´ıpio da conserva¸c˜ao da massa vamos admitir que a fun¸c˜ao fluxo φ exista e possua todas as propriedades de diferenciabilidade e invertibilidade que forem necess´arias. Mais precisamente, se Ωt ´e a regi˜ao do espa¸co ocupada pelo fluido no instante t, admitiremos que φt : Ω0 −→. Ωt. x 7−→ φ(x, t) ´e diferenci´avel e possui inversa diferenci´avel.. 8.

(38) 2.3. A Derivada Parcial e Material. Dada uma fun¸c˜ao f (x, t), x ∈ Ωt ⊂ R3 e uma trajet´oria t −→ φ(a, t)  considere a fun¸c˜ao composta fφ (t) = f φ(a, t), t . Usando a regra da cadeia para derivar fφ e omitindo os argumentos das fun¸c˜oes f e φ obtemos: 0. fφ (t) =. d f (φ1 , φ2 , φ3 , t) dt. ∂f ∂φ1 ∂f ∂φ2 ∂f ∂φ3 ∂f ∂t + + + ∂φ1 ∂t ∂φ2 ∂t ∂φ3 ∂t ∂t ∂t     ∂f ∂f ∂f ∂φ1 ∂φ2 ∂φ3 ∂f 0 fφ (t) = , , · , , + ∂φ1 ∂φ2 ∂φ3 ∂t ∂t ∂t ∂t 0. fφ (t) =. 0. 0. fφ (t) = φ · ∇f +. ∂f ∂t. onde a u ´ltima express˜ao ´e a forma reduzida da pen´ ultima, de acordo com as conven¸c˜oes para a utiliza¸c˜ao dos s´ımbolos · e ∇. Assim, de 2.2, temos:   ∂f 0 fφ (t) = v · ∇f + (φ(a, t), t). ∂t A derivada material de f , que denotaremos por Df ∂f = v · ∇f + . Dt ∂t. Df , Dt. ´e definida pela f´ormula: (2.3). Assim, dada uma fun¸c˜ao f (x, t), a derivada material nos d´a a taxa de varia¸c˜ao de f ao longo da trajet´oria de uma part´ıcula que, no instante t, ocupa a posi¸c˜ao x ∈ Ωt . Se considerarmos um ponto fixo no espa¸co a derivada material nos d´a a taxa de varia¸c˜ao de f em rela¸c˜ao ao tempo (descri¸c˜ao Euleriana). Neste caso, Df Dt. =. ∂f ∂t. chama-se derivada parcial.. 9.

(39) 2.4. O Teorema do Transporte. Uma fun¸c˜ao f : U −→ Rn , definida no aberto U ⊂ Rm , diz-se diferenci´avel no ponto a ∈ U quando, para todo v = (α1 , ..., αm ) tal que a + v ∈ U e para cada i = 1, ..., n, tem-se m X ∂fi fi (a + v) − fi (a) = (a).αj + ri (v) ∂xj j=1. com. lim. v→0. ri (v) = 0. |v|. A matriz .  ∂fi (a) ∈ M (n × m) ∂xj. chama-se matriz jacobiana de f no ponto a e a transforma¸c˜ao linear f 0 (a) : Rm → Rn , cuja matriz em rela¸c˜ao `as bases canˆonicas de Rm e Rn ´e a matriz jacobiana de f no ponto a, chama-se a derivada da aplica¸c˜ ao f no ponto a. Lema 2.1. Se a aplica¸c˜ao f : U −→ R3 , definida no aberto U ⊂ R3 e diferenci´avel no ponto a ∈ U, admite uma inversa g = f −1 : V −→ R3 definida no aberto V ⊂ R3 e diferenci´avel no ponto b = f (a), ent˜ ao Jf (a) 6= 0, onde Jf (a) ´e o determinante da matriz jacobiana de f no ponto a. Demonstra¸c˜ ao: Seja Id : R3 −→ R3 a aplica¸c˜ao identidade, ou seja, Id (x) = (x), para todo 0. x ∈ R3 . A transforma¸c˜ao linear Id : R3 −→ R3 , cuja matriz em rela¸c˜ao a base canˆonica ´e I3 (matriz identidade de ordem 3) ´e a derivada de Id . Assim, g o f = 0. 0. 0. 0. Id , e portanto, (g o f ) (a) = Id . Pela Regra da Cadeia vem que g (f (a)).f (a) = 0. 0. 0. 0. 0. 0. g (b).f (a) = I3 . Analogamente, f (g(b)).g (b) = f (a).g (b) = I3 . Isso mostra 0. 0. 0. que g (b) = f (a)−1 , ou seja, f (a) possui inversa. Assim, pelas propriedades usuais dos determinantes temos que Jf (a) 6= 0. Mais geralmente, se uma aplica¸c˜ao f admite inversa em todo seu dom´ınio aberto D, ent˜ao Jf (x) 6= 0 para todo x ∈ D.. 10.

(40) Teorema 2.1 (Teorema do Transporte). Satisfeitas as hip´ oteses sobre a fun¸c˜ao fluxo φ mencionadas nas se¸c˜ oes anteriores e sendo Ωt uma regi˜ ao onde se pode aplicar o Teorema da Divergˆencia de Gauss, vale a seguinte f´ ormula:  Z Z  d Df f (x, t)dx = + f div v (x, t)dx. dt Ωt Dt Ωt Demonstra¸c˜ ao: Na primeira integral acima, para cada t fixo, fa¸camos a seguinte mudan¸ca de vari´avel: x = φt (y) ou seja,  (x1 , x2 , x3 ) = (φ1 (y), φ2 (y), φ3 (y)) = φ1 (y1 , y2 , y3 ), φ2 (y1 , y2 , y3 ), φ3 (y1 , y2 , y3 ) assim, o jacobiano J(y, t) ´e dado por

(41)

(42) ∂φ1

(43)

(44) ∂y1

(45)

(46) ∂φ2

(47) J(y, t) =

(48) ∂y 1

(49)

(50)

(51) ∂φ3

(52)

(53) ∂y1. ∂φ1 ∂y2 ∂φ2 ∂y2 ∂φ3 ∂y2. ∂φ1 ∂y3 ∂φ2 ∂y3 ∂φ3 ∂y3.

(54)

(55)

(56)

(57)

(58)

(59)

(60)

(61)

(62)

(63)

(64)

(65)

(66). onde o argumento y das derivadas foi omitido. Logo, Z Z

(67)

(68) f (x, t)dx = f (φt (y), t)

(69) J(y, t)

(70) dy. Ωt. (2.4). Ω0. Como, por hip´otese, φt ´e sempre invers´ıvel, pelo Lema 2.1 J(y, t) nunca se anula. Al´em disso, o jacobiano ´e cont´ınuo (pois ´e uma soma de produtos de fun¸c˜oes cont´ınuas). Por outro lado, t = 0 ⇒ x = φ0 (y) ⇒ (x1 , x2 , x3 ) = φ0 (y) = y = (y1 , y2 , y3 ). Neste caso.   1, se i = j ∂φi (y) =  0, se i 6= j. ∂yj 11.

(71) Dessa forma, J(y, 0) = det I3 = 1 > 0. Logo, J(y, t) ´e sempre positivo e 2.4 pode ser escrito como Z. Z f (x, t)dx =. Ωt. f (φt (y), t)J(y, t)dy.. (2.5). Ω0. Pela defini¸c˜ao da fun¸c˜ao φ, φt (y) = φ(y, t) ´e a posi¸c˜ao da part´ıcula que no tempo t = 0 ocupava a posi¸c˜ao y que n˜ao se altera com o passar do tempo. Dessa forma a integral que resultou da mudan¸ca de vari´aveis tem dom´ınio de integra¸c˜ao independente do tempo. Podemos, portanto, trocar a ordem de deriva¸c˜ao e integra¸c˜ao, obtendo Z Z d d f (x, t)dx = f (φ(y, t), t)J(y, t)dy dt Ωt dt Ω0  Z  d [f (φ(y, t), t)J(y, t)] dy = dt Ω0   Z  d d = f (φ(y, t), t) J(y, t) + f (φ(y, t), t) J(y, t) dy dt dt Ω0  Z  Z d d = f (φ(y, t), t) J(y, t)dy + f (φ(y), t) J(y, t)dy. dt Ω0 dt Ω0. Consideremos a primeira integral ap´os a u ´ltima igualdade acima. A derivada no integrando ´e a derivada de f calculada ao longo de um caminho, ou seja, a derivada material. Logo  Z Z  d Df f (φ(y), t) J(y, t)dy = (φ(y, t), t) J(y, t)dy. dt Ω0 Ω0 Dt Da´ı, pela mudan¸ca de vari´avel x = φt (y), temos Z Z Df Df (φ(y, t), t)J(y, t)dy = (x, t). Ω0 Dt Ωt Dt Consideremos agora a integral Z d f (φ(y), t) J(y, t)dy. dt Ω0 12. (2.6).

(72) Inicialmente vamos calcular a derivada do jacobiano,

(73)

(74)

(75) ∂φ1 ∂φ1 ∂φ1

(76)

(77)

(78)

(79) ∂y1 ∂y2 ∂y3

(80)

(81)

(82) dJ d

(83)

(84) ∂φ2 ∂φ2 ∂φ2

(85)

(86) =

(87)

(88) dt dt

(89) ∂y1 ∂y2 ∂y3

(90)

(91)

(92)

(93) ∂φ3 ∂φ3 ∂φ3

(94)

(95)

(96)

(97) ∂y1 ∂y2 ∂y3

(98) no ponto (y, t). Pela regra de Sarrus para o c´alculo de determinante, obtemos: dJ dt. d ∂φ1 ∂φ2 ∂φ3 ∂φ1 ∂φ2 ∂φ3 ∂φ1 ∂φ2 ∂φ3 + + − dt ∂y1 ∂y2 ∂y3 ∂y2 ∂y3 ∂y1 ∂y3 ∂y1 ∂y2. =. ! ∂φ1 ∂φ2 ∂φ3 ∂φ1 ∂φ2 ∂φ3 ∂φ1 ∂φ2 ∂φ3 − − − . ∂y3 ∂y2 ∂y1 ∂y1 ∂y3 ∂y2 ∂y2 ∂y1 ∂y3. Pela regra do produto, temos: d dt. . ∂φ1 ∂φ2 ∂φ3 ∂yi ∂yj ∂yk. .  =. ∂φ1 ∂yi. 0. ∂φ2 ∂φ3 ∂φ1 + ∂yj ∂yk ∂yi. . ∂φ2 ∂yj. 0. ∂φ3 ∂φ1 ∂φ2 + ∂yk ∂yi ∂yj. . ∂φ3 ∂yk. 0 .. Assim, fazendo i, j, k variar no conjunto A = {1, 2, 3}, com i 6= j 6= k 6= i obtemos:    0  0  0 d ∂φ1 ∂φ2 ∂φ3 ∂φ1 ∂φ2 ∂φ3 ∂φ1 ∂φ2 ∂φ3 ∂φ1 ∂φ2 ∂φ3 = + + dt ∂y1 ∂y2 ∂y3 ∂y1 ∂y2 ∂y3 ∂y1 ∂y2 ∂y3 ∂y1 ∂y2 ∂y3 d dt. . ∂φ1 ∂φ2 ∂φ3 ∂y2 ∂y3 ∂y1. .  =. ∂φ1 ∂y2. 0. ∂φ2 ∂φ3 ∂φ1 + ∂y3 ∂y1 ∂y2. . ∂φ2 ∂y3. 0. ∂φ3 ∂φ1 ∂φ2 + ∂y1 ∂y2 ∂y3. . ∂φ3 ∂y1. 0. 0  0  0 ∂φ1 ∂φ2 ∂φ3 ∂φ1 ∂φ2 ∂φ3 ∂φ1 ∂φ2 ∂φ3 = + + ∂y3 ∂y1 ∂y2 ∂y3 ∂y1 ∂y2 ∂y3 ∂y1 ∂y2    0  0  0 d ∂φ1 ∂φ2 ∂φ3 ∂φ1 ∂φ2 ∂φ3 ∂φ1 ∂φ2 ∂φ3 ∂φ1 ∂φ2 ∂φ3 − =− − − dt ∂y3 ∂y2 ∂y1 ∂y3 ∂y2 ∂y1 ∂y3 ∂y2 ∂y1 ∂y3 ∂y2 ∂y1    0  0  0 d ∂φ1 ∂φ2 ∂φ3 ∂φ1 ∂φ2 ∂φ3 ∂φ1 ∂φ2 ∂φ3 ∂φ1 ∂φ2 ∂φ3 − =− − − dt ∂y1 ∂y3 ∂y2 ∂y1 ∂y3 ∂y2 ∂y1 ∂y3 ∂y2 ∂y1 ∂y3 ∂y2. d dt. . ∂φ1 ∂φ2 ∂φ3 ∂y3 ∂y1 ∂y2. . . 13.

(99) d dt. . ∂φ1 ∂φ2 ∂φ3 − ∂y2 ∂y1 ∂y3. .  =−. ∂φ1 ∂y2. 0. ∂φ2 ∂φ3 ∂φ1 − ∂y1 ∂y3 ∂y2. . ∂φ2 ∂y1. 0. ∂φ3 ∂φ1 ∂φ2 − ∂y3 ∂y2 ∂y1. . ∂φ3 ∂y3. Observe que cada uma das seis derivadas acima ´e uma soma de trˆes parcelas. Somando a primeira parcela de cada uma delas obtemos o determinante

(100)

(101)

(102) ∂ ∂φ1 ∂ ∂φ1 ∂ ∂φ1

(103)

(104) ∂t ∂y1 ∂t ∂y2 ∂t ∂y3

(105)

(106)

(107)

(108)

(109)

(110) ∂φ2 ∂φ2

(111) D1 =

(112) ∂φ2

(113) ∂y2 ∂y3

(114) ∂y1

(115)

(116) ∂φ3

(117) ∂φ ∂φ 3 3

(118) ∂y

(119) ∂y ∂y 1. 2. 3. Analogamente, a soma das segundas parcelas e das terceiras nos d˜ao, respectivamente, os determinantes

(120)

(121) ∂φ1 ∂φ1 ∂φ1

(122) ∂y1 ∂y2 ∂y3

(123)

(124) ∂ ∂φ2 ∂ ∂φ2 ∂ ∂φ2 D2 =

(125) ∂t ∂y ∂t ∂y ∂t ∂y 1 2 3

(126)

(127) ∂φ3 ∂φ3 ∂φ3

(128) ∂y ∂y ∂y 1. 2. 3.

(129)

(130)

(131)

(132)

(133)

(134)

(135)

(136)

(137). e.

(138)

(139)

(140)

(141)

(142) D3 =

(143)

(144)

(145)

(146). ∂φ1 ∂y1. ∂φ1 ∂y2. ∂φ1 ∂y3. ∂φ2 ∂y1. ∂φ2 ∂y2. ∂φ2 ∂y3. ∂ ∂φ3 ∂t ∂y1. ∂ ∂φ3 ∂t ∂y2. ∂ ∂φ3 ∂t ∂y3.

(147)

(148)

(149)

(150)

(151)

(152)

(153)

(154)

(155). Por outro lado, pela regularidade da fun¸c˜ao φ, podemos trocar a ordem de deriva¸c˜ao e escrever ∂ ∂φi ∂ (y, t) = ∂t ∂yj ∂yj =. =. .  ∂φi (y, t) ∂t. ∂ [vi (φ(y, t), t)] ∂yj 3  X ∂vi k=1.  ∂φk (φ(y, t), t) (y, t) . ∂xk ∂yj. Assim, aplicando a propriedade da soma para determinantes, segue que

(156)

(157)

(158)

(159) ∂v1 ∂φk ∂v1 ∂φk ∂v1 ∂φk

(160)

(161) ∂φ1 ∂φ1 ∂φ1

(162) ∂xk ∂y1 ∂xk ∂y2 ∂xk ∂y3

(163)

(164) ∂y1 ∂y ∂y3

(165)

(166) 2 3 3 X

(167)

(168) X

(169)

(170) dJ

(171)

(172) ∂φ ∂φ ∂φ ∂φ ∂φ ∂v ∂v ∂v 2 2 k 2 2 ∂φk =

(173) 2 k

(174) +

(175) ∂y12 ∂xk ∂y1 ∂xk ∂y2 ∂xk ∂y3 ∂y2 ∂y3

(176) dt

(177) k=1

(178) k=1

(179)

(180)

(181) ∂φ3 ∂φ3 ∂φ3 ∂φ3 ∂φ3

(182) ∂φ3

(183)

(184) ∂y ∂y1 ∂y2 ∂y3 ∂y ∂y 1. 2. 3. 14.

(185)

(186)

(187)

(188)

(189)

(190) +

(191)

(192)

(193). 0 ..

(194)

(195)

(196)

(197) 3 X

(198)

(199) +

(200)

(201) k=1

(202)

(203). ∂φ1 ∂y1. ∂φ1 ∂y2. ∂φ1 ∂y3. ∂φ2 ∂y1. ∂φ2 ∂y2. ∂φ2 ∂y3. ∂v3 ∂φk ∂xk ∂y1. ∂v3 ∂φk ∂xk ∂y2. ∂v3 ∂φk ∂xk ∂y3.

(204)

(205)

(206)

(207)

(208)

(209) .

(210)

(211)

(212). Consideremos o primeiro somat´orio acima. A primeira parcela deste somat´orio ´e. ∂v1 J. ∂x1. J´a a segunda e a terceira parcelas s˜ao determinantes formados. por linhas proporcionais, portanto iguais a zero. Logo este somat´orio ´e igual a ∂v1 J. ∂x1 De maneira an´aloga vemos que o segundo e terceiro somat´orios acima s˜ao iguais, respectivamente, a ∂v2 J ∂x2. e. ∂v3 J. ∂x3. Portanto, d J(y, t) = J(y, t) div v(φ(y, t), t). dt Da´ı, Z. dJ f (φ(y, t), t) (y, t) = dt Ω0. Z f (φ(y, t), t) [div v(φ(y, t), t)] J(y, t)dy.. (2.7). Ω0. Logo, atrav´es da substitui¸c˜ao x = φt (y), temos Z Z ∂J f (φ(y, t), t) (y, t) = f (x, t) div v(x, t)dx. ∂t Ω0 Ωt. (2.8). Assim, d dt. 2.5. Z . Z f (x, t)dx = Ωt. Ωt.  Df + f div v (x, t). Dt. (2.9). Conserva¸c˜ ao da Massa. A lei da Conserva¸c˜ao da Massa afirma que em qualquer sistema natural a mat´eria ´e conservada, ou seja, n˜ao se gera nem se destr´oi mat´eria. Em 15.

(213) qualquer sistema, f´ısico ou qu´ımico, nunca se cria nem se elimina mat´eria, apenas ´e poss´ıvel transform´a-la de uma forma em outra. Nesta se¸c˜ao vamos usar a lei da Conserva¸c˜ao da Massa para obter uma rela¸c˜ao para o movimento de mat´eria cont´ınua. Seja Ω uma regi˜ao ocupada por uma por¸c˜ao de fluido e seja ρ(x, t), ou simplismente ρ, a densidade da part´ıcula de fluido que ocupa o ponto x ∈ Ω no instante t. Consideremos tamb´em uma parti¸c˜ao interior Ωk de Ω. Escolhendo um ponto xk em cada sub-regi˜ao Ωk , de volume ∆Vk e formando a soma de Riemann X. ρ(xk )∆Vk. k. obtemos o valor aproximado da massa m da por¸c˜ao do fluido que ocupa a regi˜ao Ω. Assim, por defini¸c˜ao, a massa da por¸c˜ao de fluido que ocupa uma regi˜ao Ω no instante t ´e dado por Z m=. ρ(x, t)dx. Ω. Dessa forma, dizer que a massa se conserva significa que para todo t ≥ 0, com Ωt a imagem de Ω0 pela fun¸c˜ao φt e Ω0 arbitr´ario, tem-se Z Z ρ(x, t)dx. ρ(x, 0)dx = Ω0. Ωt. Portanto Z Z d d ρ(x, 0)dx = ρ(x, t)dx. dt Ω0 dt Ωt Como a primeira integral da igualdade acima independe do tempo temos Z d ρ(x, t)dx = 0. dt Ωt Assumindo que ρ tem derivadas cont´ınuas e aplicando Teorema do Transporte 2.1 obtemos d 0= dt. Z . Z ρ(x, t)dx = Ωt. Ωt. 16.  Dρ + ρ div v (x, t)dx. Dt.

(214) Se Ωt ´e um aberto qualquer ocupado pelo fluido no instante t, ent˜ao existe Ω0 aberto tal que φt (Ω0 ) = Ωt , j´a que estamos supondo φt invers´ıvel e cont´ınua (Veja LIMA [16], p´ag. 22) ou seja, em qualquer instante de tempo t a integral sobre a Ωt da fun¸c˜ao cont´ınua Dρ + ρ div v Dt ´e sempre nula. Isso s´o ´e poss´ıvel se esta fun¸c˜ao for identicamente nula. Obtemos assim a equa¸c˜ao da conserva¸c˜ ao da massa, tamb´em conhecida como equa¸c˜ao da continuidade Dρ + ρ div v = 0. Dt. (2.10). Pelas hip´oteses feitas sobre a fun¸c˜ao ρ e o campo de velocidades temos div(ρ v) = div(ρ v1 , ρ v2 , ρ v3 ) ∂(ρ v1 ) ∂(ρ v2 ) ∂(ρ v3 ) + + ∂x ∂y ∂z ∂ρ ∂v1 ∂ρ ∂v2 ∂ρ ∂v3 = v1 + ρ + v2 + ρ + v3 + ρ ∂x ∂x ∂y ∂y ∂z ∂z ∂ρ ∂ρ ∂ρ ∂v1 ∂v2 ∂v3 = v1 + v2 + v3 + ρ +ρ +ρ ∂x ∂y ∂z ∂x ∂y ∂z     ∂ρ ∂ρ ∂ρ ∂v1 ∂v2 ∂v3 = , , · (v1 , v2 , v3 ) + ρ , , ∂x ∂y ∂z ∂x ∂y ∂z =. = v · ∇ρ + ρ div v.. (2.11). Da´ı e da equa¸c˜ao da continuidade 2.10 temos Dρ + div(ρ v) − v · ∇ρ = 0. Dt Assim, usando a defini¸c˜ao de derivada material a equa¸c˜ao da continuidade pode ser escrita como dρ + div(ρ v) = 0. dt 17.

(215) 2.6. Fluidos Incompress´ıveis. Um fluido ´e dito incompress´ıvel quando o seu volume n˜ao se altera durante o escoamente, ou seja, se no instante t = 0 uma por¸c˜ao de fluido ocupa uma regi˜ao Ω0 de volume V0 e no instante t ocupa uma regi˜ao Ωt de volume Vt tem-se V0 = Vt mesmo que a forma das duas regi˜oes sejam diferentes. Consequentemente, devido a lei da conserva¸c˜ao da massa, dizer que um fluido ´e incompress´ıvel ´e equivalente a dizer que a densidade ´e constante. Na verdade a maioria dos fluidos s˜ao compress´ıveis, por´em em certas condi¸c˜oes de temperatura e press˜ao a compressibilidade ´e t˜ao pequena que o fluido pode ser considerado como incompress´ıvel. Decorre da defini¸c˜ao de integral tripla que se f (x, y, z) = 1 em toda uma regi˜ao Ω ent˜ao a integral Z dx Ω. ´e o valor do volume de Ω. Dessa forma, a condi¸c˜ao do volume de qualquer por¸c˜ao de fluido ser preservada pelo fluxo ´e descrita pela equa¸c˜ao: Z d dx = 0. dt Ω Assim, se um fluido ´e incompress´ıvel, o Teorema do Transporte aplicado a f = 1 nos d´a d 0= dt. Z . Z dx = Ω. Ω.  D + div v dx, Dt. ou seja, Z  Ω.  Z ∂f v · ∇f + + div v dx = div v dx = 0. ∂t Ω. Esta rela¸c˜ao ´e v´alida para todo aberto Ω. Da´ı se conclui que o divergente da velocidade ´e nulo em todos os pontos, ou seja, div v = 0 que ´e a condi¸c˜ao de incompressibilidade. 18. (2.12).

(216) 2.7. Conserva¸c˜ ao do Momento Linear. Durante o movimento de um fluido a por¸c˜ao de fluido que ocupa uma regi˜ao Ωt interage mecanicamente com o meio externo (ao fluido) e com o resto do fluido. A intera¸c˜ao com o meio externo se d´a atrav´es das for¸cas externas (peso, for¸ca de cori´olis, for¸cas eletromagn´eticas, etc.). A intera¸c˜ao com o resto do fluido se d´a na fronteira de Ωt atrav´es das for¸cas internas (for¸cas de contato ou tens˜oes). O momento linear de um sistema ´e igual ao produto de sua massa por sua velocidade. Ele mede a quantidade de movimento do sistema e tem o seguinte significado f´ısico: quanto maior o momento de um sistema, mais dif´ıcil se torna par´a-lo. Por exemplo, dados dois objetos com momentos lineares distintos, se pararem no mesmo intervalo de tempo devido a uma colis˜ao, as consequˆencias (ou seja, os estragos) ser˜ao maiores no objeto com maior momento linear. Nesta se¸c˜ao deduziremos uma equa¸c˜ao que envolve este conceito. Consideremos uma regi˜ao Ωt . Decompondo esta regi˜ao em sub-regi˜oes Ω1 , Ω2 , ... Ωk tal que o interior de Ωi ´e disjunto do interior Ωj , i, j ∈ 1, 2, ... k sempre que i 6= j, tomando-se arbitrariamente xi ∈ Ωi e considerando, respectivamente, mi e ∆Vi a massa e o volume da sub-regi˜ao Ωi , o valor aproximado do momento linear relativo a por¸c˜ao do fluido que ocupa a regi˜ao Ωi ´e Mi = mi v(xi , t) = ρ(xi , t)v(xi , t)∆Vi . Assim, o momento linear de uma por¸c˜ao de fluido que ocupa, no instante t, a regi˜ao Ωt ´e, por defini¸c˜ao Z ρ(x, t)v(x, t)dx. Ωt. Se n˜ao existem for¸cas agindo no sistema seu momento linear se mant´em constante. Por´em, se existem for¸cas agindo nele a segunda lei de Newton afirma que a taxa de varia¸c˜ao temporal da quantidade de movimento linear 19.

(217) (momento linear) ´e igual a soma total das for¸cas que atuam no sistema, ou seja, Z  d ρv dx = FORC ¸ A TOTAL. dt Ωt Esta, por sua vez, ´e a soma das for¸cas externas e das for¸cas internas. Quanto `as for¸cas externas suponhamos conhecida a fun¸c˜ao f (x, t) que d´a o somat´orio das for¸cas externas por unidade de massa. Dessa forma, a for¸ca externa total atuando na por¸c˜ao do fluido que, no instante t, ocupa a regi˜ao Ωt ´e, por defini¸c˜ao Z ρ(x, t)f (x, t) dx. Ωt. Se apenas o peso for considerado, f (x, t) =. p m. =. m.g m.  = g (gravidade). Trataremos agora das for¸cas internas (for¸cas de contato ou tens˜oes). Um dos mais importantes axiomas da mecˆanica do cont´ınuo ´e a hip´otese de Cauchy com rela¸c˜ao a essas for¸cas. Considerando N o conjunto de todos os vetores unit´arios de R3 , Cauchy admite a existˆencia de um campo de tens˜oes cont´ınuo em x s : N × Ω × [0, T ] −→. R3. 7−→ s(n, x, t). (n, x, t). que d´a a for¸ca de contato por unidade de ´area atuando numa superf´ıcie perpendicular a n, no ponto x, no instane t. Dessa forma, a for¸ca exercida pelo resto do fluido na por¸c˜ao do fluido que, no instante t, ocupa a regi˜ao Ωt , ´e dada por Z s(n, x, t) dSx ∂Ωt. onde n ´e normal a ∂Ωt , apontando para fora. Assim, Z Z Z d ρ(x, t)v(x, t) dx = ρ(x, t)f (x, t) dx + s(n, x, t) dSx dt Ωt Ωt ∂Ωt | {z } | {z } | {z } for¸ca total for¸ca externa for¸ca interna. (2.13). O teorema seguinte garante que se o fluido satisfizer a segunda lei de Newton ent˜ao s tem de depender linearmente de n. 20.

(218) Teorema 2.2 (Teorema de Cauchy). Se s(n, x, t) definida para todo x em uma regi˜ao aberta Ω e para todo vetor unit´ ario n ´e cont´ınua em x e se f (x, t) ´e limitada em Ω ent˜ao s(n, x, t) ´e linear em n, isto ´e, s(n, x, t) = S(x, t)n. Demonstra¸c˜ ao: Pelo Teorema do Transporte temos  Z Z  d D ρv dx = (ρv) + ρv div v dx dt Ω Dt Ω  Z  Dρ Dv = v+ρ + ρv div v dx Dt Dt Ω   Z  Dv Dρ = ρ +v + ρ div v dx Dt Dt Ω donde, pelo princ´ıpio da conserva¸c˜ao da massa, vem Z Z d Dv ρv dx = ρ dx. dt Ω Ω Dt. (2.14). Consideremos a fun¸c˜ao g = ρf −ρ Dv . A segunda lei de Newton juntamente Dt com 2.14 nos d´a Z. Dv ρ dx = Ω Dt. Z. Z ρf dx +. s dSx. Ω. ∂Ω. Z .  Z Dv = g+ρ dx + s dSx Dt Ω ∂Ω Z Z Z Dv = g dx + ρ + s dSx . Ω Ω Dt ∂Ω. Logo Z. Z s dSx = −. ∂Ω. g dx. Ω. 21.

(219) Como por hip´otese f ´e limitada segue-se que |g| ≤ k, para algum k real. Logo,

(220) Z

(221)

(222)

(223). ∂Ω.

(224)

(225) Z

(226) Z Z Z

(227)

(228)

(229) s dSx

(230)

(231) =

(232)

(233) g dx

(234)

(235) ≤ |g|dx ≤ k dx = k dx = k vol(Ω) Ω. Ω. Ω. Ω. onde vol(Ω) ´e o volume da regi˜ao Ω. A fim de estender a hip´otese de Cauchy a todo vetor de R3 consideremos a fun¸c˜ao     |u| s u , x , se u 6= 0 |u| s(u, x) =  0, se u = 0 onde o parˆametro t foi eliminado para simplificar a nota¸c˜ao. Vamos mostrar que para todo x da regi˜ao de escoamento a fun¸c˜ao s(u, x) definida acima ´e linear em n. Para tal consideremos um ponto x0 interior a regi˜ao de escoamento, os vetores u1 e u2 linearmente independentes e os escalares  e δ positivos e suficientemente pequenos. Al´em disso, consideremos os planos π1 , com normal u1 , que passa por x0 e o plano π2 , com normal u2 , passando tamb´em por x0 . Tomemos tamb´em o plano π3 que passa por x0 + u3 , com normal u3 = −(u1 + u2 ). Seja R a regi˜ao limitada por estes planos e pelos planos paralelos π4 e π5 distantes δ de x0 , com normais u4 = m e u5 = −m, respectivamente, conforme figura abaixo.. 22.

(236) Logo a fronteira da regi˜ao R ´e. ∂R =. 5 [. Si. i=1. onde Si ´e a face de R cujo vetor normal ´e ui . Na figura anterior considere um corte transversal produzido por um plano π paralelo a u1 e u2 , conforme figura abaixo.. Observe que o ˆangulo o ˆangulo. π 2. π 2. b = β. Por outro lado, + β ´e externo ao ∆AOF , logo A. b = α. Portanto + α ´e externo ao ∆OBF , logo B ∆AOB ∼ ∆OCD. e da´ı |u1 | |u2 | |u3 | = = OB OA AB donde vem que |u1 | |u2 | |u3 | = = OB.2α OA.2α AB.2α ou seja, se αi ´e a ´area da face Si temos |u1 | |u2 | |u3 | = = α1 α2 α3 23.

(237) logo, α1 =. |u1 | α3 |u3 |. e. α2 =. |u2 | α3 . |u3 |. (2.15). Al´em disso, as faces paralelas tˆem ´areas α4 = α5 =. α3 |u3 | |u3 | = α3 2δ 2 4δ. (2.16). e o volume da regi˜ao R ´e dado por Vol(R) =. α3 |u3 | 2δ. 2. 2δ =. |u3 | α3 . 2δ. Por outro lado, Z s(n, x)dSx =. 5 Z X. ∂R. i=1. =. s(n, x)dSx. Si. 5 Z X. Z s1 (n, x)dSx ,. Si. i=1. . Z s2 (n, x)dSx ,. Si. s3 (n, x)dSx Si. onde sj , j = 1, 2, 3, ´e a componente j de s. Como por hip´otese s ´e cont´ınua em x, cada uma das suas componentes sj tamb´em s˜ao. Aplicando o Teorema do Valor M´edio (para integrais) `a integral Z sj (n, x)dSx j = 1, 2, 3 Si. no vetor. ui |ui |. relativo `a face Si e considerando xji ∈ Si o ponto onde o Teorema. se verifica temos:

(238)

(239)

(240) 

(241)

(242) 5  5

(243) X

(244) X     ui 1 ui 2 ui 3 ui ∗

(245)

(246)

(247)

(248)

(249) s1 , x α1 , s2 , x α2 , s3 , x α3

(250) =

(251) s , x αi

(252)

(253)

(254)

(255)

(256)

(257) |ui | i |ui | i |ui | i |ui | i i=1 i=1 ≤ k onde x∗i = (x1i , x2i , x3i ). 24. |u3 | α3 2. (2.17).

(258) Substituindo em 2.17 os valores de αi , i = 1, ..., 5 calculados em 2.15 e 2.16 obtemos

(259) 2

(260) X u3 ∗  ui ∗  |ui |

(261) s , xi α3 + s , x3 α3 +

(262)

(263) |u | |u | |u | i 3 3 i=1

(264)

(265) |u3 |

(266) ∗ |u3 | ∗ |u3 | +s(m, x4 ) α3 + s(−m, x5 ) α3

(267) ≤ k α3 .

(268) 4δ 4δ 2 Multiplicando ambos os membros da desigualdade acima por |u34δ|α3 temos

(269)

(270) u  4δ|u1 | u2 ∗  4δ|u2 | u3 ∗  4δ|u3 |

(271) 1 , x∗1 + s , x + s ,x +

(272) s 2

(273) |u1 | |u3 |2 |u2 | |u3 |2 |u3 | 3 |u3 |2

(274)

(275)

(276) +s(m, x∗4 ) + s(−m, x∗5 )

(277) ≤ 2kδ

(278) e da´ı

(279) 

(280) 4δ  u1 ∗  u2 ∗  u3 ∗ 

(281) |u1 |s , x + |u2 |s , x + |u3 |s ,x +

(282)

(283) |u3 |2 |u1 | 1 |u2 | 2 |u3 | 3

(284)

(285)

(286) + (s(m, x∗4 ) + s(−m, x∗5 ))

(287) ≤ 2kδ.

(288) Pela defini¸c˜ao da fun¸c˜ao s temos

(289)

(290)

(291) 4δ  

(292) ∗ ∗ ∗ ∗ ∗

(293)

(294)

(295) |u3 |2 s(u1 , x1 ) + s(u2 , x2 ) + s(u3 , x3 ) +  s(m, x4 ) + s(−m, x5 )

(296) ≤ 2kδ. (2.18) Fazendo δ tender a zero em 2.18 obtemos | (s(m, x∗4 ) + s(−m, x∗5 ))| = 0. Como  > 0 2.19 nos d´a: s(m, x∗4 ) = s(−m, x∗5 ). 25. (2.19).

(297) Agora fazendo  −→ x0 temos x∗4 −→ x0. e. x∗5 −→ x0. logo, s(m, x0 ) = −s(−m, x0 ). ∀ m ∈ R3. (2.20). pois, dado m ∈ R3 sempre existem x0 , u1 e u2 satisfazendo as condi¸c˜oes acima. Em 2.18 fa¸camos agora o contr´ario, ou seja, primeiro fa¸camos  −→ 0 depois δ. Assim  −→ 0. ⇒. s(u1 , x∗1 ) + s(u2 , x∗2 ) + s(u3 , x∗3 ) = 0. donde vem que s(−(u1 + u2 ), x∗3 ) = −s(u1 , x∗1 ) − s(u2 , x∗2 ). Fazendo δ −→ 0 temos s(−(u1 + u2 ), x0 ) = −s(u1 , x0 ) − s(u2 , x0 ). Portanto, de 2.20 obtemos s(u1 + u2 , x0 ) = s(u1 , x0 ) + s(u2 , x0 ) Isto mostra que s ´e aditiva para vetores L.I. . Mostraremos agora que dado α ∈ R tem-se s(αu, x) = α s(u, x) para todo u ∈ R3 . De fato, pela defini¸c˜ao da fun¸c˜ao s temos α = 0 ⇒ s(0.α, x) = s(0, x) = 0 = 0.s(u, x), αu  u  , x = α|u| = s , x = α s(u, x)e |αu| |u| αu  u  α < 0 ⇒ s(αu, x) = |αu|s , x = |α||u|s − ,x = |αu| |u| u = −|α||u|s( , x) = −|α|s(u, x) = α s(u, x). |u| α > 0 ⇒ s(αu, x) = |αu|s. 26.

(298) Temos que mostrar ainda que s ´e aditiva para vetores n˜ao necessariamente L.I. . De fato, sejam u1 e u2 vetores L.D. . Assim u2 = ku1 para algum k real. Logo s(u1 + u2 , x) = s(u1 + k u1 , x) = s((1 + k) u1 , x) = (1 + k)s(u1 , x) = = s(u1 , x) + k s(u1 , x) = s(u1 , x) + s(ku1 , x) = = s(u1 , x) + s(u2 , x). Resta-nos mostrar ainda que existe uma fun¸c˜ao matricial S(x, t). De fato, se B = {e1 , e2 , e3 } ´e a base canˆonica de R3 ent˜ao existe uma matriz S(x, t) que representa a transforma¸c˜ao linear s, ou seja, s(n, x, t) = S(x, t)n o que conclui a prova do teorema.. Assim, omitindo o argumento (x, t) das fun¸c˜oes que aparecem no integrando, 2.13 nos d´a Z Z Z d ρf dx + Sn dSx ρv dx = dt Ωt Ωt ∂Ωt | {z } | {z } | {z } for¸ca total for¸ca externa for¸ca interna. (2.21). com . a a a  11 12 13  Sn =  a21 a22 a23  a31 a32 a33. . . . n a n + a12 n2 + a13 n3   1   11 1      n2  =  a21 n1 + a22 n2 + a23 n3    n3 a31 n1 + a32 n2 + a33 n3. onde li (i = 1, 2, 3) s˜ao as linhas da matriz S.. 27. . . l ·n   1    =  l2 · n   l3 · n.     .

(299) Pelo Teorema da Divergˆencia (preliminar 1.1) temos Z Z Sn dS = (l1 · n, l2 · n, l3 · n) dS ∂Ωt. ∂Ωt. Z. Z l1 · n dS,. =. l2 · n dS,. ∂Ωt. ∂Ωt. Z. =. l3 · n dS. ∂Ωt. Z div l1 dx, Ωt. . Z. . Z div l2 dx,. Ωt. div l3 dx Ωt. Z =. (div l1 , div l2 , div l3 ) dx Ωt. Z =. Div S dx. Ωt. Assim d dt. Z. Z ρv dx =. Ωt. Z pf dx +. Ωt. Div S dx. Ωt. Pelo Teorema do Transporte temos  Z  Z Z D (ρv) + ρv div v dx = pf dx + Div S dx. Dt Ωt Ωt Ωt Logo Z  Ωt.  D (ρv) + ρv div v − ρf − Div S dx = 0 Dt. Por outro lado D Dv Dρ Dv (ρv)+ρv div v = ρ +v +ρv div v = ρ +v Dt Dt Dt Dt. .  Dρ Dv + ρ div v = ρ . Dt Dt | {z } =0. Da´ı Z  Ωt.  D ρ v − ρf − Div S dx = 0. Dt. (2.22). Como o integrando em 2.22 ´e continuo e Ωt ´e arbitr´ario, resulta ρ. Dv = ρ f + Div S Dt. conhecida como a Equa¸c˜ao da Conserva¸c˜ ao do Momento. 28. (2.23).

(300) 2.8. Equa¸co ˜es de Navier-Stokes. As equa¸c˜oes da conserva¸c˜ao da massa 2.10 e do momento 2.23 ainda s˜ao insuficientes para descrever o movimento de um fluido. Elas consistem de quatro equa¸c˜oes escalares e 13 inc´ognitas: v1 , v2 , v3 , ρ e as nove entradas da matriz S. Para completar a descri¸c˜ao devemos relacionar S com outras vari´aveis, como por exemplo a viscosidade. A viscosidade desempenha nos fluidos o mesmo papel que o atrito nos s´olidos. Ela ´e a propriedade f´ısica de um fluido que exprime sua resistˆencia ao cisalhamento interno, isto ´e, a qualquer for¸ca que tenda produzir o escoamento entre suas camadas. Newton descobriu que em muitos fluidos, a tens˜ao de cisalhamento ´e proporcional ao gradiente da velocidade, com constante de proporcionalidade igual a µ (viscosidade). Os fluidos que obedecem esta lei s˜ao chamados Fluidos Newtonianos e os que n˜ao obedecem s˜ao chamados n˜ao-Newtonianos. Neste trabalho vamos supor que o fluido seja Newtoniano. Consideremos inicialmente o caso em que a viscosidade ´e nula, ou seja, as for¸cas internas atuam apenas perpendicularmente `a superf´ıcie de Ωt . Neste caso S(x, t)n deve ser sempre paralelo a n. Isto equivale a afirmar que existe uma fun¸c˜ao p(x, t) tal que S(x, t) = −p(x, t)I3 onde I3 denota a matriz identidade de ordem 3, p ´e a press˜ao e     ∂p −p 0 0 − ∂x 1        ∂p  Div S = Div(−pI3 ) = Div  0 −p = 0   − ∂x2  = −∇p.     ∂p 0 0 −p − ∂x3 Neste caso a equa¸c˜ao da conserva¸c˜ao do momento ´e ρ. Du + ∇p = ρf Dt 29. (2.24).

(301) que juntamente com a equa¸c˜ao da conserva¸c˜ao da massa 2.10 consistem agora de quatro equa¸c˜oes escalares e cinco inc´ognitas: v1 , v2 , v3 , ρ e p. Existem duas sa´ıdas para esta situa¸c˜ao. A primeira ´e considerar que o fluido ´e incompress´ıvel, o que ´e uma boa aproxima¸c˜ao para os fluidos em algumas situa¸c˜oes, como por exemplo em vˆoos super-sˆonicos. Nesta ´otica ρ(x, t) = ρ0 ´e constante e n´os temos as Equa¸c˜oes de Euler para um fluido n˜ao-viscoso e incompress´ıvel: ρ0. Du + ∇p = ρ0 f Dt Div v = 0.. Uma outra maneira ´e introduzir uma equa¸c˜ ao de estado, ou seja, supor que existe uma fun¸c˜ao conhecida r : (0, ∞) −→ ρ. R. 7−→ p = r(ρ).. Para um g´as ideal a temperatura constante, p ´e diretamente proporcional a ρ.. Consideremos agora o caso viscoso. Neste caso, no sentido de obtermos uma forma para a matriz S, vamos usar os argumentos de KREISS [14]. Experimentos f´ısicos mostram que quando o gradiente dos componentes de v ´e zero, ou seja, v ´e constante na vari´avel espacial, a forma para S em 2.24 ainda ´e apropriada. Para ficar claras as id´eis consideremos, em particular, que v seja constante tamb´em na vari´avel temporal. Assim ´e razo´avel supor que n˜ao h´a tranferˆencia de movimento entre as part´ıculas e portanto o fluido pode ser considerado como inv´ıscido (viscosidade nula). Ent˜ao ´e natural supor que, na forma mais geral de S, S + pI3 dependa dos gradientes das componentes de v. Numa primeira aproxima¸c˜ao podemos supor que tal dependˆencia ´e linear,. 30.

(302) e isto ´e, existe uma fun¸c˜ao Se linear tal que S + pI3 = S(G), onde     G = G(x, t) =   . ∂v1 ∂x1. ∂v1 ∂x2. ∂v1 ∂x3. ∂v2 ∂x1. ∂v2 ∂x2. ∂v2 ∂x3. ∂v3 ∂x1. ∂v3 ∂x2. ∂v3 ∂x3.   .  . Por outro lado, G pode ser decomposta de maneira u ´nica como 1 1 G(x, t) = (G + Gt ) + (G − Gt ) |2 {z } |2 {z } GS. GA. onde GS e GA s˜ao, respectivamente, as partes sim´etrica e antisim´etrica de G. Num corpo s´olido n˜ao h´a transferˆencia de momento entre as partes. Al´em e disto, a matriz G ´e antisim´etrica. logo devemos ter S(G) = 0. Portanto, para e fluidos, ´e razo´avel supor que S(G) dependa somente da parte sim´etrica de T . e S ) seja invariante sob rota¸c˜oes Tamb´em ´e fisicamente razo´avel supor que S(G e GS U t ) = do sistema de coordenadas, isto ´e, em termos matem´aticos S(U e S )U t . U S(G Usaremos agora o seguinte teorema cuja prova pode ser encontrada em GURTIN & MARTINS [10]. e Teorema 2.3. Seja Se = S(D) uma transforma¸c˜ ao linear de D = (dij )3X3 satisfazendo t e DU t ) = U S(D)U e S(U. para todo U3X3 ortogonal e D3X3 sim´etrica. Ent˜ ao   ∂v1 ∂v2 ∂v3 0 e S(D) = µ + + I3 + 2µD ∂x1 ∂x2 ∂x3 0. onde µ e µ s˜ao constantes independentes de D. Fazendo D = 12 (G + Gt ) no teorema ?? temos 0. S = −pI + µ (div v)I + µ(G + Gt ) 31. (2.25).

(303) 0. onde p ´e a press˜ao, µ (viscosidade) e µ s˜ao constantes, I3 ´e a matriz identidade de ordem 3 e Gt ´e a transposta da matriz    G = ∇v =  . ∂v1 ∂x1. ∂v1 ∂x2. ∂v1 ∂x3. ∂v2 ∂x1. ∂v2 ∂x2. ∂v2 ∂x3. ∂v3 ∂x1. ∂v3 ∂x2. ∂v3 ∂x3.    . . Supondo que o fluido satisfaz 2.12 (condi¸c˜ao de incompressibilidade), 2.25 se reduz a S = −pI3 + µ(G + Gt ). Al´em disso,    t G+G =  . ∂v1 2 ∂x 1 ∂v2 ∂x1. +. ∂v2 ∂x2. ∂v3 ∂x1. +. ∂v1 ∂x3. ∂v1 ∂x2. +. ∂v2 ∂x1. ∂v2 2 ∂x 2 ∂v3 ∂x2. 32. +. ∂v2 ∂x3. ∂v1 ∂x3. +. ∂v2 ∂x3. +. ∂v3 ∂x1 ∂v3 ∂x2. ∂v3 2 ∂x 3.      .

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