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Avaliação dos aspectos zootécnicos de uma unidade de produção de leitões (UPL) situada no município de Augusto Pestana - RS: estudo de caso

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UNIJUÍ – UNIVERSIDADE REGIONAL DO NOROESTE DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

DEAg – DEPARTAMENTO DE ESTUDOS AGRÁRIOS CURSO DE AGRONOMIA

AVALIAÇÃO DOS ASPECTOS ZOOTÉCNICOS DE UMA UNIDADE

DE PRODUÇÃO DE LEITÕES (UPL) SITUADA NO MUNICÍPIO DE

AUGUSTO PESTANA – RS: ESTUDO DE CASO

JOÃO PAULO MATTIONI OURIQUE

Ijuí – RS 2012

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JOÃO PAULO MATTIONI OURIQUE

AVALIAÇÃO DOS ASPECTOS ZOOTÉCNICOS DE UMA UNIDADE

DE PRODUÇÃO DE LEITÕES (UPL) SITUADA NO MUNICÍPIO DE

AUGUSTO PESTANA – RS: ESTUDO DE CASO

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado como um dos requisitos para obtenção do título de Engenheiro Agrônomo, Curso de Agronomia do Departamento de Estudos Agrários da Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul. Orientador: Prof. Dagmar Camacho Garcia

Ijuí – RS 2012

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JOÃO PAULO MATTIONI OURIQUE

AVALIAÇÃO DOS ASPECTOS ZOOTÉCNICOS DE UMA UNIDADE

DE PRODUÇÃO DE LEITÕES (UPL) SITUADA NO MUNICÍPIO DE

AUGUSTO PESTANA – RS: ESTUDO DE CASO

Trabalho de Conclusão do Curso de Graduação em Agronomia – Departamento de Estudos Agrários da Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul, defendido perante a banca abaixo subscrita:

Banca examinadora

_____________________________________ Prof. Dagmar Camacho Garcia

Orientador – DEAg/UNIJUÍ

_____________________________________ Eng. Agrônomo César Oneide Sartori

IRDeR/DEAg/UNIJUÍ

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AGRADECIMENTOS

Primeiramente gostaria de agradecer a Deus por ter me iluminado nesta jornada e por ter me dado uma família que sempre soube me dar atenção, amor, carinho e apoio. Aos meus pais Edilson e Márcia, pela paciência e afeto dados nos momentos que precisei e que foi fundamental para atingir meus ideais.

A minha irmã Joana pelo apoio dado, muito importante para o meu crescimento pessoal e profissional.

Aos meus avós Natal e Lurdes que são a base de tudo, por sempre estarem ao meu lado e terem me ensinado valores e princípios que carrego e que fazem de mim a pessoa que sou hoje.

Ao meu professor orientador Dagmar e aos funcionários do IRDeR que estiveram presentes e ajudando no desenvolvimento deste trabalho.

E por fim, aos meus colegas, em que prefiro não citar nomes para não esquecer ninguém, pela amizade durante o período de faculdade e pelo que apoio na construção do trabalho de conclusão de curso.

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AVALIAÇÃO DOS ASPECTOS ZOOTÉCNICOS DE UMA UNIDADE DE PRODUÇÃO DE LEITÕES (UPL) SITUADA NO MUNÍCIPIO DE AUGUSTO

PESTANA – RS: ESTUDO DE CASO RESUMO

O presente trabalho teve por objetivo a avaliação dos aspectos zootécnicos da unidade de produção de leitões do IRDeR/DEAg/UNIJUÍ, comparando os resultados obtidos com os propostos pela literatura. Esta propriedade é destinada para a produção de leitões, não apresentando ciclo completo. A metodologia utilizada baseou-se em acompanhamentos práticos, através de entrevistas com os funcionários e verificação de planilhas de controle interno da granja de suínos. A avaliação permite identificar os indicadores que necessitam de intervenção, e quais estão influenciando no desempenho da suinocultura tanto positivo como negativamente. Entre os parâmetros zootécnicos avaliados, foi encontrado apenas dois que estão abaixo da meta citada pela bibliografia, sendo eles, o número de leitões nascidos vivos/parto e o número de leitões desmamados porca/parto, ambos na fase de maternidade. Estes, estão comprometendo o desempenho da suinocultura do IRDeR/DEAg/UNIJUÍ, entretanto, é necessário intervenções visando as suas melhorias, buscando melhor eficiência no sistema produtivo. Nas fases de cobrição e gestação e creche não foi diagnosticado problemas nos aspectos zootécnicos avaliados.

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EVALUATION OF ZOOTECHNICAL ASPECTS OF A PRODUCTION UNIT OF PIGLETS (UPP) IN THE MUNICIPALITY OF AUGUSTO

PESTANA –RS: CASE STUDY ABSTRACT

The present work had as objective to evaluate the zootechnical aspects of the Production Unit of piglets from IRDeR/DEAg/UNIJUÍ, comparing the obtained results with the proposed by the literature. This property is intended for the production of piglets, not showing the complete cycle. The methodology used was based on practical accompaniments, through interviews with employees and verification of internal control spreadsheets of swine farm. The evaluation permits to identify the indicators that need intervention, and which are influencing the performance of pig farming either positively or negatively. Among the zootechnical parameters evaluated, it was found only two that are below the goal quoted by the literature, namely, the number of piglets born alive/delivery and the number of weaners pig/delivery, both at the stage of maternity. These, are compromising the performance of pig farming from IRDeR/DEAg/UNIJUÍ, however, it is necessary interventions aiming their improvements, seeking better efficiency in the production system. In phases of mating, and pregnancy and animal nursery it was not diagnosed problems in zootechnical aspects evaluated.

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1: Estrutura da creche ... 32

Figura 2: Estrutura da baia dos machos e leitoas de 1ª cria ... 32

Figura 3: Estrutura da maternidade ... 32

Figura 4: Baia dos machos e leitoas de 1ª cria ... 33

Figura 5: Baia de cobertura ... 33

Figura 6: Piquete coletivo ... 33

Figura 7: Baia de maternidade ... 34

Figura 8: Baias da sala de creche... 34

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1: Avaliação dos aspectos zootécnicos na fase de cobrição e gestação ... 38 Tabela 2: Avaliação dos aspectos zootécnicos na fase de maternidade ... 40 Tabela 3: Avaliação dos aspectos zootécnicos na fase de creche... 41

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO ... 10

1 REVISÃO DE LITERATURA ... 12

1.1 MODELOS DE SISTEMAS DE CRIAÇÃO ... 12

1.1.1 Sistema Extensivo de Criação de Suínos ... 12

1.1.2 Sistema Intensivo de Criação de Suínos ... 13

1.1.2.1 Sistema de Criação ao Ar Livre ... 13

1.1.2.2 Sistema de Criação Misto ou Semiconfinado ... 13

1.1.2.3 Sistema de Criação Confinado ... 14

1.2 TIPOS DE PRODUÇÃO ... 14

1.2.1 Produção de Ciclo Completo ... 14

1.2.2 Produção de Leitões... 14

1.2.3 Produção de Terminados ... 14

1.2.4 Produção de Reprodutores ... 15

1.3 FASE DE PRÉ-COBRIÇÃO ... 15

1.3.1 Manejo dos Machos ... 15

1.3.2 Manejo das Leitoas ... 15

1.3.3 Manejo das Porcas ... 16

1.4 FASE DE COBRIÇÃO E GESTAÇÃO ... 16

1.4.1 Dias Não Produtivos ... 17

1.4.2 Taxa de Retorno ao Cio ... 18

1.4.3 Taxa de Partos e Lactação ... 18

1.4.4 Número de Partos/Porca/Ano ... 19

1.4.5 Intervalo Médio Desmame Cio ... 19

1.4.6 Taxa de Reposição Anual de Cachaços ... 20

1.4.7 Taxa de Reposição Anual de Matrizes ... 20

1.4.8 Relação Macho/Fêmea ... 21

1.5 FASE DE MATERNIDADE ... 21

1.5.1 Número de Leitões Nascidos Vivos/Parto ... 22

1.5.2 Porcentagem de Leitões Natimortos ... 23

1.5.3 Peso dos Leitões ao Nascer ... 23

1.5.4 Taxa de Mortalidade Pré-desmame ... 24

1.5.5 Número de Leitões Desmamados/Porca/Ano ... 24

1.5.6 Número de Leitões Desmamados/Porca/Parto ... 24

1.5.7 Ganho de Peso Diário do Nascimento ao Desmame ... 25

(10)

1.6 CRECHE ... 25

1.6.1 Taxa de Mortalidade dos Leitões ... 26

1.6.2 Conversão Alimentar dos Leitões ... 26

2 MATERIAL E MÉTODOS ... 27 2.1 HISTÓRICO DO IRDeR/DEAg/UNIJUÍ ... 28 3 RESULTADOS E DISCUSSÃO ... 30 3.1 ESTRUTURA DO PLANTEL ... 30 3.2 MÃO DE OBRA ... 30 3.3 EDIFICAÇÕES ... 31

3.4 AVALIAÇÃO DOS ASPECTOS ZOOTÉCNICOS ... 35

3.4.1 Fase de Pré-cobrição ... 35

3.4.1.1 Manejo dos Machos ... 35

3.4.1.2 Manejo das Leitoas ... 35

3.4.1.3 Manejo das Porcas ... 36

3.4.2 Fase de Cobrição e Gestação ... 36

3.4.2.1 Dias Não Produtivos ... 36

3.4.2.2 Taxa de Retorno ao Cio ... 37

3.4.2.3 Número de Partos/Porca/Ano ... 37

3.4.2.4 Intervalo Médio Desmame Cio... 37

3.4.2.5 Taxa de Reposição Anual de Cachaços ... 38

3.4.2.6 Taxa de Reposição Anual de Matrizes ... 38

3.4.3 Fase de Maternidade ... 39

3.4.3.1 Número de Leitões Nascidos Vivos/Parto ... 39

3.4.3.2 Porcentagem de Leitões Natimortos ... 39

3.4.3.3 Peso dos Leitões ao Nascer ... 39

3.4.3.4 Taxa de Mortalidade Pré-desmame ... 39

3.4.3.5 Número de Leitões Desmamados/Porca/Ano ... 40

3.4.3.6 Número de Leitões Desmamados/Porca/Parto ... 40

3.4.3.7 Ganho de Peso Diário dos Leitões do Nascimento até o Desmame ... 40

3.4.3.8 Peso dos Leitões no Desmame ... 40

3.4.4 Fase de Creche ... 41

3.4.4.1 Taxa de Mortalidade de Leitões ... 41

3.4.4.2 Conversão Alimentar dos Leitões ... 41

CONCLUSÕES ... 42

CONSIDERAÇÕES FINAIS ... 44

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ... 46

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INTRODUÇÃO

O crescimento populacional, a urbanização e o aumento de renda em países em desenvolvimento estão proporcionando um expressivo aumento no consumo de alimentos de origem animal em todo mundo. Essa demanda é resultado de mudanças na dieta de bilhões de pessoas e poderá proporcionar o incremento de oportunidades para a população do meio rural.

A atividade suinícola compreende um rebanho de 787 milhões de cabeça e representa 40% do total da carne consumida, constituindo-se na principal fonte de proteína animal consumida no planeta (ABIPECS, 2008). O consumo da carne suína no Brasil corresponde a 15% do total da carne consumida, já as de origem bovina e avícola correspondem a 53% e 34% respectivamente do consumo brasileiro.

O Brasil, conforme Amaral et al. (2006) foi responsável por 2,9% da produção mundial ou 2,87 milhões de tonelada. É o quarto maior produtor, abaixo da China, da União Européia e dos Estados Unidos. A suinocultura é praticada com maior ou menor intensidade em todos os estados, sendo que na Região Sul concentra 44% do rebanho e 61% do alojamento tecnificado de matrizes. A produtividade da suinocultura brasileira é variável, dependendo da região e do tipo de produção.

A evolução genética de nossos suínos nas últimas décadas vem repercutindo positivamente nos índices de produção de nosso país, e com um mercado cada vez mais exigente em qualidade, os suinocultores brasileiros procuram técnicas específicas para obter o máximo de exploração da atividade. Fatores como alimentação, instalações e manejo adequados na criação de suínos são determinantes na hora da comercialização.

Na Região Sul, onde se encontra a maior parte do rebanho suíno, a atividade suinocultura proporciona melhoria na qualidade de vida rural e urbana, fomentando a economia das regiões produtoras, resultando em uma nova alternativa para diversificação das propriedades.

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Este estudo teve como objetivo a avaliação dos aspectos zootécnicos da unidade de produção de leitões (UPL) do IRDeR/DEAg/UNIJUÍ, confrontando os resultados encontrados no decorrer do trabalho com os citados na literatura.

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1 REVISÃO DE LITERATURA

A produção de suínos em diferentes regiões do Brasil revela sua importância econômica para o país. A moderna suinocultura é uma atividade para a produção tecnificada de suínos para abate e/ou animais destinados à reprodução. Ou seja, para obter ganhos e tornarem-se cada vez mais competitivos no mercado, os produtores buscam novas tecnologias como, melhoramento genético animal, instalações e benfeitorias modernas que garantam conforto e bem-estar animal, equipamentos sofisticados e componentes nutricionais que supram as exigências nutricionais e estimulem o crescimento suíno em suas diferentes etapas de crescimento.

Um sistema de produção de suínos depende fundamentalmente do homem, que tanto pode ser o proprietário ou os funcionários. É da capacidade de decisão e harmonia entre as ações determinadas pelo homem que serão produzidos suínos, com bom estado de saúde e excelente desempenho zootécnico.

O objetivo fundamental dos suinocultores e consultores técnicos é alcançar o potencial máximo de produtividade dos sistemas de produção de suínos. Para Sobestiansky et

al. (1998) a existência de alvos de produtividade para o rebanho é um elemento essencial para

o monitoramento do desempenho do sistema e para o diagnóstico de problemas de produção. É absolutamente essencial um controle total e permanente sobre o desempenho do rebanho, desde a fase de cobrição e gestação até a terminação, o que significa uma análise e uso efetivo das informações técnico-econômicas. Dessa maneira, é possível tomar decisões administrativas importantes, tais como a alocação de recursos disponíveis, bem como a identificação de áreas deficientes no sistema que necessitam urgentemente de melhorias.

Para que o produtor esteja ciente de como esta seu manejo na unidade de produção de suínos e dessa maneira avaliar os índices zootécnicos de sua produção, poderá usar a comparação dos seus resultados obtidos com a bibliografia especializada.

1.1 MODELOS DE SISTEMAS DE CRIAÇÃO 1.1.1 Sistema Extensivo de Criação de Suínos

Segundo Sobestiansky et al. (1998) os animais são mantidos permanentemente soltos, a campo, às vezes totalmente abandonados em determinada área de terra. O sistema

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caracteriza criações primitivas, sem utilização de tecnologias adequadas e, portanto apresenta baixos índices produtivos.

A maior parte da produção de animais é destinada ao fornecimento de carne e gordura para a alimentação dos proprietários. O excedente é comercializado perto da propriedade.

1.1.2 Sistema Intensivo de Criação de Suínos

Para Sobestiansky et al. (1998) os sistemas intensivos de criação de suínos podem ser classificados em três tipos de sistemas com seus subsistemas, são eles: sistema de criação ao ar livre, sistema de criação misto ou semiconfinado, sistema de criação confinado.

1.1.2.1 Sistema de Criação ao Ar Livre

Caracterizado por manter os animais em piquetes, nas fases de reprodução, maternidade e creche, cercados com fios e, ou, telas de arame eletrificadas com corrente alternada. As fases de crescimento e terminação ocorrem em confinamento.

Apresenta bom desempenho técnico, baixo custo de implantação e manutenção, número reduzido de edificações, facilidade na implantação e na ampliação da produção, mobilidade das instalações e redução do uso de medicamentos.

1.1.2.2 Sistema de Criação Misto ou Semiconfinado

Este tipo de sistema utiliza piquetes para a manutenção permanente ou intermitente para algumas categorias e confinamento para outras.

Dependendo do número de categorias animais previstas para serem manejadas em confinamento, terá um investimento inicial, desconsiderando o valor da terra, maior do que o sistema ao ar livre e menor do que o confinado (SOBESTIANSKY et al., 1998).

Este sistema apresenta um subsistema Sistema tradicional, o qual é mais utilizado no Sul do Brasil. Esse subsistema prevê o uso de piquetes pelas fêmeas em cobertura/gestação e pelos cachaços. Na fase de lactação a porca fica confinada na maternidade e os leitões, do nascimento até o abate são mantidos em confinamento.

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1.1.2.3 Sistema de Criação Confinado

De acordo com Sobestiansky et al. (1998), nesse sistema todas as categorias estão sobre o piso e sob cobertura. As fases da criação podem ser desenvolvidas em um ou vários prédios.

O sistema confinado é mais tecnificado quando comparado aos outros tipos de sistemas. Permite a mecanização do fornecimento de ração e da limpeza, com conseqüente economia na mão de obra e aumento nos investimentos iniciais.

1.2 TIPOS DE PRODUÇÃO

Os tipos de produção podem ser definidos pelo produto a ser comercializado ou pelas fases de criação existentes na propriedade.

1.2.1 Produção de Ciclo Completo

É uma criação que abrange todas as fases da produção e que tem como produto o suíno terminado.

Esse é o tipo de produção mais usual em todo o país e independe do tamanho do rebanho (SOBESTIANKY et al., 1998).

1.2.2 Produção de Leitões

Tipo de produção que envolve basicamente a fase de reprodução e tem como produto final os leitões.

São consideradas, quando comparadas com as de ciclo completo, criações especializadas (SOBESTIANSKY et al., 1998).

1.2.3 Produção de Terminados

A produção de terminados, segundo Sobestiansky et al. (1998), envolve somente a fase de terminação dos suínos, portanto tem como produto final o suíno terminado.

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1.2.4 Produção de Reprodutores

A finalidade principal, ou produto principal, de acordo com Sobestianski et al. (1998) nesse sistema de produção, é futuros reprodutores machos e fêmeas.

1.3 FASE DE PRÉ-COBRIÇÃO

O manejo incorreto nesta fase poderá aumentar os riscos de diminuição do desempenho reprodutivo dos animais e da vida útil de reprodutores, o que pode levar ao comprometimento da produtividade do rebanho de suínos e à perda de benefícios econômicos para o produtor.

1.3.1 Manejo dos Machos

Para o manejo de machos, segundo Amaral et al. (2006), algumas observações devem ser feitas:

- fornecer aos machos de 2 a 2,5 kg de ração por dia dependendo do seu estado corporal, até iniciarem a vida reprodutiva;

- após o início de vida reprodutiva fornecer dieta específica para cachaços, ou, na sua falta, dieta de gestação, ao redor de 2 kg/dia;

- período de adaptação de, no mínimo, 4 semanas antes de realizar a primeira monta; - realizar a primeira monta com o peso mínimo de 140 kg;

- duas montas por semana entre 7 e 11 meses de idade;

- quatro montas por semana com idade acima 11 meses de idade. 1.3.2 Manejo das Leitoas

Amaral et al. (2006) salienta alguns cuidados que se devem ter com as leitoas:

- fornecer 2,5 a 3,0 Kg de ração de crescimento ou ração especifica de reprodução ao dia às leitoas, em duas refeiões, até duas semanas antes da cobricão;

- não permitir o contato direto ou indireto com o macho antes de completar cinco meses de idade;

- iniciar o estímulo ao cio após os cinco meses de idade, utilizando um macho com bom apetite sexual;

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- fazer rodízio de machos para o estímulo e detecção do cio;

- recomenda-se trabalhar com grupos pequenos de leitoas (entre 6 e 10 leitoas/baia), o que facilita o manejo e permite contato eficiente do macho com cada uma das leitoas;

- estimular o cio, colocando o macho por 20 minutos na baia das leitoas duas vezes ao dia, com um mínimo de 8 horas de intervalo;

- não alojar o macho utilizado no estímulo do cio em local que permita contato constante com as leitoas;

- anotar quando o cio foi detectado na ficha correspondente, para prever a data de cobrição.

Ainda Amaral et al. (2006), ressalta que duas semanas antes da data provável de cobrição, fornecer às leitoas ração de lactação à vontade para estimulas a ovulação, técnica conhecida como “flushing”.

1.3.3 Manejo das Porcas

Para Fávero et al. (2003), as porcas desmamadas devem ser agrupadas em lotes de cinco a dez porcas, em baia ou boxes individuais de pré-cobrição localizada próxima dos machos. Ainda ele salienta que se deve fazer a cobrição das porcas de acordo com a recomendação baseada no intervalo entre o desmame e a ocorrência do cio.

De acordo com Amaral et al. (2006), deve-se estimular o cio das porcas no mínimo duas vezes ao dia, com um intervalo mínimo de 8 horas, colocando-as em contato direto com o macho. Fornecendo ração de lactação à vontade, do desmame até a cobrição.

1.4 FASE DE COBRIÇÃO E GESTAÇÃO

O início da fase de reprodução é marcado pelo cio, momento em que a fêmeas sentem a necessidade de se reproduzirem. Neste período, as porcas apresentam alterações comportamentais como, nervosismo e excitação; urinam com frequência; montam nas companheiras; a vulva aumenta; e procuram o macho se está próximo.

A primeira manifestação do cio se apresenta aos cinco ou seis meses, às vezes até antes, de acordo com Vianna (1986). Os machos aos seis ou sete meses já estão aptos à reprodução. Porém, nesta idade não é aconselhável a reprodução dos suínos, por ainda não

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terem alcançado pleno desenvolvimento, vindo nesse caso, prejudicar a descendência e os próprios reprodutores.

Durante o processo de cobrição deve-se evitar o estresse dos animais, e preferencialmente deverão ser feitas nas horas mais frescas do dia e em locais arejados. Amaral et al. (1998), em seu trabalho salientam que a cobertura das leitoas deverá ser no terceiro ou quarto cio, com idade mínima de sete meses e peso entre 135 e 140 Kg. Em caso de inseminação artificial, efetuar esta na presença do macho, com duração mínima de quatro minutos, evitando que seja forçada a entrada do sêmen no interior do trato reprodutivo da fêmea, adotar duas montas ou inseminações por leitoa ou porca, mantendo um intervalo de 24 horas entre elas. Porca com intervalo desmame – cio de até quatro dias pode-se realizar uma terceira cobertura 12 a 24 horas após a segunda.

As cobrições devem ser realizadas na presença do encarregado. O tratador auxiliará na introdução do pênis, evitando traumatismos que podem comprometer o desempenho futuro dos reprodutores (CAVALCANTI, 1987).

De acordo com Sobestiansky et al. (1998), o momento de realização da monta ou da inseminação é primordial para a obtenção de um bom resultado de fecundidade e prolificidade. Amaral et al. (2006) ressalta que o manejo na cobrição e os cuidados durante a gestação têm influência decisiva na produção de leitões.

Após o ato sexual é sempre bom deixarmos as porcas em repouso pelo menos por duas horas. Movimentar as reprodutoras após esta prática pode provocar refluxo de sêmen, ocasionando problemas de fertilização.

O fornecimento de água deve ser estimulado segundo Amaral et al. (2006), para evitar a mortalidade embrionária, já que no período de gestação o consumo de água pode atingir 20 litros por dia. Bem como, a realização das vacinas conforme o recomendado para o período de gestação.

A transferência das fêmeas para a maternidade deverá realizada sete dias antes do parto previsto, após lavá-las antes de serem alojadas. Neste momento é importante evitar situações de estresse e realizando esta tarefa em horários de temperatura mais amena.

1.4.1 Dias Não Produtivos

Caracterizados como os dias em que as fêmeas não estão produzindo, pois são os dias em que não estão gestando nem lactando. Para o agricultor, do ponto de vista econômico são dias de prejuízo, pois os animais nesse período estão se alimentando, ocupando espaço na

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granja, utilizando-se de mão de obra e medicamentos, sem oferecer nenhum retorno produtivo.

Os parâmetros que contribuem para os dias não-produtivos, segundo Sobestiansky et

al. (2006) em um sistema de produção são os seguintes:

- dias em anestro pós-desmama (aumento do intervalo desmama-cobrição); - repetição de cio pós-desmama;

- dias até o teste de prenhez negativo;

- dias em que a fêmea permaneceu vazia após a cobrição; - dias de demora para o descarte da fêmea;

- dias do intervalo entre cobrição e a morte ou aborto das fêmeas gestantes; - dias desde a entrada de leitoas no plantel até a sua cobertura efetiva; e - dias em anestro das leitoas.

Para Sobestiansky et al. (2006), o máximo de dias em que a fêmea poderá não produzir é de 45 dias, após isso deverá retornar a suas atividades.

1.4.2 Taxa de Retorno ao Cio

Para Bonett e Monticelli (1998), o intervalo normal entre cios se não houver acasalamento (cobertura), repete-se de forma cíclica a cada 21 dias na maioria das fêmeas, podendo variar de 17 a 25 dias.

Amaral et al. (2006), em suas pesquisas constataram que o valor crítico da taxa de retorno ao cio fica maior de 13% e que não ultrapasse 10%.

Tanto o cachaço como a fêmea podem ser os responsáveis pelos retornos. Isso de deva a falhas de espermatozóides ao atingir o óvulo, morrendo após a fecundação ou um número menor de cinco embriões, que estão presentes no útero, em torno do 12° dia de gestação, causando retornos regulares ao cio. Também pode ser desvio a defeitos anatômicos e funcionais, impotência do cachaço, momento errado da cobrição e/ou infecções uterinas. 1.4.3 Taxa de Partos e Lactação

O parto sempre que possível, deve ser assistido pelo tratador em qualquer hora do dia ou da noite que ele ocorra. Essa prática visa uma menor mortalidade de leitões, logo após o nascimento.

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No dia do parto, não se deve alimentar as porcas, evitando uma possível congestão. O uso de água fresca e verdejo é aconselhado (CAVALCANTI, 1987).

No sul do país, em criações tecnificadas de pequeno a médio porte, os índices reprodutivos médios estão em 9,5 leitões/leitegada e 1,9 partos/porca/ano, enquanto o potencial biológico estimado das fêmeas suínas está por volta de 13 leitões/leitegada e 2,6 partos/porca/ano. Isso mostra que existe uma margem considerável entre os resultados e o potencial genético disponível. (LOVATTO, 1996).

Segundo Sobestiansky et al. (1998), o número de partos por fêmea por ano deve atingir 2,4. Valores abaixo deste, denunciam problemas no manejo de reprodução. As características para a baixa taxa de partos são, a alta taxa de reposição por descarte por razões não-produtivas; intervalo de parto-cobertura, sendo incluído prolongados intervalos desmama-cio ou curtas durações de lactação, acúmulo de fêmeas repetindo desmama-cio; diminuição da taxa de manutenção da gestação na época de cobrição no período de verão; alta proporção de porcas velha ou novas; micotoxicoses; doenças urogenital; e doenças reprodutivas sistêmicas. (SOBESTIANSKY, 1998).

Para Amaral et al. (2006), o valor crítico que se pretende atingir para uma matriz é que possa ultrapassar os 86 %, sendo que este valor fica inferior aos 80% da taxa de partos/porca/ano.

1.4.4 Número de Partos/Porca/Ano

Woloszyn (2005 apud PADOIM, 2008)1, afirmam que os partos/porca/ano inferior a 2,3 parto/porca são considerados críticos, sendo o valor ideal maior que 2,4 partos /porca/ano. 1.4.5 Intervalo Médio Desmame Cio

Segundo Sobestiansky et al. (1998), o retorno ao cio após a desmama é, em média, de sete dias, porém dependendo do período de lactação, varia de criação a criação. Considera-se normal um período de até 12 dias para o aparecimento do cio, após esConsidera-se período pode-Considera-se suspeitar da ocorrência de algum problema.

1PADOIM, D. A., Parâmetros zootécnicos do sistema de produção de suínos no Instituto Regional de Desenvolvimento Rural (IRDeR/DEAg) Trabalho de conclusão de Curso, Ijuí: UNIJUÍ, 2008.

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Amaral et al. (2006), afirmam que o intervalo médio ideal desmame cio fica abaixo de seis dias e crítico acima de oito dias.

Após o parto, segundo Bonett e Monticelli (1998), a época correta para novo acasalamento, em torno de cinco a sete dias após o desmame as matrizes estão no cio novamente e devem ser cobertas.

1.4.6 Taxa de Reposição Anual de Cachaços

A vida reprodutiva dos cachaços é limitada, parcialmente, devido ao rápido giro entre gerações particularmente em função do programa de melhoramento genético adotado, na busca de melhores índices em taxa de crescimento, conversão alimentar e qualidade de carcaça (SOBESTIANSKY et al., 1998).

Para que o cachaço possa demonstrar toda a sua potencialidade reprodutiva, é necessário que lhe sejam fornecidas as condições ambientais, sanitárias, nutricionais e de manejo compatíveis com seu bem-estar.

Amaral et al. (2006), indicam um valor crítico da taxa de reposição anual de machos em percentagem menor que 50% e uma meta que ultrapasse 80% de taxa de reposição. Ainda Amaral et al. (2006), salientam que os machos devem ser dois meses mais velhos que as leitoas que irão cobrir, com idade mínima entre sete e oito meses, e sendo que a granja deve dispor de, no mínimo, dois machos na granja

1.4.7 Taxa de Reposição Anual de Matrizes

A reposição de matrizes é uma prática necessária na criação de suínos à medida que se dispõe de outras reprodutoras geneticamente superiores, ou que o plantel tenha atingido certa idade, ou ainda que seu desempenho reprodutivo esteja abaixo do esperado pelo produtor.

Segundo Sobestiansky et al. (1998), a taxa de descarte de matrizes em um plantel de reprodução é de aproximadamente 30-40%, sendo que entre as principais causas destacam-se:

- morte;

- danos severos de aprumos (mecânicos); - falhas de concepção;

- dificuldade no parto;

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- escasso caráter maternal; - idade ultrapassada;

- tamanho excessivamente grande.

As leitoas devem ser adquiridas em lotes equivalentes aos grupos de gestação, acrescidos de 15%, para compensar retornos e outros problemas reprodutivos. Em complementação aos dados de produtividade, atenção especial deve ser dada à qualidade dos aprumos, a integridade dos órgãos reprodutivos, ao número e distribuição das tetas (mínimo 12) e as condições sanitárias apresentadas no momento da aquisição (AMARAL et al., 2006).

De acordo com Amaral et al. (2006), as fêmeas são respostas na taxa de 40% ao ano e com uma idade aproximada de 36 meses.

1.4.8 Relação Macho/Fêmea

Para Amaral et al. (2006), a relação fêmeas por macho quando não utilizar inseminação artificial deve ser de vinte fêmeas para um macho, sejam elas leitoas ou porcas (20:1). Sendo que, o valor considerado crítico é de dezoito fêmeas para um macho (18:1).

Bonett e Monticelli (1998), dizem que a relação ideal entre o número de machos e fêmeas para manter uma boa reprodução em média 20 fêmeas para cada macho. Deve-se, porém, respeitar a relação de um macho para cada três fêmeas desmamadas a serem cobertas, na semana.

1.5 FASE DE MATERNIDADE

Após o parto, deve-se fazer com que os leitões mamem. O primeiro leite materno contendo o colostro é de grande utilidade para os leitões, pelas propriedades imunizantes, laxativas e nutritivas que possui.

Durante as três primeiras semanas (18 a 21 dias), os leitões só se alimentam de leite materno, único suprimento de que dispõem para todas as suas necessidades orgânicas, conforme Vianna (1986).

As enxertias de leitões podem ser feitas para homogeneizar o peso e/ou o número de leitões por leitegada. Devem ser feitas até o segundo dia de vida e se limitar a no máximo dois leitões por leitegada. Normalmente seleciona-se uma porca com bom aparelho mamário e não primípara para amamentar os leitões mais leves de um lote (AMARAL et al., 2006).

(23)

Para Amaral et al. (2006) o parto e a lactação são as fases mais críticas da produção de suínos. Portanto, todos os esforços dedicados nas fases anteriores podem ser perdidos se atenção e cuidado especiais não forem dedicados aos recém-nascidos. Por melhor que seja o ambiente fornecido aos leitões após o parto, nunca será melhor do que aquele oferecido pelo útero da mãe. Na maternidade, portanto, o produtor encontra um verdadeiro desafio para garantir bons resultados na sua atividade.

As fêmeas devem ser transferidas para maternidade entre 5 a 7 dias antes da data provável do parto, visando sua adaptação e o equilíbrio entre seu microbismo e o do novo meio ambiente. A transferência, sempre que possível, deve ser feita pela manhã ou à tardinha e de uma maneira tranqüila evitando agitar os animais.

As maternidades devem ser localizadas em locais secos, ao abrigo de correntes frias e sempre providas de camas suficientes e evitar o máximo possível a umidade, criando um ambiente higiênico e acolhedor. A luz e o aquecimento favorecem maior consumo de ração, agem sobre o organismo como ação estimulante ativando o crescimento e aumentando o ganho de peso.

1.5.1 Número de Leitões Nascidos Vivos/Parto

Conforme Amaral et al. (2006), os leitões nascidos vivos/parto apresentam valores críticos inferiores que 10,5, sendo que a meta a ser atingida consiga ultrapassar 12 leitões nascidos vivos/parto.

Segundo Sobestiansky et al. (1998) o número de leitões nascidos vivos representa o número de leitões restantes do total de nascidos menos o número de natimortos e mumificados. Os principais fatores de risco para um número abaixo do adequado de nascidos vivos por leitegada com alta incidência de natimortos incluem:

- alta proporção de partos de porcas velhas; - períodos de gestação prolongados;

- doenças reprodutivas sistêmicas;

- porcentagem aumentada de fêmeas com altas taxas de natimortos em partos consecutivos;

- fêmeas muito gordas;

(24)

1.5.2 Porcentagem de Leitões Natimortos

Para Cavalcanti (1987) são considerados leitões natimortos fetos que levam tempo normal de gestação, porém mortos. São leitões aparentemente normais, mas que não chegam a respirar.

As perdas de leitões ao nascer, constituem um problema que mobiliza a atenção dos criadores, pelas consequências graves que acarretam aos rebanhos, afetando o lucro da exploração. Aproximadamente 25 a 30% dos leitões nascidos vivos morrem até os 56 dias de idade (CAVALCANTI, 1987).

Ainda Cavalcanti (1987), aponta como as principais causas da mortalidade tão elevada: nutrição, idade das porcas, fatores patológicos, fatores letais, distúrbios endócrinos, anomalias ou efeitos no desenvolvimento pré-natal, causas não suficientemente esclarecidas, acidentes e partos prolongados.

De acordo com o valor crítico descrito por Amaral et al. (2006), os leitões nascidos mortos tem seu valor expresso em uma porcentagem acima de 5% e que a meta a ser cumprida venha ficar a baixo de 3% de leitões que nascem mortos.

1.5.3 Peso dos Leitões ao Nascer

A alimentação e o ganho de peso estão diretamente ligados ao desmame, pode-se dizer que quanto mais pesados forem os leitões ao nascer mais rapidamente alcançam o peso de desmame. Assim, tornando a produção de suíno mais eficiente.

Para Amaral et al. (2006), o valor crítico do peso médio dos leitões ao nascer fica abaixo de 1,4 kg e que o ideal seria alcançar 1,5 kg de peso ao nascer.

De acordo com Bonett e Monticelli (1998) quanto maior o peso ao nascer, maior será o ganho diário do leitão na fase de aleitamento. A mortalidade também é reduzida em recém-nascidos de peso elevado. Por isso, o ideal seria que todos os leitões tivessem, ao nascer, pelo menos 1,2 kg.

Segundo Mores (1995 apud PERLIN, 1997, p. 14)2, o peso médio dos leitões ao nascer muito abaixo (inferior a 1,2 Kg), está relacionado à questão nutricional da fêmea na fase de gestação. O aumento da quantidade de alimento para as porcas gestantes, após os 80

2PERLIN, A. J. Avaliação do desempenho reprodutivo e produtivo de fêmeas suínas mestiças no IRDeR.

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dias de gestação, período de maior desenvolvimento fetal, contribui para o aumento do peso dos leitões ao nascer. Além disso, deve-se considerar que fatores genéticos, também podem influenciar o peso dos leitões ao nascimento.

1.5.4 Taxa de Mortalidade Pré-desmame

De acordo com Sobestiansky et al. (1998) os tipos principais de mortalidade pré-desmame são traumatismos (esmagamento, mordidos pelas fêmeas), baixa viabilidade (fracos e com baixo peso ao nascer), inanição e doença.

Para Amaral et al. (2006), o valor crítico da taxa de mortalidade de leitões na fase de maternidade fica com valores acima de 10% e que o ideal é que fique o número de mortes de leitões fique abaixo de 6%.

1.5.5 Número de Leitões Desmamados/Porca/Ano

De acordo com Lima (2007) Os sistemas de produção de suínos em todo mundo estão revendo suas metas para atingir pelo menos 30 suínos desmamados/porca/ano. Esta meta não é fácil de ser alcançada, mas deve ser perseguida. Vários sistemas já estão atingindo com sucesso este índice e passam a assumir metas mais altas. De qualquer forma, este processo depende do desempenho ótimo de um conjunto de conhecimentos, iniciados pela genética, que foi a grande responsável pelo incremento do número de leitões, a sanidade do rebanho e também, a administração do negócio.

Para Amaral et al. (2006), o número de leitões desmamados/porca/ano, apresenta um valor crítico inferior a 22 animais, tendo que o valor ideal alcance 23 animais.

A redução da mortalidade antes do desmame é atualmente o grande desafio para se aumentar o número de leitões desmamados/porca/ano. Este ponto pode ser melhorado especialmente pelo manejo nos primeiros dias de vida, mas também ao longo do período de lactação. (LIMA, 2007).

1.5.6 Número de Leitões Desmamados/Porca/Parto

De acordo com Amaral et al. (2006) o número de leitões desmamados/parto apresenta um valor crítico inferior a 10 leitões, sendo que a meta a ser atingida é acima de 10,5 leitões desmamados/parto.

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1.5.7 Ganho de Peso Diário do Nascimento ao Desmame

De acordo com Cavalcanti (1987), leitões submetidos a um bom manejo, tanto nutricional, como sanitário podem apresentar um ganho médio de 230 a 300 gramas/dia, do nascimento ao desmame.

Então Amaral et al. (2006), propuseram que o valor crítico do ganho médio de peso diário dos leitões fica abaixo de 200 g, sendo que o ideal ultrapasse 230 g de peso diário acumulado.

1.5.8 Peso dos Leitões no Desmame

Atualmente existe uma tendência de praticar desmame entre 21 e 28 dias de idade com o objetivo de maximizar a produtividade da porca, sem que se observe nenhum prejuízo para o desempenho do leitão. (SOBESTIANSKY et al., 1998).

Para Amaral et al. (2006), o valor crítico do peso dos leitões aos 21 dias fica abaixo de 5,6 kg e estipula-se meta que ultrapasse os 6,7 kg. Aos 28 dias o valor crítico do peso dos leitões fica abaixo de 6,8 kg e a meta estipula-se que ultrapasse 7,7 kg.

1.6 CRECHE

A creche tem como objetivo a separação da leitegada da fêmea. O período de utilização desta instalação, normalmente, vai da desmama até 65 a 70 dias de idade dos leitões, quando eles atingem em torno de 25 kg vivo por leitão.

Conforme Amaral et al. (2006), a transferência dos leitões da maternidade para a creche (desmame) representa um período crítico para os leitões, pois eles deixam a companhia da mãe e de receber leite materno, passando a se alimentar exclusivamente de ração, são transferidos para um novo ambiente e, geralmente, são reagrupados formando um novo grupo social. Por essa razão, os cuidados dedicados aos leitões, principalmente nos primeiros dias de creche, são fundamentais para evitar diarréia, queda no desempenho e mortes.

De acordo com Amaral et al. (2006) deve-se fornecer espaço suficiente para os leitões, conforme o tipo de baia (3 leitões/m2 em baias suspensas e 2,5 leitão/m2 nas demais baias). Mantendo a temperatura interna na sala próxima de 26°C durante os primeiros 14 dias e próxima de 24°C até a saída dos leitões da creche.

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Para Dartora et al. (1997) os lotes deverão ser formados por tamanho e sexo, porém não é recomendado misturar leitões oriundos de mais do que 4 leitegadas. Os leitões deverão receber ração à vontade, porém os comedouros deverão ser abastecidos todos os dias evitando-se deixar ração úmida, velha e/ou estragada nos comedouros.

Grande parte do desempenho dos leitões na creche depende da quantidade de água e ração que eles consomem nos primeiros cinco dias após desmame. Por esta razão, o conforto ambiental e a facilidade de acesso a água e ao alimento de boa qualidade são fundamentais. (AMARAL et al., 2006).

1.6.1 Taxa de Mortalidade dos Leitões

De acordo com SOBESTIANSKY et al. (1998) a taxa de mortalidade dos leitões na creche admissível é de 1%.

Para Amaral et al. (2006), a taxa de mortalidade de leitões acima de 2,5% de animais mortos este estaria com um valor crítico, e que a meta seria estar abaixo de 1,5% de taxa de mortalidade.

1.6.2 Conversão Alimentar dos Leitões

Para determinar a conversão alimentar do rebanho é considerada a quantidade de alimento necessário para produzir um quilograma de suíno.

A conversão alimentar é um índice fornecido pela relação entre o consumo de alimento e o ganho de peso dos suínos. É indicador de eficiência alimentar da dieta, que analisada isoladamente pode levar a conclusões erradas sobre determinado alimento, dieta ou manejo alimentar. A conversão alimentar é uma das variáveis indicadoras do desempenho dos suínos, e deve ser analisada conjuntamente com o ganho de peso e o consumo de ração para a tomada de decisões sobre nutrição dos suínos (BONETT e MONTICELLI, 1998).

Amaral et al. (2006) definem como meta na fase de creche valores menores que 1,5 Kg de ração/Kg de peso dos leitões (1,5:1) e valor crítico para valores acima de 1,7 Kg de ração/Kg de peso dos leitões (1,7:1).

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2 MATERIAL E MÉTODOS

O estudo será realizado nas dependências do Instituto de Desenvolvimento Rural (IRDeR/DEAg), situado no município de Augusto Pestana - RS, tendo avaliação nos meses de Maio - Novembro de 2012.

Através de entrevistas com o funcionário responsável pela unidade de produção e com o gerente geral da granja do IRDeR/DEAg/UNIJUI, serão obtidos dados. Será feito o levantamento de todas as matrizes da granja, tendo como objetivo geral observar a produção suinícola, tendo como base de informações, estimativas de índices zootécnicos listados na bibliografia dos seguintes autores; BONETT e MONTICELLI (1998); SOBESTIANSKY et

al. (1998); e AMARAL et al. (2006).

Assim, comparando os resultados obtidos durante o processo avaliativo, é possível identificar os aspectos indesejáveis durante a produção. Para isto foi comparado os resultados obtidos com os seguintes aspectos da literatura pesquisada.

• • •

• Número de partos/porca/ano

N° partos/porca/ano = 365/intervalo médio entre partos (dias) Onde:

Intervalo entre partos = intervalo médio desmame cobertura + média de dias em gestação + média de dias em lactação.

• • •

• Número de leitões nascidos vivos/parto

Número de leitões nascidos vivos/parto = N° de leitões nascidos vivos N° de leitegadas paridas •

• •

• Taxa de retorno ao cio

Taxa de retorno ao cio = N° de fêmeas do lote que retornam ao cio x 1000 N° de fêmeas do lote que foram cobertas

• • •

• Dias não-produtivos

DNP = 365 – [parto/fêmea/ano x (período em gestação + período em lactação)] •

• •

• Porcentagem de natimortos

Porcentagem de natimortos = Total de leitões nascidos mortos x 100 N° de leitões nascidos vivos

• • •

• Taxa de mortalidade pré-desmame

Taxa de mortalidade = N° de leitões mortos antes da desmama x 100 N° de leitões nascidos vivos

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• • •

• Número de leitões desmamados porca/parto

N° de leitões desmamados porca/parto = N° médio de leitões vivos – mortalidade pré-desmama.

• • •

• Ganho de peso diário dos leitões do nascimento ao desmame

Ganho de peso diário dos leitões do nascimento ao desmame = (peso médio da leitegada ao desmame – peso médio da leitegada ao nascer) / dias em lactação

• • •

• Taxa de mortalidade de leitões na creche

Taxa de mortalidade de leitões na creche = N° de leitões mortos no lote x 100 N° de animais no lote

2.1 HISTÓRICO DO IRDeR/DEAg/UNIJUÍ

No período inicial, de 1948 a 1972, foi instalado e funcionou o Posto Agropecuário de Ijuí, vinculado ao Ministério da Agricultura. De 1976 a 1994, foi utilizada, em comodato, pela Cooperativa Regional Tritícola Serrana Ltda (Cotrijuí) como Centro de Treinamento da Cotrijuí (CTC). No período mais recente, de 1994 a 2005, foi utilizada, também em comodato, pelo Instituto Regional de Desenvolvimento Rural – IRDeR, vinculado à Fundação de Integração Desenvolvimento e Educação da Região Noroeste – FIDENE. Atualmente, está vinculada ao Departamento de Estudos Agrários – DEAg, da Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul – UNIJUÍ, mantida pela FIDENE.

Ao final do ano de 2005, a direção da FIDENE decidiu pela extinção do IRDeR, enquanto mantida. A sua estrutura foi então incorporada ao Departamento de Estudos Agrários (DEAg) para servir de laboratório de ensino e pesquisa, principalmente junto ao Curso de Agronomia. Sendo atualmente também utilizado pelo Curso de Medicina Veterinária com os mesmos propósitos.

Atualmente, o quadro funcional é constituído de um Engenheiro Agrônomo, um Engenheiro Florestal e 22 colaboradores, totalizando 24 funcionários que trabalham para a manutenção da granja e o funcionamento das atividades existentes. Do total da área, 101 hectares são considerados não agricultáveis, sendo 78,0 ha de área de preservação permanente e o restante destinado à pesquisa, piscicultura, suinocultura, viveiro, sede e estradas. A superfície de área útil representa 135,0 ha distribuídos entre culturas anuais, erva mate, silvicultura, pastagem anual e perene, pomar, horta e açudes.

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A perspectiva de utilização da área está no apoio ao desenvolvimento de atividades acadêmicas ligadas ao ensino, pesquisa e extensão. Vinculada ao Departamento de Estudos Agrários (DEAg), passa a ser direcionada aos objetivos dos Cursos de Agronomia, Medicina Veterinária, para além de outros cursos da Universidade como Biologia, Geografia, Química e Matemática. A área também está servindo de apoio à realização de trabalhos de Mestrado e Teses de Doutorado.

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3 RESULTADOS E DISCUSSÃO

O sistema de criação de suínos na granja é do tipo semiconfinado, considerado pela literatura como sistema tradicional, onde se encontram piquetes coletivos ao ar livre para as fêmeas em cobertura/gestação, permanecendo nestes, até quinze dias antes da data prevista do parto. Dispondo também de estruturas cobertas, abrigando as porcas na fase de lactação (figura 3), os leitões confinados na fase de creche (figura 1) e os cachaços (figuras 2 e 4).

O tipo de produção é denominado produção de leitões, que envolve basicamente a fase de reprodução e tem como produto final os leitões.

O método de cobertura utilizado é o de monta natural, sendo que a fêmea é conduzida para a baia do macho onde ocorre a cobertura (figura 5). O funcionário responsável acompanha o processo de reprodução, auxiliando o cachaço quando necessário.

A ração fornecida aos suínos é toda de fabricação própria (figura 9), sendo que o milho utilizado na produção da ração é produzido na granja, e os demais ingredientes são adquiridos de empresas especializadas. A ração é formulada conforme as fases de desenvolvimento dos suínos, pois para cada fase de desenvolvimento animal existe uma exigência nutricional a qual está demonstrada na tabela em anexo.

3.1 ESTRUTURA DO PLANTEL

Atualmente o plantel é formado por 37 matrizes, sendo que uma foi descartada, 26 são porcas em plena produção e 10 são leitoas de primeira cria sendo que todas já foram cobertas. As matrizes foram adquiridas de outras granjas e também foram selecionadas na própria unidade de produção, sendo selecionadas as filhas das matrizes produtivas, dóceis e com boa aptidão materna.

Atualmente o sistema de produção dispunha de três machos, os quais são responsáveis pela cobertura do plantel de fêmeas, não necessitando de inseminação artificial. Sendo eles, dois AGROCERES (AGPIC 425) e um macho F1, filho do MS 115 da EMBRAPA, selecionado na própria granja.

3.2 MÃO DE OBRA

A mão de obra utilizada no desenvolvimento da atividade na granja, incluindo manejo sanitário, alimentação, maternidade, creche, preparo da ração entre outros, é toda

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realizada por um funcionário permanente. Em finais de semana e feriados são realizados plantões entre os funcionários do IRDeR/DEAg/UNIJUÍ havendo um sistema de rodízio entre os funcionários alternando com as outras atividades desenvolvidas na granja.

3.3 EDIFICAÇÕES

As instalações são antigas, mas acomodam bem os animais. Algumas necessitam de reparos e melhorias, para que ocorra uma melhor adequação das mesmas, facilitando o manejo e aumentando o desempenho dos animais.

Todos os piquetes (figura 6) são cercados e possuem área coberta com água disponível, a qual serve também como abrigo, local para alimentação e sombra. Dispõem de pastagem com tifton, porém estas estão bastante degradadas dentro dos piquetes, necessitando de melhorias para reestruturação do solo (química e física), visando o oferecimento de um alimento com maior qualidade para os animais.

A maternidade (figura 7) possui celas suspensas, em bom estado de conservação, com piso em PVC térmico, porém há pouca circulação de ar, havendo acúmulo de gases. A temperatura interna ideal na fase de maternidade é entre 18ºC e 20ºC.

As instalações da creche (figura 8) bem como as da maternidade, também possuem salas com piso em PVC térmico, a creche é composta por três salas com quatro baias cada. Na mesma observa-se também que ela possui apenas uma janela basculante a qual pode ser aberta ou fechada conforme a necessidade de manutenção de temperatura interna e para que não haja acúmulo de gases como Amônia (NH3), Hidrogênio Sulfídrico (H2S), que podem ser tóxicos prejudicando o desempenho dos animais. A temperatura ideal para a leitegada no período de creche é de 18ºC (inverno) a 26ºC (verão).

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Figura 1: Estrutura da creche

FONTE: IRDeR/DEAg/UNIJUÍ

Figura 2: Estrutura da baia dos machos e leitoas de 1ª cria

FONTE: IRDeR/DEAg/UNIJUÍ

Figura 3: Estrutura da maternidade

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Figura 4: Baia dos machos e leitoas de 1ª cria

FONTE: IRDeR/DEAg/UNIJUÍ

Figura 5: Baia de cobertura

FONTE: IRDeR/DEAg/UNIJUÍ

Figura 6: Piquete coletivo

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Figura 7: Baia de maternidade

FONTE: IRDeR/DEAg/UNIJUÍ

Figura 8: Baias da sala de creche

FONTE: IRDeR/DEAg/UNIJUÍ

Figura 9: Baias de estocagem de ração

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3.4 AVALIAÇÃO DOS ASPECTOS ZOOTÉCNICOS

Os resultados obtidos na unidade de produção de leitões do IRDeR/DEAg/UNIJUI, foram comparados com os parâmetros zootécnicos propostos pela literatura citada. Dessa forma, podemos analisar como se encontra a produção de suínos na granja.

3.4.1 Fase de Pré-cobrição 3.4.1.1 Manejo dos Machos

A granja de suínos do IRDeR, conta com três machos responsáveis pela cobertura das matrizes, sendo dois AGROCERES (AGPIC 425), o 6796 e o 31662, e um macho filho do MS 115 da EMBRAPA, selecionado na própria unidade e nascido em 28 de março de 2011.

Os machos são mantidos em sistema confinado, pois sua finalidade é apenas a reprodução, os mesmos são alimentados diariamente com aproximadamente 2 Kg de ração de gestação a qual é dividida em duas refeições diárias, uma no período da manhã e outra à tarde. Essa quantidade de ração tem como finalidade a manutenção dos animais e não a engorda, pois animais muito pesados não são desejados no plantel devido a dificuldade de manejo na monta. Os machos são vacinados duas vezes por ano (6 em 6 meses) contra Rinite Atrófica.

3.4.1.2 Manejo das Leitoas

As leitoas de reposição (1ª cria) são manejadas primeiramente em baias coletivas próximas a baias dos machos, com o intuito de induzir as mesmas a manifestarem o cio, onde permanecem até o fim da gestação. As fêmeas só irão para os piquetes coletivos ao ar livre juntamente com as porcas quando estiverem prenhas pela segunda vez.

A cobertura das leitoas de 1ª cria, só ocorre quando as mesmas manifestarem o cio pela terceira vez, assim deslocando a fêmea até a baia do macho para efetivar a cobertura, sendo que esta é repetida por três a quatro vezes, realizada duas vezes ao dia (manhã e tarde), por dois dias consecutivos.

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Os animais são alimentados com 2 Kg de ração por dia, tanto no período de gestação como de lactação, porém utiliza-se ração condizente ao período em que se encontra a fêmea, sendo esta dividida em duas porções, uma pela manhã e outra à tarde.

As leitoas são vacinadas contra três tipos de doenças: Parvo-lepto, 30 dias antes da primeira cobertura, repetindo-se a vacinação três dias após o parto, Coccidiose sendo esta realizada em duas doses, a primeira quando a leitoa estiver com aproximadamente 80 dias de gestação e a segunda vinte dias após a primeira com 100 dias aproximados, e para Rinite Atrófica sendo esta realizada quatro semanas antes do parto.

3.4.1.3 Manejo das Porcas

As porcas são manejadas em piquetes coletivos ao ar livre, onde permanecem por todo período de gestação até 15 dias antes da data prevista da parição, quando são lavadas e deslocadas até a maternidade onde permanecerão até os leitões serem desmamados e as mesmas serem cobertas novamente, só após estas fases as porcas retornam ao piquete.

As porcas são alimentadas da mesma maneira que as leitoas, com 2 Kg de ração diária dividida em duas porções sendo esta ração adequada com o período em que se encontra (gestação ou lactação).

3.4.2 Fase de Cobrição e Gestação 3.4.2.1 Dias Não Produtivos

O ideal na produção de suínos seria que não existissem dias não produtivos dentro do sistema, pois assim os animais estariam sempre produzindo e gerando renda ao produtor, porém isso não é possível devido a fatores fisiológicos dos animais, mas existem fatores os quais podem ser ajustados para que estes sejam minimizados.

Os dias não produtivos na maioria dos casos são gerados pela repetição de cio, no IRDeR procura-se controlar isso, sendo que a porca que retornar ao cio duas vezes consecutivas é descartada, pois esta, gera entre 40 e 45 dias sem produção, por não estar em período de gestação nem de lactação, gerando apenas despesas com alimentação, mão de obra, medicamentos entre outros, tornando inviável sua permanência no sistema.

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O índice de dias não produtivos alcançado no IRDeR é de 11,4 dias o qual é considerado baixo. Consegue-se atingir estes níveis, devido ao desmame estar sendo realizado com uma média de 22 dias, as matrizes não apresentaram repetições de cio e o intervalo entre desmame-cobertura é obedecido de acordo com a literatura.

3.4.2.2 Taxa de Retorno ao Cio

O valor que a granja de suínos apresentou para este aspecto esta entre os valores aceitáveis pela literatura, sendo o valor encontrado pelas matrizes é de 10,96%. Esse resultado demonstra a eficiência reprodutiva do sistema, em que não está sendo perdido o cio das matrizes e tanto os reprodutores, como as matrizes apresentam boa fertilidade.

3.4.2.3 Número de Partos/Porca/Ano

O índice atingido sobre o valor médio do número de partos/porca/ano na unidade de produção de suínos do IRDeR, ficou em 2,6 partos/ano, o qual está acima dos 2,3 partos/ano citados pela literatura. Um dos aspectos a ser considerado são as baixas porcentagens da taxa de retorno ao cio e também os dias não produtivos, estes podem afetar a média final deste aspecto zootécnico da granja.

3.4.2.4 Intervalo Médio Desmame Cio

O intervalo entre o desmame e o cio, está entre 4 a 5 dias, no IRDeR, o desmame é realizado em média com 22 dias ajustando sempre para que este seja efetuado nas quintas feiras, assim a porca estará apresentando cio na segunda ou terça feira, a qual já pode ser coberta novamente após teste de monta onde o responsável pelo manejo tenta montar a porca sendo que se aceito a monta, a porca é encaminhada para a baia do macho para efetivar a cobertura.

O intervalo desmame cio está em níveis ótimos sendo que a literatura considera até 12 dias dentro da normalidade, enquadrando esse aspecto zootécnico como o ideal.

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3.4.2.5 Taxa de Reposição Anual de Cachaços

No IRDeR, a relação de macho por fêmea utilizada é de 1:12, onde um macho é responsável pela cobertura de doze fêmeas, o que está dentro do recomendado pela literatura. Os cachaços apresentam idades que estão dentro dos parâmetros aceitos pela literatura, o que garante longevidade reprodutiva ao rebanho.

A reposição dos machos é realizada conforme o seu desempenho, a mesma só ocorre quando o macho chegou ao seu limite, apresentando dificuldades na cobertura, idade ultrapassada, quando ele não tem mais vontade de cobrir as fêmeas, quando diminui sua fertilidade. Nesse momento então o macho é descartado e é adquirido outro reprodutor o qual é normalmente comprado de empresas especializadas em produção de reprodutores de alta genética como, por exemplo, AGROCERES.

3.4.2.6 Taxa de Reposição Anual de Matrizes

O plantel de matrizes apresenta dez leitoas de primeira cria (reposição), as quais estão em plena atividade reprodutiva, garantindo a granja de suínos do IRDeR eficiência e elevando os índices zootécnicos avaliados.

A reposição das matrizes ocorre quando as mesmas não estiverem atingindo níveis satisfatórios de produção como, por exemplo, quando ocorre retorno do cio por mais de duas vezes consecutivas, quedas bruscas de produção de leitões de uma gestação para outra, doenças reprodutivas, ausência de cio ou por lesões que prejudiquem o seu manejo.

As leitoas são adquiridas normalmente de empresas especializadas em produção de matrizes de alta genética, ou selecionadas na própria unidade, sendo que para isso são selecionadas leitoas de porcas que apresentam bons níveis de produção, com boa aptidão materna.

Tabela 1: Avaliação dos aspectos zootécnicos na fase de cobrição e gestação

FONTE: IRDeR/DEAg/UNIJUI

Indicadores zootécnicos Valor Crítico Meta Média IRDeR/DEAg/UNIJUI

Número de partos/porca/ano < 2,3 > 2,4 2,6 Taxa de retorno ao cio (%) > 13 < 10 10,9 Intervalo médio desmame cio (dias) > 08 < 06 5 Dias não produtivos > 45 < 40 11,4 Relação macho/fêmea 1:20 1:18 1:12

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3.4.3 Fase de Maternidade

3.4.3.1 Número de Leitões Nascidos Vivos/Parto

O valor atingido pela granja de suínos para este aspecto foi de 9,4 leitões nascidos vivos/parto, tal valor é apresentado abaixo do valor crítico que é de 10,5 leitões. Isso se deve a algumas causas que afetam a reprodução das matrizes como, ocorrência de possíveis doenças reprodutivas, falhas durante fertilização (leitegadas pequenas), matrizes em estado nutricional elevado (muito gorda), matrizes com baixa produção de óvulos e também, pode estar associado à concentração de gases na sala de maternidade.

3.4.3.2 Porcentagem de Leitões Natimortos

Para este aspecto zootécnico, a unidade de produção de suínos do IRDeR apresentou um valor igual à zero, pois durante o período de avaliação da granja não houve parição de leitões mortos.

3.4.3.3 Peso dos Leitões ao Nascer

As médias encontradas pela granja para este parâmetro foi de 1,7 Kg por leitão nascido, sendo que a literatura cita valores críticos abaixo de 1,4 Kg e que o ideal é estar acima de 1,5 Kg. Este parâmetro com elevada média favorece a produção de suínos, pois segundo a literatura quanto maior for o peso dos leitões ao nascer, melhor será o seu desenvolvimento na fase de aleitamento, atingindo o peso ideal para o desmame antecipadamente e assim, disponibilizando a porca para entrar em cio novamente.

3.4.3.4 Taxa de Mortalidade Pré-desmame

Neste aspecto a granja obteve uma média de 5,9%, valor este menor que o crítico de 10%. O que caracteriza as possíveis causas desta taxa de mortalidade está relacionado a traumatismos de todos os gêneros, ocasionados nas baias da maternidade no momento de aleitamento, bem como doenças, e leitões fracos com peso inferior não sobrevivem a competição com os mais desenvolvidos.

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3.4.3.5 Número de Leitões Desmamados/Porca/Ano

A média encontrada na unidade de produção de leitões do IRDeR, foi de 23 leitões desmamados/ porca/ano, o qual está entre os valores aceitáveis pela literatura. Influenciado, pelo bom índice de partos/porca/ano.

3.4.3.6 Número de Leitões Desmamados/Porca/Parto

A média encontrada pela granja foi de 8,9 leitões desmamados/porca/parto, ficando muito abaixo do valor mencionado como ideal pela literatura que é de 10,5 leitões. A possível causa para este valor estar abaixo do ideal, é pelo fato de que o número de leitões nascidos vivos está abaixo do recomendado pela bibliografia citada.

3.4.3.7 Ganho de Peso Diário dos Leitões do Nascimento até o Desmame

Os resultados obtidos para este quesito foram de 0,216 Kg, o que se pode dizer que esta no padrão citado pela bibliografia de 0,220 Kg. Desta maneira a conversão alimentar no período de aleitamento, está adequada aos padrões recomendados.

3.4.3.8 Peso dos Leitões no Desmame

O peso dos leitões ao desmame na granja de suínos de IRDeR é de 6,5 Kg, ficando acima do valor crítico que é de 6,0 Kg por leitão desmamado, atingindo a meta desejada pela literatura. Demonstrando que apesar de o desmame ser feito em média após 22 dias de lactação, os leitões apresentam bom desenvolvimento e as matrizes, boa habilidade materna e produção de leite.

Tabela 2: Avaliação dos aspectos zootécnicos na fase de maternidade

Indicadores zootécnicos Valor crítico Meta Média IRDeR/DEAg/UNIJUÍ

N° leitões nascidos vivos/parto < 10,5 > 12,0 9,4 Peso médio dos leitões ao nascer (kg) < 1,4 > 1,5 1,7 Porcentagem de leitões natimortos (%) > 5,0 < 3,0 0 Taxa de mortalidade pré-desmame (%) > 10,0 < 6,0 5,9 N° de leitões desmamados/porca/parto < 10,0 > 10,5 8,9 N° de leitões desmamados/porca/ano < 22,0 > 23,0 23 Ganho de peso diário dos leitões (g) < 220 > 240 216 Peso dos leitões no desmame (kg) < 6,0 > 6,5 6,5 FONTE: IRDeR/DEAg/UNIJUÍ

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3.4.4 Fase de Creche

3.4.4.1 Taxa de Mortalidade de Leitões

No IRDeR, durante o período de creche, não é realizado nenhum tipo de avaliação, pois como a unidade é voltada apenas a produção de leitões e os mesmos permanecem por tempo indeterminado na creche este monitoramento não é desenvolvido.

Segundo o responsável pelo manejo dos animais na granja, são muito raros os casos de mortalidade de leitões na creche, porém acontecem.

3.4.4.2 Conversão Alimentar dos Leitões

Para realizar a comparação da conversão alimentar encontrada na granja de suínos do IRDeR com a literatura, foi avaliado o lote nº 20 de suínos, composto pelas matrizes (13013, 257, 241, 633 e 13011), no período de 25 de outubro de 2012 até 19 de novembro de 2012, com um total de 37 leitões avaliados os quais foram pesados ao desmame e 25 dias após estarem na creche.

Durante o período em que esse lote foi avaliado, os leitões consumiram 60 Kg de ração pré-I, 50 Kg de ração pré-II e apenas 20 Kg de ração inicial, pois no segundo dia em que estava sendo fornecida esta ração o trabalho avaliativo foi concluído.

O lote apresentou 196,3 Kg na entrada da creche e 288,5 Kg após 25 dias na creche, obtendo assim um total de 92,2 Kg de ganho de peso, foram consumidos 130 Kg de ração neste período, gerando um consumo de ração por leitão/dia de 0,141 Kg, com um ganho de peso de 0,100 Kg por leitão/dia obtendo com isso uma conversão alimentar de 70,92%, ou seja, 1,4 Kg de ração consumida/1 Kg de peso vivo, o que é considerado ideal pela bibliografia. Assim, demonstrando a eficiência da dieta alimentar da unidade de produção de suínos e o sucesso do manejo alimentar.

Tabela 3: Avaliação dos aspectos zootécnicos na fase de creche

Indicadores zootécnicos Valor Crítico Meta Média IRDeR/DEAg/UNIJUI

Taxa de mortalidade de leitões (%) > 2,5 < 1,5 Conversão alimentar (kg ração/kg de ganho peso) > 1,7 < 1,5 1,4 FONTE: IRDeR/DEAg/UNIJUÍ

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CONCLUSÕES

O estudo realizado na unidade de produção de leitões do IRDeR/DEAg/UNIJUÍ, demonstrou que alguns aspectos zootécnicos necessitam de providências a serem tomadas e outros estão de acordo com os parâmetros citados pela bibliografia.

Como nas diversas fases de desenvolvimento dos suínos, os processos de criação estão bastante ligados, sendo que uma fase interfere na outra. É de grande importância que todas as etapas do processo estejam bem ajustadas, para que juntas apresentem resultados satisfatórios e assim, proporcionando o máximo desempenho dos suínos e maior retorno financeiro.

Com o decorrer deste trabalho, detectou-se que é na fase de maternidade que se encontra o maior problema da granja de suínos, apresentando médias abaixo dos valores críticos mencionados na literatura. Dessa forma, obtendo resultados negativos na produção. Os aspectos zootécnicos que estão causando esses resultados são: número de leitões nascidos vivos/parto e número de leitões desmamados porca/parto.

O baixo número de leitões nascidos vivos/parto pode-se atribuir a falhas na fertilização (leitegadas pequenas), tanto das matrizes como dos reprodutores, a doenças, ao peso elevado das matrizes e ao acúmulo de gases na sala de maternidade. Já o número de leitões desmamados/porca/parto é baixo, por consequência do pequeno número dos leitões nascidos vivos/parto, isto demonstra que este indicador está sendo afetado pelo aspecto zootécnico citado anteriormente.

Melhorando estes aspectos, ao ponto dos mesmos atingirem ou ultrapassarem os índices de desenvolvimento considerados como ideais pela literatura, o sistema todo irá melhorar, gerando com isso bons índices de produtividade.

Na fase de cobrição e gestação e de creche, os animais que ali se encontram estão atingindo as metas citadas pela literatura, sendo seus valores acima das médias que foram

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mencionadas. Portanto, nestas fases os aspectos não apresentam desempenho negativo para produção de suínos na granja do IRDeR/DEAg/UNIJUÍ.

Referências

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