• Nenhum resultado encontrado

A Literatura Afro-brasileira como ferramenta para a promoção da igualdade racial na Educação Infantil / Afro-Brazilian Literature as a tool for the promotion of racial equality in Early Childhood Education

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2020

Share "A Literatura Afro-brasileira como ferramenta para a promoção da igualdade racial na Educação Infantil / Afro-Brazilian Literature as a tool for the promotion of racial equality in Early Childhood Education"

Copied!
16
0
0

Texto

(1)

Braz. J. of Develop.,Curitiba, v. 6, n. 10, p.76099-76114,oct. 2020. ISSN 2525-8761

A Literatura Afro-brasileira como ferramenta para a promoção da igualdade

racial na Educação Infantil

Afro-Brazilian Literature as a tool for the promotion of racial equality in Early

Childhood Education

DOI:10.34117/bjdv6n10-147

Recebimento dos originais: 08/09/2020 Aceitação para publicação: 07/10/2020

José Carlos de Melo

Pós Doutor em Educação

Universidade Federal do Maranhão – UFMA/PPGEEB/GEPEID

Endereço: Av. dos Portugueses, 1966 - Vila Bacanga, São Luís - MA, 65080-805 E-mail:mrzeca@terra.com.br

Andrea Rodrigues de Souza

Especialista em educação Infantil – UFMA/GEPEID

Endereço: Av. dos Portugueses, 1966 - Vila Bacanga, São Luís - MA, 65080-805 E-mail:andrear.souza@hotmail.com

(2)

Braz. J. of Develop.,Curitiba, v. 6, n. 10, p.76099-76114,oct. 2020. ISSN 2525-8761

RESUMO

O presente trabalho debateu sobre a utilização da literatura afro-brasileira e das tecnologias de informação pelos profissionais da educação infantil como ferramentas para a promoção da igualdade racial nas instituições de EI. Estudar sobre essa temática uma vez que a denominada literatura infantil clássica sempre teve como referências principais protagonistas brancos em detrimento dos negros, sendo que estes últimos em suas raríssimas aparições exerciam papeis de subalternos e marginalizados, sendo ainda que o estudo da história africana e afro-brasileira constitui-se como um componente obrigatório no currículo escolar. Realizamos uma pesquisa bibliográfica e uma revisão literária sobre o tema. O aporte teórico subsidiou-se em autores como, Rosemberg (2012), Freitas e Silva (2016), Gomes (2010), Santos (2010), Brasil (2010) dentre outros. Concluímos que apesar da existência da Lei 10.639/2003 (alterada para 11.645/2008) que alterou a Lei de Diretrizes e Bases (LDB nº. 9.394/1996) onde torna obrigatório o Ensino da História da África e dos Afro-brasileiros, observamos que a temática em questão é muito recente nas Instituições de Educação Infantil, destacando que apenas a utilização de estratégias pedagógicas não são o suficiente para construir uma sociedade sem discriminação, porém elas se constituem como uma ferramenta importante no combate ao preconceito e racismo junto as crianças pequenas.

Palavras-chave: Relações étnico-raciais, Educação Infantil, Tecnologias digitais, Trabalho

docente.

ABSTRACT

This paper debated the use of Afro-Brazilian literature and information technologies by educational professionals as tools for the promotion of racial equality in early childhood education institutions. To study this theme since the so-called classic children's literature always had as main references white protagonists to the detriment of the blacks, the latter in their rare apparitions exercised roles of subordinates and marginalized, even though the study of African and Afro- is a mandatory component of the school curriculum. We carried out a bibliographical research and a literary review on the subject. The theoretical contribution was subsidized in authors such as Brazil (2010), Rosemberg (2012), Freitas e Silva (2016), Gomes (2010), Santos (2010), among others. We concluded that, despite the existence of Law 10.639 / 2003 (amended to 11.645 / 2008), which amended the Law on Guidelines and Bases (LDB No. 9.394 / 1996), where it is compulsory to teach the History of Africa and Afro-Brazilians, we the theme in question is very recent in the Institutions of Early Childhood Education, emphasizing that only the use of pedagogical strategies are not enough to build a society without discrimination, but they are an important tool in the fight against prejudice and racism with young children.

(3)

Braz. J. of Develop.,Curitiba, v. 6, n. 10, p.76099-76114,oct. 2020. ISSN 2525-8761

1 INTRODUÇÃO

A Infância e a Educação Infantil são momentos especiais na vida das crianças, que aprendem nessa etapa diversos conhecimentos no mundo e sociedade na qual estão inseridas, dentre elas, as relações sociais que envolvem suas raças e cores e o uso das tecnologias digitais para potencializar suas aprendizagens (SOUZA, 2003).

O presente artigo é fruto das discussões envidadas e posteriormente ampliada no II Simpósio Interdisciplinar em Cultura e Sociedade1, em uma mesa redonda intitulada: A Educação das relações Étnico-Raciais na Educação Infantil a partir do uso das Tecnologias Digitais, na qual discutimos acerca do tema: A utilização da Literatura Afro-Brasileira como ferramenta para a promoção

da igualdade racial na Educação Infantil.

Observa-se que esta é uma temática muito importante de se ser trabalhada, sobretudo, porque as crianças pequenas precisam reconhecer a importância de sua raça e cor, e a escola juntamente com a família são duas instituições que precisam trabalhar essas questões com os mesmos.

A proposta dessa discussão foi abordar acerca dos estereótipos étnicos e como a utilização da literatura afro-brasileira associada com as Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) podem contribuir no processo de desconstrução social dos mesmos na sociedade atual, sendo estes estereótipos étnicos não vinculados à narrativa dos adultos, mas sim à narrativa das crianças.

O aporte teórico-metodologico desse trabalho subsidiou-se em autores como, Gomes (2010), Santos (2010), Rosemberg (2012), Freitas e Silva (2016), Brasil (1996, 2003, 2009, 2010) dente outros, sendo que para fins de melhor compreensão e organização o trabalho foi estruturado em cinco partes. Na primeira, temos a presente introdução que esclarece e configura o nosso objeto de estudo.

Na segunda parte apresentamos um breve panorama sobre os conceitos de educação infantil e infância, na terceira discutimos sobre as relações étnico-raciais, assim como a legislação acerca da inserção dessas relações nas instituições da infância. Na quarta, discutimos sobre o uso da literatura afro-brasileira e das tecnologias de informação e comunicação nas instituições infantis como ferramenta no combate ao preconceito racial e discriminação dentro e fora do ambiente escolar.

Por fim, apresentamos as considerações finais nas quais nos posicionamos acerca da referida temática. Esperamos que esse trabalho venha contribuir para ampliar o debate sobre o preconceito e a construção de estereótipos equivocados na escola e na sociedade, assim como para auxiliar os

1 Evento realizado pelo Programa de Pós-graduação em Cultura e Sociedade (PGCult) da Universidade Federal do

(4)

Braz. J. of Develop.,Curitiba, v. 6, n. 10, p.76099-76114,oct. 2020. ISSN 2525-8761

educadores a fomentar o desenvolvimento de novas estratégias educativas na luta contra a discriminação racial.

2 A EDUCAÇÃO INFANTIL: ALGUMAS REFLEXÕES?

Ao refletir sobre a Educação Infantil é preciso compreender sobre a sua inserção oficial no país. No Brasil, a Educação Infantil de certa forma acompanhou a história dessa área na Europa, porém possui algumas particularidades, dentre elas, que o atendimento às crianças de 0 a 6 anos surgiu em nosso país no final do século XI, pois no período anterior a este, o mesmo encontrava-se em instituições como as creches, sobretudo, as crianças de família mais abastadas, por exemplo, longe da mãe não existiam. (OLIVEIRA, 2005, p.95).

No campo, a situação era bastante diferente, pois habitavam a maior parte das pessoas, as famílias de fazendeiros assumiam o cuidado das crianças abandonadas, geralmente fruto do abuso sexual das mulheres negras e índias, pelos senhores brancos. Na capital, as crianças abandonadas na sua maioria nos asilos ou deixados nas igrejas eram filhos de moças pertencentes a famílias de prestígio social, recolhidos na roda dos excluídos.

No decorrer do século XX, a educação no país nessa etapa sofreu diversas mudanças dentre as quais se destacam o debate em torno do cuidado e o atendimento as crianças pequenas. O movimento da Escola Nova trouxe uma proposta educacional renovadora, procurando atender às mudanças socioeconômicas e políticas que o país estava passando, durante aquele período, começou a ser pensada uma nova forma de educar a criança pequena, pois nessa época, o que prevalecia eram as práticas fundamentadas em experiências europeias. (ROCHA, 1999).

O estudioso da Infância Kuhlmann Junior (1998, p. 85), destaca que a obrigatoriedade de criação de espaços educativos voltados para a criança pequena é uma conquista da classe trabalhadora e que “a recomendação da criação de creches junto às indústrias ocorria com frequência nos congressos que abordavam a assistência à infância”.

Esse autor afirma que as creches, escolas maternais e jardins de infância fizeram parte do conjunto de instituições clássicas de uma sociedade moderna, vive-se nesse momento o deslocamento da influência europeia para os EUA, fato que encontra demonstração marcante na criação do Dia da Criança, no 3º Congresso Americano da Criança, realizado no Rio de Janeiro em 1922, juntamente com o 1º Congresso Brasileiro de Proteção à Infância.

Houve também o Primeiro Congresso Brasileiro de Proteção à Infância, ocorrido na cidade do Rio de Janeiro em 1922, tivemos como um dos destaques desse evento o surgimento das

(5)

Braz. J. of Develop.,Curitiba, v. 6, n. 10, p.76099-76114,oct. 2020. ISSN 2525-8761

primeiras regulamentações sobre o atendimento educacional voltado desenvolvido nas escolas maternais e jardins de infância, a educação, a moral e a higiene, bem como o papel da mulher.

A partir da década de 1980, a educação infantil no Brasil passou por diversas modificações ao longo das duas ultimas décadas. No ano de 1988 com a promulgação da Constituição Federal, a criança passou a ser considerada como um sujeito de direitos, dentre eles, o de ter uma educação que atenda suas necessidades e especificidades, esse direito foi corroborado por uma serie de outros documentos posteriores, como por exemplo, o Estatuto da criança e do adolescente publicado em 1990 e na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB). Sobre a Educação Infantil, a LDB destaca que esta se constitui como:

A educação infantil, primeira etapa da educação básica, tem como finalidade o desenvolvimento integral da criança até cinco anos de idade, em seus aspectos físicos, psicológicos, intelectual e social, complementando a ação da família e da comunidade (BRASIL, 1996, p.10).

Após a inserção da educação infantil como a primeira etapa da educação básica, ampliou-se o debate acerca das políticas públicas voltadas para a educação básica, além disso, outros documentos foram publicados objetivando nortear o trabalho pedagógico com as crianças pequenas nas instituições de educação infantil, dentre eles, destacamos o Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil (RCNEI) no ano de 1998 e as Diretrizes Curriculares para a Educação Infantil (DCNEI).

Em relação ao conceito de infância, destacamos que este é originário do latim infantia, e faz referência à pessoa que não sabe falar, capacidade esta conferida a primeira infância, período da vida humana que compreende do nascimento aos sete anos, no entanto a idade cronológica não deve ser o único aspecto considerado para diferenciar a infância das demais fases, conforme aponta Kuhlmann Jr. (1998):

Infância tem um significado genérico e, como qualquer outra fase da vida, esse significado é função das transformações sociais: toda sociedade tem seus sistemas de classes de idade e a cada uma delas é associado um sistema de status e de papel (KHULMANN JR.1998, p. 16).

Dessa forma, podemos inferir que o significado do termo infância encontra-se intrinsecamente relacionado às transformações sociais no decorrer dos anos, o autor também destaca que para tratarmos sobre os estudos da infância e sua educação, precisamos, considerar a história social da infância, bem como, se deu a construção desse sentimento ao longo do tempo.

(6)

Braz. J. of Develop.,Curitiba, v. 6, n. 10, p.76099-76114,oct. 2020. ISSN 2525-8761

O imaginário social é inerente ao processo de formação e desenvolvimento da personalidade e racionalidade de cada criança concreta, mas isso acontece no contexto social e cultural que fornece as condições e as possibilidades desse processo. As condições sociais e culturais são heterogêneas, mas incidem perante uma condição infantil comum: a de uma geração desprovida de condições autônomas de sobrevivência e de crescimento e que está sob o controlo da geração adulta. 14 A condição comum da infância tem a sua dimensão simbólica nas culturas da infância (SARMENTO, 2002, p. 3).

Dessa forma, compreende -se que as categorias educação infantil, criança e infância ser compreendas como importantes para se pensar em novas formas de ensinar os pequenos. A seguir veremos sobre a importância das relações-étnico e a sua legislação.

3 A EDUCAÇÃO INFANTIL E AS RELAÇÕES ÉTNICO-RACIAIS: O QUE DIZEM OS DOCUMENTOS LEGAIS?

Discutir sobre as relações étnico-raciais na educação, principalmente na Educação Infantil nos leva a refletir sobre a importância dessa temática na formação de professores e também de crianças nessa etapa.

Sobre o termo relações étnico-raciais Gomes (2010) define que estas são:

[...] as relações imersas na alteridade e construídas historicamente nos contextos de poder e das hierarquias raciais brasileiras, nos quais a raça opera como forma de classificação social, demarcação das diferenças e interpretação política e identitária. Trata-se, portanto, de relações construídas no processo histórico, social, político, econômico e cultural (GOMES, 2010, p.22).

No ano de 2003, foi lançada a Lei nº 10.639/03 que inseriu a obrigatoriedade do ensino sobre a História e a Cultura Afro-brasileira nas instituições de Ensino Fundamental e Médio tanto de origem pública quanto privada, que de acordo com esta lei deve ser inserida em todo o currículo escolas, sobretudo nas áreas de História, Educação Artística e Literatura (BRASIL, 2003).

Contudo, destacamos que a referida lei não se aplicava a priori na Educação infantil. De acordo com Freitas (2017, p.5) somente após diversas discussões é que a lei foi inserida nessa etapa de ensino por meio da Resolução CNE/CP nº 01/2004 e pelo Plano Nacional de implementação das Diretrizes de 2009, uma vez que:

A Lei 10639 e, posteriormente, a Lei 11645, que dá a mesma orientação quanto à temática indígena, não são apenas instrumentos de orientação para o combate à discriminação. São também Leis afirmativas, no sentido de que reconhecem a escola como lugar da formação de cidadãos e afirmam a relevância de a escola promover a necessária valorização das matrizes culturais que fizeram do Brasil o país rico, múltiplo e plural que somos (BRASIL, 2009, p.05).

(7)

Braz. J. of Develop.,Curitiba, v. 6, n. 10, p.76099-76114,oct. 2020. ISSN 2525-8761

Diante do exposto, observamos que essa temática tanto na Educação Infantil quanto nas demais etapas e modalidades educacionais é uma discussão recente, além disso, Rosemberg (2012) em suas pesquisas destaca a invisibilidade da criança negra nas pesquisas, sobretudo das crianças entre a idade de 0 a 3 anos que frequentam as creches.

Em sua pesquisa Silva (2010, p. 92) afirma que no Brasil não existe uma discussão séria sobre a questão do racismo no ambiente escolar, assunto este que ao longo dos anos vem sendo abordado pelos grupos do movimento negro brasileiro como um dos fatores que mais colaboram para que a (re) produção dessa prática continue interferindo na trajetória escolar de milhares de estudantes negros e negras, considerando que mesmo após a “libertação” dos escravos, a população negra continuou (e continua) sendo marginalizada conforme sinaliza Gouvêa (2000):

O fim da escravidão não significou a ruptura com um modelo de submissão e subserviência, mas, ao mesmo tempo, a construção de um Brasil moderno significou a incorporação mitificada do negro como parte constitutiva da cultura nacional, representante de tradições e costumes que confeririam identidade ao país (GOUVÊA, 2000, p.90).

De acordo com Rosemberg (2012), o racismo no Brasil opera em dois planos simultaneamente, sendo o primeiro denominado de plano material e o segundo de plano simbólico, nas palavras da autora:

No plano simbólico, o racismo opera ainda via expressão aberta, latente ou velada, de preconceito racial considerando o grupo social negro como inferior ao branco. Esse plano do racismo é devastador, mas insuficiente para explicar toda a desigualdade racial brasileira. No plano material, negros (e indígenas), em seu conjunto, não têm acesso aos mesmos recursos públicos que brancos recursos sustentados por políticas públicas. Isso se deve à história da colonização e escravidão e às condições atuais de repartição dos bens públicos (ROSEMBERG, 2012, p. 31).

Face ao exposto, buscamos observar como as crianças fazem representações sociais dos negros e como compartilham suas crenças e valores a partir dos estereótipos étnicos. Estudos realizados no Brasil mostram que os estereótipos são os mais recorrentes em relação à representação sobre o negro em nossa sociedade, assim sendo, faremos uma breve reflexão sobre como a escola vem trabalhando esses estereótipos na Educação infantil através da literatura infantil com o auxilio das TIC.

(8)

Braz. J. of Develop.,Curitiba, v. 6, n. 10, p.76099-76114,oct. 2020. ISSN 2525-8761

4 O USO DA LITERATURA AFRO-BRASILEIRA E DAS TECNOLOGIAS NAS INSTITUIÇÕES INFANTIS: ALGUMAS APROXIMAÇÕES NECESSÁRIAS

Pensar sobre a literatura infantil é importante para o processo de educação e aprendizagem das crianças pequenas, sobretudo, para que elas venham reconhecer as diferenças existentes entre as pessoas e a sua contribuição também na cultura afro no país:

Há também os livros que retomam traços e símbolos da cultura afro-brasileira, tais como as religiões de matrizes africanas, a capoeira, a dança e os mecanismos de resistência diante das discriminações, objetivando um estímulo positivo e uma autoestima favorável ao leitor negro e uma possibilidade de representação que permite ao leitor não negro tomar contato com outra face da cultura afro-brasileira que ainda é pouco explorada na escola, nos meios de comunicação, assim como na sociedade em geral. Trata-se de obras que não se prendem ao passado histórico da escravização. (JOVINO, 2006, p. 216).

Observa-se do exposto que a Literatura-Afro tem contribuído de forma direta para o processo de aprendizagem das crianças. De acordo com Silva (2010), o fato das crianças da educação infantil ouvirem histórias possibilita a expansão do seu campo de conhecimento, na oralidade, pois a partir do século XIX, surgiram os primeiros livros infantis. Porém, havia uma ausência de uma tradição na produção literária infantil, entretanto, a tradução de obras estrangeiras direcionadas aos adultos foram adaptadas às crianças pequenas, uma vez que:

.

Há também os livros que retomam traços e símbolos da cultura afro-brasileira, tais como as religiões de matrizes africanas, a capoeira, a dança e os mecanismos de resistência diante das discriminações, objetivando um estímulo positivo e uma autoestima favorável ao leitor negro e uma possibilidade de representação que permite ao leitor não negro tomar contato com outra face da cultura afro-brasileira que ainda é pouco explorada na escola, nos meios de comunicação, assim como na sociedade em geral. Trata-se de obras que não se prendem ao passado histórico da escravização. (JOVINO, 2006, p. 216).

Como é sabido, nos últimos anos a humanidade tem testemunhado o avanço da ciência e consequentemente da tecnologia, fazendo com que as informações e o conhecimento sejam propagados de forma cada vez mais rápida, conforme destaca Perez e Correa (2014):

A sociedade atual se apresenta de modo dinâmico, globalizado inserido em uma complexa rede de informações e de recursos multimídias cada vez mais rápidos e conectados com o mundo. A informação que antes levava anos para chegar a todos de uma comunidade, de uma população, atualmente, leva-se segundos para ser acessada pelas pessoas (PEREZ, CORREA, 2014, p.4).

De acordo com Kenski (2001), o professor(a) necessita ter condições para poder utilizar o ambiente digital no sentido de transformar a aprendizagem dos alunos de forma geral que frequentam as salas de aula, desde a Educação Infantil até as outras turmas em interesse e colaboração, de forma dinâmica e participativa, a fim de aprendam de forma mais participativa.

(9)

Braz. J. of Develop.,Curitiba, v. 6, n. 10, p.76099-76114,oct. 2020. ISSN 2525-8761

Dessa forma, compreende-se que as tecnologias educacionais que estão aliadas junto às práticas pedagógicas que contribuem diretamente com o desenvolvimento dos alunos enquanto sujeitos sociais e históricos em constante desenvolvimento, humano das pessoas. (VALENTE, 1993).

No que se refere ao âmbito educacional, observamos que cada vez mais as Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC) tem adentrado nas escolas como uma ferramenta importante para a construção do conhecimento, considerando que cada vez mais os alunos (incluindo as crianças pequenas) tem tido contato com os dispositivos eletrônicos com smartphones e tablets com acesso a internet.

As intensas transformações no universo da mídia incentivam a escola, pela função que esta exerce, a compreender a cultura tecnológica por meio dos diversos veículos de comunicação e informação, objetivando a melhoria dos processos de ensino-aprendizagem e, portanto, um aumento dos padrões de qualidade do ensino (MARANHÃO, 2014).

Nesse sentido, torna-se necessário que o professor (a) enquanto mediador do conhecimento possa estar capacitado para lidar com esses novos elementos inseridos em sua prática cotidiana, mas para que isso ocorra de forma efetiva, é preciso que esse profissional tenha uma formação inicial/continuada sólida, a fim de que ele (a) possa desempenhar cada vez melhor suas funções, contudo é preciso destacar que essas novas exigências de reconfiguração da esfera educacional são produtos do desenvolvimento da sociedade capitalista (SANTOS, 2010).

Em relação à literatura infantil, é válido afirmar que esta se constituiu enquanto gênero literário no século XVII, sendo a mesma considerada um produto das transformações sociais e econômicas da época, dentre elas destacamos a ascensão da burguesia e a consolidação do sistema capitalista, tais fatos de acordo com Kuhlmann Jr. (1998) geraram na época uma mudança de pensamento e atitudes em relação a criança pequena.

Dentre essas mudanças, destacamos a separação do mundo infantil do adulto, conforme sinaliza Cunha (2002, p.22): “a criança passa a ser um ser diferente do adulto, com necessidades e características próprias, pelo que deveria se distanciar da vida dos mais velhos e receber uma educação especial que a preparasse para a vida adulta”.

Na literatura europeia um dos grandes destaques vai para as histórias dos irmãos Grimm, sendo a estes conferidas a origem da literatura. Segundo Paço (2009, p.13) os contos dos irmãos foram publicados e adaptados em diversos países, dentre eles estão clássicos da literatura infantil tais como: Rapunzel, João e Maria, Cinderela, Branca de Neve e a Bela adormecida.

(10)

Braz. J. of Develop.,Curitiba, v. 6, n. 10, p.76099-76114,oct. 2020. ISSN 2525-8761

Além disso, cada país individualmente possui a sua própria literatura. A Autora destaca que no Brasil um dos expoentes da literatura infantil foi Monteiro Lobato, que definitivamente rompeu com os padrões europeus e introduziu elementos da nossa cultura em suas obras, dentre elas estão: O sítio do pica pau amarelo, Reinações de Narizinho2, etc.

Entretanto, as obras de Lobato receberam ao longo dos anos severas críticas pelo fato de apresentarem uma imagem deturpada e estereotipada do negro, nota-se que os únicos personagens negros existentes em sua principal obra (O sítio do picapau amarelo) ou fazem referencia a seres folclóricos (saci) ou a serviçais como no caso do Tio Barnabé e da Tia Anastácia, ambos representando a ingenuidade e o lado crédulo do povo em detrimento, por exemplo, de personagens como a Dona Benta que simboliza a cultura e a inteligência segundo os padrões brancos (SANTOS, 2010).

Uma das formas do professor (a) trabalhar a valorização da identidade étnico-racial é através da literatura infantil, a partir da contação de histórias, bem como, por meio das tecnologias digitais, trazendo como protagonista a criança negra, uma vez que na denominada literatura convencional, os protagonistas em sua maioria são brancos.

Alguns escritores renomados escreveram obras que trazem o negro como protagonista, como, por exemplo, Ana Maria Machado, Ziraldo e Mirna Pinsky, bell hooks, dentre outros autores que discutem essa temática junto a educação infantil. Atualmente existe uma série de obras que contemplam essa temática, eis aqui alguns exemplos de obras dos respectivos autores citados:

Menina bonita do laço de fita, O menino marrom, Nó na garganta, O cabelo de Lelê, Meu crespo é de rainha e Cada um tem se jeito, cada jeito é de um.

Imagem 1: Alguns exemplos de obras com personagens negros

Fonte: Google imagens

2 Somos sabedores de que essas obras vêm sofrendo atualmente duras críticas, por reforçar o preconceito, o racismo

(11)

Braz. J. of Develop.,Curitiba, v. 6, n. 10, p.76099-76114,oct. 2020. ISSN 2525-8761

Imagem 02: Outras obras com personagens negros

Fonte: Google imagens (2017)

Pode-se afirmar que a contação de histórias ganha destaque no cotidiano da Educação Infantil pelo fato de criar e recriar um universo rico em significado para as crianças pequenas, e que o ato de contar história se torna uma etapa da rotina muito esperada pelas crianças, uma vez que:

Por isso, o diálogo escola/afro-brasilidade – ação exigida pela Lei 10.639, em seu potencial de interatividade -, além de alterar o lugar tradicionalmente conferido à matriz cultural africana, resgata e eleva a autoestima do alunado negro, de forma a abrir-lhe espaço para uma vivência escolar que o respeite como sujeito de uma história de valor, que é também a do povo brasileiro. (AMÂNCIO, 2008, p.37).

Dessa forma, pode-se inferir que essa riqueza faz parte das experiências que ocorrem por meio da utilização de diversos livros desse tipo de Literatura Infantil. No entanto, o cuidado com a escolha desses livros é muito importante, pois nela está contida a abordagem de diversas temáticas a serem trabalhadas no cotidiano escolar, bem como nas relações estabelecidas entre as crianças e os temas trabalhados, considerando que eles fazem parte do cotidiano das crianças e precisam ser apresentados no seu dia a dia. (BARBOSA, 2006).

Para Duarte (2008). um dos pontos que deve ser estudado e ministrado pelos professores é a memória e a história dos povos negros, considerando que as crianças pequenas precisam compreender que a sua raça possui uma história no Brasil e no mundo, memória esta que deve ser trabalhada ainda que de forma lúdica, pois é importante que as crianças se reconheçam como negras e pardas, uma vez que:

Essa memória é importante, pois nunca se fala dela ao se construírem referências sobre a África. É muito mais fácil encontrarmos nos livros de nossa biblioteca a ideia repetitiva de que “os negros vendiam os próprios negros”. De um lado, ela isenta todos os atuantes não-africanos da responsabilidade pela estrutura escravista e, de outro, induz à conclusão de que os próprios africanos negros são os culpados (e únicos) pela tragédia da escravidão. A manutenção dessa lógica deve ser, ao menos, problematizada e não simplesmente naturalizada. (LIMA, 2003, p. 28).

O papel do professor gras e pardasne (a) na educação infantil é contribuir para o processo de desconstrução dos estereótipos e preconceitos difundidos pela escola enquanto aparelho ideológico

(12)

Braz. J. of Develop.,Curitiba, v. 6, n. 10, p.76099-76114,oct. 2020. ISSN 2525-8761

ao longo dos anos, mas para que isso ocorra torna-se necessário que o professor tenha atitude, compromisso com as crianças, demonstrando sempre a importância do respeito e igualdade nas relações sociais, uma vez que:

É ouvindo histórias que se pode sentir (também) emoções importantes, como a tristeza, a raiva, a irritação, o bem-estar, o medo, a alegria, o pavor, a insegurança, a tranquilidade, e tantas outras mais, e viver profundamente tudo o que as narrativas provocam em quem as ouve - com toda a amplitude, significância e verdade que cada uma delas fez (ou não) brotar ... Pois é ouvir, sentir e enxergar com os olhos do imaginário! (ABRAMOVICH, 1995, p. 17).

Além da literatura, o professor poderá utilizar materiais didáticos baseados em multimídia sobre as culturas africanas e afro-brasileiras, que apresentem as manifestações culturais e os aspectos religiosos. Outra possibilidade que o professor (a) pode inserir na sua prática pedagógica é a utilização de jogos e outras atividades que contemplem as culturas afro-brasileiras, promovendo a interação entre as crianças.

Uma prática docente promotora da igualdade deve incluir nas suas atividades experiências que permitam às crianças pequenas conhecerem as diferentes culturas que contribuíram para o processo de formação social brasileira, quebrando assim o falso paradigma de que a cultura africana apenas se resume ao folclore, mas sim a uma história de luta e resistência contra a opressão das classes dominantes, além disso a prática docente precisa .

4 TECENDO ALGUMAS CONSIDERAÇÕES FINAIS

Entendemos a infância como um período cronológico específico, referente a uma situação sociocultural na qual o indivíduo conhecerá as responsabilidades do mundo adulto, porém, que possui características próprias, pois, como é sabido, o mundo infantil não é o do adulto. Entretanto, na dialética desses mundos, comportamentos preconceituosos e atitudes discriminatórias entre as crianças, assim como cuidado e atendimento educacional desigual relacionado aos diferentes pertencimentos étnico-raciais das crianças, materializam-se nos espaços escolares, revelando a relevância de reflexões sobre como trabalhar tais situações.

Para compreendermos melhor como as crianças representam a escola e como esta por sua vez relaciona-se com os estereótipos étnicos, apesar de não ser o objetivo central da discussão, partimos do princípio de que não é a situação em si que define o sujeito, mas sim as representações que ele tem dessa situação, logo, estudar as representações sociais e os estereótipos raciais através da literatura é analisar os fatores cognitivos e simbólicos que constituem as construções e concepções que um sujeito tem sobre determinado fenômeno social.

(13)

Braz. J. of Develop.,Curitiba, v. 6, n. 10, p.76099-76114,oct. 2020. ISSN 2525-8761

Compreendendo a escola como uma das instâncias que promovem o desenvolvimento humano em sua amplitude, propomos buscar entender uma pequeníssima dimensão do processo de ancoragem e objetivação nos quais as crianças representam a escola enquanto espaço de conhecimento, mas também enquanto espaço de difusão de estereotipias étnicas.

Nesse sentido, trouxemos para o debate a necessidade de atualização do trabalho docente no tocante à tecnologia educacional para uso em sala de aula, como um recurso importante inclusive com crianças pequenas. Isso porque temos uma nova autodidaxia se desenvolvendo há vários anos por meio das mídias, ou seja, é preciso pensar a comunicação no sentido de servir como subsídio metodológico em sala de aula com crianças menores, de modo que temáticas como a educação para as relações étnico-raciais sejam mais bem trabalhadas e compreendidas pelos partícipes no processo. Observamos também que mesmo com a existência da Lei 10.639/2003 (alterada para 11.645/2008), em que torna obrigatório o Ensino da História africana e dos afro-brasileiros que a temática em questão é muito recente nas Instituições de Educação Infantil, que ainda estão buscando se adequarem a essa realidade.

E por fim, ressaltamos que somente a utilização de estratégias pedagógicas inclusivas por parte de professor (a) não são o suficiente para construir uma sociedade sem discriminação, tendo em vista, que esse problema se faz presente desde os primórdios da “descoberta” e posterior colonização do país, porém elas se constituem como uma ferramenta importante no combate ao preconceito e racismo junto às crianças pequenas.

(14)

Braz. J. of Develop.,Curitiba, v. 6, n. 10, p.76099-76114,oct. 2020. ISSN 2525-8761

REFERÊNCIAS

ABRAMOVICH, F. Literatura infantil: gostosuras e bobices.5. ed.São Paulo: Scipione, 1995.

AMÂNCIO, Iris Maria da Costa. Lei 10.639/03, cotidiano escolar e literaturas de matrizes africanas: da ação afirmativa ao ritual de passagem In: AMÂNCIO, Iris Maria da Costa, GOMES, Nilma Lino, JORGE, Miriam Lúcia dos Santos (Orgs). Literaturas africanas e afro-brasileiras na prática

pedagógica. Belo Horizonte: Autêntica, 2008.

BARBOSA, Rogério Andrade. Outros contos africanos para crianças brasileiras. São Paulo: Paulinas, 2006.

BRASIL Constituição da República Federativa do Brasil. 1988.

BRASIL. Estatuto da Criança e do Adolescente. Brasília, DF: Senado Federal, 1990.

BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. 1996.

BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria de Educação Fundamental.

Referenciais Curriculares Nacionais para a Educação Infantil. Brasília: 1998.

BRASIL. Lei federal nº 10.639, de 09/01/2003: Altera a Lei 9.394/96 para incluir o no currículo oficial da Rede de Ensino a obrigatoriedade da Temática “História e Cultura afro-brasileira”. Disponível em: <http://www. lanalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/2003/L10639.htm>. Acesso em: 18 de outubro de 2017.

BRASIL. Plano Nacional das Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações

Étnico-Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-brasileira e Africana. Brasília:

SECAD/ SEPPIR, junho, 2009.

BRASIL. Ministério da Educação. Câmara da Educação Básica do Conselho Nacional de Educação. Resolução nº 05, de 17 de dezembro de 2009. Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação

Infantil. Brasília: MEC/SEF, 2010.

CUNHA, Maria Antonieta Antunes. Literatura Infantil: Teoria e Prática. São Paulo: Editora Ática, 2002.

DIONÍSIO, Eliane Rabello Correa. Desconstrução do preconceito: Menina bonita do laço de fita; de Ana Maria Machado. 2010. 146 f. Dissertação (Mestrado em Letras) - Centro de Ensino superior de Juiz de Fora, Juiz de Fora.

DUARTE, Eduardo de Assis. Literatura afro-brasileira: um conceito em construção. In: Estudos de

Literatura Brasileira Contemporânea: Relações Raciais. Brasília, n 31, p.11-23, janeiro/junho,

2008.

FREITAS, Liliam Teresa Martins; SILVA, Adriana Beserra Onde estão as pesquisas na educação infantil com as crianças negras? In: Educação em/para os direitos humanos, diversidade, ética e cidadania. Imperatriz, UFMA, CCSST, 2016/ NEPOMUCEMO Cristiane Maria, SAMPAIO Maria

(15)

Braz. J. of Develop.,Curitiba, v. 6, n. 10, p.76099-76114,oct. 2020. ISSN 2525-8761

Imperatriz: Ethos, 2016. Disponível em: www.fipedbrasil.com.br. Acesso em: 12 de outubro de 2017.

FREITAS, Liliam Teresa Martins. Crianças negras, Currículo branco na Educação Infantil em

Codó-Ma. Trabalho apresentado na 38ª Reunião da Associação Nacional de Pós-Graduação e

Pesquisa em Educação-ANPEd. São Luis, 2017.

GOMES, Nilma Lino. Educação, relações étnico-raciais e a Lei 10.639/03: breves considerações. In: BRANDÃO, Ana Paula (org.) Modos de fazer: caderno de atividades, saberes e fazeres. Rio de Janeiro: Fundação Roberto Marinho, 2010.

GOUVÊA, Maria Cristina Soares de. Imagens do negro na literatura infantil brasileira: análise historiográfica. In: Educação e Pesquisa, São Paulo, v.31, n.1, p. 77-89, jan./abr. 2005.

JOVINO; Ione da Silva. Literatura infanto-juvenil com personagens negros no Brasil. In. SOUZA, Florentina e LIMA, Maria Nazaré (Org). Literatura Afro-Brasileira. Centro de Estudos Afro- Orientais, Brasília: Fundação Cultural Palmares, 2006.

KENSKI, V. M. O papel do professor na sociedade. In: Ensinar a Ensinar. São Paulo, Ed. Pioneira, 2001.

KUHLMANN JR. M. Infância e educação infantil: uma abordagem histórica. Porto Alegre: Mediação, 1998.

LIMA; Heloisa Pires. O espelho dourado. São Paulo: Peirópolis, 2003. Ilustrações de Taisa Borges.

MARANHÃO, Diretrizes Curriculares/Secretaria de Estado da Educação do Maranhão, SEDUC, 3. ed. São Luís, 2014.

OLIVEIRA, Zilma Maria de. Educação infantil: fundamentos e métodos. São Paulo: Cortez, 2005.

PAÇO, Glaucia Machado de Aguiar. O encanto da Literatura Infantil no CEMEI Carmem

Montes Paixão. Monografia de conclusão do Curso de especialização desafios do trabalho

cotidiano: a educação das crianças de 0 a 10 anos. Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro – UFRRJ. 50f. Mesquita, 2009.

PEREZ, Liliam Araújo; CORREA, Ronise Ribeiro. A utilização de Webquest no Ensino Médio

nas disciplinas de Geografia e Biologia. In: I ENCONTRO INTERNACIONAL, TECNOLOGIA,

COMUNICAÇÃO E CIÊNCIA COGNITIVA, 1.., 2014, Sao Paulo. Anais eletrônicos. São Paulo:

Universidade Metodista, 2014.p.1-14. Disponível

em:http://www.evento.tecccog.net/index.php/evento/EITCCC/view/54 Acesso em 15 de out. de 2017.

ROCHA, Eloisa Acires Candal. A pesquisa em educação infantil no Brasil: trajetória recente e perspectivas de consolidação de uma pedagogia (Tese de doutorado). Universidade Estadual de Campinas – UNICAMP. Campinas, 1999.

ROSEMBERG, Fulvia. A criança pequena e o direito à creche no contexto dos debates sobre infância. In: Educação infantil, igualdade racial e diversidade: aspectos políticos, jurídicos,

(16)

Braz. J. of Develop.,Curitiba, v. 6, n. 10, p.76099-76114,oct. 2020. ISSN 2525-8761

conceituais / Maria Aparecida Silva Bento, organizadora. São Paulo: Centro de Estudos das

Relações de Trabalho e Desigualdades - CEERT, 2012.

SARMENTO, Manuel J. Imaginário e culturas da infância. Texto produzido no âmbito das atividades do Projeto “As marcas dos tempos: a interculturalidade nas culturas da infância”, Projeto POCTI/CED/2002.

SANTOS, Cristiana Ferreira dos. Literatura infantil e a identidade da criança negra: construção ou negação? Trabalho de Conclusão de Curso de Pedagogia /Cristiana Ferreira dos Santos. – Salvador, 2010. 73f.

SILVA, Jerry Adriani da. Um estudo sobre as especificidades dos/as educandos/as nas propostas

pedagógicas de jovens e adultos-EJA: tudo junto e misturado! 2010, 191 p. Dissertação. (Mestrado

em Educação: Conhecimento e Inclusão Social) Faculdade de Educação, Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, 2010

SILVA; Jerusa Paulino da. A construção da identidade da criança negra: a literatura afro como possibilidade reflexiva. 2010. 78 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Curso de Pedagogia) - Centro de Ensino Superior de Juiz de Fora, Juiz de Fora.

SOUZA, C. B. Crianças e computadores: discutindo o uso das Tecnologias de Informação e Comunicação na Educação Infantil. 2003. 107f. Dissertação (Mestrado em Engenharia da 3773 Produção e Sistemas). Curso de Pós-Graduação em Engenharia de Produção e Sistemas da Universidade Federal de Santa Catarina, 2003.

VALENTE, J. A. Formação de Profissionais na Área de Informática em Educação, In Valente, J. A. (org), Computadores e Conhecimento: Repensando a Educação. Campinas, SP, Gráfica Central da Unicamp, 1993.

Referências

Documentos relacionados

A relação de Helen com a Masan começou há 6 anos, quando ela trabalhava como prestadora de serviços terceirizados para a empresa.. Seu talento e empenho chamaram a atenção

Estudo descritivo exploratório de campo que foi desenvolvido no município de Araguari- Minas Gerais e que teve como objetivos: avaliar a captação das gestantes para o

Para a efetivação do ensino da cultura afro- brasileira na Educação Infantil deveria ser mais cobrado na Educação Infantil e Fundamental I e II. 2 – Para você como

Segundo as Diretrizes, o ensino de História e Cultura Afro- brasileira e Africana e a educação das relações étnico-raciais devem ser desenvolvidas no cotidiano das escolas como

Para que não se perca o olhar sobre essa literariedade, caindo nas armadilhas acima descritas, foram identificadas nessas publicações características que

A  justificativa  consiste  numa  exposição  sucinta,  porém  complexa,  do  modo  como 

O presente trabalho tem como objeto de pesquisa a promoção da literatura de temática africana e afro-brasileira para crianças da educação infantil, utilizando o blog como

A literatura afro-brasileira propicia à criança a construção de valores e aprendizagens, que possibilitam o desenvolvimento da identidade infantil,