Facilitadores de
Pensamento Sistêmico:
Aula 08 22/11/2012
“Talvez, pela primeira vez na história, a humanidade tenha a
capacidade de criar muito mais informações do que o homem pode
absorver, de gerar uma interdependência muito maior que o
homem pode administrar e de acelerar as mudanças com uma
velocidade muito maior que o homem pode acompanhar.”
Agenda
19:00 Abertura
19:15 Posicionamento metodológico
19:30 A Dança das Mudanças
20:45 Intervalo
21:00 Modelos Mentais
22:00 Organização do projeto
22:30 Final
Aula Data Conteúdo Tarefa de casa
Case
(Rn=reunião “n” na empresa)
Leituras preparatórias Recursos adicionais (usar depois da aula) 1 16/8 Inicializações, tarefas e
calendário Ponto de Mutação Características do PS
Papéis e dinâmica das reuniões de PS
Ler livro Ver filmes Definir case
Definir case O Curso do PS cap. 1
PSCC 6, 7, 8, 9, 19 (n=artigo em Andrade et al., 2006)
Capra
Filmes: Ponto de Mutação
2 30/8 Introdução ao método sistêmico Organizar projeto
Organizar projeto O Curso do PS cap. 3 PSCC 21, 13, 14, 81, Senge PS
Filmes: Enigma das Cartas
3 13/9 Casos de PS Organizar projeto
Organizar projeto O Curso do PS cap. 2 PSCC 23, 38, Trilhas: Relatos de trilheiros experientes
Filmes: Quem Somos Nós
4 27/9 Casos de PS Eventos e variáveis R1 – Escolha da situação de interesse e eventos O Curso do PS cap. 4 e 5 PSCC 29, 55, 71, 73, 91
Filmes: A História das Coisas
5 4/10 Padrões de comportamento, séries históricas e análise de correlação
R2 – Padrões O Curso do PS cap. 6 e 7 PSCC 26, 39, 84, 89, 96, Senge AG
Filmes: Home ou o seu filme sistêmico 6 25/10 Linguagem sistêmica Ferramentas Projetos devem estar ajustados em cronograma R3 – Mapa sistêmico (análise de correlação)
O Curso do PS cap. 8 PSCC 10, 49, 50, 53 Arquétipos Senge e internet
7 8/11 Arquétipos R4 – Mapa sistêmico (arquétipos)
O Curso do PS cap. 8 PSCC 40, 57, 63, 90
8 22/11 Modelos mentais R5 – Modelos mentais
O Curso do PS cap. 9 PSCC 61, 62, 66, 67, 81, 92, Senge MM
Bibliografia Cenários, site Shell, GBN; Filmes: Minority Report
9 6/12 Cenários R6 – Cenários O Curso do PS cap. 10 PSCC 34, 35, 36, 41 Tutorial ithink, Vensim
10 20/12 Modelagem R7 – Modelagem O Curso do PS cap. 11 PSCC 20, 42, 43
11 10/1 Pontos de alavancagem R8 – Projetos de ação
O Curso do PS cap. 12 PSCC 85, 58, 25, 45, 46, 56, 94
12 A definir
Apresentações O Curso do PS cap. 13 PSCC 44, Senge DP Livro Ismael (
http://www.scribd.com/doc/3211348/ Daniel-Quinn-Ismael
Eventos
Padrões de
Comportamento
Estrutura
Sistêmica
Modelos
Mentais
O Curso do Pensamento
Sistêmico (i.e., o método)
1) Definir uma Situação de Interesse
2) Apresentar a História por meio de
Eventos
3) Identificar as Variáveis Chave
4) Traçar os Padrões de
Comportamento
5) Desenhar a Estrutura Sistêmica
6) Identificar Modelos Mentais
7) Visualizar Cenários
8) Modelar em Computador
9) Definir Direcionadores
Estratégicos, Planejar Ações e
Reprojetar o Sistema
A Dança das
Mudanças
Exercício:
aplicando
arquétipos
•
Ache as variáveis centrais do seu trabalho
e seu comportamento
•
Veja se “bate” com algum dos padrões de
arquétipo
Para seguir
adiante...
•
Combinar arquétipos
•
Utilizar as relações lineares de
causa-e-efeito obtidas da análise de
correlação
•
Utilize ferramentas genéricas para
obter as relações de causa-e-efeito
–
5 Porquês
–
Mapas Cognitivos
–
Árvores da Teoria das Restrições
–
Diagrama de Ishikawa, ...
Recursos
•
Sobre arquétipos leia Archetypes –
Interaction Structures of the Universe
http://www.systems-thinking.org/arch/arch.htm
•
SENGE, Peter M. A Quinta Disciplina - Arte,
Teoria e Prática da Organização que
Aprende. São Paulo, Best Seller, 1990,
Apêndice;
•
SENGE, Peter., KLEINER, Art, ROBERTS,
Charlotte, ROSS, Richard e SMITH, Bryan J. A
Quinta Disciplina - Caderno de Campo. Rio
de Janeiro, Qualitymark, 1995, pp 113-140.
•
VALENÇA, Antonio Carlos. Aprendizagem
Organizacional – 123 Aplicações Práticas de
Arquétipos Sistêmicos. São Paulo, SENAC,
2011
O que deve
acontecer? Para
começar a R5
1. Mapa sistêmico versão final
2. Tranquilidade, paz, confiança
3. Predisposição para aprender com o
que há abaixo dos tapetes...
Como será a R5
1. Modelos mentais sobre o
mapa sistêmico
2. Coletivamente construir
mapa sistêmico
1. Calma, assertivamente e com
energia positiva...
2. ... livre explorar do mapa
sistêmico...
3. ... descobrindo atores e seus
modelos mentais...
4. ... e dialogando sobre a “o
que há sob o tapete”.
Como será a R5
3. Conflitos podem surgir...
4. Mapeie-os, de maneira que as
pessoas se despersonalizem dos
mesmos
5. Use técnicas de explicitação e/ou
transcendência do conflito
6. Se precisar ajuda profissional,
não hesite.
7. ESTA É A REUNIÃO MAIS
DIVERTIDA DO PROJETO
(ATÉ AGORA....)
Esta reunião
vai ser boa
prá
cachorro!!!
O Nível dos
Modelos Mentais
•
Os sistemas naturais podem ser
explicados através dos níveis da
realidade até a estrutura sistêmica. No
entanto, os sistemas sociais possuem
um nível a mais
•
Os sistemas sociais ou de atividades
humanas (que envolvem
pessoas) são construídos
tendo por base
o que as pessoas carregam
em suas mentes
O Nível dos
Modelos Mentais
•
Para gerar mudanças profundas na
realidade, é preciso identificar como
os modelos mentais geram ou
influenciam as estruturas em jogo
para que seja possível compreendê-las
e
modificá-las
“A melhor maneira de gerenciar pessoas á através de uma hierarquia firme.”
S e t o r 1
S u p e r v i s o r S u p e r v i s o rS e t o r 2 S u p e r v i s o rS e t o r 3 G e r e n t e
Conceitos
•
Modelos mentais: termo cunhado pelo
psicólogo escocês Keneth Craik ‘40
•
Conceito usado na psicologia e ciência
cognitiva
Conceitos
•
Se trata do grande “caldeirão” de elementos
mentais inter-relacionados
•
São teorias que “mapeiam” a realidade e
nos direcionam para a ação nela. Modelos
mentais são tudo o que carregamos em
nossas mentes.
–
Crenças
–
Opiniões
–
Interesses
–
Pressupost
os
–
Atitudes
–
Valores
–
Regras de
comportamento
–
Teorias a respeito da
realidade
Como proceder
neste passo?
1. Identificar os atores chave
(interessados ou stakeholders)
que colaboram na realidade em
questão
–
Atores chave são conjuntos de
indivíduos que possuem
características culturais em comum
–
Ex.: cliente, direção, corpo
Modelos Mentais
B
Usuário lindeiro
Governo
Federal
Direção
Gerência
receita
tarifa
R
vantagem
tarifária
trem
demanda
lindeiro
demanda
total
_
demanda
ônibus
_
_
Como proceder
neste passo?
2. Identificar os modelos
mentais de cada um dos
atores que influenciam a
realidade em questão
–
Identificar como os modelos
mentais ajudam a construir ou
manter a estrutura atual da
“A empresa não tem autonomia para seguir
uma política tarifária própria.”
“A boa imagem da empresa junto ao governo depende melhorar
a relação receita x despesa.”
“É preciso aumentar as tarifas para reduzir o desembolso a empresas
estatais.”
“Se houver uma boa
van-tagem na tarifa do trem sobre a do ônibus,
eu posso bem caminhar um pouco mais.” “Quanto eu pago p/ cami-nhar menos?” “É preciso aumentar a receita para repor
mate-riais de manutenção.”
B
Usuário lindeiro
Governo
Federal
Direção
Gerência
receita
tarifa
R
vantagem
tarifária
trem
demanda
lindeiro
demanda
total
_
demanda
ônibus
_
_
Ator Que faz? Qual é sua decisão? Qual é o seu modelo mental? Por que você faz isso?
Governo federal Aumenta tarifas Reduz custos
Porque “é preciso aumentar as tarifas
para reduzir o desembolso a empresas estatais.” 1
Direção Alinha-se com o governo federal e aceita a política tarifária
Deseja melhorar seu indicador de gestão (relação entre receita e despesa)
Porque “a empresa não tem autonomia
para seguir uma política tarifária
própria” e, além disso, “a boa imagem da empresa junto ao governo depende de se melhorar a relação entre receita e despesa.”
Gerência Apoia a política, já que a retórica interna é “não temos mais dinheiro, temos que aumentar a receita”
Porque “é preciso aumentar a receita
para repor materiais de manutenção.” 2
Usuário lindeiro Opta pelo ônibus, já que a economia em usar o trem é pequena, não
valendo a pena ir até a estação do metrô, que é mais longe em
comparação com a parada do ônibus
Porque “se houver uma boa vantagem
na tarifa do trem sobre a do ônibus, eu posso bem caminhar um pouco mais.”
Porque me interessa calcular “quanto
eu pago para caminhar menos.”
1
Este modelo mental vigeu entre 1990 e 1996, notadamente nos governos Collor
e FHC.
2
Usamos a gerência de manutenção por fins ilustrativos. O modelo mental
perpassava quase todas as gerências, demandando mais orçamento para sua
própria área, inclusive para ser capaz de investir na solução do problema da
queda da demanda dentro de seu próprio “quadrado”.
Outro caso...
REAL!
•
Mapa sistêmico Polar
Técnica
alternativa
1. Verificar as setas entre os elementos
Muitas delas representam escolhas das
pessoas (decisões)
Estas escolhas são derivadas de modelos
mentais (pensamentos)
2. Listar estes pensamentos junto às
setas (balões de histórias em
quadrinhos)
3. Transformar os modelos mentais em
novos elementos do sistema
receita
tarifa
R
vantagem
tarifária
trem
demanda
lindeiro
demanda
total
B
_
Onde há
decisões?
Decisão de:
usuário
Decisão
de:
Governo
Direção
Gerência
receita
tarifa
R
vantagem
tarifária
trem
demanda
lindeiro
demanda
total
B
_
Usuário lindeiro
Governo Federal“A empresa não tem autonomia para seguir
uma política tarifária própria.”
Direção
“A boa imagem da empresa junto ao governo depende melhorar
a relação receita x despesa.”
“É preciso aumentar as tarifas para reduzir o desembolso a empresas
estatais.”
2
“Se houver uma boa
van-tagem na tarifa do trem sobre a do ônibus,
eu posso bem caminhar um pouco mais.” “Quanto eu pago p/ cami-nhar menos?” Gerência “É preciso aumentar a receita para repor
mate-riais de manutenção.”
tarifa
vantagem
tarifária
trem
demanda
lindeiro
_
A Escolha do Usuário Lindeiro
Usar o trem
se a vantagem
for > 40%
Usar o trem
se a vantagem
for > 40%
Usuário lindeiro
“Se houver uma boa
van-tagem na tarifa do trem sobre a do ônibus,
eu posso bem caminhar um pouco mais.” “Quanto eu pago p/ cami-nhar menos?”
tarifa
vantagem
tarifária
real
demanda
lindeiro
_
_
A Escolha do Usuário Lindeiro
vantagem
tarifária
desejada
discrepância
entre real e
desejado
_
crença de que é bom
usar o trem sempre
que houver boa vantagem
Usar o trem
se a vantagem
for > 40%
Usar o trem
se a vantagem
for > 40%
receita
tarifa
R
Governo Federal “É preciso aumentar as tarifas para reduzir o desembolso a empresasestatais.”
A Escolha do Governo Federal
Aumentar a
tarifa pois isto
aumenta a receita
e reduz o
desembolso
Aumentar a
tarifa pois isto
aumenta a receita
e reduz o
desembolso
receita marginal
derivada
aumento tarifário
tarifa
R
_
A Escolha do Governo Federal
grau de aplicação da política de redução de desembolso a órgãos públicos
crença de que a
política é adequada
desembolso a
órgãos públicos
_
Aumentar a
tarifa pois isto
aumenta a receita
e reduz o
desembolso
Aumentar a
tarifa pois isto
aumenta a receita
e reduz o
desembolso
“A empresa não tem autonomia para seguir
uma política tarifária própria.” Direção
A Escolha da
Direção (1)
Devemos acatar
e facilitar
a política pois
devemos estar
alinhados com
políticas federais
Devemos acatar
e facilitar
a política pois
devemos estar
alinhados com
políticas federais
receita marginal
derivada
aumento tarifário
tarifa
R
_
grau de aplicação da política de redução de desembolso a órgãos públicoscrença de que a
política é adequada
desembolso a
órgãos públicos
_
A Escolha da
Direção (1)
receita marginal
derivada
aumento tarifário
tarifa
R
_
grau de aplicação da política de redução de desembolso a órgãos públicoscrença de que a
política é adequada
desembolso a
órgãos públicos
_
crença de que empresa deve acatare facilitar aplicação políticas de redução de desembolso valorização do desempenho financeiro
Aumentar a
tarifa pois isto
aumenta a receita
e reduz o
desembolso
Aumentar a
tarifa pois isto
aumenta a receita
e reduz o
desembolso
A Escolha da
Direção (2)
Devemos criar
uma imagem de
empresa bem
gerida
financeira-mente
Devemos criar
uma imagem de
empresa bem
gerida
financeira-mente
receita marginal
derivada
aumento tarifário
tarifa
R
_
grau de aplicação da política de redução de desembolso a órgãos públicoscrença de que a
política é adequada
desembolso a
órgãos públicos
_
crença de que empresa deve acatare facilitar aplicação políticas de redução de desembolso valorização do desempenho financeiro
B
Direção“A boa imagem da empresa junto ao governo depende melhorar
a relação receita x despesa.”
A Escolha da
Direção (2)
receita marginal
derivada
aumento tarifário
tarifa
R
_
grau de aplicação da política de redução de desembolso a órgãos públicoscrença de que a
política é adequada
desembolso a
órgãos públicos
_
crença de que empresa deve acatare facilitar aplicação políticas de redução de desembolso valorização do desempenho financeiro
crença boa imagem empresa depende melhorar relação receita x despesa
Devemos criar
uma imagem de
empresa bem
gerida
financeira-mente
Devemos criar
uma imagem de
empresa bem
gerida
financeira-mente
A Escolha da
Gerência
Devemos apoiar o
aumento de tarifas pois
isto traz recursos para
despesas e
investimentos
Devemos apoiar o
aumento de tarifas pois
isto traz recursos para
despesas e
investimentos
receita marginal
derivada
aumento tarifário
tarifa
R
_
grau de aplicação da política de redução de desembolso a órgãos públicoscrença de que a
política é adequada
desembolso a
órgãos públicos
_
crença de que empresa deve acatare facilitar aplicação políticas de redução de desembolso valorização do desempenho financeiro
crença boa imagem empresa depende
melhorar relação receita x despesa
Gerência
“É preciso aumentar a receita para repor
A Escolha da
Gerência
receita marginal
derivada
aumento tarifário
tarifa
R
_
grau de aplicação da política de redução de desembolso a órgãos públicoscrença de que a
política é adequada
desembolso a
órgãos públicos
_
crença de que empresa deve acatare facilitar aplicação políticas de redução de desembolso valorização do desempenho financeiro
crença boa imagem empresa depende
melhorar relação receita x despesa crença de que é preciso
aumentar a receita a curto prazo necessidade
de recursos
Devemos apoiar o
aumento de tarifas pois
isto traz recursos para
despesas e
investimentos
Devemos apoiar o
aumento de tarifas pois
isto traz recursos para
despesas e
O sistema
completo
O sistema
completo
receita marginal
derivada
aumento tarifário
tarifa
R
_
grau de aplicação da política de redução de desembolso a órgãos públicoscrença de que a
política é adequada
desembolso a
órgãos públicos
_
crença de que empresa deve acatare facilitar aplicação políticas de redução de desembolso valorização do desempenho financeiro
crença boa imagem empresa depende
melhorar relação receita x despesa crença de que é preciso
aumentar a receita a curto prazo necessidade de recursos
vantagem
tarifária
real
demanda
lindeiro
_
vantagem tarifária desejadadiscrepância
entre real e
desejado
crença de que é bom usar o trem sempre que houver boa vantagem
_
_
receita
B
Nossas escolhas
criam o sistema
(e depois usamos
a desculpa de que
somos seu escravo)
Nossas escolhas
criam o sistema
(e depois usamos
a desculpa de que
somos seu escravo)
Exercício Modelos
Mentais
•
Liste atores (5) no mapa sistêmico do
seu projeto
•
Disponha-os no local de maior
influência do mapa
•
Liste os modelos mentais de cada ator
que influencia o mapa
Recursos
ARGYRIS, Chris
Enfrentando Defesas Empresariais. Rio de Janeiro, Campus, 1992 Double Loop Learning in Organizations. Harvard Business Review.
pp.115-125, September-October 1977
Reasoning, Learning and Action - Individual and Organizational. San Francisco, Jossey-Bass, 1982
Action Science, com PUTNAM, Robert e MCLAIN-SMITH, Diana San
Francisco, Jossey-Bass, 1985
Skilled Incompetence. Harvard Business Review. pp. 74-79,
September-October 1986
Teaching Smart People How to Learn. Harvard Business Review.
pp. 99-109, May-June 1991
Good Communication that Blocks Learning. Harvard Business
Review. pp. 77-85, July-August 1994
Participatory Action Research and Action Science Compared - A Commentary. American Behavioral Scientist, com SCHÖN, Donald,
Sage, 32[5] pp. 612-623, May/June 1989
Organizational Learning II - Theory, Method, and Practice,