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Sexualidade x ato sexual: percepção dos estudantes de uma escola da rede pública de ensino no município de Alta Floresta – MT / Sexuality x sexual act: perception of students at a public education school in the municipality of Alta Floresta - MT

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Academic year: 2020

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Braz. J. of Develop.,Curitiba, v. 6, n. 8, p. 57406-57412 aug. 2020. ISSN 2525-8761

Sexualidade x ato sexual: percepção dos estudantes de uma escola da rede

pública de ensino no município de Alta Floresta – MT

Sexuality x sexual act: perception of students at a public education school in the

municipality of Alta Floresta - MT

DOI:10.34117/bjdv6n8-230

Recebimento dos originais: 08/07/2020 Aceitação para publicação: 14/08/2020

Jhennifer Stefany da Silva Borges

Graduada em Licenciatura Plena e Bacharelado em Ciências Biológicas pela Universidade do Estado do Mato Grosso (UNEMAT), Campus de Alta Floresta – MT

Endereço:Rua Maestro Piragine, n. 42, Cassino, Rio Grande – RS. CEP: 96206-140 E-mail: jhenny_borges@hotmail.com

Maísa Barbosa Lauton

Graduada em Licenciatura Plena e Bacharelado em Ciências Biológicas pela Universidade do Estado do Mato Grosso (UNEMAT), Campus de Alta Floresta – MT

Endereço:Av. Perimetral Rogério Silva - Norte 2, Alta Floresta - MT, CEP: 78580-000 E-mail: maisalauton@hotmail.com

Patricia Pereira da Rosa

Graduada em Licenciatura Plena e Bacharelado em Ciências Biológicas pela Universidade do Estado do Mato Grosso (UNEMAT), câmpus de Alta Floresta – MT

Endereço:Av. Perimetral Rogério Silva - Norte 2, Alta Floresta - MT, CEP: 78580-000 E-mail: patricia.pereiradarosa6@gmail.com

Adriana Matheus da Costa de Figueiredo Doutorado em Estatística e Experimentação Agrícola

Universidade do Estado do Mato Grosso (UNEMAT), câmpus de Alta Floresta – MT Endereço:Av. Perimetral Rogério Silva - Norte 2, Alta Floresta - MT, CEP: 78580-000

E-mail: adrianasorato@unemat.br Valeska Marques Arruda Doutora em Ciências Biológicas

Universidade do Estado de Mato Grosso (UNEMAT) – câmpus de Nova Mutum-MT Endereço: Av. das Garças, 1192 N – Jardim das Orquídeas, Caixa Postal 267 – CEP: 78.450-000

E-mail: arrudavm@unemat.br

RESUMO

A sexualidade se faz presente desde o nascimento do ser humano, está ligada às mudanças anatômicas, fisiológicas e emocionais, e recebe influência das ações afetivas, busca pelo conhecimento do corpo e mente. Na adolescência, o indivíduo é considerado vulnerável às Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST’s) e à gravidez precoce. Nesse sentido, este trabalho teve por objetivo analisar a percepção de estudantes do Ensino Fundamental e Médio de uma escola pública no município de Alta Floresta – MT, sobre a sexualidade e o ato sexual. Para realização do trabalho,

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Braz. J. of Develop.,Curitiba, v. 6, n. 8, p. 57406-57412 aug. 2020. ISSN 2525-8761 foram ministradas palestras expositivas com técnicas de dinâmica de grupo e oficina educativa. Para coleta de dados, foram utilizados questionários antes e após as palestras. As perguntas dos questionários eram relacionadas a perfil, relacionamentos, aborto, abuso sexual e gravidez precoce. De acordo com os resultados percebeu-se que os adolescentes conversam mais sobre esta temática com amigos do que com os pais ou profissionais do assunto, assim, recebendo informações, muitas vezes incompletas ou até mesmo incorretas. Evidenciou-se a importância de trabalhos de orientação sexual nas escolas, a necessidade dos professores trabalharem a educação sexual em sala, desde as séries iniciais, não tratando este assunto como tabu, o necessário é orientá-los para evitar problemas futuros.

Palavras-Chave: Educação Sexual, Saúde do adolescente, Prevenção. ABSTRACT

Sexuality has been present since the birth of the human being, is linked to anatomical, physiological and emotional changes, and is influenced by affective actions, the search for knowledge of the body and mind. In adolescence, the individual is considered vulnerable to Sexually Transmitted Infections (STIs) and to early pregnancy. In this sense, this study aimed to analyze the perception of elementary and high school students from a public school in the municipality of Alta Floresta - MT, about sexuality and the sexual act. To carry out the work, expository lectures with group dynamics techniques and an educational workshop were given. For data collection, questionnaires were used before and after the lectures. The questionnaire questions were related to profile, relationships, abortion, sexual abuse and early pregnancy. According to the results, it was noticed that adolescents talk more about this topic with friends than with parents or professionals, thus receiving information, often incomplete or even incorrect. It became evident the importance of sexual orientation work in schools, the need for teachers to work on sex education in the classroom, since the initial grades, not treating this subject as a taboo, the necessary thing is to guide them to avoid future problems. Keywords: Sexual education, adolescent health, prevention.

1 INTRODUÇÃO

A sexualidade é expressa por cada ser humano de modo particular e é constituída de acordo com a educação de cada sujeito, alicerçada em valores familiares, religiosos e padrões sociais adquiridos desde o nascimento. Conforme informações da Organização Mundial da Saúde a adolescência compreende o período de vida dos 10 até 19 anos. Esta fase da vida é caracterizada pela construção das bases da identidade humana, sendo assim essencial, que estes tenham acesso às informações sobre as transformações e fases da sexualidade (BRASIL, 2018).

É importante ressaltar que sem informações os adolescentes se tornam vulneráveis às Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST) e a gravidez precoce (BRASIL, 2006) e cuidar para que a informação chegue aos adolescentes pode contribuir para diminuir esta fragilidade que pode atingir a vida pessoal e social (HORTA, 2019). A falta de conhecimento acaba sendo o pilar de tais problemáticas enfrentadas na adolescência, pois muitos deles buscam informações na internet, ou

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Braz. J. of Develop.,Curitiba, v. 6, n. 8, p. 57406-57412 aug. 2020. ISSN 2525-8761 na roda de amigos, por vergonha ou por não se sentir confortável em conversar com algum responsável.

Diante da realidade vivenciada por muitos adolescentes, destaca-se a importância em promover ações que abordem esta temática nas escolas a fim de esclarecer as dúvidas dos adolescentes e jovens de forma consciente que estimule a prevenção da gravidez precoce e IST’s. Portanto, o presente trabalho teve como objetivo verificar a percepção dos estudantes de uma escola pública do município de Alta Floresta – MT em relação aos temas “sexualidade” e “ato sexual”.

2 MATERIAL E MÉTODOS

Este trabalho foi realizado no mês de setembro de 2015 nas turmas da 2ª fase do 3º ciclo até 3º ano do ensino médio de uma escola pública no município de Alta Floresta - Mato Grosso. Para o desenvolvimento deste estudo foi necessário separar os meninos e as meninas para que assim, eles se sentissem mais a vontade e pudessem levantar questões sobre o tema. A orientação sexual se deu em três etapas.

Primeiramente, foram entregues questionários aos participantes para analisar qual o nível de conhecimento prévio destes estudantes, em seguida iniciou-se a palestra onde foram abordados os temas: sexualidade, puberdade, mudanças corporais e uso de métodos contraceptivos.

No segundo momento foram realizadas dinâmicas em grupo com perguntas sobre os assuntos abordados na palestra, buscando observar se houve aprendizado. E por último, foi realizada uma oficina com o uso de maquete do órgão sexual masculino, cenouras e preservativos masculinos, e os estudantes eram convidados a simular colocação do preservativo. Posteriormente, aplicou-se o questionário pós palestra com intuito de comparar com o conhecimento prévio dos adolescentes, buscando verificar o aprendizado. Nestes questionários procurou-se obter os dados sociodemográficos, perfil do estudante, informações relacionadas à sexualidade, como é o acesso a estas informações, e a necessidade e/ou expectativas em adquirir conhecimento sobre o assunto.

3 RESULTADOS E DISCUSSÃO

Foram entrevistados 231 estudantes (pré), e 142 (pós) palestra de orientação sexual. A idade dos entrevistados variou entre 13-19 anos. As primeiras questões estavam relacionadas à idade considerável correta para começar namorar e ter relações sexuais. E conforme os dados obtidos, 81,03% destes estudantes responderam que dos 14 aos 17 anos é a fase onde se pode começar a namorar, e 59,31% diz que dos 15 aos 19 anos pode-se iniciar a vida sexual (Tabela1). Para Figueiró (2006), a sexualidade está além da questão biológica, que é influenciada diretamente pela cultura

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Braz. J. of Develop.,Curitiba, v. 6, n. 8, p. 57406-57412 aug. 2020. ISSN 2525-8761 determinante de cada indivíduo por meio do comportamento familiar, cultural, religioso, assim como de amigos e pela internet.

Em seguida, foi questionado aos estudantes, se eles conversavam com alguém sobre o tema sexualidade, e 80,52% destes, responderam de forma positiva. Mas ao serem questionados “com quem” eram as conversas, 42,81% responderam “com amigos”, 31,93% conversam com os pais e apenas 2,46% dos estudantes conversam com profissionais da saúde. Estes números ressaltam a importância da orientação sexual, principalmente quando feita por profissionais da área, pois estes possuem o conhecimento adequado para a conscientização.

Tabela 1: Idade mais adequada para namorar e iniciar a vida sexual.

Quando se deve começar namorar Quando iniciar a vida sexual.

Variáveis Pré Palestra (N=195) Fr (%) 10-13 anos 3,59% 14-17 anos 81,03% 18-21 anos 2,05% Sem informação 13,33% Variáveis Pré Palestra (N=195) Fr (%) 10-14 anos 6,92% 15-19 anos 59,31% 20-25 anos 11,69% Sem informação 22,08%

Ao serem questionados se eles concordavam que as escolas deveriam desenvolver trabalhos com esta temática, “pré-palestra” 93,94% e “pós-palestra” 95,77% os educandos responderam que as escolas devem sim realizar trabalhos de orientação sexual. Nota-se que houve pouca diferença nas respostas pré e pós-palestra, e isto ressalta que, alguns estudantes ainda possuem tabus quando se diz respeito a este tema, e somente conhecendo o que aborda a orientação sexual nas palestras realizadas que se é possível acabar com este pré-conceito. A atividade trabalhada na escola “deve contribuir para o desenvolvimento de uma educação sexual que promova no adolescente senso de auto-responsabilidade e compromisso com a sua própria sexualidade” (JARDIM & BRÊTAS, 2006, p. 158).

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Tabela 2: Opinião dos alunos sobre as atividades necessárias nas escolas.

Variáveis

Pré Palestra Pós Palestra (N=271) (N=189)

Fr (%) Fr (%)

Palestras 45,76% 40,74%

Aulas de educação sexual 31,37% 31,22%

Visualização de filmes sobre o tema 21,40% 27,51%

Não respondeu 1,47% 0%

Orientação religiosa 0% 0,53%

É possível verificar que um grande número de estudantes aprova a realização de palestras sobre o tema. No questionário pós-palestra, uma estudante citou que gostaria que na escola também houvesse conversas sobre esse tema, baseado na religião, ela diz que não é necessário apenas ensinar prevenir, mas também a evitar.

Dos estudantes entrevistados, 58,01% responderam que nunca tiveram relação sexual e 40,26% responderam que já, e estes foram questionados em relação ao método contraceptivo utilizado por eles, 67,31% responderam que utilizam preservativos (Tabela 3).

Tabela 3: Respostas em relação ao método contraceptivo que educandos utilizam.

Foi possível perceber que após a palestra aumentou a porcentagem de estudantes que acreditam que o preservativo é o método contraceptivo mais confiável e diminuiu o número que acredita que a pílula seria mais confiável (Tabela 4). Estes números são de suma importância, pois se os estudantes acreditarem que a pílula seja mais confiável a evitar gravidez, eles acabariam não utilizando preservativo, aumentando assim o risco de contrair infecções.

Variáveis Pré Palestra (N=231) Fr (%) Preservativo 67,31% Pílula 19,23% Nenhum 7,69% Não respondeu 5,77%

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Tabela 4: Método contraceptivo mais confiável na percepção dos alunos.

Variáveis Pré Palestra Pós Palestra (N=255) (N=170) Fr (%) Fr (%) Preservativo 62,74% 74,71% Pílula 19,61% 14,12% Abstinência 9,02% 9% Coito interrompido 1,96% 1,18% Não respondeu 6,67% 0,99%

Conforme os dados obtidos, apesar de muitos adolescentes praticarem o ato sexual por estarem apaixonados, alguns adolescentes e jovens não tem relação sexual por amor ou por desejo, mas sim pelo fato da pressão que os cerca, tanto dos amigos que já fizeram sexo, quanto dos parceiros (Tabela 5).

Tabela 5: Respostas referentes em qual situação os adolescentes fariam sexo.

Variáveis

Pré Palestra Pós Palestra

(N=249) (N=176)

Fr (%) Fr (%)

Por estar apaixonada (o) 48,19% 46,06%

Apenas desejo 30,92% 28,41%

Não respondeu 10,44% 12%

Por ter sido pressionada 1,42% 2,84%

Por ser algo normal 2,01% 1,70%

Por estar preparada (o) 2,01% 1,70%

Pelo casamento 1,61% 2,84%

Por amor 1% 0%

Para ter filhos 1,20% 1,14%

Por que todos os amigos já fizeram 0,80% 2,84%

Não concordo com nenhuma alternativa 0,40% 0%

Para não perder o parceiro 0% 0,53%

4 CONSIDERAÇÕES FINAIS

É importante ressaltar a necessidade em desenvolver trabalhos com esta temática nas escolas, pois muitos estudantes não recebem a orientação correta, ao buscarem informações em fontes erradas. Além disso, muitos pais ainda mantém este assunto como tabu, evitando conversar sobre

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Braz. J. of Develop.,Curitiba, v. 6, n. 8, p. 57406-57412 aug. 2020. ISSN 2525-8761 isso por se sentirem constrangidos, porém, se tratando de um assunto importante e delicado, é preciso tratá-lo com grande importância, pois é parte fundamental na formação dos adolescentes. Então se faz necessárias orientações apropriadas para evitar os vários problemas que podem ser gerados no ato sexual sem prevenção adequada.

REFERÊNCIAS

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Programa Nacional de DST e Aids. Diretrizes para implantação do Projeto Saúde e Prevenção nas Escolas / Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde. Brasília: Ministério da Saúde, 2006. 24 p.

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações Programáticas e Estratégicas. Proteger e cuidar da saúde de adolescentes na atenção básica / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Ações Programáticas e Estratégicas. – 2. Edição. Brasília : Ministério da Saúde, 2018. 233p.

FIGUEIRÓ, Mary Neide Damico. Educação sexual: retomando uma proposta e um desafio. 2º ed., Londrina: Eduel, 240p. 2001.

HORTA, Lívia Correia. Vivências da sexualidade na adolescência e seus impactos sobre a relação dos (as) adolescentes com a escola. Brazilian Journal of Development, Curitiba, v. 5, n. 10, p. 18418-18439, sep. 2019

JARDIM, D.P.; BRÊTAS, J. R.S. Orientação sexual na escola: a concepção dos professores de Jandira – SP. 2006. Monografia de conclusão do Curso de Especialização em Saúde Pública do Departamento de Enfermagem da UNIFESP. Revista Brasileira de Enfermagem- REBEn. mar-abr; 59(2): 157-162.

Imagem

Tabela 1: Idade mais adequada para namorar e iniciar a vida sexual.
Tabela 2: Opinião dos alunos sobre as atividades necessárias nas escolas.
Tabela 5: Respostas referentes em qual situação os adolescentes fariam sexo.

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