história
econômica
&
história
de empresas
vol. XI nº2 jul.dez 2008 Tamás Szmrecsányi 1 3 D e z a n o s d a A B P H E Tamás Szmrecsányi 2 1 H i s t ó r i a e c o n ô m i c a , t e o r i a e c o n ô m i c a e e c o n o m i a a p l i c a d a Tamás Szmrecsányi 3 1 F u n d a m e n t o s t e ó r i c o s e m e t o d o l ó g i c o s d o e s t u d o d a H i s t ó r i a E c o n ô m i c a Wilson Suzigan 4 9 T a m á s S z m r e c s á n y i 1 9 3 6 - 2 0 0 9 Rui Granziera 5 3 O s a n o s e m q u e o s b r a s i l e i r o s d e i x a r a m a s o l i d ã o d e l a d o e o s e s t r a n g e i r o s s e n a t u r a l i z a r a m Pedro Ramos 65 T a m á s e sua r e f l e x ã o , p e s q u i s a e a n á l i s e s o b r e a a g r o p e c u á r i a b r a s i l e i r a Victor Pelaez 7 9 C o n t r i b u i ç ã o d e T a m á s S z m r e c s á n y i à h i s t o r i o g r a f i a d e e m p r e s a s Claudia Heller 9 1 A c o n t r i b u i ç ã o d o P r o f . T a m á s J ó z s e f M á r t o n K á r o l y S z m r e c s á n y i à H i s t ó r i a d o P e n s a m e n t o E c o n ô m i c o Fausto Saretta 101 T a m á s S z m r e c s á n y i : a h i s t ó r i a e c o n ô m i c a e e c o n o m i a b r a s i l e i r a Rui H. P. L. de Albuquerque 1 0 9 C o n t r i b u i ç ã o d e T a m á s S z m r e c s á n y i à p o l í t i c a c i e n t í f i c a e t e c n o l ó g i c aapresentação
tamás szmrecsányi (1936-2009)
Este n ú m e r o da revista História Econômica & História de Empresas é dedicado à m e m ó r i a de Tamás J ó z s e f M á r t o n Károly Szmrecsányi. N a s -ceu em Budapeste (Hungria) em 1 9 3 6 e fale-ceu em São Paulo no dia 16 de fevereiro de 2 0 0 9 . Fundador, primeiro Presidente e m e m b r o nato do C o n s e l h o de Representantes da A B P H E , t a m b é m foi o criador da revista História Econômica & História de Empresas e seu editor p o r vários anos. N ã o há n e n h u m exagero em afirmar que a existência da A B P H E e a da revista se d e v e m não só à iniciativa, mas principalmente ao em¬ p e n h o e à sua persistência. Ao dedicar este n ú m e r o à m e m ó r i a de Tamás, expressamos o r e c o n h e c i m e n t o p e l o que realizou pela A B P H E e pelos pesquisadores de história e c o n ô m i c a no Brasil.
Q u e m c o n h e c e u Tamás p o r suas publicações, na década de 1 9 7 0 , dificilmente poderia imaginar sua posterior ligação c o m a área de His¬ tória E c o n ô m i c a e o papel fundamental que exerceu na aproximação dos pesquisadores da disciplina no Brasil.
Graduado em Filosofia pela Universidade de São Paulo em 1 9 6 1 , Tamás foi professor no C u r s o de Pedagogia da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de R i o Claro, u m a das faculdades que posteriormente seriam agregadas na U N E S P . A i n d a n o s anos sessenta, seguiu para os Estados U n i d o s , o n d e c o n c l u i u o mestrado em E c o n o m i a na New
School for Social Research, em 1 9 6 9 .
Nessa mesma década, vinculou-se ao C E D I P - Centro de Estudos de D i n â m i c a P o p u l a c i o n a l - organizado p o r Elza B e r q u ó , na Faculdade de H i g i e n e e Saúde Pública da U S P . Em colaboração c o m pesquisadores do C E D I P , publicou a coletânea Dinâmica da população: teoria, métodos e
técnicas de análise. Seu interesse pelas questões demográficas l e v o u - o também
a se integrar à ABEP - Associação Brasileira de Estudos Populacionais. De sua c o l a b o r a ç ã o c o m o curso de mestrado na ESALQ (Escola Superior de Agricultura Luiz de Q u e i r o z , da Universidade de São Pau¬ l o ) resultou outra publicação bastante c o n h e c i d a , esta em parceria c o m O r i o w a l d o Q u e d a : de 1972, Vida Rural e Mudança Social: Leituras/básicas
de sociologia rural. É provável que seu interesse pelos problemas da agri¬
cultura brasileira tenha sido despertado durante essa experiência na ESALQ. Mas é certo que, ao ingressar c o m o d o c e n t e na U N I C A M P , em
1976, passou a tratar sistematicamente do tema. Em seu d o u t o r a d o , de¬ fendido em 1976, estudou a agroindústria canavieira, do que resultou a publicação do livro O Planejamento da Agroindústria Canavieira do Brasil
(1930-1975). A l é m da publicação de artigos sobre a agricultura brasilei¬
ra, Tamás o r i e n t o u várias teses de c o n h e c i d o s estudiosos da questão agrária no Brasil. Nesta área t a m b é m participou da S O B E R (Sociedade Brasileira de E c o n o m i a , Administração e S o c i o l o g i a R u r a l ) . Sua ativi¬ dade foi além do âmbito acadêmico, pois se engajou na defesa da refor¬ ma agrária, integrando os quadros da A B R A (Associação Brasileira de R e f o r m a Agrária). Por t u d o isso, para muitos Tamás ficou identificado c o m o um economista dedicado aos estudos da agricultura brasileira. Isso era verdade, p o r é m não dava conta das outras áreas em que desenvolvia suas pesquisas.
A i n d a nos anos setenta, Tamás organizou coletâneas de dois e c o n o ¬ mistas: Malthus e Keynes. Nelas, manifestava seu interesse pela teoria e c o n ô m i c a , abordada sob a ótica da história do pensamento e c o n ô m i c o . Na Introdução a essas coletâneas, a c o n t r i b u i ç ã o dos autores é vista não só pela ótica teórica, mas é c o m p r e e n d i d a a partir da situação histórica e m que foi produzida.
E m b o r a a História E c o n ô m i c a não fosse o o b j e t o específico de suas pesquisas, parece razoável admitir que a perspectiva histórica era ine¬ rente à sua forma de pensar os problemas de que tratava. Essa perspec¬ tiva está presente em sua tese de doutoramento, q u a n d o retorna aos anos de 1930 para entender c o m o se constituiu e desenvolveu o sistema de planejamento que existia em 1975. O m e s m o se p o d e dizer do artigo " O desenvolvimento d a p r o d u ç ã o agropecuária (1930-1970)", publicado na História Geral da Civilização Brasileira (Brasil Republicano. V o l u m e 4) e t a m b é m do livro Pequena História da Agricultura no Brasil. Assim, seja nos
estudos t e ó r i c o s de e c o n o m i a , seja nos da agricultura brasileira, a apro¬ x i m a ç ã o c o m a História (e c o m a História E c o n ô m i c a em particular) parece ser um resultado natural de seu m é t o d o de pesquisa.
Em 1983, Tamás foi aprovado em processo de seleção de docentes para a área de História E c o n ô m i c a do Departamento de E c o n o m i a da Faculdade de E c o n o m i a e Administração da Universidade de São Pau¬ lo, cuja banca foi presidida pela Profa. A l i c e Canabrava. A l i p e r m a n e c e u
p o r quatro anos, até 1987, t e m p o permitido para a acumulação legal c o m suas atividades na U N I C A M P . A partir dessa é p o c a , percebe-se que a História E c o n ô m i c a se t o r n o u uma p r e o c u p a ç ã o específica de Tamás. Em 1985, organizou um n ú m e r o da revista Estudos Econômicos, do IPE/ FEA-USP, c o m textos sobre a história e c o n ô m i c a do Brasil. Desde então, passou a publicar artigos em diferentes p e r i ó d i c o s que versavam prin¬ cipalmente sobre a industrialização, o sistema financeiro e a presença do capital estrangeiro no Brasil da Primeira R e p ú b l i c a .
Em 1989, organizou um simpósio preparatório para o C o n g r e s s o Internacional de História E c o n ô m i c a : o simpósio teve lugar em Cam¬ pinas e reuniu cerca de duas dezenas de pesquisadores das mais diversas nacionalidades, cujos trabalhos versavam sobre investimentos estran¬ geiros e dívida externa. Esse m o m e n t o t a m b é m marca a crescente in¬ tegração de Tamás nas atividades da Associação Internacional de His¬ tória E c o n ô m i c a , t e n d o sido, n o s anos n o v e n t a , representante da A m é r i c a Latina no c o m i t ê diretivo da entidade.
Em 1993, organizou o I C o n g r e s s o Brasileiro de História E c o n ô m i ¬ ca e a 2a Conferência Internacional de História de Empresas. No e v e n
-to, realizado na USP, em setembro daquele ano, foi fundada a Associação Brasileira de Pesquisadores em História E c o n ô m i c a , da qual foi o pri¬ meiro presidente. E, em 1998 c r i o u a revista História Econômica & Histó¬
ria de Empresas c o m o um p e r i ó d i c o da ABPHE.
Seu ingresso no Instituto de G e o c i ê n c i a s da U N I C A M P , em 1986, o l e v o u a investir numa nova área de pesquisa, ainda uma v e z vinculada à História: foi na área de História Social da C i ê n c i a e T e c n o l o g i a que Tamás se t o r n o u , em 1994, Professor Titular do Departamento de P o l í -tica Científica e T e c n o l ó g i c a daquele Instituto.
Esta breve nota está l o n g e de dar conta do c o n j u n t o das atividades desenvolvidas p o r Tamás ao l o n g o de sua carreira. Ela procura fornecer ao leitor um roteiro, certamente i n c o m p l e t o , do seu percurso
intelec-tual e acadêmico, que ajude a entender a abrangência de sua obra e, talvez, o papel da história c o m o um elo entre os múltiplos interesses que mobilizaram seus esforços de pesquisa.
N o s três artigos escritos p o r Tamás e reproduzidos neste n ú m e r o , o leitor terá a oportunidade de c o n h e c e r um p o u c o da história da ABPHE, contada p o r seu fundador e t a m b é m sua visão dos temas, dos m é t o d o s e dos fundamentos da História E c o n ô m i c a .
A h o m e n a g e m que lhe prestamos se inicia c o m um texto de W i l s o n Suzigan. Escrito originalmente em inglês, para atender solicitação da
International Economic History Association, IEHA, que objetivava informar
a seus associados o falecimento de um dos seus mais r e c o n h e c i d o s mem¬ bros e representante da A m é r i c a Latina no C o m i t ê Executivo da entida¬ de, nos anos de 1998 a 2001. A q u i o texto recebeu versão em português para ser i n c o r p o r a d o à coletânea. Na verdade, o texto de Suzigan é uma nota escrita p o r um amigo sobre um amigo que acabava de falecer. Ele irradia calor, e m o ç ã o e amizade. Suzigan capta o amigo, o colega do Instituto de Geociências, o c o m p a n h e i r o das lutas da ABPHE e o pro¬ fessor que provocava seus alunos e orientandos c o m novas questões. Mais, a nota deixa transparecer o j e i t o de ser de Tamás: seu humor, seus c o ¬ mentários irônicos, sarcásticos e divertidos, ditos de tal forma que, ao não m o v e r um m ú s c u l o sequer da face, tornava o c o n t e ú d o mais engraçado ainda. A gente vai sentir saudades deste Tamás!
O artigo que segue é de outro grande a m i g o dele, R u i Granziera. Foi solicitado a R u i um texto que sintetizasse as c o n t r i b u i ç õ e s de Tamás para a área específica do c o n h e c i m e n t o : História E c o n ô m i c a do Brasil. Talvez a proposta não fosse m u i t o precisa, pois muitas das c o n t r i b u i ç õ e s de Tamás c o n v e r g e m necessariamente para esta área, e m b o r a de forma indireta. É o que o leitor poderá c o n c l u i r dos artigos que c o m p õ e m esta coletânea. R u i Granziera foi c o l e g a de Tamás no Instituto de E c o n o m i a da U N I C A M P e, durante anos, juntos, percorreram a estrada de São Paulo para Campinas: Anhanguera e, depois, Bandeirantes. O texto de R u i é uma volta ao passado, para entender o m o m e n t o v i v i d o p o r Tamás, q u a n d o este t o m a a decisão de se naturalizar brasileiro. Foi no ano de 1961 que a decisão foi tomada e o húngaro vira brasileiro. No artigo, R u i volta aos "anos d o u r a d o s " , p u x a n d o os fios de um n o v e l o que se desenrola desde os anos de 1930, percorre eventos trágicos (suicídio e golpes) e deságua em JK, no Plano de Metas e em Brasília. D e p o i s do
trágico agosto, 1961 segue c o m o o ano em que os brasileiros voltaram a ter esperanças e "deixaram de lado a solidão". Na interpretação de R u i : "Sua o p ç ã o foi t a m b é m certamente gestada naqueles anos, que lhe mostraram um país d e m o c r á t i c o , o que não havia c o n h e c i d o até então, n e m na Europa n e m na Argentina". Tamás tinha o r g u l h o de repetir que era brasileiro p o r ato de vontade!
Os autores dos outros artigos foram orientandos de Tamás, no M e s -trado e / o u n o D o u t o r a m e n t o . T o d o s estabeleceram c o m Tamás relações acadêmicas, p o r dever de ofício, mas t a m b é m de amizade e de c o l a b o ¬ ração. Na verdade, as relações c o m o orientador não se encerravam no p o n t o final da dissertação ou da tese e se mantinham em artigos de coautoria, na organização de livros/coletâneas, de simpósios nacionais e internacionais. A c o l a b o r a ç ã o estendiase às trocas de referências b i -bliográficas, pois Tamás era um assíduo seguidor da literatura nacional e internacional, estava p o r dentro de t u d o o que era publicado, talvez carregasse o vírus de editor. As trocas de i n f o r m a ç õ e s bibliográficas chegavam, até m e s m o , aos recortes de jornais, que Tamás trazia para seus "desorientados", c o m o costumava referir-se aos orientandos, ironizando sua capacidade de c o n d u z i r a orientação a um p o r t o seguro.
Para não nos alongarmos mais na apresentação, v a m o s falar breve¬ m e n t e dos artigos que se seguem. Pedro R a m o s foi o r i e n t a n d o de D o u t o r a d o n o Instituto d e E c o n o m i a U N I C A M P . N o seu artigo faz u m balanço das c o n t r i b u i ç õ e s de Tamás c o m os estudos da agricultura brasi¬ leira, da questão da desigualdade social e da estrutura agrária em nosso país. O leitor poderá conferir o excelente panorama traçado p o r Pedro das pesquisas de Tamás e das publicações, muitas realizadas em parceria c o m o p r ó p r i o autor, mas t a m b é m c o m outros estudiosos d o tema.
V i c t o r Pelaez foi orientando de Mestrado de Tamás no Instituto de G e o c i ê n c i a s da U N I C A M P . A amizade entre os dois prosseguiu no âm¬ b i t o da construção da ABPHE. C o m p a n h e i r o s da luta associativa, nas discussões sobre finanças e na organização do III C o n g r e s s o Brasileiro de História E c o n ô m i c a e 4a Conferência Internacional de História de Empresas, em Curitiba, surgiu u m a sólida parceria acadêmica, c o r o a d a c o m o livro Economia da Inovação Tecnológica, obra ganhadora do P r ê m i o Jabuti de 2007. No t e x t o de V i c t o r , o leitor encontrará u m a inédita
visão da c o n t r i b u i ç ã o de Tamás à historiografia da empresa, área de pesquisa e estudos m u i t o p o u c o cultivada entre acadêmicos brasileiros,
diferentemente de outros lugares da A m é r i c a Latina, Europa e Estados U n i d o s . Neste panorama, ressaltam-se as c o o p e r a ç õ e s c o m os colegas norte-americanos e, em especial, latino-americanos: os m e x i c a n o s Car¬ los Marichal e M a r i o Cerutti; a argentina Maria Inés Barbero e o uru¬ guaio R a ú l Jacob, grandes divulgadores de estudos de business history entre nós.
Claudia Heller foi orientanda de D o u t o r a d o de Tamás no Instituto de E c o n o m i a da U N I C A M P , o n d e defendeu tese sobre Joan R o b i n s o n e o progresso t é c n i c o - u m a interface entre teoria e história do pensa¬ m e n t o e c o n ô m i c o , que r e c e b e u o P r ê m i o Haralambos Simeonidis da A N P E C em 1997. A q u i , Claudia nos traz uma retrospectiva dos trabalhos de Tamás no c a m p o da História do Pensamento E c o n ô m i c o . Destaca a atuação de Tamás c o m o divulgador das obras clássicas - traduzindo, revisando e c o o r d e n a n d o c o l e ç õ e s . M e r e c e atenção t a m b é m sua própria c o n t r i b u i ç ã o p o r m e i o de introduções às obras traduzidas, de capítulos de livro e artigos, b e m c o m o , da publicação do livro Ensaios: História do
Pensamento Econômico Brasileiro Contemporâneo, feita em parceria c o m o
e c o n o m i s t a Francisco C o e l h o .
Fausto Saretta defendeu D o u t o r a d o no Instituto de E c o n o m i a da U N I C A M P sob a orientação de Tamás, c o m a tese sobre a Política E c o ¬ n ô m i c a d o G o v e r n o Dutra, tema pioneiro, p o u c o abordado p o r nossa historiografia e c o n ô m i c a . No seu artigo, Fausto apresenta um excelen¬ te panorama dos diversos temas tratados p o r Tamás para a construção de uma história da e c o n o m i a brasileira. Mostra que a História E c o n ô ¬ mica p o d e ser considerada o elo c o m u m que unifica o acervo de tra-balhos sobre industrialização nacional, capital estrangeiro, finanças pú¬ blicas, b a n c o s estrangeiros etc. O artigo destaca que as c o n t r i b u i ç õ e s legadas p o r Tamás para o estudo da e c o n o m i a brasileira p r o p õ e m novas abordagens, periodizações e interpretações para diferentes temas relati¬ vos ao desenvolvimento do capitalismo no Brasil.
R u i A l b u q u e r q u e pertence à categoria dos ex-orientandos que se t o r n o u u m grande amigo. N o seu artigo, ele faz u m original balanço das c o n t r i b u i ç õ e s de Tamás para a área de política científica e t e c n o l ó -gica. Situa a importância do papel exercido p o r Tamás neste c a m p o em três dimensões: a institucionalização do Departamento de Política Cien¬ tifica e T e c n o l ó g i c a no Instituto de G e o c i ê n c i a s da U N I C A M P ; a for¬ m a ç ã o de recursos h u m a n o s e o desenvolvimento de pesquisas e, p o r
fim, a divulgação. O trabalho de orientação de pós-graduação foi des¬ tacado, p o r tratar temas de pesquisa que d e n o t a m a p r e o c u p a ç ã o c o m as c o n d i ç õ e s de p r o d u ç ã o da agricultura, c o m a inovação e seus impac¬ tos produtivos e sociais, c o m o papel das políticas públicas na área cientifica e t e c n o l ó g i c a . Na divulgação, sua c o n t r i b u i ç ã o foi coroada pela c o l e ç ã o Clássicos da Inovação, c o m p o s t a p o r dez volumes, publi¬ cada pela Editora da U N I C A M P , c u j o último v o l u m e publicado foi entregue a Tamás, p o u c o antes do seu falecimento.
Para que os leitores tenham acesso mais fácil à p r o d u ç ã o acadêmica de Tamás, incluímos uma bibliografia de referência dos trabalhos publi¬ cados, sem ter a pretensão de ser completa, reúne as principais obras. Para sua elaboração c o n t a m o s c o m ajuda de Adriana Garutti Teixeira, a q u e m agradecemos pela prestimosa colaboração. A g r a d e m o s - l h e , tam¬ b é m , pela pesquisa realizada em seus arquivos em busca de fotografias e pela digitalização do texto Fundamentos teóricos e metodológicos do estudo
da História Econômica.
Por fim, c o m p l e t a m as referencias aos trabalhos de Tamás a lista das orientações de Mestrado e D o u t o r a d o .
A g r a d e c e m o s a t o d o s os autores que, c o m muita generosidade, inter¬ r o m p e r a m seus afazeres para escreverem os artigos para esta coletânea. N o s s o s a g r a d e c i m e n t o s e s t e n d e m - s e t a m b é m a M a r i a Irene e a L ú c i a Szmrecsányi q u e n o s c e d e r a m as fotografias para c o m p o r esta h o m e n a g e m .
Q u a n t o aos leitores da revista H E & H E , esperamos que desfrutem desta h o m e n a g e m tanto pela qualidade dos artigos aqui apresentados - os autores n ã o apenas situaram as c o n t r i b u i ç õ e s de Tamás, c o m o realiza¬ ram u m a espécie de "estado da arte" dos diversos c a m p o s de c o n h e ¬ c i m e n t o - c o m o pela lembrança d o c o l e g a , d o professor e d o a m i g o ; deste brasileiro p o r escolha; deste "bahiano de B u d a p e s t e " , q u e deixa entre n ó s muitas saudades.
Maria A l i c e R o s a R i b e i r o Flávio A z e v e d o Marques de Saes