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REVISPOA. Ações da Vigilância Sanitária para prevenção ao Novo Coronavírus REVISTA DA VIGILÂNCIA EM SAÚDE. Vigilância de Alimentos

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Secretaria Municipal de Saúde

Diretoria Geral de Vigilância em Saúde

Dezembro de 2020

Vigilância de Alimentos

“Os serviços de alimentação inserem-se em um dos ramos com maior representatividade na cidade, considerados como serviços essenciais e, portanto, alvo de regulação frente à Pandemia”.

Núcleo de Produtos de

Interesse à Saúde

“As ações convergem para fomentar o distanciamento social, controle do fluxo e circulação de pessoas e ainda disponibilizar equipamentos de proteção e prevenção nos estabelecimentos inspecionados”.

Núcleo de Alta Complexidade

“Foi solicitado a todos os hospitais de Porto Alegre o envio do Plano de Contingência para o enfrentamento da pandemia, os quais foram posteriormente avaliados”.

Análise das Infrações

Sanitárias durante a

A maioria dos motivos de autuação refere-se a desvios

relacionados ao descumprimento das medidas de controle da

Ações da Vigilância

Sanitária para

prevenção ao Novo

Coronavírus

REVISTA DA VIGILÂNCIA EM SAÚDE

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XPEDIENTE

Apresentação

edição desta revista foi idealizada e produzida em conjunto com as equipes que compõem a Unidade de Vigilância Sanitária da Diretoria Geral de Vigilância em Saúde do município de Porto Alegre, as quais expõem de maneira técnica, porém didática, o panorama dos trabalhos realizados nos dois primeiros quadrimestres do ano de 2020, ano que nos traz como particularidade o enfrentamento a pandemia

do novo coronavírus. A visão dos trabalhos aqui apresentados tem por foco o combate e minimização dos efeitos da disseminação do SARS-CoV-2, as dificuldades e desafios diários enfrentados pelas equipes de Vigilância Sanitária no embate contra esse patógeno e as estratégias aplicadas para controle e mitigação dos efeitos e disseminação deste vírus em nossa comunidade.

Créditos

Capa

Pablo de Lannoy Sturmer ... Secretário Municipal de Saúde Anderson Araújo de Lima ... Diretor da Vigilância em Saúde Marcelo Páscoa Pinto ... Gerente da Unidade Sanitária Taís Fernanda da Silva Anelo ... Coordenadora da edição Paula Marques Rivas ... Coordenadora da edição Patrícia Costa Coelho de Souza ... Revisão jornalística Thiago Rodrigues ... Arte e diagramação Produtores de conteúdo da edição:

Adriane Alves Silva, Alexandre Pinto de Almeida, Alexia Carla Wachholz Dossa, Aline Biscardi Oliveira, Carlos Vicente Felipetto de Oliveira, Denise Scopp P. Krasner, Douglas Stefano Scmidt Rodrigues, Edy Carlos Cardoso, Evaldo Pires da Silva, Fábio Rogério Chaves, Fernanda Correa Frota Ramazzini, Henrique Trevizan, Luis Carlos Fujii, Márcia Helena Aquino Severini, Maria Angélica Weber, Mauro Rosa de Paula, Nádia Regina Stella, Nayara Poleto Pires Bottini, Raquel Cristina Barcella, Renata Ferreira Casa Nova, Roberto Boucinha Ribeiro, Simone Barcelos Gutkoski, Daisson

A foto de capa foi tirada e cedida pelo Agente de Fiscalização Mauro Rosa de Paula durante vistoria, no mês de abril, em estabelecimento sujeito às ações de vigilância sanitária. Figura na imagem a Enf. Raquel C. Barcella.

Banco de imagens

Algumas fotos foram obtidas no banco de imagens da Secretaria, no

Flickr.

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VIS

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POA

Convite ao leitor

Quem faz e assina o convite de leitura é o Diretor Geral e Diretor Adjunto da Vigilância em Saúde, Anderson Araújo de Lima (físico) e José Carlos Sangiovanni (médico veterinário), respectivamente. Ambos são servidores desta Vigilância.

Índice

Expediente ... 2

Convite ao leitor ... 3

Equipe de Vigilância de Alimentos ... 4

Residência Integrada em Saúde ... 11

Núcleo de Produtos ... 12

Núcleo de Serviços de Alta Complexidade ... 13

Hospitais ... 13

Núcleo do sangue ... 15

Nutrição ... 17

Serviços de diálise ... 18

Núcleo de Serviços de Média Complexidade ... 20

Postos de coleta ... 20

Consultórios e clínicas tipo I ... 22

Serviços veterinários ... 22

Núcleo de Serviços de Baixa Complexidade ... 23

Saúde mental ... 23

ILPI... 23

Escolas de educação infantil ... 24

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QUIPE DE

V

IGILÂNCIA DE

A

LIMENTOS

Contextualização

unicípio de Porto Alegre é responsável pela promoção da segurança e qualidade dos alimentos comercializados e/ou consumidos na cidade, através de ações que busquem eliminar, diminuir ou prevenir riscos à saúde. A Equipe de Vigilância de Alimentos está inserida

na Diretoria Geral de Vigilância em Saúde da Secretaria Municipal de Saúde (DGVS) e atua em um universo de bares, restaurantes, lancherias, supermercados, açougues, cozinhas industriais,

padarias, confeitarias e demais comércios de alimentos com o objetivo de que esses ofereçam alimentos seguros aos consumidores.

No atual cenário pandêmico, a equipe vem centrando seus esforços em fiscalizar esses serviços quanto ao cumprimento das medidas sanitárias impostas pelas normas e instruções publicadas pelos diversos órgãos que regram o setor, a fim de controlar a disseminação do novo

Coronavírus.

Desde março de 2020, foram publicadas orientações quanto ao fechamento e abertura de diferentes ramos de atividades do comércio, incluindo, principalmente, os serviços de alimentação, causando dúvidas ao setor regulado quanto ao atendimento dessas restrições. Cabe ressaltar que os serviços de alimentação inserem-se em um dos ramos com maior representatividade na cidade, considerados como serviços essenciais e, portanto, alvo de regulação frente à Pandemia.

Além disso, desde o início da pandemia, a equipe inseriu em suas atividades a investigação epidemiológica de surtos de COVID 19 em serviços de alimentação, os quais vêm ocorrendo de forma frequente e volumosa.

M

A EQUIPE INSERIU EM SUAS ATIVIDADES A INVESTIGAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA DE SURTOS DE

COVID

19

EM SERVIÇOS DE ALIMENTAÇÃO

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Considerando a situação epidemiológica atual, a seguir serão descritas as normas que estão em vigor, relacionadas aos serviços de alimentação:

Quadro 1: Normas publicadas de controle à COVID 19

Regulamentos Descrição

Decreto Municipal Nº 20.625, de 23 de junho de 2020.

Decreta o estado de calamidade pública e consolida as medidas para enfrentamento da emergência de saúde pública de importância internacional decorrente do novo Coronavírus (Covid-19), no Município de Porto Alegre.

Decreto Estadual Nº 55.240, de 10 de maio de 2020.

Institui o Sistema de Distanciamento Controlado para fins de prevenção e de enfrentamento à epidemia causada pelo novo Coronavírus (Covid-19) no âmbito do Estado do Rio Grande do Sul, reitera a declaração de estado de calamidade pública em todo o território estadual e dá outras providências. Decreto Estadual Nº 55.413, de 03 de agosto de

2020.

Determina a aplicação das medidas sanitárias segmentadas de que trata o art. 19 do Decreto nº 55.240, de 10 de maio de 2020, que institui o Sistema de Distanciamento Controlado para fins de prevenção e de enfrentamento à epidemia causada pelo novo Coronavírus (Covid-19) no âmbito do Estado do Rio Grande do Sul, reitera a declaração de estado de calamidade pública em todo o território estadual.

Portaria Estadual Nº 303, de 13 de maio de 2020.

Estabelece protocolos para a abertura de shopping centers e centros comerciais no âmbito do Estado do Rio Grande do Sul, em conformidade com o Decreto nº 55.240, de 10 de maio de 2020.

Portaria Estadual Nº 406, de 05 de junho de 2020.

Altera a Portaria SES nº 303/2020 que estabelece protocolos para a abertura de shopping centers e centros comerciais no âmbito do Estado do Rio Grande do Sul.

Portaria Estadual Nº 319, de 20 de maio de 2020.

Institui o Protocolo de Boas Práticas para prevenção do novo Coronavírus (Covid-19) a serem cumpridas pelos estabelecimentos que prestam serviços de alimentação, com consumo no local, no âmbito do Estado do Rio Grande do Sul.

Nota Técnica Nº

47/2020/SEI/GIALI/GGFIS/DIRE4/ANVISA

Uso de luvas e máscaras em estabelecimentos da área de alimentos no contexto do enfrentamento ao Covid-19.

Nota Técnica Nº

48/2020/SEI/GIALI/GGFIS/DIRE4/ANVISA

Documento orientativo para produção segura de alimentos durante a pandemia de Covid-19.

Nota Técnica Nº

49/2020/SEI/GIALI/GGFIS/DIRE4/ANVISA

Orientações para os serviços de alimentação com atendimento direto ao cliente durante a pandemia de Covid-19

É importante salientar que as normas são constantemente atualizadas e modificadas conforme análise periódica do quadro epidemiológico da pandemia, portanto, é importante que o cidadão esteja atento a estas atualizações, as quais são publicadas no site do Diário Oficial de Porto Alegre, bem como no site da Secretaria Estadual da Saúde.

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Denúncias e fiscalização

início das fiscalizações (março) desencadeadas pelas normas que regulamentaram as medidas restritivas aos serviços de alimentação durante a pandemia foi marcado pela organização de uma força tarefa envolvendo agentes de fiscalização e técnicos não somente da EVA, como também de outros setores da DGVS, ampliando a força e abrangência da Equipe, organizada de forma regionalizada, para atendimento de todas as demandas daquele momento. Nos meses seguintes, pode ser observada uma leve redução do número de fiscalizações, a qual é resultado da força de fiscalização atual da EVA, composta por 7 agentes

de fiscalização e 1 médico veterinário em trabalho presencial (2 médicos veterinários atuam remotamente por pertencerem a grupo de risco). Esse cenário pode ser observado no gráfico 1.

Gráfico 1 - Inspeções realizadas período de março - julho 2020

Quadro 2: Fiscalizações e documentos lavrados (2020)

Março Abril Maio Junho Julho

Fiscalizações 1.201 1.131 1.021 850 840 Auto de Infração 2,08% 2,12% 1,08% 1,5% 1,90% Auto de Apreensão 0,25% 0,62% 0,00% 0,9% 0,24% Notificação 1,25% 2,03% 1,96% 1,7% 2,38%

A seguir serão discutidos os principais dados de fiscalização da Equipe de Vigilância de Alimentos, no período de março a julho de 2020, frente ao cenário pandêmico. O quadro 2 representa o quantitativo de

documentos lavrados em relação à quantidade de vistorias realizadas. Nota-se que o número de documentos lavrados foi insignificante diante do número de fiscalizações realizadas no universo de serviços de alimentação. Pode-se inferir que, de modo geral, os estabelecimentos estão seguindo as determinações previstas nos Decretos Municipais e demais regulamentações. Outra conduta que pode

justificar o baixo número de documentos lavrados é a forma de intervenção preconizada pela Equipe, priorizando a educação em saúde em um primeiro momento, em que a imposição de medidas por parte da fiscalização somente é executada diante de desvios graves ou que não são sanados de imediato, ou, também, se o local apresenta refratariedade durante a fiscalização.

O

1201 1131 1021 850 840 0 200 400 600 800 1000 1200 1400

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Análise das Infrações Sanitárias durante a Pandemia

m relação às infrações sanitárias cometidas pelos serviços de alimentação durante a pandemia, os principais motivos podem ser visualizados no gráfico 2:

No período analisado (março a julho de 2020) foram lavrados 94 Autos de Infração, envolvendo 28 motivos de autuação. Pode-se perceber que a maioria dos motivos de autuação refere-se a desvios relacionados ao descumprimento das medidas de controle da transmissão do Coronavírus, sendo observado apenas três motivos relacionados a outros desvios sanitários (alimentos em desacordo com normas sanitárias, controle ineficiente de pragas e processo de manipulação inadequado). Esse perfil

de infração deve-se ao fato de que durante a fiscalização a equipe priorizou a verificação dos itens referentes às medidas de controle e prevenção ao Coronavírus, em detrimento das demais verificações quanto ao processo produtivo dos alimentos. Os três principais motivos com maior incidência envolvendo o controle do Coronavírus (consumo no local, kit de higiene de mãos inadequado e ausência de álcool gel 70%) presume-se que ocorreram em função da dificuldade inicial no entendimento das permissões a cada ramo de atividade previsto nos Decretos, da mesma forma que a escassez momentânea do produto antisséptico com álcool 70% para as mãos, no início da pandemia.

Gráfico 2: Motivos de autuações de março - julho 2020

E

32 29 26 17 17 10 8 4 4 3 3 2 2 2 2 12 Consumono local

Alimentos em desacordo com as normas sanitárias Kit de higiene de mãos inadequado Ausência de álcool 70% Deficiência de higienização Buffet disponível para clientes Distanciamento inadequado Falta de higienização de carrinhos e cestinhos Trabalhando com take away descumprindo o mandado de segurança Pragas Processo de manipulação inadequado Aglomeração de pessoas Descumprimento de notificação Produto químico inadequado Sem distanciamento de 2m entre mesas Outros

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Análise das denúncias recebidas e atendidas durante a pandemia

o período de março a julho de 2020 vislumbra-se um perfil de denúncias diferente, ocasionado pelo momento Pandêmico da cidade. As denúncias usualmente recebidas e atendidas pela EVA são motivadas por verificação de desvios sanitários inerentes ao processo produtivo e oferta dos alimentos no local.

Quadro 3: Denúncias recebidas e atendidas por motivos

2020 MARÇO ABRIL MAIO JUNHO JULHO TOTAL

Denúncias Recebidas 176 135 109 89 55 564

Denúncias Atendidas 83 113 93 65 78 432

Denúncias SURTOS DTA 0 0 2 0 0 2

Denúncias SANITÁRIAS 2 5 8 4 21 40

Denúncias SURTOS - COVID- 19 0 0 0 10 27 37

Denúncias COVID 19 Controle 81 108 83 51 30 353

% COVID 97,59% 95,58% 89,25% 93,85% 73,08% 90,28%

% SANITÁRIA 2,41% 4,42% 10,75% 6,15% 26,92% 9,72%

O que pode ser observado no período analisado é que a grande maioria das denúncias (90,28%) atendidas pela equipe possui em seu teor desvios relacionados ao controle da pandemia, como por exemplo: ausência de álcool 70%, não higienização de superfícies de toque, não uso de máscaras, aglomerações, entre outros. Isso pode ser reflexo da nova preocupação dos cidadãos no que tange à pandemia. O que também pode ter corroborado para tal resultado é o fato de que os serviços de alimentação passaram por grandes

períodos com medidas restritivas quanto a servir alimentos no local, passando a atender somente na forma take away (pegue e leve) e delivery (telentrega). Nestas modalidades de serviço o cliente não entra no estabelecimento, portanto, não observa os desvios sanitários, ficando essa condição possível somente em supermercados, minimercados e lojas de conveniência, os quais permaneceram com fluxo de clientes dentro de suas lojas, durante toda a pandemia.

Quadro 4: Denúncias de Covid-19 segregadas março - julho 2020

2020 MARÇO ABRIL MAIO JUNHO JULHO TOTAL

Denúncias Covid-19 Total 81 108 83 61 57 390

Surto Covid-19 0% 0% 0% 16% 47% 9%

Covid-19 Controle 100% 100% 100% 84% 53% 91%

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Importante salientar que, nos meses de junho (16%) e julho (47%) houve uma mudança de perfil das denúncias recebidas envolvendo o controle da pandemia, as quais passaram a relatar a suspeita de surtos de Covid-19 em funcionários dos estabelecimentos, sendo a principal via de

notificação de surtos de Covid-19 nesta atividade. Esta situação reforça a hipótese de que os cidadãos estão preocupados e atentos ao novo Coronavírus no que se refere à prevenção da contaminação nestes ambientes.

Surtos de Covid-19 em Serviços de Alimentação

ara fins de definição, o surto é definido como um evento inusitado em saúde pública: situação em que há aumento acima do esperado na ocorrência de casos de evento ou doença em uma área ou entre um grupo específico de pessoas, em determinado período. A Vigilância em Saúde do Município de Porto Alegre orienta que sejam notificados os eventos a partir de 2 (dois) casos confirmados laboratorialmente, ocorridos em um mesmo espaço físico e intervalo de tempo de até 14 dias, ou 1 (um) caso confirmado em um local de alta exposição e vulnerabilidade (alto risco).

A investigação não somente sanitária como também epidemiológica dos surtos de Covid-19 envolvendo funcionários dos serviços de alimentação passou a ser atribuição da EVA desde junho, a qual era de responsabilidade da vigilância ambiental e epidemiológica. Em um novo modelo proposto pela DGVS, estruturou-se emergencialmente uma força tarefa com todas as equipes da unidade sanitária, ambiental e epidemiológica para atendimento e acompanhamento de todas as notificações de surtos de Covid-19 recebidas. Tal mudança de estruturação do atendimento deste agravo foi

necessária devido ao grande volume de casos de surtos envolvendo todos os serviços existentes na cidade, sobrecarregando a equipe epidemiológica e ambiental no atendimento efetivo desta demanda.

Quadro 5: Quantidade de surtos Covid-19

P

Mês Surtos confirmados Surtos descartados

Junho 10 2

Julho 18 15

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Os surtos de Covid-19 em serviços de alimentação iniciaram em junho e seguem acontecendo nos meses posteriores, com o maior número de casos no mês de julho, conforme dados do quadro 5. Também é mostrado o quantitativo de casos descartados que são aqueles que não possuem a definição de surto descrita, mas que devem igualmente ser investigados e acompanhados pela EVA.

A notificação de casos de surto de COVID-19 em serviços de alimentação já era prevista, considerando tratar-se de serviço essencial – o qual não teve suas atividades cessadas, apenas restringidas pelos Decretos –, portanto, mantendo o fluxo de expostos nestes ambientes, bem como sua circulação pela cidade. A intervenção da EVA, nestes casos, possui como objetivo o acompanhamento do início até o encerramento do surto, análise da evolução dos casos, orientação quanto a testagem dos expostos, como também a orientação e verificação das medidas de prevenção e controle adotadas pelo estabelecimento, que são extremamente importantes para a mitigação do surto.

O gráfico ao lado ilustra a ocorrência de surtos de COVID-19 por ramo de atividade, nos meses de março a agosto. O ramo de supermercado foi o que registrou o maior número de surtos de COVID-19 em funcionários, favorecido

pelo grande fluxo de pessoas nestes locais. Ademais, dentre as restrições previstas em Decretos, o ramo supermercado não foi alvo de cessação de atividades em nenhum período (como ocorreu com restaurantes e similares) por tratar-se de serviço considerado essencial.

É possível observar no quadro 6 que o quantitativo de indivíduos testados é bastante reduzido frente ao número de expostos, o que prejudica uma avaliação mais fidedigna do surto neste ramo, já que mais da metade dos indivíduos que foram testados apresentaram resultado positivo para o patógeno em questão.

Gráfico 3: Surtos COVID 19 por ramo de atividade

Quadro 6: População com testagem

Mês Expostos Testados % de testados sobre o total Testados + % de positivos sobre os testados

Junho 928 111 12% 70 63% Julho 4.549 164 4% 118 72% 50% 8% 6% 6% 6% 6% 6% 3% 3% 3% 3% 3% SUPERMERCADO RESTAURANTE ARMAZEM PADARIA/CONF… AÇOUGUE CENTRO… CEASA INDÚSTRIA PEIXARIA ATACADO MINIMERCADO ADMINISTRATIVO 0% 20% 40% 60%

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ESIDÊNCIA

I

NTEGRADA EM

S

AÚDE

A participação dos residentes

Residência Integrada em Saúde (RIS) - Ênfase Vigilância em Saúde - é uma parceria da Escola de Saúde Pública da SES/RS e o Centro Estadual de Vigilância em Saúde (CEVS), se constituindo em uma área de ensino em serviço latu sensu com formato de Residência Multiprofissional orientada pelos princípios e diretrizes do SUS.

Os residentes desenvolvem atividades na Diretoria Geral de Vigilância em Saúde (DGVS), mediante trabalho sob supervisão. Neste ano, a DGVS contou com dez residentes, inseridos em equipes nas Unidades de Vigilância Epidemiológica, Ambiental, Sanitária, saúde do trabalhador e CIEVS Porto Alegre.

Dentre as atividades teóricas no campo DGVS, estão os Seminários Integradores, nos quais cada residente expõe um tema a partir da experiência vivenciada na equipe em que está inserido.

Alguns desses seminários apresentados em 2020 tiveram relatos da participação dos

residentes em forças tarefas emergenciais dentro da vigilância sanitária no enfrentamento da COVID-19. Estes relatos evidenciaram um ano de muitos desafios, mas ao mesmo tempo rico em experiências construtivas para a formação profissional destes novos atores na área de vigilância em saúde pública.

As rotinas organizadas das equipes tiveram que dar lugar a novos protocolos, fluxos, legislações, aprendizados. A contribuição dos residentes na construção desses novos saberes e formas de trabalhar foram fundamentais.

A RIS se mostra cada vez mais como uma prática de trocas entre os profissionais da DGVS e os residentes. A atuação dos residentes na DGVS enquanto campo de trabalho proporciona ao residente formação de saberes, práticas e incorporação de tecnologias; mas as proposições de ações, por parte dos residentes, trazem novos olhares e contribuem para os setores nos quais desenvolveram seus campos de prática.

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QUIPE DE

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IGILÂNCIA DE

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RODUTOS E

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ERVIÇOS

DE

I

NTERESSE À

S

AÚDE

Núcleo de Produtos

riorizando as ações de combate ao Covid-19, foram realizadas inspeções preventivas e atendimento a denúncias em todos os estabelecimentos que manipulam, industrializam, distribuem, armazenam, transportam e comercializam correlatos, medicamentos, cosméticos e saneantes, buscando minimizar ao máximo a disseminação do novo coronavírus. As ações deste núcleo convergiram para fomentar o distanciamento social, controle do fluxo, circulação de pessoas e ainda disponibilizar equipamentos de proteção e prevenção nos estabelecimentos inspecionados.

Quadro 7: Fiscalizações e documentos lavrados

Destacamos as atuações realizadas em conjunto com o DECON e Ministério Público para apreensão de produtos saneantes e cosméticos irregulares, tais como álcool gel, sanitizantes e outros que resultaram em grande quantidade de produtos apreendidos (quadro 8) e estabelecimentos interditados e/ou atividades

Centro Estadual de Vigilância em Saúde (CEVS/RS) para posterior investigação de empresas estabelecidas em outras localidades. Ainda neste cenário, informamos que houve expressivo aumento do número de chamadas telefônicas e e-mails para esclarecimento de dúvidas do cidadão e do setor regulado.

Quadro 8: Quantidades apreendidas

P

MAR ABR MAI JUN JUL

Inspeções 23 168 153 190 197 Auto de infração 4 7 2 1 3 Auto de apreensão 0 4 2 1 1 Notificação 0 5 0 4 1 Unidade Apreensões Quilogramas 40.085 Unidades 13.064 Litros 2.446

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ÚCLEO DE

S

ERVIÇOS DE

A

LTA

C

OMPLEXIDADE

Hospitais

m virtude da situação epidemiológica que envolve a pandemia pela Covid-19, o Núcleo Hospitais da Equipe priorizou suas ações frente ao evento participando ativamente do planejamento e implementação de medidas de prevenção e controle da disseminação do SARS-CoV-2. A partir do alerta da Organização Mundial de Saúde (OMS), de Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional, ainda no mês de janeiro de 2020, o Núcleo Hospitais participou das reuniões de Plano de Contingência nas três esferas de gestão pública. A partir disso, solicitou a todos os hospitais de Porto Alegre o envio do Plano de Contingência para o enfrentamento da pandemia, os quais foram posteriormente avaliados.

O Núcleo Hospitais participou da construção de Recomendações Técnicas e Instruções Normativas que instituíram medidas para a prevenção de infecções pelo SARS-CoV-2 em

âmbito municipal. Ademais, ministrou aulas, realizou orientações técnicas e respondeu a questionamentos relativos às medidas preventivas para a COVID-19, entre elas: higienização de mãos, etiqueta respiratória, equipamentos de proteção individual (EPIs), cuidados ambientais, limpeza e desinfecção ambientais em serviços de saúde e ambientes públicos. Também produziu, em consonância com a Saúde do Trabalhador da DGVS e Assessoria de Comunicação da SMS, vídeo educativo sobre o uso correto de EPIs, paramentação e desparamentação, sendo disponibilizado como material de apoio educativo para toda a SMS. Também realizou ações educativas para prevenção da Covid-19 com profissionais representantes dos Prontos-Atendimentos, em encontros presenciais e online com profissionais da Atenção Primária.

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Uma das maiores atuações do Núcleo Hospitais no período pandêmico se deu na investigação de surtos intra-hospitalares. Neste contexto, foram realizadas importantes medidas para controle e prevenção da disseminação do vírus nesses ambientes, entre elas destacam-se:

 Promoção do distanciamento social  Controle da fonte através do

mascaramento universal

 Reforço das medidas de limpeza e desinfecção ambiental, principalmente das superfícies de alto toque.

 Incentivo à higiene de mãos e garantia de insumos para a sua prática.

 Incremento de capacitações em relação às medidas de prevenção da disseminação do SARS-CoV-2.

 Recomendação de triagem ativa autodeclarada dos profissionais dos serviços de saúde.

O atendimento às demandas referentes a COVID-19, via notificação epidemiológica, Canal de Ouvidoria 156 e Ministério Público, contemplou inspeções técnicas em diversas instituições hospitalares. A Tabela 1 apresenta ações sanitárias oriundas desses setores.

Tabela 1. Ações sanitárias nos hospitais

Em relação às investigações de surtos por Covid-19 nas instituições hospitalares, é importante ressaltar que, durante a averiguação, muitas vezes é necessário inspecionar mais de um setor do hospital. Além disso, essas inspeções são acompanhadas de relatório técnico com respectiva notificação. Após, cada resposta enviada pelas instituições é analisada e, se necessário, novos ajustes são solicitados. A Tabela 2 apresenta o número de hospitais inspecionados e o número de vistorias realizadas relacionadas à Covid-19.

Tabela 2. Inspeções realizadas nos

hospitais relacionadas à Covid-19 As inspeções técnicas de investigação de surto também foram utilizadas como momento para esclarecimento de dúvidas e incentivo de medidas para controle e prevenção da disseminação do vírus nesses ambientes, algumas descritas acima.

Em razão da instalação de Tendas para

Mês Denúncia 156 Denúncia Ministério Público

Março 8 0 Abril 3 1 Maio 7 0 Junho 16 7 Julho 11 3 Agosto 7 0 Mês Nº de hospitais Nº de inspeções técnicas Abril 3 3 Maio 4 4 Junho 10 18 Julho 6 12

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Covid-19 no município de Porto Alegre, o Núcleo Hospitais efetuou inspeções técnicas nas seguintes instalações: Pronto-Atendimento Cruzeiro do Sul (PACS), Unidade de Pronto-Atendimento (UPA) Moacyr Scliar, UPA Bom Jesus, UPA Lomba do Pinheiro, Hospital Vila Nova e Hospital da Restinga e Extremo Sul. Todas as vistorias geraram relatórios técnicos e respectiva notificação. Ademais, nesse período foi realizada inspeção em área destinada à coleta de exames RT-PCR por

Laboratório dentro do IAPI, com objetivo de orientar adequações do local.

Em virtude das inspeções técnicas, foram emitidas 35 notificações de abril a agosto. Vale destacar que outras situações foram orientadas e solucionadas através de telefonemas e troca de correspondência eletrônica. Além disso, este núcleo esteve envolvido em demandas referentes ao SARS-CoV-2 oriundas de vários órgãos e instituições.

Núcleo do sangue – laboratórios, bancos de sangue, quimioterapia e

bancos de células e tecidos germinativos

Núcleo do Sangue priorizou neste período de pandemia as vistorias em laboratórios clínicos, hospitalares e extra-hospitalares, devido à demanda em relação aos testes para detecção do SARS-CoV-2.

Foram inspecionados laboratórios de biologia molecular que se estruturaram para realizar análises de detecção do SARS-CoV-2. A análise executada por esses laboratórios foi validada pelo LACEN/RS, através de contra-prova, conforme Portaria SES/RS n° 222/2020. Foram licenciados, neste período, dois novos serviços de biologia molecular no município. Além disso, nas inspeções anuais de rotina nos laboratórios clínicos foram verificados testes executados com outras metodologias para Covid-19, como testes rápidos de antígeno, anticorpos, ELISA, entre outros.

Nessas inspeções verificou-se também o cumprimento dos decretos municipais e portarias relacionados a medidas de contingência para evitar o contágio da Covid-19. Entre as medidas de

contingência para evitar a disseminação do novo coronavírus, verificou-se nas vistorias maior dificuldade em garantir a manutenção do distanciamento social entre os usuários do serviço, através da delimitação dos assentos, filas de espera e ventilação do ambiente. O Núcleo do Sangue também respondeu questionamentos do setor regulado feitos através de telefone e e-mail.

Neste período, a Anvisa publicou a RDC 364/2020, e RDC 380/2020, suspendendo os efeitos da RDC 302/2005, em caráter temporário e excepcional, para os Laboratórios Federais de Defesa Agropecuária (LFDA), Embrapa e Fiocruz realizarem análises para o diagnóstico da Covid-19. O objetivo foi de ampliar a capacidade laboratorial pública nacional para o diagnóstico da doença, diante da atual emergência em saúde pública provocada pelo novo coronavírus.

Para os Serviços de Hemoterapia (Bancos de Sangue), no início da pandemia foram encaminhadas as notas técnicas, a fim de informar

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os critérios determinados pela Anvisa para a doação de sangue, frente à pandemia. Primeiramente a Nota Técnica nº 5/2020 -CGSH/DAET/SAES/MS: atualização dos critérios técnicos para triagem clínica de dengue (DENV), chikungunya (CHIKV), zika (ZIKV) e coronavírus (SARS, MERS, 2019-nCoV) nos candidatos à doação de sangue. Ainda no mês de março encaminhamos a Nota Técnica n° 13/2020-CGSH/DAET/SAES/MS com a atualização dos critérios técnicos contidos na Nota Técnica nº 5/2020CGSH/DAET/SAES/MS para triagem clínica dos candidatos à doação de sangue relacionados ao risco de infecção pelo SARS-CoV-2 e Nota Técnica nº 21/2020 - Coleta e transfusão de plasma de convalescentes para uso experimental no tratamento de pacientes com Covid-19.

Também foi acompanhado o projeto de pesquisa do Núcleo de Hemoterapia do Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA), referente ao uso do plasma convalescente no tratamento de pacientes com Covid-19, embora ainda não tenhamos realizado visita presencial, prevista para o segundo semestre de 2020.

Ainda em relação aos serviços de hemoterapia (Hemocentro Coordenador, Núcleos de Hemoterapia e Agências Transfusionais ou Unidade de Coleta e transfusão) não recebemos nenhuma notificação de surtos de Covid-19. Apesar da Portaria SMS 430/2020, que dispõe sobre a prorrogação em caráter provisório de todos os alvarás sanitários emitidos pela Diretoria Geral de Vigilância em Saúde de Porto Alegre, as inspeções foram retomadas e seguem sendo feitas com

entre as equipes e uso de EPIs, uma vez que as equipes dos Bancos de Sangue têm contato com pacientes infectados. Nas quatro inspeções em serviços de hemoterapia realizadas após o início da pandemia, foram avaliadas também as medidas de contingência para a Covid-19. O Núcleo do Sangue priorizou as inspeções aos laboratórios de análises clínicas, devido à demanda em relação aos testes para detecção do coronavírus. Seguem sendo realizados os monitoramentos de reações transfusionais dos hospitais de Porto Alegre, incluindo também as reações de pacientes com Covid-19 que receberam plasma convalescentes.

Em relação aos serviços de Banco de Células e Tecidos Germinativos e Terapia Antineoplásica, foram realizados avaliação e investigação de duas (02) denúncias de surto com vistoria e uma (01) denúncia de surto em serviço de quimioterapia. Nas demais vistorias anuais de rotina foram avaliadas também as medidas de contingência para o Covid-19 de cada serviço.

Notas Técnicas emitidas de Controle à Covid-19 referente aos serviços abaixo:

Bancos de Tecidos:

 Nota Técnica Nº 25/2020 MS

 Nota Técnica Nº 60/2020 ANVISA

BCTGs – Bancos de Células e Tecidos Germinativos:

 Nota Técnica Nº 12/2020 ANVISA

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Nutrição

Núcleo de Nutrição é responsável pela orientação e fiscalização do Serviços de Nutrição Enteral, dos Serviços de Lactário e das Unidades de Alimentação e Nutrição dos hospitais no município de Porto Alegre. Além das atividades habituais, no contexto epidemiológico do Covid-19, realizou ações com intuito de auxiliar as instituições para o enfrentamento da pandemia.

Dentre as ações realizadas, o Núcleo de Nutrição elaborou e

encaminhou para os hospitais uma orientação coletiva intitulada “Medidas de Prevenção e Controle para Covid-19 em Unidade de Alimentação e Nutrição Hospitalar”, a fim de contribuir com as Boas Práticas dos Serviços de Nutrição dos hospitais.

Além disso, manteve a atualização dos serviços com relação às publicações de Notas Técnicas da ANVISA e demais legislações que foram encaminhadas por e-mail: a Nota Técnica Nº18/2020/SEI/GIALI/GGFIS/DIRE4/ANVISA que se refere a Covid-19 e às Boas Práticas de Fabricação e Manipulação de Alimentos; o Protocolo Modelo de Distanciamento Controlado do RS e a Portaria SES-RS 319/2020 que institui o Protocolo de Boas Práticas para a prevenção da Covid-19 a serem cumpridas pelos estabelecimentos que prestam serviços de alimentação com consumo no local, no

âmbito do estado do Rio Grande do Sul. Observando a necessidade de monitorar e auxiliar os processos de trabalho nos serviços de alimentação, também foi construído um instrumento com o objetivo de verificar o cumprimento das medidas de enfrentamento a Covid-19. Este roteiro foi embasado nas novas medidas de Prevenção e Controle de Covid-19 publicadas em decretos municipais, portarias e notas técnicas das diversas esferas de governo, conforme mencionado acima. Ainda verificou-se o plano de contingência específico do setor de nutrição elaborado pelas instituições.

No período de março a julho de 2020 foram realizadas inspeções técnicas em onze (11) Serviços de Nutrição Enteral, oito (08) Serviços de Lactário e catorze (14) Unidades de Alimentação e Nutrição dos hospitais, onde foram verificadas as medidas adotadas pelos serviços para a prevenção de disseminação de Covid-19. Ainda neste cenário, ressalta-se o elevado número de atendimento de chamadas por telefone ou e-mail para esclarecimentos de dúvidas referente às novas medidas de prevenção e controle de Covid-19. Também foram realizadas ações direcionadas aos surtos de Covid-19 ocorridos entre os funcionários do serviço de alimentação em dois hospitais e o atendimento à denúncia recebida do

O

ORIENTAMOS QUE AS CONVERSAS ENTRE OS COMENSAIS SEJAM EVITADAS DURANTE AS REFEIÇÕES

,

ASSIM COMO ADOÇÃO DE MEDIDAS QUE EVITEM A AGLOMERAÇÕES ENTRE FUNCIONÁRIOS

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Centro Estadual de Vigilância em Saúde (Disque Vigilância-150) e do Ministério Público do Trabalho. Neste período de pandemia, observou-se, na maioria dos hospitais vistoriados, uma diminuição significativa de nº de refeições servidas aos funcionários dos hospitais, em decorrência de afastamentos por ocorrência de casos suspeitos ou positivos, grupos de risco, funcionários escalados para realizarem o trabalho remoto e do número de acompanhantes/paciente. Cabe destacar que o Núcleo acompanhou a distribuição das refeições confeccionadas para os funcionários do hospital e orientou o serviço de alimentação a intensificar a

higienização das mesas durante as refeições e aumentar o distanciamento interpessoal (filas e mesas). Também que monitorem e orientem as condutas dos comensais como a realização de higienização das mãos, a retirada das máscaras de forma adequada, não permitindo que sejam acondicionadas em contato direto com as mesas e bancos, as conversas entre os comensais sejam evitadas durante as refeições, assim como adoção de medidas que evitem a aglomerações entre funcionários do serviço de Nutrição conforme observado como não-conformidades durante as inspeções.

Serviços de diálise

esde a decretação da pandemia no município de Porto Alegre, houve esforços em fiscalizar os serviços de Terapia Renal Substitutiva (TRS) quanto ao cumprimento das medidas sanitárias impostas pelas normas e instruções publicadas pelos diversos órgãos que regram o setor, a fim de controlar a disseminação do novo Coronavírus junto a pacientes e trabalhadores.

As Doenças Renais Crônicas (DRC) são um termo geral para alterações heterogêneas que afetam tanto a estrutura quanto a função renal, com múltiplas causas e múltiplos fatores de risco. Trata-se de uma doença de curso prolongado, que pode parecer benigno, mas que muitas vezes torna-se grave e que na maior parte do tempo tem evolução assintomática.

● Pessoas com diabetes (do Tipo 1 ou do tipo 2);

● Pessoa hipertensa, definida como valores de pressão arterial acima de 140/90 mmHg em duas medidas com um intervalo de 1 a 2 semanas;

● Idosos;

● Portadores de obesidade (IMC > 30 Kg/m²);

● Histórico de doença do aparelho circulatório (doença coronariana, acidente vascular cerebral, doença vascular periférica, insuficiência cardíaca);

● Histórico de Doença Renal Crônica na família;

● Tabagismo;.

● Uso de agentes nefrotóxicos,

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ajustes em pacientes com alteração da função renal.

É perceptível que a população atendida pelos serviços de TRS é pertencente ao grupo de risco para quadros mais graves de infecção pelo Covid-19, inclusive vários apresentam múltiplos fatores de risco.

Devido à alta vulnerabilidade dos pacientes em TRS foram priorizadas ações por via digital ou telefônico, não deixando de empregar esforços para a realização de inspeções “in loco” sempre que necessário, como na investigação de possíveis surtos entre trabalhadores e pacientes.

Foi feita cobrança de todos os serviços de TRS para elaboração de Plano de Contingência para casos suspeitos ou confirmados de Covid-19, incluindo pacientes e funcionários. Todos foram avaliados para verificar o cumprimento da Nota Técnica GVIMS/GGTES/ANVISA Nº 04/2020, Orientações para Serviços de Saúde: medidas de prevenção e controle que devem ser adotadas durante a assistência aos casos suspeitos ou confirmados de infecção pelo SARS-CoV-2.

A fiscalização não pode seguir os mesmos passos adotados anteriormente, com necessidade de utilização de equipamentos de proteção individual (EPI) que não eram utilizados, isso para cumprir o papel de proteção dos fiscais e pacientes.

Desde o início da pandemia, todos os canais de comunicação com os serviços de TRS sempre estiveram abertos a questionamentos e saneamento de dúvidas quanto à adoção de medidas preventivas adequadas para o enfrentamento da infecção pelo novo coronavírus.

As medidas adotadas apresentaram resultados positivos com casos de Covid-19 nos serviços com baixa propagação da infecção nos contactantes.

Esforços serão adotados para a retomada da fiscalização de rotina dos serviços de TRS no último quadrimestre de 2020.

Destaca-se ainda a realização das seguintes ações:

Elaboração de Texto técnico: “Diluição de Hipoclorito de Sódio” para ILPI’s - Orientações técnicas;

Colaboração na elaboração de Normativa Municipal sobre Resíduos Domiciliares Covid-19;

Elaboração de texto, pesquisa de referenciais e envio de Notificação Coletiva para todas unidades de Terapia Renal Substitutiva apresentarem Plano de Contingência para Infectados na Diálise por Covid-19. Recebimento dos Planos das 14 unidades de diálise e avaliação destes;

Discussão e encaminhamento de parecer sobre EPIs para utilização por trabalhadores das Unidades de Tratamento de resíduos recicláveis hospitalares e outros urbanos – proteção Covid-19;

Participação em discussões no Grupo de Trabalho de Resíduos de Serviços de Saúde de Unidades Municipais sobre procedimentos para resíduos Covid-19 em Unidades de Saúde do Município.

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ÚCLEO DE

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OMPLEXIDADE

Postos de coletas

s dados a seguir são referentes às vistorias realizadas nos Postos de Coletas e nas Sedes de Transporte de Material Biológico Humano (TMBH), durante os meses de abril a agosto de 2020. Em abril ocorreu uma força tarefa na Equipe de Vigilância Serviço e Produtos de Interesse a Saúde - EVSPIS, com esenvolvimento de ação educativa em todas as Instituições de Longa Permanência para Idosos (ILPIs) no município de

Porto Alegre. Por este motivo, as inspeções nos postos de coletas e demais serviços foram suspensas.

No final de abril divulgamos a todos os laboratórios e postos de

coletas a Portaria Estadual SES nº 274/2020, publicada em 23/04/2020, para o enfrentamento à Pandemia causada pelo Covid-19.

Na primeira quinzena de maio foram encaminhadas as notas técnicas, a fim de informar os critérios determinados pela ANVISA para o enfrentamento da Pandemia de COVID-19 juntos aos laboratórios e postos de coletas. Primeiramente, a Nota Técnica GVIMS/GGTES/ANVISA nº 04/2020, com orientações para serviços de saúde: medidas de prevenção e controle que devem ser adotadas durante a assistência aos casos suspeitos ou

Técnica GVIMS/GGTES/ANVISA nº 07/2020, com orientações para a prevenção da transmissão de covid-19 dentro dos serviços de saúde. Também foram divulgados os protocolos de modelo de distanciamento controlado RS, definidos pela SES - Secretaria Estadual de Saúde e publicado em 09/05/2020, e a Nota Técnica nº 01/2020 – MED/NVP/DVS/CEVS/SES e circular interna administrativa – aos profissionais de coleta para

RT-PCR coronavírus. Em maio surgiu a solicitação, pelo setor regulado, para posto de coleta exclusivo para coletas de Covid-19, inicialmente apenas para teste rápido, e posteriormente foi incluído o exame RT-PCR. Também foi solicitado alvará de saúde para coletas domiciliares exclusivas para teste de Covid-19, e alvará de saúde para outro posto de coleta exclusivo para teste de Covid-19. Além disso, foi licenciada uma empresa para coletas empresariais exclusivas para teste rápido de Covid-19, em parceria com um Laboratório de Análises Clínicas.

Houve muitas solicitações, por e-mail e telefone, para autorização e regularização dos postos de coletas em sistema drive thru para coleta de Covid-19 em estacionamento de shopping, parques e praças no município de Porto Alegre. A

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EM MAIO SURGIU A SOLICITAÇÃO

,

PELO SETOR REGULADO

,

PARA POSTO DE COLETA EXCLUSIVO PARA COLETAS DE

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grupo de trabalho com fiscais e técnicos da EVSPIS para elaboração de uma Minuta de Portaria para Testes Rápidos do novo coronavírus por laboratórios clínicos em sistema drive thru em caráter excepcional e temporário.

Entre os meses de abril a agosto, alguns postos de coletas instalaram tendas em áreas externas aos seus postos de coletas, nos estacionamentos dos próprios estabelecimentos. Estas áreas foram destinadas exclusivamente para as coletas dos testes de Covid-19 por RT-PCR ou sorológico. Sete tendas foram vistoriadas, sendo que todos os Laboratórios apresentaram protocolos de atendimento para coleta de Covid-19.

As principais reclamações relatadas nas denúncias recebidas através do 156 foram: falta de cumprimento ao distanciamento na recepção

dos estabelecimento gerando muita aglomeração na área interna ou externa e falta de controle no fluxo de pessoas na entrada dos postos de coletas. Neste período foram recebidas 15 denúncias, nas quais todos os serviços foram notificados a adequar os fluxos de trabalho e apresentar os protocolos de distanciamento para Covid-19 da unidade.

Nos meses de abril e junho, três bases dos serviços de transporte de material biológico humano (TMBH) foram vistoriadas e receberam as orientações quanto às medidas prevenção para o enfrentamento da Covid-19, como elaborar ações de orientação e disponibilizar EPIs máscaras, luvas descartáveis e álcool gel 70% aos seus funcionários. No mês de agosto ocorreu também o monitoramento de um surto em um posto de coleta.

Tabela 3 - Cronograma das atividades desenvolvidas no enfrentamento da Covid-19

Atividades Março Abril Maio Junho Julho Agosto Setembro Total

Vistoria ILPS - 25 - - - 25 156-Covid - - 06 05 02 02 - 15 Vistoria 07 - 08 05 04 11 05 40 Alvará Liberado 06 05 05 05 04 03 - 28 PC exclusivo Covid - - 01 02 01 01 - 05 Solicitação Drive Thru - 01 01 01 03 04 01 11 Vistoria Tendas Covid - - - - 02 04 01 07 Surto Covid - - - 01 - 01 Sede TMBH 01 02 - - - 03

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Consultórios e clínicas tipo I

número de demandas oriundas do Canal de Atendimento ao Cidadão 156 - Solicitação de serviços ou informações - direcionadas à Vigilância em Saúde, teve um considerável crescimento nos meses de março a agosto de 2020 devido à pandemia Covid-19. Em Clínicas e consultórios Tipo I (realização de exames complementares e/ou procedimento médico de pequeno porte, sob anestesia local, sem sedação) totalizaram 38 demandas relacionadas à Covid-19. A maioria das solicitações foi motivada a verificar os estabelecimentos quanto ao atendimento aos protocolos de prevenção e controle à disseminação

do novo coronavírus com intuito de mitigar a propagação do vírus. Dentre as motivações estão uso de máscara, distanciamento entre pessoas, teto de ocupação, higienização de ambientes, entre outros. As ações adotadas como orientações, recomendações e notificações tiveram como base a seguinte legislação:

 Decreto Municipal 20.625/20

 Portaria SES 274/2020

 Decreto Estadual 55240/2020

 Notas Técnicas ANVISA nº 4/20 e nº 7/20

 Portaria Conjunta 20/20

Serviços veterinários

s vistorias técnicas também são realizadas em estabelecimentos veterinários, orientando quanto a regularizações e adequações sanitárias. A obrigatoriedade do licenciamento sanitário de estabelecimentos veterinários, através da emissão de alvará de saúde, é determinada pelo Art. 153 da Lei Complementar 395/96.

No contexto epidemiológico do Covid-19, realizaram-se ações com intuito de auxiliar as instituições para o enfrentamento da pandemia. No período de março a julho de 2020, foram vistoriados 27 estabelecimentos, sendo atendidas duas denúncias referentes à Covid-19 por falta de

distanciamento e um surto em empresa, onde 12 pessoas estiveram afastadas. Foi verificado o plano de contingência dos locais vistoriados - medidas adotadas, previstas na legislação referente ao SARS-CoV- 2. As inspeções nestes serviços incluíram a avaliação da infraestrutura física e do processo de trabalho.

As maiores não-conformidades encontradas nestes locais foram aglomerações de pessoas dentro e fora do estabelecimento, com orientação para realização de demarcações, agendamento de consultas e permissão entrada de apenas uma pessoa por família.

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Saúde mental

s serviços de saúde mental se caracterizam por serem locais de moradia coletiva de adultos e idosos portadores de distúrbios mentais ou de indivíduos em processo de recuperação do uso abusivo de álcool e drogas. Desta forma, se constituem em estabelecimentos de alto risco para disseminação da Covid-19, recebendo, por isso, um olhar mais atento da Vigilância Sanitária.

As Moradias Protegidas Privadas (MPP) e as Comunidades Terapêuticas (CT) do município foram contempladas na Notificação Coletiva nº 02/2020, que regulamentou procedimentos a serem realizados pelas ILPI. Em 01 de abril, foi solicitada a atualização dos dados cadastrais de todos os estabelecimentos, a elaboração de um plano de contingência de prevenção e controle da Covid-19 e o envio semanal, através de um formulário do Google, da atualização epidemiológica de cada residencial.

Foram visitadas 20 MPP e 08 CT durante a pandemia, além de clínicas de atendimento em saúde mental, hospitais psiquiátricos e Unidades

psiquiátricas localizadas no interior de hospitais gerais. Nas instituições reguladas pela EVSPIS, foi aplicado o roteiro de inspeção que contemplava informações sobre a organização do estabelecimento durante o período pandêmico. Durante as visitas, foi solicitado o envio do plano de contenção à Covid-19 de cada estabelecimento, sendo posteriormente avaliado por este setor e aprovado após contemplar a magnitude necessária ao cumprimento de normas durante a pandemia. Os relatórios semanais demandaram vistorias para avaliação de surtos nessas instituições. Também foram realizadas vistorias demandadas através do fone 156 e EVDT/DGVS que incluíram outras instituições como casas de acolhimento, albergues e instituições da Fundação de Apoio Sócio-Educativo (Fase). De março a agosto foram realizadas 33 vistorias de prevenção a COVID-19 com aplicação do roteiro de inspeção. Neste mesmo período foram vistoriadas 23 instituições de atendimento em saúde mental e abrigagem por suspeita de surto de Covid-19.

Instituições de Longa Permanência para Idosos - ILPI

esde março, com a publicação dos decretos municipais em decorrência da pandemia do novo coronavírus, foi implementada uma força tarefa para realização de vistorias em todas as ILPIs cadastradas junto a EVSPIS, a fim de orientar quanto a necessidade de estabelecer protocolos, bem como a elaboração de um Plano de Ação visando mitigar possíveis surtos da doença, uma vez que trata-se de um público considerado de risco pela faixa etária e comorbidades características desse grupo, conforme

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aponta a Gerontologia. Observou-se que em outros países acometidos pela pandemia, as ILPIs que não se prepararam para o enfrentamento foram foco de surtos que resultaram em muitos óbitos de residentes, seja por falta de assistência ocasionada pelo abandono dos funcionários ou mesmo pela falta de estrutura do sistema de saúde. Os Planos de Ação foram avaliados e solicitadas adequações quando necessário.

Além disso, foi enviado para todas as ILPIs cadastradas um formulário, para cadastramento e constante atualização de casos de suspeita ou confirmação de contágio por Covid-19. Essas informações on-line passaram a ser monitoradas pela equipe de forma permanente. Em todos os casos de suspeita ou de surtos confirmados, foi diligenciada uma equipe ao local para averiguação do cumprimento do Plano de Ação, uso de EPIs adequados e outros encaminhamentos.

Após a realização das orientações, foi priorizado o atendimento às denúncias recebidas através do disque denúncia 156 e através da

Atenção Primária à Saúde, bem como a investigação de surtos e casos de suspeita de Covid-19 informados através da Planilha de Monitoramento do Google Forms.

Também foi atendida uma grande demanda de e-mails e telefonemas para esclarecimento de dúvidas quanto a Nota Técnica 05/20 da ANVISA e as Portarias SES 289/20 e 352/20 que dispõem sobre medidas de prevenção, monitoramento e controle do novo coronavírus a serem adotadas pelas ILPIs.

Quadro 9 – Ações realizadas no período de março a agosto de 2020

Escolas de educação infantil

EVSIS é a área da Vigilância Sanitária responsável pelas fiscalizações em Escola de Educação Infantil no município de Porto Alegre, através de um conjunto de ações capazes de prevenir, minimizar ou eliminar riscos e agravos à saúde e de intervir nos problemas sanitários.

Em condições normais, são exercidas as

de sanar e prevenir irregularidades nos serviços de EEI e, assim, proteger o indivíduo e/ou a coletividade de danos à saúde.

Em razão da pandemia causada pelo novo coronavírus, foi determinada a suspensão das aulas presenciais de educação infantil em estabelecimentos públicos e privados, no município de Porto Alegre, por meio do decreto

Ações Total

Vistorias/Inspeções Sanitárias 707 Reclamações atendidas (156) 76

Atendimento telefônico 1326

E-mails atendidos 1056

Investigação de suspeita ou surto

confirmado “in loco” 143

Avaliação de Planos de Ação 229

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Diante disso, foram realizadas apenas vistorias em atendimento a demandas 156 que denunciavam o descumprimento do isolamento social e funcionamento das escolas, ministrando aulas presenciais.

No período de março a agosto de 2020, foram recebidas sete demandas, sendo seis pelo canal 156 e uma a pedido do Ministério Público. Em atendimentos às solicitações, todas as reclamações foram atendidas, sendo verificado o funcionamento de três escolas durante a pandemia. Em razão do funcionamento irregular, foi determinada a suspensão das atividades desses estabelecimentos. Posteriormente, foi realizada inspeção de retorno e constatado o atendimento à determinação de suspender atividades.

Nas demais reclamações, foram realizadas diversas tentativas de fiscalização, porém o local estava fechado, determinando a improcedência da informação de funcionamento.

Entre os demais trabalhos internos realizados, como respostas aos requerentes, atendimento ao telefone, respostas por correspondência eletrônica, avaliação de processos e análise de resposta das notificações, cabe destacar o Parecer técnico elaborado pelo Núcleo de Baixa Complexidade em razão da previsão de retorno das aulas presencias e do manifesto, por meio de Nota Pública da Promotoria Estadual da Educação.

Colocação e retirada de EPIS

Paramentação e desparamentação

Colocação e retirada de EPIS

Procedimentos aerossois

Colocação e retirada de EPIS

EPIs coronavírus sintomas gripais

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IÁLOGOS E EXPERIÊNCIAS

Dedicamos este espaço para os colegas que contribuíram no movimento de constituição e estruturação da Vigilância em Saúde. Nesta edição quem escreve é o administrador Carlos Vicente Felipetto de Oliveira, servidor público municipal aposentado que atuou 31 anos e meio integralmente na Secretaria Municipal de Saúde - destes, mais de 15 anos foram dedicados à Vigilância em Saúde.

O Maior Desafio da Vigilância em Saúde de Porto Alegre

Sistema Único de Saúde (SUS), em sua criação, ampliou o horizonte de abrangência da atuação da saúde pública, indo além das ações de fiscalização sanitária, atendimento em serviços de saúde públicos e financiamento de ações de saúde de média e alta complexidade por prestadores privados. Igualdade e equidade passaram a ser os nós críticos da atuação dos gestores da saúde pública. Assim, a amplitude do SUS chega a qualquer cidadão, independente de condição social ou lugar. Todos dependem do SUS para a promoção, proteção e prevenção de sua saúde.

Para atingir esses novos desafios, a partir do final da década de 1980, foram incorporados aos serviços de saúde profissionais de áreas até então diversas das clássicas do atendimento preventivo e curativo. Médicos-Veterinários, Biólogos, Físicos, Nutricionistas, Sociólogos, Estatísticos, entre outras diversas profissões, foram concursadas e novas áreas do conhecimento se somaram ao esforço de proporcionar um atendimento abrangente em saúde. Com isto, foi possível atingir novos

Em um momento crítico, como este que o mundo passou a viver a partir de dezembro de 2019, esses dois fatores – a abrangência das ações de promoção, proteção e prevenção da saúde e o trabalho integrado de profissionais das mais diversas áreas do conhecimento humano – mostram a importância da construção, ao longo do tempo, através das Conferências Nacionais de Saúde, de um sistema de saúde abrangente, amplo e universal. E dentro desse sistema, se sobressai o trabalho cotidiano de acompanhamento de dados, geração de informações, análise de casos e atuação em campo dos profissionais da Vigilância em Saúde.

Sem dúvida, esse período que estamos passando é o maior desafio que esses profissionais enfrentaram em toda a sua vida funcional.

Ter participado da formação desse sistema em Porto Alegre, e ter atuado ao lado de muitos amigos e colegas que continuam dedicando suas vidas para que todos possam ter mais vida, me enche de orgulho.

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REVISTA DA VIGILÂNCIA EM SAÚDE

DE PORTO ALEGRE - RS

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