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INTRODUÇÃO AO ESTUDO DOS TÍTULOS DE CRÉDITO

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AULA INAUGURAL

08/02/2012

 Não tem problema entrar depois de começada a aula bem como sair antes de terminada.  Essas saídas não podem incomodar os alunos que estão em sala, assistindo a aula.

 Iremos tratar de direito cambiário (títulos de crédito) e de falência. Teremos um processo grande de interdicisplinaridade.

 Buscaremos subsídio nos processo de execução e na falência iremos tratar a questão processual, que é o processo de falência, sendo este o processo mais severo de todo o processo civil.

 Professor cobra em prova aquilo que está no caderno.

 Doutrina: o professor irá averiguar qual é o a melhor doutrina para servir de suporte as aulas.  Legislação: iremos usar em aula. O professor irá disponibilizar a lei atualizada para nós.  Primeiro semestre: iremos tratar de títulos de crédito. No segundo semestre iremos tratar de

falência e recuperação judicial.

Prova: 70 % dissertativa e 30% múltipla escolha. A utilização da legislação em prova será determinada em discussão com os alunos. Por óbvio, a forma de elaboração da prova com consulta será diferente!

 Coletâneas de tratado internacional (não é necessário comprar!)  Sites para acessar: da onu,

INTRODUÇÃO AO ESTUDO DOS TÍTULOS DE CRÉDITO

O titulo de credito, seguramente, é considerado pelos doutrinadores um dos institutos mais importantes do direito comercial, por permitir de forma eficaz a mobilização da riqueza e a circulação do crédito.

CREDITUM ou CREDERE: do latim, significa crença, ou seja, ter fé. Possui aspecto moral e religioso. Na tradução é usado de forma a traduzir uma realidade.

No aspecto jurídico latu sensu o crédito é a faculdade que o credor tem de a ver de determinado devedor um direito.

EVOLUÇÃO HISTÓRICA

O direito civil e creditício só irão se dissociar no século XV. Até lá o direito comercial sempre esteve junto do direito civil. Só no século XV é que cada um dos ramos tomará caminhos autônomos.

Na lei das XII tábuas que surge a previsão em lei das questões cambiárias e comerciais. Manus injectio: possibilidade de o credor transformar o devedor em escravo.

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O comércio se destaca muito na Itália devido a sua disposição geográfica. Acaba por expandir-se pela Europa, devido a localização geográfica do mar vermelho.

Os títulos cambiários acabam surgindo como uma forma de proteção àqueles que circulavam pela Europa tendo que levar suas moedas de ouro por aí. Para evitar isso, surge, crédito trajetício, no qual o dono das moedas deixavam essas aos cuidados de uma família que confiasse, e esta família lhe emitiria um título informando quem era o dono desse dinheiro deixado.

Fases do direito cambiário: 1° fase: italiana (inicial)-

2° fase: francesa (acrescenta alguns pontos)- A CARTA DE CRÉDITO PASSA A ER CIRCULABILIDADE. 3° fase: alemã (que devido a pragmática de seu direito, gera mudanças na sua estrutura)- surgem aspectos de autonomia e abstração.

4° fase: da lei uniforme (permite que todos que façam parte da sua estrutura poderão pedi-la)- de Genebra a parti de 1430 os países sentiam a necessidade de ter a possibilidade de efetuar cobranças dos títulos dos países europeus.

Para traçarmos uma linha histórica dos títulos de crédito, é necessário voltarmos aos institutos previstos no direito romano, notadamente com a previsão de satisfação pecuniária das obrigações prevista na lei das XII tábuas.

No direito romano, havia o instituto do “manus injectio” que permitia ao credor fazer uso do corpo do devedor (na qualidade de escravo, vendendo- o), para saldar suas obrigações. Esta condição será abolida pela LEX POETELIA PAPÍRIA em 428 ou 441 a. C., que vai transferir as obrigações da pessoa para o seus bens.

A partir do século XIII, com o ressurgimento das cidades europeias, houve um aumento no comércio entre as cidades, que obrigou os comerciantes a buscarem uma saída para evitar os constantes roubos que aconteciam nos trajetos percorridos pelos mesmos. Surge então na Itália, o câmbio trajectício, que era um documento que representava um valor, e que seria trocado pelo comerciante no momento oportuno por dinheiro.

Conceito de Cessare Vivante: italiano, faz um conceito de título de crédito no qual ele sintetiza o título de credito como ele é até hoje.

Segundo Cesare vivante, título de crédito é o documento necessário ao exercício de um direito literal e autônomo que nele se contém. (art. 887 do CC)

CARACTERÍSTICAS DOS TITULOS DE CRÉDITO

Do conceito de Vivante, retiro as características mais importantes dos títulos de crédito.

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A cartularidade se baseia na existência física do título, ou seja, o titulo de crédito existe enquanto existir a cártula, que tem por finalidade a representação de um direito pré-existente no título. Alguns autores entendem que o papel incorpora o direto da parte.

DM= duplicata mercantil

DMI= duplicata mercantil por indicação

Ex: todo mundo recebe boleto em casa. Porém boleto não é titulo de crédito. Porém a empresa emissora desse boleto, tem em seu sistema, informação de que emitiu um duplicata ( que é um ´titulo de crédito) no seu nome. E aí? Como fica? Vc não recebeu uma duplicata, mas no sistema da empresa consta emitiu uma duplicata e vc é devedor... como se resolve?

Lei 9492/94 – unifica os procedimentos de protesto no brasil.

Autonomia: a autonomia dos títulos de crédito verifica-se em função de que cada obrigação à eles relacionada não guarda relação de dependência com as demais. Significa dizes que aquele que adquire o titulo passa a ser titular do direito creditício ali mencionado sem que exista qualquer interligação com os adquirentes anteriores.

Inoponibilidade das exceções: não posso dizer ao terceiro de boa fé que o título feito por mim está com defeito. Todos os títulos que não são feitos pelo devedor, devem ser reconhecidos como título bom, como devido, colocando o aceite.

Abstração: esse subprincípio da autonomia refere-se ao fato de que quando o título passa a circular rando-se nas mãos de quem não participou da relação causal base que lhe deu origem, ele se desvincula por completo do negócio que ensejou a sua criação. Essa abstração seve para garantir a segurança jurídica, pois ele se desvincula da relação causal base.

Literalidade: enquanto característica essencial de um título de crédito se reveste de um caráter eminentemente formal que dará validade ao titulo se atender aos requisitos legais.

Assim titulo sem observância da lei é considerado título nulo para o direito civil. Nada escrito no cheque além do endosso tem validade jurídica.

CLASSIFICAÇÃO DOS TÍTULOS DE CRÉDITO

MODELOS OU FORMAS:

o Vinculados: o título tem uma estrutura que sempre necessita ser respeitada. O cheque tem normativas o Banco Central para ser elaborado.

o Livres: é o caso da nota promissória, que pode ser feita de qualquer forma, atendidos os requisitos da lei.

NATUREZA / EMISSÃO:

o Causais: a duplicata é um título que exige uma causa em determinado documento (nota fiscal de prestação e serviço ou aquisição de mercadoria). Exige uma causa anterior.

o Títulos abstratos: não exige causa anterior (ex: cheque).

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o Ordem de pagamento: os títulos possuem uma relação trilateral ou bilateral, envolvendo sacador, que é a pessoa que cria o título; o sacado que é a pessoa que deve pagar a obrigação contida no título através de uma ordem; e a terceira pessoa nessa relação é o tomador ou beneficiário, a quem o sacado deverá pagar (ex: a letra de cambio).

o Promessa de pagamento: nela os títulos têm uma relação jurídica bilateral entre emitente /sacador e beneficiário/tomador. (ex: nota promissória).

MODO DE CIRCULAÇÃO:

o Títulos ao portador: Em síntese os títulos ao portador são aqueles que circulam por intermédio de quem os portar, sendo dispensável o endosso para a sua transferência bastando a simples tradição do mesmo. Os títulos estão descritos no CC entre os artigos 904 a 909 e sua validade dependerá da observação do seu prazo prescricional. Desde 1990 estão eles unicamente proibidos de serem emitidos. o Títulos à ordem: são os títulos cuja titularidade se transfere mediante o endosso

efetuado pelo atual beneficiário em nome do novo devedor. A maioria dos títulos em operação atualmente são títulos à ordem.

o Títulos não à ordem: uma vez determinados as cláusulas não há ordem, quem o recebe só poderá depositar na sua conta e não se consegue transferir. Clausula específica e personalíssima

o Títulos nominais: são aqueles cujo nome do devedor fica registrado em um livro próprio e que sua transferência se efetiva por registro, como por exemplo, as ações nominativas das S.A. Os títulos normativos estão descritos entre os artigos 921 a 926 do CC.

CATEGORIAS DE TÍTULOS DE CRÉDITO

Títulos de créditos próprios: são aqueles que encerram uma verdadeira operação de crédito, subordinada a sua existência à esperança que inspiram aqueles que dela participam. São considerados também os títulos de crédito genuínos. Ex: as letras de cambio e anota promissória, ordem e promessa de pagamento respectivamente.

Títulos de crédito impróprios: são aqueles que não representam uma verdadeira operação de crédito, mas são revestidos de certos requisitos dos títulos de crédito propriamente ditos, circulam com as garantias que caracterizam esses papeis. Ex: cheque, que por ser uma ordem de pagamento, circula com a garantia de um título de credito.

Títulos de legitimação: são aqueles que conferem ao portador não um direito de crédito propriamente dito mas o direito de receber uma prestação de coisas ou serviços, como por

exemplo, um bilhete de cinema ou uma passagem aérea , ou ainda, um “ conhecimento “ de

frete ou depósito, entre outros, que garante ao portador exigir a prestação de uma coisa ou serviço.

Títulos de participação: constituem uma categoria especial dos títulos de crédito, pois o portador desses papéis tem direito a participar das decisões de uma sociedade, por exemplo, os possuidores de ações ordinárias das S.A.

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 Confiança  Tempo

OS TÍTULOS DE CRÉDITO E O O CÓDIGO CIVIL

O código civil passa a disciplinar os títulos após a entrada da sua vigência. Porém existem títulos de créditos já regulamentados por outra leis. Como proceder?

Princípio da regra mais especifica: é disciplinado pelo CC os títulos novos que surgirem, pois aqueles que já eram regulamentados por outras leis, serão regidos pelas suas leis especiais. O titulo de crédito deve conter independentemente de demais requisitos previstos em lei própria a

 data da emissão,

 a indicação precisa dos direitos que confere e  a assinatura do emitente.

A data da emissão do título está vinculada a sua validade, e acaba por nos demonstrar o prazo prescricional. Além d princípio da literalidade.

Um título de crédito será considerado à vista, caso não contenha data de vencimento. E considera-se lugar de emissão e de pagamento quando não indicado no título o domicilio do emitente.

Os títulos que forem eletrônicos deverão ser assinados como? A assinatura do emitente terá validade com o certificado digital.

LC/NP- letra de cambio e notas promissórias que são reguladas pela Lei Uniforme de Genebra (LUG), porém no brasil ainda se aplica um DEC. 2.044/1908 que regulamentava as letras de cambio e promissórias.

A LUG também é um decreto como a chamada “lei saraiva”. Porém o Dec. 2044/1908 ainda é usado de forma subsidiária.

Assim temos três legislações concorrente e subsidiárias, referentes a LC/NP:  CC 2002

 Dec. 2044/1908  LUG

ENDOSSO

O endosso translativo seguido da tradição se constitui no meio natural pelo qual o endossante ou endossador transfere a propriedade de um título de crédito ao endossatário traduzindo-se num ato típico de circulação cambial.

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A assinatura não vai no anverso do título, pois nele é dado o aval (assinatura do avalista).

Além de transferir o título de crédito ao endossatário, o endosso vincula o endossante a aceitação e pagamento do título, salvo clausula em contrário.

 Endosso- categorias:

o Próprio: transferência da titularidade como um todo

 Em branco: é apenas a assinatura do verso, que deixa de ser título nominativo para passar a ser um título ao portador.

 Em preto:

o Impróprio:

 Endosso mandato: Art. 18 da LUG. Pague-se por procuração, à fulano de tal. Isso pois o beneficiário, por alguma razão, não poderá receber o direito do sacado(devedor). Assim, designa outra pessoa para que receba em seu nome.  Endosso caução: posso ter um título que caucione uma obrigação (seja garantia

de uma obrigação).

 Endosso sem garantia: nos momento em que o endossante não quer ser corresponsável ele faz um endosso sem garantia, garantindo apenas a existência do título, mas não garantido a solvência, ou seja, o cumprimento da obrigação. Art. 15 da LUG.

o Endosso póstumo ou tardio: ocorre a transferência após o protesto do título. Porém para a transferência de certos direitos é necessário que o título seja levado à protesto. Ex: o título vencido deve ser apresentado a protesto em 48 horas, sob pena de perder toda a cadeia de endossantes como coobrigados, só respondendo o devedor principal (sacado)

O endosso póstumo é aquele realizado depois do título já ter sido protestado por falta de pagamento ou após o prazo definido em lei para efetivar o apontamento de protesto – art. 20 LUG.

Se eu tiver um título de crédito com título não à ordem, o endosso não vai se aplicar à eles. CESSÃO DE CRÉDITO

Ela transfere por ato bilateral, um direito, um crédito.

Quando o título contiver uma clausula “não a ordem” o único meio eficaz de transferência é a

formalização de uma cessão de crédito, documento bilateral de transferência de titularidade, sem que haja extinção do vínculo obrigacional.

Aqui o cedente continua como corresponsável do crédito, não havendo extinção do vínculo obrigacional. Ela é bilateral, podendo chegar a ser trilateral.

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CESSÃO DE CRÉDITO:

 CONVENCIONAL: do acordo de vontade das partes  LEGAL: decorre da lei

 JUDICIAL: que decorre de sentença

Quanto a forma de satisfação da obrigação cedida, pode ser:

 Cessão de crédito pro soluto: quando há a quitação plena do débito do cedente para com o cessionário, exonerando o cedente.

 Cessão de crédito pro solvendo: a quitação da obrigação não acontece de imediato, mas na medida em que o crédito cedido for definitivamente solvido.

Devido o princípio da unicidade do crédito eu so tenho a satisfação pro soluto para os títulos de crédito.

AVAL 29/02/2012

Aval é uma espécie de garantia. Temos no direito as garantias reais e pessoais. Para nos aqui importa as garantias pessoais.

As garantias pessoais se subdividem em:  Aval (títulos de crédito)

 Finança (garantia civil)

Aval é o ato cambiário pelo qual uma pessoa denominada avalista se compromete a pagar nas mesmas condições do devedor (avalisado) as obrigações contidas no título de credito, ou seja, o avalista se torna devedor solidário com o avalisado.

Para que a garantia se efetive é necessário que o avalista declare a sua vontade no próprio título por meio de assinatura no anverso do título e excepcionalmente no verso do mesmo.

O avalista eventualmente pode ser representado por procurador com poderes especiais e caso este procurador não tenha poderes e efetive o aval, responderá pessoalmente pelo aval dado.

Avalista=dador na doutrina mais antiga. O aval é um ato unilateral

Para a segurança do título de crédito, o aval não pode ser cancelado unilateralmente.

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A garantia de ordem pessoa se transfere aos herdeiros dentro das forças da herança. Assim a obrigação de um avalisado não se extingue com sua morte, podendo ser constrangido o patrimônio do de cujus a fim de ter solvida a obrigação.

AVAL X FIANÇA

Na fiança temos um instituto acessório, onde este segue a sorte do principal, ou seja se o “ contrato é nulo” a fiança ´e nula”. Todavia, no aval temos um instituto autônomo pois mesmo que o título se

torne inválido o aval subsiste.

Benefício de ordem: ele não existe no aval, pois a pessoa (avalista) é devedor solidário. Assim persiste A INEXISTÊNCIA DE BENEFÍCIO DE ORDEM.

É permitido no LC/NP aval parcial! (concurso). Isso, pois títulos de crédito preexistentes ao código civil de 2002 existem parcialmente. Aqueles títulos que forem advindos depois do CC 02 não se admite aval parcial por disposição da lei.

ACEITE

Aceite é um ato cambial no qual o devedor (sacado) reconhece FORMALMENTE a obrigação. Isso não significa que ele vai pagar. Isso significa que o devedor o reconhece como bom, ou seja, se o devedor não pagar ele poderá ser executado.

Temos o aceite nos títulos onde o sacado (devedor) não é o emitente. ACEITE EXISTE EM DOIS TIPOS DE TÍTULOS:

 Letras de cambio  Duplicatas

O aceite, via de regra, é colocado no anverso do título, pois esses títulos (lc e duplicadas) costuma ter um local específico para ser colocado. Porém o legislador em determinadas hipóteses autoriza o aceite no verso, porém é necessário colocar-se a expressão “por aceite”, para que não se conflite com o endosso.

O título deve ser levado ao devedor para que coloque o ceite.

ACEITE QUALIFICADO: ele é o reconhecimento parcial do título. O sacado não está obrigado a aceitar integralmente os encargos do título, e neste caso poderemos ter dois tipos de aceite:

 Aceite qualificado com efeito modificativo: onde a obrigação inicial é modificada, e o sacado aceita o título, mas não nos moldes propostos, como por exemplo, variação da data de vencimento do título.

 Efeito limitativo: é aquele que limita o valor da obrigação, ou seja, aceita pagar parte dela. Neste caso especificamente deverá ser anotado no verso do título esta condição.

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A recusa total ou parcial do aceite torna a dívida vencida automaticamente, podendo o beneficiário cobrar o sacado automaticamente.

Existem títulos que vem com a cláusula não aceitável no qual o sacado só coloca o aceite no dia do vencimento do titulo, para não ter o risco de ser cobrado e executado por uma obrigação, que incialmente, teria seu vencimento em data diversa daquele no qual o sacado apontou o aceite.

PROTESTO Protesto extrajudicial dos títulos de crédito.

Definição: o protesto de um título de crédito é um ato solene pelo qual se certifica publicamente o exercício de um direito de crédito por parte do credor titular do crédito e em contra partida, verifica-se o inadimplemento por parte do obrigado cambiário (devedor).

Etapas:

o Apontamento de protesto: o credor vai até um cartório de protesto preenche uma ficha, munido da cópia autenticada do título, e o cartório irá notificar o devedor para que pague no prazo avençado. Se o devedor pagar, finda-se o procedimento.

o Lavratura do protesto: que é quando o devedor não efetua o pagamento do título e o devedor é constituído em mora.

As custas desse procedimento, hoje, são pagas pelo devedor. Antes eram pagas pelo credor. Lei n° 9492/97.

Modalidades

o O protesto necessário tem por finalidade resguardar o direito de regresso do endossatário contra os demais coobrigados na cadeia cambiária. Isso deve ser feito até dois dias, se o apontamento for feito depois de 2 dias, o endossatário não consegue mais ter direito de regresso contra todos os coobrigados, só podendo cobrar do devedor principal. E também é necessário no pedido de falência com base no inciso I do art. 94 da Lei 11. 101/05.

o O protesto também pode ser probatório e tem caráter de notificação, na medida em que constitui mera faculdade do credor e sua finalidade principal é constituir o devedor em mora e interromper a prescrição.

Se for protestado sem motivo, pode-se ingressar com os seguintes remédios jurídicos:  Antes do protesto- cautelar/ antecipação de tutela (art. 273CPC)

o É importante observar que a antecipação de tutela, pressupõe verossimilhança importante e que o juiz já está quase se convencendo das razões das partes.

Depois do protesto- Ordinária

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Efeitos do Protesto: entre os efeitos mais importantes de um protesto, podemos nominar a possibilidade de cobrança por parte do credor dos devedores indiretos, a configuração da impontualidade do devedor para efeitos de pedido de falência com base no inciso I, do art. 94 da lei 11. 101/05, a inscrição do nome do protestado no cadastro de inadimplentes e a interrupção do prazo prescricional na forma do art. 202 do C.C.

Normalmente o protesto é realizado por falta de pagamento. Todavia, nos títulos que exigem aceite este também poderá ser protestado por falta de aceite.

AÇÃO CAMBIAL 07/03/2012

Os títulos cambiais são títulos executivos extrajudiciais. Desta forma. A ação cambial se dará através de um processo de execução.

Processo de execução- art. 566 CPC

 Certeza: é a cartularidade do título; sua existência

 Liquidez quantum exato que teria em função da execução

 Exigibilidade: permissividade que eu tenho em relação a cobrança. Só posso cobrar o título vencido e não pago.

Ação direta: ajuizada contra o aceitante e seus avalistas.

o Aceitante aqui é a pessoa responsável pelo pagamento (devedor) o O avalista rigorosamente garante o devedor.

Ação de regresso: ajuizada contra os devedores indiretos, são os endossantes, sacados e respectivos avalistas de endossantes e de sacados.

o Necessita o apontamento em protesto até 2 dias depois do vencimento  Legitimidade: a princípio o credor.

o Endosso mandato: deve ser ajuizado pelo endossatário mandatário, mas em nome e em proveito do endossante mandante.

o Endosso caução: endossatário pignoratício em nome e proveito próprio.

FORO: o foro competente para processar a ação cambial é o do local do pagamento, nos termos da alínea “d”, inciso IV do art. 100 do CPC.

Art. 100. É competente o foro:

IV - do lugar:

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Porém nem todos os títulos tem local de pagamento. Alguns títulos, o foro competente é o local da emissão do título.

OBJETIVO: a ação objetiva o recebimento da quantia certa do título. É receber o crédito devido.

DOCUMENTOS:

 Título executivo original;

 Desde 1994 também é exigido planilha atualizada do débito desde a inicial, não termos do art. 614 do CPC;

 Checar os dados do instrumento de protesto confere com os dados do título;

o Se não estiver compatível, ir no cartório de protesto e solicitar a retificação do instrumento. Esse procedimento não pode ser cobrado.

 Procuração;

Juntados esses documentos o juiz receberá a inicial.

CITAÇÃO: o devedor será citado para pagar em 3 dias da data da citação. Essa citação é pessoal (como na execução). A súmula 196 do STJ aceita a citação por edital, porém o professor acredita que isso é pouco sustentável. Teria fundamento no artigo 9° do CPC.

Da citação o juiz costuma já fixar os honorários advocatícios. Pelo CPC, o valor dos honorários costuma ser arbitrado em 20%.

Porém neste caso, execução, não existe audiência, sendo os honorários fixados no geral em 10%. Se o devedor pagar os honorários serão reduzidos a metade (no caso, 5%).

Na citação há a possibilidade também do réu pagar 30 % e pagar o restante em 6 parcelas mensais e sucessivas. Nesse caso, o professor entende que essa designação acaba por se transformar em uma confissão da dívida.

TÍTULOS DE CRÉDITO EM ESPÉCIE -LETRAS DE CAMBIO 13/03/2012

Lei saraiva (dec. 2044/1908)

Lei uniforme de genebra LUG- dec. 57663/66

Essas duas leis tem aplicação concorrente. Caso hajam disposições diversas, elas se completa e não se anulam.

A letra de cambio é uma ordem de pagamento a vista ou a prazo, emitida pelo sacador contra o sacado que deve efetuar o pagamento do título ao tomador beneficiário ou à sua ordem.

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Emitente SACADOR

SACADO BENEFÍCIÁRIO

Devedor tomador

A obrigação originária de uma letra de cambio reside na relação de débito existente entre sacador e beneficiário.

A relação entre sacador e sacado irá depender. Características das letras de cambio:

A letra de cambio deve conter as seguintes informações:

a- A palavra letra inserta no próprio texto do título e expressa na língua empregada para a redação desse titulo.

b- Mandato puro e simples de pagar uma quantia determinada. c- O nome daquele que deve pagar a letra (sacado)

d- Época do pagamento

e- Indicação do lugar em que se deve efetuar o pagamento

f- Nome da pessoa a quem ou a ordem de quem deve ser paga a letra g- Indicação da data e do lugar onde a letra é passada(emitida) h- A assinatura do emitente (sacador) da letra

Caso não haja a indicação de época para o pagamento da letra, ela deve ser considerada à vista e caso não haja indicação do lugar onde foi passada considera-se como tendo sido no lugar designado ao lado do nome do sacador.

Todo o título que não é preenchido pelo emitente necessita de um reconhecimento formal do devedor quanto a sua validade. O sacado dessa forma deverá sempre por o aceite. Como não foi ele quem emitiu o título o seu aceite, que é o reconhecimento formal da dívida.

O ACEITE NÃO QUER DISSE QUE ELE VAI PAGAR A DÍVIDA. APENAS DEMOSNSTRA QUE ELE RECONHECE QUE O TÍTULO É BOM.

Em ultimo caso, o sacador é devedor indireto, pois em caso de não pagamento do sacado, nada impede o beneficiário constranger o sacador para que este pague o débito existente. Isso, pois existe a obrigação entre sacador e beneficiário.

14/03/2012

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Toda a letra de cambio mesmo que não envolva expressamente a clausula à ordem é transmissível por endosso e quando o sacador tiver inserido na letra as palavras não à ordem ou expressão equivalente, a letra só é transmissível pela forma e com os efeitos da cessão ordinária de créditos (ou cessão de créditos).

O art. 30 do Decreto 57.663/66 admite que o pagamento de uma letra pode ser no todo ou em parte garantido por aval.

A partir do C.C. a regra para os avais é a mesma, necessitando de outorga uxória, toda vez que uma pessoa casa quiser conceder o aval.

Isso gera um problema, pois se o cônjuge oferece aval sem a autorização do outro, conforme previsão do C.C., o cônjuge prejudicado poderá solicitar o cancelamento do aval. Nessa circunstancia, o credor fica prejudicado em eventual execução.

Desde a entrada em vigor do C.C. de 2002, por não ser uma norma conflitante com a lei uniforme e com o decreto 2.044/1908, o aval dado em título de crédito deve ser acompanhado de outorga uxória ou marital, quando a avalista for casado.

Se o dador de aval pagar a letra ficará sub-rogado nos direitos contra o devedor principal ou eventualmente a cadeia de endossantes.

As expressões “8dias” ou “ quinze dias” não poderão avaliar o prazo como uma ou duas semanas, e sim como prazos de dias efetivos, ou seja 8 dias ou 15 dias.

LUG => Expressão “meio mês”= quinze dias corridos.

A letra corresponde à um valor, o beneficiário não pode recusar o pagamento parcial da letra, porém o pagador não receberá o título. Apenas constará no verso do documento uma observação acerca desse pagamento efetuado.

Se o pagamento for total, o pagador pode exigir o título.

O beneficiário do título não pode recusar qualquer pagamento parcial, todavia deverá constar que a letra não foi totalmente quitada, retendo o título até a quitação total da obrigação. Da mesma forma o devedor poderá recusar o pagamento caso o beneficiário não entregue o título ao sacado.

O portador de uma letra não pode ser obrigado a receber o pagamento antes da data do vencimento e se o sacado pagar a letra antes do vencimento o faz sob sua responsabilidade.

o portador de uma letra pode exercer o direito de ação contra os endossantes, sacador e outros coobrigados no vencimento, se o pagamento não foi efetuado pelo sacado. Todavia poderá exercer o direito de crédito mesmo antes do vencimento nas seguintes situações:

 Recusa total ou parcial do aceite pelo sacado (isso gera o vencimento antecipado do título);  Em caso de falência do sacado;

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NOTA PROMISSÓRIA

Decreto 2044/1908 => Lei Saraiva LUG

Emitente Beneficiário

(devedor) (credor)

A nota promissória é regida pelas mesmas regras da letra de cambio. A NP é uma promessa de pagamento feita pelo devedor em favor do credor.

Deve conter os seguintes requisitos essências lançados por extenso no seu contexto:  Denominação “nota promissória” ou termo correspondente;

 A soma de dinheiro a pagar;

 Nome da pessoa a quem deve ser paga (beneficiário);

 Assinatura de próprio punho do emitente ou do mandatário especial (poderes especiais).

Caso a NP não indique a época do vencimento, devemos como pagamento à vista e caso não haja indicação do lugar do pagamento, devemos considerar pagável no domicílio do emitente.

Quando houver divergência dos valores descrito em algarismos e os valores descritos por extenso valerá o valor descrito por extenso. Na eventualidade deste não representar um valor efetivo, não será considerada como nota promissória.

Esse é o PRINCÍPIO DA LITERALIDADE!

Não Será considerada nota promissória se no seu contexto faltar qualquer dos requisitos descritos entre as alíneas A e D acima.

Aval parcial:

→ possível na NP e LC

→ Necessário vênia conjugal

A estrutura de vigência de uma nota promissória quanto aos prazos prescricionais seguem as mesmas regras das letras de cambio, ou seja, contra devedor principal e seus avalistas o prazo é de 3 anos a contar do vencimento e contra os endossantes e seus avalistas no prazo de um ano a contar do protesto necessário, salvo se o título contiver clausula sem protesto ou sem despesas e neste caso o prazo será de um ano a contar do vencimento do título. As ações dos endossantes, uns contra os outros prescrevem em 6 meses a contar do dia que o endossante pagou a nota ou do dia em que ele foi acionado para o pagamento.

Com efeito comercial, não sendo admitido a emissão de qualquer outro documento para documentar essa operação de crédito.

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DA DUPLICATA Lei 5474/68.

É um título causal: preciso d euma origem fática para ele existir.

Aqui, além da obrigação financeira preciso d de uma nota fiscal ou fatura.

“Duplicata fria” => sem lastro em NF ou fatura.

Pena de detenção 1 a 5 anos e o devedor responde por 20% do valor da duplicata ( pena extraordinária). O título necessita de aceite, vez que é emitido pelo credor para o devedor.

As duplicatas estão regulamentadas no BR atualmente pela lei 5474/68 e a duplicata é considerada um título causal e pode ser emitida toda vez que houve a emissão de NF, fatura de compra e venda de produtos ou de prestações de serviços.

No ato da emissão de uma NF/ fatura, dela poderá ser extraída uma duplicata para circulação com efeito comercial, não sendo admitido a emissão de qualquer outro documento para documentar essa operação de crédito.

A duplicata para produzir os efeitos de título de crédito, deve conter os seguintes dado: a) a denominação duplicata, a data de sua emissão e o n° de ordem

b) número da fatura ( tem-se, na prática, o n° da NF)

c) data do vencimento ou declaração de ser a duplicata á vista d) nome e domicílio do vendedor e do comprador.

21/03/2012

CONTINUANDO A AULA ANTERIOR... Lei 5474/68.

E-) A importância à pagar em algarismos e por extenso; F-) A praça de pagamento;

G-) A cláusula à ordem; H-) O aceite do devedor; I-) A assinatura do emitente.

Nos casos de venda parcelada, poderá ser emitida uma série de duplicatas que no total devem ser iguais ao valor da nota fiscal/fatura.

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Caso a remessa seja feita por intermediários, procuradores ou instituições financeiras a duplicada deverá ser apresentada em 10 dias a contar do recebimento por estes intermediários.

A duplicata quando não for à vista, deverá ser devolvida pelo comprador ao apresentante no prazo de 10 dias, devidamente assinada ou acompanhada de declaração por escrito contendo as razões da recusa do aceite. O comprador nos termos do artigo 8° da Lei 5474/68, pode deixar de aceitar a duplicata pelas seguintes razões:

a) Avaria ou não recebimento da mercadoria quando não expedida ou não entregue por conta e risco do comprador. Se o transporte foi feito pelo próprio comprador, nessa hipótese não poderá alegar a avaria. b) Vícios, defeitos e diferenças na qualidade ou na quantidade das mercadorias desde que devidamente

comprovadas.

c) Divergência nos prazos e nos preços ajustados.

Ocorrendo as razões acima descritas o comprador deixa de colocar o aceite na duplicata e a devolve acompanhada de uma declaração, expondo as razões da recusa.

A duplicata admite reforma no seus termos bem como prorrogação do prazo de vencimento mediante uma declaração em separado ou declarações no verso do título assinada pelo vendedor e pelo comprador ou seus representantes.

Caso haja reforma ou prorrogação do vencimento e tenhamos endossantes no título, estes devem anuir às modificações da duplicata.

A duplicata também admite o aval.

Como a duplicata na sua estrutura normal deve ser remetida ao devedor para colocação do aceite e esta pode não ser devolvida, a duplicata poderá ser protestada por:

 falta de devolução;  falta de aceite;  falta de pagamento;

O protesto de uma duplicata, para ser válido deve ser apontado na praça de pagamento do título.

Para o credor poder colocar a cadeia de endossantes e seus respectivos avalistas como coobrigados, é necessário que a duplicata seja apontada em protesto em 30 dias a contar do vencimento, caso contrário o credor somente poderá executar o devedor principal e seus avalistas.

DA COBRANÇA JUDICIAL DA DUPLICATA

Para promovermos a cobrança judicial das obrigações inadimplidas por uma duplicata, temos dois caminhos: 1) Execução de uma duplicata aceita, que poderá ser protestada ou não;

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a. Protesto da duplicata (deve-se levar a cartório a NF do negócio e o comprovante de entrega da mercadoria e a ...)

b. Esteja acompanhada de documento hábil comprobatório da entrega e recebimento da mercadoria. c. Prova de que o sacado (devedor) não tenha recusado o aceite na forma do artigo 8° da Lei 5474/68.

DUPLICATAS - PRESCIRÇÃO 27/03/2012

A pretensão à execução da duplicata prescreve em 3 anos contra o sacado e respectivos avalistas contados da data de vencimento do título. Contra o endossante e seus avalistas, prescreve em 1 ano contado da data do protesto necessário. O protesto necessário deve ser apontado em 30 dias a contar do vencimento. Por final a prescrição de qualquer dos coobrigados contra os demais prescreve em um ano contado da data em que haja sido efetuado o pagamento.

Se a PJ emite duplicatas, ela tbm deverá ter o livro registro de duplicatas. O contador deve vistar esse livro. (hoje só o livro diário é considerado obrigatório para o comerciante, porem se vc emite duplicatas, esse livro passa a ser obrigatório também).

Se a sociedade emitir duplicatas deverá escritura-las no livro registro de duplicatas que poderá da mesma forma que o livro diário, ser mecanizada ou informatizada.

CHEQUE Lei n° 7.357/85.

O cheque pode ser considerado uma ordem de pagamento à vista ao portador dada à um banco ou instituição assemelhada por alguém que tenha fundos disponíveis no mesmo em favor próprio ou de terceiros.

Quem passa cheque= emitente (sacador) Ele sempre é sacado contra um banco= (sacado)

Assim o sacador tendo fundos no banco, pode emitir um cheque em nome do sacado, conta terceiro. O banco é o sacado pois ele detém os valores do sacador.

Um cheque, para ser considerado válido, deve conter as seguintes informações:

1. A denominação cheque inscrita no contexto do título e expressa na língua em que é redigida; 2. A ordem incondicional de pagar determinada quantia;

3. O nome do banco ou da instituição financeira que deve pagar o cheque (sacado); 4. Indicação do lugar do pagamento;

5. Indicação da data e do lugar de sua emissão; (muito importante pois ele tem relação com o prazo prescricional do título)

6. Assinatura do emitente (sacador) ou de seu mandatário com poderes especiais. a. Neste caso, se não for emitido pelo devedor, necessitará do aceite.

b. Mandatário com poderes especiais: é necessário que haja procuração delegando os poderes desse mandatário. Isso, pois PJ não assina cheque, que o assina é PF que tenha poder para tanto.

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O banco é obrigado, se atendidas às formalidades do título e tendo saldo em conta corrente decorrentes de depósito em conta ou de abertura de contrato de crédito (cheque especial), à compensar o cheque emitido contra ele.

O cheque pode ser emitido à ordem do próprio sacador, por conta de terceiro ou contra o próprio banco sacador, desde que não ao portador.

Os títulos de crédito em geral não admitem a estipulação de juros e considera-se não escrita qualquer menção de juros inserida no cheque.

As obrigações contraídas no cheque são autônomas e independentes das obrigações que as originarem, aplicando-se inclusive o princípio da inoponibilidade das exceções aos terceiros de boa fé.

O endosso transmite todos os direitos resultantes do cheque e salvo estipulação em contrário, o endossante garante o pagamento do título. Todavia o endossante pode proibir novo endosso e neste caso, não garantirá o pagamento a quem quer que seja, se o cheque for posteriormente endossado.

O pagamento de um cheque poderá ser garantido por aval prestado por terceiro e poderá ser lançado num cheque ou numa folha de alongamento.

O aval de um cheque pode ser parcial bem como desde 2002, necessita da outorga uxória por força do Código Civil.

O avalista se obriga da mesma maneira que o avalizado, e o aval subsiste mesmo que a obrigação por ele garantida seja considerada nula salvo se resultar de vício de forma.

O avalista que paga o cheque adquire todos os direitos dele resultantes contra o avalizado e seus coobrigados. O cheque deve ser apresentado para pagamento a contar do dia da emissão no prazo máximo de 30 dias quando na mesma praça e em 60 dias quando emitido em outro lugar do país ou no exterior.

A morte do emitente do cheque ou sua incapacidade superveniente à emissão não invalida os seus efeitos. O emitente ou o portador do cheque podem cruzá-lo mediante a aposição de dois traços paralelos no anverso do título. Com este procedimento o título não poderá ser sacado em espécie, devendo ser depositado para compensação.

Existe ainda o cruzamento em preto que equivale a um clausula não à ordem onde o cheque deverá ser depositado ex

28/03/2012

O portador deve apresentar o cheque para regular compensação no prazo de 30 dias, se for da mesma praça e no prazo de 60 dias se forem praça distinta.

O prazo prescricional do cheque é de 6 meses contados da expiração do prazo para apresentação do cheque. A ação neste prazo será a ação de execução.

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O protesto do cheque dentro do prazo prescricional interrompe a prescrição, que passa a correr na data seguinte do protesto.

Começa a contar agora só os 6 meses e não os 8 meses.

Caso o portador não execute o cheque no prazo previsto, ainda poderá lançar mão da ação monitória nos termos do artigo 1.102, alíneas A, B e C do CC.

Destaca-se ainda que nos dois casos é necessário o credor ter a negativa do banco em relação a compensação.

OBS: A PARTIR DAQUI NÃO CAI NA PROVA DO 1° BIMESTRE

EIRELI- LEI 12. 441/11

Foi introduzido no direito comercial brasileiro com a promulgação da lei 12. 441/11 a figura jurídica da empresa individual de responsabilidade limitada denominada EIRELI. Esta lei acrescentou o art. 980-A ao CC passando a considerar a pessoa jurídica de direito privado à empresa individual de responsabilidade limitada constituída por uma única pessoa natural sem a necessidade da pluralidade de sócios.

O capital social da Eireli deve ser integralizado na sua constituição e não poderá ser inferior a 100 salários mínimos. A intenção do legislador é fazer com que somente o patrimônio da empresa responda pelas dívidas da mesma, ficando resguardados os bens pessoais do titular da empresa individual.

A mudança legislativa significa uma simplificação para os empresários que querem trabalhar como empresários individuais, pois terão os benefícios da condição de empresa limitada, trabalhando individualmente.

O DNRC (dep. Nacional de registro do comercio) em 9 de janeiro de 2012 baixou uma instrução normativa de n° 117 que regulamenta todos os procedimentos para o registro da Eireli.

O nome empresarial será acrescido da expressão Eireli, que vai indicar o tipo empresarial.

O empresário individual que adotara estrutura da eirele somente poderá participar de uma eireli por vedação expressa do § 2° do artigo 980-A do CC.

A Eireli utilizará no que couber às disposições da sociedade limitada previstas na CC.

A Eireli não está dispensada de apresentar e elaborar balanço patrimonial e de resultado econômico. FALÊNCIA E RECUPERAÇÃO JUDICIAL

Falências e concordata => D.L 77.661/45 Vigorou por 60 anos=> Lei 11.101/05 Falência e recuperação.

Conceito de falência: a falência no seu aspecto predominante é um processo de execução coletiva em que todos os bens do falido são arrecadados para uma alienação forçada e a consequente distribuição proporcional do ativo realizado entre os credores.

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LEI 11.101/05 – Lei de Recuperação Econômica ( falências)

PRINCÍPIOS ORIENTADORES: a LRE foi concebida sob a égide dos seguintes princípios orientadores: a) Principio da viabilidade da empresa:

b) Principio da relevância dos interesses dos credores: o interesse dos credores é importantíssimo, a fim de receber seu crédito quando de uma falência. Na lei nova temos o comitê de credores e a assembleia de credores, e são comitês formados exclusivamente para que os credores tenham voz ativa e possam fiscalizar a atividade de falência.

c) Principio da publicidade dos procedimentos:

d) Principio da “par conditio creditorum” – igualdade de crédito: todos os credores tem igualdade de direito de crédito perante o falido ou devedor em recuperação. Os créditos estão incluídos num documentos chamado quadro geral de credores. Todavia, por ocasião de pagamentos haverá prioridades em decorrência do pagamento de cada crédito (ex: crédito trabalhista tem prioridade, pois possui natureza alimentar).

e) Princípio da preservação dos ativos: preservar os ativos de tal sorte para poder o administrador judicial fazer a alienação dos ativos, e com o montante obtido, efetuar o pagamento dos credores. A ação revocatória serve para fazer retornar à massa falida algum bem que dela saiu indevidamente, e que pode ser utilizado para realizar o passivo.

f) Princípio da preservação da empresa:

TRANSIÇÃO DO DECRETO-LEI PARA A LRE: Houve previsão de que quem no dia 8 de junho estivesse em falência seria aplicada a lei antiga, e a partir do dia 9 a falência seria pela lei nova. Porém se a empresa esta em falência, mas tinha

concordatas e preenchia todos os requisitos da nova lei, poderia pedir um pedido de “conversão” para aplicação da

lei nova.

Com a entrada em vigor da nova lei, os procedimentos de falência já iniciados continuaram na forma do decreto revogado. Entretanto, as concordatas em trâmite poderiam, se atendessem aos requisitos da lei nova, requerer a conversão do procedimento de concordata em recuperação judicial.

Pessoas sujeitas aos efeitos da LRE: o empresário ou a sociedade empresária em processos de recuperação econômica ou até a decretação de sua falência serão denominados devedor e após a decretação da falência receberão a denominação de falido ou sócio de empresa falida conforme o caso.

A recuperação judicial poderá ser pleiteada pelas seguintes pessoas: a) Empresário individual, seus herdeiros ou cônjuge sobrevivente. b) Sociedade empresária

c) Empresário rural na forma do artigo 971 do CC= e´o empresário estruturado Nos termos do artigo 97 da LRE podem requerer a falência:

a) O próprio devedor pedindo sua auto falência;

b) O cônjuge sobrevivente, qualquer herdeiro do devedor ou o inventariante

c) Quotista ou o acionista do devedor na forma da lei, ou do ato constitutivo da sociedade. d) Qualquer credor

Num pedido de falência, a inicial deverá ser SEMPRE instruída com o contrato social do devedor para poder constatar a legitimidade passiva.

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PESSOAS EXCLUÍDAS DA LRE

A LRE não atinge e nem beneficia as seguintes pessoas jurídicas:  Sociedades simples;

 Empresas públicas ou de economia mista;  Instituições financeiras públicas ou privadas;  Cooperativas de qualquer espécie;

 Consórcio de bens sujeitos as normas do Banco Central;  Entidades de previdência complementar;

 Sociedade operadora de plano de assistência à saúde;  Sociedade seguradora;

 Sociedade de capitalização;

 Qualquer outra sociedade equiparada juridicamente às sociedades acima citadas.

A maioria das pessoas jurídicas acima descritas exerce atividades de grande comercial de grande potencial ofensivo à sociedade, assim o estado busca meios de regulamentar essas atividades com leis especiais a fim de garantir um mínimo de segurança jurídica para as pessoas que contratam ou ficam sujeitos aos seus serviços

Títulos não exigíveis das pessoas sujeitas à LRE

Não são exigíveis do devedor na recuperação judicial ou na falência, mesmo que líquidos: a) As obrigações a título gratuito como comodato e doação;

Referências

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