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CAPÍTULO 4: ESTUDO DE CASO – O EDIFÍCIO IBM TUTÓIA

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CAPÍTULO 4: ESTUDO DE CASO – O EDIFÍCIO IBM TUTÓIA

“Arquitetura exige criatividade e competência, não interessa se é moderna ou pós-moderna.” (Gian Carlo Gasperini, in PROJETO,

2003, n° 276, p.4)

(1) (3)

Foto do edifício com o Parque do Ibirapuera ao fundo (1) Década de 1970 (2) Novembro de 2006

Fontes: (1) XAVIER, 1983, p.121 (2) Arquivo IBM

O edifício-sede da IBM no Brasil, mais conhecido como edifício IBM Tutóia42 (como é chamado pelos funcionários da empresa devido ao nome da rua onde se localiza), é um marco urbano na cidade de São Paulo. Foi construído em uma das maiores avenidas da cidade, a 23 de Maio, e de frente para um de seus mais famosos cartões-postais, o Parque do Ibirapuera, numa época em que essa região ainda possuía muitas casas, com poucos edifícios altos (residenciais ou comerciais) e pela avenida ainda circulavam poucos carros.

A obra foi pouco divulgada, somente em alguns livros e periódicos, como citação ou apresentando o projeto de forma bastante rápida e sem muitos detalhes. Sendo assim, mesmo que tardiamente, vamos através deste trabalho documentar esta obra arquitetônica, que, após três décadas de existência, manteve a ocupação e a função originais: edifício administrativo de escritórios para uma única – e mesma – empresa.

Neste capítulo vamos descrever o projeto, alguns critérios arquitetônicos utilizados na época pelo arquiteto e pela empresa – proprietária e que ocupa o imóvel até os dias de

42 A versão mais aceita para o significado da palavra Tutóia admite que é uma corruptela de Totoi que, em

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hoje –, responsável por influenciar as decisões do projeto e da ocupação ao longo dos anos. Esses critérios foram observados e estudados através: da documentação dos arquivos da IBM e do atual escritório Aflalo & Gasperini Arquitetos Ltda. (A&G)43, de citações em livros, de entrevista com o arquiteto Gian Carlo Gasperini, de conversas com funcionários da empresa e da convivência da autora no edifício.

Vamos apresentar a distribuição de espaços internos do edifício através de fotos,

layouts e documentos, pesquisados na IBM, na Escriba e nos escritórios da A&G. Será

mostrada também a ocupação do edifício em duas fases distintas. Na primeira analisaremos o edifício nas décadas de 1970 e 1980. Na segunda, faremos uma comparação entre as plantas de ocupação de 1990 a 2005, em que a diferença de quinze anos nos revela exemplos dos conceitos de ocupação entre a época em que o edifício foi projetado e a atual.

Na seqüência falaremos sobre o aumento da densidade na edificação e suas conseqüências, descrevendo as mudanças pelas quais o edifício passou, a fim de atender às novas exigências do mercado de escritórios, de infra-estrutura e do crescimento populacional.

4.1 FICHA TÉCNICA

• Arquitetos: Croce, Aflalo & Gasperini Arquitetos Ltda. (CROCE, 1999, p.30).

• Endereço: rua Tutóia, 1.157 (esquina com a avenida 23 de Maio) – Paraíso – São Paulo.

• Data da construção: 1971-1974 (CROCE, 1999, p.30).

• Data da inauguração: 1977 (data oficial considerada pela empresa e segundo a placa da construtora na entrada do prédio).

• Construtora: Construtora Loyo S/A (conforme placa da construtora na entrada do prédio).

• Arquitetura: moderna e brutalista.

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(3)

• Técnica construtiva: concreto armado.

• Materiais de acabamento: concreto aparente, esquadrias de alumínio bronze, vidros laminados refletivos na cor azul-clara na fachada vertical e inclinada, e vidros temperados incolor na parte vertical do pavimento térreo (os vidros foram substituídos entre 2005 e 2006).

• Área total do terreno: 26.500m² (Arquivo IBM).

• Área total construída: 42.032m² (Arquivo IBM).

• Área total útil: 37.974m² (Arquivo IBM).

• Quantidade de pavimentos: um subsolo, vinte andares de escritórios, três andares superiores de suporte e um heliponto.

4.2 CONCEPÇÃO DO PROJETO

De acordo com relatos de funcionários que trabalhavam na empresa no início da década de 1970, a IBM possuía nove escritórios em São Paulo, localizados em diferentes regiões da cidade: primeiro escritório na avenida São Luiz, nº 86; segundo escritório Vila Normanda, na avenida Ipiranga nº 318; terceiro escritório na Antônio de Godoy; quarto escritório na rua Arabes, na Vila Mariana; quinto escritório na Cesário Mota; sexto escritório na avenida Faria Lima; sétimo escritório na avenida Paulista; oitavo escritório na rua Ricardo Caraton, na Lapa; e o nono e último em local não identificado.

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(1) (2) Fotos do terreno da IBM antes da construção do edifício – 1970 (1) Rua Tutóia, esquina com a avenida 23 de Maio (2) Foto da avenida 23 de Maio

Fonte: (1) e (2) Arquivo IBM

Em 1973 a empresa divulgou que até 1975 iria construir edifícios para suas novas sedes de São Paulo, Fortaleza, Recife, Porto Alegre e do Centro Educacional de Executivos (na Gávea, no Rio de Janeiro). Os prédios seriam arrendados “em regime de leasing ao grupo formado pela RpeB empreendimentos Imobiliários Ltda. (...) e pela CBBE – Rossi – Servix” (IBM Notícias Brasileiras, 1973, p.5). Essa segunda empresa era uma construtora

brasileira e responsável pelas construções propriamente ditas. Entretanto, devido à alta valorização da construção, nessa a época, ficou acordado que a cada cinco anos a IBM teria a opção de comprar o imóvel, o que, no caso da IBM Tutóia, ocorreu logo no primeiro ano de sua ocupação.

Assim, em 1970, o então escritório de arquitetura CA&G foi chamado pela construtora para começar a trabalhar no projeto de Prefeitura da sede da IBM em São Paulo. Entretanto, devido a algum problema com essa construtora, o seu contrato foi rescindido e a IBM precisou contratar uma outra empreitada para terminar a obra. Isso gerou paralisação e atraso nas obras e, provavelmente, algumas mudanças no planejamento da construção. Por esse motivo, na pesquisa realizada foram encontradas datas distintas de entrega do projeto e conclusão da obra, dentro de um intervalo de sete anos: período entre 1970 e 1977.

(5)

Prefeitura do Município de São Paulo em 18 de agosto de 1972, a empresa pretendia construir 84.653,83m² em um terreno de 26.380,57m², divididos em:

• 1º e 2º Subsolos: 26.915,82m²; • Bloco A: 33.097,81m²;

• Bloco B: 21.414,16m²; • Bloco C: 3.158,04m²; • Portaria e Cabines: 68m².

(1) (2)

Projeto original dos edifícios da IBM em São Paulo – 1971 (1) Perspectiva do conjunto (2) Desenho da implantação

Fonte: (1) e (2) Arquivo A&G

Somente foram construídos um subsolo, a torre maior de escritórios – o Bloco A – e as construções da portaria e cabines. A implantação dessa torre foi feita perpendicularmente à avenida 23 de Maio com perspectiva sul para o Parque do Ibirapuera e se tornou um grande marco na cidade de São Paulo.

(1) (2) (3)

Fotos do edifício na época da construção – década de 1970 (1) Esqueleto do edifício com a avenida 23 de Maio (2) Detalhe do nome da empresa no concreto (3) Canteiro de obras no estacionamento com o obelisco do Ibirapuera ao fundo

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Sua arquitetura pode ser explicada através de três vertentes.

A primeira está relacionada com as necessidades e objetivos da IBM. Estavam sendo projetados e construídos ao mesmo tempo cinco edifícios da empresa no Brasil, e o principal alvo era construir espaços com uma “arquitetura moderna, funcional e racional,

sem luxo ou ostentação” (IBM Notícias Brasileiras, 1973, p.6). Com base na citação a

seguir, e ao observar os edifícios da empresa construídos na década de 1970, observamos que todos são de concreto aparente e vidro, com plantas livres de pilares e ocupados com o mesmo tipo de mobiliário, distribuído de acordo com a mesma forma de ocupação.

“Da mesma forma serão usados nos edifícios os mesmos materiais de acabamento, em obediência a uma norma da World Trade sobre projetos arquitetônicos nas dependências da IBM. (...) esta norma (...) reflete a preocupação da IBM em manter coerência entre suas características como empresa, moderna e solucionadora de problemas, e sua imagem externa, no caso os edifícios, que devem demonstrar racionalidade e funcionalidade.“ (IBM Notícias

Brasileiras, 1973, p.6)

(1) (2)

Vista urbana do edifício IBM Tutóia e avenida 23 de Maio – outubro de 2003 (1) Foto da fachada da rua Tutóia (2) Foto da fachada do estacionamento

Fonte: (1) e (2) Arquivo IBM

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executada, e muitas construções foram realizadas seguindo suas características: bloco único, exploração do concreto aparente, esquadrias de alumínio e vidro e plantas modulares e livres de pilares.

Na terceira vertente, observamos as influências e as transformações pelas quais o escritório CA&G estava passando na época.

O escritório CA&G era formado por três arquitetos. Gian Carlo Gasperini44, que, apesar de italiano, se formou na Faculdade Nacional de Arquitetura da Universidade do Brasil no Rio de Janeiro em 1949, e, ainda que muito influenciado pelo modernismo carioca, foi para São Paulo trabalhar com Jacques Pilon, Plinio Croce (1921-1984) e Roberto Claudio dos Santos Aflalo (1926-1992), que se formaram na Escola de Engenharia Mackenzie, em distintas turmas, mas “onde dominava a visão de Cristiano Stockler das Neves, um dos mestres do ecletismo acadêmico, estilo dominante na primeira grande urbanização de São Paulo”. (CROCE, 1999, p.5)

Em 1962 (CROCE, 1999, p.5) Croce e Aflalo se associaram a Gasperini, formando o escritório de arquitetura Croce, Aflalo & Gasperini Arquitetos Ltda., para participar do concurso internacional organizado pela União Internacional de Arquitetos para construção de um arranha-céu em Buenos Aires. O projeto para o edifício da Peugeot que ganhou o concurso se tornou, na época, o mais alto da América Latina. Iniciou-se, assim, o trabalho desses três arquitetos, que, juntos, passaram a fazer parte da construção do modernismo arquitetônico45 brasileiro.

Esse projeto já possuía características semelhantes aos que o escritório faria para IBM em São Paulo: a técnica construtiva é toda em concreto armado; as colunas de sustentação estão localizadas no perímetro da planta do pavimento tipo, permitindo maior espaço livre nas áreas de escritórios; alinhados com as colunas e localizados no interior da planta há dois núcleos que reúnem todos os sistemas de serviços do edifício e escadas;

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Gian Carlo Gasperini: nasceu em 20/08/1926, em Castellamare di Stabia, na Itália. Cursou a Faculdade de Arquitetura da Università degli Studi, de Roma, entre 1944 e 1946. Formou-se em 1949 pela Faculdade Nacional de Arquitetura da Universidade do Brasil, no Rio de Janeiro. Doutorou-se em 1972 pela Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, da USP (FAU), onde lecionou na cadeira de composição até se aposentar. Atualmente, além das atividades do escritório, dedica-se aos cursos de pós-graduação na FAU-USP e faz conferências e seminários em vários pontos do país. Fonte: GASPERINI, 2003, n° 27 6, p.4.

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separadamente há o núcleo central com dezesseis elevadores. Nesse projeto, a grande quantidade de elevadores era para atender a diferentes pavimentos de forma setorizada. Na década de 1960, pouquíssimos edifícios de escritórios na América Latina eram tão altos e possuíam tantas características do modelo do que viria a ser chamado de edifício inteligente. É o que cita o livro da Sala Especial CA&G da IV BIA (Bienal Internacional de Arquitetura):

“Todas as várias funções necessárias foram estudadas aplicando-se as tecnologias disponíveis na época e que constituem até hoje o conceito básico de edifício inteligente.” (CROCE, 1999,

p.14)

(1) (2)

Edifício Peugeot, Buenos Aires – 1962 (1) Fachada (2) Planta baixa com distribuição de salas

Fonte: (1) CROCE, 1999, p.14 (2) CROCE, 1999, p.15

A partir de 1970 (CROCE, 1999, p.7), o CA&G passa por um período de transformação e começa a se libertar da forte influência da arquitetura miesiana, “para ir assumindo posições às vezes francamente ligadas a modelos da arquitetura internacional formalista” (XAVIER, 1983, p.121), e projetar edifícios onde consideravam o descrito a

seguir:

“a estrutura como elemento expressivo e definidor da arquitetura (...) os projetos desta década buscam evidenciar a ‘verdade estrutural’ com soluções específicas para cada situação”. (CROCE,

1999, p.7)

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flexibilidade das plantas”. (CROCE, 1999, p.5) É exatamente o que acontece com o projeto

da sede da IBM em São Paulo. Segundo Gasperini,

“quando eu fiz o IBM, eu estava um pouco amarrado em tudo isso aqui: arquitetura brutalista paulistana no concreto”. (GASPERINI,

2006)

Para o arquiteto, as mudanças na maneira de pensar do seu escritório influenciaram na solução da forma arquitetônica do edifício da IBM. O objetivo era fazer um edifício diferente do que se via na época em São Paulo, mais dinâmico e, principalmente, sem pilotis46. Em uma de suas viagens aos Estados Unidos, em San Francisco, Gasperini gostou da forma de um edifício em construção, e assim, entre diversas inspiracões, utilizou esse edifício como uma de suas influências para projetar o da IBM. Segundo ele:

“...isso aqui é uma solução interessante, dá uma dinâmica diferente, você sente que o prédio pode desenhar uma altura natural, que seja naturalmente do chão. (...) Mas o fato de nascer mais largo e depois afinar para cima era uma coisa que começou a me intrigar, pensando que realmente seria uma possibilidade muito interessante. (...)”. (GASPERINI, 2006)

(1) (2)

(1) Fachada da avenida 23 de Maio mostrando o perfil com base mais larga – 1977 (2) Perspectiva da base mais larga do edifício – 2006

Fontes: (1) Arquivo A&G (2) Foto da autora, 2006

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Esse edifício está localizado no distrito financeiro da cidade de San Francisco, na Califórnia, Estados Unidos. A construção é datada de 1971 e abriga hoje o hotel Hilton (www.hilton.com). Através da comparação das fotos dos dois edifícios, percebem-se várias semelhanças entre as duas formas rígidas: volume único em concreto aparente e vidro; duas fachadas compostas por vãos simétricos de esquadrias e vidro (Hilton com seis vãos e IBM com sete vãos) divididos por colunas de concreto; outras duas fachadas de concreto com uma forma saliente (Hilton retangular e IBM redonda), onde existem pequenas aberturas que proporcionam iluminação natural ao interior; as bases são mais largas e inclinadas; as torres de pavimentos tipo são proporcionalmente maior em altura que as bases (apesar de o Hilton ser mais alto que o IBM); e o coroamento das construções é saliente nas fachadas de vidro. Ainda que as duas construções estejam implantadas perpendicularmente à rua ou avenida de maior fluxo mais próxima, identificamos no pavimento térreo uma diferença entre as entradas principais dos edifícios: no Hilton o acesso principal ocorre pela Kearny Street, na fachada menor em concreto, e no IBM esse

acesso é pela fachada maior com esquadrias e vidro.

(1) (2)

(1) Edifício Hilton Hotel, San Francisco – 2006 (2) Edifício IBM Tutóia, São Paulo – 2000

Fontes: (1) www.hilton.com (2) Arquivo IBM

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(1) (2) (3)

Edifício Palácio do Café, Vitória – 1988 (1) Fachada frontal (2) Fachada lateral Edifício IBM Tutóia, São Paulo – 2006 (3) Fachada do estacionamento

Fontes: (1) e (2) PROJETO, 1988, n°116, p.C-23 (3) Foto da autora, 2006

O atual escritório, agora com o nome de Aflalo & Gasperini Arquitetos Ltda.(A&G), comandado ainda por Gian Carlo Gasperini, juntamente com Roberto Claudio dos Santos Aflalo Filho e Luiz Felipe Aflalo Herman (filho e sobrinho de Aflalo), continua bastante ativo no desenvolvimento de projetos de edifícios de escritórios corporativos que marcam os principais centros comerciais da cidade de São Paulo.

Mas ao observar a trajetória de CA&G através dos projetos construídos, o IBM Tutóia talvez tenha sido o seu apogeu de uma fase da arquitetura moderna. Verificamos em sua produção arquitetônica conceitos bastante semelhantes aos do edifício da IBM, principalmente quando examinamos projetos anteriores aos da IBM, como o dos edifícios Parque Avenida (1965), Tribunal de Contas do Município de São Paulo (1971) e Parque Iguatemi (1971), que analisamos no capítulo 2.

Segundo Gasperini, ao projetar o edifício IBM seu escritório passava por uma fase de transição e mudança de mentalidade, que ocorria também com o mercado de edifícios de escritórios da cidade na época. Segundo ele:

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4.3 A ARQUITETURA

O edifício da IBM, apesar das muitas semelhanças com os demais projetos dos arquitetos da A&G, possui melhorias arquitetônicas significativas. Concebida de acordo com princípios da arquitetura da época, a edificação contém características do brutalismo: um bloco único, pouco material na construção (o mínimo de caixilhos em duas fachadas inteiras de esquadrias de alumínio e vidro), não há revestimento na estrutura, um único piso para todos os espaços externos e internos.

Sua volumetria é simétrica: o bloco possui quatro fachadas de linhas bastante rígidas que evidenciam a estrutura. Duas fachadas possuem 61m de comprimento e são formadas por sete vãos de 7m de largura com caixilhos de alumínio e vidros fumê (substituídos entre 2005 e 2006 por vidros laminados refletivos na cor azul-clara), divididos por colunas de 0,50m de largura, sobressaltadas e em concreto aparente. As outras duas fachadas possuem 28,10m de comprimento e são compostas de concreto armado aparente e esquadrias de alumínio para as áreas de serviço, além de possuir um volume cilíndrico em destaque correspondente às escadas. Em todas as fachadas foram utilizados a menor quantidade de tipos de caixilhos e o mínimo de materiais de construção (concreto, alumínio e vidro).

“Sua imponente massa de concreto aparente e vidro enquadra-se na paisagem urbana com vigor. Dado o programa, nos andares inferiores com planta mais expandida, foram localizados os setores de maior contato com o público.” (CROCE, 1999, p.30)

Nas duas fachadas maiores, cada vão de 7m possui linhas verticais – compostas pelos caixilhos – eqüidistantes, seguindo a mesma modulação que foi adotada no interior dos pavimentos: o módulo dimensional utilizado é de 1,25m x 1,25m. Essa modulação, em vista e em planta, facilita a construção, confere flexibilidade ao layout e reduz o custo das

instalações originais, assim como das mudanças que aconteceram ao longo dos anos.

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Essa modulação não foi escolhida por acaso: a dimensão de 1,25m é amplamente utilizada no mercado nacional em produtos industrializados para serem empregados em interiores de escritórios até os dias atuais: luminárias, forros, esquadrias etc.

As plantas possuem três núcleos principais. Dois estão localizados na extremidade longitudinal dos pavimentos e possuem cada um: dois sanitários (um feminino e um masculino), um elevador de serviço, uma escada circular, duas salas de máquinas de ar- condicionado, uma sala de quadro elétrico, um shaft de elétrica, um shaft de instalações de

telecomunicações e combate a incêndio. Nos pavimentos tipo esses núcleos são idênticos e nos pavimentos inferiores (do subsolo ao 4° pavimen to) o interior desses núcleos se modificam em função da necessidade do pavimento. O terceiro núcleo composto por seis elevadores sociais está localizado na parte central do pavimento. Os pavimentos inferiores (do subsolo ao 4° pavimento) são acrescidos a esse núcleo de shafts de ligação somente

entre esses pavimentos. Para compor a estrutura, existem pilares no interior dos pavimentos.

A forma do pavimento tipo e seus componentes estruturais influenciam diretamente na eficiência do layout, já que interferem na distribuição dos departamentos e

conseqüentemente no fluxo de informações da empresa. O pavimento tipo aqui é formado pelas características acima descritas e possui pé-direito igual a 3,5m e dimensões totais de: 28,10m de profundidade por 61m de comprimento, com área útil de 1.242m².

IBM Tutóia – Planta do pavimento tipo

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Os pavimentos inferiores foram planejados para receber áreas de CPD e uso comum. O 4° e o 5° pavimentos possuem pé-direito di ferenciado para possibilitar a instalação de piso elevado para CPDs, eles possuem, respectivamente, 4,50m e 4,10m de altura de laje a laje. O 3° pavimento foi preparado para receber o restaurante da empresa: novamente o pé-direito é de 4,40m e diferente dos demais andares, além disso algumas áreas do núcleo da extremidade são diferenciadas.

O 2° pavimento possui as mesmas características dos pavimentos tipo de escritórios, tanto na altura do pé-direito de 3,50m quanto nas divisões dos núcleos das extremidades, entretanto ele é recuado da fachada de vidro e possui área útil menor que os demais. Por ser recuado, esse pavimento possuía esquadrias fixas com vista para área de pé-direito duplo do pavimento térreo.

No pavimento térreo o pé-direito é de 4m e todas as áreas de salas fechadas foram construídas no centro (espaço correspondente à torre de escritórios). Interligando os pavimentos térreo, 2° e 3° há uma pequena escada ab erta para a área de pé-direito duplo do pavimento térreo.

(1) (2)

(1) Desenho original do corte transversal (2) Ampliação do corte transversal

(15)

Acima do último pavimento de escritórios há mais três pavimentos de serviços, cercados pelo coroamento do edifício com estrutura de concreto e acabamentos em grelhas de alumínio: o 21º corresponde a uma grande laje de cobertura com depósitos nas áreas correspondentes aos três núcleos do pavimento tipo; o 22º possui áreas fechadas correspondentes à casa de máquinas dos elevadores; e no 23º está instalado o heliponto.

Entre março de 2005 e novembro de 2006 toda a fachada do edifício e áreas externas foram reformadas. Devido às constantes infiltrações nas áreas internas causadas pelas esquadrias antigas e com gaxetas47 ressecadas (além da dificuldade de reposição de vidros), a empresa decidiu substituir parcialmente as esquadrias existentes (foram trocadas ancoragens de suporte à esquadria e peças de alumínio, eliminando os perfis aparentes na fachada) e substituir integralmente os vidros, mantendo as características arquitetônicas originais da edificação. Neste projeto também foram substituídas as impermeabilizações das principais áreas de acesso e os pisos de acabamento, que receberam, além de um novo material em granito, um caminho de piso podotátil para pessoas com deficiência visual terem facilidade de acessar o edifício. Ao observarmos os desenhos e fotos da fachada do edifício lado a lado, podemos visualizar sua história.

(1) (2) (3)

Edifício IBM Tutóia em várias fases (1) Desenho dos arquitetos – 1971 (2) Desenho da capa da revista IBM Notícias Brasileiras – 1973 (3) Foto do edifício em construção – 1975

Fontes: (1) Arquivo A&G (2) IBM Notícias Brasileiras, 1973 (3) Arquivo A&G

47

(16)

(4) (5) (6) Edifício IBM Tutóia em várias fases (4) Fachada – 1998 (5) Fachada – janeiro de 2004 (6) Fachada – novembro de 2006

Fontes: (4) Arquivo IBM (5) Foto da autora, 2004 (6) Arquivo IBM

Até o ano de 2005 o edifício passou por diversas reformas internas: quinze pavimentos de escritórios foram reformados e ganharam novos materiais de acabamento, novo mobiliário e layouts mais densos; em 2001 foi inaugurado o Auditório São Paulo; as

recepções foram reformadas; e a subestação elétrica e o sistema de ar-condicionado foram renovados. Veremos mais detalhes dessas características a partir de agora.

4.4 A OCUPAÇÃO

A ocupação de um edifício é demonstrada pela forma como o seu espaço interno é preenchido. Em um edifício de escritórios a ocupação mais importante está nos pavimentos ou áreas destinadas exatamente às atividades de escritório, onde são padronizadas as estações de trabalho, como vimos no capítulo anterior. A IBM Tutóia está enquadrada em um nível de padronização uniforme, que, segundo Cláudia Andrade,

“baseia-se na padronização de um único tipo de estação de trabalho para funcionários/colaboradores independente do cargo ou função. Essa solução é usada por empresas cuja cultura organizacional visa privilegiar a coletividade em vez da individualidade, enfatizando o pragmatismo e a igualdade social”.

(ANDRADE, 2005, p.4.19)

(17)

mudanças de layout. Assim, a padronização uniforme do ambiente de trabalho no IBM

Tutóia objetiva a redução de custos, a igualdade social na empresa, a organização do espaço físico e a facilidade do controle de ativos. Essa padronização somente não é determinante para a qualidade do ambiente de trabalho, entretanto, segundo Andrade, quando implantada de forma correta:

“(...) facilita a realização das tarefas e auxilia na definição do partido do projeto, uma vez que fornece indicações preciosas a respeito dos valores e da cultura organizacional das empresas”.

(ANDRADE, 2005, p.4.20)

No edifício IBM Tutóia veremos que foram seguidos alguns padrões de espaço e conceitos de ocupação ao longo dos anos que geraram uma dinâmica interna interessante do ponto de vista ocupacional, que apresentaremos em duas etapas: a primeira nas décadas de 1970 e 1980 e a segunda nos anos de 1990 e 2005. Nessas etapas serão observadas as seguintes caracaterísticas:

1. Distribuição vertical de espaços ao longo do edifício, identificando os pavimentos que abrigam: áreas auxiliares (de uso comum), áreas de utilidades (de suporte), data

center e escritórios.

2. Padrões de espaço: distribuição das áreas auxiliares (circulação, áreas de trabalho em grupo, restaurante, áreas de café, áreas de integração social) e das áreas de utilidades (máquinas de ar-condicionado, shafts, elevadores etc.) dentro dos

ambientes de data center e de escritórios.

3. Conceitos de ocupação: tipos de layout, de estação de trabalho, de salas de

reuniões, locais de armazenamento.

4.4.1 EM 1970 E 1980

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Quando a IBM planejou a construção do edifício Tutóia, imaginava-se que esta torre seria a primeira construção de um complexo de escritórios e que ao ser inaugurada teria 60% de seus escritórios ocupados, sendo que sua capacidade original era de 1.848 funcionários (IBM Notícias Brasileiras, 1973, p.5-6).

Com base nesse objetivo de construir uma torre de escritórios para quase 1.900 pessoas e em critérios arquitetônicos apresentados anteriormente, a distribuição vertical das áreas na construção seguiu o planejamento arquitetônico. Nele foram propostos uma torre de escritórios de quinze pavimentos e um embasamento com pavimentos mais largos, que abrigaria: um subsolo com áreas de garagem e serviços; térreo para acessos, showroom e

serviços; 2º pavimento para área de treinamento; 3º pavimento para restaurante, lanchonete e departamento médico; e 4º e 5º pavimentos para CPDs. Essa distribuição vertical das áreas no edifício é simples, como mostra o quadro de Esquema Vertical 1 a seguir, com as atividades que ocupavam cada pavimento em 1977.

ESQUEMA VERTICAL 1 1977 TU20 TU19 Escritórios TU18 Escritórios TU17 Escritórios TU16 Escritórios TU15 Escritórios TU14 Escritórios TU13 Escritórios TU12 Escritórios TU11 Escritórios TU10 Escritórios TU09 Escritórios TU08 Escritórios TU07 Escritórios TU06 Escritórios TU05 CPD TU04 CPD

TU03 Restaurante, Lanchonete e Departamento Médico TU02 Salas de Treinamento e Centro de Distribuição TUTE Recepção, Central Telefônica e Showroom

TUSS Garagem, Subestação, Ar-Condicionado, Manutenção e Docas Escritórios

Esquema Vertical 1: Distribuição do espaço interno entre pavimentos − 1977

Fonte: Quadro executado pela autora, 2006

Segundo Gasperini, o escritório CA&G não participou da escolha do mobiliário e

layouts finais, mas eles realizaram várias hipóteses de layout, as quais geraram a definição

(19)

“A ocupação foi planejada levando em conta a mudança dos escritórios da empresa. Como a IBM tinha nove endereços, em mais ou menos seis meses todos eles foram transferidos para a rua Tutóia. (...) O prédio foi planejado para ter uma ocupação com postos fechados para gerentes e executivos.” (CUSHMAN, 2004, p.43)

Foi na década de 1970 que, pela primeira vez no Brasil, a empresa pretendia introduzir o conceito de escritório panorâmico em seus ambientes de trabalho, que, segundo publicação da empresa, assim o descrevia:

“(...) consiste na supressão de gabinetes fechados, em benefício de um melhor aproveitamento dos módulos. (...) além do aproveitamento do espaço, o conceito de escritório panorâmico tem a vantagem de funcionar didaticamente, uma vez que, trabalhando juntos, os funcionários tendem a ser mais organizados e a ter mais cuidado na arrumação de suas mesas”. (IBM Notícias Brasileiras,

1973, p.6-7)

A empresa sabia que a introdução deste conceito no espaço não seria seguida sem alguma dificuldade, pois seus escritórios espalhados pela cidade possuíam salas individuais e fechadas com paredes.

“A existência de gabinetes individuais fechados está associada à idéia de status, como se fosse o gabinete em si que conferisse importância a quem o ocupa.” (IBM Notícias Brasileiras, 1973, p.7)

Mas os escritórios panorâmicos já estavam sendo utilizados nos Estados Unidos e precisavam ser disseminados nos demais locais onde a empresa atuava pelo mundo. De acordo com os responsáveis pelo Departamento de Construções da época no Brasil, o escritório panorâmico introduzido em outros países apresentava “excelentes resultados,

sobretudo quanto à produtividade e à organização dos funcionários”. (IBM Notícias

Brasileiras, 1973, p.7)

Assim, através de informações constantes e antecipadas sobre o projeto e os conceitos de ocupação que seriam empregados, a IBM foi preparando a mudança de mentalidade de seus funcionários que ocupariam o edifício a partir de 1977.

(20)

e de Brasília (que vimos no capítulo anterior). No IBM Tutóia foi instalado o mobiliário Escriba, em madeira freijó e com painéis em tecido colorido, considerando os padrões de estações de trabalho a seguir.

A estação de trabalho para funcionário com dimensões em planta de 2,10m x 1,60m possuía uma mesa de trabalho retangular e um armário individual. A dimensão de 2,10m é composta pela largura da mesa de 1,60m, mais a profundidade do armário de 0,50m. A dimensão de 1,60m é composta pela profundidade da mesa de trabalho de 0,80m, mais a largura do armário de 0,80m. A mesa de trabalho única possui um gaveteiro, um apoio lateral e o segundo apoio é feito no armário. Este armário também tinha a função de dividir o ambiente de trabalho entre departamentos, o que também era feito por algumas divisórias complementares e revestidas de tecido colorido.

(1) (2)

Estação de trabalho de funcionário− 1977 (1) Foto da estação (2) Planta baixa com quatro estações

Fontes: (1) Arquivo Escriba (2) Desenho da autora

Havia dois tipos de estações de trabalho para gerentes, ambas em salas fechadas, mas com dimensões diferentes, que eram coordenadas com o módulo do escritório de 1,25m x 1,25m.

(21)

A segunda possuía em planta dimensões de 3,75m x 3,75m, ou seja, 3x3 módulos. A sala era ocupada por: uma mesa com uma extremidade retangular e outra circular, onde o gerente podia realizar reuniões na própria sala; uma mesa lateral medindo 0,50m x 0,50m e onde geralmente estava localizado o computador pessoal; um armário alto medindo 0,80m x 0,40m; e seis cadeiras – uma para o gerente e cinco para os visitantes.

(1) (2)

Estação de trabalho de gerente − 1977 (1) Planta baixa da estação menor (2) Planta baixa da estação maior

Fonte: (1) e (2) Desenho da autora

(22)

Estação de trabalho de executivo − 1977 − Planta baixa

Fonte: Desenho da autora

Havia variações das estações de gerentes e executivos. No caso dos gerentes, o mobiliário da estação de gerente menor foi instalado em uma sala maior. No caso dos executivos, existiam outras salas de executivos maiores do que a do padrão descrito acima, com mobiliário diferenciado e onde tudo (dimensionamento da sala, acabamentos, mobiliário etc.) dependia da vontade do seu ocupante. Em frente às salas de gerente e executivos, geralmente na entrada principal do pavimento (em frente aos elevadores sociais), estavam localizadas as estações de trabalho das secretárias. Suas dimensões eram maiores que a estação de trabalho de funcionários, entretanto era totalmente aberta: sem armários altos ao redor ou painéis. Os acabamentos seguiam o mesmo padrão de madeira.

(1) (2)

(1) Foto da estação de gerente − 1977 (2) Foto da área de secretárias− 1977

(23)

Em todos os casos as instalações elétricas, de telefonia e de rede do pavimento eram distribuídas pelo forro e desciam pelas paredes ou enchimentos ao lado dos pilares centrais. Nas salas fechadas, as instalações ficavam embutidas nas paredes feitas em alvenaria ou divisória naval. Já nas estações de trabalho no espaço aberto, essas instalações chegavam até cada estação através do rodapé do mobiliário.

Todas as cadeiras utilizadas seguiam o mesmo acabamento estético das estações de trabalho: desenho retangular, estrutura em madeira freijó e acabamento em tecido colorido no assento e encosto.

Além da área de arquivamento localizada na própria estação de trabalho, havia muitos espaços adicionais para esse fim, como armários nas circulações, arquivos deslizantes e salas fechadas para arquivamento.

Na entrada principal dos pavimentos de escritórios, além das secretárias, existiam amplas áreas de recepção, com sofás e poltronas para estar e locais para realização de reuniões informais.

(1) (2)

(1) Mesas das secretárias − 1977 (2) Mesas das secretárias e local de reunião− 1977

Fonte: (1) e (2) Arquivo Escriba

(24)

(1) (2) (1) Foto do CPD no 4º pavimento − 1979 (2) Foto do refeitório no 3º pavimento − 1977

Fontes: (1) IBM, 1984, p.27 (2) IBM, 2000, Exposição Fotográfica

Foram identificadas áreas de treinamento, provavelmente localizadas no 2º pavimento: era muito comum naquela época a empresa investir em locais de treinamento dentro do seu próprio edifício.

(1) (2)

(1) Sala de treinamento − 1977 (2) Sala de videoconferência − 1977

Fonte: (5) e (6) Arquivo Escriba

Todo o pavimento térreo foi projetado para receber áreas de convívio social, como áreas de recepção, estar e showroom (exceto por algumas poucas salas fechadas

destinadas a serviços de uso comum). O lobby, as recepções e as áreas de estar nesse

(25)

(1) (1) Desenho do lobby do lado da rua Tutóia totalmente aberto − década de 1970

Fonte: (1) Arquivo A&G

4.4.2 EM 1990 E 2005

Através de conversas com os responsáveis pelo Departamento de Imóveis e Construções da empresa (alguns deles que trabalham há mais de quinze anos na empresa), foram levantadas informações de ocupação e os layouts dos pavimentos referentes aos

anos de 1990 e 2005.

Assim, observamos que a distribuição vertical de espaços ao longo do edifício nos anos de 1990 e 2005 sofreu poucas mudanças em relação à disposição original, principalmente nos pavimentos inferiores.

(26)

ESQUEMA VERTICAL 2

1977 1990 2005

TU20 TU19 Escritórios TU18 Escritórios TU17 Escritórios TU16 Escritórios TU15 Escritórios TU14 Escritórios TU13 Escritórios TU12 Escritórios TU11 Escritórios TU10 Escritórios TU09 Escritórios TU08 Escritórios TU07 Escritórios TU06 Escritórios

TU05 CPD CPD e Salas de Treinamento CPD e

TU04 TU03

TU02

TUTE Escritórios

TUSS Garagem, Subestação, Ar-Condicionado,

Manutenção, Centro de Distribuição Escritórios semi abertos

Recepção, Central Telefônica, Auditório, Eventos e Showroom Salas de Reuniões

CPD

Restaurante, Lanchonete, Departamento Médico, Museu Thomas Watson Escritórios abertos

Escritórios abertos Escritórios abertos Escritórios abertos Escritórios semi abertos Escritórios abertos Escritórios semi abertos Escritórios abertos Escritórios abertos Escritórios semi abertos Escritórios abertos

Garagem, Subestação, Ar-Condicionado, Manutenção e Docas

Garagem, Subestação, Ar-Condicionado, Manutenção, Centro de Distribuição Salas de Treinamento Centro de Distribuição, Administração Recepção, Central Telefônica e Showroom Recepção, Central Telefônica,

Manutenção, CPD e Showrrom

CPD CPD

Escritórios semi abertos Escritórios abertos Escritórios fechados Escritórios abertos

Restaurante, Lanchonete, Departamento Médico, Reuniões, Atividades Recreativas

Restaurante, Lanchonete, Departamento Médico, Reuniões, Atividades Recreativas Escritórios semi abertos

Escritórios semi abertos Escritórios semi abertos Escritórios semi abertos Escritórios semi abertos Escritórios semi abertos Escritórios semi abertos Escritórios semi abertos Escritórios semi abertos Escritórios semi abertos Escritórios semi abertos Escritórios semi abertos Escritórios semi abertos Escritórios Escritórios semi abertos Escritórios semi abertos

Esquema Vertical 2: Distribuição do espaço interno entre pavimentos − nos anos de 1977, 1990 e 2005

Fonte: Quadro executado pela autora, 2006

Vamos identificar algumas mudanças que ocorreram entre 1990 e 2005.

• Desde 1990 as áreas de garagem no subsolo diminuíram bastante para crescimento das áreas de serviço, infra-estrutura e suporte.

• O térreo passou por diversas reformas, foi bastante segmentado, recebeu escritórios, auditório etc., entretanto manteve suas funções originais em espaços reduzidos.

• O 2º pavimento mudou totalmente a função: de área de treinamento para centro de salas de reuniões.

• No 3º pavimento foram mantidas as atividades principais (restaurante, lanchonete e departamento médico).

• O 4º pavimento foi mantido integralmente como CPD.

• No 5º pavimento o CPD diminuiu em 1990 para abrigar mais salas de treinamento, o que em 2005 se tornou um espaço de escritórios.

(27)

Essas poucas mudanças de uso identificadas com as grandes mudanças de organização reforçam a idéia de que na década de 1970 o edifício possuía uma ocupação bastante semelhante à atual, diferenciando-se apenas nos tipos de distribuição do layout e

densidade.

Vamos observar essas mudanças nos layouts dos pavimentos localizados na parte

inferior do edifício (subsolo, térreo, 2º, 3º e 4º ) e que possuem uma planta diferenciada e de uso comum; além dos layouts de sete pavimentos tipo (5º, 6º, 8º, 9º, 12º, 13º e 16º),

escolhidos porque ao serem reformados tiveram alterações de layout significativas, como

Imagem

Foto do edifício com o Parque do Ibirapuera ao fundo (1) Década de 1970 (2) Novembro de 2006  Fontes: (1) XAVIER, 1983, p.121 (2) Arquivo IBM

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